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slide 1 Sistemas de Esgotamento Sanitário e Tratamento de Efluentes Industriais

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WBA0390_v1.0
Sistemas de esgotamento 
sanitário e tratamento de 
efluentes industriais
Qualidade da água e sistemas de 
abastecimento
Bloco 1
Ana Claudia Guedes Silva
Evolução histórica - Mundo
No decorrer dos séculos, o homem aprendeu a encontrar, armazenar, tratar 
e distribuir a água para seu consumo próprio.
• 2000 a.C.: os egípcios utilizavam o sulfato de alumínio na 
clarificação da água.
• 1500 a.C.: a primeira rede de abastecimento, Knossos, em Creta.
(COELHO, HAVENS, 2015, p.18)
Evolução histórica - Mundo
Os romanos se destacaram por 
erguer grandes construções 
destinadas ao transporte de água. 
• 700 a.C.: construção do primeiro 
aqueduto (Jerusalém).
Figura 1 – Referência de aqueduto
(COELHO, HAVENS, 2015, p. 18) Fonte: Leonid Andronov/iStock.com.
Evolução histórica - Mundo
• 1127: primeira distribuição de água encanada (Londres).
• 1445: primeira tubulação de ferro fundido (castelo de Dillenburgh, 
Alemanha). 
• 1829: construção da primeira Estação de Tratamento de Água (ETA) 
(Londres).
(ROCHA, 2018, p. 38-41)
Evolução histórica - Brasil
• 1561: primeiro poço escavado para abastecimento de água no Brasil (Rio 
de Janeiro). 
• 1723: construção do primeiro aqueduto no Brasil.
• 1877: primeiro sistema de abastecimento de água do Brasil (São Paulo).
(ROCHA, 2018, p. 43)
Características da água
• A água pura é um líquido incolor, inodoro, insípido e transparente. 
Figura 2 – Exemplo de água com turbidez elevada (copo à esquerda) e baixa turbidez (à direita) 
Crédito: Anatoliy Sizov/iStock.com.
• A água encontrada na natureza é uma substância muito complexa 
quimicamente, trinta e três substâncias distintas.
Características da água
São inúmeras as impurezas que se apresentam nas águas naturais.
Quadro 1 – As características da água envolvem parâmetros físicos; químicos e biológicos
(LIBÂNIO, 2010, p. 25-63)
Físicos Químicos Biológicos
• Temperatura.
• Sabor e odor.
• Cor.
• Sólidos.
• Turbidez.
• Condutividade. 
• Elétrica.
• pH.
• Alcalinidade.
• Dureza.
• Cloretos.
• Ferro e manganês.
• Nitrogênio.
• Fósforo.
• Oxigênio dissolvido.
• Matéria orgânica.
• Coliformes.
• Algas e cianobactérias.
• Protozoários.
Padrões de potabilidade e balneabilidade
Padrões para água de abastecimento humano: Portaria de Consolidação 
(PRC) n. 5, 03/10/2017.
Quadro 2 – Parâmetros microbiológicos e de turbidez, presentes na PRC n. 5/2017 do Ministério da Saúde
(BRASIL, 2017)
Tipo de água Parâmetro Valor máximo permitido
Consumo humano. Escherichia coli. Ausência em 100 mL.
Saída do tratamento. Coliformes totais. Ausência em 100 mL.
Sistema de distribuição. Escherichia coli. Ausência em 100 mL.
Tipo de água Parâmetro (em 95% das amostras)
Desinfecção (águas subterrâneas). 1,0 uT.
Filtração rápida (convencional ou simplificada). 0,5 uT.
Filtração lenta. 1,0 uT.
Padrões de balneabilidade
• A balneabilidade é um instrumento de verificação de parâmetros que 
determinam se a água de um referido local tem qualidade para o contato 
primário.
• A resolução que delibera padrões para a balneabilidade é a CONAMA n. 
274, de novembro de 2000.
• Classifica de acordo com análises de coliformes fecais (termotolerantes), 
Escherichia coli e enterococos.
• Excelente; muito boa e satisfatória.
Padrões de balneabilidade
• Valor obtido na última amostragem.
• Incidência elevada ou anormal de enfermidades transmissíveis por via 
hídrica.
• Presença de resíduos ou despejos, sólidos ou líquidos.
• pH < 6,0 ou pH > 9,0 (águas doces).
• Floração de algas ou outros organismos.
• Outros fatores que contraindiquem, temporária ou permanentemente, o 
exercício da recreação de contato primário.
Qualidade da água e sistemas de 
abastecimento
Bloco 2
Ana Claudia Guedes Silva
Sistemas de Abastecimento de Água (SAA)
• É um conjunto de obras, equipamentos e serviços destinados ao 
abastecimento de água potável a uma população.
• A água fornecida pelo sistema de abastecimento deve ser em quantidade 
suficiente e da melhor qualidade, do ponto de vista físico, químico e 
biológico.
