Buscar

Aula 00

Prévia do material em texto

RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 1 
Resumão de Direito Constitucional 
Auditor da Receita Federal 
 
Olá futuros Auditores-Fiscais da Receita Federal! 
Prontos para o SEU salário de R$ 13.600,00 e para ocupar um cargo em 
um dos melhores órgãos da Administração Pública Federal? 
 
Primeiramente, vou fazer uma rápida apresentação para que vocês me 
conheçam um pouco melhor. Meu nome é Roberto Troncoso, sou Auditor 
Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União aprovado no 
concurso de 2007 e pós-graduado em Auditoria e Controle da Gestão 
Governamental. No Tribunal, exerço a função de Pregoeiro Oficial e Gerente de 
Processos. Sou também professor de Direito Constitucional em cursos 
preparatórios para concursos e palestrante de técnicas de aprendizagem 
acelerada aplicadas a concursos públicos. Antes de trabalhar na Corte de 
Contas, fui Agente da Polícia Federal e Técnico Judiciário do TJDFT. 
Durante essa caminhada pelo mundo dos concursos, também fui aprovado 
dentro das vagas para outros cargos, porém, sem assumi-los: Agente de 
Polícia Federal Regional – 2004, Agente de Polícia Civil do DF – 2004, 
Ministério das Relações Exteriores – Oficial de Chancelaria – 2004 e 
Escriturário do BRB – 2001. 
 
Estamos na reta final! Está na hora de dar todo gás!Já para você ir entrando 
no clima, dê uma olhada nesse vídeo. Ele dura 3 minutos e vale a pena ser 
visto! 
http://www.youtube.com/watch?v=HNfUR0tD0XY&context=C4dd2b67ADvjVQa1PpcFOqXS3gL-
KwDldtUOpppow59dmvDClen7I= 
 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 2 
Nossa revisão terá três aulas além dessa demonstrativa: 
Aula 00 – Introdução ao estudo da Constituição. 
Aula 01 –Direitos e garantias fundamentais, direitos sociais, 
nacionalidade, direitos políticos, partidos políticos e remédios 
constitucionais. 
Aula 02 – Organização do Estado + Organização dos poderes: 
Poderes Legislativo (+TCU), Executivo e Judiciário; Funções 
Essenciais à Justiça. 
Aula 03 – Controle de constitucionalidade; Defesa do Estado e das 
instituições democráticas; Tributação e orçamento; Finanças 
públicas; Ordem econômica e financeira; Ordem social. 
Faremos da seguinte forma: primeiro, trago uma questão de prova da Esaf e, a 
partir dela, farei os comentários para revisarmos a matéria. Essa aula 
demonstrativa é um pedaço da nossa primeira aula e já serve para que você 
tenha uma noção de como será o nosso curso. 
 
Caso necessário, enviem suas dúvidas, sugestões, pedidos especiais, 
comentários sobre o material etc. para o email 
robertoconstitucional@gmail.com. 
Confira os cursos de Direito Constitucional em mapas mentais no site do 
Ponto dos Concursos. 
Conheçam também meu blog, com questões comentadas e dicas de concursos: 
http://robertoconstitucional.blogspot.com. 
Facebook: /betotroncoso 
Twitter: @troncosoroberto 
 
Sem mais blábláblá! Vamos estudar! 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 3 
I. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA CONSTITUIÇÃO 
1. (ESAF - 2004 - CGU - Analista de Finanças e Controle) Segundo a melhor 
doutrina, a soberania, em sua concepção contemporânea, constitui um atributo 
do Estado, manifestando-se, no campo interno, como o poder supremo de que 
dispõe o Estado para subordinar as demais vontades e excluir a competição de 
qualquer outro poder similar. 
Certo. Nada melhor que iniciarmos a nossa revisão relembrando o 
conceito de Estado! 
• Estado: é a organização de umpovo soberanoem umterritório. 
Lembre-se da equação: Estado = povo + território + soberania. 
• Soberania: é a capacidade do povo em tornar efetivas as suas decisões 
e a reger a sua vida interna sem a interferência de fatores externos. É o 
poder supremo que um Estado exerce dentro de seu território não 
reconhecendo qualquer outro equivalente ou superior. Assim, a 
soberania poderá ser exercida inclusive através da coação física legítima, 
como o poder de polícia. 
2. (ESAF/ PGFN/2007) Carl Schmitt, principal protagonista da corrente doutrinária 
conhecida como decisionista, advertia que não há Estado sem Constituição, 
isso porque toda sociedade politicamente organizada contém uma estrutura 
mínima, por rudimentar que seja; por isso, o legado da Modernidade não é a 
Constituição real e efetiva, mas as Constituições escritas. 
Errado. Continuamos nossa caminhada revisando os diferentes 
conceitos de constituição. Carl Schmitt realmente era defensor da 
corrente decisionista (a CF é uma decisão política). No entanto, 
defendia a diferenciação entre constituição (normas materialmente 
constitucionais) e leis constitucionais (normas apenas formalmente 
constitucionais). Para ele, as normas formalmente constitucionais, 
apesar de estarem inseridas no texto da CF, não seriam constituição. 
Assim, o mais importante para ele não era a constituição escrita, mas 
sim o conteúdo das normas. Portanto, o erro da questão está em sua 
parte final. Trago aqui um esquema para revisarmos de uma vez os 
conceitos de constituição: 
 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 4 
•Sociológico - Ferdinand Lassale 
- CF = soma dos fatores reais de poder 
- CF é fato social e não norma 
- A Constituição reflete a realidade social. 
- A Constituição escrita apenas formaliza a real 
- Vivem paralelamente 2 constituições - Real 
 - Escrita 
 
