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FARMACOLOGIA 2

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2º ano Farmacologia
Michelle MEDTXIV ! de !1 107 2º BIMESTRE
F"macologia
2º BIMESTRE
Digite para introduzir texto
2º ano Farmacologia
AULA 1 5 
Farmacologia do SNA Simpático 5 
INTRODUÇÃO 5 
VIA NERVOSA AUTONÔMICA SIMPÁTICA - NEURONIOS EFERENTES: 5 
SINTESE, ARMAZENAMENTO E LIBERAÇÃO DE CATECOLAMINAS: 9 
RECEPTORES ADRENERGICOS: 14 
RECEPTORES ALFA 1 (Gq): 16 
RECEPTORES ALFA 2 (Gi/G0) 18 
RECEPTORES BETA 1,2,3 (Gs): 20 
CASO CLINICO 1: 22 
FÁRMACOS SIMPATICOMIMÉTICOS: 23 
AGONISTAS ADRENERGICOS DE AÇÃO DIRETA NÃO SELETIVOS: 24 
AULA 2 26 
Farmacologia do SNA Simpático II 26 
FARMACOS SIMPATOMIMÉTICOS: 26 
AGONISTAS ADRENERGICOS DE AÇÃO DIRETA SELETIVOS: 26 
SIMPATOMIMÉTICOS DE AÇÃO INDIRETA: 31 
SIMPATOMIMÉTICOS DE AÇÃO MISTA: 34 
FÁRMACOS SIMPATOLÍTICOS: 34 
ANTAGONISTAS ALFA ADRENERGICOS: 35 
ANTAGONISTAS BETA ADRENERGICOS: 39 
AULA 3 45 
Anti-inflamatórios não esterioidais I 45 
INTRODUÇÃO: 45 
RESPOSTA INFLAMATÓRIA: 46 
MEDIADORES DA INFLAMAÇÃO: 50 
PRODUÇÃO DE EICOSANOIDES (GERAL): 51 
PRODUÇÃO DE EICOSANOIDES VIA CICLO-OXIGENASE: 52 
FUNÇÕES DOS MEDIADORES EICOSANOIDES: 55 
PRODUÇÃO DE EICOSANOIDES VIA LIPO-OXIGENASE: 56 
REAÇÕES DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA: 58 
FISIOPATOLOGIA DA FEBRE: 58 
FISIOPATOLOGIA DA DOR: 59 
AINEs GENERALIDADES: 60 
MECANISMO DE AÇÃO AINEs: 60 
USO TERAPEUTICO: 61 
AINEs NÃO SELETIVOS & SELETIVOS: 61 
AINES NÃO SELETIVOS: 64 
Michelle MEDTXIV ! de !2 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
IRREVERSIVEIS 64 
AULA 4 67 
Anti-inflamatórios não esterioidais II 67 
AINES NÃO SELETIVOS: 67 
REVERSIVEIS: 67 
AINES SELETIVOS: 73 
MODERADAMENTE SELETIVOS: 73 
SELETIVOS: 74 
Anti-inflamatórios esteroides - glicocorticoides I 76 
INTRODUÇÃO: 76 
PRODUÇÃO: 76 
AÇÕES FISIOLOGICAS DOS GLICOCORTICOIDES: 79 
AULA 5 81 
Anti-inflamatórios esterioidais - glicocorticoides II 81 
EFEITOS FARMACOLÓGICOS: 81 
FARMACOCINÉTICA: 83 
FÁRMACOS GLICOCORTICOIDES: 83 
CLASSIFICAÇÃO: 83 
INDICAÇÕES CLINICAS: 83 
EFEITOS ADVERSOS: 84 
INTERRUPÇÃO DO TRATAMENTO: 85 
SOBRE O PACIENTE: 85 
Anti-histamínicos I: 85 
INTRODUÇÃO: 85 
SINTESE: 86 
ARMAZENAMENTO: 86 
AÇÕES: 86 
RECEPTORES: 87 
AULA 6 89 
Anti-histamínicos II: 89 
REAÇÃO ALERGICA: 89 
ANTI-HISTAMINICOS: 90 
ANTI-HISTAMINICOS H1: 90 
GLICOCORTICOIDES: 93 
TRATAMENTO DO CHOQUE ANAFILATICO: 93 
ANTI-HISTAMINICOS H2: 94 
Terapia farmacologica da asma: 96 
Michelle MEDTXIV ! de !3 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
INTRODUÇÃO: 96 
RESPOSTA INFLAMATORIA: 97 
CLASSIFICAÇÃO CONFORME CONTROLE DA ASMA: 99 
TRATAMENTO FARMACOLOGICO DA ASMA: 100 
AULA 7 101 
Anti-asmáticos: 101 
BRONCODILATADORES: 101 
AGONISTAS BETA 2 ADRENERGICOS: 101 
ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES MUSCARINICOS: 102 
METILXANTINAS: 104 
ANTI-INFLAMATORIOS: 105 
GLICOCORTICOIDES: 105 
Insulinas e hipoglicemiantes: 106 
INTRODUÇÃO: 106
Michelle MEDTXIV ! de !4 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
AULA 1 
F"macologia do SNA Simpático
INTRODUÇÃO 
• O sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático se mantém em equilíbrio; 
- Parassimpático atua em situações de repouso e digestão 
- O simpático vai estar mais atuante em situações de estresse, luta ou fuga 
EX: quando vimos um leão, quando um bandido entra na nossa casa 
• O que acontece no nosso corpo nessas situações de luta ou fuga? Ficamos pálidos, as 
mãos ficam frias, começamos a tremer, coração dispara (taquicardia). Isso é o seu 
corpo te preparando para que você lute ou você fuja. 
- A glicemia aumenta porque você precisa de mais energia para poder lutar ou fugir 
- Precisa de uma maior freqüência cardíaca e uma maior freqüência respiratória para 
que você inale mais oxigênio e espalhe mais rapidamente toda essa glicemia e esse 
oxigênio para os tecidos 
- Tudo isso para que você realize mais a glicose no músculo esquelético para que 
você consiga correr, fugir, lutar, etc. 
• O simpático também vai estar atuante quando a gente fica muito ansioso, com muito 
medo (ex: para prova de fármaco) e vai desencadear a liberação da nora e da 
adrenalina ativando o simpático 
- Quando a gente esta com frio, a gente treme - o simpático esta ativado 
- Quando fazemos exercício fisico, precisamos de mais glicose e oxigênio - simpático 
é ativado 
VIA NERVOSA AUTONÔMICA SIMPÁTICA - NEURONIOS EFERENTES: 
• Via eferente é a que leva informações do SNC para periferia é aqui que os fármacos 
vão atuar 
• Os nervos eferentes simpáticos vão ter origem na região torácica e lombar da medula 
espinal, diferente da via parassimpática que era chamada de craniossacral (fibras 
eferentes se originavam do tronco encefálico ou da porção sacral da medula) 
• A origem da via simpática é desde o primeiro segmento torácico da medula espinal 
ate o segundo ou terceiro segmento lombar da medula espinal - torocolombar 
• FIBRAS: essa via é constituida por duas fibras: uma pre e uma pós ganglionar 
Michelle MEDTXIV ! de !5 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- A fibra pre ganglionar vai se comunicar entre o SNC e a fibra pos 
- A fibra pos vai comunicar a fibra pre ganglionar e o os órgãos efetores 
- A fibra pre ganglionar é mais curta na via simpática; a fibra pos ganglionar é bem 
maior 
- Assim que a fibra pre-ganglionar é ativada, ela vai produzir, armazenar e liberar a 
acetilcolina (colinérgica) 
- A fibra pos ganglionar da via simpática vai produzir, armazenar e liberar 
noradrenalina (adrenérgica) 
• RECEPTORES: existem receptores tanto nos gânglios quanto nos órgãos efetores; os 
receptores ganglionares vão estar nos corpos celular da fibra pôs ganglionar 
- A via pos ganglionar da via simpática é adrenergica mas no seu corpo celular vai 
apresentar receptores colinérgicos nicotinicos 
- Esses gânglios dessa via estão localizados principalmente ao lado da coluna 
vertebral (paraventrebral; 22 pares - lado direito e esquerdo); espalhados na região 
torácica e abdominal (pre-vertebrais); e na região sacral e próximo ao pescoço 
(mais raros; terminais) 
- Esses receptores colinergicos nicotinicos sao ionotropicos - canais ionicos; quando a 
fibra pre libera acetilcolina 
- Quando 2 moléculas de Ach se ligarem nesses receptores eles vão se abrir 
permitindo passagem do sódio que vai entrar e causar mudança na voltagem 
Michelle MEDTXIV ! de !6 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
intracelular; essa mudança se alcançar o limiar de ação vai abrir canais de sódio 
voltagem dependente e ai vamos ter potencial de ação 
- Os receptores adrenergicos sao metabotropicos e estado ligados cada um a uma 
proteína G diferente 
• Quando essa fibra pós ganglionar simpática é ativada, existem as vesículas de 
noradrenalina na sua porção terminal que vai ser liberada por exocitose e vai se ligar 
nos receptores dos órgãos receptores (receptores adrenergicos alfa e beta) 
• EXCEÇÕES: são duas exceções na via simpática 
- Nem sempre vai ter a produção da noradrenalina (noraepinefrina); na via simpática 
podemos produzir também e a adrenalina (epinefrina) 
- Primeira exceção: a adrenalina é produzida principalmente na medula da glândula 
suprarrenal; 
* Quando precisamos produzir a adrenalina a gente precisa agir muito rápido - luta 
ou fuga - então, algumas fibras pre ganglionares simpáticas vao deixar a medula e 
vão inervar a medula da glândula suprarrenal 
* La será produzido principalmente adrenalina e um pouquinho da noradrenalina e 
esses neurotransmissores vão cair diretamente na corrente sanguinea; nessa 
situação 
* A fibra pôs ganglionar na verdade é uma celula neuroendrocrina (cromafins) que 
estão na medula da suprarrenal 
- Segunda exceção: nós temos vias eferentes simpáticas que inervam glândulas 
sudoríparas que produzem e secretam suor; a via simpática eferente que inerva 
Michelle MEDTXIV ! de !7 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
glândulas sudoríparas tem sua fibra a pós ganglionar produzindo acetilcolina assim 
como a fibra pre ganglionar• AÇÕES DA VIA SIMPÁTICA: 
- Respostas contrarias da via parasimpática 
- Dilata pupila - midríase 
- Músculos lisos - relaxa 
- Sistema cardíaco - ativa (aumenta freqüência cardíaca) 
- Exerce efeitos metabólicos principalmente no fígado e no pâncreas 
Michelle MEDTXIV ! de !8 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Promove maior disponibilização da 
glicose (ex: inibindo a produção do 
glicogênio) 
- Exceção: órgãos reprodutores; a via 
parassimpatica causa ereção e a 
simpática ejaculação (se 
complementam) 
SINTESE, ARMAZENAMENTO E LIBERAÇÃO DE CATECOLAMINAS: 
• Neurotransmissores atuantes na via simpática são as catecolaminas; apresentam esse 
nome porque catecol é um anel aromático ligado a dois grupamentos hidroxilas e tem 
a amina (catecol + amina) 
Michelle MEDTXIV ! de !9 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• PRODUÇÃO: sao produzidas a partir de 
aminoácidos, nesse caso a partir da tirosina 
que é um aminoácido que nos produzimos mas 
é necessária a fenilalanina que é um 
aminoácido essencial (não produzimos) 
- Fenilalanina usada para produzir a tirosina 
depois serão três reações importantes: 
1º: hidroxilação da tirosina para formar a 
dopa e quem catalisa essa reação é a 
tirosina hidroxila 
2º: a dopa será transformada em 
dopamina e quem catalisa essa reação é a dopadescarboxilase (aminoacido - 
aromático descarboxilase); essa enzima vai ser usada para descaboxilar a dopa e 