(AZEVEDO; FERNÁNDEZ, 1998, p.408)
• O sistema contempla várias unidades que vão desde a fonte até a 
unidade consumidora.
Componentes de um Sistema de Abastecimento de Água (SAA)
Figura 3 - Ilustração de um SAA
(TSUTIYA, 2006, p. 16)
Componentes de um Sistema de Abastecimento de Água (SAA)
• Em geral, não há uma solução única para um projeto de sistema de 
abastecimento de água.
• Uma mesma opção pode admitir diferentes variantes, formas de projeto 
ou dimensionamento.
• É necessário identificar a melhor solução ambiental, econômica, social e 
operacional.
• Melhor solução = mais apropriada à realidade que será aplicada.
Componentes de um Sistema de Abastecimento de Água (SAA)
Figura 4 - Concepções dos reservatórios de água em relação ao aterro
(GUIMARÃES; CARVALHO; SILVA, 2007, p. 146)
Componentes de um Sistema de Abastecimento de Água (SAA)
Figura 5 - Ilustração de um SAA com reservatório enterrado e elevado
(TSUTIYA, 2006, p. 16)
Qualidade da água e sistemas de 
abastecimento
Bloco 3
Ana Claudia Guedes Silva
Principais métodos de tratamento da água
• Só será realizado o tratamento de água após demonstrada sua real 
necessidade. 
• Assim, a seleção dos processos de tratamento deverá ser feita visando a 
remoção ou redução de determinados constituintes da água bruta até 
alcançar as características ideais para uso.
Principais métodos de tratamento da água
Faz-se o uso do tratamento preliminar para qualquer processo utilizado 
(sistemas de gradeamento). 
(LIBÂNIO, 2010, p. 146).
• Clarificação.
• Filtração.
• Desinfecção.
As tecnologias de tratamento 
apresentam, basicamente, 
três fases:
Principais métodos de tratamento da água
Definição dos tipos de tratamentos específicos, de acordo com a classificação 
do manancial: 
Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) n. 357/2005 
(complementada pela Resolução CONAMA n. 430/2011).
Principais métodos de tratamento da água
(BRASIL, 2005)
Classificação do manancial Processo Tratamento requerido
Classe especial - Realiza-se apenas a desinfecção.
Classe 1. Simplificado.
Para o processo simplificado, é aplicada a clarificação por meio de 
filtração, desinfecção, correção de pH, quando necessário, e adição de 
flúor (fluoretação).
Classe 2. Convencional.
Emprega-se no processo convencional, a clarificação com utilização de 
coagulação, floculação, decantação/ flotação, filtração seguida de 
desinfecção, correção de pH e fluoretação.
Classe 3.
Convencional ou 
avançado.
No processo avançado, há o uso de técnicas de remoção e/ou 
inativação de constituintes refratários aos processos convencionais de 
tratamento, que podem conferir, à água, características como: cor, 
odor, sabor, atividade tóxica ou patogênica.
Quadro 3 – Processos requeridos de acordo com manancial, segundo a Resolução CONAMA n. 357/2005
Tratamento primário, secundário e terciário
(VON SPERLING, 2008, p. 249) 
Para as águas residuárias, a escolha do tipo ou nível de tratamento depende 
da quantidade e qualidade das águas residuais, da qualidade que se 
pretende obter depois do tratamento e das características do local de 
descarga.
O tratamento de efluentes, que consiste em três fases, será:
• Primário. • Secundário. • Terciário.
Tratamento primário, secundário e terciário
• Tratamento primário: visa a remoção de sólidos em suspensão 
sedimentáveis e, em decorrência, parte da matéria orgânica em 
suspensão (DBO suspensa ou particulada).
• Tratamento secundário: o objetivo principal dessa etapa é a remoção de 
matéria orgânica dissolvida (DBO solúvel ou filtrada) e DBO suspensa e, 
porventura, nutrientes.
• Tratamento terciário: objetiva a remoção de nitrogênio e fósforo, 
organismos patogênicos, compostos não biodegradáveis, metais pesados, 
sólidos remanescente não removidos em sua totalidade nos processos 
anteriores.
Teoria em prática
Bloco 4
Ana Claudia Guedes Silva
Reflita sobre a seguintesituação
• Você é um (a) engenheiro (a) e é consultado para fazer o projeto de um 
sistema para tratamento de água em um pequeno município. Entretanto, 
verificou-se que há apenas um único manancial disponível para captação. 
• Tendo em mente que a vazão para atender a população do município já 
foi quantificada e está adequada, resta apenas a verificação da qualidade 
da água nesse curso d’água. 
Reflita sobre a seguinte situação
• Com base na Resolução CONAMA 357/2005, o corpo hídrico ficou 
enquadrado como classe 2, tendo como algumas das principais 
características da sua água: DBO = 4,5 mg/L; turbidez = 90 UNT; OD = 6,5 
mg/L; cor = 50 mg Pt/L. 
• Dessa forma, qual seria a alternativa de tratamento mais adequada para 
água desse manancial, visando o abastecimento humano?
