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2º ano Farmacologia Michelle MEDTXIV ! de !1 107 2º BIMESTRE F"macologia 2º BIMESTRE Digite para introduzir texto 2º ano Farmacologia AULA 1 5 Farmacologia do SNA Simpático 5 INTRODUÇÃO 5 VIA NERVOSA AUTONÔMICA SIMPÁTICA - NEURONIOS EFERENTES: 5 SINTESE, ARMAZENAMENTO E LIBERAÇÃO DE CATECOLAMINAS: 9 RECEPTORES ADRENERGICOS: 14 RECEPTORES ALFA 1 (Gq): 16 RECEPTORES ALFA 2 (Gi/G0) 18 RECEPTORES BETA 1,2,3 (Gs): 20 CASO CLINICO 1: 22 FÁRMACOS SIMPATICOMIMÉTICOS: 23 AGONISTAS ADRENERGICOS DE AÇÃO DIRETA NÃO SELETIVOS: 24 AULA 2 26 Farmacologia do SNA Simpático II 26 FARMACOS SIMPATOMIMÉTICOS: 26 AGONISTAS ADRENERGICOS DE AÇÃO DIRETA SELETIVOS: 26 SIMPATOMIMÉTICOS DE AÇÃO INDIRETA: 31 SIMPATOMIMÉTICOS DE AÇÃO MISTA: 34 FÁRMACOS SIMPATOLÍTICOS: 34 ANTAGONISTAS ALFA ADRENERGICOS: 35 ANTAGONISTAS BETA ADRENERGICOS: 39 AULA 3 45 Anti-inflamatórios não esterioidais I 45 INTRODUÇÃO: 45 RESPOSTA INFLAMATÓRIA: 46 MEDIADORES DA INFLAMAÇÃO: 50 PRODUÇÃO DE EICOSANOIDES (GERAL): 51 PRODUÇÃO DE EICOSANOIDES VIA CICLO-OXIGENASE: 52 FUNÇÕES DOS MEDIADORES EICOSANOIDES: 55 PRODUÇÃO DE EICOSANOIDES VIA LIPO-OXIGENASE: 56 REAÇÕES DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA: 58 FISIOPATOLOGIA DA FEBRE: 58 FISIOPATOLOGIA DA DOR: 59 AINEs GENERALIDADES: 60 MECANISMO DE AÇÃO AINEs: 60 USO TERAPEUTICO: 61 AINEs NÃO SELETIVOS & SELETIVOS: 61 AINES NÃO SELETIVOS: 64 Michelle MEDTXIV ! de !2 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia IRREVERSIVEIS 64 AULA 4 67 Anti-inflamatórios não esterioidais II 67 AINES NÃO SELETIVOS: 67 REVERSIVEIS: 67 AINES SELETIVOS: 73 MODERADAMENTE SELETIVOS: 73 SELETIVOS: 74 Anti-inflamatórios esteroides - glicocorticoides I 76 INTRODUÇÃO: 76 PRODUÇÃO: 76 AÇÕES FISIOLOGICAS DOS GLICOCORTICOIDES: 79 AULA 5 81 Anti-inflamatórios esterioidais - glicocorticoides II 81 EFEITOS FARMACOLÓGICOS: 81 FARMACOCINÉTICA: 83 FÁRMACOS GLICOCORTICOIDES: 83 CLASSIFICAÇÃO: 83 INDICAÇÕES CLINICAS: 83 EFEITOS ADVERSOS: 84 INTERRUPÇÃO DO TRATAMENTO: 85 SOBRE O PACIENTE: 85 Anti-histamínicos I: 85 INTRODUÇÃO: 85 SINTESE: 86 ARMAZENAMENTO: 86 AÇÕES: 86 RECEPTORES: 87 AULA 6 89 Anti-histamínicos II: 89 REAÇÃO ALERGICA: 89 ANTI-HISTAMINICOS: 90 ANTI-HISTAMINICOS H1: 90 GLICOCORTICOIDES: 93 TRATAMENTO DO CHOQUE ANAFILATICO: 93 ANTI-HISTAMINICOS H2: 94 Terapia farmacologica da asma: 96 Michelle MEDTXIV ! de !3 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia INTRODUÇÃO: 96 RESPOSTA INFLAMATORIA: 97 CLASSIFICAÇÃO CONFORME CONTROLE DA ASMA: 99 TRATAMENTO FARMACOLOGICO DA ASMA: 100 AULA 7 101 Anti-asmáticos: 101 BRONCODILATADORES: 101 AGONISTAS BETA 2 ADRENERGICOS: 101 ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES MUSCARINICOS: 102 METILXANTINAS: 104 ANTI-INFLAMATORIOS: 105 GLICOCORTICOIDES: 105 Insulinas e hipoglicemiantes: 106 INTRODUÇÃO: 106 Michelle MEDTXIV ! de !4 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia AULA 1 F"macologia do SNA Simpático INTRODUÇÃO • O sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático se mantém em equilíbrio; - Parassimpático atua em situações de repouso e digestão - O simpático vai estar mais atuante em situações de estresse, luta ou fuga EX: quando vimos um leão, quando um bandido entra na nossa casa • O que acontece no nosso corpo nessas situações de luta ou fuga? Ficamos pálidos, as mãos ficam frias, começamos a tremer, coração dispara (taquicardia). Isso é o seu corpo te preparando para que você lute ou você fuja. - A glicemia aumenta porque você precisa de mais energia para poder lutar ou fugir - Precisa de uma maior freqüência cardíaca e uma maior freqüência respiratória para que você inale mais oxigênio e espalhe mais rapidamente toda essa glicemia e esse oxigênio para os tecidos - Tudo isso para que você realize mais a glicose no músculo esquelético para que você consiga correr, fugir, lutar, etc. • O simpático também vai estar atuante quando a gente fica muito ansioso, com muito medo (ex: para prova de fármaco) e vai desencadear a liberação da nora e da adrenalina ativando o simpático - Quando a gente esta com frio, a gente treme - o simpático esta ativado - Quando fazemos exercício fisico, precisamos de mais glicose e oxigênio - simpático é ativado VIA NERVOSA AUTONÔMICA SIMPÁTICA - NEURONIOS EFERENTES: • Via eferente é a que leva informações do SNC para periferia é aqui que os fármacos vão atuar • Os nervos eferentes simpáticos vão ter origem na região torácica e lombar da medula espinal, diferente da via parassimpática que era chamada de craniossacral (fibras eferentes se originavam do tronco encefálico ou da porção sacral da medula) • A origem da via simpática é desde o primeiro segmento torácico da medula espinal ate o segundo ou terceiro segmento lombar da medula espinal - torocolombar • FIBRAS: essa via é constituida por duas fibras: uma pre e uma pós ganglionar Michelle MEDTXIV ! de !5 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - A fibra pre ganglionar vai se comunicar entre o SNC e a fibra pos - A fibra pos vai comunicar a fibra pre ganglionar e o os órgãos efetores - A fibra pre ganglionar é mais curta na via simpática; a fibra pos ganglionar é bem maior - Assim que a fibra pre-ganglionar é ativada, ela vai produzir, armazenar e liberar a acetilcolina (colinérgica) - A fibra pos ganglionar da via simpática vai produzir, armazenar e liberar noradrenalina (adrenérgica) • RECEPTORES: existem receptores tanto nos gânglios quanto nos órgãos efetores; os receptores ganglionares vão estar nos corpos celular da fibra pôs ganglionar - A via pos ganglionar da via simpática é adrenergica mas no seu corpo celular vai apresentar receptores colinérgicos nicotinicos - Esses gânglios dessa via estão localizados principalmente ao lado da coluna vertebral (paraventrebral; 22 pares - lado direito e esquerdo); espalhados na região torácica e abdominal (pre-vertebrais); e na região sacral e próximo ao pescoço (mais raros; terminais) - Esses receptores colinergicos nicotinicos sao ionotropicos - canais ionicos; quando a fibra pre libera acetilcolina - Quando 2 moléculas de Ach se ligarem nesses receptores eles vão se abrir permitindo passagem do sódio que vai entrar e causar mudança na voltagem Michelle MEDTXIV ! de !6 