outros substratos para produzir outros neurotransmissores (multiuso) 
3º: a dopamina vai ser transformada em noradrenalina por meio da adição de 
uma hidroxila no carbono do lado da amina e essa reação é catalisada pela 
dopaminahidroxilase 
TIROSINA -> DOPA -> DOPAMINA -> NORADRENALINA 
- Essas reações acontecem principalmente na fibra adrenergica que é pôs ganglionar 
da via simpática 
- Tirosina foi produzida e chegou no neurônio ai vai ser transformada em dopa que vai 
ser transformada em dopamina que vai para dentro da vesícula; 
- Assim que a dopamina for produzida ela vai para dentro da vesícula porque a 
enzima dopaminahidroxilase esta dentro dessas vesículas; a noradrenalina vai ser 
produzida so dentro da vesícula 
- Essa condição é importante porque no citoplasma tem enzimas que metabolizam a 
noradrenalina e se ela for formada no citoplasma ela poderia ser prontamente 
metabolizada pelas MAO’s; é um mecanismo para poupar energia e previnir que 
seja degradada 
• ARMAZENAMENTO: A dopamina vai ser transportada para dentro da vesícula por meio 
de transportador ( transportador vesicular de monoaminas), funciona em duas etapas: 
- Existem uma bomba que vai bombear prótons H+ dentro da vesícula gastando um 
ATP 
Michelle MEDTXIV ! de !10 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Na sequencia quando a dopamina for sendo produzida, existe um cotransportador ( 
transportador vesicular de monoaminas) que vai mandar um próton pra fora e uma 
dopamina para dentro 
- O transporte do H+ é a favor do gradiente de concentração; 
- A noradrenalina que foi metabolizada vai ficar guardada na vesícula ate quando a 
fibra pôs ganglionar for estimulada pela pre ganglionar; 
• LIBERAÇÃO: quando tiver o potencial de ação, vai mudar a voltagem do neurônio e 
quando isso acontece, na porção terminal da fibra adrenergica vão se abrir canais de 
cálcio voltagem dependentes; 
- O cálcio entrando no neurônio vai facilitar a interação de proteínas da membrana 
vesicular com a membrana do neurônio e essas membranas vão se fundir e a 
noradrenalina vai ser liberada por exocitose 
• DESTINOS DA NORADRENALINA: vai chegar nos receptores pôs sinápticos adrenergicos 
alfa ou beta e ai ela pode seguir alguns caminhos, o principal deles é ser recatada 
pela própria fibra adrenergica 
- Existem fármacos que atuam nesse transporte de volta da noradrenalina 
- 70% a 90% na noradrenalina liberada vai ser recaptada pelo transportador de 
noradrenalina que esta na membrana plasmática do neurônio adrenérgico; 
- Transportador de noradrenalina: é um cotransportador; ele vai transportar no mesmo 
sentido o sódio e a noradrenalina que acabou de ser utilizada e tesa sobrando na 
fenda; o sódio que esta mais concentrado fora vai impulsionar a noradrenalina para 
dentro 
* essa nora não pode ficar dentro do citoplasma pois existem enzimas que podem 
metaboliza-la 
* É necessario guardar novamente dentro da vesícula; o transportador vesicular de 
monoamina será utilizado no processo; 
* É um mecanismo vantajoso pro corpo para não precisar ficar produzindo novamente 
a noradrenalina 
- Ainda existem 2 possibilidades para essa noradrenalina: uma delas é a possibilidade 
de ser recaptada porem ficara no citoplasma que possui enzimas que vao 
metaboliza-la 
* tem dois principais tipos de enzimas que vao degradar esse nerotransmissor: 
monoaminoxidases (MAO) ou as CONT (catecolometiltransferase) 
Michelle MEDTXIV ! de !11 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
* As MAO’s possuem 2 isoformas que são parecidas porem com ações um pouco 
diferentes: 
MAO - A: degrada NE, dopamina, seratonina 
MAO - B: degrada NE, dopamina e seratonina mas tem preferencia pra 
dopamina; degrada mais rapidamente a dopamina 
* Essas enzimas vão ficar na membrana mitocondrial que estão nos neurônios 
adrenergicos; 
* elas também serão expressas no epitélio intestinal no fígado e a sua principal 
expressão é no SN 
* As CONT praticamente não são produzidas no SN, são produzidas principalmente no 
fígado e nos rins; vão metabolizar as catecolaminas 
- Um terceiro caminho para essa noradrenalina é ela se difundir pelo sangue; ela 
acaba não sendo recaptada, se difunde e nos outros tecidos elas serão metalizadas 
pelas CONT e seu metabólitos serão eliminados na urina 
• PRODUÇÃO E SECREÇÃO DE ADRENALINA: 
- Na medula da suprarrenal a gente encontra células cromais que sao células 
neuroendocrinas que sao ativadas por um neuronio e vao ter a função de secretar, 
nesse caso aqui um hormônio que vai cair direto na corrente sangüínea 
- O SNC foi ativado e ativou as fibras pre ganglionares da via eferente simpatica; 
algumas dessas fibras pre ganglionares vao inervar a medula da suprarrenal e 
quando essas fibras sao ativadas vai ser produzida acetilcolina 
- A acetilcolina vai ser liberada na medula da suprarrenal, as células cromafins vao ter 
receptores colinergicos nicotinicos; a acetilcolina vai se conectar nesses receptores 
e vai abrir canais (receptor ionotropico) e sódio vai entrar nessas células cromafins 
- O sodio vai causar abertura de canais de sódio voltagem - dependente e 
despolarizar a celula cromafins; essas células ativadas vão liberar seus grânulos que 
contem noradrenalina mas principalmente adrenalina 
- Dos neurotransmissores encontrados na suprarrenal 80% corresponde a adrenalina e 
mais ou menos 20% é a noradrenalina 
- Essas catecolaminas vao sair da medula da suprarrenal e vao cair direto na corrente 
sangüínea e isso faz com elas ajam de uma forma muito rápida porque pela 
corrente sangüínea elas vao ser distribuídas para todo nosso corpo 
Michelle MEDTXIV ! de !12 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- A adrenalina vai ser mais potente que 
a noradrenalina em todos os 
receptores adrenergicos; ela precisa 
d uma concentração menor para ter 
mesmo resultado da noradrenalina 
- Quando nos deparamos com uma 
situação de perigo precisamos ter 
uma resposta rápida; 
- A produção da adrenalina é igual a 
da noradrenalina ate a ultima etapa 
(que forma a noradrenalina); na medula d aglandula suprarrenal nos produzimos 
uma enzima chamada feniletanolamina-N-metiltransferase, essa enzima vai metilar a 
noradrenalina 
 NORADRENALINA -> ADRENALINA 
- A produção da adrenalina ocorre na medula 
da suprarrenal porque é la que produzimos a 
enzima responsável pela transformação de 
noradrenalina em adrenalina 
- A produção da adrenalina, ate a etapa de 
noradrenalina, vai estar acontecendo dentro 
da celula cromafim, nos grânulos 
- Assim que a noradrenalina for produzidaela 
sai desses grânulos porque a enzima 
(feniletanolamina - N - metiltransferase) está 
no citoplasma; 
- A noradrenalina vira adrenalina e volta para 
dentro dos grânulos ate que a fibra pre 
ganglionar seja estimulada, ocorra potencial 
de ação e os grânulos sejam liberados na corrente sangüínea 
• MEDO E ANSIEDADE: certas regiões especificas do SNC serão estimuladas; essas regiões 
vao estimular o eixo HIPOTALAMO - HIPOFISE - CORTEX - SUPRARRENAL 
- O hipotálamo vai secretar corticotrofina e vai estimular a neurohipofise que vai 
estimular o hormônio adrenocorticotrofico 
- Esse hormônio vai ser liberado pela adenohipofise, vai cair na corrente sangüínea e 
chegar no cortex da suprarrenal induzindo a produção de cortisol 
Michelle MEDTXIV ! de !13 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- O cortisol vai ser liberado na corrente sangüínea e exercer vários efeitos (ex: 
aumentar a glicemia) mas na glândula nos temos vasos chamado 
portaintrasuprarrenais que vao comunicar o cortex com a medula da suprarrena, 
então um pouco desse cortisol vai para medula do suprarrenal 
- Ele vai aumentar a expressão da tirosinahidroxilase, da feniletanolamina - N - 
metiltransferado; vai aumentar a produção das catecolaminas -> ativa mais ainda o 
simpático 
RECEPTORES ADRENERGICOS: 
• Esses receptores sao expressos nos órgãos efetores e vao ser responsivos as 
catecolaminas liberadas pela va simpática (noradrenalina e adrenalina) 
• Sao divididos em alfa e beta; o alfa será subdividido em alfa 1 e alfa 2; o receptor beta 
será subdividido em beta 1, beta 2 e beta 3 
• Todos esses receptores sao acoplados a proteína G (metabotrópicos) so que vao ter 
uma expressão diferente em cada parte do corpo 
• RECEPTOR ALFA 
- Alfa 1: expresso principalmente nos músculos lisos dos vasos sanguineos, nos olhos, no 
sistema urinário (ex: esfincters) 
- Alfa 2: expresso no pancreas, na porção pre-sinaptica, nos vasos sangüíneos (menor 
quantidade que alfa 1) 
• RECEPTOR BETA: 
- Beta 1: expresso principalmente no coração e nos rins 
- Beta 2: expresso principalmente em musculos lisos, bronquios, musculo detrusor da 
bexiga, utero, fígado, etc 
- Beta 3: expresso principalmente no tecido adiposo 
• Tem receptor pré sinóptico que esta na fibra pós-ganglionar; o principal tipo de 
receptor adrenérgico pre-sinaptico é o alfa 2; o 
- Modula secreção da noradrenalina 
Michelle MEDTXIV ! de !14 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• Os receptores adrenergicos sao do tipo metabotropicos, ou seja, ligados a proteína G; 
cada um deles pode estar ligado a proteina G diferente 
- Receptor adrenérgico alfa 1 ligado a proteina Gq 
- Receptor adrenergico alfa 2 ligado a proteina Gi 
- Receptor adrenérgico beta ligado a proteina Gs 
Michelle MEDTXIV ! de !15 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
RECEPTORES ALFA 1 (Gq): 