- (não vale nada) – é mera folha de papel se não representar os 
reais jogos de poder 
- A Constituição escrita somente sistematiza em um documento 
formal as regras que já existem no mundo real 
 
 
• Jurídico - Hans Kelsen 
- Estritamente formal 
- A validade da CF independe de sua aceitação, de valores ou de moral 
- Adotado pelo Brasil 
 
• Político - Carl Schmitt 
- A Constituição é uma decisão política fundamental 
- Sua validade não está na justiça e sim na decisão política 
- Ato Constituinte = vontade de criar a Constituição 
- Distinção entre Constituição e leis Constitucionais 
 
Constituição (cerne) VS Leis Constitucionais (o resto) 
 
• Uma dica para memorizar os autores e os respectivos conceitos: 
 
 
3. (ESAF/ PGFN/2007) Para Ferdinand Lassalle, a constituição é dimensionada 
como decisão global e fundamental proveniente da unidade política, a qual, por 
isso mesmo, pode constantemente interferir no texto formal, pelo que se torna 
inconcebível, nesta perspectiva materializante, a ideia de rigidez de todas as 
regras. 
Errado. Depois desse nosso esquema fica mais fácil, não? A questão 
traz o conceito político defendido por Carl Schmitt. Lassale defendia 
que a constituição era um fato social e não uma norma. Assim, 
existiriam duas constituições: a constituição real (os reais jogos de 
SoSSiológico – LaSSale 
PolíTTico – SchmiTT 
JurídiKo – Kelsen 
Conceito 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 5 
poder daquela sociedade) e a escrita, que seria mera “folha de papel” 
se não representasse os reais fatores de poder. 
4. (ESAF/AFC-STN/2005) Na concepção de constituição em seu sentido político, 
formulada por Carl Schmitt, há uma identidade entre o conceito de constituição 
e o conceito de leis constitucionais, uma vez que é nas leis constitucionais que 
se materializa a decisão política fundamental do Estado. 
Errado. Realmente o sentido político foi formulado por Carl Schmitt. No 
entanto, não existe unidade entre o conceito de constituição e leis 
constitucionais. Pelo contrário! São coisas diferentes! A questão se 
aproxima mais das idéias de Kelsen (conceito jurídico). 
Para Schmitt, a Constituição é a decisão política fundamental e é 
formada pelas normas que organizam o Estado e limitam o poder 
estatal. Já asleis constitucionais são dispositivos inseridos dentro do 
texto constitucional, mas que não trazem normas sobre a decisão 
política fundamental e, portanto, não são válidas como Constituição. 
5. (ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle - Área - Correição) O 
conceito formal de constituição e o conceito material de constituição, 
atualmente, se confundem, uma vez que a moderna teoria constitucional não 
mais distingue as normas que as compõem. 
Errado. Vamos iniciar agora a revisão da classificação das 
constituições. Quanto ao conteúdo, a constituição pode ser classificada 
em material ou formal. A Constituição material é aquela que possui 
normas somente sobre os temas centrais: organização do estado, 
exercício, aquisição e transmissão do poder e direitos e garantias 
fundamentais. Já a Constituição formal é aquela escrita em um texto 
único e que pode conter tanto normas materiais quanto normas 
apenas formalmente constitucionais. No entanto neste tipo de 
Constituição, não há hierarquia entre as normas. Se está na CF, tem 
valor de Constituição! 
Dessa forma, o sentido material de Constituição, que leva em conta o 
conteúdo da CF, é totalmente diferente do sentido formal, que leva 
mais em conta o seu procedimento de criação. Segue um esquema 
para melhor visualização: 
 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 6 
• Material - Organização do Estado 
Cerne* - Aquisição, exercício e transmissão do Poder 
- Limitação do Poder do Estado (Direitos e Garantias Fundamentais) 
 
•Formal - - Pressupõe texto escrito com normas materiais e outras normas, todas 
com IGUAL hierarquia 
- Adotado pelo Brasil 
 