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia intracelular; essa mudança se alcançar o limiar de ação vai abrir canais de sódio voltagem dependente e ai vamos ter potencial de ação - Os receptores adrenergicos sao metabotropicos e estado ligados cada um a uma proteína G diferente • Quando essa fibra pós ganglionar simpática é ativada, existem as vesículas de noradrenalina na sua porção terminal que vai ser liberada por exocitose e vai se ligar nos receptores dos órgãos receptores (receptores adrenergicos alfa e beta) • EXCEÇÕES: são duas exceções na via simpática - Nem sempre vai ter a produção da noradrenalina (noraepinefrina); na via simpática podemos produzir também e a adrenalina (epinefrina) - Primeira exceção: a adrenalina é produzida principalmente na medula da glândula suprarrenal; * Quando precisamos produzir a adrenalina a gente precisa agir muito rápido - luta ou fuga - então, algumas fibras pre ganglionares simpáticas vao deixar a medula e vão inervar a medula da glândula suprarrenal * La será produzido principalmente adrenalina e um pouquinho da noradrenalina e esses neurotransmissores vão cair diretamente na corrente sanguinea; nessa situação * A fibra pôs ganglionar na verdade é uma celula neuroendrocrina (cromafins) que estão na medula da suprarrenal - Segunda exceção: nós temos vias eferentes simpáticas que inervam glândulas sudoríparas que produzem e secretam suor; a via simpática eferente que inerva Michelle MEDTXIV ! de !7 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia glândulas sudoríparas tem sua fibra a pós ganglionar produzindo acetilcolina assim como a fibra pre ganglionar• AÇÕES DA VIA SIMPÁTICA: - Respostas contrarias da via parasimpática - Dilata pupila - midríase - Músculos lisos - relaxa - Sistema cardíaco - ativa (aumenta freqüência cardíaca) - Exerce efeitos metabólicos principalmente no fígado e no pâncreas Michelle MEDTXIV ! de !8 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Promove maior disponibilização da glicose (ex: inibindo a produção do glicogênio) - Exceção: órgãos reprodutores; a via parassimpatica causa ereção e a simpática ejaculação (se complementam) SINTESE, ARMAZENAMENTO E LIBERAÇÃO DE CATECOLAMINAS: • Neurotransmissores atuantes na via simpática são as catecolaminas; apresentam esse nome porque catecol é um anel aromático ligado a dois grupamentos hidroxilas e tem a amina (catecol + amina) Michelle MEDTXIV ! de !9 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • PRODUÇÃO: sao produzidas a partir de aminoácidos, nesse caso a partir da tirosina que é um aminoácido que nos produzimos mas é necessária a fenilalanina que é um aminoácido essencial (não produzimos) - Fenilalanina usada para produzir a tirosina depois serão três reações importantes: 1º: hidroxilação da tirosina para formar a dopa e quem catalisa essa reação é a tirosina hidroxila 2º: a dopa será transformada em dopamina e quem catalisa essa reação é a dopadescarboxilase (aminoacido - aromático descarboxilase); essa enzima vai ser usada para descaboxilar a dopa e outros substratos para produzir outros neurotransmissores (multiuso) 3º: a dopamina vai ser transformada em noradrenalina por meio da adição de uma hidroxila no carbono do lado da amina e essa reação é catalisada pela dopaminahidroxilase TIROSINA -> DOPA -> DOPAMINA -> NORADRENALINA - Essas reações acontecem principalmente na fibra adrenergica que é pôs ganglionar da via simpática - Tirosina foi produzida e chegou no neurônio ai vai ser transformada em dopa que vai ser transformada em dopamina que vai para dentro da vesícula; - Assim que a dopamina for produzida ela vai para dentro da vesícula porque a enzima dopaminahidroxilase esta dentro dessas vesículas; a noradrenalina vai ser produzida so dentro da vesícula - Essa condição é importante porque no citoplasma tem enzimas que metabolizam a noradrenalina e se ela for formada no citoplasma ela poderia ser prontamente metabolizada pelas MAO’s; é um mecanismo para poupar energia e previnir que seja degradada • ARMAZENAMENTO: A dopamina vai ser transportada para dentro da vesícula por meio de transportador ( transportador vesicular de monoaminas), funciona em duas etapas: - Existem uma bomba que vai bombear prótons H+ dentro da vesícula gastando um ATP Michelle MEDTXIV ! de !10 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Na sequencia quando a dopamina for sendo produzida, existe um cotransportador ( transportador vesicular de monoaminas) que vai mandar um próton pra fora e uma dopamina para dentro - O transporte do H+ é a favor do gradiente de concentração; - A noradrenalina que foi metabolizada vai ficar guardada na vesícula ate quando a fibra pôs ganglionar for estimulada pela pre ganglionar; • LIBERAÇÃO: quando tiver o potencial de ação, vai mudar a voltagem do neurônio e quando isso acontece, na porção terminal da fibra adrenergica vão se abrir canais de cálcio voltagem dependentes; - O cálcio entrando no neurônio vai facilitar a interação de proteínas da membrana vesicular com a membrana do neurônio e essas membranas vão se fundir e a noradrenalina vai ser liberada por exocitose • DESTINOS DA NORADRENALINA: vai chegar nos receptores pôs sinápticos adrenergicos alfa ou beta e ai ela pode seguir alguns caminhos, o principal deles é ser recatada pela própria fibra adrenergica - Existem fármacos que atuam nesse transporte de volta da noradrenalina - 70% a 90% na noradrenalina liberada vai ser recaptada pelo transportador de noradrenalina que esta na membrana plasmática do neurônio adrenérgico; - Transportador de noradrenalina: é um cotransportador; ele vai transportar no mesmo sentido o sódio e a noradrenalina que acabou de ser utilizada e tesa sobrando na fenda; o sódio que esta mais concentrado fora vai impulsionar a noradrenalina para dentro * essa nora não pode ficar dentro do citoplasma pois existem enzimas que podem metaboliza-la * É necessario guardar novamente dentro da vesícula; o transportador vesicular de monoamina será utilizado no processo; * É um mecanismo vantajoso pro corpo para não precisar ficar produzindo novamente a noradrenalina - Ainda existem 2 possibilidades para essa noradrenalina: uma delas é a possibilidade de ser recaptada porem ficara no citoplasma que