• Vai estar acoplado a proteina Gq e expresso no musculo liso dos vasos sangüíneos, 
esfíncteres e no músculo dilatador da pupila 
• Quando um agonista (adrenalina ou noradrenalina) se liga nele, ele vai ser ativado e 
vai ativar a proteína Gq 
• Essa proteina Gq ativa vai separar subunidade beta e gama da alfa; a subunidade 
alfa da proteína Gq é a que vai ser ativa e vai fazer a ativação da fosfolipase c 
(enzima que ta na membrana) 
• A fosfolipase C vai metabolizar fosfatidil inositol de fosfato em DAG e IP3 
- DAG: diacilglicerol 
- IP3: inusitol trifosfato 
• O inusitol trifosfato vai abrir canais de calco no retículo sarcoplasmatico; cálcio sai do 
retículo e vai pro citoplasma (aumenta níveis de cálcio no interior da celula) 
• O calcio no citoplasma vai interagir com a calmodulina; cálcio com calmodulina ativa 
miosinaquinase de cadeia leve; essa enzima fosforila e ativa a cadeia leve da miosina 
• Quando a miosina é fosforilada, ela consegue ser ativada e interagir com a actina; 
miosina e actina = contração 
• O diacilflicerol vai manter essa miosina por mais tempo fosforilada e ativa, atuando no 
sentido da atuação 
Michelle MEDTXIV ! de !16 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• RESULTADO DA ATIVAÇÃO: vasoconstrição, aumento da pressão arterial; contração dos 
esfíncteres (inibe a vontade de fazer xixi); dilatação da pupila (contracao do músculo 
dilatador da pupila) 
- Outra ação de alfa 1 é inibir a produção de glicogênio no fígado; em situações de 
luta ou fuga precisamos liberar e não armazenar a glicose 
- Exceção: também temos o alfa 1 expresso em quantidade pequena no músculo liso 
do trato gastrointestinal ( o que predomina é beta 2); la, esse receptor vai provocar 
o relaxamento do músculo liso 
O pouco de calcio que entra pela expressão do alfa 1 no TGI não vai causar 
contração; 
Esse cálcio que entra pela ativação do receptor alfa 1 no músculo liso do TGI vai 
abrir canais de potássio dependentes de cálcio; 
O canal de potássio aberto vai fazer com que o potássio saia da celula e torna-la 
cada vez mais negativa - hiperpolarizada 
• OBS: No vaso sangüíneo ainda há presença de receptores alfa 2 e beta 2; o beta 2 vai 
causar inicialmente relaxamento do vaso só que predomina-se essa ação quando a 
noradrenalina e a adrenalina estão em baixas concentrações 
• AÇÃO DA VIA SIMPATICA NA DILATAÇÃO DA PUPILA: 
Michelle MEDTXIV ! de !17 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Via parassimpática: miose (contração da pupila); vai simpática: midríase (dilatação 
da pupila) 
- No olho temos o músculo constritor da pupila ou esfíncter da íris e temos o músculo 
radial que é o dilatador da pupila; nos temos receptores muscarinicos no musculo 
constritor da pupila (M3 principalmente); a acetilcolina faz a contração desse 
músculo - diminui a pupila - miose 
- Os receptores alfa 1 estão no músculo dilatador da pupila ou radial da iris; esse 
músculo não é concêntrico então se contrai esse músculo a pupila aumenta - 
dilatação - midríase 
RECEPTORES ALFA 2 (Gi/G0) 
• Vai estar acoplado a proteína Gi e proteina G0; é expresso em alguns tecidos, 
principalmente no pâncreas 
• Quando um agonista (noradrenalina ou adrenalina) se liga no receptor vai ativar o 
receptor e a proteina G inibitoria; 
• A proteina G inibitoria ativa vai separar a subunidade alfa da beta e gama; a 
subunidade alfa será a ativa e vai inibir a adenililciclase; essa enzima normalmente 
produzir AMPc que ativa a proteína quinas A; 
• Essa proteina Gi acoplada ao receptor alfa 2 vai inibir a adenililciclase, diminuindo a 
produção de AMPc, diminuindo a ativação da PKA 
• A PKA é a proteina quinase A e normalmente abre canais de calcio e aumenta calcio; 
como esta inibida haverá diminuição da concentração de cálcio 
• Receptor adrenérgico alfa2 também esta acoplado a proteina G0; a subunidade beta 
e gama d proteína G0 vai abrir canais de potássio na membrana da celula; potássio 
vai sair da celula (ion positivo) que vai ficar hiperpolarizada 
• NO PÂNCREAS: na celula beta pancreática vai ter produção e armazenamento da 
insulina; quando sobe o nível de glicose, a insulina será liberada pela celula beta 
pancreática 
- Para que a insulina seja liberada é precisa sair das vesículas e sair da celula beta 
pancreática; 
- O cálcio irá auxiliar essa liberação das vesículas com insulina, vai ser importante 
para que a membrana das vesículas se fundam com a membrana da celula beta 
pancreática e a partir disso sejam liberadas na corrente sangüínea 
- O alfa 2 vai diminuir calcio e com isso vai ter diminuição da secreção da insulina 
Michelle MEDTXIV ! de !18 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- O simpatico tem essa ação para que haja diminuição da captação de glicose por 
tecidos desnecessários em situações de luta ou fuga 
- Ainda vai ter insulina suficiente para que tecidos e órgãos sejam capazes de captar 
a glicose - SNC, coração, músculo esquelético 
- Essa diminuição da insulina vai ocorrer para que haja um redirecionamento da 
glicose para os órgãos de maior importância na situação 
• Esses receptores ainda estarão 
presentes na membranado neurônio pre ganglionar; a noradrenalina e adrenalina 
podem interagir com esses receptores e como eles estão acoplados a proteína Gi e G0 
vai diminuir a liberação da noradrenalina - Feedback negativo 
- É mais difícil, então, ativar essa fibra; serve como modulação fibra adrenergica pôs 
ganglionar 
Michelle MEDTXIV ! de !19 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
RECEPTORES BETA 1,2,3 (Gs): 
• Os tres tipos estar ligado a proteína Gs (estimulatoria) 
• O receptor sera ativado por um agonista (noradrenalina ou adrenalina); quando é 
ativado irá ativar a proteína Gs 
• A subunidade beta gama e alfa dessa proteina vao se separar; a subunidade alfa é a 
parte ativa da proteína Gs e vai ativar a enzima adenililciclase 
• Essa enzima vai produzir AMPc que vai ativar PKA (proteina quinase A); essa proteína 
vai ter sua ação dependente do tecido no qual estamos falando 
• BETA 1: expresso principalmente no coração; está expresso nos rins também 
NO CORAÇÃO: 
- A PKA, no tecido cardiaco, vai abrir canais de cálcio; o cálcio entra e interage com 
a calmodulina ativando miosina quinase de cadeia leve -> ativa miosina -> miosina 
e actina -> contração 
- As nossas principais células marca-passos sao as que estão no nó sinoatrial; elas vão 
gerar potencial de ação de maneira independente; nesse potencial de ação o 
cálcio é extremamente importante, quanto maior quantidade de cálcio maior é a 
freqüência cardíaca -efeito cronotropico positivo 
NOS RINS: 
- Esse receptor, nos rins, quando ativado vai induzir a secreção da renina 
- Eixo renina angiotensina aldosterona; a renina ajuda na conversão da angiotensina 
1 em angiotensina 2 
Michelle MEDTXIV ! de !20 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- A angiotensina 2 vai aumentar produção da aldosterona (vasoconstritora), aumenta 
reabsorção de sódio, varias ações que vão elevar a pressão arterial 
OBS: alfa 1 e beta 1 vão estimular o sistema cardiovascular; 
• BETA 2: expressos em músculos lisos (bexiga, TGI, brônquios, útero, etc) e nos 
hepatocitos 
- A ação da PKA no músculo liso é diferente do que no coração; a PKA vai inativar a 
miosinaquinase de cadeia leve 
- A mioquinase de cadeia leve normalmente (ativa) fosforila e ativa a miosina que vai 
interagir com a actina e gerar contração 
- No músculo liso, quando beta 2 é ativo e a PKA for produzida, ela ira inativar essa 
proteína miosinaquinase de cadeia leve e consequentemente a miosina não vai ser 
ativada e nem interagir com a actina, ou seja, relaxamento da musculatura 
- Resultados: broncodilatação, relaxamento do utero, relaxamento do músculo 
detrusor da bexiga, diminui motilidade do TGI 
- Beta 2 também esta no músculo esquelético e aqui vai causar contração. A PKA no 
músculo esquelético abre canais de cálcio ai causa tremor (ex; broncodilatador que 
possui efeito adverso tremores) 
Michelle MEDTXIV ! de !21 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Nos hepatócitos o beta 2 vai estimular glicogenólise. A PKA no hepatócito vai 
promover a quebra do glicogenio para liberar a glicose no sangue e aumentar o 
aporte energético numa situação de luta ou fuga, estresse, exercício físico 
CASO CLINICO 1: 
Paciente 1: hipertenso; 
Paciente 2: asmático; 
Paciente 3: sofreu intoxicação do tipo micetismo. 
Após analisar os casos dos 3 pacientes, ASSINALE a alternativa que apresenta as opções 
CORRETAS de fármacos que poderiam ser administrados para cada um dos pacientes. 
a) Paciente 1: agonista dos receptores adrenérgicos alfa 1; Paciente 2: antagonista 
dos receptores adrenérgicos beta 2; Paciente 3: agonista dos receptores 
adrenérgicos. 
b) Paciente 1: antagonista dos receptores adrenérgicos alfa 1; Paciente 2: agonista 
Michelle MEDTXIV ! de !22 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
dos receptores adrenérgicos beta 2; Paciente 3: antagonista dos receptores 
adrenérgicos. 
c) Paciente 1: agonista dos receptores adrenérgicos alfa 1; Paciente 2: agonista dos 
receptores adrenérgicos beta 2; Paciente 3: agonista dos receptores colinérgicos. 
d) Paciente 1: antagonista dos receptores adrenérgicos alfa 1; Paciente 2: agonista 
dos receptores adrenérgicos beta 2; Paciente 3: agonista dos receptores 
colinérgicos. 
e) Paciente 1: antagonista dos receptores adrenérgicos alfa 1; Paciente 2: agonista 
dos receptores adrenérgicos beta 2; Paciente 3: agonista dos receptores 
adrenérgicos. 