6. (ESAF - 2004 - MPU - Analista - Administração) Constituições semirrígidas são 
as constituições que possuem um conjunto de normas que não podem ser 
alteradas pelo constituinte derivado. 
Errado. Além da classificação por conteúdo, podemos classificar as 
constituições pela sua alterabilidade. Essa classificação leva em conta 
a seguinte pergunta: “De que forma a Constituição pode ser alterada?” 
A Constituição será: 
• Imutável: quando não puder ser modificada. Segundo os autores, esse 
tipo de Constituição está fatalmente destinada ao fracasso, uma vez que 
a sociedade evolui e a Constituição escrita não a acompanha nesse 
progresso. 
• Rígida: quando o procedimento de alteração do texto constitucional é 
mais difícil do que o procedimento de criação das leis infraconstitucionais 
(leis que estão abaixo da Constituição). 
• Flexível: quando o procedimento de alteração do texto constitucional 
NÃO é mais difícil do que o procedimento de criação das leis 
infraconstitucionais. 
• Semirrígida ou semiflexível: quando uma parte da Constituição é 
rígida e a outra parte é flexível. 
As constituições semirrígidas são aquelas que possuem uma parte 
rígida e outra parte flexível. Assim, uma parte dela é alterada por um 
procedimento mais difícil do que o das leis infraconstitucionais e a 
outra parte é alterada pelo mesmo procedimento das leis comuns. 
7. (ESAF/ENAP/2006) Constituições rígidas são as que possuem cláusulas 
pétreas, que não podem ser modificadas pelo poder constituinte derivado. 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 7 
Errado. A constituição rígida é aquela onde o procedimento de 
alteração de seu texto é mais dificultoso do que o procedimento de 
alteração das leis infraconstitucionais. Quanto às cláusulas pétreas, 
elas podem sim ser modificadas. Podem, por exemplo, sofrer 
ampliação (que é um tipo de modificação). A melhor doutrina entende 
que as cláusulas pétreas podem inclusive ser restringidas, desde que 
devidamente. O que o art. 60 parágrafo 4o da CF veda é a 
ABOLIÇÃO/RESTRIÇÃO INDEVIDA das cláusulas pétreas. Portanto, 
muita atenção aqui! 
8. (ESAF/ PGFN/2007) Considera-se constituição não escrita a que se sustenta, 
sobretudo, em costumes, jurisprudências, convenções e em textos esparsos, 
formalmente constitucionais. 
Errado. Nesta questão, trazemos a classificação quanto à forma, que 
leva em conta a seguinte pergunta: “A Constituição está escrita em um 
texto único?” Se a resposta for positiva, estaremos diante de uma 
Constituição Escrita. Por outro lado, ela será Não Escrita quando não 
estiver consolidada em um texto único. Isso ocorre em duas hipóteses: 
quando a CF realmente não está escrita em lugar nenhum ou quando 
está escrita em textos esparsos. O único erro da questão é a palavra 
“formalmente”, usada ao invés da palavra “materialmente”. Assim, a 
constituição não escrita possui apenas normas materialmente 
constitucionais, por não ser elaborada por procedimento formal. São 
as famosas armadilhas da ESAF! Não deixe de ler e interpretar uma só 
palavra na sua prova! 
9. (ESAF/AFRFB/2009) A constituição sintética, que é constituição negativa, 
caracteriza-se por ser construtora apenas de liberdade negativa ou liberdade-
impedimento, oposta à autoridade. 
Certo. Aqui a ESAF abordou a classificação quanto à extensão. 
Essa classificação leva em conta a seguinte pergunta: “Qual é o 
tamanho da Constituição?” Se a Constituição possuir conteúdo extenso 
e versar sobre matérias outras além da organização básica do estado, 
ela será chamada de Analítica ou Prolixa. 
Por outro lado, se ela for de conteúdo abreviado e tratar somente 
sobre assuntos relativos à organização básica do Estado, ela será 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 8 
chamada de Sintética ou Concisa. Esse último tipo de constituição 
também é chamada de constituição negativa porque somente organiza 
o poder e resguarda as liberdades. 
A constituição negativa somente organiza o poder e resguarda as 
liberdades. No Direito, uma ação negativa é, na verdade, uma omissão. 
Um não fazer. Assim, a ação do Estado é limitada para resguardar as 
liberdades. Ele não pode agir de forma que as prejudique. 
10. (ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle - Área - Tecnologia da 
Informação) Nem toda constituição classificada como dogmática foi elaborada 
por um órgão constituinte. 
Errado. Continuando a revisão da classificação das constituições, 
chegamos à classificação pelo modo de elaboração, que leva em conta 
a seguinte pergunta: “De que forma foi feita a Constituição?” Se a 
Constituição foi produzida no decorrer do tempo e de acordo com o 
desenvolvimento da sociedade através de sua história, ela será 
classificada como Histórica. Por outro lado, se a Constituição foi 
produzida em um determinado momento do tempo e reflete os 
anseios, as aspirações e os dogmas de uma sociedade no momento em 
que foi produzida, ela será classificada como Dogmática. 
Se a Constituição é dogmática, ela deve conter os 
dogmas/aspirações/conceitos/vontades/valores de uma sociedade 
em um determinado momento no tempo. Isso somente pode ser feito 
por um órgão constituinte. 
11. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) As constituições dogmáticas, como é o caso da 
Constituição Federal de 1988, são sempre escritas, e apresentam, de forma 
sistematizada, os princípios e ideias fundamentais da teoria política e do direito 
dominante à época. 
Certo. A constituição dogmática é aquela que reflete os anseios e 
valores de uma sociedade em um determinado momento do 
