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2º ano Farmacologia
Michelle MEDTXIV ! de !1 107 2º BIMESTRE
F"macologia
2º BIMESTRE
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2º ano Farmacologia
AULA 1 5 
Farmacologia do SNA Simpático 5 
INTRODUÇÃO 5 
VIA NERVOSA AUTONÔMICA SIMPÁTICA - NEURONIOS EFERENTES: 5 
SINTESE, ARMAZENAMENTO E LIBERAÇÃO DE CATECOLAMINAS: 9 
RECEPTORES ADRENERGICOS: 14 
RECEPTORES ALFA 1 (Gq): 16 
RECEPTORES ALFA 2 (Gi/G0) 18 
RECEPTORES BETA 1,2,3 (Gs): 20 
CASO CLINICO 1: 22 
FÁRMACOS SIMPATICOMIMÉTICOS: 23 
AGONISTAS ADRENERGICOS DE AÇÃO DIRETA NÃO SELETIVOS: 24 
AULA 2 26 
Farmacologia do SNA Simpático II 26 
FARMACOS SIMPATOMIMÉTICOS: 26 
AGONISTAS ADRENERGICOS DE AÇÃO DIRETA SELETIVOS: 26 
SIMPATOMIMÉTICOS DE AÇÃO INDIRETA: 31 
SIMPATOMIMÉTICOS DE AÇÃO MISTA: 34 
FÁRMACOS SIMPATOLÍTICOS: 34 
ANTAGONISTAS ALFA ADRENERGICOS: 35 
ANTAGONISTAS BETA ADRENERGICOS: 39 
AULA 3 45 
Anti-inflamatórios não esterioidais I 45 
INTRODUÇÃO: 45 
RESPOSTA INFLAMATÓRIA: 46 
MEDIADORES DA INFLAMAÇÃO: 50 
PRODUÇÃO DE EICOSANOIDES (GERAL): 51 
PRODUÇÃO DE EICOSANOIDES VIA CICLO-OXIGENASE: 52 
FUNÇÕES DOS MEDIADORES EICOSANOIDES: 55 
PRODUÇÃO DE EICOSANOIDES VIA LIPO-OXIGENASE: 56 
REAÇÕES DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA: 58 
FISIOPATOLOGIA DA FEBRE: 58 
FISIOPATOLOGIA DA DOR: 59 
AINEs GENERALIDADES: 60 
MECANISMO DE AÇÃO AINEs: 60 
USO TERAPEUTICO: 61 
AINEs NÃO SELETIVOS & SELETIVOS: 61 
AINES NÃO SELETIVOS: 64 
Michelle MEDTXIV ! de !2 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
IRREVERSIVEIS 64 
AULA 4 67 
Anti-inflamatórios não esterioidais II 67 
AINES NÃO SELETIVOS: 67 
REVERSIVEIS: 67 
AINES SELETIVOS: 73 
MODERADAMENTE SELETIVOS: 73 
SELETIVOS: 74 
Anti-inflamatórios esteroides - glicocorticoides I 76 
INTRODUÇÃO: 76 
PRODUÇÃO: 76 
AÇÕES FISIOLOGICAS DOS GLICOCORTICOIDES: 79 
AULA 5 81 
Anti-inflamatórios esterioidais - glicocorticoides II 81 
EFEITOS FARMACOLÓGICOS: 81 
FARMACOCINÉTICA: 83 
FÁRMACOS GLICOCORTICOIDES: 83 
CLASSIFICAÇÃO: 83 
INDICAÇÕES CLINICAS: 83 
EFEITOS ADVERSOS: 84 
INTERRUPÇÃO DO TRATAMENTO: 85 
SOBRE O PACIENTE: 85 
Anti-histamínicos I: 85 
INTRODUÇÃO: 85 
SINTESE: 86 
ARMAZENAMENTO: 86 
AÇÕES: 86 
RECEPTORES: 87 
AULA 6 89 
Anti-histamínicos II: 89 
REAÇÃO ALERGICA: 89 
ANTI-HISTAMINICOS: 90 
ANTI-HISTAMINICOS H1: 90 
GLICOCORTICOIDES: 93 
TRATAMENTO DO CHOQUE ANAFILATICO: 93 
ANTI-HISTAMINICOS H2: 94 
Terapia farmacologica da asma: 96 
Michelle MEDTXIV ! de !3 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
INTRODUÇÃO: 96 
RESPOSTA INFLAMATORIA: 97 
CLASSIFICAÇÃO CONFORME CONTROLE DA ASMA: 99 
TRATAMENTO FARMACOLOGICO DA ASMA: 100 
AULA 7 101 
Anti-asmáticos: 101 
BRONCODILATADORES: 101 
AGONISTAS BETA 2 ADRENERGICOS: 101 
ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES MUSCARINICOS: 102 
METILXANTINAS: 104 
ANTI-INFLAMATORIOS: 105 
GLICOCORTICOIDES: 105 
Insulinas e hipoglicemiantes: 106 
INTRODUÇÃO: 106
Michelle MEDTXIV ! de !4 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
AULA 1 
F"macologia do SNA Simpático
INTRODUÇÃO 
• O sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático se mantém em equilíbrio; 
- Parassimpático atua em situações de repouso e digestão 
- O simpático vai estar mais atuante em situações de estresse, luta ou fuga 
EX: quando vimos um leão, quando um bandido entra na nossa casa 
• O que acontece no nosso corpo nessas situações de luta ou fuga? Ficamos pálidos, as 
mãos ficam frias, começamos a tremer, coração dispara (taquicardia). Isso é o seu 
corpo te preparando para que você lute ou você fuja. 
- A glicemia aumenta porque você precisa de mais energia para poder lutar ou fugir 
- Precisa de uma maior freqüência cardíaca e uma maior freqüência respiratória para 
que você inale mais oxigênio e espalhe mais rapidamente toda essa glicemia e esse 
oxigênio para os tecidos 
- Tudo isso para que você realize mais a glicose no músculo esquelético para que 
você consiga correr, fugir, lutar, etc. 
• O simpático também vai estar atuante quando a gente fica muito ansioso, com muito 
medo (ex: para prova de fármaco) e vai desencadear a liberação da nora e da 
adrenalina ativando o simpático 
- Quando a gente esta com frio, a gente treme - o simpático esta ativado 
- Quando fazemos exercício fisico, precisamos de mais glicose e oxigênio - simpático 
é ativado 
VIA NERVOSA AUTONÔMICA SIMPÁTICA - NEURONIOS EFERENTES: 
• Via eferente é a que leva informações do SNC para periferia é aqui que os fármacos 
vão atuar 
• Os nervos eferentes simpáticos vão ter origem na região torácica e lombar da medula 
espinal, diferente da via parassimpática que era chamada de craniossacral (fibras 
eferentes se originavam do tronco encefálico ou da porção sacral da medula) 
• A origem da via simpática é desde o primeiro segmento torácico da medula espinal 
ate o segundo ou terceiro segmento lombar da medula espinal - torocolombar 
• FIBRAS: essa via é constituida por duas fibras: uma pre e uma pós ganglionar 
Michelle MEDTXIV ! de !5 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- A fibra pre ganglionar vai se comunicar entre o SNC e a fibra pos 
- A fibra pos vai comunicar a fibra pre ganglionar e o os órgãos efetores 
- A fibra pre ganglionar é mais curta na via simpática; a fibra pos ganglionar é bem 
maior 
- Assim que a fibra pre-ganglionar é ativada, ela vai produzir, armazenar e liberar a 
acetilcolina (colinérgica) 
- A fibra pos ganglionar da via simpática vai produzir, armazenar e liberar 
noradrenalina (adrenérgica) 
• RECEPTORES: existem receptores tanto nos gânglios quanto nos órgãos efetores; os 
receptores ganglionares vão estar nos corpos celular da fibra pôs ganglionar 
- A via pos ganglionar da via simpática é adrenergica mas no seu corpo celular vai 
apresentar receptores colinérgicos nicotinicos 
- Esses gânglios dessa via estão localizados principalmente ao lado da coluna 
vertebral (paraventrebral; 22 pares - lado direito e esquerdo); espalhados na região 
torácica e abdominal (pre-vertebrais); e na região sacral e próximo ao pescoço 
(mais raros; terminais) 
- Esses receptores colinergicos nicotinicos sao ionotropicos - canais ionicos; quando a 
fibra pre libera acetilcolina 
- Quando 2 moléculas de Ach se ligarem nesses receptores eles vão se abrir 
permitindo passagem do sódio que vai entrar e causar mudança na voltagem 
Michelle MEDTXIV ! de !6 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
intracelular; essa mudança se alcançar o limiar de ação vai abrir canais de sódio 
voltagem dependente e ai vamos ter potencial de ação 
- Os receptores adrenergicos sao metabotropicos e estado ligados cada um a uma 
proteína G diferente 
• Quando essa fibra pós ganglionar simpática é ativada, existem as vesículas de 
noradrenalina na sua porção terminal que vai ser liberada por exocitose e vai se ligar 
nos receptores dos órgãos receptores (receptores adrenergicos alfa e beta) 
• EXCEÇÕES: são duas exceções na via simpática 
- Nem sempre vai ter a produção da noradrenalina (noraepinefrina); na via simpática 
podemos produzir também e a adrenalina (epinefrina) 
- Primeira exceção: a adrenalina é produzida principalmente na medula da glândula 
suprarrenal; 
* Quando precisamos produzir a adrenalina a gente precisa agir muito rápido - luta 
ou fuga - então, algumas fibras pre ganglionares simpáticas vao deixar a medula e 
vão inervar a medula da glândula suprarrenal 
* La será produzido principalmente adrenalina e um pouquinho da noradrenalina e 
esses neurotransmissores vão cair diretamente na corrente sanguinea; nessa 
situação 
* A fibra pôs ganglionar na verdade é uma celula neuroendrocrina (cromafins) que 
estão na medula da suprarrenal 
- Segunda exceção: nós temos vias eferentes simpáticas que inervam glândulas 
sudoríparas que produzem e secretam suor; a via simpática eferente que inerva 
Michelle MEDTXIV ! de !7 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
glândulas sudoríparas tem sua fibra a pós ganglionar produzindo acetilcolina assim 
como a fibra pre ganglionar• AÇÕES DA VIA SIMPÁTICA: 
- Respostas contrarias da via parasimpática 
- Dilata pupila - midríase 
- Músculos lisos - relaxa 
- Sistema cardíaco - ativa (aumenta freqüência cardíaca) 
- Exerce efeitos metabólicos principalmente no fígado e no pâncreas 
Michelle MEDTXIV ! de !8 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Promove maior disponibilização da 
glicose (ex: inibindo a produção do 
glicogênio) 
- Exceção: órgãos reprodutores; a via 
parassimpatica causa ereção e a 
simpática ejaculação (se 
complementam) 
SINTESE, ARMAZENAMENTO E LIBERAÇÃO DE CATECOLAMINAS: 
• Neurotransmissores atuantes na via simpática são as catecolaminas; apresentam esse 
nome porque catecol é um anel aromático ligado a dois grupamentos hidroxilas e tem 
a amina (catecol + amina) 
Michelle MEDTXIV ! de !9 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• PRODUÇÃO: sao produzidas a partir de 
aminoácidos, nesse caso a partir da tirosina 
que é um aminoácido que nos produzimos mas 
é necessária a fenilalanina que é um 
aminoácido essencial (não produzimos) 
- Fenilalanina usada para produzir a tirosina 
depois serão três reações importantes: 
1º: hidroxilação da tirosina para formar a 
dopa e quem catalisa essa reação é a 
tirosina hidroxila 
2º: a dopa será transformada em 
dopamina e quem catalisa essa reação é a dopadescarboxilase (aminoacido - 
aromático descarboxilase); essa enzima vai ser usada para descaboxilar a dopa e 
outros substratos para produzir outros neurotransmissores (multiuso) 
3º: a dopamina vai ser transformada em noradrenalina por meio da adição de 
uma hidroxila no carbono do lado da amina e essa reação é catalisada pela 
dopaminahidroxilase 
TIROSINA -> DOPA -> DOPAMINA -> NORADRENALINA 
- Essas reações acontecem principalmente na fibra adrenergica que é pôs ganglionar 
da via simpática 
- Tirosina foi produzida e chegou no neurônio ai vai ser transformada em dopa que vai 
ser transformada em dopamina que vai para dentro da vesícula; 
- Assim que a dopamina for produzida ela vai para dentro da vesícula porque a 
enzima dopaminahidroxilase esta dentro dessas vesículas; a noradrenalina vai ser 
produzida so dentro da vesícula 
- Essa condição é importante porque no citoplasma tem enzimas que metabolizam a 
noradrenalina e se ela for formada no citoplasma ela poderia ser prontamente 
metabolizada pelas MAO’s; é um mecanismo para poupar energia e previnir que 
seja degradada 
• ARMAZENAMENTO: A dopamina vai ser transportada para dentro da vesícula por meio 
de transportador ( transportador vesicular de monoaminas), funciona em duas etapas: 
- Existem uma bomba que vai bombear prótons H+ dentro da vesícula gastando um 
ATP 
Michelle MEDTXIV ! de !10 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Na sequencia quando a dopamina for sendo produzida, existe um cotransportador ( 
transportador vesicular de monoaminas) que vai mandar um próton pra fora e uma 
dopamina para dentro 
- O transporte do H+ é a favor do gradiente de concentração; 
- A noradrenalina que foi metabolizada vai ficar guardada na vesícula ate quando a 
fibra pôs ganglionar for estimulada pela pre ganglionar; 
• LIBERAÇÃO: quando tiver o potencial de ação, vai mudar a voltagem do neurônio e 
quando isso acontece, na porção terminal da fibra adrenergica vão se abrir canais de 
cálcio voltagem dependentes; 
- O cálcio entrando no neurônio vai facilitar a interação de proteínas da membrana 
vesicular com a membrana do neurônio e essas membranas vão se fundir e a 
noradrenalina vai ser liberada por exocitose 
• DESTINOS DA NORADRENALINA: vai chegar nos receptores pôs sinápticos adrenergicos 
alfa ou beta e ai ela pode seguir alguns caminhos, o principal deles é ser recatada 
pela própria fibra adrenergica 
- Existem fármacos que atuam nesse transporte de volta da noradrenalina 
- 70% a 90% na noradrenalina liberada vai ser recaptada pelo transportador de 
noradrenalina que esta na membrana plasmática do neurônio adrenérgico; 
- Transportador de noradrenalina: é um cotransportador; ele vai transportar no mesmo 
sentido o sódio e a noradrenalina que acabou de ser utilizada e tesa sobrando na 
fenda; o sódio que esta mais concentrado fora vai impulsionar a noradrenalina para 
dentro 
* essa nora não pode ficar dentro do citoplasma pois existem enzimas que podem 
metaboliza-la 
* É necessario guardar novamente dentro da vesícula; o transportador vesicular de 
monoamina será utilizado no processo; 
* É um mecanismo vantajoso pro corpo para não precisar ficar produzindo novamente 
a noradrenalina 
- Ainda existem 2 possibilidades para essa noradrenalina: uma delas é a possibilidade 
de ser recaptada porem ficara no citoplasma que possui enzimas que vao 
metaboliza-la 
* tem dois principais tipos de enzimas que vao degradar esse nerotransmissor: 
monoaminoxidases (MAO) ou as CONT (catecolometiltransferase) 
Michelle MEDTXIV ! de !11 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
* As MAO’s possuem 2 isoformas que são parecidas porem com ações um pouco 
diferentes: 
MAO - A: degrada NE, dopamina, seratonina 
MAO - B: degrada NE, dopamina e seratonina mas tem preferencia pra 
dopamina; degrada mais rapidamente a dopamina 
* Essas enzimas vão ficar na membrana mitocondrial que estão nos neurônios 
adrenergicos; 
* elas também serão expressas no epitélio intestinal no fígado e a sua principal 
expressão é no SN 
* As CONT praticamente não são produzidas no SN, são produzidas principalmente no 
fígado e nos rins; vão metabolizar as catecolaminas 
- Um terceiro caminho para essa noradrenalina é ela se difundir pelo sangue; ela 
acaba não sendo recaptada, se difunde e nos outros tecidos elas serão metalizadas 
pelas CONT e seu metabólitos serão eliminados na urina 
• PRODUÇÃO E SECREÇÃO DE ADRENALINA: 
- Na medula da suprarrenal a gente encontra células cromais que sao células 
neuroendocrinas que sao ativadas por um neuronio e vao ter a função de secretar, 
nesse caso aqui um hormônio que vai cair direto na corrente sangüínea 
- O SNC foi ativado e ativou as fibras pre ganglionares da via eferente simpatica; 
algumas dessas fibras pre ganglionares vao inervar a medula da suprarrenal e 
quando essas fibras sao ativadas vai ser produzida acetilcolina 
- A acetilcolina vai ser liberada na medula da suprarrenal, as células cromafins vao ter 
receptores colinergicos nicotinicos; a acetilcolina vai se conectar nesses receptores 
e vai abrir canais (receptor ionotropico) e sódio vai entrar nessas células cromafins 
- O sodio vai causar abertura de canais de sódio voltagem - dependente e 
despolarizar a celula cromafins; essas células ativadas vão liberar seus grânulos que 
contem noradrenalina mas principalmente adrenalina 
- Dos neurotransmissores encontrados na suprarrenal 80% corresponde a adrenalina e 
mais ou menos 20% é a noradrenalina 
- Essas catecolaminas vao sair da medula da suprarrenal e vao cair direto na corrente 
sangüínea e isso faz com elas ajam de uma forma muito rápida porque pela 
corrente sangüínea elas vao ser distribuídas para todo nosso corpo 
Michelle MEDTXIV ! de !12 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- A adrenalina vai ser mais potente que 
a noradrenalina em todos os 
receptores adrenergicos; ela precisa 
d uma concentração menor para ter 
mesmo resultado da noradrenalina 
- Quando nos deparamos com uma 
situação de perigo precisamos ter 
uma resposta rápida; 
- A produção da adrenalina é igual a 
da noradrenalina ate a ultima etapa 
(que forma a noradrenalina); na medula d aglandula suprarrenal nos produzimos 
uma enzima chamada feniletanolamina-N-metiltransferase, essa enzima vai metilar a 
noradrenalina 
 NORADRENALINA -> ADRENALINA 
- A produção da adrenalina ocorre na medula 
da suprarrenal porque é la que produzimos a 
enzima responsável pela transformação de 
noradrenalina em adrenalina 
- A produção da adrenalina, ate a etapa de 
noradrenalina, vai estar acontecendo dentro 
da celula cromafim, nos grânulos 
- Assim que a noradrenalina for produzidaela 
sai desses grânulos porque a enzima 
(feniletanolamina - N - metiltransferase) está 
no citoplasma; 
- A noradrenalina vira adrenalina e volta para 
dentro dos grânulos ate que a fibra pre 
ganglionar seja estimulada, ocorra potencial 
de ação e os grânulos sejam liberados na corrente sangüínea 
• MEDO E ANSIEDADE: certas regiões especificas do SNC serão estimuladas; essas regiões 
vao estimular o eixo HIPOTALAMO - HIPOFISE - CORTEX - SUPRARRENAL 
- O hipotálamo vai secretar corticotrofina e vai estimular a neurohipofise que vai 
estimular o hormônio adrenocorticotrofico 
- Esse hormônio vai ser liberado pela adenohipofise, vai cair na corrente sangüínea e 
chegar no cortex da suprarrenal induzindo a produção de cortisol 
Michelle MEDTXIV ! de !13 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- O cortisol vai ser liberado na corrente sangüínea e exercer vários efeitos (ex: 
aumentar a glicemia) mas na glândula nos temos vasos chamado 
portaintrasuprarrenais que vao comunicar o cortex com a medula da suprarrena, 
então um pouco desse cortisol vai para medula do suprarrenal 
- Ele vai aumentar a expressão da tirosinahidroxilase, da feniletanolamina - N - 
metiltransferado; vai aumentar a produção das catecolaminas -> ativa mais ainda o 
simpático 
RECEPTORES ADRENERGICOS: 
• Esses receptores sao expressos nos órgãos efetores e vao ser responsivos as 
catecolaminas liberadas pela va simpática (noradrenalina e adrenalina) 
• Sao divididos em alfa e beta; o alfa será subdividido em alfa 1 e alfa 2; o receptor beta 
será subdividido em beta 1, beta 2 e beta 3 
• Todos esses receptores sao acoplados a proteína G (metabotrópicos) so que vao ter 
uma expressão diferente em cada parte do corpo 
• RECEPTOR ALFA 
- Alfa 1: expresso principalmente nos músculos lisos dos vasos sanguineos, nos olhos, no 
sistema urinário (ex: esfincters) 
- Alfa 2: expresso no pancreas, na porção pre-sinaptica, nos vasos sangüíneos (menor 
quantidade que alfa 1) 
• RECEPTOR BETA: 
- Beta 1: expresso principalmente no coração e nos rins 
- Beta 2: expresso principalmente em musculos lisos, bronquios, musculo detrusor da 
bexiga, utero, fígado, etc 
- Beta 3: expresso principalmente no tecido adiposo 
• Tem receptor pré sinóptico que esta na fibra pós-ganglionar; o principal tipo de 
receptor adrenérgico pre-sinaptico é o alfa 2; o 
- Modula secreção da noradrenalina 
Michelle MEDTXIV ! de !14 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• Os receptores adrenergicos sao do tipo metabotropicos, ou seja, ligados a proteína G; 
cada um deles pode estar ligado a proteina G diferente 
- Receptor adrenérgico alfa 1 ligado a proteina Gq 
- Receptor adrenergico alfa 2 ligado a proteina Gi 
- Receptor adrenérgico beta ligado a proteina Gs 
Michelle MEDTXIV ! de !15 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
RECEPTORES ALFA 1 (Gq): 
• Vai estar acoplado a proteina Gq e expresso no musculo liso dos vasos sangüíneos, 
esfíncteres e no músculo dilatador da pupila 
• Quando um agonista (adrenalina ou noradrenalina) se liga nele, ele vai ser ativado e 
vai ativar a proteína Gq 
• Essa proteina Gq ativa vai separar subunidade beta e gama da alfa; a subunidade 
alfa da proteína Gq é a que vai ser ativa e vai fazer a ativação da fosfolipase c 
(enzima que ta na membrana) 
• A fosfolipase C vai metabolizar fosfatidil inositol de fosfato em DAG e IP3 
- DAG: diacilglicerol 
- IP3: inusitol trifosfato 
• O inusitol trifosfato vai abrir canais de calco no retículo sarcoplasmatico; cálcio sai do 
retículo e vai pro citoplasma (aumenta níveis de cálcio no interior da celula) 
• O calcio no citoplasma vai interagir com a calmodulina; cálcio com calmodulina ativa 
miosinaquinase de cadeia leve; essa enzima fosforila e ativa a cadeia leve da miosina 
• Quando a miosina é fosforilada, ela consegue ser ativada e interagir com a actina; 
miosina e actina = contração 
• O diacilflicerol vai manter essa miosina por mais tempo fosforilada e ativa, atuando no 
sentido da atuação 
Michelle MEDTXIV ! de !16 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• RESULTADO DA ATIVAÇÃO: vasoconstrição, aumento da pressão arterial; contração dos 
esfíncteres (inibe a vontade de fazer xixi); dilatação da pupila (contracao do músculo 
dilatador da pupila) 
- Outra ação de alfa 1 é inibir a produção de glicogênio no fígado; em situações de 
luta ou fuga precisamos liberar e não armazenar a glicose 
- Exceção: também temos o alfa 1 expresso em quantidade pequena no músculo liso 
do trato gastrointestinal ( o que predomina é beta 2); la, esse receptor vai provocar 
o relaxamento do músculo liso 
O pouco de calcio que entra pela expressão do alfa 1 no TGI não vai causar 
contração; 
Esse cálcio que entra pela ativação do receptor alfa 1 no músculo liso do TGI vai 
abrir canais de potássio dependentes de cálcio; 
O canal de potássio aberto vai fazer com que o potássio saia da celula e torna-la 
cada vez mais negativa - hiperpolarizada 
• OBS: No vaso sangüíneo ainda há presença de receptores alfa 2 e beta 2; o beta 2 vai 
causar inicialmente relaxamento do vaso só que predomina-se essa ação quando a 
noradrenalina e a adrenalina estão em baixas concentrações 
• AÇÃO DA VIA SIMPATICA NA DILATAÇÃO DA PUPILA: 
Michelle MEDTXIV ! de !17 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Via parassimpática: miose (contração da pupila); vai simpática: midríase (dilatação 
da pupila) 