possui enzimas que vao metaboliza-la * tem dois principais tipos de enzimas que vao degradar esse nerotransmissor: monoaminoxidases (MAO) ou as CONT (catecolometiltransferase) Michelle MEDTXIV ! de !11 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia * As MAO’s possuem 2 isoformas que são parecidas porem com ações um pouco diferentes: MAO - A: degrada NE, dopamina, seratonina MAO - B: degrada NE, dopamina e seratonina mas tem preferencia pra dopamina; degrada mais rapidamente a dopamina * Essas enzimas vão ficar na membrana mitocondrial que estão nos neurônios adrenergicos; * elas também serão expressas no epitélio intestinal no fígado e a sua principal expressão é no SN * As CONT praticamente não são produzidas no SN, são produzidas principalmente no fígado e nos rins; vão metabolizar as catecolaminas - Um terceiro caminho para essa noradrenalina é ela se difundir pelo sangue; ela acaba não sendo recaptada, se difunde e nos outros tecidos elas serão metalizadas pelas CONT e seu metabólitos serão eliminados na urina • PRODUÇÃO E SECREÇÃO DE ADRENALINA: - Na medula da suprarrenal a gente encontra células cromais que sao células neuroendocrinas que sao ativadas por um neuronio e vao ter a função de secretar, nesse caso aqui um hormônio que vai cair direto na corrente sangüínea - O SNC foi ativado e ativou as fibras pre ganglionares da via eferente simpatica; algumas dessas fibras pre ganglionares vao inervar a medula da suprarrenal e quando essas fibras sao ativadas vai ser produzida acetilcolina - A acetilcolina vai ser liberada na medula da suprarrenal, as células cromafins vao ter receptores colinergicos nicotinicos; a acetilcolina vai se conectar nesses receptores e vai abrir canais (receptor ionotropico) e sódio vai entrar nessas células cromafins - O sodio vai causar abertura de canais de sódio voltagem - dependente e despolarizar a celula cromafins; essas células ativadas vão liberar seus grânulos que contem noradrenalina mas principalmente adrenalina - Dos neurotransmissores encontrados na suprarrenal 80% corresponde a adrenalina e mais ou menos 20% é a noradrenalina - Essas catecolaminas vao sair da medula da suprarrenal e vao cair direto na corrente sangüínea e isso faz com elas ajam de uma forma muito rápida porque pela corrente sangüínea elas vao ser distribuídas para todo nosso corpo Michelle MEDTXIV ! de !12 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - A adrenalina vai ser mais potente que a noradrenalina em todos os receptores adrenergicos; ela precisa d uma concentração menor para ter mesmo resultado da noradrenalina - Quando nos deparamos com uma situação de perigo precisamos ter uma resposta rápida; - A produção da adrenalina é igual a da noradrenalina ate a ultima etapa (que forma a noradrenalina); na medula d aglandula suprarrenal nos produzimos uma enzima chamada feniletanolamina-N-metiltransferase, essa enzima vai metilar a noradrenalina NORADRENALINA -> ADRENALINA - A produção da adrenalina ocorre na medula da suprarrenal porque é la que produzimos a enzima responsável pela transformação de noradrenalina em adrenalina - A produção da adrenalina, ate a etapa de noradrenalina, vai estar acontecendo dentro da celula cromafim, nos grânulos - Assim que a noradrenalina for produzidaela sai desses grânulos porque a enzima (feniletanolamina - N - metiltransferase) está no citoplasma; - A noradrenalina vira adrenalina e volta para dentro dos grânulos ate que a fibra pre ganglionar seja estimulada, ocorra potencial de ação e os grânulos sejam liberados na corrente sangüínea • MEDO E ANSIEDADE: certas regiões especificas do SNC serão estimuladas; essas regiões vao estimular o eixo HIPOTALAMO - HIPOFISE - CORTEX - SUPRARRENAL - O hipotálamo vai secretar corticotrofina e vai estimular a neurohipofise que vai estimular o hormônio adrenocorticotrofico - Esse hormônio vai ser liberado pela adenohipofise, vai cair na corrente sangüínea e chegar no cortex da suprarrenal induzindo a produção de cortisol Michelle MEDTXIV ! de !13 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - O cortisol vai ser liberado na corrente sangüínea e exercer vários efeitos (ex: aumentar a glicemia) mas na glândula nos temos vasos chamado portaintrasuprarrenais que vao comunicar o cortex com a medula da suprarrena, então um pouco desse cortisol vai para medula do suprarrenal - Ele vai aumentar a expressão da tirosinahidroxilase, da feniletanolamina - N - metiltransferado; vai aumentar a produção das catecolaminas -> ativa mais ainda o simpático RECEPTORES ADRENERGICOS: • Esses receptores sao expressos nos órgãos efetores e vao ser responsivos as catecolaminas liberadas pela va simpática (noradrenalina e adrenalina) • Sao divididos em alfa e beta; o alfa será subdividido em alfa 1 e alfa 2; o receptor beta será subdividido em beta 1, beta 2 e beta 3 • Todos esses receptores sao acoplados a proteína G (metabotrópicos) so que vao ter uma expressão diferente em cada parte do corpo • RECEPTOR ALFA - Alfa 1: expresso principalmente nos músculos lisos dos vasos sanguineos, nos olhos, no sistema urinário (ex: esfincters) - Alfa 2: expresso no pancreas, na porção pre-sinaptica, nos vasos sangüíneos (menor quantidade que alfa 1) • RECEPTOR BETA: - Beta 1: expresso principalmente no coração e nos rins - Beta 2: expresso principalmente em musculos lisos, bronquios, musculo detrusor da bexiga, utero, fígado, etc - Beta 3: expresso principalmente no tecido adiposo • Tem receptor pré sinóptico que esta na fibra pós-ganglionar; o principal tipo de receptor adrenérgico pre-sinaptico é o alfa 2; o - Modula secreção da noradrenalina Michelle MEDTXIV ! de !14 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • Os receptores adrenergicos sao do tipo metabotropicos, ou seja, ligados a proteína G; cada um deles pode estar ligado a proteina G diferente - Receptor adrenérgico alfa 1 ligado a proteina Gq - Receptor adrenergico alfa 2 ligado a proteina Gi - Receptor adrenérgico beta ligado a proteina Gs Michelle MEDTXIV ! de !15 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia RECEPTORES ALFA 1 (Gq): • Vai estar acoplado a proteina Gq e expresso no musculo liso dos vasos sangüíneos, esfíncteres e no músculo dilatador da pupila • Quando um agonista (adrenalina ou noradrenalina) se liga nele, ele vai ser ativado e vai ativar a proteína Gq • Essa proteina Gq ativa vai separar subunidade beta e gama da alfa; a subunidade alfa da proteína Gq é a que vai ser ativa e vai fazer a ativação da fosfolipase c (enzima que ta na membrana) • A fosfolipase C vai metabolizar fosfatidil inositol de fosfato em DAG e IP3 - DAG: diacilglicerol - IP3: inusitol trifosfato • O inusitol trifosfato vai abrir canais de calco no retículo sarcoplasmatico; cálcio sai do retículo e vai pro citoplasma (aumenta níveis de cálcio no interior da celula) • O calcio no citoplasma vai interagir com a calmodulina; cálcio com calmodulina ativa miosinaquinase de cadeia leve; essa enzima fosforila e ativa a cadeia leve da miosina • Quando a miosina é fosforilada, ela consegue ser ativada e interagir com a actina; miosina e actina = contração • O diacilflicerol vai manter essa miosina por mais tempo fosforilada e ativa, atuando no sentido da atuação Michelle MEDTXIV ! de !16 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • RESULTADO DA ATIVAÇÃO: vasoconstrição, aumento da pressão arterial; contração dos esfíncteres (inibe a vontade de fazer xixi); dilatação da pupila (contracao do músculo dilatador da pupila) - Outra ação de alfa 1 é inibir a produção de glicogênio no fígado; em situações de luta ou fuga precisamos liberar e não armazenar a glicose - Exceção: também temos o alfa 1 expresso em quantidade pequena no músculo liso do trato gastrointestinal ( o que predomina é beta 2); la, esse receptor vai provocar o relaxamento do músculo liso O pouco de calcio que entra pela expressão do alfa 1 no TGI não vai causar contração; Esse cálcio que entra pela ativação do receptor alfa 1 no músculo liso do TGI vai abrir canais de potássio dependentes de cálcio; O canal de potássio aberto vai fazer com que o potássio saia da celula e torna-la cada vez mais negativa - hiperpolarizada • OBS: No vaso sangüíneo ainda há presença de receptores alfa 2 e beta 2; o beta 2 vai causar inicialmente relaxamento do vaso só que predomina-se essa ação quando a noradrenalina e a adrenalina estão em baixas concentrações • AÇÃO DA VIA SIMPATICA NA DILATAÇÃO DA PUPILA: Michelle MEDTXIV ! de !17 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Via parassimpática: miose (contração da pupila); vai simpática: midríase (dilatação da pupila) - No olho temos o músculo constritor da pupila ou esfíncter da íris e temos o músculo radial que é o dilatador da pupila; nos temos receptores muscarinicos no musculo constritor da pupila (M3 principalmente); a acetilcolina faz a contração desse músculo - diminui a pupila - miose - Os receptores alfa 1 estão no músculo dilatador da pupila ou radial da iris; esse músculo não é concêntrico então se contrai esse músculo a pupila aumenta - dilatação - midríase RECEPTORES ALFA 2 (Gi/G0) • Vai estar acoplado a proteína Gi e proteina G0; é expresso em alguns tecidos, principalmente no pâncreas • Quando um agonista (noradrenalina ou adrenalina) se liga no receptor vai ativar o receptor e a proteina G inibitoria; • A proteina G inibitoria ativa vai separar a subunidade alfa da beta e gama; a subunidade alfa será a ativa e vai inibir a adenililciclase; essa enzima normalmente produzir AMPc que ativa a proteína quinas A; • Essa proteina Gi acoplada ao receptor alfa 2 vai inibir a adenililciclase, diminuindo a produção de AMPc, diminuindo a ativação da PKA • A PKA é a proteina quinase A e normalmente abre canais de calcio e aumenta calcio; como esta inibida haverá diminuição da concentração de cálcio • Receptor adrenérgico alfa2 também esta acoplado a proteina G0; a subunidade beta e gama d proteína G0 vai abrir canais de potássio na membrana da celula; potássio vai sair da celula (ion positivo) que vai ficar hiperpolarizada • NO PÂNCREAS: na celula beta pancreática vai ter produção e armazenamento da insulina; quando sobe o nível de glicose, a insulina será liberada pela celula beta pancreática - Para que a insulina seja liberada é precisa sair das vesículas e sair da celula beta pancreática; - O cálcio irá auxiliar essa liberação das vesículas com insulina, vai ser importante para que a membrana das vesículas se fundam com a membrana da celula beta pancreática e a partir disso sejam liberadas na corrente sangüínea - O alfa 2 vai diminuir calcio e com isso vai ter diminuição da secreção da insulina Michelle MEDTXIV ! de !18 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - O simpatico tem essa ação para que haja diminuição da captação de glicose por tecidos desnecessários em situações de luta ou fuga - Ainda vai ter insulina suficiente para que tecidos e órgãos sejam capazes de captar a glicose - SNC, coração, músculo esquelético - Essa diminuição da insulina vai ocorrer para que haja um redirecionamento da glicose para os órgãos de maior importância na situação • Esses receptores ainda estarão presentes na membranado neurônio pre ganglionar; a noradrenalina e adrenalina podem interagir com esses receptores e como eles estão acoplados a proteína Gi e G0 vai diminuir a liberação da noradrenalina - Feedback negativo - É mais difícil, então, ativar essa fibra; serve como modulação fibra adrenergica pôs ganglionar Michelle MEDTXIV ! de !19 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia RECEPTORES BETA 1,2,3 (Gs): • Os tres tipos estar ligado a proteína Gs (estimulatoria) • O receptor sera ativado por um agonista (noradrenalina ou adrenalina); quando é ativado irá ativar a proteína Gs • A subunidade beta gama e alfa dessa proteina vao se separar; a subunidade alfa é a parte ativa da proteína Gs e vai ativar a enzima adenililciclase • Essa enzima vai produzir AMPc que vai ativar PKA (proteina quinase A); essa proteína vai ter sua ação dependente do tecido no qual estamos falando • BETA 1: expresso principalmente no coração; está expresso nos rins também NO CORAÇÃO: - A PKA, no tecido cardiaco, vai abrir canais de cálcio; o cálcio entra e interage com a calmodulina ativando miosina quinase de cadeia leve -> ativa miosina -> miosina e actina -> contração - As nossas principais células marca-passos sao as que estão no nó sinoatrial; elas vão gerar potencial de ação de maneira independente; nesse potencial de ação o cálcio