EXPLICAÇÃO: o primeiro paciente é hipertenso então preciso inibir a via simpática, se 
utilizar um agonista alfa1 no Paciente 1 a pressão dele vai aumentar; o Paciente 2 é 
asmático e no processo da asma tem uma vasoconstrição intensa e ai preciso ativar a 
via simpática; o ultimo paciente esta com mimetismo, nesse caso sua via parassimpática 
está muito ativada e preciso administrar um fármaco que inibe a via parassimpático 
FÁRMACOS SIMPATICOMIMÉTICOS: 
• São fármacos que vao ativar a via simpática de diferentes formas: direta, indireta ou 
mista 
Michelle MEDTXIV ! de !23 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Ação direta: vão se ligar em algum receptor adrenérgico alfa ou beta; podem 
ainda ser divididos em seletivos (se ligam com uma maior preferencia a algum tipo 
de receptor) e não seletivos (se ligam em dois ou mais tipos de receptor adrenérgico 
sem nenhuma preferencia) 
SELETIVIDADE DIFERENTE DE ESPECIFICIDADE 
- Ação indireta: eles não vao necessariamente se ligar e ativar um receptor 
adrenérgico mas eles vão aumentar os níveis de catecolaminas de diferentes formas 
inibindo enzimas que degradam as catecolaminas (MAO e CONT) ou por outros 
mecanismos complexos; podem ser fármacos, substâncias ilícitas ou podem estar 
em alimentos (ex: tiramina) 
OBS: não sera comentado ainda sobre os fármacos que inibem as enzimas degradadas 
de catecolaminas 
- Ação mista: eles vão tanto ativar receptor adrenérgico como aumentar o nível de 
noradrenalina 
AGONISTAS ADRENERGICOS DE AÇÃO DIRETA NÃO SELETIVOS: 
• Mimetizam os efeitos da noradrenalina ligando-se diretamente nos adrenoreceptores; 
- Adrenalina: alfa 1, alfa 2, beta 1, beta 2 
- Noradrenalina: alfa 1, alfa 2, b1 
- Isoproterenol: beta 1 e beta 2 
 1. ADRENALINA: 
• É um neurotransmissor que nós produzimos, então ser um fármaco agonista; a 
adrenalina não é nada seletiva porque ela se liga a receptores alfa (1 e 2) e beta (1 e 
2); 
• No sistema cardiovascular ela vai causar aumento da pressão; se liga ao alfa 1 e vai 
causar vasoconstrição; vai se ligar em beta 1 e pode causar aumento da secreção 
renina que ativa a via do eixo Renina Angiotensia e Aldosterona - aumenta pressão 
• No coração, ao se ligar em receptores beta 1 ela vai causar efeitos cronotropicos e 
inotropicos positivos; ela vai aumentar a força de contração e a freqüência cardíaco 
• Nos músculos lisos, ao se ligar em receptores beta 2, a adrenalina vai causar dilatação 
do útero, diminui as cólicas, broncodilatação, etc. 
• Nos músculos esqueleticos, ao se ligar com beta 2, pode causar tremores; 
• No pancreas, se ligando ao receptor alfa 2, vai diminuir a secreção de insulina 
Michelle MEDTXIV ! de !24 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• No fígado, se ligando ao receptor alfa 1, vai diminuir armazenamento de glicogênio; 
quando se liga ao receptor beta 2, vai aumentar glicogenolise 
• APLICAÇÃO CLINICA: 
- Asma - tratamento de emergência (beta 2): 
Na asma, a adrenalina vai causar broncodilatação (beta 2) mas pode causar 
taquicardia (beta 1), vasoconstrição (alfa 1) ou hiperglicemia (alfa 2). 
Antigamente a adrenalina era usada para tratar asma porem hoje em dia 
possuem fármacos mais seletivos com menos efeitos adversos 
- Choque anafilático (beta 2): tem uma grande liberação de histamina que vai causar 
broncoconstricao, vasodilatação, edema de glote, paciente não vai conseguir 
respirar normalmente; a adrenalina via intramuscular vai causar broncodilação, 
aumenta a pressão evitando sinais e sintomas graves do choque anafilático 
 Esse choque pode ser controlado nos primeiros minutosmas a gente pode ter 
uma liberação nova de histamina e ai não vai ser so com adrenalina, talvez tenha 
que ser passado um corticoide ou anti-histaminico para controlar. 
A adrenalina pode ser usada pelo paciente ou em hospitais mas é necessária a 
explicação de como e quando utilizar esse medicamento em casa. 
- Parada cardiaca (beta 1): é preciso aumentar a freqüência cardíaca (no hospital); 
• OBS: a adrenalina é mais potente do que a noradrenalina; é administrada 
principalmente via intravenosa porque pela via oral será muito metabolizada e quase 
nada chegara na corrente sangüínea. 
- Via intramuscular e subcutânea ate pode ser utilizada porem a adrenalina causa 
vasoconstrição e vai diminuir muito a absorção do fármaco; vai ter menor fluxo 
sanguíneo para que ela seja absorvida então vai ser um processo muito lento (em 
uma parada cardíaca é inviável) 
• EFEITOS ADVERSOS: superlativação do sistema cardiovascular, aumento da pressao, 
taquicardia, arritmia cardíaca, cefaleia, tremores, irritação, hiperglicemia 
principalmente em pacientes diabéticos do tipo II 
• Adrenalina não sera um uso crônico, será pontual; 
2. NORADRENALINA: 
• É um agonista; vai se ligar em todos os receptores adrenergicos 
Michelle MEDTXIV ! de !25 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• Uma diferença marcante da ação da adrenalina e da noradrenalina é que a 
noradrenalina é menos potente e em um certo tipo de receptor essa ação da nora é 
bem menor do que da adrenalina - receptor beta 2 adrenérgico 
• A adrenalina é cerca de 50% vezes mais ativas em receptor beta 2 do que a 
noradrenalina; 
• APLICAÇÃO CLINICA: principal utilização é pra ativar o sistema cardiovascular: 
aumentar a pressão em caso de choque, numa parada cardíaca; 
• EFEITOS ADVERSOS: tremor, taquicardia, arritmia, hiperglicemia 
• É muito metabolizada via oral, causa vascoconstricao subcutânea e intramuscular; 
principal via aplicada é a via intravenosa 
3. ISOPRENALINA/ISOPROTRENOL: 
• É agonista; se liga e ativa tanto receptor beta 1 e beta 1; dos não seletivos é a mais 
seletiva ja que não aja tanto em receptores alfa 
• APLICAÇÃO CLINICA: 
- Antigamente era muito utilizada em doenças respiratórias ja que causava 
broncodilataçãoo porem ela ativa beta 1 também 
- Utilizado em emergencias para aumentar a freqüência cardíaca e pouco utilizada 
na asma 
• EFEITOS ADVERSOS: taquicardia, arritmia, cefaleia, rubor 
AULA 2 
F"macologia do SNA Simpático II
FARMACOS SIMPATOMIMÉTICOS: 
AGONISTAS ADRENERGICOS DE AÇÃO DIRETA SELETIVOS: 
• Mimetizam os efeitos da noradrenalina ligando-se diretamente nos adrenoreceptores: 
- Dobutamina (beta 1) 
- Fenilefrina (alfa 1) 
- Salbutamol/terbutalina (beta 2) 
- Clonidina (alfa 2) 
1. DOBUTAMINA: 
Michelle MEDTXIV ! de !26 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• É um fármaco considerado agonista beta 1 seletivo mas sabe-se que ela não atua 
somente em beta 1; 
- A dobutamina é um farmaco que possui carbono quiral (quatro ligantes diferentes) 
e quando isso acontece ela pode ter varios isomeros 
- Ela possui varios isomeros e dentre eles tem o isomero destrogero e levogero 
- A forma destrogera e levogera são agonistas beta 1; a forma destrogera é também 
antagonista alfa 1 (diminui pressão); so que a forma levogera dessa molécula é 
agonista alfa 1(aumenta pressão) 
- Comercialmente, a dobutamina é vendida como uma mistura racemia (partes 
iguais dos dois isômeros) e o resultado final da sua ação: 
Os dois isômeros sao agonistas beta 1 
Se metade vai ativar agonista alfa 1 e metade vai metade vai inativar alfa 1, o 
efeito sobre alfa 1 vai ser praticamente nulo - por isso é classificada agonista beta 
1 
• RELEMBRANDO: Nos temos receptor beta 1 principalmente sendo expresso nos rins e no 
coração; no coração vai aumentar forca de contração e freqüência cardíaca 
• A dobutamina vai ativar beta 1 causando aumento da freqüência cardíaca e da 
forca de contração (efeito isotrópico positivo) 
• APLICAÇÕES CLINICAS: insuficiencia cardiaca, bradicardia (ex: depois de um infarto), 
- Com a ultilização desse farmaco o coração vai ter mais forca pra bater e 
conseguimos tratar a insuficiência cardíaca 
• EFEITOS ADVERSOS: arritmia cardiaca e o próprio infarto; 
- Arritmia é alguma alteração da freqüência cardíaca e esse fármaco vai atuar 
exatamente ai; possui um efeito brando na FC mas mesmo assim pode causar 
arritmia cardíaca 
- Depois que o paciente tiver um infarto ele pode ter uma estimulação vagal e ter 
essa bradicardia; é possível utilizar a dobutamina para fazer o coração bater 
normalmente; se o paciente tiver um novo infarto a dobutamina vai continuar 
forçando o coração podendo desencadear um infarto 
2. FENILEFRINA E NAFAZOLINA 
• São agonistas alfa 1 seletivos; 
Michelle MEDTXIV ! de !27 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• Esses fármacos, ao ativar os receptores alfa 1 adrenergicos (musculo liso dos vasos 
sangüíneos) vão ativar proteína Gq, aumentar cálcio e gerar contração - 
vasoconstrição → aumenta pressão 
• APLICAÇÃO CLINICA: sua principal utilização é como descongestionante nasais; 
- Quando estamos com resfriado/renite/rinosinusite há uma grande quantidade de 
congestão nasal 
- Os vasos da cavidade nasal vao dilatar e terá maior fluxo sangüíneo e 
provavelmente vai ter processo inflamatório envolvido, contração endotelial, saída 
de células inflamatórias → congestão, maior produção e secreção de muco 
- A vasodilatação contribui para congestão nasal e ai os agonistas alfa 1 vao fazer 
contração dos vasos sangüíneos 
- Quando ha aplicação topica do neosoro® (nafazolina), esse fármaco fazer com 
que haja contração dos vasos da mucosa nasal → vai ter diminuição da saída 
excessiva de secreções, de muco, de celula inflamatórias → melhora a congestão 
nasal 
- Descogex ® pode ser utilizado via oral; a absorção vai sr um pouco maior e tera 
mais risco de efeito adverso como por exemplo, aumento da pressão 
• NOMES COMERCIAIS: 
- Neosoro ® - nafazolina 
- Deongex ® - fenilefrina 
• EFEITOS ADVERSOS: 
- Quando esses descongestionantes sao usados pela via oral, u dos efeitos adversos é 
aumento da pressão; 
- Quando utilizamos pela via tópica existe o efeito rebote; quando a nossa mucosa 
nasal fica muito tempo com os vasos contraídos, o fluxo sangüíneo na região vai 
estar diminuído (diminuição da oxigenação nasal) 
* Se o paciente usar por mais de 5/6 dias pode acontecer hipóxia e ai o nosso 
organismo vai fazer vasodilatação rebote 
* Mesmo que o paciente continue utilizando o fármaco, o paciente vai ter uma 
dessensibilização dos receptores e ai acontece a vasodilatação por conta da 
hipoxia 
* Essa vasodilatação pode vir um pouco pior do que no inicio do processo; a 