- No olho temos o músculo constritor da pupila ou esfíncter da íris e temos o músculo 
radial que é o dilatador da pupila; nos temos receptores muscarinicos no musculo 
constritor da pupila (M3 principalmente); a acetilcolina faz a contração desse 
músculo - diminui a pupila - miose 
- Os receptores alfa 1 estão no músculo dilatador da pupila ou radial da iris; esse 
músculo não é concêntrico então se contrai esse músculo a pupila aumenta - 
dilatação - midríase 
RECEPTORES ALFA 2 (Gi/G0) 
• Vai estar acoplado a proteína Gi e proteina G0; é expresso em alguns tecidos, 
principalmente no pâncreas 
• Quando um agonista (noradrenalina ou adrenalina) se liga no receptor vai ativar o 
receptor e a proteina G inibitoria; 
• A proteina G inibitoria ativa vai separar a subunidade alfa da beta e gama; a 
subunidade alfa será a ativa e vai inibir a adenililciclase; essa enzima normalmente 
produzir AMPc que ativa a proteína quinas A; 
• Essa proteina Gi acoplada ao receptor alfa 2 vai inibir a adenililciclase, diminuindo a 
produção de AMPc, diminuindo a ativação da PKA 
• A PKA é a proteina quinase A e normalmente abre canais de calcio e aumenta calcio; 
como esta inibida haverá diminuição da concentração de cálcio 
• Receptor adrenérgico alfa2 também esta acoplado a proteina G0; a subunidade beta 
e gama d proteína G0 vai abrir canais de potássio na membrana da celula; potássio 
vai sair da celula (ion positivo) que vai ficar hiperpolarizada 
• NO PÂNCREAS: na celula beta pancreática vai ter produção e armazenamento da 
insulina; quando sobe o nível de glicose, a insulina será liberada pela celula beta 
pancreática 
- Para que a insulina seja liberada é precisa sair das vesículas e sair da celula beta 
pancreática; 
- O cálcio irá auxiliar essa liberação das vesículas com insulina, vai ser importante 
para que a membrana das vesículas se fundam com a membrana da celula beta 
pancreática e a partir disso sejam liberadas na corrente sangüínea 
- O alfa 2 vai diminuir calcio e com isso vai ter diminuição da secreção da insulina 
Michelle MEDTXIV ! de !18 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- O simpatico tem essa ação para que haja diminuição da captação de glicose por 
tecidos desnecessários em situações de luta ou fuga 
- Ainda vai ter insulina suficiente para que tecidos e órgãos sejam capazes de captar 
a glicose - SNC, coração, músculo esquelético 
- Essa diminuição da insulina vai ocorrer para que haja um redirecionamento da 
glicose para os órgãos de maior importância na situação 
• Esses receptores ainda estarão 
presentes na membranado neurônio pre ganglionar; a noradrenalina e adrenalina 
podem interagir com esses receptores e como eles estão acoplados a proteína Gi e G0 
vai diminuir a liberação da noradrenalina - Feedback negativo 
- É mais difícil, então, ativar essa fibra; serve como modulação fibra adrenergica pôs 
ganglionar 
Michelle MEDTXIV ! de !19 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
RECEPTORES BETA 1,2,3 (Gs): 
• Os tres tipos estar ligado a proteína Gs (estimulatoria) 
• O receptor sera ativado por um agonista (noradrenalina ou adrenalina); quando é 
ativado irá ativar a proteína Gs 
• A subunidade beta gama e alfa dessa proteina vao se separar; a subunidade alfa é a 
parte ativa da proteína Gs e vai ativar a enzima adenililciclase 
• Essa enzima vai produzir AMPc que vai ativar PKA (proteina quinase A); essa proteína 
vai ter sua ação dependente do tecido no qual estamos falando 
• BETA 1: expresso principalmente no coração; está expresso nos rins também 
NO CORAÇÃO: 
- A PKA, no tecido cardiaco, vai abrir canais de cálcio; o cálcio entra e interage com 
a calmodulina ativando miosina quinase de cadeia leve -> ativa miosina -> miosina 
e actina -> contração 
- As nossas principais células marca-passos sao as que estão no nó sinoatrial; elas vão 
gerar potencial de ação de maneira independente; nesse potencial de ação o 
cálcio é extremamente importante, quanto maior quantidade de cálcio maior é a 
freqüência cardíaca -efeito cronotropico positivo 
NOS RINS: 
- Esse receptor, nos rins, quando ativado vai induzir a secreção da renina 
- Eixo renina angiotensina aldosterona; a renina ajuda na conversão da angiotensina 
1 em angiotensina 2 
Michelle MEDTXIV ! de !20 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- A angiotensina 2 vai aumentar produção da aldosterona (vasoconstritora), aumenta 
reabsorção de sódio, varias ações que vão elevar a pressão arterial 
OBS: alfa 1 e beta 1 vão estimular o sistema cardiovascular; 
• BETA 2: expressos em músculos lisos (bexiga, TGI, brônquios, útero, etc) e nos 
hepatocitos 
- A ação da PKA no músculo liso é diferente do que no coração; a PKA vai inativar a 
miosinaquinase de cadeia leve 
- A mioquinase de cadeia leve normalmente (ativa) fosforila e ativa a miosina que vai 
interagir com a actina e gerar contração 
- No músculo liso, quando beta 2 é ativo e a PKA for produzida, ela ira inativar essa 
proteína miosinaquinase de cadeia leve e consequentemente a miosina não vai ser 
ativada e nem interagir com a actina, ou seja, relaxamento da musculatura 
- Resultados: broncodilatação, relaxamento do utero, relaxamento do músculo 
detrusor da bexiga, diminui motilidade do TGI 
- Beta 2 também esta no músculo esquelético e aqui vai causar contração. A PKA no 
músculo esquelético abre canais de cálcio ai causa tremor (ex; broncodilatador que 
possui efeito adverso tremores) 
Michelle MEDTXIV ! de !21 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Nos hepatócitos o beta 2 vai estimular glicogenólise. A PKA no hepatócito vai 
promover a quebra do glicogenio para liberar a glicose no sangue e aumentar o 
aporte energético numa situação de luta ou fuga, estresse, exercício físico 
CASO CLINICO 1: 
Paciente 1: hipertenso; 
Paciente 2: asmático; 
Paciente 3: sofreu intoxicação do tipo micetismo. 
Após analisar os casos dos 3 pacientes, ASSINALE a alternativa que apresenta as opções 
CORRETAS de fármacos que poderiam ser administrados para cada um dos pacientes. 
a) Paciente 1: agonista dos receptores adrenérgicos alfa 1; Paciente 2: antagonista 
dos receptores adrenérgicos beta 2; Paciente 3: agonista dos receptores 
adrenérgicos. 
b) Paciente 1: antagonista dos receptores adrenérgicos alfa 1; Paciente 2: agonista 
Michelle MEDTXIV ! de !22 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
dos receptores adrenérgicos beta 2; Paciente 3: antagonista dos receptores 
adrenérgicos. 
c) Paciente 1: agonista dos receptores adrenérgicos alfa 1; Paciente 2: agonista dos 
receptores adrenérgicos beta 2; Paciente 3: agonista dos receptores colinérgicos. 
d) Paciente 1: antagonista dos receptores adrenérgicos alfa 1; Paciente 2: agonista 
dos receptores adrenérgicos beta 2; Paciente 3: agonista dos receptores 
colinérgicos. 
e) Paciente 1: antagonista dos receptores adrenérgicos alfa 1; Paciente 2: agonista 
dos receptores adrenérgicos beta 2; Paciente 3: agonista dos receptores 
adrenérgicos. 
EXPLICAÇÃO: o primeiro paciente é hipertenso então preciso inibir a via simpática, se 
utilizar um agonista alfa1 no Paciente 1 a pressão dele vai aumentar; o Paciente 2 é 
asmático e no processo da asma tem uma vasoconstrição intensa e ai preciso ativar a 
via simpática; o ultimo paciente esta com mimetismo, nesse caso sua via parassimpática 
está muito ativada e preciso administrar um fármaco que inibe a via parassimpático 
FÁRMACOS SIMPATICOMIMÉTICOS: 
• São fármacos que vao ativar a via simpática de diferentes formas: direta, indireta ou 
mista 
Michelle MEDTXIV ! de !23 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Ação direta: vão se ligar em algum receptor adrenérgico alfa ou beta; podem 
ainda ser divididos em seletivos (se ligam com uma maior preferencia a algum tipo 
de receptor) e não seletivos (se ligam em dois ou mais tipos de receptor adrenérgico 
sem nenhuma preferencia) 
SELETIVIDADE DIFERENTE DE ESPECIFICIDADE 
- Ação indireta: eles não vao necessariamente se ligar e ativar um receptor 
adrenérgico mas eles vão aumentar os níveis de catecolaminas de diferentes formas 
inibindo enzimas que degradam as catecolaminas (MAO e CONT) ou por outros 
mecanismos complexos; podem ser fármacos, substâncias ilícitas ou podem estar 
em alimentos (ex: tiramina) 
OBS: não sera comentado ainda sobre os fármacos que inibem as enzimas degradadas 
de catecolaminas 
- Ação mista: eles vão tanto ativar receptor adrenérgico como aumentar o nível de 
noradrenalina 
AGONISTAS ADRENERGICOS DE AÇÃO DIRETA NÃO SELETIVOS: 
• Mimetizam os efeitos da noradrenalina ligando-se diretamente nos adrenoreceptores; 
- Adrenalina: alfa 1, alfa 2, beta 1, beta 2 
- Noradrenalina: alfa 1, alfa 2, b1 
- Isoproterenol: beta 1 e beta 2 
 1. ADRENALINA: 
• É um neurotransmissor que nós produzimos, então ser um fármaco agonista; a 
adrenalina não é nada seletiva porque ela se liga a receptores alfa (1 e 2) e beta (1 e 
2); 
• No sistema cardiovascular ela vai causar aumento da pressão; se liga ao alfa 1 e vai 
causar vasoconstrição; vai se ligar em beta 1 e pode causar aumento da secreção 
renina que ativa a via do eixo Renina Angiotensia e Aldosterona - aumenta pressão 
• No coração, ao se ligar em receptores beta 1 ela vai causar efeitos cronotropicos e 
inotropicos positivos; ela vai aumentar a força de contração e a freqüência cardíaco 
• Nos músculos lisos, ao se ligar em receptores beta 2, a adrenalina vai causar dilatação 
do útero, diminui as cólicas, broncodilatação, etc. 
• Nos músculos esqueleticos, ao se ligar com beta 2, pode causar tremores; 
• No pancreas, se ligando ao receptor alfa 2, vai diminuir a secreção de insulina 
Michelle MEDTXIV ! de !24 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• No fígado, se ligando ao receptor alfa 1, vai diminuir armazenamento de glicogênio; 
quando se liga ao receptor beta 2, vai aumentar glicogenolise 
• APLICAÇÃO CLINICA: 
- Asma - tratamento de emergência (beta 2): 
Na asma, a adrenalina vai causar broncodilatação (beta 2) mas pode causar 
taquicardia (beta 1), vasoconstrição (alfa 1) ou hiperglicemia (alfa 2). 
Antigamente a adrenalina era usada para tratar asma porem hoje em dia 
possuem fármacos mais seletivos com menos efeitos adversos 
- Choque anafilático (beta 2): tem uma grande liberação de histamina que vai causar 
broncoconstricao, vasodilatação, edema de glote, paciente não vai conseguir 
respirar normalmente; a adrenalina via intramuscular vai causar broncodilação, 
aumenta a pressão evitando sinais e sintomas graves do choque anafilático 
 Esse choque pode ser controlado nos primeiros minutosmas a gente pode ter 
uma liberação nova de histamina e ai não vai ser so com adrenalina, talvez tenha 
que ser passado um corticoide ou anti-histaminico para controlar. 
A adrenalina pode ser usada pelo paciente ou em hospitais mas é necessária a 
explicação de como e quando utilizar esse medicamento em casa. 
- Parada cardiaca (beta 1): é preciso aumentar a freqüência cardíaca (no hospital); 
• OBS: a adrenalina é mais potente do que a noradrenalina; é administrada 
principalmente via intravenosa porque pela via oral será muito metabolizada e quase 
nada chegara na corrente sangüínea. 
- Via intramuscular e subcutânea ate pode ser utilizada porem a adrenalina causa 
vasoconstrição e vai diminuir muito a absorção do fármaco; vai ter menor fluxo 
sanguíneo para que ela seja absorvida então vai ser um processo muito lento (em 
uma parada cardíaca é inviável) 
• EFEITOS ADVERSOS: superlativação do sistema cardiovascular, aumento da pressao, 
taquicardia, arritmia cardíaca, cefaleia, tremores, irritação, hiperglicemia 
principalmente em pacientes diabéticos do tipo II 
• Adrenalina não sera um uso crônico, será pontual; 
2. NORADRENALINA: 
• É um agonista; vai se ligar em todos os receptores adrenergicos 
Michelle MEDTXIV ! de !25 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• Uma diferença marcante da ação da adrenalina e da noradrenalina é que a 
noradrenalina é menos potente e em um certo tipo de receptor essa ação da nora é 
bem menor do que da adrenalina - receptor beta 2 adrenérgico 
• A adrenalina é cerca de 50% vezes mais ativas em receptor beta 2 do que a 
noradrenalina; 
• APLICAÇÃO CLINICA: principal utilização é pra ativar o sistema cardiovascular: 
aumentar a pressão em caso de choque, numa parada cardíaca; 
• EFEITOS ADVERSOS: tremor, taquicardia, arritmia, hiperglicemia 
• É muito metabolizada via oral, causa vascoconstricao subcutânea e intramuscular; 
principal via aplicada é a via intravenosa 
3. ISOPRENALINA/ISOPROTRENOL: 
• É agonista; se liga e ativa tanto receptor beta 1 e beta 1; dos não seletivos é a mais 
seletiva ja que não aja tanto em receptores alfa 
• APLICAÇÃO CLINICA: 
- Antigamente era muito utilizada em doenças respiratórias ja que causava 
broncodilataçãoo porem ela ativa beta 1 também 
- Utilizado em emergencias para aumentar a freqüência cardíaca e pouco utilizada 
na asma 
• EFEITOS ADVERSOS: taquicardia, arritmia, cefaleia, rubor 
AULA 2 
F"macologia do SNA Simpático II
FARMACOS SIMPATOMIMÉTICOS: 
AGONISTAS ADRENERGICOS DE AÇÃO DIRETA SELETIVOS: 
• Mimetizam os efeitos da noradrenalina ligando-se diretamente nos adrenoreceptores: 
- Dobutamina (beta 1) 
- Fenilefrina (alfa 1) 
- Salbutamol/terbutalina (beta 2) 
- Clonidina (alfa 2) 
1. DOBUTAMINA: 
Michelle MEDTXIV ! de !26 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• É um fármaco considerado agonista beta 1 seletivo mas sabe-se que ela não atua 
somente em beta 1; 
- A dobutamina é um farmaco que possui carbono quiral (quatro ligantes diferentes) 
e quando isso acontece ela pode ter varios isomeros 
- Ela possui varios isomeros e dentre eles tem o isomero destrogero e levogero 
- A forma destrogera e levogera são agonistas beta 1; a forma destrogera é também 
antagonista alfa 1 (diminui pressão); so que a forma levogera dessa molécula é 
agonista alfa 1(aumenta pressão) 
- Comercialmente, a dobutamina é vendida como uma mistura racemia (partes 
iguais dos dois isômeros) e o resultado final da sua ação: 
Os dois isômeros sao agonistas beta 1 
Se metade vai ativar agonista alfa 1 e metade vai metade vai inativar alfa 1, o 
efeito sobre alfa 1 vai ser praticamente nulo - por isso é classificada agonista beta 
1 
• RELEMBRANDO: Nos temos receptor beta 1 principalmente sendo expresso nos rins e no 
coração; no coração vai aumentar forca de contração e freqüência cardíaca 
• A dobutamina vai ativar beta 1 causando aumento da freqüência cardíaca e da 
forca de contração (efeito isotrópico positivo) 
• APLICAÇÕES CLINICAS: insuficiencia cardiaca, bradicardia (ex: depois de um infarto), 
- Com a ultilização desse farmaco o coração vai ter mais forca pra bater e 
conseguimos tratar a insuficiência cardíaca 
• EFEITOS ADVERSOS: arritmia cardiaca e o próprio infarto; 
- Arritmia é alguma alteração da freqüência cardíaca e esse fármaco vai atuar 
exatamente ai; possui um efeito brando na FC mas mesmo assim pode causar 
arritmia cardíaca 
- Depois que o paciente tiver um infarto ele pode ter uma estimulação vagal e ter 
essa bradicardia; é possível utilizar a dobutamina para fazer o coração bater 
normalmente; se o paciente tiver um novo infarto a dobutamina vai continuar 
forçando o coração podendo desencadear um infarto 
2. FENILEFRINA E NAFAZOLINA 
• São agonistas alfa 1 seletivos; 
Michelle MEDTXIV ! de !27 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• Esses fármacos, ao ativar os receptores alfa 1 adrenergicos (musculo liso dos vasos 
sangüíneos) vão ativar proteína Gq, aumentar cálcio e gerar contração - 
vasoconstrição → aumenta pressão 
• APLICAÇÃO CLINICA: sua principal utilização é como descongestionante nasais; 
- Quando estamos com resfriado/renite/rinosinusite há uma grande quantidade de 
congestão nasal 
- Os vasos da cavidade nasal vao dilatar e terá maior fluxo sangüíneo e 
provavelmente vai ter processo inflamatório envolvido, contração endotelial, saída 
de células inflamatórias → congestão, maior produção e secreção de muco 
- A vasodilatação contribui para congestão nasal e ai os agonistas alfa 1 vao fazer 
contração dos vasos sangüíneos 
- Quando ha aplicação topica do neosoro® (nafazolina), esse fármaco fazer com 
que haja contração dos vasos da mucosa nasal → vai ter diminuição da saída 
excessiva de secreções, de muco, de celula inflamatórias → melhora a congestão 
nasal 
- Descogex ® pode ser utilizado via oral; a absorção vai sr um pouco maior e tera 
mais risco de efeito adverso como por exemplo, aumento da pressão 
• NOMES COMERCIAIS: 
- Neosoro ® - nafazolina 
- Deongex ® - fenilefrina 
• EFEITOS ADVERSOS: 
- Quando esses descongestionantes sao usados pela via oral, u dos efeitos adversos é 
aumento da pressão; 
- Quando utilizamos pela via tópica existe o efeito rebote; quando a nossa mucosa 
nasal fica muito tempo com os vasos contraídos, o fluxo sangüíneo na região vai 
estar diminuído (diminuição da oxigenação nasal) 
* Se o paciente usar por mais de 5/6 dias pode acontecer hipóxia e ai o nosso 
organismo vai fazer vasodilatação rebote 
* Mesmo que o paciente continue utilizando o fármaco, o paciente vai ter uma 
dessensibilização dos receptores e ai acontece a vasodilatação por conta da 
hipoxia 
* Essa vasodilatação pode vir um pouco pior do que no inicio do processo; a 
congestão volta e pode voltar pior 
Michelle MEDTXIV ! de !28 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
* O efeito rebote é chamada de sinusite medicamentosa 
* O descongestionante pode causar irritação, ressecamento, etc; 
• INDICAÇÃO: usar os descongestionante por 6 dias quando realmente esta muito 
congestionado; 
- Para pacientes que se apresente com renite constante é indicado utilização de 
descongestionante que não tenha o ativo vasoconstritor; são as formulações 
infantis; não apresentam agonista alfa 1, vão apresentar sais que vão fluidificar, 
diminuir a viscosidade das secreções nasais 
3. SALBUTAMOL, TERBUTALINA E FENOTEROL: 
• São fármacos agonistas seletivos para beta 2; famosos por tratar doenças respiratórias 
• Beta 2 vai ser expresso em músculos lisos como nos brônquios; quando ativado esse 
receptor vai causar broncodilatação facilitando a respiração 
• Quanto maior a concentração dos fármacos maior o risco de ativar beta 1; ainda 
pode ter um risco de taquicardia e arritmia 
• São broncodilatadores considerados de primeira linha para tratamento da asma e 
clinicamente eles causam uma broncodilatação muito efetiva 
• Os agonistas de beta 2 são divididos fármacos de ação curta e ação longa 
- Ação curta:salbutamol, fenoterol, terbutalina; 
* Eles vao começar a agir em pouco tempo, 10/15 minutos 
* O tempo de ação deles é menor, de 3 a 6hrs dependendo do fármaco 
- Ação longa: salmeterol, vilanterol, formoterol 
* Vão demorar mais pra começar a broncodilatar 
* Salmetoerol vai demorar quase uma hora para agir 
* O tempo de ação deles é maior, chega ate 12hrs 
- Quando o paciente esta com crise de asma ele precisa de uma broncodilatação 
rápida - ação curta; para manter o paciente sem crise e previnir crises - ação longa 
20:03 
• NOMES COMERCIAIS: 
- Berotec ® - fenorerol 
- Aerolin ® - salbutamol 
• APLICAÇÃO CLINICA: 
Michelle MEDTXIV ! de !29 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Asma (via oral, inalação ou intravenosa): 
broncodilatadores 
- Inibição do parto prematuro - salbutamol; 
* Ativam beta 2 e relaxam a musculatura do 
utero (no parto prematuro há muitas 
contrações) 
• EFEITOS ADVERSOS: quanto maior 
concentração podem ativar beta 1 causando 
taquicardia, arritmia, tremores (beta 2 está 
presente também nos músculos) 
4. CLONIDINA, METILDOPA 
• São alfa 2 seletivos; os receptores alfa 2 
podem ser autorreceptores (pre sinóptico; no 
neuronio pre ganglionar adrenérgico ) 
- A noradrenalina sercretada na fenda sinóptica pode se ligar com os receptores alfa 
2 na membrana da fibra pôs ganglionar; 
- Quando tem ativação desse receptor alfa 2 pre sináptico vai ativar a proteína Gi 
que vai inibir adenilciclase, inibindo a ativação da pKa 
- Inibição da pKa vai diminuir o cálcio (facilitador da interação entre membrana 
vesicular e membrana do neuronio) que seria necessário para liberação da 
noradrenalina 
- Esse receptor ainda esta ligado a proteína G0 que vai abrir canais de potássio, o 
potássio sai da celula (hiperpolarizaçao) tornando mais difícil estimulação do 
neurônio 
- Ativação do alfa 2 pré-sinóptico vai diminuir a liberação de noradrenalina; é um 
fármaco agonista alfa 2 mas vai diminuir a ativação da via simpática porque vai 
aumentar a inibição da liberação da noradrenalina 
• O efeito do uso de um fármaco agonista alfa 2 seletivo é a diminuição da pressão; 
- Vai ter menor ativação dos receptores alfa 1 adrenergicos nos vasos sangüíneos 
• NOMES COMERCIAIS: 
- Aldomet® - alfa- metildopa 
- Atensina® - clonidina 
Michelle MEDTXIV ! de !30 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• APLICAÇÃO CLINICA: anti-hipertensivo; 
SIMPATOMIMÉTICOS DE AÇÃO INDIRETA: 
• Potencializam a transmissão adrenergica, aumentando a liberação de noradrenalina 
das vesículas 
• Alem de fármacos, existem outros compostos que atuam dessa forma como drogas 
ilibais (anfetaminas) e a tiramina que é um composto um pouco diferente 
1. TIRAMINA 
• Ela gera uma interação com medicamentos; 
• É uma feniletilamina, uma substancia parecida com uma catecolamina 
• Esta presente em alguns alimentos: queijos, vinhos, cerveja… 