é extremamente importante, quanto maior quantidade de cálcio maior é a freqüência cardíaca -efeito cronotropico positivo NOS RINS: - Esse receptor, nos rins, quando ativado vai induzir a secreção da renina - Eixo renina angiotensina aldosterona; a renina ajuda na conversão da angiotensina 1 em angiotensina 2 Michelle MEDTXIV ! de !20 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - A angiotensina 2 vai aumentar produção da aldosterona (vasoconstritora), aumenta reabsorção de sódio, varias ações que vão elevar a pressão arterial OBS: alfa 1 e beta 1 vão estimular o sistema cardiovascular; • BETA 2: expressos em músculos lisos (bexiga, TGI, brônquios, útero, etc) e nos hepatocitos - A ação da PKA no músculo liso é diferente do que no coração; a PKA vai inativar a miosinaquinase de cadeia leve - A mioquinase de cadeia leve normalmente (ativa) fosforila e ativa a miosina que vai interagir com a actina e gerar contração - No músculo liso, quando beta 2 é ativo e a PKA for produzida, ela ira inativar essa proteína miosinaquinase de cadeia leve e consequentemente a miosina não vai ser ativada e nem interagir com a actina, ou seja, relaxamento da musculatura - Resultados: broncodilatação, relaxamento do utero, relaxamento do músculo detrusor da bexiga, diminui motilidade do TGI - Beta 2 também esta no músculo esquelético e aqui vai causar contração. A PKA no músculo esquelético abre canais de cálcio ai causa tremor (ex; broncodilatador que possui efeito adverso tremores) Michelle MEDTXIV ! de !21 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Nos hepatócitos o beta 2 vai estimular glicogenólise. A PKA no hepatócito vai promover a quebra do glicogenio para liberar a glicose no sangue e aumentar o aporte energético numa situação de luta ou fuga, estresse, exercício físico CASO CLINICO 1: Paciente 1: hipertenso; Paciente 2: asmático; Paciente 3: sofreu intoxicação do tipo micetismo. Após analisar os casos dos 3 pacientes, ASSINALE a alternativa que apresenta as opções CORRETAS de fármacos que poderiam ser administrados para cada um dos pacientes. a) Paciente 1: agonista dos receptores adrenérgicos alfa 1; Paciente 2: antagonista dos receptores adrenérgicos beta 2; Paciente 3: agonista dos receptores adrenérgicos. b) Paciente 1: antagonista dos receptores adrenérgicos alfa 1; Paciente 2: agonista Michelle MEDTXIV ! de !22 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia dos receptores adrenérgicos beta 2; Paciente 3: antagonista dos receptores adrenérgicos. c) Paciente 1: agonista dos receptores adrenérgicos alfa 1; Paciente 2: agonista dos receptores adrenérgicos beta 2; Paciente 3: agonista dos receptores colinérgicos. d) Paciente 1: antagonista dos receptores adrenérgicos alfa 1; Paciente 2: agonista dos receptores adrenérgicos beta 2; Paciente 3: agonista dos receptores colinérgicos. e) Paciente 1: antagonista dos receptores adrenérgicos alfa 1; Paciente 2: agonista dos receptores adrenérgicos beta 2; Paciente 3: agonista dos receptores adrenérgicos. EXPLICAÇÃO: o primeiro paciente é hipertenso então preciso inibir a via simpática, se utilizar um agonista alfa1 no Paciente 1 a pressão dele vai aumentar; o Paciente 2 é asmático e no processo da asma tem uma vasoconstrição intensa e ai preciso ativar a via simpática; o ultimo paciente esta com mimetismo, nesse caso sua via parassimpática está muito ativada e preciso administrar um fármaco que inibe a via parassimpático FÁRMACOS SIMPATICOMIMÉTICOS: • São fármacos que vao ativar a via simpática de diferentes formas: direta, indireta ou mista Michelle MEDTXIV ! de !23 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Ação direta: vão se ligar em algum receptor adrenérgico alfa ou beta; podem ainda ser divididos em seletivos (se ligam com uma maior preferencia a algum tipo de receptor) e não seletivos (se ligam em dois ou mais tipos de receptor adrenérgico sem nenhuma preferencia) SELETIVIDADE DIFERENTE DE ESPECIFICIDADE - Ação indireta: eles não vao necessariamente se ligar e ativar um receptor adrenérgico mas eles vão aumentar os níveis de catecolaminas de diferentes formas inibindo enzimas que degradam as catecolaminas (MAO e CONT) ou por outros mecanismos complexos; podem ser fármacos, substâncias ilícitas ou podem estar em alimentos (ex: tiramina) OBS: não sera comentado ainda sobre os fármacos que inibem as enzimas degradadas de catecolaminas - Ação mista: eles vão tanto ativar receptor adrenérgico como aumentar o nível de noradrenalina AGONISTAS ADRENERGICOS DE AÇÃO DIRETA NÃO SELETIVOS: • Mimetizam os efeitos da noradrenalina ligando-se diretamente nos adrenoreceptores; - Adrenalina: alfa 1, alfa 2, beta 1, beta 2 - Noradrenalina: alfa 1, alfa 2, b1 - Isoproterenol: beta 1 e beta 2 1. ADRENALINA: • É um neurotransmissor que nós produzimos, então ser um fármaco agonista; a adrenalina não é nada seletiva porque ela se liga a receptores alfa (1 e 2) e beta (1 e 2); • No sistema cardiovascular ela vai causar aumento da pressão; se liga ao alfa 1 e vai causar vasoconstrição; vai se ligar em beta 1 e pode causar aumento da secreção renina que ativa a via do eixo Renina Angiotensia e Aldosterona - aumenta pressão • No coração, ao se ligar em receptores beta 1 ela vai causar efeitos cronotropicos e inotropicos positivos; ela vai aumentar a força de contração e a freqüência cardíaco • Nos músculos lisos, ao se ligar em receptores beta 2, a adrenalina vai causar dilatação do útero, diminui as cólicas, broncodilatação, etc. • Nos músculos esqueleticos, ao se ligar com beta 2, pode causar tremores; • No pancreas, se ligando ao receptor alfa 2, vai diminuir a secreção de insulina Michelle MEDTXIV ! de !24 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • No fígado, se ligando ao receptor alfa 1, vai diminuir armazenamento de glicogênio; quando se liga ao receptor beta 2, vai aumentar glicogenolise • APLICAÇÃO CLINICA: - Asma - tratamento de emergência (beta 2): Na asma, a adrenalina vai causar broncodilatação (beta 2) mas pode causar taquicardia (beta 1), vasoconstrição (alfa 1) ou hiperglicemia (alfa 2). Antigamente a adrenalina era usada para tratar asma porem hoje em dia possuem fármacos mais seletivos com menos efeitos adversos - Choque anafilático (beta 2): tem uma grande