tempo.Justamente por isso, é necessariamente escrita. 
12. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) No que se refere à origem, a Constituição Federal de 
1988 é considerada outorgada, haja vista ser proveniente de um órgão 
constituinte composto de representantes eleitos pelo povo. 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 9 
Errado. Para finalizar nossa viagem pelos diferentes modos de se 
classificar uma constituição, chegamos à classificação quanto à 
origem. Essa classificação leva em contaa seguinte pergunta: “Quem 
criou a Constituição?” Se ela vem do povo, será uma Constituição 
Promulgada ou Popular. Se ela foi criada por um soberano, monarca ou 
ditador, enfim, se reflete a vontade de outra parte que não a do povo, 
será classificada como Outorgada. Por último, se a constituição estiver 
em uma posição intermediária entre as constituições outorgadas 
(impostas) e as promulgadas (ou populares), ela será classificada 
como Cesarista. Essa última é uma constituição que é outorgada pelo 
governante, mas esse, posteriormente, a submete ao crivo popular. 
Respondendo à questão, a CF88 é promulgada, justamente porque a 
AssembleiaNacional Constituinte é um órgão que representa o povo. 
Dessa forma, foi o próprio povo quem fez a Constituição (através de 
seus representantes). 
13. (ESAF/APOFP-SEFAZ-SP/2009) A Constituição Federal de 1988 é costumeira, 
rígida e analítica. 
Errado. Não podia faltar uma questão sobre como a Constituição 
Federal brasileira se enquadra nessas diferentes classificações. O erro, 
no caso, está em “costumeira”. Na verdade, a CF88 é escrita. 
Revisando: 
A constituição - Formal (quanto ao conteúdo) 
 do Brasil é - Rígida (quanto à alterabilidade) 
- Escrita (quanto à forma) 
- Analítica (quanto à extensão) 
- Dogmática (quanto ao modo de elaboração) 
- Promulgada (quanto à origem) 
14. (ESAF - 2004 - CGU - Analista de Finanças e Controle) Analise as assertivas a 
seguir, relativas ao poder constituinte e princípios constitucionais, e marque 
com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a opção correta. 
( ) Segundo a melhor doutrina, a característica de subordinado do poder 
constituinte derivado refere-se exclusivamente à sua sujeição às regras 
atinentes à forma procedimental pela qual ele irá promover as alterações no 
texto constitucional. 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 10 
( ) O plebiscito consiste em uma consulta feita ao titular do poder constituinte 
originário, o qual, com sua manifestação, irá ratificar, ou não, proposta de 
emenda à constituição ou projeto de lei já aprovado pelo Congresso Nacional. 
( ) Segundo precedente do STF, no caso brasileiro, não é admitida a posição 
doutrinária que sustenta ser o poder constituinte originário limitado por 
princípios de direito suprapositivo. 
( ) Segundo a melhor doutrina, a aprovação de emenda constitucional, 
alterando o processo legislativo da própria emenda, ou revisão constitucional, 
tornando-o menos difícil, não seria possível, porque haveria um limite material 
implícito ao poder constituinte derivado em relação a essa matéria. 
( ) Segundo a melhor doutrina, o art. 3º do Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias da Constituição Federal de 1988 (CF/88), que 
previa a revisão constitucional após cinco anos, contados de sua promulgação, 
é uma limitação temporal ao poder constituinte derivado. 
a) F, F, V, F, F 
b) F, F, V, V, F 
c) V, F, F, F, F 
d) F, V, V, V, V 
e) V, F, F, V, V 
Gabarito: B. Pessoal, agora entramos na revisão do Poder Constituinte, 
que é o poder de criar e de modificar uma Constituição. No Brasil, a 
sua titularidade é sempre do POVO. Ou seja, o poder de criar e de 
modificar a Constituição brasileira é sempre do povo. Vamos seguindo 
com as questões e as revisões virão oportunamente! 
Item A – ERRADO. O poder constituinte derivado possui tanto 
limitações materiais quanto limitações formais, ou seja, tanto regras 
procedimentais quanto regras em relação ao conteúdo. 
Item B – ERRADO. Ratificar é o mesmo que confirmar / validar / 
referendar. Assim, o instrumento que faz isso é o REFERENDO. Já o 
plebiscito é uma consulta prévia ao povo, ou seja, antes da aprovação 
da lei ou da Emenda Constitucional. 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 11 
Item C – CERTO. O poder constituinte originário é ilimitado e o 
Supremo adota a corrente POSITIVISTA, onde o poder constituinte não 
pode ser limitado por nenhuma força anterior à própria Constituição. 
Item D – CERTO. O poder constituinte derivado não pode alterar o 
procedimento de reforma da Constituição. Isso não está escrito na CF, 
mas está implícito. 
Item E – ERRADO. A limitação temporal ocorre quando a Constituição 
deve ficar um período sem ser emendada. Desde o dia em que a cf88 
foi promulgada, ela já poderia ser emendada por meio da Emenda 
Constitucional (normal – 2 turnos e 3/5 dos votos). Assim, não 
existem limites temporais ao poder constituinte derivado. 
15. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) Entre as características do poder constituinte 
originário destaca-se a possibilidade incondicional de atuação, ou seja, a 
Assembléia Nacional Constituinte não está sujeita a forma ou procedimento 
pré-determinado. 
Certo. O Poder constituinte pode ser dividido em Originário, ou seja, 
aquele que cria uma nova Constituição, e Derivado, ou seja, aquele que 
modifica a atual Constituição. 
O poder constituinte originário é incondicionado e ilimitado. Vamos 
revisar as características deste poder: 
 