• Quando há uma grande ingestão de tiramina por meio de algum desses alimentos, ela 
vai ser metabolizada pelas enzimas MAO, justamente porque é uma substancia 
parecida com as catecolaminas 
• Essas enzimas estão presentes tanto em células nervosas (degradacao de 
catecolaminas) mas também no fígado, no intestino… 
• Quando ingerimos uma quantidade razoável de tiramina, as MAO’s que estão la no 
intestino vao degradas as tiraminas e seus metabólicos degradados 
• Existe alguns medicamentos que vão inibir as MAO’s; eles podem ser utilizados para 
tratar depressão 
- Há inibição da MAO 
- Aumenta o nível dos neurotransmissores e consegue amenizar os sinais e sintomas da 
depressas 
• Quando há um paciente realizando tratamento da depressão com esses fármacos 
inibidores da MAO e ele ingere uma grande quantidade de tiramina (pelos alimentos), 
esse paciente não vai realizar a metabolização da tiramina no instestino 
- A tiramina consegue ser absorvida, sai do lumen intestinal e cai na corrente 
sangüínea 
Michelle MEDTXIV ! de !31 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Chegando na corrente sangüínea, a tiramina vai encontrar a via eferente simpática; 
por ser parecida com uma catecolamina, ela vai entrar nos neurônios adrenergicos 
(pos ganglionares) e vai entrar dentro da vesícula 
- Mas a noradrenalina e a toramina nao conseguem ficar juntas dentro da vesícula, ai 
a tiramina, ao entrar nas vesículas, vai expulsar a noradrenalina que vai começar a 
ser liberada na fenda sináptica → causa aumento da pressão 
- Vai acontecer uma descarga simpática, uma liberação muito grande da 
noradrenalina → vai ativas o receptor alfa 1 → vasoconstrição → risco de crises 
hipertensivas intensas, risco de infarto, 
risco de AVE 
• Pacientes que estão utilizando 
antidepressivos que sao inibidores da 
MAO não sao aconselhados a ingerir 
grande quantidade de tiramina e 
alimentos nos quais essa substancia esta 
presente 
• OBS: a tiramina, quando entra dentro da 
vesícula, é metabolizada, vira outro 
composto 
2. ANFETAMINA 
• A anfetamina e a metanfetamina sao as 
principais substancias ilícitas 
• A diferente entre elas é a presença de uma metila a mais e é mais potente que a 
anfetamina 
• Sao drogas um pouco mais caras; 
• Essas drogas agem como simpatomiméticos de ação direta por pelo menos 3 
mecanismos ja propostos 
• Elas vão agir de uma forma muito parecida com a da tiramina; elas vão ser absorvidas, 
vão atingir o sistema nervoso autônomo (no SNC também), vão ser armazenadas nas 
vesículas no lugar das cotecolaminas e vai liberar a noradrenalina 
• Elas ainda são fracas inibidoras da MAO, vão aumentar liberação da noradrenalina e 
diminuir a sua degradação 
• As anfetaminas podem, também, bloquear a recaptação da noradrenalina 
Michelle MEDTXIV ! de !32 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- A noradrenalina é recatada (voltando pro interior do neurônio noradrenergico) por 
meio do transportador de noradrenalina; ai do citoplasma do neironio ele volta para 
vesícula por meio do transportador vesicular de monamina 
- As anfetaminas vao inibir o transportador de noradrenalina fazendo com que esse 
neurotransmissor fique mais tempo no meio extracelular, ou seja, aumentam 
liberação da nora, diminui sua metabolização (inibem a MAO) e diminui a sua 
recaptação (inibe transportador de noradrenalina 
- Nos sistema nervoso central vai ter um aumento significativo da noradrenalina 
fazendo com que o paciente sinta-se (no inicio) mais euforico, atento, feliz; ele vai 
perder o apetite, o sono; 
- Com o passar do tempo pode acontecer a tolerância e a mesma dose não vai ser 
suficiente para causar o mesmo efeito → vai ter que aumentar a dose da droga 
para ter os mesmas “sensaçõs boas” 
- Essa tolerancia pode causar dependencia podendo causar a drogadição; essa 
situação faz com que a pessoa queira fazer de tudo para conseguir a substancia 
que vai dar prazer → fica agressiva, perde libido, etc 
• APLICAÇÃO CLINICA: há a utilização de fármacos parecidos com anfetaminas, 
principalmente o metilfenidato (ritalina ®) e a dextroanfetamina 
• Esses fármacos tem um mecanismo de ação das anfetaminas → vao inibir as MAO, vao 
diminuir a recaptação (inibição do transportador de noradrenalina), vão atuar de uma 
forma parecida com a da tiramina; 
- No SNC isso vai proporcionar o aumento da noradrenalina 
- Esses fármacos sao utilizados principalmente para tratamento de TDAH 
- Nesse transtorno, um dos fatores envolvidos é a falha adrenergica no SNC fazendo o 
indivíduo sentir dificuldades de se concentrar, fica hiperativo, agitado, etc… 
• Quando paciente usa esses fármacos, os níveis de noradrenalina no SNC aumentam, 
melhorando a ação desse neurotransmissor, por exemplo, na região pre-frontal → 
melhora concentração, aprendizado, diminui hiperatividade, etc 
• Por serem parecidos com as anfetaminas, so sao indicados por prescrição médica e 
retenção da receita; 
• A dose desses medicamentos é extremamente controlada, justamente para evitar 
efeito adversos e a dependência, a drogadição 
- A dose maximada ritalina é 60mg por dia aproximadamente 
Michelle MEDTXIV ! de !33 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Geralmente o medico vai prescrever doses menores; 
• EFEITOS ADVERSOS: depressão, fadiga, agitação, irratibilidade, ansiedade, delirios, 
alterações da libido, insonia, suicídios 
SIMPATOMIMÉTICOS DE AÇÃO MISTA: 
• Potencializam a transmissão adrenergica, aumentando a liberação de noradrenalina 
das vesículas e ativam receptores adrenergicos 
1. EFEDRINA E PSEUDOEFEDRINA 
• Esses fármacos vao se ligar em receptores adrenergicos e ativa-los (alfa e beta; não 
sao seletivos) e vao aumentar a liberação de noradrenalina da fenda sináptica; 
• APLICAÇÃO CLINICA: Principal uso é como descongestionante por ativar alfa 1 (diminui 
contestão nasal); podem ser de uso oral porem com prescrição medica sem retenção 
da receita→ pela via oral vao ativar via simpática e um dos principais efeitos é 
cardiovascular (aumento da PA) 
• EFEITOS ADVERSOS: taquicardia, aumento da PA, insônia 
• Eles podem estar presentes em formulações junto com outros fármacos para amenizar 
sinais e sintomas de resfriado, gripe, etc (ex: paracetamol, dipirona, etc) 
FÁRMACOS SIMPATOLÍTICOS: 
• Bloqueiam receptores adrenergicos, diminuem o efeito da noradrenalina; podem ser 
antagonistas de receptores alfa ou antagonistas de receptores beta; 
• Esses fármacos vão inibir a via simpática; 
Michelle MEDTXIV ! de !34 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
ANTAGONISTAS ALFA ADRENERGICOS: 
• RELEMBRANDO: receptores alfa 1 vai causar vasoconstrição e midríase (dilatação da 
pupila); receptores alfa 2 podem estar localizados nos neurônios pre-sinápticos → 
diminui liberação da noradrenalina, diminuindo efeitos da via simpática 
• Existem fármacos que podem atuar como antagonistas dos dois receptores (alfa 1 e 2) 
ou como antagonistas de um dos receptores (alfa 1 ou alfa 2) 
• De uma forma geral, esses antagonistas sao competitivos, ou seja, vao se ligar nos 
receptores alfa mas não vao fazer nada com esse receptor (não vao ativar); como 
geralmente esses receptores estão inativos eles irão continuar inativos e a via simpática 
não vai ser ativada 
- Exceção: a maioria é competitivo (vao se ligar não tão fortemente → pontes de 
hidrogenio, Vander walls e depois de um tempo conseguem se desligar), a exceção 
é a fenoxibenzoamina que é um antagonista não seletivo e não competitivo → vai 
fazer ligações covalentes com os receptores alfa 
1. ANTAGONISTAS ALFA NÃO SELETIVOS: bloqueia alfa-1 e alfa-2; não vai deixar as 
catecolaminas agirem; 
Michelle MEDTXIV ! de !35 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• Fenoxibenzamina e fentolamina 
• NOME COMERCIAL: Vigamed® 
• RECEPTORES ALFA-1 BLOQUEADO: se há bloqueio desse receptor → vai causar redução 
da pressão arterial (vasodilatação) porque alfa-1 ativado causa vasoconstrição; 
- Quando reduz a pressão, para o meu corpo não deveria ter reduzido a pressão; os 
barorreceptores vão perceber a queda da pressão e vai se comunicar com o bulbo 
(T.E) que vai ativar a via eferente simpática 
- Barorreceptor vai ser ativado e vai levar há uma ativação da via simpática por meio 
de uma maior liberação de catecolaminas 
- A noradrenalina vai ser mais liberada mas o receptor alfa-1 ta bloqueado → não vai 
ter aumento da pressão 
- Os receptores beta estão livres (nao estão bloqueados por esses fármacos); beta-1 
no coração vai ser ativado → aumenta freqüência cardíaca, aumenta força de 
contração do coração → paciente pode apresentar taquicardia e arritmia 
• RECEPTOR ALFA-2 BLOQUEADO: esse receptor bloqueado não irá controlar a liberação 
da noradrenalina por Feedback negativo; 
- A catecolamina vai continuar sendo produzida, ainda mais que a pressão continua 
baixa; 
• O risco de taquicardia e arritmia acaba sendo elevado porque os receptores alfa 
estão bloqueados por esses medicamentos enquanto os beta não, fazendo com que 
“sobre para ele” 
- Beta-2 esta no coração, então os efeitos adversos serão cardíacos 
• APLICAÇÃO CLINCA: no brasil não sao muito utilizados; fora são utilizados para 
tratamento de feocromocitoma 
- Feocromocitoma é um tumor na medula suprarrenal (local de produção de 
adrenalina e noradrenalina) 
- Quando o paciente tem esse tumor, ele vai ter uma produção muito grande de 
catecolaminas → ele pode ter pressão alta, por exemplo 
- O tratamento geralmente é cirúrgico mas em casos mais graves a cirurgia não é 
recomendada ai o paciente precisa controlar a superlativação da via simpática 
- Tanto a fenoxibenzamina quanto a fentolamina podem ser utilizadas nesses casos 
desse tumor 
Michelle MEDTXIV ! de !36 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- A fenoxibenzamina vai ter uma ação um pouco maior porque é antagonista não 
competitivo → ela se liga por meio de ligações covalentes e vai ficar ligada por um 
grande período de tempo; 
- Quando o paciente tem o feocromocitoma e ele pode fazer cirurgia, é necessário 
preparar o paciente para essa operação porque é arriscado realiza-la com a 
pressão alta e ha perigo do tumor se romper e liberar uma grande quantidade de 
catecolaminas → crise hipertensiva na cirurgia 
* O recomendado é tratar por pelo menos 3 ou 2 semanas com hipertensivo → por 
exemplo, a fenoxibenzamina que vai bloquear os receptores alfa e durante a 
cirurgia não vai ter o pico de pressão mesmo se essa catecolamina seja liberada, 
etc 
- Se o paciente não conseguir realizar essa operação de retirada do tumor, ele vai ter 
que controlar a pressão e a fenoxibenzamina pode ser utilizada para tratar 
continuamente essa pressão (não é o fármaco preferível) 
- A fentolamina é recomendada para controle da pressão a curto prazo; é utilizada 
mais pro tratamento continuo (não é preferível) 
2. ANTAGONISTAS ALFA-1 SELETIVOS 
• São fármacos mais preferíveis para tratamento de hipertensão justamente por serem 
seletivos e terem menos riscos de efeitos adversos 
• Eles vão bloquear alfa-1 → vai diminuir a pressão; os barorreceptores vão detectar e 
ativar a via simpática causando maior produção de noradrenalina; como esses 
fármacos sao seletivos, o receptor alfa-2 não estará inibido e irá controlar por 
Feedback negativo a liberação da nora → o risco de causar taquicardia é menor 
• APLICAÇÃO CLINCIA: tratamento do feocromocitoma e hipertensão não relacionada 
ao feocromocitoma; ainda podem utilizados para tratamento da hiperplasia prostática 
benigna (HPB) 
- A HPB é um processo relativamente normal (o aumento das células da próstata) 
principalmente depois dos 60/70 anos; 
- Um dos principais sintomas é a retenção urinária porque a uretra passa pela próstata 
e quando a próstata está aumentada, irá bloquear a passagem da urina pela uretra 
→ dificuldade de urinar 
- Também existe receptor alfa no colo da bexiga, na próstata, no esfíncter interno da 
uretra, na própria uretra 
Michelle MEDTXIV ! de !37 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Quando ativa alfa-1 → aumenta nivel de calcio e contrair e ai nesse caso, vai 
causar contracao do esfincter da uretra e isso vai dificultar a micção, pode contrair 
a uretra dificultando ainda mais a urinar 
- Se utilizar um antagonista alfa-1 vai relaxar o esfíncter facilitando a micção; vai 
ajudar a relaxar a uretra e também facilita a micção → alivia a retenção urinária 
observada em homens com HPB 
• FÁRMACOS: prazosina (minipress ®); terazosina, doxazosina e tansolosina (utilizada 
principalmente pra HPB) 
a) Prazosina (ação curta): minipress ® 
- É o fármaco com tempo de ação mais curto ; 
- Tempo de meia vida é de 3/4 hrs 
- Consegue agir de 7 - 10 horas 
- Vai ser utilizada 2 ou 3 vezes por dia 
- Tratamento de feocromocitoma, hipertensão e HPB 
- Para hipertensão a dose é um pouco maior do que quando for utilizada para HPB 
* HPB: 1-5mg 2x/dia (maximo 10mg por dia) 
* Hipertensão: máximo 20mg por dia 
- Efeito adverso: hipotensão ortostática; 
* Quando a gente levanta precisamos de maior fluxo sangüíneo (pressão tem que 
subirum pouco mais) para poder atingir o SNC; alfa-1 ta bloqueado → o aumento 
do fluxo sangüíneo na hora de levantar vai estar dificultado principalmente no 
começo do tratamento 
* Indicação: começar o tratamento titulando as doses; ir aumentando 
gradativamente a dose → dose inicial: 1mg 2 ou 3x por dia; se não foi possível 
controlar a pressão com essa dose inicial ai é so ir aumentando ate conseguir 
controlar a pressão do paciente 
* A titulação da dose diminui o risco de ter hipotensão ortostática 
b) Terazosina e Doxazosina (ação longa): 
- Tratamento da pressão alta, feocromocitoma e HPB 
- Tempo de ação é maior 
- Tempo de meia vida da terazosina é 12hrs e pode agir no corpo ate 20hrs 
- Tempo de meia vida da doxazosina é de 20hrs e pode agir de 30 ate 36hrs 
Michelle MEDTXIV ! de !38 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Paciente pode usar só uma dose por dia desses fármacos; 
- Esses fármacos possuem um efeito a mais do que a prazosina → alguns experimentos 
mostraram que eles podem aumentar a apoptose de células da próstata; 
* O paciente que tem HPB e usarem esses fármacos, alem de controlar a retenção 
urinária talvez ainda conseguem contribuir pro tratamento dessa hiperplasia 
c) Tansulosina 
- Receptores alfa-1 e 2 tem outras subclassificações (alfa-1 a/b/c) 
- No trato urinário vai predominar receptor alfa-1 do tipo a ; 
- Esse fármaco é antagonista alfa-1 adrenérgico e tem uma seletividade maior pelo 
subtipo alfa-1 a 
- A tansulosina vai agir antagonizando principalmente receptor alfa-1 adrenérgico 
que esta no trato urinário 
- Ela tem pouca ação nos receptores alfa-1 dos vasos sangüíneos → não será possível 
tratar feocromocitoma e hipertensão 
- Por ela ser mais seletiva pro trato urinário, é interessante para pacientes com HPB → 
vai ser possível diminuir a retenção urinaria (relaxamento do esfíncter e uretra) e o 
risco de efeito adverso é reduzido 
• EFEITOS ADVERSOS GERAIS: hipotensão ortostática, cefaleia, tontura, taquicardia reflexa 
ANTAGONISTAS BETA ADRENERGICOS: 
• São beta bloqueadores; bloqueiam receptores beta adrenergicos e diminuem o efeito 
das catecolaminas 
• RELEMBRANDO: 
- Receptor beta-1: todos são acoplados a proteínas Gs (estimulatoria); quando são 
ativados vão ativar adenilciclase, vai produzir AMPc e vai ativar a proteína quinase 
A; dependendo do tipo de tecido que o receptor se encontra a a pKa vai ter uma 
função diferente 
* No coração vai abrir canais de cálcio → aumentar a força de contração → 
aumenta freqüência cardíaca 
* No rim aumenta liberação da renina → contribui pro aumento da pressão 
- Receptor beta-2: também vai ativar pKa so que esta expresso principalmente em 
músculo liso e la vai ser observado relaxamento 
* Broncodilatação 
* Relaxamento do utero 
Michelle MEDTXIV ! de !39 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• BLOQUEIO DE BETA-1- NO CORAÇÃO (principal efeito): 
- O fármaco vai se ligar no receptor beta-1 → a maioria deles ja esta inativo, então ira 
continuar inativo e vai impedir que a noradrenalina e a adrenalina ativem esses 
receptores 
- Vai diminuir a ativação do beta-1 → vai causar redução da frequência cardíaca e 
da força de contração → vai reduzir o debito cardíaco (FC X VS) e 
consequentemente, a longo prazo, vai ter redução da pressão arterial (porque esta 
diminuindo o volume bombeado) 
- A curto prazo pode ter uma pequena elevação da pressão porque se diminui o 
debito cardíaco, os barorreceptores vai detectar e vão ativar a via simpática 
reflexa; 
- A longo prazo, o paciente vai se “acostumar”; o organismo vai se adaptando e a 
pressão reduz 
• BLOQUEIO DE BETA-1 - NOS RINS: 
- Se tem o bloqueio do receptor beta-1 nos rins, vai diminuir a secreção de renina 
contribuindo para redução da pressão arterial 
• APLICAÇÃO CLINICA GERAL: são utilizados principalmente para antagonizar os 
receptores beta; eles não vão ativar e vai impedir a ativação pelas catecolaminas → 
vão diminuir freqüência cardíaca, forca de contração, debito cardíaco, pressão 
arterial, etc 
- Tratamento de hipertensão 
- Tratamento do infarto 
* Vai diminuir a demanda de oxigênio porque vai diminuir freqüência cardíaca (vai 
bater mais fraco) 
- Arritmias (alterações na freqüência) 
- Glaucoma (pressão intraocular elevado) 
* A ativação dos receptores beta no olho vai aumentar a produção do humor 
aquoso e se há o bloqueio desses receptores → diminui produção do liquido e 
consequentemente diminui a pressão intraocular 
• DIVISÃO DOS BETA BLOQUEADORES: 
- Um dos tipos de betabloqueadores, também são antagonistas alfa-1 (carvedilol e 
labetalol) que são os de terceira geração → se antagoniza alfa-1 tem vasodilatação 
que vai aumentar tamanho do vaso e diminuir a pressão 
Michelle MEDTXIV ! de !40 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Nomes comerciais - bloqueadores seletivos beta-1: 
* Atenolol: atenol ® 
* Metaprolol: selozok ® 
- Nomes comerciais - bloqueadores não-seletivos (beta-1 e beta-2): 
* Propranolol: inderal ® 
* Timolol: timoptol ® 
- Nomes comerciais - bloqueadores não seletivos (alfa-1 e beta-antagonistas): 
* Carvedilol: cardilol ® 
* Labetalol 
• A maioria dos betabloqueadores são antagonistas competitivos; ao se ligar no receptor 
não vai fazer nada 
• Recentemente foi descoberto que alguns betabloqueadores não sao simples 
antagonistas, por exemplo, propanolol 
• EFEITOS ADVERSOS GERAIS: 
- Por bloquear beta-1, paciente pode ter maior risco de bradicardia 
Michelle MEDTXIV ! de !41 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Por bloquear beta-2 (no caso dos não seletivos, principalmente),pode causar 
broncoconstrição → em pacientes sem doença respiratória talvez não sinta uma 
dificuldade muito grande de respirar; paciente com predisposição de doenças 
respiratórias, ao utilizar esses fármacos pode piorar o caso 
* É mais preferível utilização de beta-1 seletivos 
- Quando são utilizado farmacos betabloqueadores não seletivos, no fígado, o beta-2 
aumenta glicogenolise para liberar glicose em quadros de hipoglicemia 
* Para pacientes com diabetes pode trazer mais riscos → se o paciente tem diabetes 
do tipo 1 provavelmente vai estar sob uso de insulina; do tipo 2 a maioria usa 
hipoglicemiantes 
* Um dos principais efeitos adversos das insulinas e dos hipoglicemiantes orais é a 
hipoglicemia (principalmente no começo do tratamento) → vai ter ativação do 
simpático 
* Mas se o paciente tiver utilizando, também, um antagonista dos receptores beta 
não seletivo ou ate mesmo seletivo, vai estar diminuída resposta simpática (diminui 
tremor, diminui taquicardia) → ai as vezes o paciente esta com hipoglicemia e as 
vezes não percebe 
* Essa hipoglicemia pode ser mais prejudicada ainda se estiver em uso um não 
seletivo porque quando há bloqueio do beta-2 no fígado vai diminuir glicogenolise 
→ diminui fornecimento de glicose para o paciente que ja esta com glicemia 
* Indicação para pacientes diabéticos é preferível fármacos antagonistas seletivos 
beta-1 porque pelo menos a liberação de glicose pelo ficado estará acontecendo 
porque não foi bloqueada 
- Fadiga, extremidades frias 
1. PROPANOLOL: antagonista não seletivo de receptores beta 
• Antagonizam tanto beta-1 quanto beta-2 
• É um agonista inverso → vai se ligar nos receptores e vai alterar a conformação porem 
para forma inativa; provavelmente alguns receptores beta-adrenergicos estão 
ativados (uma pequena parcela) que serão inativados quando esse fármaco se liga 
• O propanolol vai estabilizar a conformação inativa que vai causar diminuição da 
freqüência cardíaca, da força de contração cardíaca, do debito cardíaco e da 
secreção de renina → diminui pressão arterial 
• Esse fármaco é bem absorvido, porem, a biodisponibilidade via oral (quantidade do 
fármaco que chega ativo no sangue) dele é baixa porque a metabolização hepática 
Michelle MEDTXIV ! de !42 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
de primeira passagem é muito alta → quando passa no fígado émuito metabolizado e 
inativado 
• Pouca quantidade desse fármaco vai chegar ativa no sangue mas se o paciente 
administra pela via oral juntamente com um alimento vai melhorar a biodisponibilidade 
- Provavelmente os nutrientes dessa alimentação vao competir com as enzimas do 
fígado e ai o propanolol vai ser menos metabolizado 
• DOSE USUAL: de 40 a 80mg por dia e pode ser dividida 
• APLICAÇÃO CLINCA: pressão alta, arritmia cardiaca, infarto. 