Norte para a resolução
• Implantação de um sistema de tratamento de água do tipo convencional 
(mistura rápida, coagulação/ floculação, decantação, filtração e 
desinfecção).
• Essa escolha é a mais indicada, pois, além de ser preconizada pela 
resolução CONAMA 357/2005, também é a que apresenta um sistema 
mais robusto a variações de qualidade.
• Obtendo, portanto, um sistema capaz de atender a qualidade de água 
referente aos parâmetros apresentados na questão, como também na 
variação natural a que estão sujeitos.
Dica da professora
Bloco 5
Ana Claudia Guedes Silva
Indicações
• Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água. 
Agência Nacional de Águas (ANA) – Panorama Nacional, 
Abastecimento Urbano de Água, v. 1, 2010.
Indicações
• Manual de controle da qualidade da água para técnicos que trabalham 
em Estações de Tratamento de Águas. 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), 1. 
ed., 2014.
Referências
ALEN SOBRINHO, P.; CONTRERA, R. C. Abastecimento e concepção.
Apresentação da disciplina Saneamento II. Escola Politécnica da Universidade 
de São Paulo, 2013.
AZEVEDO, J. M. N.; FERNÁNDEZ, M. F. Manual de hidráulica. 8. ed. São 
Paulo: Blucher, 1998.
BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde – FUNASA. 
Manual de controle da qualidade da água para técnicos que trabalham em 
ETAS. Brasília, 2014. Disponível em: http://www.funasa.gov.br/site/wp-
content/files_mf/manualcont_quali_agua_tecnicos_trab_emetas.pdf. Acesso 
em: 2 mar. 2020.
http://www.funasa.gov.br/site/wp-content/files_mf/manualcont_quali_agua_tecnicos_trab_emetas.pdf
http://www.funasa.gov.br/site/wp-content/files_mf/manualcont_quali_agua_tecnicos_trab_emetas.pdf
http://www.funasa.gov.br/site/wp-content/files_mf/manualcont_quali_agua_tecnicos_trab_emetas.pdf
http://www.funasa.gov.br/site/wp-content/files_mf/manualcont_quali_agua_tecnicos_trab_emetas.pdf
http://www.funasa.gov.br/site/wp-content/files_mf/manualcont_quali_agua_tecnicos_trab_emetas.pdf
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria de Consolidação 
n. 5, de 28 de setembro de 2017. Brasília, DF, 2017. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0005_ 
03_10_2017.html. Acesso em: 2 mar. 2020.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Agência Nacional de Águas (ANA). 
Atlas Brasil. Abastecimento Urbano de Água: Panorama nacional. Brasília: 
Engecorps/Cobrape, vol. 1, 2010. Disponível em: http://atlas.ana.gov.br/Atlas/ 
downloads/atlas/Resumo%20Executivo/Atlas%20Brasil%20-%20Volume% 
201%20-%20Panorama%20Nacional.pdf. Acesso em: 03 mar. 2020.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prc0005_03_10_2017.html
http://atlas.ana.gov.br/Atlas/downloads/atlas/Resumo%20Executivo/Atlas%20Brasil%20-%20Volume%201%20-%20Panorama%20Nacional.pdf
Referências
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente -
CONAMA. Resolução CONAMA n. 274, de 29 de novembro de 
2000. Publicada no DOU, n. 18, de 25 de janeiro de 2001, Seção 1, p. 70-71. 
Brasília, DF, 2000. Disponível em: http://www2.mma.gov.br/port/conama/ 
legiabre.cfm?codlegi=272. Acesso em: 2 mar. 2020.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente -
CONAMA. Resolução CONAMA n. 357, de 25 de março de 2005. Publicada no 
DOU, n. 053, de 18/03/2005, p. 58-63. Brasília, DF, 2005. Disponível em: 
http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=459. Acesso 
em: 2 mar. 2020.
http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=272
http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=459
Referências
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente -
CONAMA. Resolução CONAMA n. 430, de 13 de maio de 2011. Brasília, DF, 
2011. Disponível em: http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre. 
cfm?codlegi=646. Acesso em: 03 mar. 2020.
COELHO, R. M. P.; HAVENS, K. Crise nas águas. Editora Recóleo. Belo 
Horizonte, 1. ed., 2015.
GUIMARÃES, A. J. A.; CARVALHO, D. F.; SILVA, L. D. B. Saneamento básico. 
Apostila. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2007.
http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=646
Referências
LIBÂNIO, M. Fundamentos de qualidade e tratamento de água. 3. ed. rev. e 
ampl. Campinas: Átomo, 2010. 
ROCHA, A. A. Histórias do saneamento. São Paulo: Editora Edgard Blucher
Ltda, 2018. 1. ed.
TSUTIYA, M. T. Abastecimento de água. São Paulo, Escola Politécnica da USP,
3. ed., 2006.
Referências
VON SPERLING, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de
esgotos. Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental,
UFMG, v. 1, 3. ed., 2008.
Bons estudos!
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