- Inicial - é a base do ordenamento jurídico; 
 - Autônomo - não se submete a nenhum outro poder; 
- Ilimitado - Não sofre nenhuma limitação imposta por 
norma de direito positivo anterior. Lembre-se de que este 
poder não precisa nem mesmo respeitar o direito 
adquirido, o ato jurídico perfeito ou a coisa julgada; 
- Incondicionado– inexiste qualquer procedimento 
formal pré-estabelecido para que ele se manifeste; 
- Permanente –não se esgota no momento de seu 
exercício.Dessa forma, ele continua a existir, mesmo 
depois de elaborada a Constituição. 
 
Características do 
PoderConstituinteOr
iginário 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 12 
16. (ESAF/AFRFB/2009) O Poder Constituinte Originário é ilimitado e autônomo, 
pois é a base da ordem jurídica. 
Errado. Realmente o constituinte originário é ilimitado e autônomo. 
Mas a definição trazida pela questão foi errada. Ilimitado e autônomo 
significam que ele não sofre limitação alguma para seu exercício. O 
fato de ser a base da ordem jurídica se dá porque o constituinte 
originário é INICIAL. 
17. (ESAF/AFRF/2005) O poder constituinte originário é inicial porque não sofre 
restrição de nenhuma limitação imposta por norma de direito positivo anterior. 
Errado. Esse é o conceito de “ilimitado”. A qualidade de inicial se dá 
porque o constituinte originário inaugura uma nova ordem jurídica. 
18. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) Entre as características do poder constituinte 
originário destaca-se a possibilidade incondicional de atuação, ou seja, a 
Assembléia Nacional Constituinte não está sujeita a forma ou procedimento 
pré-determinado. 
Certo. O poder constituinte originário é incondicionado e ilimitado. 
19. (ESAF/AFRFB/2009) O Poder Constituinte Derivado decorre de uma regra 
jurídica de autenticidade constitucional. 
Certo. Poder constituinte derivado é o poder de se modificar uma 
constituição. Ao contrário do originário, este poder é limitado e 
condicionado aos procedimentos impostos pela própria CF. 
A própria Constituição estabelece como ela será alterada em seu art. 
60 e também no art. 3º do ADCT. Além disso, o poder constituinte 
derivado decorrente está previsto no art. 11 do ADCT. 
20. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Da mesma forma que o poder constituinte 
originário, o poder de reforma não está submetido a qualquer limitação de 
ordem formal ou material, sendo que a CF apenas estabelece que não será 
objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir a forma 
federativa de Estado, o voto direto, secreto, universal e periódico, a separação 
de poderes e os direitos e garantias individuais. 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 13 
Errado. O poderde reforma é limitado e condicionado,sofrendo uma 
série de limitações tanto expressas como implícitas. Exemplos de 
limitações expressas são as próprias cláusulas pétreas e proibição de 
emenda constitucional nos estados de defesa e de sítio. Exemplos de 
limites implícitos são: titularidade do poder constituinte, o processo 
legislativo da PEC e vedação à alteração do art. 60 parágrafo 4o 
(vedação à dupla revisão). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 14 
II. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
21. (ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle - Área - Tecnologia da 
Informação) Sobre Teoria Geral do Estado e princípios fundamentais na 
Constituição Federal de 1988, assinale a única opção correta. 
a) Não é elemento essencial do princípio federativo a existência de dois tipos 
de entidade - a União e as coletividades regionais autônomas. 
b) Rege a República Federativa do Brasil, em suas relações internacionais, o 
princípio da livre iniciativa. 
c) O pluralismo político, embora desdobramento do princípio do estado 
Democrático de Direito, não é um dos fundamentos da República Federativa do 
Brasil. 
d) O princípio republicano tem como características essenciais: a eletividade, a 
temporariedade e a necessidade de prestação de contas pela administração 
pública. 
e) É um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, 
expresso no texto constitucional, a garantia do desenvolvimento nacional e a 
busca da autossuficiência econômica. 
Gabarito: D. Vamos iniciar nossa revisão dos princípios fundamentais 
com uma questão que traz diversos assuntos desta parte inicial da 
Constituição Federal. 
Item A – ERRADO. Uma das características da federação é justamente 
a descentralização do poder, tendo como pressuposto a entidade 
central (União) e outras entidades “periféricas” (estados). 
Itens B e C – ERRADOS. Esses dois são fundamentos da República 
Federativa do Brasil, que aparecem logo no art. 1º. Vamos revisá-los: 
• Fundamentos -soberania; 
-cidadania 
- dignidade da pessoa humana; 
- valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
- pluralismo político. 
• SO-CI-FÚ / DI-VA-PLÚ 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 15 
Item D – CERTO. Essas são as principais características da república: 
os representantes do povo são eleitos por período de tempo 
determinado para garantir a alternância de poder. Além disso, como o 
titular do cargo representa o povo, ele deve prestar contas ao dono do 
poder. 
Item E – ERRADO. A garantia do desenvolvimento nacional, de fato, é 
um dos objetivos fundamentais da RFB. No entanto a busca da 
autossuficiência econômica não o é. 
22. (ESAF - 2008 - Prefeitura de Natal - RN - Auditor do Tesouro Municipal) 
Assinale a opção que indica um dos objetivos fundamentais da República 
Federativa do Brasil expressamente previsto na Constituição Federal que 
confere amparo constitucional a importantes programas do governo federal 
que se concretizam por meio da política nacional de assistência social 
integrando as esferas federal, estadual e municipal. 
a) Garantir a prevalência dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. 
b) Promover o desenvolvimento internacional. 
c) Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e 
regionais. 
d) Erradicar o terrorismo e o racismo. 
e) Promover a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade. 
Gabarito: C. Essa era fácil! Continuando nossa jornada pela parte 
introdutória da Constituição Federal (estamos no art. 3º), vamos 
recordar os objetivos da República Federativa do Brasil: 
- construiruma sociedade livre, justa e solidária; 
- garantiro desenvolvimento nacional; 
- erradicara pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e 
regionais; 
- promovero bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade 
e quaisquer outras formas de discriminação. 
 