2. TIMOLOL: antagonista não seletivo de receptores beta 
• Antagonizam tanto beta-1 quanto beta-2 
• Ação farmacológica é muito parecida com propanolol → vai bloquear beta-1, vai 
diminuir pressão 
• Utilizado para tratar hipertensão, arritmia, etc; é um dos mais utilizados para tratar o 
glaucoma 
• Ao bloquear o receptor beta no olho, vai diminuir a produção do humor aquoso e 
consequentemente vai conseguir reduzir a pressão intraocular 
3. PINDOLOL: antagonista não seletivo de receptores beta 
• Agonista parcial de receptores beta-adrenergicos; 
- O agonista parcial é aqueles que se ligam nos receptores e podem ativa-los ou não; 
eles vão ativar os receptores e vai ter uma resposta ao fármaco menor do que 100% 
• Pindolol pode se ligar nos receptores e ativar alguns e outros ele não ativa 
- Se for colocado no tecido cardiaco a adrenalina → vai ter resposta máxima 
- Se for colocado nesse mesmo tecido cardíaco so o pindolol → não vai ter resposta 
máxima porque não vai ativar todos os receptores → vai diminuir a atividade 
cardíaca so que é agonista parcial 
• Existem pacientes com uma predisposição para bradicardia → nesses pacientes, da 
para utilizar o pindolol porque vai reduzir a força de contração, a freqüência cardíaca 
• Pode ser utilizado para tratar arritmia, hipertensão, etc → mas possui efeito mais 
brando, sendo eficiente em pacientes com predisposição a bradicardia 
4. ATENOLOL: antagonistas seletivos de receptor beta-1 
Michelle MEDTXIV ! de !43 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• Para pacientes com doenças respiratórias, os fármacos antagonistas não seletivos de 
receptores beta não são interessantes pois os efeitos adversos podem prejudicar com a 
vasoconstrição ja que podem atuar bloqueando tanto beta-1 como beta-2 
• APLICAÇÃO CLINCA: hipertensao, infarto, arritmia, etc 
• Vai ter uma biodisponibilidade baixa via oral, ou seja, a quantidade de fármaco ativo 
que chega na corrente sangüínea é pequena porque ja não é muito absorvido (muito 
hidrofílico) → não indica ingerir junto com alimento 
• Vai causar cronotropismo e ionotropismo negativo → diminui freqüência cardiaca, 
diminui forca de contração, diminui debito cardíaco e diminui pressão arterial 
5. METOPROLOL: antagonistas seletivos de receptor beta-1 
• APLICAÇÃO CLINICA: previnir infarto, tratar arritmia, hipertensão 
• Tem o mesmo problema de biodisponibilidade do propanolol → ele é bem absorvido 
porem é muito metabolizado no fígado (metabolismo hepático de primeira passagem) 
• Vai causar cronotropismo e ionotropismo negativo (diminui debito cardiaco) 
6. LABETALOL: antagonistas dos receptores alfa-1, beta-1, beta-2 
• Possuem uma função a mais que no caso é a atuação como antagonistas de alfa-1 
(alem de antagonistas beta-1 e beta-2) 
• Ele possui varios isômeros → possui dois centros quirais na sua estrutura química → ele 
pode ser S,R; S,S; R,S 
• Os isômeros do labetalol RR vao ser antagonistas beta-1 → diminui freqüência 
cardíaca, forca de contração e liberação da renina; é também agonista parcial de 
beta-2 → pode se ligar em beta-2 e ativar ou não 
- Tratamento de arritmia, infarto, etc 
- Asmáticos não pode usar porque pacientes com problemas respiratórios que 
tenham qualquer interferência na ativação do beta-2 ja pode ter broncoconstrição 
e dificuldade de respirar 
• A forma SR e SS vai ser antagonistas alfa-1; contribui muito na diminuição da pressão 
arterial alem de bloquear receptor beta-1 
• A forma RS tem atividade nenhuma, é vendido como mistura racemica → vai ser 
antagonista dos receptores beta-1 e beta-2 (agonista parcial beta-2) e antagonista 
alfa-1 
• APLICAÇÃO CLINICA: antihipertensivo, prevenção de infarto, tratar arriatmia; 
Michelle MEDTXIV ! de !44 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• Pode ser usado por varias vias → quando utilizado pela via oral vai ser a mesa situação 
que o propanolol e o metaprolol, ou seja, ele é bem absorvido porem é muito 
metabolizado e acaba tendo uma menor biodisponibilidade 
7. CARVEDILOL: antagonistas dos receptores alfa-1, beta-1 e beta-2 
• Possuem uma função a mais que no caso é a atuação como antagonistas de alfa-1 
(alem de antagonistas beta-1 e beta-2) 
• Vai apresentar as mesmas indicações que o labetalol mas vai ter ações extras, ele é 
antioxidante e antiinflamatório → para paciente que tem problema cardíaco é bem 
interessante 
- Por exemplo, no processo de aterosclerose pode haver inflamação e formação de 
radicais livres → esse fármaco vai ser um cardioprotetor muito interessante 
• APLICAÇÃO CLINICA: hipertensão e complicações do infarto agudo do miocárdio 
• EFEITOS ADVERSOS: broncoconstrição, bradicardia, fadiga, dificuldade de realizar 
exercícios de alta intensidade, hipoglicemia 
- Se o paciente tiver problemas com asma não será indicado esse fármaco porque 
ele também antagoniza beta-2 podendo causar broncoconstrição (principal efeito 
adverso) 
- Se o paciente tiver diabetes também não será indicado esse fármaco pois pode 
causar hipoglicemia 
AULA 3 
Anti-inflamatórios não est$ioidais I 
INTRODUÇÃO: 
• Os fármacos anti-inflamatorios são classificados, de uma forma geral, em esteroidais 
(glicocorticoides) e os não esteroidais (AINEs) 
Michelle MEDTXIV ! de !45 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
RESPOSTA INFLAMATÓRIA: 
• A resposta inflamatoria é causada por vários tipos de lesões (quimicas, físicas, 
mecanicas, etc), diferentes tipos de microrganismos induzindo a inflamação (virus, 
bactéria, fungo, protozoario, etc) ou ate mesmo respostas autoimunes e alergias 
- A resposta inflamatoria é um processo de proteção de agentes patogenicos, lesoes, 
corpos estranhos, etc 
• O que complica é quando a reação é muito exacerbada, passa a apresentar sinais e 
sintomas no paciente que podem ser perigosos 
- Na maioria das vezes lesões, diferentes patogenia vao estar induzindo essa 
inflamação e ativando o sistema imune mas em alguns casos a resposta não será 
benéfica 
- Em processos alergicos, muitas vezes antígenos inofensivos, neutros, que a maioria 
das pessoas não responderiam (não ativariam sistema imune, não ativariam 
Michelle MEDTXIV ! de !46 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
processo inflamatório), alguns desses antigenos em algumas pessoas acaba 
ativando sistema imune → desenvolvendo hipersensibilidade do tipo 1 ou alergias 
* Ex: pelos de gato 
- Ainda existem as doenças autoimunes que antígenos próprios do paciente vao estar 
induzindo ativação do seu próprio sistema imune 
* Ex: artrite reumatoide, lupus, etc 
• Muitos desses fármacos anti-inflamatorios são livres de prescrição médica → grande 
perigo de automedicação, podendo, ainda, agravar a situação do paciente 
- É importante tratar a inflamação para diminuir febre, edema, dor, etc. mas é mais 
importante ainda tratar a causa da inflamação 
- Ex: infecção urinária → as vezes o paciente esta com dor a urinar, sente desconforte, 
está com febre e acaba se automedicando (ex ibuprofeno) para melhorar a dor e a 
febre mas ai ele não tratou a bateria que está causando a infecção e depois de uns 
dias os sintomas vao voltar e estarão mais graves → o problema so foi mascarado, 
não foi tratada a causa 
• Os principais sinais e sintomas que a inflamação causa nos pacientes são a dor, o rubor 
(vermelhidao), edema (inchado), calor (febre) e se a inflamação não for corretamente 
tratada a longo prazo pode se tornar uma inflamação crônica podendo levar a perda 
da função do órgão afetado porque o tecido do órgão podeser substituído por tecido 
fibroso 
RELEMBRANDO IMUNOLOGIA: 
• A inflamação vem a partir de uma 
resposta imune 
• CELULAS DO SISTEMA IMUNE: tem 
origem das células tronco da 
medula óssea (pluripotentes); 
conseguem se dividir e se 
diferenciar em vários tipos 
celulares 
- Células pluripotentes da medula 
ossea do tipo mieloide e do tipo 
linfoide vão dar origem a tipos 
celulares diferentes 
Michelle MEDTXIV ! de !47 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- As células mieloides vão dar origem tanto as hemácias e plaquetas (sangue) como 
também a vários tipos de células que vão compor o sistema imune → leucócitos e 
eles que vão compor a resposta imune inata 
* A RI é aquela que ja nascemos com ela; ja nascemos produzindo esses tipos de 
células para que quando acontecer, por exemplo, uma lesão com o rompimento 
das barreiras primarias de proteção , nosso organismo possa ter uma resposta aos 
patógenos que podem entrar no nosso meio interno 
- O sistema imune inato é quem vai combater inicialmente o microrganismo 
patogênico; são os: neutrofilos, eosinófilos, basófilos, macrófagos, celulas dendriticas, 
natural killer, etc 
* Neutrofilos: responsáveis por fagocitose, principalmente bactérias 
* Eosinofilo: responsáveis pela resposta imune em infecções a partir de protozoários e 
junto com os mastocitos vao participar das reações de hipersensibilidade do tipo 1 
porque eles produzem e armazenam nos seus granulos, a histamina (principal 
mediador da alergia) 
- Células dendriticas e os neutrofilos vao fagocitar antigenos estranhos e vão 
apresenta-los (APC) para células que vão compor o sistema imune adaptativo (os 
linfocitos) 
- Quando nossos sistema imune inato não da conta de eliminar o microrganismo 
invasor patogênico de forma efetiva, a resposta imune adaptativo vai ser ativada 
um pouco mais tarde do que a resposta inata e ela vai ser especifica para cada 
indivíduo 
- Essa resposta imune adaptativa vai ser gerada por linfócitos que são devidos em B e 
T 
- Os linfocitos T vao ser responsáveis pela resposta imune celular principalmente → lisar 
com a celula que contem o antígeno patogênico 
* Pode ser do tipo TCD8, TCD4 (pode gerar resposta do tipo Th1, Th2, Th17) 
- Os linfocitos B vao ser ativados, vao se transformar em plasmócitos e vao produzir 
diferentes tipos de anticorpos (IgM, IgA, IgG, etc) e ai que eles vão causar uma 
resposta imune humoral 
* Essa resposta tem varas funcoes → opsonizar o microrganismo patogênico, eliminar 
ele, ativar sistema complemento, etc 
Michelle MEDTXIV ! de !48 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Essas células tem diferentes funções mas tem a capacidade potencial de produzir 
vários mediadores inflamatórios junto com outras células, como células endoteliais 
dos vasos sangüíneos 
• Os principais eventos do processo de inflamação sao gerados tanto pelas células 
quanto pelos mediadores inflamatórios que são produzidos por elas 
• EXEMPLO EXPLICATIVO: um corte; 
- Essa lesão vai romper a pele, vai expor as partes internas sendo, entao, uma porta 
de entrara para microrganismos patogênicos 
- Inicialmente, nesse local, vai ser observado ativação de algumas células de defesa 
e liberação espontânea de algumas citrinas inflamatórias que vão causar 
vasodilatação e contração endotelial (processos pro inflamatórios) 
- Vasodilatação (relaxamento do músculo do vaso sanguíneo) do vai acontecer para 
que aumente o fluxo sangüíneo na região com finalidade de permitir a chegada de 
células de defesa para combater o possível agente patogênico 
- A contração endotelial é a contração das células do endotélio que é a primeira 
camada do vasos sangüíneo; com essa contração, as células do endotélio vai 
diminuir de tamanho (contrair) e ai os poros (que ja existiam para permitir passagem 
de nutrientes,etc) vao aumentar de tamanho permitindo a passagem de células da 
defesa 
Michelle MEDTXIV ! de !49 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Antes delas sairem pelos poros, alguns mediadores inflamatórios vão induzir a 
expressão e receptores de adesão no endotélio e esses receptores se ligam nessas 
celulas de defesa → elas vão rolar, encontrar um poro maior e ai sim elas vão sair 
- Posteriormente, ao sair do vaso sangüíneo vai acontecer a migração dessas células 
para o local da lesão para começar agir → fagocitando uma bactéria patogênica, 
liberando mais citocinas para chamar mais células de defesa (quimiotaxia) 
- Resolução da inflamação (situação normal): as células de defesa também vao 
produzir citocinas antinflamatorias que ajudam a reduzir a inflamação, diminui a 
ativação de células de defesa e também podem secretar fatores de crescimento 
(de fibroblasto, da epiderme) para reparar o tecido lesionado → a lesão vai ser 
fechada e cicatrizada 
- Se acontecer de ter uma carga bacteriana/outro microrganismo muito grande e o 
sistema imune inato não conseguiu dar conta, ele ira “chamar” o sistema imune 
adaptativo fazendo com que a resposta seja amplificada 
• Todos esses exemplos são explicativos para os sinais e sintomas dos paciente: 
- Vasodilatação vai promover o aumento da temperatura, vermelhidão 
- A contração endotelial permite, também, a saída de líquidos do sangue, proteína 
→ o paciente pode apresentar o edema que pode comprimir os tecidos 
adjacentes, estando envolvido com a dor 
- Mediadores inflamatórios liberados no local podem causar rubor e prurido 
MEDIADORES DA INFLAMAÇÃO: 
• O alvo dos anti-inflamatórios não esteroidais vai ser na produção de um grupo 
especifico de mediadores inflamatórios; 
• Os mediadores vão ser produzidos por células de defesa ou ate mesmo por células que 
as vezes não participam do sistema imune (ex: células endoteliais) e estarão envolvidas 
no processo de inflamação; 
• A maioria são pró-inflamatórios mas existem que vão controlar a inflamação apara que 
no processo final seja resolvida e não se estenda cronicamente 
• PRINCIPAIS MEDIADORES INFLAMATÓRIOS: 
- Histamina: produzida principalmente pro bazofio e mastócito; 
* Quando paciente apresenta uma reação de hipersensibilidade do tipo 1, essas 
células vão ser ativadas depois da sensibilização numa 3 ou 4 exposição e esses 
grânulos contendo histamina vão ser liberados; 
Michelle MEDTXIV ! de !50 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
* Ela vai ter varias funções pro-inflamatórias → vasodilatação, contração de músculo 
liso, broncoconstrição, vermelhidao, prurido, queda de pressão, etc 
- Citocinas: existem pró inflamatórias e anti-inflamatórias; 
- Proteinas do sistema complemento: são proteínas que para serem ativadas precisam 
ser clivadas; 
- Fator ativador plaquetário: produzido por células endoteliais e células de defesa vai 
ter como função ativar as plaquetas, aumentar a agregação do epitelio para 
interromper o sangramento (ativação da cascata de coagulação) 
- Oxido nitrico: é um vasodilatador produzido nas células endoteliais; 
- Eicosanoides: é na produção desses mediadores que os antí-inflámtorios não 
esteroidais vão atuar, mecanismo deles é na produção desses compostos 
PRODUÇÃO DE EICOSANOIDES (GERAL): 
• “Eico” significa 20 → a estrutura química desses compostos tem 20 átomos de carbono 
• Eles podem ser produzidos a partir de alguns ácidos graxos, alguns lipídios → o principal 
que vai originar os eicosanoides é o acido araquidônico 
• Ele pode ser metabolizado por dois principais grupos de enzimas, então, elas podem 
gerar alguns tipos principais de eicosanoides 
- Grupo de enzimas vai pegar o acido aracdonico que vai originar os principais 
eicosanoides e vai metabolizar → da origem a prostaglandina, prostaciclina, 
tromboxano (prostanoides) 
- Um outro grupo de enzimas que vai metabolizar o acido araquidonico que vai gerar 
outros tipos de eicosanoides → que vao ser os leucotrienos e as lipoxinas 
• Tromboxano, protaglandinas e leucotrienos vao ser principalmente pró-inflamatórios 
(induzem inflamação); prostaciclina e lipoxina vao estar envolvidos naresolução e 
finalização da inflamação 
• O acido araquidônico nos so produzimos a partir do omega 6 (acido linoleico) que é 
necessário se adquirido pela alimentação → olhos de milho, girassol, castanhas, peixes 
(principalmente salmão) 
• Esse acido araquidonico vai ficar preso na membrana plasmática das células, ligado a 
lipídios da membrana plasmática 
• Quando ocorrer uma lesão ou algo que possa gerar um processo inflamatorio, as 
células de defesa vao ser ativadas, mediadores inflamatórios vao ser prontamente 
liberados e vão ativar a liberação da liberação desse acido araquidonico da 
membrana 
Michelle MEDTXIV ! de !51 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Alguns mediadores inflamatorios vão atufar a enzima fosfolipase A2, essa enzima vai 
liberar o acido araquidonico da membrana e vai deixar ele solto no citoplasma 
• O acido araquidonico livre no citoplasma consegue ser metabolizado por dois 
principais grupos de enzimas → COX ou LOX 
- Se for a COX que metabolizar o acido → prostaglandinas, prostaciclinas e 
tromboxanos 
- Se for a LIPOX que metabolizar o acido → leucotrieno e lipoxina 
PRODUÇÃO DE EICOSANOIDES VIA CICLO-OXIGENASE: 
• As enzimas COX podem ser chamadas de prostaglandinas G/H sintase ou ciclo-
oxigenase; 
• No nosso corpo temos a produção de duas isoformas de COX, as isoformas são formas 
muito parecidas e vao diferir em alguns aminoácidos, alguns sitio-ativo. Isso vai fazer 
com que elas tenham preferencias diferentes e mediadores diferentes 
- PGI: prostaciclina 
- TXA: tromboxano 
- PGD, PGE e PGF: prostaglandinas (e seus subtipos) 
Michelle MEDTXIV ! de !52 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Atualmente, sabe-se que expressamos a COX 3 principalmente no sistema nervoso 
central mas ainda 
não esta 
muito 
bem 
Michelle MEDTXIV ! de !53 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
elucidada 
• As COX vão atuar tanto em processos normais do nosso corpo (sem inflamação) 
quanto durante inflamação 
• COX-1: vai ser a principal atuante durante processos fisiológicos (normais); 
- Normalmente vai estar produzindo níveis basais desses mediadores que vao 
controlar e auxiliar funções muito importantes na manutenção da nossa 
homeostasia 
- Ex: prostaglandina E-2 produzida pela COX-1 é uma das principais responsáveis pelos 
proteção da mucosa gástrica → ela vai diminuir, controlar, modular a secreção do 
HCl, vai induzir a produção do muco, vai aumentar o fluxo sangüíneo na região 
- Vão atuar também na função renal, contribuindo para manutencao da função 
renal porque esses mediadores produzidos a partir d COX-1 vao aumentar o fluxo 
sangüíneo nos rins → causando a dilatação das artérias renais, induzindo a filtração, 
formação da urina 
- Vão atuar no sentido de aumentar a eliminação do sódio, o que também ajuda a 
regular a pressão 
Michelle MEDTXIV ! de !54 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Vai produzir mediadores que induzem a formação de trombo, induzem a agregação 
paqueraria mas também produz mediadores que inibem a agregação paqueraria 
→ eles tem que estar em equilíbrio para que não temos uma formação excessiva de 
trombos e nem uma hemorragia pela formação insuficiente de trombos 
• COX- 2: vai ser a principal atuante durante a inflamação; 
- Alguns mediadores porduzidos pelas COX-2 também vao ajudar na função renal, 
aumentando fluxo sangüíneo renal 
- mas atua muito menos durante processos fisiológicos, vai ser mais ativa e mais 
expressa quando se tem uma lesão/inflamação acontecendo 
- Os mediadores inflamatorios produzidos a partir da COX-2 eles vao causar 
principalmente ampliação da inflamação, maior ativação de células do sistema 
imune, dor, febre, vasodilatação, contração endotelial → vai induzir a inflamação 
• RELEMBRANDO: consumimos omega 6 → produzimos acido araquedonico → se 
prendeu a membrana plasmática → processo lesivo ocorre → ativação mediadores 
inflamatórios prontamente formados → vao ativar fosfolipase A2 → vai liberar acido 