congestão volta e pode voltar pior 
Michelle MEDTXIV ! de !28 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
* O efeito rebote é chamada de sinusite medicamentosa 
* O descongestionante pode causar irritação, ressecamento, etc; 
• INDICAÇÃO: usar os descongestionante por 6 dias quando realmente esta muito 
congestionado; 
- Para pacientes que se apresente com renite constante é indicado utilização de 
descongestionante que não tenha o ativo vasoconstritor; são as formulações 
infantis; não apresentam agonista alfa 1, vão apresentar sais que vão fluidificar, 
diminuir a viscosidade das secreções nasais 
3. SALBUTAMOL, TERBUTALINA E FENOTEROL: 
• São fármacos agonistas seletivos para beta 2; famosos por tratar doenças respiratórias 
• Beta 2 vai ser expresso em músculos lisos como nos brônquios; quando ativado esse 
receptor vai causar broncodilatação facilitando a respiração 
• Quanto maior a concentração dos fármacos maior o risco de ativar beta 1; ainda 
pode ter um risco de taquicardia e arritmia 
• São broncodilatadores considerados de primeira linha para tratamento da asma e 
clinicamente eles causam uma broncodilatação muito efetiva 
• Os agonistas de beta 2 são divididos fármacos de ação curta e ação longa 
- Ação curta:salbutamol, fenoterol, terbutalina; 
* Eles vao começar a agir em pouco tempo, 10/15 minutos 
* O tempo de ação deles é menor, de 3 a 6hrs dependendo do fármaco 
- Ação longa: salmeterol, vilanterol, formoterol 
* Vão demorar mais pra começar a broncodilatar 
* Salmetoerol vai demorar quase uma hora para agir 
* O tempo de ação deles é maior, chega ate 12hrs 
- Quando o paciente esta com crise de asma ele precisa de uma broncodilatação 
rápida - ação curta; para manter o paciente sem crise e previnir crises - ação longa 
20:03 
• NOMES COMERCIAIS: 
- Berotec ® - fenorerol 
- Aerolin ® - salbutamol 
• APLICAÇÃO CLINICA: 
Michelle MEDTXIV ! de !29 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Asma (via oral, inalação ou intravenosa): 
broncodilatadores 
- Inibição do parto prematuro - salbutamol; 
* Ativam beta 2 e relaxam a musculatura do 
utero (no parto prematuro há muitas 
contrações) 
• EFEITOS ADVERSOS: quanto maior 
concentração podem ativar beta 1 causando 
taquicardia, arritmia, tremores (beta 2 está 
presente também nos músculos) 
4. CLONIDINA, METILDOPA 
• São alfa 2 seletivos; os receptores alfa 2 
podem ser autorreceptores (pre sinóptico; no 
neuronio pre ganglionar adrenérgico ) 
- A noradrenalina sercretada na fenda sinóptica pode se ligar com os receptores alfa 
2 na membrana da fibra pôs ganglionar; 
- Quando tem ativação desse receptor alfa 2 pre sináptico vai ativar a proteína Gi 
que vai inibir adenilciclase, inibindo a ativação da pKa 
- Inibição da pKa vai diminuir o cálcio (facilitador da interação entre membrana 
vesicular e membrana do neuronio) que seria necessário para liberação da 
noradrenalina 
- Esse receptor ainda esta ligado a proteína G0 que vai abrir canais de potássio, o 
potássio sai da celula (hiperpolarizaçao) tornando mais difícil estimulação do 
neurônio 
- Ativação do alfa 2 pré-sinóptico vai diminuir a liberação de noradrenalina; é um 
fármaco agonista alfa 2 mas vai diminuir a ativação da via simpática porque vai 
aumentar a inibição da liberação da noradrenalina 
• O efeito do uso de um fármaco agonista alfa 2 seletivo é a diminuição da pressão; 
- Vai ter menor ativação dos receptores alfa 1 adrenergicos nos vasos sangüíneos 
• NOMES COMERCIAIS: 
- Aldomet® - alfa- metildopa 
- Atensina® - clonidina 
Michelle MEDTXIV ! de !30 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• APLICAÇÃO CLINICA: anti-hipertensivo; 
SIMPATOMIMÉTICOS DE AÇÃO INDIRETA: 
• Potencializam a transmissão adrenergica, aumentando a liberação de noradrenalina 
das vesículas 
• Alem de fármacos, existem outros compostos que atuam dessa forma como drogas 
ilibais (anfetaminas) e a tiramina que é um composto um pouco diferente 
1. TIRAMINA 
• Ela gera uma interação com medicamentos; 
• É uma feniletilamina, uma substancia parecida com uma catecolamina 
• Esta presente em alguns alimentos: queijos, vinhos, cerveja… 
• Quando há uma grande ingestão de tiramina por meio de algum desses alimentos, ela 
vai ser metabolizada pelas enzimas MAO, justamente porque é uma substancia 
parecida com as catecolaminas 
• Essas enzimas estão presentes tanto em células nervosas (degradacao de 
catecolaminas) mas também no fígado, no intestino… 
• Quando ingerimos uma quantidade razoável de tiramina, as MAO’s que estão la no 
intestino vao degradas as tiraminas e seus metabólicos degradados 
• Existe alguns medicamentos que vão inibir as MAO’s; eles podem ser utilizados para 
tratar depressão 
- Há inibição da MAO 
- Aumenta o nível dos neurotransmissores e consegue amenizar os sinais e sintomas da 
depressas 
• Quando há um paciente realizando tratamento da depressão com esses fármacos 
inibidores da MAO e ele ingere uma grande quantidade de tiramina (pelos alimentos), 
esse paciente não vai realizar a metabolização da tiramina no instestino 
- A tiramina consegue ser absorvida, sai do lumen intestinal e cai na corrente 
sangüínea 
Michelle MEDTXIV ! de !31 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Chegando na corrente sangüínea, a tiramina vai encontrar a via eferente simpática; 
por ser parecida com uma catecolamina, ela vai entrar nos neurônios adrenergicos 
(pos ganglionares) e vai entrar dentro da vesícula 
- Mas a noradrenalina e a toramina nao conseguem ficar juntas dentro da vesícula, ai 
a tiramina, ao entrar nas vesículas, vai expulsar a noradrenalina que vai começar a 
ser liberada na fenda sináptica → causa aumento da pressão 
- Vai acontecer uma descarga simpática, uma liberação muito grande da 
noradrenalina → vai ativas o receptor alfa 1 → vasoconstrição → risco de crises 
hipertensivas intensas, risco de infarto, 
risco de AVE 
• Pacientes que estão utilizando 
antidepressivos que sao inibidores da 
MAO não sao aconselhados a ingerir 
grande quantidade de tiramina e 
alimentos nos quais essa substancia esta 
presente 
• OBS: a tiramina, quando entra dentro da 
vesícula, é metabolizada, vira outro 
composto 
2. ANFETAMINA 
• A anfetamina e a metanfetamina sao as 
principais substancias ilícitas 
• A diferente entre elas é a presença de uma metila a mais e é mais potente que a 
anfetamina 
• Sao drogas um pouco mais caras; 
• Essas drogas agem como simpatomiméticos de ação direta por pelo menos 3 
mecanismos ja propostos 
• Elas vão agir de uma forma muito parecida com a da tiramina; elas vão ser absorvidas, 
vão atingir o sistema nervoso autônomo (no SNC também), vão ser armazenadas nas 
vesículas no lugar das cotecolaminas e vai liberar a noradrenalina 
• Elas ainda são fracas inibidoras da MAO, vão aumentar liberação da noradrenalina e 
diminuir a sua degradação 
• As anfetaminas podem, também, bloquear a recaptação da noradrenalina 
Michelle MEDTXIV ! de !32 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- A noradrenalina é recatada (voltando pro interior do neurônio noradrenergico) por 
meio do transportador de noradrenalina; ai do citoplasma do neironio ele volta para 
vesícula por meio do transportador vesicular de monamina 
- As anfetaminas vao inibir o transportador de noradrenalina fazendo com que esse 
neurotransmissor fique mais tempo no meio extracelular, ou seja, aumentam 
liberação da nora, diminui sua metabolização (inibem a MAO) e diminui a sua 
recaptação (inibe transportador de noradrenalina 
- Nos sistema nervoso central vai ter um aumento significativo da noradrenalina 
fazendo com que o paciente sinta-se (no inicio) mais euforico, atento, feliz; ele vai 
perder o apetite, o sono; 
- Com o passar do tempo pode acontecer a tolerância e a mesma dose não vai ser 
suficiente para causar o mesmo efeito → vai ter que aumentar a dose da droga 
para ter os mesmas “sensaçõs boas” 
- Essa tolerancia pode causar dependencia podendo causar a drogadição; essa 
situação faz com que a pessoa queira fazer de tudo para conseguir a substancia 
que vai dar prazer → fica agressiva, perde libido, etc 
• APLICAÇÃO CLINICA: há a utilização de fármacos parecidos com anfetaminas, 
principalmente o metilfenidato (ritalina ®) e a dextroanfetamina 
• Esses fármacos tem um mecanismo de ação das anfetaminas → vao inibir as MAO, vao 
diminuir a recaptação (inibição do transportador de noradrenalina), vão atuar de uma 
forma parecida com a da tiramina; 
- No SNC isso vai proporcionar o aumento da noradrenalina 
- Esses fármacos sao utilizados principalmente para tratamento de TDAH 
- Nesse transtorno, um dos fatores envolvidos é a falha adrenergica no SNC fazendo o 
indivíduo sentir dificuldades de se concentrar, fica hiperativo, agitado, etc… 
• Quando paciente usa esses fármacos, os níveis de noradrenalina no SNC aumentam, 
melhorando a ação desse neurotransmissor, por exemplo, na região pre-frontal → 
melhora concentração, aprendizado, diminui hiperatividade, etc 
• Por serem parecidos com as anfetaminas, so sao indicados por prescrição médica e 
retenção da receita; 
• A dose desses medicamentos é extremamente controlada, justamente para evitar 
efeito adversos e a dependência, a drogadição 
- A dose maximada ritalina é 60mg por dia aproximadamente 
Michelle MEDTXIV ! de !33 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Geralmente o medico vai prescrever doses menores; 
• EFEITOS ADVERSOS: depressão, fadiga, agitação, irratibilidade, ansiedade, delirios, 
alterações da libido, insonia, suicídios 
SIMPATOMIMÉTICOS DE AÇÃO MISTA: 
• Potencializam a transmissão adrenergica, aumentando a liberação de noradrenalina 
das vesículas e ativam receptores adrenergicos 
1. EFEDRINA E PSEUDOEFEDRINA 
• Esses fármacos vao se ligar em receptores adrenergicos e ativa-los (alfa e beta; não 
sao seletivos) e vao aumentar a liberação de noradrenalina da fenda sináptica; 
• APLICAÇÃO CLINICA: Principal uso é como descongestionante por ativar alfa 1 (diminui 
contestão nasal); podem ser de uso oral porem com prescrição medica sem retenção 
da receita→ pela via oral vao ativar via simpática e um dos principais efeitos é 
cardiovascular (aumento da PA) 
• EFEITOS ADVERSOS: taquicardia, aumento da PA, insônia 
• Eles podem estar presentes em formulações junto com outros fármacos para amenizar 