Objetivos 
fundamentais 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 16 
23. (ESAF - 2002 - MRE - Assistente de Chancelaria) Assinale a opção em 
que não consta princípio que, segundo a Constituição, rege o Brasil nas suas 
relações internacionais. 
a) Independência nacional. 
b) Defesa da paz. 
c) Concessão de asilo político. 
d) Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade. 
e) Prevalência dos interesses econômicos nacionais. 
Gabarito: E. Os “princípios” trazidos pela CF88 são aqueles que regem 
o Brasil nas relações internacionais. O correto seria prevalência dos 
DIREITOS HUMANOS. Vamos revisar esses princípios: 
Princípios que regem o Brasil em suas relações internacionais 
- Independência nacional 
- Autodeterminação dos povos 
- Não-Intervenção 
- Igualdade entre os Estados 
- Cooperação dos povos para o progresso da humanidade 
 
- Prevalência dos direitos humanos 
- Concessão de asilo político 
 
- Defesa da paz 
- Solução pacífica dos conflitos 
- Repúdio ao terrorismo e ao racismo 
24. (ESAF/AFC-CGU/2006) É um dos objetivos fundamentais da República 
Federativa do Brasil, expresso no texto constitucional, a garantia do 
desenvolvimento nacional e a busca da autossuficiência econômica. 
Errado. Realmente, garantir o desenvolvimento nacional é um dos 
objetivos fundamentais elencados no art. 3º. No entanto, a busca da 
autossuficiência econômica não está prevista no mencionado 
dispositivo, estando aí o erro da questão. Cuidado com as “invenções” 
da ESAF! 
1 – Princípios ligados à 
independência nacional 
2 – Princípios ligados à 
pessoa humana 
3 – Princípios 
ligados à paz 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 17 
25. (ESAF/AFC-CGU/2006) Rege a República Federativa do Brasil, em suas 
relações internacionais, o princípio da livre iniciativa. 
Errado. Trouxe esteitem para mostrar que a ESAF também gosta de 
fazer essa confusão entre “Fundamentos”, “Objetivos Fundamentais” e 
“Princípios que regem os Brasil nas relações internacionais”, todas 
espécies do gênero “Princípios Fundamentais”. Embolou? Vamos 
montar um esquema? 
 
 
 
 
 
 
 
 
O valor social do trabalho e da livre iniciativa constitui um 
“fundamento” da Constituição Federal, e não um “princípio”. 
 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
Tìtulo I da CF88 – arts 1º a 4º 
Fundamentos 
Art. 1º 
 
(SO-CI-FU-DI-VA-PLU) 
Objetivos 
Fundamentais 
Art. 3º 
(verbos) 
Princípios 
que regem o 
Brasil nas 
relações 
internacionais 
(art. 4º) 
RESUMÃO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br
 
Meus carosAuditores-Fiscais da Receita Federal
fina! Está muito perto! Está na hora de estudar com todo o seu coração, 
com todas as suas forças, com toda a sua 
sua alma! 
Ninguém nunca disse que iria ser fácil. Mas fique sabendo que VALE A PENA 
DEMAIS! 
Abraços a todos e até a próxima aula.
 