araquedonico da membrana → no citoplasma será metabolizado pela COX ou LOX 
• EXPLICAÇÃO DA IMAGEM: o acido araquedonico vai ser primeiramente transformado 
(oxidado e ciclizado) em protaglandina G2 → prostaglandina G2 vai ser transformada 
(reduzida) em prostaglandina H2 
- Quem viabiliza essas reações são as enzimas COX; elas vao participar das duas 
primeiras transformações do acido araquedonico 
- Prostaglandinas G2 e H2 não sao biologicamente ativas 
- A PH2 vai sair da celula e vai se espalhar pelos tecidos e dependendo de onde ela 
se encontra ela pode ser metabolizada em outros mediadores 
* Nas plaquetas, tem-se a expressão da enzima tromboxanosintase → por isso que é 
principalmente nas plaquetas que a prostaglandina H2 vai virar tromboxano 
* Nas células endoteliais, tem-se a presença da enzima prostaciclinasintase → por isso 
que é principalmente nos vasos sangüíneos a produção da prostaciclina 
* Músculos lisos e outras células de defesa vao ter outras enzimas sintases que vao 
produzir outros mediadores → PGE2, PGF2, PGD2 
FUNÇÕES DOS MEDIADORES EICOSANOIDES: 
• PROSTAGLANDINAS: 
- PGE2 a partir da COX-1: vai estar atuando principalmente em processos 
fisiológicos → função renal, excreção do sodio, proteção gástrica 
Michelle MEDTXIV ! de !55 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- PGE2 a partir da COX-2: vai estar atuando principalmente em processos 
inflamatórios → vasodilatação, contração endotelial, dor, febre 
- PGD2: vai atuar principalmente contraindo alguns músculos lisos como dos 
brônquios (broncoconstrição) e causando também vasodilatação 
- PGF2: vai atuar causando contração de músculo liso → do utero, brônquios, 
endotelio, etc 
• TROMBOXANOS: produzido principalmente nas plaquetas 
- Sua principal função é induzir agregação plaquetária → quando a plaqueta 
agrega, inicia cascata de coagulação → formação de trombo → interrompe 
sangramento 
- Alem disso, vai realizar vasoconstrição 
• PROSTACICLINAS: são produzidas em células de defesa e em músculos lisos; PGI2 
- Inibe a agregação plaquetaria e causa vasodilatação 
- Tromboxanos e prostaciclinas são antagonistas fisiológicos; as duas substancias vai 
atiivar seus respectivos receptores mas vao causar respostas fisiologiamente opostas 
- Ai que entra a participação da COX-1 na regulação na formação de trombos ou 
diminuição nessa formação de trombos 
- A COX-1 vai estar produzindo em equilíbrio tromboxano e prostacilcina, ajudando a 
controlar a formação de trombo → se a gente tem uma formação muito grande de 
tromboxano vai aumentar o risco de trombose, infarto, AVE → se diminui formação 
de tromboxano ou aumenta produção de prostaciclina vai ter o oposto, ou seja, 
aumento no risco de ter hemorragia 
PRODUÇÃO DE EICOSANOIDES VIA LIPO-OXIGENASE: 
• Existem isoformas da lipo-oxigenase → as principais em humanos é a 5-LOX, a 12-LOX 
e a 15-LOX → a principal mesmo que atua na gente é a 5-LOX 
• Elas vao oxidar o acido araquedonico e vao formar o acido HPET → vai ser oxidado de 
novo pelas LOX e vai formar o leucotrieno-A4 que ainda não é biologicamente ativo → 
vai ser metabolizado por outras enzimas (isomerases, hidrolases, depende do tecido) 
para formar os leucotrienos ativos → B4, C4, D4, E4 
• A partir dessa metabolização do leucotrieno A4 a gente pode ter a formação dos 
leucotrienos ativos; esse leucotrieno A4 vai poder formar, tambem, as lipoxinas que é 
um outro tipo de metabolito/mediador 
• Leucotrienos são pró-inflamatórios e lipoxinas são principalmente anti-inflamatórios 
Michelle MEDTXIV ! de !56 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• Os principais leucotrienos são B4, C4 e D4: 
- O B4 vai intensificar a resposta inflamatoria, aumentar a quimiotaxia 
* Ativando ainda mais os neutrofilos, vai fazer com que eles produzam ainda mais 
espécies reativas de oxigênio, fagocitem mais 
* Vai ativas as células natural killer 
- C4 e D4 (cisteinil leucotrienos) vão contrair músculos lisos, broncoconstrição → eles 
temuma capacidade de promover bronconstrição do prostaglandina-F2; 
• As lipoxinas são anti-inflamatorias; as principais sao a A4 e B4 
- Vao ter ações opostas as dos leucotrienos 
- Vao diminuir a ativação das células NK 
- Vao diminuir ativação dos neutrofilos 
- Vao diminuir a produção de células de adesão do epitelio 
- É uma resposta no sentido de resolver a inflamação 
Michelle MEDTXIV ! de !57 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
REAÇÕES DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA: 
FISIOPATOLOGIA DA FEBRE: 
• O principal responsável por regular nossa temperatura corporal é o hipotálamo; 
existem termorreceptroes espalhados pelo nosso corpo que vao se comunicar com o 
hipotálamo avisando se ta quente, se ta frio ou se ta bom 
• NORMALIDADE: 
- Quando estamos com temperatura corporal muito alta, esses termorreceptores vão 
avisar o hipotálamo e ai ele vai emitir respostas eferentes para que a gente diminua 
a temperatura e dissipe esse calor → por exemplo, por meio da sudorese; 
- Quando o contrario acontece, quando estamos com muito frio, esses 
termorreceptores vão comunicar o hipotálamo que vai emitir respostas eferentes → 
por exemplo, por meio do simpático para gente tremer, gerar calor e aumentar 
temperatura corporal 
• PROCESSO INFLAMATORIO/ LESAO/ INFECÇÃO: 
- Quando estamos com uma infecção, por exemplo, ela vai ativar o sistema imune, 
vai ter produção de mediador inflamatório que podem chegar no hipotálamo e 
desrregulá-lo 
Michelle MEDTXIV ! de !58 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Ex: prostaglandia E2 pode chegar no SN, passar a barreira hematoencefalico, 
alcança o hipotálamo e faz com que ele n funcione bem → essa dano faz com que 
o hipotálamo não consiga mais regular a temperatura → a temperatura do corpo 
vai aumentar e causar febre 
- Dos eucosanoides um dos principais desrreguladores e responsáveis por causar febre 
é a prostaglandina E2 
FISIOPATOLOGIA DA DOR: 
• Os receptores da dor estão espalhados por todo nosso corpo e podem ser estimulados 
por estímulos químicos (ex: ATP), mecânicos e térmicos (acima de 40º C ou abaixo de 
5ºC) 
• Esses diferentes estímulos vao estimular diferentes tipos de receptores da dor; os 
receptores sao canais ionicos ou estão acoplados a diferentes tipos de proteínas G 
Michelle MEDTXIV ! de !59 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• Quando esses estímulos são muito intensos e estimulam os receptores, eles vão levar a 
um aumento de ions positivos nas fibras aferentes da dor 
- A primaria vai ser ativada e vai se comunicar com a secundaria no corno dorsal da 
medula de a secundaria vai levar a sensação de dor pro SNC 
• Os mediadores inflamatorios vao aumentar a sensibilidade da dor porque vão fazer 
com que esses receptores da dor sejam estimulados mais facilmente → com a 
inflamação, os mediadores vao sensibilizar, vao se ligar nesses receptores e fazer com 
que sejam mais fáceis de serem ativados → com isso é mais fácil ativar a fibra aferente 
primaria, a secundaria e a sensação de dor acontece mais facilmente → pode causar 
alodinia ou a hiperalgesia 
- Alodinia: processos normais que não causa dor mas durante processo inflamatório 
sente-se a dor 
- Hiperalgesia: processos que geralmente causam dor e em processos inflamatórios 
causam mais dor ainda 
AINEs GENERALIDADES: 
MECANISMO DE AÇÃO AINEs: 
• São inibidores da COX → inibe produção de mediadores inflamatórios → controla 
inflamação 
Michelle MEDTXIV ! de !60 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• Se inibe a COX-2, o acido araquedonico não vai ser transformado em prostaglandina 
G2, não vai ser transformado em PGH2 → as diferentes sintases vão diminuir a 
produção dos tromboxanos, prostaciclina, prostaglandina 
• Inibindo a COX, inibe as etapas iniciais da metabolização do acido araquedonico → 
reduz a produção dos mediadores pro-inflamatórios prostanoides 
USO TERAPEUTICO: 
• São utilizados como anti-inflamatorios, analgésicos e antipiréticos; 
• EFEITO ANTI-INFLAMATORIO: 
- Vai ter efeito anti-inflamatorio porque ao inibir a COX não vai produzir a 
prostaglandina G e a prostaglandina H2 (inativas) e ai diminui a produção das 
demais prostaglandinas que sao pro-inflamatórias 
- Vai diminuir a quimiotaxia, vasodilatação, contração endotelial, permeabilidade 
vascular 
• EFEITO ANTIPIRÉTICO/ANTITERMICO: 
- Vai diminuir a produção dos mediadores que desregularam o hipotálamo 
- O hipotálamo vai poder voltar a sua função de regular a temperatura 
• EFEITO ANALGESICO: 
- Vai diminuir a produção dos mediadores que sensibilizavam os receptores 
nociceptivos e intensificavam a sensação da dor 
AINEs NÃO SELETIVOS & SELETIVOS: 
• Os não seletivos vão inibir as duas isoformas → COX-1 e COX-2 
• Se inibe a COX-1 (processos fisiológicos)→ diminui proteção gástrica, pode causar 
alterações renais 
- Ai entram os AINEs seletivos da COX-2 que não vao atrapalhar tanto na produção 
de prostaglandinas gastroprotetoras → diminui o efeito adverso mas existem outros 
efeitos adversos 
• EFEITOS ADVERSOS COMUNS - INIBIDORES NÃO SELETIVOS: 
- Disturbios gastrointestinais: a COX-1 vai atuar principalmente em processos 
fisiológicos → vai produzir a prostaglandina E2, ela diminui a produção do HCl, 
aumenta secreção do muco, ou seja, protege o TGI 
Michelle MEDTXIV ! de !61 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
* Quando inibe a COX-1 vai diminuir a produção de prostaglandina E2 → vai 
aumentar secreção de HCl e diminuir produção de muco → nauseas, vomitos, 
gastrite, ulceras 
* Se uma pessoa ja tem algum problema gástrico, vai ter o aparecimento desses 
efeitos mais rapidamente 
* Quando o paciente não apresenta nenhum desses problemas gástricos antes de 
utiliza-los, esses efeitos adversos podem aparecer depois de 10/15 dias do uso do 
AINE 
* Recomenda-se utilização de um AINEs seletivo da COX-2 ou então administrar junto 
um protetor gástrico 
Pode ser o inibidor da bomba de prótons que vai diminuir a secreção de 
HCl (ex: omeprazol) ou um antagonista dos receptores da histamina do tipo 
2 (ex: cimetidina) 
- Mecanismo dos disturbios gastrointestinais: existem 2 mecanismos principais 
* 1º mecanismo: A COX-1 vai participar de processos fisiológicos, quando inibe a 
COX-1 atrapalha sua ação na proteção da mucosa intestinal (ja explicado 
anteriormente) 
* 2º mecanismo: o proprio farmaco pode ser irritante para muscosa gastrica (ex: 
acido acetilsalicilico); podem irritar diretamente a mucosa 
- Efeitos renais: diminui fluxo renal, diminui excreção do sódio (retenção de sal e 
agua), pode aumentar a pressão arterial 
Michelle MEDTXIV ! de !62 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
* Se o paciente ja é hipertenso pode ter uma interação medicamentosa; pode 
diminuir o efeito farmacológico do diurético e dos anti-hipertensivos 
- Efeito nas plaquetas: o AINEs pode influenciar no equilíbrio da produção de 
tromboxano e prostaciclina que regulam a formação de trombos; geralmente 
atuam na inibição da formação do trombo (vao aumentar a produção de 
prostaciclina, principalmente o AAS) 
* Para pacientes com problemas cardiacos vai ser interessante mas também 
aumenta risco de snagramento e hemorragia 
* Se o paciente ja toma algum anticoagulante pode aumentar ainda mais o risco 
- Reações de hipersensibilidade; 
- Problemas hepáticos: principalmente com uso crónico ao longo prazo; 
• MONITORIZAÇÃO DE PACIENTES: principalmente em pacientes que ja tem 
antecedentes de problemas gástricos/hipertensivos ou pacientes que vão utilizar AINEs 
por mais de 20 dias (uso crônico) 
• Os AINEs são divididos, de uma forma geral, em não seletivos e seletivos 
Michelle MEDTXIV ! de !63 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Os não seletivos ainda vão subdivididos em fármacos irreversíveis (ex: AAS ) e 
reversíveis 
* Os reversíveis se ligam com ligações não tão fortes e conseguem se desligar da 
enzima COX (1 e 2) 
- Os AINEs seletivos vão ter uma preferencia maior pela COX-2; serão divididos em 
seletividademoderada (preferencia intermediaria) e seletivos (preferem muito mais 
a COX-2) 
AINES NÃO SELETIVOS: 
IRREVERSIVEIS 
1. ACIDO ACETILSALICILICO (AAS): 
• Antigamente era muito utilizado o acido salicílico porem ele causava muitos 
problemas gástricos (efeito adverso) ate que foi descoberto a produção do acido 
acetilsalicílico que causa efeito adversos menores 
• Alem de analgesico, antitermico e anti-inflamatorio, ele tinha potencial de ser grande 
antiagregante plaquetario (utilizado como cardioprotetor) 
• DOSE: dor/febre - 325 a 1000mg a cada 6hrs 
- Dosagem máxima por dia é 4g (para tratar inflamação) 
• Mesmo que cause menor efeito adverso gástrico, ainda causa; dos AINES é o que mais 
causa problema gástrico 
• MECANISMO GERAL DE AÇÃO DO AAS: inibe de maneira irreversível a COX 
Michelle MEDTXIV ! de !64 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Normalmente o acido araquedonico entra no sitio ativo da enzima e vai ser 
metabolizado; 
- O AAS vai entrar no sitio-ativo das enzimas COX-1 e COX-2 → vai acetilar um dos 
aminoácidos, no caso, uma selina → o acido araquedonico não consegue mais 
entrar e ser metabolizado → não vai ser gerado nenhum mediador inflamatório 
- Essa acetilação é irreversível → so quando as células voltarem novas enzimas que a 
sua função vai normalizar 
• EFEITOS: 
- Anti-inflamatorio: diminui produção de mediadores 
- Analgesico: não vai ter mediadores para sensibilizar os receptores da dor 
- Antitermico: não vai ter mediadores para desregular o hipotálamo 
- Antiagregante plaquetário: 
* AAS inibe COX-1 e COX-2 
NORMALMENTE 
* No endotelio no vaso sanguino temos a expressão da prostaciclinasintase que vai 
levar a produção da prostaciclina (inibidora da agregação) 
* Na plaqueta tem a tromboxanosintase que vai produzir tromboxano que vai induzir 
agregação paqueraria 
USO DO AAS 
* O AAS vai se ligar na COX e vai inibir a produção da prostaciclina quanto do 
tromboxano → no vaso e na plaqueta 
* As células endoteliais tem nucleo → elas voltam a produzir COX-1 e COX-2 e 
consequentemente voltam a produzir prostaciclina no endotélio 
* O AAS vai diminuir a produção de prostaciclina mas vai diminuir menos do que vai 
diminuir o tromboxano → justamente porque a COX no endotélio voltara a ser 
produzida para produzir novamente prostaciclina (presenca de núcleo nas células 
endoteliais) e na plaqueta não (não tem nucleo) , então não vai ter produção de 
tromboxano so quando novas plaquetas forem produzidas (7 a 12 dias) 
* Vai ter mais prostaciclina do que tromboxano 
Michelle MEDTXIV ! de !65 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• FARMACOCINÉTICA: 
- Para inibir agregação plaquetária → dose de no máximo 40 a 80 mg por dia ja é 
suficiente 
- Pela via oral é bem absorvido so que é indicado a administrado longe das refeições 
porque os alimentos podem diminuir sua absorção e o próprio AAS pode diminuir 
absorção de algumas vitaminas (vit C, vit K) 
- Ele é bem distribuido no corpo mas ele se liga muito com as proteínas plasmaticas, 
principalmente a albumina 
- Vai ser metabolizado principalmente no fígado e eliminado seus metabólicos na 
urina 
- É possível observar algumas interações do AAS com outros medicamentos como 
anticoagulantes ( ex: varfarina e diuréticos) 
* A varfarina e outros AINES também se ligam a albumina e como o AAS tem grande 
afinidade por ela, pode ser que deixe os outros fármacos mais livre → aumentando 
a chance de efeitos adversos deles 
* O AAS pode atrapalhar a função dos fármacos antidiureticos → o AAS causa 
retenção do sadio e agua (efeito antagônico com os diuréticos) 
• EFEITOS ADVERSOS: 
- Um dos principais efeitos adversos são os efeitos gástricos (ja discutido 
anteriormente) 
- Pode aumentar o risco de hemorragia (principalmente quando associado com 
anticoagulante) 
- Aumenta o risco desenvolver asma sensível ao AAS ou ele pode agravar o paciente 
que ja tem asma 
* Se o paciente usa AAS o acido araquedonico não vai ser metabolizado pela COX 
* O acido araquedonico vai se acumular e quem vai metabolizar vai ser a lipo-
oxigenase (LOX) → vai produzir mais leucotrienos → leucotrienos C4 e D4 são 
potentes broncoconstritores → pode agravar paciente com asma ou causar asma 
- A longo prazo pode acontecer lesão hepática 
- O uso de AAS por gestantes pode provocar maior tempo de gestação → como 
inibe as prostaglandinas, algumas delas tem função de contração do útero → 
prolongando tempo de gestação, partos complicados e aumentar risco de 
hemorragia 
Michelle MEDTXIV ! de !66 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Contraindicado para gestante 
- Pode causar reação de hipersensibilidade do tipo 1 
- Quando paciente ja tem alguma alergia a algum outro AINES, o AAS não é indicado 
porque se der reação cruzada a reação alérgica fica mais grave 
- Esta envolvido, também, com a síndrome de Reye → a criança pode ter acumulo 
de gordura em alguns órgãos e ela pode ter neuropatias → atualmente crianças 
não podem utilizar o AAS (antigamente foi proposta uma relação desse fármaco 
com a síndrome - não se sabe o mecanismo) 
AULA 4 
Anti-inflamatórios não est$ioidais II
AINES NÃO SELETIVOS: 
REVERSIVEIS: 
• São antagonistas competitivos → vão se ligar nas enzimas COX-1 e COX-2 com 
ligações não muito fortes → conseguem se desligar da COX 
1. PARACETAMOL/ TYLENOL ®: 
• São bons substitutos para pacientes que não podem usar o AAS 
• Tem efeito anti-inflamatorio discreto → baixa capacidade de inibir a COX (1 e 2); efeito 
analgésico e antitermico eficientes 
• Esta presente em outros tipos de formulações, junto com outros fármacos → 
analgésicos, vasoconstritores, antihistaminicos → sao muito vendidos para tratar sinais e 
sintomas da gripe 
• Risco de efeito adverso comprado com AAS é muito menor, justamente porque inibe 
fracamente as COXs mas quando administrado em doses supraterapeuticas pode ter 
efeito adverso muito grave → hepatotoxicidade 
• APLICAÇÃO CLINICA: cefaleia, diminuir temperatura, dores musculares, etc 
- Dosagem: 325 a 650mg/4 ou 6hr → dosagem máxima é 4g por dia 
• EFEITOS ANALGESICO: 
- A sensação da dor é gerada pela estimulação da fibra aferente primaria 
nociceptiva pela estimulação dos receptores → a fibra primaria vai ativar, por meio 
de um potencial de ação, a fibra secundaria que vai levar a informação ate o SN e 
a pessoa vai sentir a dor 
Michelle MEDTXIV ! de !67 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Um dos mecanismos para modular a dor é a produção de substâncias 
antinociceptivas endógenas (ex: opioides e canabidioides endógenos) 
- Os canabidioides endógenos vao se ligar em receptores que estão nas fibras 
nocicepctivas → sao chamados de receptores de canabidioides, tem 2 principais 
tipos (1 e 2) →o que mais inibe a dor é o 1 
- Esses canabidioides endogenos, quando sao produzidos, vao se ligar nos receptores 
de canabidioides nas fibras aferentes e vao inibir a condução da dor → por 
exmeplo, diminuem entrada de cálcio na fibra aferente e sem ele não tem 
liberação de neurotransmissores que induzem a dor e ativam as fibras 
- O paracetamol é metabolizado e vai formar o metabolito N-araquedonilfenolamina 
→ vai diminuir a receptação dos canabidioides endógenos (depois que o 
canabidinoide age ele é recatado) → os canabidioides vao ficar mais tempo 
atuando na fenda sinóptica → inibindo a via nociceptiva, inibindo a dor 
• EFEITO ANTITÉRMICO/ANTIPIRÉTICO: 