sinais e sintomas de resfriado, gripe, etc (ex: paracetamol, dipirona, etc) 
FÁRMACOS SIMPATOLÍTICOS: 
• Bloqueiam receptores adrenergicos, diminuem o efeito da noradrenalina; podem ser 
antagonistas de receptores alfa ou antagonistas de receptores beta; 
• Esses fármacos vão inibir a via simpática; 
Michelle MEDTXIV ! de !34 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
ANTAGONISTAS ALFA ADRENERGICOS: 
• RELEMBRANDO: receptores alfa 1 vai causar vasoconstrição e midríase (dilatação da 
pupila); receptores alfa 2 podem estar localizados nos neurônios pre-sinápticos → 
diminui liberação da noradrenalina, diminuindo efeitos da via simpática 
• Existem fármacos que podem atuar como antagonistas dos dois receptores (alfa 1 e 2) 
ou como antagonistas de um dos receptores (alfa 1 ou alfa 2) 
• De uma forma geral, esses antagonistas sao competitivos, ou seja, vao se ligar nos 
receptores alfa mas não vao fazer nada com esse receptor (não vao ativar); como 
geralmente esses receptores estão inativos eles irão continuar inativos e a via simpática 
não vai ser ativada 
- Exceção: a maioria é competitivo (vao se ligar não tão fortemente → pontes de 
hidrogenio, Vander walls e depois de um tempo conseguem se desligar), a exceção 
é a fenoxibenzoamina que é um antagonista não seletivo e não competitivo → vai 
fazer ligações covalentes com os receptores alfa 
1. ANTAGONISTAS ALFA NÃO SELETIVOS: bloqueia alfa-1 e alfa-2; não vai deixar as 
catecolaminas agirem; 
Michelle MEDTXIV ! de !35 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• Fenoxibenzamina e fentolamina 
• NOME COMERCIAL: Vigamed® 
• RECEPTORES ALFA-1 BLOQUEADO: se há bloqueio desse receptor → vai causar redução 
da pressão arterial (vasodilatação) porque alfa-1 ativado causa vasoconstrição; 
- Quando reduz a pressão, para o meu corpo não deveria ter reduzido a pressão; os 
barorreceptores vão perceber a queda da pressão e vai se comunicar com o bulbo 
(T.E) que vai ativar a via eferente simpática 
- Barorreceptor vai ser ativado e vai levar há uma ativação da via simpática por meio 
de uma maior liberação de catecolaminas 
- A noradrenalina vai ser mais liberada mas o receptor alfa-1 ta bloqueado → não vai 
ter aumento da pressão 
- Os receptores beta estão livres (nao estão bloqueados por esses fármacos); beta-1 
no coração vai ser ativado → aumenta freqüência cardíaca, aumenta força de 
contração do coração → paciente pode apresentar taquicardia e arritmia 
• RECEPTOR ALFA-2 BLOQUEADO: esse receptor bloqueado não irá controlar a liberação 
da noradrenalina por Feedback negativo; 
- A catecolamina vai continuar sendo produzida, ainda mais que a pressão continua 
baixa; 
• O risco de taquicardia e arritmia acaba sendo elevado porque os receptores alfa 
estão bloqueados por esses medicamentos enquanto os beta não, fazendo com que 
“sobre para ele” 
- Beta-2 esta no coração, então os efeitos adversos serão cardíacos 
• APLICAÇÃO CLINCA: no brasil não sao muito utilizados; fora são utilizados para 
tratamento de feocromocitoma 
- Feocromocitoma é um tumor na medula suprarrenal (local de produção de 
adrenalina e noradrenalina) 
- Quando o paciente tem esse tumor, ele vai ter uma produção muito grande de 
catecolaminas → ele pode ter pressão alta, por exemplo 
- O tratamento geralmente é cirúrgico mas em casos mais graves a cirurgia não é 
recomendada ai o paciente precisa controlar a superlativação da via simpática 
- Tanto a fenoxibenzamina quanto a fentolamina podem ser utilizadas nesses casos 
desse tumor 
Michelle MEDTXIV ! de !36 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- A fenoxibenzamina vai ter uma ação um pouco maior porque é antagonista não 
competitivo → ela se liga por meio de ligações covalentes e vai ficar ligada por um 
grande período de tempo; 
- Quando o paciente tem o feocromocitoma e ele pode fazer cirurgia, é necessário 
preparar o paciente para essa operação porque é arriscado realiza-la com a 
pressão alta e ha perigo do tumor se romper e liberar uma grande quantidade de 
catecolaminas → crise hipertensiva na cirurgia 
* O recomendado é tratar por pelo menos 3 ou 2 semanas com hipertensivo → por 
exemplo, a fenoxibenzamina que vai bloquear os receptores alfa e durante a 
cirurgia não vai ter o pico de pressão mesmo se essa catecolamina seja liberada, 
etc 
- Se o paciente não conseguir realizar essa operação de retirada do tumor, ele vai ter 
que controlar a pressão e a fenoxibenzamina pode ser utilizada para tratar 
continuamente essa pressão (não é o fármaco preferível) 
- A fentolamina é recomendada para controle da pressão a curto prazo; é utilizada 
mais pro tratamento continuo (não é preferível) 
2. ANTAGONISTAS ALFA-1 SELETIVOS 
• São fármacos mais preferíveis para tratamento de hipertensão justamente por serem 
seletivos e terem menos riscos de efeitos adversos 
• Eles vão bloquear alfa-1 → vai diminuir a pressão; os barorreceptores vão detectar e 
ativar a via simpática causando maior produção de noradrenalina; como esses 
fármacos sao seletivos, o receptor alfa-2 não estará inibido e irá controlar por 
Feedback negativo a liberação da nora → o risco de causar taquicardia é menor 
• APLICAÇÃO CLINCIA: tratamento do feocromocitoma e hipertensão não relacionada 
ao feocromocitoma; ainda podem utilizados para tratamento da hiperplasia prostática 
benigna (HPB) 
- A HPB é um processo relativamente normal (o aumento das células da próstata) 
principalmente depois dos 60/70 anos; 
- Um dos principais sintomas é a retenção urinária porque a uretra passa pela próstata 
e quando a próstata está aumentada, irá bloquear a passagem da urina pela uretra 
→ dificuldade de urinar 
- Também existe receptor alfa no colo da bexiga, na próstata, no esfíncter interno da 
uretra, na própria uretra 
Michelle MEDTXIV ! de !37 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Quando ativa alfa-1 → aumenta nivel de calcio e contrair e ai nesse caso, vai 
causar contracao do esfincter da uretra e isso vai dificultar a micção, pode contrair 
a uretra dificultando ainda mais a urinar 
- Se utilizar um antagonista alfa-1 vai relaxar o esfíncter facilitando a micção; vai 
ajudar a relaxar a uretra e também facilita a micção → alivia a retenção urinária 
observada em homens com HPB 
• FÁRMACOS: prazosina (minipress ®); terazosina, doxazosina e tansolosina (utilizada 
principalmente pra HPB) 
a) Prazosina (ação curta): minipress ® 
- É o fármaco com tempo de ação mais curto ; 
- Tempo de meia vida é de 3/4 hrs 
- Consegue agir de 7 - 10 horas 
- Vai ser utilizada 2 ou 3 vezes por dia 
- Tratamento de feocromocitoma, hipertensão e HPB 
- Para hipertensão a dose é um pouco maior do que quando for utilizada para HPB 
* HPB: 1-5mg 2x/dia (maximo 10mg por dia) 
* Hipertensão: máximo 20mg por dia 
- Efeito adverso: hipotensão ortostática; 
* Quando a gente levanta precisamos de maior fluxo sangüíneo (pressão tem que 
subirum pouco mais) para poder atingir o SNC; alfa-1 ta bloqueado → o aumento 
do fluxo sangüíneo na hora de levantar vai estar dificultado principalmente no 
começo do tratamento 
* Indicação: começar o tratamento titulando as doses; ir aumentando 
gradativamente a dose → dose inicial: 1mg 2 ou 3x por dia; se não foi possível 
controlar a pressão com essa dose inicial ai é so ir aumentando ate conseguir 
controlar a pressão do paciente 
* A titulação da dose diminui o risco de ter hipotensão ortostática 
b) Terazosina e Doxazosina (ação longa): 
- Tratamento da pressão alta, feocromocitoma e HPB 
- Tempo de ação é maior 
- Tempo de meia vida da terazosina é 12hrs e pode agir no corpo ate 20hrs 
- Tempo de meia vida da doxazosina é de 20hrs e pode agir de 30 ate 36hrs 
Michelle MEDTXIV ! de !38 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Paciente pode usar só uma dose por dia desses fármacos; 
- Esses fármacos possuem um efeito a mais do que a prazosina → alguns experimentos 
mostraram que eles podem aumentar a apoptose de células da próstata; 
* O paciente que tem HPB e usarem esses fármacos, alem de controlar a retenção 
urinária talvez ainda conseguem contribuir pro tratamento dessa hiperplasia 
c) Tansulosina 
- Receptores alfa-1 e 2 tem outras subclassificações (alfa-1 a/b/c) 
- No trato urinário vai predominar receptor alfa-1 do tipo a ; 
- Esse fármaco é antagonista alfa-1 adrenérgico e tem uma seletividade maior pelo 
subtipo alfa-1 a 
- A tansulosina vai agir antagonizando principalmente receptor alfa-1 adrenérgico 
que esta no trato urinário 
- Ela tem pouca ação nos receptores alfa-1 dos vasos sangüíneos → não será possível 
tratar feocromocitoma e hipertensão 
- Por ela ser mais seletiva pro trato urinário, é interessante para pacientes com HPB → 
vai ser possível diminuir a retenção urinaria (relaxamento do esfíncter e uretra) e o 
risco de efeito adverso é reduzido 
• EFEITOS ADVERSOS GERAIS: hipotensão ortostática, cefaleia, tontura, taquicardia reflexa 
ANTAGONISTAS BETA ADRENERGICOS: 
• São beta bloqueadores; bloqueiam receptores beta adrenergicos e diminuem o efeito 
das catecolaminas 
• RELEMBRANDO: 
- Receptor beta-1: todos são acoplados a proteínas Gs (estimulatoria); quando são 
ativados vão ativar adenilciclase, vai produzir AMPc e vai ativar a proteína quinase 
A; dependendo do tipo de tecido que o receptor se encontra a a pKa vai ter uma 
função diferente 
* No coração vai abrir canais de cálcio → aumentar a força de contração → 
aumenta freqüência cardíaca 
* No rim aumenta liberação da renina → contribui pro aumento da pressão 
- Receptor beta-2: também vai ativar pKa so que esta expresso principalmente em 
músculo liso e la vai ser observado relaxamento 
* Broncodilatação 
* Relaxamento do utero 
Michelle MEDTXIV ! de !39 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• BLOQUEIO DE BETA-1- NO CORAÇÃO (principal efeito): 
- O fármaco vai se ligar no receptor beta-1 → a maioria deles ja esta inativo, então ira 
continuar inativo e vai impedir que a noradrenalina e a adrenalina ativem esses 
receptores 
- Vai diminuir a ativação do beta-1 → vai causar redução da frequência cardíaca e 
da força de contração → vai reduzir o debito cardíaco (FC X VS) e 
consequentemente, a longo prazo, vai ter redução da pressão arterial (porque esta 
diminuindo o volume bombeado) 