“Se você acha que pode ou se você acha que não 
pode, de qualquer maneira, você 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
www.pontodosconcursos.com.br 
Fiscais da Receita Federal, estamos chegando na reta 
Está na hora de estudar com todo o seu coração, 
com todas as suas forças, com toda a sua compreensão e com toda a 
Ninguém nunca disse que iria ser fácil. Mas fique sabendo que VALE A PENA 
todos e até a próxima aula. 
RRRooobbbeeerrrtttooo TTTrrrooonnncccooosssooo 
 
 
 
 
“Se você acha que pode ou se você acha que não 
pode, de qualquer maneira, você tem razão.”
(Henry Ford) 
 
 18 
 
estamos chegando na reta 
Está na hora de estudar com todo o seu coração, 
compreensão e com toda a 
Ninguém nunca disse que iria ser fácil. Mas fique sabendo que VALE A PENA 
“Se vocêacha que pode ou se você acha que não 
tem razão.” 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 19 
III. QUESTÕES DA AULA 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA CONSTITUIÇÃO 
1. (ESAF - 2004 - CGU - Analista de Finanças e Controle) Segundo a melhor 
doutrina, a soberania, em sua concepção contemporânea, constitui um atributo 
do Estado, manifestando-se, no campo interno, como o poder supremo de que 
dispõe o Estado para subordinar as demais vontades e excluir a competição de 
qualquer outro poder similar. 
2. (ESAF/ PGFN/2007) Carl Schmitt, principal protagonista da corrente doutrinária 
conhecida como decisionista, advertia que não há Estado sem Constituição, 
isso porque toda sociedade politicamente organizada contém uma estrutura 
mínima, por rudimentar que seja; por isso, o legado da Modernidade não é a 
Constituição real e efetiva, mas as Constituições escritas. 
3. (ESAF/ PGFN/2007) Para Ferdinand Lassalle, a constituição é dimensionada 
como decisão global e fundamental proveniente da unidade política, a qual, por 
isso mesmo, pode constantemente interferir no texto formal, pelo que se torna 
inconcebível, nesta perspectiva materializante, a ideia de rigidez de todas as 
regras. 
4. (ESAF/AFC-STN/2005) Na concepção de constituição em seu sentido político, 
formulada por Carl Schmitt, há uma identidade entre o conceito de constituição 
e o conceito de leis constitucionais, uma vez que é nas leis constitucionais que 
se materializa a decisão política fundamental do Estado. 
5. (ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle - Área - Correição) O 
conceito formal de constituição e o conceito material de constituição, 
atualmente, se confundem, uma vez que a moderna teoria constitucional não 
mais distingue as normas que as compõem. 
6. (ESAF - 2004 - MPU - Analista - Administração) Constituições semirrígidas são 
as constituições que possuem um conjunto de normas que não podem ser 
alteradas pelo constituinte derivado. 
7. (ESAF/ENAP/2006) Constituições rígidas são as que possuem cláusulas 
8. (ESAF/ PGFN/2007) Considera-se constituição não escrita a que se sustenta, 
sobretudo, em costumes, jurisprudências, convenções e em textos esparsos, 
formalmente constitucionais. 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 20 
9. (ESAF/AFRFB/2009) A constituição sintética, que é constituição negativa, 
caracteriza-se por ser construtora apenas de liberdade negativa ou liberdade-
impedimento, oposta à autoridade. 
10. (ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle - Área - Tecnologia da 
Informação) Nem toda constituição classificada como dogmática foi elaborada 
por um órgão constituinte. 
11. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) As constituições dogmáticas, como é o caso da 
Constituição Federal de 1988, são sempre escritas, e apresentam, de forma 
sistematizada, os princípios e ideias fundamentais da teoria política e do direito 
dominante à época. 
12. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) No que se refere à origem, a Constituição Federal de 
1988 é considerada outorgada, haja vista ser proveniente de um órgão 
constituinte composto de representantes eleitos pelo povo. 
13. (ESAF/APOFP-SEFAZ-SP/2009) A Constituição Federal de 1988 é costumeira, 
rígida e analítica. 
14. (ESAF - 2004 - CGU - Analista de Finanças e Controle) Analise as assertivas a 
seguir, relativas ao poder constituinte e princípios constitucionais, e marque 
com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a opção correta. 
( ) Segundo a melhor doutrina, a característica de subordinado do poder 
constituinte derivado refere-se exclusivamente à sua sujeição às regras 
atinentes à forma procedimental pela qual ele irá promover as alterações no 
texto constitucional. 
( ) O plebiscito consiste em uma consulta feita ao titular do poder constituinte 
originário, o qual, com sua manifestação, irá ratificar, ou não, proposta de 
emenda à constituição ou projeto de lei já aprovado pelo Congresso Nacional. 
( ) Segundo precedente do STF, no caso brasileiro, não é admitida a posição 
doutrinária que sustenta ser o poder constituinte originário limitado por 
princípios de direito suprapositivo. 
( ) Segundo a melhor doutrina, a aprovação de emenda constitucional, 
alterando o processo legislativo da própria emenda, ou revisão constitucional, 
tornando-o menos difícil, não seria possível, porque haveria um limite material 
implícito ao poder constituinte derivado em relação a essa matéria. 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 21 
( ) Segundo a melhor doutrina, o art. 3º do Ato das Disposições 