- Alem da COX-1 e COX-2, existe a COX-3 que é expressa principalmente no SNC → 
seu mecanismo não esta 100% elucidado mas ira produzir mediadores inflamatórios 
- No SNC os mediadores inflamatorios podem desregular o hipotálamo 
- Mesmo o paracetamol não ter uma ação boa na COX-1 e COX-2, ele tem uma 
ação melhor de inibir a isoforma 3 da COX 
- Ao inibir a COX-3 → vai diminuir a produção de mediadores pro-inflamatórios (ex: 
prostaglandina E2) que atuam sobre o hipotálamo e induz a febre 
• HEPATOTOXICIDADE: é um dos principais efeitos adversos- Paracetamol é bem absorvido, bem distribuído e é metabolizado principalmente no 
fígado 
- Processo de metabolização é dividido em duas fases → na fase um o fármaco é 
transformado em mais reativo e vai pra fase dois e se liga numa molécula maior e 
mais hidrofílico para que seja mais fácil sua eliminação na urina 
EM DOSES TERAPEUTICAS: 
- A maior parte do paracetamol em doses terapêuticas é metabolizado, se 
conjugando com um molécula maior e mais hidrofílico → vai ficar uma molécula 
neutra e vai ser facilmente eliminado pela urina 
- No fígado, alem dessa etapa principal de metabolização do paracetamol, uma 
pequena porcentagem do paracetamol é metabolizado por uma enzima CYP → 
Michelle MEDTXIV ! de !68 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
uma dessas CYPs vai metabolizar um pouco desse paracetamol em um metabólico 
toxico → N-acetil-p-benzoquinona (NAPQI) → pode causar danos pras células do 
fígado mas em doses terapêuticas pouca quantidade de NAPQI é produzida e ira 
reagir com a glutationa → vai formar um metabolito neutro e facilmente eliminado 
pela urina 
DOSES SUPRATERAPEUTICAS: 
- Se o paciente tomar mais que 4g por dia, mais que 7/8g por dia → uma parte do 
paracetamol vai ser conjugado e ser eliminado pela urina mas o processo de 
metabolização e eliminação acaba ficando saturado porque quem faz a 
conjugação sao enzimas (transferases) e elas podem ficar saturadas → não dao 
conta de metabolizar todo o paracetamol, a dose extra que o paciente tomou 
- Sobra mais paracetamol CYP metabolizar → uma quantidade muito maior do NAPQI 
vai ser formado → glutationa vai reagir com uma certa quantidade, também pode 
estar saturada e não conseguir reagir com a NAPQI → vai deixar de neutralizar e 
levar a eliminação na urina do metabolito toxico → a quantidade do NAPQI que 
sobrar vai fazer vários tipos de lesões hepáticas 
- Vai reagir com proteinas, lipídios dos hepatocitos e vai danificando essas células → 
durante esses processos de metabolização é comum a formação de EROs e se essas 
espécies forem formadas em excesso também lesionam as celulas → por isso que o 
fígado tem sistema antioxidante eficiente (ex: enzima glutationa) 
- Mas o metabolito toxico do paracetamol saturou enzima → alem do NAPQI causar 
danos diretos nos hepatocitos, ela esgota a defesa antioxidante do fígado → as 
células do fígado ficam mais suscetíveis a estresse oxidativo →paciente pode ter 
problemas hepáticos 
- Em doses acima de 10/20g pode ser fatal 
INDICAÇÃO: 
- Tomar doses de ate 4g por dia 
- Conduta na overdose do paracetamol: 
* Se o paciente tomou pela via oral em ate 4hrs → todo paracetamol digerido pela 
via oral ainda não foi dissolvido → pode-se administrar carvão ativo pela via oral → 
ele vai reagir com paracetamol e diminuir sua absorção → vai formar uma molécula 
maior que não passa por difusão simples 
* Se o paciente ja foi encontrado desacordado, ha mais de 4hrs → o fármaco ja foi 
absorvido → pode-se administrar um antídoto que é o NAC (N-acetil-cisteina) → é 
Michelle MEDTXIV ! de !69 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
um antioxidante que vai ajudar o fígado (1) reagindo com a NAPQI neutralizando-a 
e metabolizando o metabolito toxico e (2) diminuindo o estresse oxidativo no fígado 
2. DIPIRONA SÓDICA/NOVALGINA®: 
• São bons substitutos para pacientes que não podem usar o AAS 
• Tem efeito anti-inflamatorio discreto → baixa capacidade de inibir a COX (1 e 2); efeito 
analgésico e antitermico eficientes 
• É bom analgesico e antitermico 
• Tem efeitos similares do paracetamol → inibindo COX-3 e agindo sobre mediadores 
que desregulam hipotalamo e agindo sobre receptores de canabidioides do tipo 1 que 
modulam sensação de dor → alem disso diminui o cálcio nas fibras aferentes 
nociceptivas e consequentemente diminui a ativação das vias da dor 
• Pode ser comercializada sozinha ou junto de outros fármacos 
• A dose maxima recomendada é de 4g/dia 
Michelle MEDTXIV ! de !70 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• EFEITOS ADVERSOS: assim como paracetamol que inibe fracamente COX-1 e COX-2, os 
efeitos renais e gástricos são menores do que AAS 
- Causa um efeito adverso característico que é o risco de reduzir células sangüíneas 
→ principalmente leucócitos e neutrofilos → discarias sangüíneas 
- Tem alguns estudos que se contradizem sobre esse efeito adverso característico 
fazendo com que tenha alguns países que liberam o uso da dipirona e outros não 
- Boa parte dos países libera porque esse risco é parecido em alguns outros AINES 
- Se a dipirona reduz a quantidade de leucócitos vai deixar o indivíduo mais suscetível 
a infecções → paracetamol e dipirona são muito recomendados em crianças sendo 
possível que aumente risco de infecções em crianças 
- Alguns países da Europa não liberam a dipirona 
- Outro efeito adverso principalmente via intravenosa é a redução na pressão do 
paciente → depende do paciente 
3. CETOROLACO/TORAGESIC®: 
• São competitivos, inibidores reversíveis 
• Atividade anti-inflamatoria moderadamente eficaz 
• É um analgésico potente → similar ao opioids → utilizado em pacientes com dor intensa 
como em pós-operatório 
• Gera risco adverso muito alto, principalmente gastrointestinal → é indicado ser utilizado 
por no máximo 5 dias; outros efeitos adversos são sonolencia, tontura 
• Pode ser utilizado em varias vias: intravenosa, intramuscular, via oral, intranasal 
- Doses para cada via: 
* IM: 30 a 60mg 
* IV: 15 a 30mg 
* VO: 10 a 20mg 
* IN: 31,5mg 
4. INDOMETACINA/INDOCID®: 
• Ao comparar o efeito anti-inflamatório do AAS com indometacina, ela é cerca de 20x 
mais potente 
• Inibidora da COX-1 e COX-2 muito potente → mesmo sendo reversível, o risco de 
efeitos adversos é muito grande → sintomas gastrointestinais, cefaleias, tontura, 
creatite, hepatite, leucopenia 
Michelle MEDTXIV ! de !71 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• Paciente com uso de longo prazo deve ser monitorado → por exemplo, verificar 
função hepática 
• APLICAÇÃO CLINICA: 
- Tratamento de artrite reumatoide → alguns países ainda é utilizada 
- Tratamento de osteoartrite 
- Tratamento de artrite gotosa 
• Pode ter interação com anti-hipertensivo → monitorar paciente 
5. IBUPROFENO (ALIVIUM®), NAPROXENO (FLANAX®) E CETOPROFENO (PROFENID®): 
• Esses três apresentam propriedades muito semelhantes 
• Tem uma ativada anti-inflamatório semelhante ao AAS mas o risco de efeitos adversos 
gástricos são menores → paciente com problema gástrico é indicado esses AINES 
• APLICAÇÕES CLINICAS: artrite reumatoide, osteoartrite, dor, artrite gotosa, bursite, 
tendinite, enxaqueca 
• Ibuprofeno pode causar complicações em gestantes, principalmente se utilizado no 
ultimo trimestre da gestação → prolongamento do tempo de gestação 
• A diferença entre esses tres: 
- Naproxeno tem tempo de meia vida maior → 1x por dia é suficiente → maior 
adesão ao tratamento 
- Os outros dois precisam ser administrados mais vezes ao dia 
6. ACIDO MEFENÂMICO/PONSTAN®: 
• Efeitos analgésicos e anti-inflamatorios parecidos com do AAS 
• Bom inibidor da COX 
• Principal indicação clinica atualmente → colica menstrual (dismenorreia) 
• As prostaglandinas estão envolvidas com a cólica → causam contração de 
musculatura lisa (ex: útero) 
• Se a mulher ja esta em período pre menstrual, que ja teve produção dessas 
prostaglandinas ela ja estará com dor → remédio pode demorar fazer efeito e ela 
ainda vai ter dor 
• Tem efeito melhor, 1 ou 2 dias antes do periodo menstrual 
• EFEITOS ADVERSOS: efeitos gastricos, diarreia e muito raro é a anemia hemolítica 
Michelle MEDTXIV ! de !72 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
AINES SELETIVOS: 
• Tanto os moderadamente seletivos quanto os seletivos diminuem o risco de efeito 
adverso gástrico → diminuem mas não anulam; aumentam risco de eventos 
tromboticos 
MODERADAMENTE SELETIVOS: 
1. DICLOFENACO: 
• Muito mais seletivo a COX-2 → vai diminuir a síntese de prostaglandinasinflamatórias 
• Bom anti-inflamatorio, bom antitermico e analgésico 
• Apresentado em duas formas → diclofenaco de sódio (VOLTAREM®) e de potássio 
(CATAFLAM®) 
• APLICAÇÃO CLINICA: dores, artrite reumatoide, osteoartrite, enxaqueca aguda e 
dismenorreia 
• EFEITOS ADVERSOS: dor, nauseas, gastrite, ulceras (principalmente a longo prazo), 
hepatotoxicidade que acontece por um mecanismo parecido com o paracetamol e 
pode causar efeitos cardíacos e encefálicos 
- Pode aumentar risco de trombo → aumenta risco de infarto, AVE 
• Dose usual de no Maximo 150mg dividido em duas ou três dosagens por dias 
• A diferença entre os dois é pouca → em pacientes hipertensos é preferível adminstrar o 
diclofenaco de potassio 
2. PIROXICAM (FELDANE®) E MELOXICAM ( MELOCOX®) 
• Somente o meloxicam em baixas doses (7,5mg) que é seletivo COX-2; piroxicam 
independente da dose é não seletivo e vai inibir COX-1 e COX-2 
• Eles anti-inflamatoria, antitermica e analgesia similar aos outros porem com uma 
vantagem → tempo de meia vida é maior que o dos outros AINES → trazem mais 
conforto pro paciente porque vai ser administrado 1x ao dia 
• APLICAÇÃO CLINICA: artrite reumatoide e osteoartrite 
3. NIMESSULIDA/NISULID®: 
• Efeito analgesico,antitermico, anti-inflamatorio muito bom 
• É mais seletiva a COX-2 → menor risco de efeito gástrico porem pode ser hepatotoxico 
→ monitorar o paciente 
Michelle MEDTXIV ! de !73 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• Ate em doses terapêuticas pode ser hepatotoxica → não usar por muitos dias 
- Dose 50 a 100mg 2x ao dia 
• Tem efeitos extras → vai diminuir a síntese de outras citrinas alem dos eucosanoides; vai 
diminuir ativação dos neutrofilos; ativa receptores de glicocorticoides 
SELETIVOS: 
• Sao mais seletivos para COX-2; foram realmente formulados para serem mais seletivos 
COX-2 
• Possuem preferencia maior para COX-2 porque a cadeia hidrofobica desses farmacos 
é maior → a COX-1 possui sitio ativo menor e a COX-2 tem sitio ativo maior → coxibes 
tem maior capacidade de inibir COX-2 pela maior afinidade por ela → podem inibir a 
COX-1 de uma maneira branda, mais fraca 
• APLICAÇÃO CLINICA: dores, pos operatorio para controlar inflamação, etc 
• DOSES: em media 100 a 200mg por dia 
Michelle MEDTXIV ! de !74 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• FARMACOCINETICA: de uma forma geral, sao bem absorvidos; sao metabolizados pelo 
ficado (fase 1 e fase 2) 
- Se o paciente estiver utilizando algum outro fármaco indutor ou inibidor enzimático 
da CYP eles podem interferir na metabolização dos COXIBES (interação 
medicamentosa) 
- Tempo de meia vida da maior é de 7hrs com exceção do etericoxibe que tem 
tempo de meia vida maior, em torno de 25hrs 
• Pelo aumento do risco de formação de trombos, em alguns países sua 
comercialização foi proibida 
• No brasil, todos podem ser comercializado porem apenas com prescrição medica 
(tarja vermelha) 
• O risco de efeito gastrico com esses fármacos é menor porque são seletivos COX-2 
• Nas células endoteliais tem a expressão da COX-1 e COX-2; nas plaquetas somente a 
COX-1 
Michelle MEDTXIV ! de !75 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- AINES seletivos vao inibir COX-2 nas células endoteliais → vao inibir/diminuir 
produção de prostacilcina → vai diminuir a ação antiagregante plaquetaria 
- Na plaqueta não vai diminuir a produção de tromboxano → aumenta risco de 
formação de trombos 
- Vai ser efeito oposto do AAS 
- Pacientes que tem hipertensão, que ja tiveram AVE, infarto → não sao indicados 
esses fármacos pelo risco de formação de trombos como efeito adverso 
Anti-inflamatórios est$oides - glicoc%ticoides I
INTRODUÇÃO: 
• Nos produzimos corticoides no nosso corpo e eles são importantes para funções 
fisiológicas do nosso corpo → homeostasia 
• Em algumas situcoes, por exemplo, com processos inflamatórios intensos → será 
necessário administrar glicocorticoides endógenos, fazendo com que as doses que o 
paciente vai receber vai superar as doses fisiológicas que nosso corpo produz 
• Com essas doses suprafisiologicas, os riscos de efeitos adversos são maiores 
PRODUÇÃO: 
• O hipotálamo vai receber varias informações e vai processa-las e vai se comunicar 
com a hipófise 
• A hipofise é dividida em neurohipofise (posterior) e adenohipofise (anterior); 
hipotalamo vai estimular as duas divisões da hipófise a secretar diferentes tipos de 
hormônios 
- Neurohipofise → ocitocina (contrações uterinas, secreção do leite) e ADH (pressao 
arterial) 
- Adenohipofise → hormônios tráficos que induzem outra glândula secretar outros 
hormônios 
• SISTEMA PORTA HIPOTALAMO-HIPOFISE: 
- Hipotalamo recebe informações da periferia do corpo (ex: inflamação) → se 
comunica e estimula adenohipofise 
- Quando paciente esta com alguma lesão/inflamação/etc, o hipotalamo vai 
produzir o hormônio liberador de corticotrofina (CRH) → O CRH vai ser transportado 
ate a adenohipofise 
Michelle MEDTXIV ! de !76 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Esse transporte acontece por meio de vasos que conectam hipotalamo e hipófise 
que sao chamados de sistema porta hipotalamo-hipofise 
- O CRH vai estimular a produção do ACTH na adenohipofise 
- Na adenohipofise tem produção de pro-opiomelanocortina (POMC) → quando o 
CRH chega na adenohipofise ele vai induzir a metabolização POMC e vai produzir 
metabolitos e dentre eles esta o ACTH 
- O ACTH vai ser liberado na corrente sangüínea → vai ser levado ate o cortex da 
suprarrenal → vai induzir produção de corticoides (mineralocorticoides e 
glicocorticoides) e de hormônios sexuais 
- Esses hormônios tanto no hipotalamo como na adenohipofise por mecanismo de 
Feedback negativo → o cortisol no hipotalamo vai inibir a expressão do hormonio 
CHR e na adenohipofise vai inibir a produção de POMC → diminui sua 
metabolização e seus metabolitos (ex: ACTH) → diminui produção de cortisol 
• No cortex tem algumas camadas histológicas: glomerulosa, fasciculada e reticular 
Michelle MEDTXIV ! de !77 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Dependendo da zona sera produzido hormônio diferente porque em cada uma 
delas era expresso um grupo de enzimas diferentes 
- Glomerulosa → aldoserona (mineralocorticoide) 
- Fasciculada → cortisol (glicocorticoide) 
- Reticular → hormônios sexuais 
• O ACTH vai estimular a síntese desse hormônios por meio de duas ações principais: 
- O ACTH aumenta a disponibilidade do colesterol 
- O ACTH vai aumentar a expressão das enzimas de todas essas zonas 
• Mineralocorticoide → ajuda na pressão arterial → ex: aumentando reabsorção de 
sódio 
• Se o eixo hipotalamo-hipofise for inibido, o principal hormônio que não será produzido 
é o cortisol → os outros tem outras maneiras de serem produzidos 
Michelle MEDTXIV ! de !78 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
AÇÕES FISIOLOGICAS DOS GLICOCORTICOIDES: 
• MECANISMO DE AÇÃO DOS GLICOCORTICOIDES: 
- O cortisol foi produzido e vai cair na corrente sangüínea → para ele agir nas células, 
ele precisa entrar nelas porque seu receptor esta no citoplasma 
- Ele vai entrar com um transportador que facilita sua entrada na celula → difusão 
passiva facilitada 
- Quando chega dentro da celula, vai se ligar no seu receptor, ativando-o → vai 
acontecer dimerização do glicocorticoide e seu receptor → o glicocorticoide e o 
seu receptor vao se ligar a uma outra molécula de glicocorticoide e seu receptor 
ativo → esse dimero vai pro núcleo → altera a transcrição genética → altera síntese 
proteica 
- Glicocorticoide vai diminuir expressão da COX-2, do CRH no hipotalamo, do ACTH 
na adenohipofise; aumenta síntese de algumas enzimas (ex; glicose-6-fosfatase, 
lipases) 
Michelle MEDTXIV ! de !79 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Glicocorticoide demora para agir por conta desse mecanismo de ação 
• PRINCIPAIS AÇÕES DOS GLICOCORTICOIDES: 
- Aumenta a glicemia → aumenta gliconeogenese (produção de glicose a partir de 
moléculas aplicadas, que nãosao carboidratos) 
- Diminui a captação/utilização de glicose na periferia → preferencia da glicose em 
locais importantes 
- Aumenta a resistencia a insulina (principalmente a longo prazo; doses 
suprafisiologicas) 
- Aumenta degradação de proteina → atrofia muscular e fraqueza a longo prazo 
- Aumenta lipolise (quebra de gordura) → é possível ter aumento de lipídio sangüíneo 
e também ter acumulo de gordura em determinadas regiões do nosso corpo 
(caracteristica de glicocorticoide) 
- É comum em doses suprafisiologicas → ter acumulo de gordura na face (face de lua 
cheia) ou no dorso (giba de búfalo) 
- Pode se ligar em receptores de mineralocorticoides quando há saturação de 
enzimas que inativam o cortisol (no rim) → em doses suprafisiologicas, o 
glicocorticoide pode atuar também como mineralocorticoide aumentando 
reabsorção de sódio e eliminar mais potássio → pode causar aumento da pressao, 
edema, retenção de liquido 
Michelle MEDTXIV ! de !80 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Atua no metabolismo do calcio → vai diminuir absorção intestinal de cálcio (reduz 
cálcio sanguineo); aumentar eliminação renal do cálcio ; aumenta a reabsorção 
óssea porque vai diminuir a ativada dos osteoblastos (repoem matriz óssea) e 
aumentar a atividade dos osteoclastos ( degradam matriz) 
- No SNC → elevação do humor (sensação de bem-estar); a longo prazo pode sentir 
irritação, ganhar peso, perder o sono 
AULA 5 
Anti-inflamatórios est$ioidais - glicoc%ticoides II
EFEITOS FARMACOLÓGICOS: 
• Excelentes inflamatorios e imunossupressores; 
• Possuem ação anti-inflamatoria porque vao reduzir a produção de vários mediadores e 
possuem ação imunossupresossra porque vai reduzir os níveis de células que compõem 
o sistema imune 
• Os glicocorticoides vão inibir indiretamente a fosfolipase A2 → com essa enzima inibida 
não tem liberação do acido araquedonico e atrapalha todo o ciclo ja explicado 
anteriormente na produção dos mediadores 
- Os glicocorticoides vão aumentar a produção d num grupo de proteínas chamadas 
de lipocortinas → e essas proteínas em altos níveis inibem a fosfolipase A2 
- Vai diminuir a expressão da COX principalmente a isoforma 2 
Michelle MEDTXIV ! de !81 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• Outros glicocorticoides foram produzidos para deixar os derivados sintéticos do cortisol 
mais potentes; para que eles tenham uma maior afinidade aos receptores de 
glicocorticoides (intracelulares) → diminuindo então a concentração menor dos 
fármacos 
- Tentaram obter fármacos sintéticos que aumentassem afinidade de receptor de 
glicocorticoide e diminuísse receptor de mineralocorticoide para evitar maiores 
riscos de efeitos adversos 
• Cortisona e prednisona são profarmacos; sao inativas fora do corpo; precisam ser 
absorvidas, metabolizadas e ativadas 
• A enzima 11-betahidroxiesteroidedesidrogenase 1 é expressa principalmente no fígado 
e vai ativar os glicocorticoides → vai reduzir a carbonila → substitui por uma hidroxila 
(OH) 