- A curto prazo pode ter uma pequena elevação da pressão porque se diminui o 
debito cardíaco, os barorreceptores vai detectar e vão ativar a via simpática 
reflexa; 
- A longo prazo, o paciente vai se “acostumar”; o organismo vai se adaptando e a 
pressão reduz 
• BLOQUEIO DE BETA-1 - NOS RINS: 
- Se tem o bloqueio do receptor beta-1 nos rins, vai diminuir a secreção de renina 
contribuindo para redução da pressão arterial 
• APLICAÇÃO CLINICA GERAL: são utilizados principalmente para antagonizar os 
receptores beta; eles não vão ativar e vai impedir a ativação pelas catecolaminas → 
vão diminuir freqüência cardíaca, forca de contração, debito cardíaco, pressão 
arterial, etc 
- Tratamento de hipertensão 
- Tratamento do infarto 
* Vai diminuir a demanda de oxigênio porque vai diminuir freqüência cardíaca (vai 
bater mais fraco) 
- Arritmias (alterações na freqüência) 
- Glaucoma (pressão intraocular elevado) 
* A ativação dos receptores beta no olho vai aumentar a produção do humor 
aquoso e se há o bloqueio desses receptores → diminui produção do liquido e 
consequentemente diminui a pressão intraocular 
• DIVISÃO DOS BETA BLOQUEADORES: 
- Um dos tipos de betabloqueadores, também são antagonistas alfa-1 (carvedilol e 
labetalol) que são os de terceira geração → se antagoniza alfa-1 tem vasodilatação 
que vai aumentar tamanho do vaso e diminuir a pressão 
Michelle MEDTXIV ! de !40 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Nomes comerciais - bloqueadores seletivos beta-1: 
* Atenolol: atenol ® 
* Metaprolol: selozok ® 
- Nomes comerciais - bloqueadores não-seletivos (beta-1 e beta-2): 
* Propranolol: inderal ® 
* Timolol: timoptol ® 
- Nomes comerciais - bloqueadores não seletivos (alfa-1 e beta-antagonistas): 
* Carvedilol: cardilol ® 
* Labetalol 
• A maioria dos betabloqueadores são antagonistas competitivos; ao se ligar no receptor 
não vai fazer nada 
• Recentemente foi descoberto que alguns betabloqueadores não sao simples 
antagonistas, por exemplo, propanolol 
• EFEITOS ADVERSOS GERAIS: 
- Por bloquear beta-1, paciente pode ter maior risco de bradicardia 
Michelle MEDTXIV ! de !41 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Por bloquear beta-2 (no caso dos não seletivos, principalmente),pode causar 
broncoconstrição → em pacientes sem doença respiratória talvez não sinta uma 
dificuldade muito grande de respirar; paciente com predisposição de doenças 
respiratórias, ao utilizar esses fármacos pode piorar o caso 
* É mais preferível utilização de beta-1 seletivos 
- Quando são utilizado farmacos betabloqueadores não seletivos, no fígado, o beta-2 
aumenta glicogenolise para liberar glicose em quadros de hipoglicemia 
* Para pacientes com diabetes pode trazer mais riscos → se o paciente tem diabetes 
do tipo 1 provavelmente vai estar sob uso de insulina; do tipo 2 a maioria usa 
hipoglicemiantes 
* Um dos principais efeitos adversos das insulinas e dos hipoglicemiantes orais é a 
hipoglicemia (principalmente no começo do tratamento) → vai ter ativação do 
simpático 
* Mas se o paciente tiver utilizando, também, um antagonista dos receptores beta 
não seletivo ou ate mesmo seletivo, vai estar diminuída resposta simpática (diminui 
tremor, diminui taquicardia) → ai as vezes o paciente esta com hipoglicemia e as 
vezes não percebe 
* Essa hipoglicemia pode ser mais prejudicada ainda se estiver em uso um não 
seletivo porque quando há bloqueio do beta-2 no fígado vai diminuir glicogenolise 
→ diminui fornecimento de glicose para o paciente que ja esta com glicemia 
* Indicação para pacientes diabéticos é preferível fármacos antagonistas seletivos 
beta-1 porque pelo menos a liberação de glicose pelo ficado estará acontecendo 
porque não foi bloqueada 
- Fadiga, extremidades frias 
1. PROPANOLOL: antagonista não seletivo de receptores beta 
• Antagonizam tanto beta-1 quanto beta-2 
• É um agonista inverso → vai se ligar nos receptores e vai alterar a conformação porem 
para forma inativa; provavelmente alguns receptores beta-adrenergicos estão 
ativados (uma pequena parcela) que serão inativados quando esse fármaco se liga 
• O propanolol vai estabilizar a conformação inativa que vai causar diminuição da 
freqüência cardíaca, da força de contração cardíaca, do debito cardíaco e da 
secreção de renina → diminui pressão arterial 
• Esse fármaco é bem absorvido, porem, a biodisponibilidade via oral (quantidade do 
fármaco que chega ativo no sangue) dele é baixa porque a metabolização hepática 
Michelle MEDTXIV ! de !42 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
de primeira passagem é muito alta → quando passa no fígado émuito metabolizado e 
inativado 
• Pouca quantidade desse fármaco vai chegar ativa no sangue mas se o paciente 
administra pela via oral juntamente com um alimento vai melhorar a biodisponibilidade 
- Provavelmente os nutrientes dessa alimentação vao competir com as enzimas do 
fígado e ai o propanolol vai ser menos metabolizado 
• DOSE USUAL: de 40 a 80mg por dia e pode ser dividida 
• APLICAÇÃO CLINCA: pressão alta, arritmia cardiaca, infarto. 
2. TIMOLOL: antagonista não seletivo de receptores beta 
• Antagonizam tanto beta-1 quanto beta-2 
• Ação farmacológica é muito parecida com propanolol → vai bloquear beta-1, vai 
diminuir pressão 
• Utilizado para tratar hipertensão, arritmia, etc; é um dos mais utilizados para tratar o 
glaucoma 
• Ao bloquear o receptor beta no olho, vai diminuir a produção do humor aquoso e 
consequentemente vai conseguir reduzir a pressão intraocular 
3. PINDOLOL: antagonista não seletivo de receptores beta 
• Agonista parcial de receptores beta-adrenergicos; 
- O agonista parcial é aqueles que se ligam nos receptores e podem ativa-los ou não; 
eles vão ativar os receptores e vai ter uma resposta ao fármaco menor do que 100% 
• Pindolol pode se ligar nos receptores e ativar alguns e outros ele não ativa 
- Se for colocado no tecido cardiaco a adrenalina → vai ter resposta máxima 
- Se for colocado nesse mesmo tecido cardíaco so o pindolol → não vai ter resposta 
máxima porque não vai ativar todos os receptores → vai diminuir a atividade 
cardíaca so que é agonista parcial 
• Existem pacientes com uma predisposição para bradicardia → nesses pacientes, da 
para utilizar o pindolol porque vai reduzir a força de contração, a freqüência cardíaca 
• Pode ser utilizado para tratar arritmia, hipertensão, etc → mas possui efeito mais 
brando, sendo eficiente em pacientes com predisposição a bradicardia 
4. ATENOLOL: antagonistas seletivos de receptor beta-1 
Michelle MEDTXIV ! de !43 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• Para pacientes com doenças respiratórias, os fármacos antagonistas não seletivos de 
receptores beta não são interessantes pois os efeitos adversos podem prejudicar com a 
vasoconstrição ja que podem atuar bloqueando tanto beta-1 como beta-2 
• APLICAÇÃO CLINCA: hipertensao, infarto, arritmia, etc 
• Vai ter uma biodisponibilidade baixa via oral, ou seja, a quantidade de fármaco ativo 
que chega na corrente sangüínea é pequena porque ja não é muito absorvido (muito 
hidrofílico) → não indica ingerir junto com alimento 
• Vai causar cronotropismo e ionotropismo negativo → diminui freqüência cardiaca, 
diminui forca de contração, diminui debito cardíaco e diminui pressão arterial 
5. METOPROLOL: antagonistas seletivos de receptor beta-1 
• APLICAÇÃO CLINICA: previnir infarto, tratar arritmia, hipertensão 
• Tem o mesmo problema de biodisponibilidade do propanolol → ele é bem absorvido 
porem é muito metabolizado no fígado (metabolismo hepático de primeira passagem) 
• Vai causar cronotropismo e ionotropismo negativo (diminui debito cardiaco) 
6. LABETALOL: antagonistas dos receptores alfa-1, beta-1, beta-2 
• Possuem uma função a mais que no caso é a atuação como antagonistas de alfa-1 
(alem de antagonistas beta-1 e beta-2) 
• Ele possui varios isômeros → possui dois centros quirais na sua estrutura química → ele 
pode ser S,R; S,S; R,S 
• Os isômeros do labetalol RR vao ser antagonistas beta-1 → diminui freqüência 
cardíaca, forca de contração e liberação da renina; é também agonista parcial de 
beta-2 → pode se ligar em beta-2 e ativar ou não 
- Tratamento de arritmia, infarto, etc 
- Asmáticos não pode usar porque pacientes com problemas respiratórios que 
tenham qualquer interferência na ativação do beta-2 ja pode ter broncoconstrição 
e dificuldade de respirar 
• A forma SR e SS vai ser antagonistas alfa-1; contribui muito na diminuição da pressão 
arterial alem de bloquear receptor beta-1 
• A forma RS tem atividade nenhuma, é vendido como mistura racemica → vai ser 
antagonista dos receptores beta-1 e beta-2 (agonista parcial beta-2) e antagonista 
alfa-1 
• APLICAÇÃO CLINICA: antihipertensivo, prevenção de infarto, tratar arriatmia; 
Michelle MEDTXIV ! de !44 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
• Pode ser usado por varias vias → quando utilizado pela via oral vai ser a mesa situação 
que o propanolol e o metaprolol, ou seja, ele é bem absorvido porem é muito 
metabolizado e acaba tendo uma menor biodisponibilidade 
7. CARVEDILOL: antagonistas dos receptores alfa-1, beta-1 e beta-2 
• Possuem uma função a mais que no caso é a atuação como antagonistas de alfa-1 
(alem de antagonistas beta-1 e beta-2) 
• Vai apresentar as mesmas indicações que o labetalol mas vai ter ações extras, ele é 
antioxidante e antiinflamatório → para paciente que tem problema cardíaco é bem 
interessante 
- Por exemplo, no processo de aterosclerose pode haver inflamação e formação de 
radicais livres → esse fármaco vai ser um cardioprotetor muito interessante 
• APLICAÇÃO CLINICA: hipertensão e complicações do infarto agudo do miocárdio 
• EFEITOS ADVERSOS: broncoconstrição, bradicardia, fadiga, dificuldade de realizar 
exercícios de alta intensidade, hipoglicemia 
- Se o paciente tiver problemas com asma não será indicado esse fármaco porque 
ele também antagoniza beta-2 podendo causar broncoconstrição (principal efeito 
adverso) 
- Se o paciente tiver diabetes também não será indicado esse fármaco pois pode 
causar hipoglicemia 
AULA 3 
Anti-inflamatórios não est$ioidais I 
INTRODUÇÃO: 
• Os fármacos anti-inflamatorios são classificados, de uma forma geral, em esteroidais 
(glicocorticoides) e os não esteroidais (AINEs) 