Constitucionais Transitórias da Constituição Federal de 1988 (CF/88), que 
previa a revisão constitucional após cinco anos, contados de sua promulgação, 
é uma limitação temporal ao poder constituinte derivado. 
a) F, F, V, F, F 
b) F, F, V, V, F 
c) V, F, F, F, F 
d) F, V, V, V, V 
e) V, F, F, V, V 
15. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) Entre as características do poder constituinte 
originário destaca-se a possibilidade incondicional de atuação, ou seja, a 
Assembléia Nacional Constituinte não está sujeita a forma ou procedimento 
pré-determinado. 
16. (ESAF/AFRFB/2009) O Poder Constituinte Originário é ilimitado e autônomo, 
pois é a base da ordem jurídica. 
17. (ESAF/AFRF/2005) O poder constituinte originário é inicial porque não sofre 
restrição de nenhuma limitação imposta por norma de direito positivo anterior. 
18. (ESAF/SEFAZ-CE/2007) Entre as características do poder constituinte 
originário destaca-se a possibilidade incondicional de atuação, ou seja, a 
Assembléia Nacional Constituinte não está sujeita a forma ou procedimento 
pré-determinado. 
19. (ESAF/AFRFB/2009) O Poder Constituinte Derivado decorre de uma regra 
jurídica de autenticidade constitucional. 
20. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Da mesma forma que o poder constituinte 
originário, o poder de reforma não está submetido a qualquer limitação de 
ordem formal ou material, sendo que a CF apenas estabelece que não será 
objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir a forma 
federativa de Estado, o voto direto, secreto, universal e periódico, a separação 
de poderes e os direitos e garantias individuais. 
 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 22 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 
21. (ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle - Área - Tecnologia da 
Informação) Sobre Teoria Geral do Estado e princípios fundamentais na 
Constituição Federal de 1988, assinale a única opção correta. 
a) Não é elemento essencial do princípio federativo a existência de dois tipos 
de entidade - a União e as coletividades regionais autônomas. 
b) Rege a República Federativa do Brasil, em suas relações internacionais, o 
princípio da livre iniciativa. 
c) O pluralismo político, embora desdobramento do princípio do estado 
Democrático de Direito, não é um dos fundamentos da República Federativa do 
Brasil. 
d) O princípio republicano tem como características essenciais: a eletividade, a 
temporariedade e a necessidade de prestação de contas pela administração 
pública. 
e) É um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, 
expresso no texto constitucional, a garantia do desenvolvimento nacional e a 
busca da autossuficiência econômica. 
22. (ESAF - 2008 - Prefeitura de Natal - RN - Auditor do Tesouro Municipal) 
Assinale a opção que indica um dos objetivos fundamentais da República 
Federativa do Brasil expressamente previsto na Constituição Federal que 
confere amparo constitucional a importantes programas do governo federal 
que se concretizam por meio da política nacional de assistência social 
integrando as esferas federal, estadual e municipal. 
a) Garantir a prevalência dos valores sociais do trabalho e da livreiniciativa. 
b) Promover o desenvolvimento internacional. 
c) Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e 
regionais. 
d) Erradicar o terrorismo e o racismo. 
e) Promover a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade. 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 23 
23. (ESAF - 2002 - MRE - Assistente de Chancelaria) Assinale a opção em 
que não consta princípio que, segundo a Constituição, rege o Brasil nas suas 
relações internacionais. 
a) Independência nacional. 
b) Defesa da paz. 
c) Concessão de asilo político. 
d) Cooperação entre os povos para o progresso da humanidade. 
e) Prevalência dos interesses econômicos nacionais. 
24. (ESAF/AFC-CGU/2006) É um dos objetivos fundamentais da República 
Federativa do Brasil, expresso no texto constitucional, a garantia do 
desenvolvimento nacional e a busca da autossuficiência econômica. 
25. ESAF/AFC-CGU/2006) Rege a República Federativa do Brasil, em suas relações 
internacionais, o princípio da livre iniciativa. 
 
 
 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 24 
IV. GABARITO 
Introdução ao Estudo da Constituição 
1. C 2. E 3. E 4. E 5. E 6. E 7. E 8. E 9. C 10. E 
11. C 12. E 13. E 14. B 15. C 16. E 17. E 18. C 19. C 20. E 
 
 
Princípios Fundamentais 
21. D 22. C 23. E 24. E 25. E 
 
 
 
 
RESUMÃO – DIREITO CONSTITUCIONAL – AURFB 
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO 
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 25 
V. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
MENDES, Gilmar Ferreira e BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito 
Constitucional. São Paulo: Saraiva 
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva 
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Ed. Átlas 
PAULO, Vicente eALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional 
Descomplicado. Ed. Impetus 
CRUZ, Vítor. 1001 questões Comentadas Direito Constitucional. Questões do 
Ponto (ebook) 
www.stf.jus.br 
www.cespe.unb.br 
http://www.esaf.fazenda.gov.br/ 
http://www.fcc.org.br/institucional/ 
www.consulplan.net 
http://www.concursosfmp.com.br 
http://www.fujb.ufrj.br

Continue navegando