• A enzima 11-betahidroxiesteroidedesidrogenase 2 é expressa principalmente nos rins e 
ela vai inativar os glicocorticoides 
• Existem pacientes que não podem utilizar esses profármacos; 
- Ex: pacientes com problemas na pele → na pele tem baixos níveis da enzima que 
ativa o profarmaco → indicado fármacos ja ativados 
- Ex: pacientes com problemas hepáticos 
Michelle MEDTXIV ! de !82 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
FARMACOCINÉTICA: 
• É um hormônio então tem natureza lipídica → via oral é bem absorvido porque ele 
consegue passar pelas membranas lipidicas do TGI e cai na corrente sangüínea 
• Para utilizar os glicocoriticodes via intravenosa é necessário torna-los menos lipidicos e 
mais hidrifilicos → pode inserir grupamentos como acetato, fosfato, etc 
• Bem distribuidos depois de serem absorvidos 
• Glicocoirticoides se ligam na albumina na corrente sangüínea 
• Tem outra proteina specifica para ligar e carrear glicocorticoides → globulina de 
ligação de glicocorticoides 
• Uma via de metabolização é a da enzima do fígado ou do rim para ativar ou inativar; 
a outra é as fases 1 e 2 no fígado → fase 1 enzimas CYP e fase 2 enzimas transferases 
FÁRMACOS GLICOCORTICOIDES: 
CLASSIFICAÇÃO: 
• Classificados com seu tempo de ação → ação curta (8 a 12hrs), ação intermediaria 
(12 a 36hrs) e ação longa (36 a 72h) 
- Curta: hidrocostisona (cortisol) e cortisona 
- Intermediaria: prednisona, prednisolona, metilprednisolona, triancinolona 
- Longa: dexametadona, betametasona → afinidade maior com receptores 
INDICAÇÕES CLINICAS: 
• Anti-inflamatorio e imunossupressor 
• Reposição em caso de insuficiencia da suprarrenal → mimetizar produção endógena 
normal dos glicocorticoides (ate com relação aos picos desse glicocorticoide)→ menor 
dose possível 
- Sindrome de Addison (primária): problema no cortex da suprarenal que não produz 
níveis normais de cortisol 
- Disfunção hipotalamo ou da hipófise ( secundária): algo esta influenciando na 
produção dos glicocorticoides → ex um tumor 
• Tranplantes, funcionam como imunossupressores para tentaer previnir a rejeição do 
enxerto 
• Anti-inflamatorio, utilizado par bursite, artrite, etc 
Michelle MEDTXIV ! de !83 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• Para alergias é utilizado mas não é preferível → vai ser usado um fármaco de primeira 
escolha e depois com paciente estabilizado tem o uso de glicocorticoides para 
combater reação tardia de uma resposta alérgica 
• Doenças autoimunes, glicocorticoides diminuem produção de anticorpos 
• GLICOCORTICOIDES E GESTANTES: Maturação do sistema pulmonar de prematuros → 
betametasona e dexametasona estimulam produção de surfactante 
- A gestante tem que estar entre a 24 e 34 semana da gestação co risco de parto 
prematuro pra os próximos 7 dias 
- Doses muito pequenas de um dos dois glicocoriticoides → pode causar efeitos 
adversos no feto 
- 2 doses de 12mg da betametasona ou 4 doses de 6mg da dexametasona 
- Um segundo ciclo pode ser feito mas geralmente é um ciclo de dosagem 
- Efeitos adversos no feto: crescimento fetal, alterações neurológicas, atrofia do eixo 
hipotalamo hipófise do feto, etc 
- Quando mae nao tem esses riscos ela pode usar glicocorticoides especificos → o 
que é mais indicado é a prednisona (inativa) ou a prednisolona (ativo) 
* O fígado materno ativa a prednisona em prednisolona, o do embrião não → na 
placenta tem a isoforma 2 da 11-beta-HSD que vai converter novamente na forma 
inativa 
* O fígado do feto nao esta completamente desenvolvido → não tem capacidade 
de ativar de novo 
EFEITOS ADVERSOS: 
DOSES SUPRAFISIOLOGICAS POR MAIS DE UMA SEMANA 
• Infecções oportunistas → pela açao imunossupressora 
• Aparecimento de estrias → diminui a síntese de colágeno; diminui fibroblastos → 
aparecimento de estrias 
• Osteoporose e redução do crescimento linear do osso em criancas→ alterações no 
metabolismo do cálcio 
• Altera metabolismo de carboidrato → pode alterar níveis glicemicos, pode causar 
resistência a insulina ; aumenta catabolismo proteico; diminui síntese de proteinas; 
atrofia muscular; fraqueza 
• Uso a longo prazo em doses maiores que 15g aumenta o risco de catarata 
Michelle MEDTXIV ! de !84 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• Efeitos sobre SNC → insônia, nervosismo, alteração de humos, hipopotassemia, 
hipertensão 
• Obesidade, equimoses, estrias, acne 
• Sindrome de Cushing → uso a longo prazo; é quando paciente tem uma produção 
muito maior de cortisol → tem acumulo de gordura, membros mais finos, dificuldade de 
cicatrização, aumento da pressão arterial, aumento da glicemia, catarata 
- A sindrome de Cushing iatrogenica (?) é quando acontece por uso prolongado de 
glicorticoide 
INTERRUPÇÃO DO TRATAMENTO: 
• Se o paciente para o tratamento do dia para noite vai levar a insuficiência 
suprarrenal → febre, mal-estar, fadiga, distúrbio inflamatório 
• Quando paciente recebe a longo prazo tratamento comglicocoriticoide, ele te 
supressão do eixo hipotalamo-adenohipofise-cortex → atrofia do eixo → para a 
produção de cortisol endógeno 
• Tem que interromper gradativamente → desmame do medicamento; doses reduzidas 
gradativamente → o eixo vai sendo reativado aos poucos 
SOBRE O PACIENTE: 
• Dor simples: dipirona ou paracetamol (analgésico e antitérmico) 
• AINEs: controlar doses, administrar inibidor da bomba de prótons concomitante 
• Inibidores seletivos COX-2 (celecoxibe) – diminuem riscos de problemas gástricos 
• Paciente com histórico de cardiopatias e acidentes vasculares: EVITAR INIBIDORES 
SELETIVOS COX-2 
• Glicocorticóides 
• Não usar vários anti-inflamatórios (não aumenta eficácia, apenas efeitos adversos) 
Anti-histamínicos I:
INTRODUÇÃO: 
• Histamina é um mediador pro inflamatorio → é distribuido ampliamente nos tecidos 
• Pode ser produzida tanto por células de defesa (mastocitos e basofilos) mas pode 
também ser produzidas por neuronios, células entercromafins 
• Vai induzir inflamação; induz a vigília; aumenta secreção de HCl ajudando na digestão 
Michelle MEDTXIV ! de !85 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
SINTESE: 
• É produzida a partir de um aminoacido essencial (nao produzimos) que é a histidina; 
• Histidina vai ser descarbonizada pela enzima histidinadescarboxilase → a partir dessa 
reação ja tem a histamina 
• Quando ela é produzida ou ela é armazenada ou ela é liberada; 
• Quando for liberada vai se ligar no receptor atuar, se desligar e ser metabolizada 
• Para sua metabolização → ou ela vai ser metilada, formando a N-metil-histamina que 
vai ser metabolizado novamente por uma enzima MAO → degradada e eliminada na 
urina 
• Outra form para sua metabolização é a desaminação que vai formar o acido 
imidazolacetico → ele vai ser ligado a um açúcar e liberado na urina 
• Podemos codificar os metabolitos da histamina na urina 
ARMAZENAMENTO: 
• Ou ela ficara armazenada ou seja liberada na hora 
• Em células de defesa, ela é produzida lentamente e é armazenada nos grânulos → 
quando tem um estimulo, as células de defesa sao ativadas e pode ter uma liberação 
muito grande dos grânulos → hipersensibilidade 
• Nos neurônios e nas células cromafins → estímulos específicos levam a produção e 
liberação imediata da histamina 
AÇÕES: 
• Vai ter ações em musculatura lisa, em células de defesa, no SNC, cardiaco, digestorio, 
respiratório → ela pode contrair alguns músculos lisos e dilatar outros 
• O músculo liso que ela vai dilatar é o dos vasos sangüíneos → histamina vai dilatar o 
vaso para aumentar fluxo sangüíneo no local; faz contração das células endoteliais 
para aumentar o tamanho dos poros entre elas; 
• O paciente tampem vai apresentar vermelhidão e edema 
• A histamina também causa contração de outros músculos lisos, principalmente dos 
brônquios → broncoconstrição, dificuldade de respirar → alguns pacientes são mais 
sensíveis que outros 
• Se o paciente tem asma, vai ter uma sensibilidade maior pela ação da histamina 
• Causa contração dos músculos lisos como do útero, bexiga, intestino → acho 
fisiológica irrelevante 
Michelle MEDTXIV ! de !86 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• Histamina é capaz de sensibilizar a nossa periferia → causa dor e prurido 
(principalmente); sinais e sintomas na pele (eritema, papulas, prurido), no sistema 
respiratório ( inflamação, produção de muco, congestão nasal, coceira, espirro, etc) 
• Tem ação no sistema digestorio, cardíaco e nervoso: 
- No sistema cardiaco vai aumentar a concentração de cálcio nas células cardíacas 
→ aumenta FC e forca de contração 
- No sistema digestório vai aumentar secreção de HCl → induz a digestão 
- No SNC pode ser produzida por neuronios histaminergicos → vao se comunicar com 
outras regiões do SNC → tem função de promover vigila, diminuir apetite, e esta 
relacionada com atenção e memória 
RECEPTORES: 
• Os fármacos que temos atuam nos receptores da histamina 
• Atualmente são conhecidos 4 receptores → H1, H2, H3, H4 
• Sao metabotropicos, estão acoplados a proteína G → dependendo do tipo de 
receptor, pode estar acoplado a proteínas G diferentes e ter sua expressão em 
diferentes tecidos 
• RECEPTOR DA HISTAMINA 1: esta acoplado a uma proteína Gq 
- A proteina Gq ativa fosfolipase C → produz inquisitor trifosfato e diacilglicerol 
- Esses receptores sao expressos em músculos lisos → brônquios, vasos, SNC, etc 
- Bronquio → o inusitoltrifosfato abre canais de calcio do retículo sarcoplasmatico → 
aumenta concentrado de calcio na celula → calcio e calmodulina em músculo liso 
vai ativar miosinaquinase de cadeia leve → fosforila e ativa a cadeia leve da miopia 
que vai interagir com a actina → contração → broncoconstricão 
- Também causa vasodilatação → no endotelio o cálcio vai se ligar com a 
calmodulina, porem ela vai ativar a oxido nitrico sintase → enzima que vai produzir 
oxido nítrico → do endotélio, o oxido nítrico vai se dissipar para o músculo liso → no 
músculo liso vai aumentar os níveis de GMPc que vai desfosforilar o miosina → 
miosina inativa; não consegue mais interagir com a actina → relaxamento → 
vasodilatação 
Michelle MEDTXIV ! de !87 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Pode aumentar mediadores pro- infalamatorios → vai aumentar transcrição do fator 
nuclear capa B (FNkB); vai aumentar produção de outras citocinas aumentando 
processo inflamatório 
- É o principal receptor envolvido na alergia 
- Receptor tipo H1 induz vigilia 
• RECEPTOR DA HISTAMINA 2: esta acoplado a uma proteína Gs (estimulatoria) 
- Expresso principalmente na muscosa gastrica 
- A proteina Gs ativa adeniliciclase → vai produzir AMPc → vai ativar PKA → na 
mucosa gástrica vai fazer com que a bomba de prótons dentro das células parietais 
gástricas vá la para membrana e comece a bombear prótons para dentro do 
estômago → vai encontrar cloro e formar HCl → vai ajudar digerir os nutrientes 
- Tem receptores H2 nos músculos lisos dos vasos sangüíneos → a PKA vai aumentar 
concentração de cálcio → cálcio vai se ligar com ca calmodulina → ativa oxido 
nítrico sintase → vai causar vasodilatação 
- Estão presentes nas células cardiacas também → a PKA vai abrir canais de cálcio → 
aumenta cálcio → aumenta contração → aumenta freqüência cardíaca 
• RECEPTORES DA HISTAMINA 3 E 4: os dois estão acoplados a uma proteína G inibitória e 
G0; 
- H3 vai estar localizado no SNC; é um autorreceptor 
→ a proteína Gi inibe adenilciclase → diminui AMPc 
→ diminui PKA → diminui cálcio → não libera 
neurotransmissores → regula liberação da histamina e 
de outros neurotransmissores 
- H4 encontrado em células de defesa → vai ativar 
essas células → induz a inflamação 
Michelle MEDTXIV ! de !88 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
AULA 6 
Anti-histamínicos II: 
REAÇÃO ALERGICA: 
• Os indivíduos podem ser sensíveis a diferentes antígenos → quando entrar em contato 
pela primeira vez com o antígeno vai induzir os linfócitos B a se transformarem em 
plasmocitos e vao começar produzir anticorpos, principalmente IgE → esses anticorpos 
produzidos vao se ligar em células de defesa (bsofilos e mastocitos) → essa primeira 
exposição é chamada de sensibilização → paciente não sente sinais e sintomas 
• Nas próximas exposições a esse mesmo antígeno → ele vai se ligar nos anticorpos IgE 
previamente produzidos → essa ligação do antígeno ao anticorpo IgE vai ativar as 
células de defesa nas suas esta ligado → vai acontecer extrusão do granulos dos 
mastocitos e dos basofilos → vasodilatação, contração endotelial, aumento da 
expressão de moléculas de adesão, quimiotaxia, edema, dor, febre, etc → sinais e 
sintomas da alergia 
• Outros mediadores da inflamação estão ligados a alergia porque a ligação do 
antígeno ao anticorpo IgE vai ativar, tambem, enzimas fosfolipases A2 → enzima que 
libera o acido araquedonico → vai poder ser metabolizado e produzir protaglandinas, 
prostaciclinas, tromboxanos e leucotrienos (potentesbroncoconstritores) 
• A intensidade da reação alérgica vai depender da sensibilidade que o paciente vai ter 
ao antígeno; toda vez que ele se expor a esse mesmo antígeno o processo alérgico vai 
ser desencadeado 
• Te varios tipos de alergias: 
- Rente alérgica mais concentrada 
nas vias respiratórias 
- Alergias topicas 
- Anafilaxias que são alergias mais 
graves 
Michelle MEDTXIV ! de !89 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• ANAFILAXIA: o paciente entra contato via sistemica com o antigeno que tem alergia e 
todo processo de hipersensibilidade do tipo 1 vai acontecer → vai haver uma 
liberação muito grande de histamina → sinais e sintomas muito intensos 
- Vasodilatação 
- Edema 
- Broncoconstrição 
- No caso de choque anafilático, o tratamento de emergencia é um antagonista 
fisiológico da histamina → precisa recuperas os sinais vitais de uma maneira muito 
rápida 
ANTI-HISTAMINICOS: 
• Vao atuar contra receptores da histamina → os fármacos anti-histamínicos utilizados 
para tratamento da alergia vao atuar, principalmente, contra receptores de histamina 
do tipo 1 
ANTI-HISTAMINICOS H1: 
• São agonistas inversos dos receptores H1 → no corpo a maioria dos receptores sozinhos 
estão inativos mas alguns receptores como da H1, mesmo que não tenha nenhuma 
ligação ocorrendo, eles vao estar causando resposta (é o caso do ativo constitucional 
do receptor) 
• O receptor H1, a maioria vai estar inativo quando não tem ninguém ligado a ele mas 
uma pequena porcentagem vai estar causando respostas mesmo sem nenhuma 
ligação 
• Quando usa o agonista inverso → ele vai ter afinidade com o receptor e vai alterar sua 
conformação, porem, ele estabiliza a conformação inativa do receptor 
- Se tem administração de anti-histamínico H1, aqueles receptores que estão 
causando resposta sem estarem ligados com alguém vão ser estabilizados na 
conformação inativa 
- Todos os receptores H1 vão ser inativados 
- Se tem receptor ligado a histamina, ele vai competir com a histamina → vai desloca-
la do receptor mantendo ele inativo e diminuindo os sinais e sintomas 
• FARMACOS DE PRIMEIRA GERACÃO: podem causar maior risco de efeitos adversos 
porque eles tem maior acesso ao SNC → tem maior passagem pela barreira 
hematoencefalica porque num pH fisiológico, eles ficam em seu estado neutro (sem 
carga, mais lipofilica) e consegue passar por essa barreira no SN→ la tem receptor de 
Michelle MEDTXIV ! de !90 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
histamina → ela tem função de vigilia, atenção e memória no SNC → se o farmaco 
chega ate la, ele vai fazer o efeito oposto, causando sono 
- Podemos ter uma ma coordenação motora, tendo uma interferência; 
- São menos seletivos do que os de segunda geração → podem se ligar em outros 
receptores como colinergicos, allfa-adrenergicos e serotoninergicos → vao se ligar e 
inativar esses receptores → aumenta o risco de efeito adverso 
* Pode causar boca seca, ressecamento dos olhos 
- Os fármacos podem estar tanto sozinhos quanto com outros fármacos → 
geralmente utilizados em medicamentos populares para tratar a gripe (amenizar os 
sintomas) 
- Existem algumas formulações noite-dia → os comprimidos dias vão ter ativos que 
aliviam sinais e sintomas de gripe (ex: descongestionante nasal, analgésico e 
antitérmicos) e durante a noite, alem do descongestionante, analgésico e 
antitérmico, vai ter um anti-histamínico de primeira geração 
* O anti-hstaminico na formulação para noite vai ajudar a melhorar os sintomas e vai 
dar sono 
• FARMACOS DE SEGUNDA GERAÇÃO: causam risco menor de efeito adverso porque em 
pH fisiológico ficam com um pouco de carga (pouco menos lipofilicos) dificultando a 
Michelle MEDTXIV ! de !91 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
passagem pela barreira hematoencefalica → diminui o alcance desses fármacos ao 
receptores do SNC → diminui risco de efeito adverso 
- Ainda podem conseguir passar pela barreira encefálica mas eles tem uma maior 
afinidade com as bombas de efluxo que tem na barreira HE → por mais que passem 
por ela, podem se ligar nessas proteínas das bombas e serem bombeados para fora 
- Sao mais seletivos a receptores H1 → se ligam menos a receptores colinergicos, 
adrenergicos, etc 
- Tem maior tempo de meia vida pela maior afinidade e seletividade pelos receptores 
H1 
- Loratadina é profarmaco → desloratadina é o fármaco ativo 
- Cetirizina é uma mistura racemica → metade dela esta na comformação R e outra 
metade S →uma das conformações é muito mais ativa (R) 
- A levocetirizina é o isomero mais ativo R da cetirizina 
- Antigamente era utilizada a terfenadina mas foi retirada do mercado porque pode 
levar risco maior de efeitos cardíacos → ela era um profarmaco então era 
metabolizada em fexofenadina que atualmente é vendido com nome comercial 
de Allegra® 
Michelle MEDTXIV ! de !92 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• APLICAÇÃO CLINICA: tratamento da alergia (reação da hipersensibilidade tipo 1); 
antiemético, etc 
- Quando estamos em alguma situação de movimento diferente (ex: andar de 
barco), os movimentos podem ativas o neurônios hstaminergicos que vao se 
comunicar com o bulbo → ativar o bulbo que vai ativar o enjoo, náusea e enjoo 
- Quando usa anti-histamínicos (ex: dramin®) vao bloquear os receptores de 
histamina, por mais que os neuronio sejam ativados, os receptores da histamina vao 
estar inativados → previne enjoos, vômitos → é preferível utilizar os de primeira 
geração 
- São melhores quando utilizados de maneira profilática 
• FARMACOCINETICA: são bem absorvidos, possuem boa distribuição, sao metabolizado 
no fígado e sao eliminados na urina 
- Cetirizina, levocetirizina e fexofenadina (2º geração) serão eliminados mais 
facilmente, quase não sao metabolizados → sao eliminados do jeito que estão 
praticamente 
- Fexofenadina é eliminado principalmente pelas fezes 
- Podem interagir com as proteinas CYP (fase 1 da metabolização hepática) → vao 
ser inibidoras da CYP → inibem a metabolização dos outros fármacos que o 
paciente possa estar utilizando → os outros fármacos sendo utilizados não vao ser 
tao bem metabolizados e eliminados → a concetração deles pode aumentar → 
pode ter risco mair de efeitos adversos dos outros fármacos 
• EFEITOS ADVERSOS: 
- Primeira geração: mais sono, ma coordenação motora, efeitos anticolinergicos, 
boca seca, retenção urinaria e cardiotoxicidade → podem ser maiores em crianças 
e idosos; 
- Segunda geração: cardiotoxicidade e pouco efeito anticolinergico 
GLICOCORTICOIDES: 