Michelle MEDTXIV ! de !45 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
RESPOSTA INFLAMATÓRIA: 
• A resposta inflamatoria é causada por vários tipos de lesões (quimicas, físicas, 
mecanicas, etc), diferentes tipos de microrganismos induzindo a inflamação (virus, 
bactéria, fungo, protozoario, etc) ou ate mesmo respostas autoimunes e alergias 
- A resposta inflamatoria é um processo de proteção de agentes patogenicos, lesoes, 
corpos estranhos, etc 
• O que complica é quando a reação é muito exacerbada, passa a apresentar sinais e 
sintomas no paciente que podem ser perigosos 
- Na maioria das vezes lesões, diferentes patogenia vao estar induzindo essa 
inflamação e ativando o sistema imune mas em alguns casos a resposta não será 
benéfica 
- Em processos alergicos, muitas vezes antígenos inofensivos, neutros, que a maioria 
das pessoas não responderiam (não ativariam sistema imune, não ativariam 
Michelle MEDTXIV ! de !46 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
processo inflamatório), alguns desses antigenos em algumas pessoas acaba 
ativando sistema imune → desenvolvendo hipersensibilidade do tipo 1 ou alergias 
* Ex: pelos de gato 
- Ainda existem as doenças autoimunes que antígenos próprios do paciente vao estar 
induzindo ativação do seu próprio sistema imune 
* Ex: artrite reumatoide, lupus, etc 
• Muitos desses fármacos anti-inflamatorios são livres de prescrição médica → grande 
perigo de automedicação, podendo, ainda, agravar a situação do paciente 
- É importante tratar a inflamação para diminuir febre, edema, dor, etc. mas é mais 
importante ainda tratar a causa da inflamação 
- Ex: infecção urinária → as vezes o paciente esta com dor a urinar, sente desconforte, 
está com febre e acaba se automedicando (ex ibuprofeno) para melhorar a dor e a 
febre mas ai ele não tratou a bateria que está causando a infecção e depois de uns 
dias os sintomas vao voltar e estarão mais graves → o problema so foi mascarado, 
não foi tratada a causa 
• Os principais sinais e sintomas que a inflamação causa nos pacientes são a dor, o rubor 
(vermelhidao), edema (inchado), calor (febre) e se a inflamação não for corretamente 
tratada a longo prazo pode se tornar uma inflamação crônica podendo levar a perda 
da função do órgão afetado porque o tecido do órgão podeser substituído por tecido 
fibroso 
RELEMBRANDO IMUNOLOGIA: 
• A inflamação vem a partir de uma 
resposta imune 
• CELULAS DO SISTEMA IMUNE: tem 
origem das células tronco da 
medula óssea (pluripotentes); 
conseguem se dividir e se 
diferenciar em vários tipos 
celulares 
- Células pluripotentes da medula 
ossea do tipo mieloide e do tipo 
linfoide vão dar origem a tipos 
celulares diferentes 
Michelle MEDTXIV ! de !47 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- As células mieloides vão dar origem tanto as hemácias e plaquetas (sangue) como 
também a vários tipos de células que vão compor o sistema imune → leucócitos e 
eles que vão compor a resposta imune inata 
* A RI é aquela que ja nascemos com ela; ja nascemos produzindo esses tipos de 
células para que quando acontecer, por exemplo, uma lesão com o rompimento 
das barreiras primarias de proteção , nosso organismo possa ter uma resposta aos 
patógenos que podem entrar no nosso meio interno 
- O sistema imune inato é quem vai combater inicialmente o microrganismo 
patogênico; são os: neutrofilos, eosinófilos, basófilos, macrófagos, celulas dendriticas, 
natural killer, etc 
* Neutrofilos: responsáveis por fagocitose, principalmente bactérias 
* Eosinofilo: responsáveis pela resposta imune em infecções a partir de protozoários e 
junto com os mastocitos vao participar das reações de hipersensibilidade do tipo 1 
porque eles produzem e armazenam nos seus granulos, a histamina (principal 
mediador da alergia) 
- Células dendriticas e os neutrofilos vao fagocitar antigenos estranhos e vão 
apresenta-los (APC) para células que vão compor o sistema imune adaptativo (os 
linfocitos) 
- Quando nossos sistema imune inato não da conta de eliminar o microrganismo 
invasor patogênico de forma efetiva, a resposta imune adaptativo vai ser ativada 
um pouco mais tarde do que a resposta inata e ela vai ser especifica para cada 
indivíduo 
- Essa resposta imune adaptativa vai ser gerada por linfócitos que são devidos em B e 
T 
- Os linfocitos T vao ser responsáveis pela resposta imune celular principalmente → lisar 
com a celula que contem o antígeno patogênico 
* Pode ser do tipo TCD8, TCD4 (pode gerar resposta do tipo Th1, Th2, Th17) 
- Os linfocitos B vao ser ativados, vao se transformar em plasmócitos e vao produzir 
diferentes tipos de anticorpos (IgM, IgA, IgG, etc) e ai que eles vão causar uma 
resposta imune humoral 
* Essa resposta tem varas funcoes → opsonizar o microrganismo patogênico, eliminar 
ele, ativar sistema complemento, etc 
Michelle MEDTXIV ! de !48 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Essas células tem diferentes funções mas tem a capacidade potencial de produzir 
vários mediadores inflamatórios junto com outras células, como células endoteliais 
dos vasos sangüíneos 
• Os principais eventos do processo de inflamação sao gerados tanto pelas células 
quanto pelos mediadores inflamatórios que são produzidos por elas 
• EXEMPLO EXPLICATIVO: um corte; 
- Essa lesão vai romper a pele, vai expor as partes internas sendo, entao, uma porta 
de entrara para microrganismos patogênicos 
- Inicialmente, nesse local, vai ser observado ativação de algumas células de defesa 
e liberação espontânea de algumas citrinas inflamatórias que vão causar 
vasodilatação e contração endotelial (processos pro inflamatórios) 
- Vasodilatação (relaxamento do músculo do vaso sanguíneo) do vai acontecer para 
que aumente o fluxo sangüíneo na região com finalidade de permitir a chegada de 
células de defesa para combater o possível agente patogênico 
- A contração endotelial é a contração das células do endotélio que é a primeira 
camada do vasos sangüíneo; com essa contração, as células do endotélio vai 
diminuir de tamanho (contrair) e ai os poros (que ja existiam para permitir passagem 
de nutrientes,etc) vao aumentar de tamanho permitindo a passagem de células da 
defesa 
Michelle MEDTXIV ! de !49 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
- Antes delas sairem pelos poros, alguns mediadores inflamatórios vão induzir a 
expressão e receptores de adesão no endotélio e esses receptores se ligam nessas 
celulas de defesa → elas vão rolar, encontrar um poro maior e ai sim elas vão sair 
- Posteriormente, ao sair do vaso sangüíneo vai acontecer a migração dessas células 
para o local da lesão para começar agir → fagocitando uma bactéria patogênica, 
liberando mais citocinas para chamar mais células de defesa (quimiotaxia) 
- Resolução da inflamação (situação normal): as células de defesa também vao 
produzir citocinas antinflamatorias que ajudam a reduzir a inflamação, diminui a 
ativação de células de defesa e também podem secretar fatores de crescimento 
(de fibroblasto, da epiderme) para reparar o tecido lesionado → a lesão vai ser 
fechada e cicatrizada 
- Se acontecer de ter uma carga bacteriana/outro microrganismo muito grande e o 
sistema imune inato não conseguiu dar conta, ele ira “chamar” o sistema imune 
adaptativo fazendo com que a resposta seja amplificada 
• Todos esses exemplos são explicativos para os sinais e sintomas dos paciente: 
- Vasodilatação vai promover o aumento da temperatura, vermelhidão 
- A contração endotelial permite, também, a saída de líquidos do sangue, proteína 
→ o paciente pode apresentar o edema que pode comprimir os tecidos 
adjacentes, estando envolvido com a dor 
- Mediadores inflamatórios liberados no local podem causar rubor e prurido 
MEDIADORES DA INFLAMAÇÃO: 
• O alvo dos anti-inflamatórios não esteroidais vai ser na produção de um grupo 
especifico de mediadores inflamatórios; 
• Os mediadores vão ser produzidos por células de defesa ou ate mesmo por células que 
as vezes não participam do sistema imune (ex: células endoteliais) e estarão envolvidas 
no processo de inflamação; 
• A maioria são pró-inflamatórios mas existem que vão controlar a inflamação apara que 
no processo final seja resolvida e não se estenda cronicamente 
• PRINCIPAIS MEDIADORES INFLAMATÓRIOS: 
- Histamina: produzida principalmente pro bazofio e mastócito; 
* Quando paciente apresenta uma reação de hipersensibilidade do tipo 1, essas 
células vão ser ativadas depois da sensibilização numa 3 ou 4 exposição e esses 
grânulos contendo histamina vão ser liberados; 
Michelle MEDTXIV ! de !50 107 2º BIMESTRE
2º ano Farmacologia
* Ela vai ter varias funções pro-inflamatórias → vasodilatação, contração de músculo 
liso, broncoconstrição, vermelhidao, prurido, queda de pressão, etc 
- Citocinas: existem pró inflamatórias e anti-inflamatórias; 
- Proteinas do sistema complemento: são proteínas que para serem ativadas precisam 
ser clivadas; 
- Fator ativador plaquetário: produzido por células endoteliais e células de defesa vai 
ter como função ativar as plaquetas, aumentar a agregação do epitelio para 
interromper o sangramento (ativação da cascata de coagulação) 
- Oxido nitrico: é um vasodilatador produzido nas células endoteliais; 
- Eicosanoides: é na produção desses mediadores que os antí-inflámtorios não 
esteroidais vão atuar, mecanismo deles é na produção desses compostos 
PRODUÇÃO DE EICOSANOIDES (GERAL): 
• “Eico” significa 20 → a estrutura química desses compostos tem 20 átomos de carbono 
• Eles podem ser produzidos a partir de alguns ácidos graxos, alguns lipídios → o principal 
que vai originar os eicosanoides é o acido araquidônico 
• Ele pode ser metabolizado por dois principais grupos de enzimas, então, elas podem 
gerar alguns tipos principais de eicosanoides 
- Grupo de enzimas vai pegar o acido aracdonico que vai originar os principais 
eicosanoides e vai metabolizar → da origem a prostaglandina, prostaciclina, 
tromboxano (prostanoides) 
- Um outro grupo de enzimas que vai metabolizar o acido araquidonico que vai gerar 
outros tipos de eicosanoides → que vao ser os leucotrienos e as lipoxinas 
• Tromboxano, protaglandinas e leucotrienos vao ser principalmente pró-inflamatórios 
(induzem inflamação); prostaciclina e lipoxina vao estar envolvidos na

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