• Outra escolha para tratamento de alergia sao os glicocorticoides porque possui 
mecanismos anti-inflamatórios → vai diminuir anticorpos, diminuir mediadores , diminuir 
expressão da COX-2, etc 
• Se o paciente for usar via sistemica por varios dias é preciso lembrar dos efeitos 
adversos desses fármacos 
TRATAMENTO DO CHOQUE ANAFILATICO: 
• Vai ter uma liberação muito grande de histamina → precisa ser tratado rapidamente 
Michelle MEDTXIV ! de !93 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• Anti-histamínicos não são primeira opção de tratamento 
• O antagonista fisiologico da histamina é a adrenalina porque ao se ligar a receptores 
adrenergicos alfa 1 vai causar vasoconstrição → recupera a pressão do paciente 
• Adrenalina ainda vai se ligar em receptor beta adrenérgico no pulmão → beta-2 
principalmente → causa broncodilatação → facilita a respiração do paciente 
• Como são casos de emergencia é necessário utilizar via intramuscular ou intravenosa 
• Num segundo momento pode sr utlizado anti-histaminico e u glicocorticoide porque o 
paciente pode ter um novo quadro de choque anafilático (quadro tardio) → 
administrando esses fármacos num segundo momento ja bloqueia esse possível quadro 
tardio 
ANTI-HISTAMINICOS H2: 
• Controle de acidez estomacal 
Michelle MEDTXIV ! de !94 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• As células enterocromafins produzem a histamina que vai agir localmente se ligando 
no receptor H2que esta acoplado a proteína Gs (estimulatoria) → vai ativar PKA que 
vai fazer com que a bomba de protons migre para membrana estomacal → e 
começa a bombear prótons pro lumen estomacal → ajuda na digestão 
• Em pessoas com problemas gástricos querem diminuir essa secreção gástrica → pode 
ser usado anti-histaminico seletivo para receptor H2 
• Ranitidina não esta mais disponivel porque a molécula desse fármaco pode sofrer 
uma autodrgadação e formar ma amina toxica , a N-nitrosodimetilamina (NDMA) → 
pode causar efeitos adversos e inclusive aumentar o risco de neoplasia 
• APLICAÇÃO CLINIA: é interessante a sua utilização antes de dormir porque durante a 
noite vai ter uma liberação basal de acido quando uma pequena porcentagem 
desses receptores ficarem ativos → normalmente ficamos em jejum durante algumas 
horas e essa pequena liberação de acido pode piorar o quadro do paciente 
- Sao menos potentes que inibidores de bomba (ex: omeprazol) 
Michelle MEDTXIV ! de !95 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• FARMACOCINETICA: sao bem absorvidos, metabolizados pelo ficado; podem interagir 
com as CYP (principalmente cimetidina e ranitidina); 
• EFEITOS ADVERSOS: risco de efeito adversos é muito pequeno mas pode ser que se 
apresente alterações gastrointestinais (constipação, diarreia), cefaleia, fadiga 
- Alguns desses fármacos oferecem riscos maiores de efeitos adversos 
- Cimetidina e ranitidina vao interagir com as CYP → sao inibidoras da CYP → podem 
diminuir metabolização de outros fármacos em uso, aumnetando a concentracão 
deles → podendo trazer maior risco de efeito adverso desses farmacos (interação 
medicamentosa 
- A cimetidina (a longo prazo) pode inibir a metabolização do estradiol e diminuir a 
ação de hormônios androgínicos porque ele vai se ligar no receptor da testosterona 
e não vai deixar ele agir normalmente 
* Nas mulheres → galactorreia 
* Nos homens → inibição da libido, impotencia, redução na contagem de 
espermatozoides 
* Famotidina e Nizatidina mais segura 
T$apia f"macologica da asma: 
INTRODUÇÃO: 
• Asma é doença inflamatória crônica das vias respiratórias caracterizada por obstrução 
reversível recorrente do fluxo de ar nas vias aéreas em resposta a estímulos que, por si 
só, não são nocivos e não afetam os indivíduos não asmáticos 
- Uma vez que o paciente é diagnosticado com asma, considera-se que não tem 
cura 
- Na maioria dos casos, a reversão da asma não é espontânea → necessita da ajuda 
de fármacos 
- Paciente pode ter varias crises que vão influenciar na classificação da asma 
• Dois processos estão presentes na patogenia da asma, a inflamação e a 
broncoconstrição 
- Resposta inflamatoria do tipo Th2 → vai gerar uma resposta ampla de difícil controle 
- Hiper-responsividade → responsável por aumentar a broncoconstrição 
• Paciente pode sentir: distingia, dor no peito, sibilancia, tosse 
Michelle MEDTXIV ! de !96 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
RESPOSTA INFLAMATORIA: 
• Os linfocitos Th (podem ser chamados de linfócitos 
TCD porque são os receptores que eles expressam) 
vao ser responsáveis por degradar/atacar células 
que apresentam antígenos bacterianos, etc 
- Podem ser subdivididos em outros tipos → foco 
em 
Th1 
e Th2 
-Th1: 
os 
linfocitos T vai se diferenciar em Th1 que vai podruzir alguns tipos específicos de 
mediadores inflamatórios → vao induzir uma resposta inflamatória contida, 
controlada; ate vao produzir anticorpos IgG mas em baixos níveis 
Michelle MEDTXIV ! de !97 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Th2: o linfocito vai se diferenciar em Th2 e produzir vários mediadores inflamatórios 
(varias interleucinas) → vao causar uma resposta inflamatória maior, mais ampla → 
vão levar produção de mais anticorpos (ex: IgE envolvido na alergia) **** ASMA 
- Os mediadores de cada um vão inibir a diferenciação em Th1 (no caso dos 
mediadores produzidos pela Th2) e em Th2 (no caso dos mediadores produzidos pela 
Th1) → vai predominar resposta Th1 ou Th2 
• Pacientes não asmáticos vao produzir respostas do tipo Th1 frente a antígenos não 
“inofensivos” 
• Paciente asmático → o antigeno vai ser inalado pelo paciente asmático; ele vai ser 
apresentado para o linfocito e os linfocitos T vão se diferenciar em linfócitos Th2 que 
vao produzir muitos mediadores inflamatórios causando uma resposta muito intensa → 
danos diretos, resposta alérgica que vao causar aumento da resposta inflamatoria, 
aumento da secreção de muco, broncoconstrição 
• MECANISMOS ESPECIFICOS: 3 principais mecanismos vao justificar todas essas 
alterações no trato respiratório e os sinais e sintomas 
- Primeiro: o proprio linfocito Th2 pode interagir com células linfócitos B e estimular que 
eles se transformem em plasmocitos; podem produzir muitas interleucinas → 
principalmente as interleucinas 13 e 4 que vão estimular os linfócitos B a se 
diferenciarem em plasmocitos que vao produzir anticorpos → no caso da asma do 
tipo IgE 
* Nas próximas exposicões vai ter liberação de histamina → broncoconstrição no trato 
respiratório 
* Esse processo alérgico ativa também a fosfolipase A2 → libera o acido araquedonico 
que poderá produzir mais mediadores → principalmente os leucotrienos que são 
potentes broncoconstritores 
* Células de defesa podem liberar triptases e podem causar hiperplasia das células do 
músculo liso, dos bronquios e podem aumentar receptores de adesão do endotélio 
- Segundo: as próprias interleucinas de uma forma direta podem danificar o sistema 
respiratório 
* As interleucinas 4 e 13 podem causar hiperplasia das células caliciformes (celulas 
que produzem muco) → vai aumentar produção de muco e consequentemente vai 
obstruir mais os brônquios 
* Essas interleucinas podem causar hipertrofia e hiperplasia da musculatura lisa 
Michelle MEDTXIV ! de !98 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Terceiro: as interleucinas podem ativar os eusinofilso (principalmente interleucina 5) 
→ pode aumentar a proliferação e aumentar seu tempo de meia vida 
* Os eosinofilos atuam no processo inflamatório contra protozoário e também 
participa da patogenia da asma porque os eosinofilos vao produzir uma serie de 
proteínas eosinofilicas 
* Essas proteínas podem danificar diretamente as células do trato respiratório → 
podem abrir poros na membrana e levar essas células a morte 
* Elas podem ser peroxidases que vao aumentar a produção de radicias livres e 
aumentar o estresse oxidativo → lesão nas células 
* Os eosinofilos podem produzir compostos que aumentam o numero de celulas do 
músculo liso → hiperplasia → contribui para broncoconstrição 
* Aumentam a produção de moléculas de adesão → causando mais inflamação 
* Podem produzir metaloproteinases da matriz → enzimas que degradam fibras de 
colágeno e elastina → cronicamente o paciente asmático pode ter uma 
remodelagem do seu tecido do trato respiratório 
• BRONCOCONSTRIÇÃO/BRONCODILATAÇÃO: 
- Sistema nervoso autonomo parassimpatico: vai liberar acetilolina que vai se ligar em 
seus receptores colinergicos muscarinicos do tipo 3 e vai causar broncoconstricão 
- Sistema nervoso autonomo simpatico: vai liberar adrenalina que vai se ligar nos 
receptores adrenergicos do tipo beta 2 e vai causar broncodilatação 
- O paciente asmatico apresenta uma hiper-responsividade → hipersensibilidade e 
hiper-reatividade 
* Hipersensibilidade: constrição frente a estímulos que em outros casos não causariam 
resposta (provável alteração nos canais de Ca++) 
* Hiper-reatividade: resposta exacerbada frente a níveis normais de estímulos 
(hiperplasia e hipertrofia induzidas por citocinas inflamatórias) 
CLASSIFICAÇÃO CONFORME CONTROLE DA ASMA: 
• Se com o tratamento inicial o paciente não apresentar mais nenhum dos itens de 
classificação → asma controlada 
• Se mesmo com tratamento inicial o paciente apresentar pelo menos 2 desses critérios 
→ asma moderadamente controlada 
• Se mesmo com tratamento inicial o paciente apresentar 3 ou 4desses critérios → asma 
não controlada 
Michelle MEDTXIV ! de !99 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
TRATAMENTO FARMACOLOGICO DA ASMA: 
• Duas principais classes pro tratamento da asma → anti-inflamatórios para controle/
prevenção da doença e fármacos que relaxam o músculo liso dos bronquios para 
alivio rápido dos sintomas e prevenção 
• Uma das vias mais indicadas é a via inalaria → administra o fármaco diretamente no 
loca de ação → necessidade de menor dose dos fármacos → diminui efeito adverso 
• Ainda sim há outras vias utilizadas 
Michelle MEDTXIV ! de !100 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
AULA 7 
Anti-asmáticos:
BRONCODILATADORES: 
• 3 principais classes para tratamento da asma: agonistas β2-adrenérgicos; antagonistas 
colinérgicos; metilxantinas 
• Quando o paciente não pode usar agonista beta- 2 (ex: tem problema cardíaco muito 
sério); ou quando a asma do paciente está mais grave → 2 classes de 
broncodilatadores “segunda opção” que podem ser usados: antagonistas dos 
receptores muscarínicos e metilxantinas 
AGONISTAS BETA 2 ADRENERGICOS: 
• Broncodilatardores de primeira escolha para tratamento da asma porque esses são 
mais eficazes e são mais seguros → riscos menores comparados a outros 
• O 
receptor β2-adrenegicos estão principalmente no pulmão, e a adrenalina ou fármaco 
agonista se liga à ele, ele vai ser ativo, ativa a proteína Gs, realiza toda a cascata de 
reações, e inativa a miosina cinase de cadeia leve → impede a contração e causa 
broncodilatação 
• Mas além desse mecanismo de ativar a proteína cinase A, o AMPc produzido pela 
ativação do β2-adrenérgico vai ter outras ações → o ativa a miosina fosfatase, que 
inativa a miosina → relaxamento e broncodilatação 
• Além de inativar a miosina quinase, ativar a miosina fosfatase e hiperpolarizar a célula, 
a ativação do B2 vai aumentar o transporte de cálcio para fora da célula 
Michelle MEDTXIV ! de !101 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• Ele ainda tem uma leve ação anti-inflamatória: ativação do B2 diminui a ativação dos 
mastócitos diminuindo a liberação de grânulos, controlando os broncoconstritores. 
Além de aumentar a liberação do muco 
• São divididos em broncodilatadores de ação curta e ação longa 
- Ação curta: Salbutamol, fenoterol, terbutalina 
- Ação longa: Formoterol, salmeterol, vilanterol 
• Paciente que usa broncodilatador de longa ação, já está usando anti-inflamatório 
porque já tem asma mais moderada → começa a sentir menos crises e para de usar o 
glicocorticoide (principal anti-inflamatório utilizado) por conta própria 
- Isso é muito perigoso pois se o paciente usar apenas broncodilatador vamos 
controlar a broncoconstrição mas, a inflamação não vai ser controlada, ela vai “se 
acumulando”, e quando a crise vier pode ser fatal 
- A Anvisa não recomenda a utilização de broncodilatador de longa ação sem a 
associação de glicocorticoide porque aumenta o risco de morte, então é muito 
comum encontrar nas formulações dos fármacos um broncodilatador de longa 
ação um glicocorticoide junto 
• EFEITOS ADVERSOS: riscos de efeito adversos são baixos 
- Tremores → porque também temos beta-2 no músculo esquelético 
- Taquicardia → porque temos beta-2 no coração. 
- Cãibras → porque pode levar à diminuição dos níveis de potássio 
- Hiperglicemia → porque a ativação de beta-2 hepático vai liberar glicose 
• uando o paciente não pode usar agonista beta- 2 (ex: tem problema cardíaco muito 
sério); ou quando a asma do paciente está mais grave 
ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES MUSCARINICOS: 
• A atropina é antagonista muscarínico que não é utilizada para o tratamento da asma 
porque é muito absorvida → causa mais efeitos adversos 
• Temos os derivados da atropina que são o brometo de ipratrópio e tiotrópio → 
administrados por via inalatória, principalmente 
• MECANISMO DE AÇÃO: 
- Vão bloquear os receptores M3, pois eles vão se ligar e vão manter a conformação 
inativa dos receptores, de tal maneira que a ACh não vai conseguir se ligar 
- Se ele fica inativo → a proteína Gq não vai ser ativa → não vai aumentar cálcio e 
não vai estimular contração, então ajuda a broncorelaxar 
Michelle MEDTXIV ! de !102 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- M3 estimula a secreção de glândulas, e se eu estou inativando o parassimpático → 
reduz a secreção de muco, o que é bom no caso da asma 
 
• EFEITOS ADVERSOS: 
- Brometo de ipratrópio: tem menor absorção que atropina, mas ainda pode causar 
boca seca, desconforto grastrintestinal e glaucoma se atingir os olhos 
- Brometo de Tiotrópio: longa duração (5-6 dias) → dissociação lenta dos receptores - 
Poucos efeitos adversos: boca seca, desconforto gastrintestinal, cefaleia, náuseas 
Michelle MEDTXIV ! de !103 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
METILXANTINAS: 
• São um outro tipo de broncodilatadores 
• As metilxantinas são derivadas do café e de outras plantas, pois o café também é uma 
metilxantina; os principais exemplos são teofilina e aminofilina 
• A diferença entre as duas é que a aminofilina é mais hidrossolúvel e está na forma de 
sal 
• MECANISMO DE AÇÃO: 
- Dentro das células, temos enzimas chamadas fosfodiesterases, subdividida em 
vários tipos, sendo que as que predominam no pulmão são as fosfodiesterases III, IV e 
V → degradam AMPc → elas causam broncoconstrição
- As metilxantinas inibem as fosfodiesterases, impedindo que o AMPc seja degrado e 
permitindo que ele continue ativando a PKA e broncodilatando 
- Com esse aumento do AMPc, por conta da sua menor degradação pela 
fosfodiesterase que foi inibida pela metilxantina, a gente vai ter inativação da 
miosina quinase, hiperpolarização das células pois o AMPc abre canais de K+, 
redução de Ca2+ 
- As metilxantinas são antagonistas dos receptores de adenosina, que nos brônquios 
causam broncoconstrição, e se as metilxantinas antagonizam, causam 
broncodilatação → porém, o principal mecanismo é inibição da fosfodiesterase 
- As metilxantinas tem uma ação anti-inflamatória relativamente boa, mas não 
substituem a necessidade de anti-inflamatórios 
- Ela é utilizada por via inalatória mas também pode ser utilizada pela via oral (no 
caso da teofilina, que tem um comprimido de liberação controlada, que vai sendo 
liberado durante 24h); 
- A aminofilina, como é mais hidrossolúvel, é preferível que seja administrada por via 
intravenosa 
• EFEITOS ADVERSOS: as metilxantinas não são muito utilizadas (nem estão no Manual da 
Sociedade Brasileira de Pnemuologia para o tratamento da asma) pois podem causar 
um efeito adverso muito grave 
- A dose terapêutica das metilxantinas é entre 5 e 15mg/L; um pouquinho acima de 
15mg, podem causar desconforto gastrointestinal, cefaleia, insônia, náusea 
- Em doses um pouquinho maiores, elas já podem ativar o sistema cardíaco e 
provocar taquicardia, arritmia, convulsão e hipotensão 
Michelle MEDTXIV ! de !104 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- O perigo é que a dose terapêutica é próxima da dose tóxica que causa efeito 
adverso, por isso que se deve ter cuidado 
ANTI-INFLAMATORIOS: 
GLICOCORTICOIDES: 
• Primeira linha de anti-inflamatórios usados são glicocorticoides, porque eles são mais 
fáceis, tem vários mecanismos anti-inflamatórios 
• Os anti-inflamatórios são utilizados para prevenir crises, pois vão atuar a longo prazo, 
então não vão aliviar a broncodilatação durante a crise do paciente → diminuem a 
produção de mediadores bronco constritores, como histamina, prostaglandina etc 
• A produção de glicocorticoide inalado foi uma grande revolução, porque causam 
uma menor concentração na corrente sanguínea, menor absorção sistêmica e risco 
menor de efeitos adversos → em casos mais graves, além de inalado, o paciente vai 
ter que usar via oral 
• É muito comum usar o glicocorticoide junto com o agonista Beta-2 de longa duração, 
para evitar crises mais fortes, pois um auxilia o outro → vão entrar na célula, se ligar no 
seu receptor, ir para o núcleo e ativar aexpressão gênica de receptores B-2 no pulmão 
• Os Beta-2 de longa ação ajudam na função dos glicocorticoides → facilitam o 
transporte do glicocorticoide para o núcleo, e sua interação com o DNA → diminuem 
a expressão da COX 2, e inibe a fosfolipase A2 que produz os prostanoides e os 
leucotrinos 
• Diminuem a expressão de várias Interleucinas (IL-4, IL-5 e IL-13) que estão muito 
envolvidas na inflamação da asma 
• São imunossupressores então diminuem os números de eosinófilos e linfócitos 
• Vai diminuir toda a inflamação e prevenir os sinais e sintomas da asma 
• Os principais glicocorticoides utilizados na asma são os administrados pela via 
inalatória: 
- Diproprionato de beclometasona e ciclesonida 
- Proprionato de fluticasona e a Budesonida 
• EFEITOS ADVERSOS: 
- Via inalatoria: Infecção oportunista (pois os glicocorticoides são imunossupressores) 
- Via oral: aumenta o risco de alteração no sistema ósseo, risco de fraturas, 
osteoporose; risco de diabetes pois aumenta a glicemia; risco de pressão alta, 
obesidade, edema, cicatrização etc 
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2º ano Farmacologia
Insulinas e hipoglicemiantes:
INTRODUÇÃO: 
• PANCREAS: importante no controle da glicemia, é formado por tecido endócrino e 
exócrino (maior parte). 
- Tecido exócrino: produz e libera enzimas para o intestino que ajudam na digestão 
(lipase, amilase e tripsina). Também produz e libera bicarbonato para neutralizar o 
pH ácido, neutralizando o intestino. 
- Tecido endócrino: formado pelas Ilhotas de Langerhans. 
* Células αlfa: liberam glucagon - no jejum manda glicose no sangue, para suprir as 
necessidades energéticas 
* Células β: insulina e amilina - insulina ajuda a diminuir a glicemia, células internalizam 
a glicose, a amilina ajuda a diminuir a motilidade, sentindo saciedade mais rápido. 
* Células δ: somatostatina e gastrina - gastrina aumenta a secreção do HCl. A 
Somatostatina ajuda no glucagon. 
* Células ε: liberam grelina - aumenta o apetite. 
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