liberação de histamina que vai causar broncoconstricao, vasodilatação, edema de glote, paciente não vai conseguir respirar normalmente; a adrenalina via intramuscular vai causar broncodilação, aumenta a pressão evitando sinais e sintomas graves do choque anafilático Esse choque pode ser controlado nos primeiros minutosmas a gente pode ter uma liberação nova de histamina e ai não vai ser so com adrenalina, talvez tenha que ser passado um corticoide ou anti-histaminico para controlar. A adrenalina pode ser usada pelo paciente ou em hospitais mas é necessária a explicação de como e quando utilizar esse medicamento em casa. - Parada cardiaca (beta 1): é preciso aumentar a freqüência cardíaca (no hospital); • OBS: a adrenalina é mais potente do que a noradrenalina; é administrada principalmente via intravenosa porque pela via oral será muito metabolizada e quase nada chegara na corrente sangüínea. - Via intramuscular e subcutânea ate pode ser utilizada porem a adrenalina causa vasoconstrição e vai diminuir muito a absorção do fármaco; vai ter menor fluxo sanguíneo para que ela seja absorvida então vai ser um processo muito lento (em uma parada cardíaca é inviável) • EFEITOS ADVERSOS: superlativação do sistema cardiovascular, aumento da pressao, taquicardia, arritmia cardíaca, cefaleia, tremores, irritação, hiperglicemia principalmente em pacientes diabéticos do tipo II • Adrenalina não sera um uso crônico, será pontual; 2. NORADRENALINA: • É um agonista; vai se ligar em todos os receptores adrenergicos Michelle MEDTXIV ! de !25 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • Uma diferença marcante da ação da adrenalina e da noradrenalina é que a noradrenalina é menos potente e em um certo tipo de receptor essa ação da nora é bem menor do que da adrenalina - receptor beta 2 adrenérgico • A adrenalina é cerca de 50% vezes mais ativas em receptor beta 2 do que a noradrenalina; • APLICAÇÃO CLINICA: principal utilização é pra ativar o sistema cardiovascular: aumentar a pressão em caso de choque, numa parada cardíaca; • EFEITOS ADVERSOS: tremor, taquicardia, arritmia, hiperglicemia • É muito metabolizada via oral, causa vascoconstricao subcutânea e intramuscular; principal via aplicada é a via intravenosa 3. ISOPRENALINA/ISOPROTRENOL: • É agonista; se liga e ativa tanto receptor beta 1 e beta 1; dos não seletivos é a mais seletiva ja que não aja tanto em receptores alfa • APLICAÇÃO CLINICA: - Antigamente era muito utilizada em doenças respiratórias ja que causava broncodilataçãoo porem ela ativa beta 1 também - Utilizado em emergencias para aumentar a freqüência cardíaca e pouco utilizada na asma • EFEITOS ADVERSOS: taquicardia, arritmia, cefaleia, rubor AULA 2 F"macologia do SNA Simpático II FARMACOS SIMPATOMIMÉTICOS: AGONISTAS ADRENERGICOS DE AÇÃO DIRETA SELETIVOS: • Mimetizam os efeitos da noradrenalina ligando-se diretamente nos adrenoreceptores: - Dobutamina (beta 1) - Fenilefrina (alfa 1) - Salbutamol/terbutalina (beta 2) - Clonidina (alfa 2) 1. DOBUTAMINA: Michelle MEDTXIV ! de !26 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • É um fármaco considerado agonista beta 1 seletivo mas sabe-se que ela não atua somente em beta 1; - A dobutamina é um farmaco que possui carbono quiral (quatro ligantes diferentes) e quando isso acontece ela pode ter varios isomeros - Ela possui varios isomeros e dentre eles tem o isomero destrogero e levogero - A forma destrogera e levogera são agonistas beta 1; a forma destrogera é também antagonista alfa 1 (diminui pressão); so que a forma levogera dessa molécula é agonista alfa 1(aumenta pressão) - Comercialmente, a dobutamina é vendida como uma mistura racemia (partes iguais dos dois isômeros) e o resultado final da sua ação: Os dois isômeros sao agonistas beta 1 Se metade vai ativar agonista alfa 1 e metade vai metade vai inativar alfa 1, o efeito sobre alfa 1 vai ser praticamente nulo - por isso é classificada agonista beta 1 • RELEMBRANDO: Nos temos receptor beta 1 principalmente sendo expresso nos rins e no coração; no coração vai aumentar forca de contração e freqüência cardíaca • A dobutamina vai ativar beta 1 causando aumento da freqüência cardíaca e da forca de contração (efeito isotrópico positivo) • APLICAÇÕES CLINICAS: insuficiencia cardiaca, bradicardia (ex: depois de um infarto), - Com a ultilização desse farmaco o coração vai ter mais forca pra bater e conseguimos tratar a insuficiência cardíaca • EFEITOS ADVERSOS: arritmia cardiaca e o próprio infarto; - Arritmia é alguma alteração da freqüência cardíaca e esse fármaco vai atuar exatamente ai; possui um efeito brando na FC mas mesmo assim pode causar arritmia cardíaca - Depois que o paciente tiver um infarto ele pode ter uma estimulação vagal e ter essa bradicardia; é possível utilizar a dobutamina para fazer o coração bater normalmente; se o paciente tiver um novo infarto a dobutamina vai continuar forçando o coração podendo desencadear um infarto 2. FENILEFRINA E NAFAZOLINA • São agonistas alfa 1 seletivos; Michelle MEDTXIV ! de !27 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • Esses fármacos, ao ativar os receptores alfa 1 adrenergicos (musculo liso dos vasos sangüíneos) vão ativar proteína Gq, aumentar cálcio e gerar contração - vasoconstrição → aumenta pressão • APLICAÇÃO CLINICA: sua principal utilização é como descongestionante nasais; - Quando estamos com resfriado/renite/rinosinusite há uma grande quantidade de congestão nasal - Os vasos da cavidade nasal vao dilatar e terá maior fluxo sangüíneo e provavelmente vai ter processo inflamatório envolvido, contração endotelial, saída de células inflamatórias → congestão, maior produção e secreção de muco - A vasodilatação contribui para congestão nasal e ai os agonistas alfa 1 vao fazer contração dos vasos sangüíneos - Quando ha aplicação topica do neosoro® (nafazolina), esse fármaco fazer com que haja contração dos vasos da mucosa nasal → vai ter diminuição da saída excessiva de secreções, de muco, de celula inflamatórias → melhora a congestão nasal - Descogex ® pode ser utilizado via oral; a absorção vai sr um pouco maior e tera mais risco de efeito adverso como por exemplo, aumento da pressão • NOMES COMERCIAIS: - Neosoro ® - nafazolina - Deongex ® - fenilefrina • EFEITOS ADVERSOS: - Quando esses descongestionantes sao usados pela via oral, u dos efeitos adversos é aumento da pressão; - Quando utilizamos pela via tópica existe o efeito rebote; quando a nossa mucosa nasal fica muito tempo com os vasos contraídos, o fluxo sangüíneo na região vai estar diminuído (diminuição da oxigenação nasal) * Se o paciente usar por mais de 5/6 dias pode acontecer hipóxia e ai o nosso organismo vai fazer vasodilatação rebote * Mesmo que o paciente continue utilizando o fármaco, o paciente vai ter uma dessensibilização dos receptores e ai acontece a vasodilatação por conta da hipoxia * Essa vasodilatação pode vir um pouco pior do que no inicio do processo; a congestão volta e pode voltar pior Michelle MEDTXIV ! de !28 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia * O efeito rebote é chamada de sinusite medicamentosa * O descongestionante pode causar irritação, ressecamento, etc; • INDICAÇÃO: usar os descongestionante por 6 dias quando realmente esta muito congestionado; - Para pacientes que se apresente com renite constante é indicado utilização de descongestionante que não tenha o ativo vasoconstritor; são as formulações infantis; não apresentam agonista alfa 1, vão apresentar sais que vão fluidificar, diminuir a viscosidade das secreções nasais 3. SALBUTAMOL, TERBUTALINA E FENOTEROL: • São fármacos agonistas seletivos para beta 2; famosos por tratar doenças respiratórias • Beta 2 vai ser expresso em músculos lisos como nos brônquios; quando ativado esse receptor vai causar broncodilatação facilitando a respiração • Quanto maior a concentração dos fármacos maior o risco de ativar beta 1; ainda pode ter um risco de taquicardia e arritmia • São broncodilatadores considerados de primeira linha para tratamento da asma e clinicamente eles causam uma broncodilatação muito efetiva • Os agonistas de beta 2 são divididos fármacos de ação curta e ação longa - Ação curta:salbutamol, fenoterol, terbutalina; * Eles vao começar a agir em pouco tempo, 10/15 minutos * O tempo de ação deles é menor, de 3 a 6hrs dependendo do fármaco - Ação longa: salmeterol, vilanterol, formoterol * Vão demorar mais pra começar a broncodilatar * Salmetoerol vai demorar quase uma hora para agir * O tempo de ação deles é maior, chega ate 12hrs - Quando o paciente esta com crise de asma ele precisa de uma broncodilatação rápida - ação curta; para manter o paciente sem crise e previnir crises - ação longa 20:03 • NOMES COMERCIAIS: - Berotec ® - fenorerol - Aerolin ® - salbutamol • APLICAÇÃO CLINICA: Michelle MEDTXIV ! de !29 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Asma (via oral, inalação ou intravenosa): broncodilatadores - Inibição do parto prematuro - salbutamol; * Ativam beta 2 e relaxam a musculatura do utero (no parto prematuro há muitas contrações) • EFEITOS ADVERSOS: quanto maior concentração podem ativar beta 1 causando taquicardia, arritmia, tremores (beta 2 está presente também nos músculos) 4. CLONIDINA, METILDOPA • São alfa 2 seletivos; os receptores alfa 2 podem ser autorreceptores (pre sinóptico; no neuronio pre ganglionar adrenérgico ) - A noradrenalina sercretada na fenda sinóptica pode se ligar com os receptores alfa 2 na membrana da fibra pôs ganglionar; - Quando tem ativação desse receptor alfa 2 pre sináptico vai ativar a proteína Gi que vai inibir adenilciclase, inibindo a ativação da pKa - Inibição da pKa vai diminuir o cálcio (facilitador da interação entre membrana vesicular e membrana do neuronio) que seria necessário para liberação da noradrenalina - Esse receptor ainda esta ligado a proteína G0 que vai abrir canais de potássio, o potássio sai da celula (hiperpolarizaçao) tornando mais difícil estimulação do neurônio - Ativação do alfa 2 pré-sinóptico vai diminuir a liberação de noradrenalina; é um fármaco agonista alfa 2 mas vai diminuir a ativação da via simpática porque vai aumentar a inibição da liberação da noradrenalina • O efeito do uso de um fármaco agonista alfa 2 seletivo é a diminuição da pressão; - Vai ter menor ativação dos receptores alfa 1 adrenergicos nos vasos sangüíneos • NOMES COMERCIAIS: - Aldomet® - alfa- metildopa - Atensina® - clonidina Michelle MEDTXIV ! de !30 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • APLICAÇÃO CLINICA: anti-hipertensivo; SIMPATOMIMÉTICOS DE AÇÃO INDIRETA: • Potencializam a transmissão adrenergica, aumentando a liberação de noradrenalina das vesículas • Alem de fármacos, existem outros compostos que atuam dessa forma como drogas ilibais (anfetaminas) e a tiramina que é um composto um pouco diferente 1. TIRAMINA • Ela gera uma interação com medicamentos; • É uma feniletilamina, uma substancia parecida com uma catecolamina • Esta presente em alguns alimentos: queijos, vinhos, cerveja… • Quando há uma grande ingestão de tiramina por meio de algum desses alimentos, ela vai ser metabolizada pelas enzimas MAO, justamente porque é uma substancia parecida com as catecolaminas • Essas enzimas estão presentes tanto em células nervosas (degradacao de catecolaminas) mas também no fígado, no intestino… • Quando ingerimos uma quantidade razoável de tiramina, as MAO’s que estão la no intestino vao degradas as tiraminas e seus metabólicos degradados • Existe alguns medicamentos que vão inibir as MAO’s; eles podem ser utilizados para tratar depressão - Há inibição da MAO - Aumenta o nível dos neurotransmissores e consegue amenizar os sinais e sintomas da depressas • Quando há um paciente realizando tratamento da depressão com esses fármacos inibidores da MAO e ele ingere uma grande quantidade de tiramina (pelos alimentos), esse paciente não vai realizar a metabolização da tiramina no instestino - A tiramina consegue ser absorvida, sai do lumen intestinal e cai na corrente sangüínea Michelle MEDTXIV ! de !31 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Chegando na corrente sangüínea, a tiramina vai encontrar a via eferente simpática; por ser parecida com uma catecolamina, ela vai entrar nos neurônios adrenergicos (pos ganglionares) e vai entrar dentro da vesícula - Mas a noradrenalina e a toramina nao conseguem ficar juntas dentro da vesícula, ai a tiramina, ao entrar nas vesículas, vai expulsar a noradrenalina que vai começar a ser liberada na fenda sináptica → causa aumento da pressão - Vai acontecer uma descarga simpática, uma liberação muito grande da noradrenalina → vai ativas o receptor alfa 1 → vasoconstrição → risco de crises hipertensivas intensas, risco de infarto, risco de AVE • Pacientes que estão utilizando antidepressivos que sao inibidores da MAO não sao aconselhados a ingerir grande quantidade de tiramina e alimentos nos quais essa substancia esta presente • OBS: a tiramina, quando entra dentro da vesícula, é metabolizada, vira outro composto 2. ANFETAMINA • A anfetamina e a metanfetamina sao as principais substancias ilícitas • A diferente entre elas é a presença de uma metila a mais e é mais potente que a anfetamina • Sao drogas um pouco mais caras; • Essas drogas agem como simpatomiméticos de ação direta por pelo menos 3 mecanismos ja propostos • Elas vão agir de uma forma muito parecida com a da tiramina; elas vão ser absorvidas, vão atingir o sistema nervoso autônomo (no SNC também), vão ser armazenadas nas vesículas no lugar das cotecolaminas e vai liberar a noradrenalina • Elas ainda são fracas inibidoras da MAO, vão aumentar liberação da noradrenalina e diminuir a sua degradação • As anfetaminas podem, também, bloquear a recaptação da noradrenalina Michelle MEDTXIV ! de !32 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - A noradrenalina é recatada (voltando pro interior do neurônio noradrenergico) por meio do transportador de noradrenalina; ai do citoplasma do neironio ele volta para vesícula por meio do transportador vesicular de monamina - As anfetaminas vao inibir o transportador de noradrenalina fazendo com que esse neurotransmissor fique mais tempo no meio extracelular, ou seja, aumentam liberação da nora, diminui sua metabolização (inibem a MAO) e diminui a sua recaptação (inibe transportador de noradrenalina - Nos sistema nervoso central vai ter um aumento significativo da noradrenalina fazendo com que o paciente sinta-se (no inicio) mais euforico, atento, feliz; ele vai perder o apetite, o sono; - Com o passar do tempo pode acontecer a tolerância e a mesma dose não vai ser suficiente para causar o mesmo efeito → vai ter que aumentar a dose da droga para ter os mesmas “sensaçõs boas” - Essa tolerancia pode causar dependencia podendo causar a drogadição; essa situação faz com que a pessoa queira fazer de tudo para conseguir a substancia que vai dar prazer → fica agressiva, perde libido, etc • APLICAÇÃO CLINICA: há a utilização de fármacos parecidos com anfetaminas, principalmente o metilfenidato (ritalina ®) e a dextroanfetamina • Esses fármacos tem um mecanismo de ação das anfetaminas → vao inibir as MAO, vao diminuir a recaptação (inibição do transportador de noradrenalina), vão atuar de uma forma parecida com a da tiramina; - No SNC isso vai proporcionar o aumento da noradrenalina - Esses fármacos sao utilizados principalmente para tratamento de TDAH - Nesse transtorno, um dos fatores envolvidos é a falha adrenergica no SNC fazendo o indivíduo sentir dificuldades de se concentrar, fica hiperativo, agitado, etc… • Quando paciente usa esses fármacos, os níveis de noradrenalina no SNC aumentam, melhorando a ação desse neurotransmissor, por exemplo, na região pre-frontal → melhora concentração, aprendizado, diminui hiperatividade, etc • Por serem parecidos com as anfetaminas, so sao indicados por prescrição médica e retenção da receita; • A dose desses medicamentos é extremamente controlada, justamente para evitar efeito adversos e a dependência, a drogadição - A dose maximada ritalina é 60mg por dia aproximadamente Michelle MEDTXIV ! de !33 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Geralmente o medico vai prescrever doses menores; • EFEITOS ADVERSOS: depressão, fadiga, agitação, irratibilidade, ansiedade, delirios, alterações da libido, insonia, suicídios SIMPATOMIMÉTICOS DE AÇÃO MISTA: • Potencializam a transmissão adrenergica, aumentando a liberação de noradrenalina das vesículas e ativam receptores adrenergicos 1. EFEDRINA E PSEUDOEFEDRINA • Esses fármacos vao se ligar em receptores adrenergicos e ativa-los (alfa e beta; não sao seletivos) e vao aumentar a liberação de noradrenalina da fenda sináptica; • APLICAÇÃO CLINICA: Principal uso é como descongestionante por ativar alfa 1 (diminui contestão nasal); podem ser de uso oral porem com prescrição medica sem retenção da receita→ pela via oral vao ativar via simpática e um dos principais efeitos é cardiovascular (aumento da PA) • EFEITOS ADVERSOS: taquicardia, aumento da PA, insônia • Eles podem estar presentes em formulações junto com outros fármacos para amenizar sinais e sintomas de resfriado, gripe, etc (ex: paracetamol, dipirona, etc) FÁRMACOS SIMPATOLÍTICOS: • Bloqueiam receptores adrenergicos, diminuem o efeito da noradrenalina; podem ser antagonistas de receptores alfa ou antagonistas de receptores beta; • Esses fármacos vão inibir a via simpática; Michelle MEDTXIV ! de !34 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia ANTAGONISTAS ALFA ADRENERGICOS: • RELEMBRANDO: receptores alfa 1 vai causar vasoconstrição e midríase (dilatação da pupila); receptores alfa 2 podem estar localizados nos neurônios pre-sinápticos → diminui liberação da noradrenalina, diminuindo efeitos da via simpática • Existem fármacos que podem atuar como antagonistas dos dois receptores (alfa 1 e 2) ou como antagonistas de um dos receptores (alfa 1 ou alfa 2) • De uma forma geral, esses antagonistas sao competitivos, ou seja, vao se ligar nos receptores alfa mas não vao fazer nada com esse receptor (não vao ativar); como geralmente esses receptores estão inativos eles irão continuar inativos e a via simpática não vai ser ativada - Exceção: a maioria é competitivo (vao se ligar não tão fortemente → pontes de hidrogenio, Vander walls e depois de um tempo conseguem se desligar), a exceção é a fenoxibenzoamina que é um antagonista não seletivo e não competitivo → vai fazer ligações covalentes com os receptores alfa 1. ANTAGONISTAS ALFA NÃO SELETIVOS: bloqueia alfa-1 e alfa-2; não vai deixar as catecolaminas agirem; Michelle MEDTXIV ! de !35 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • Fenoxibenzamina e fentolamina • NOME COMERCIAL: Vigamed® • RECEPTORES ALFA-1 BLOQUEADO: se há bloqueio desse receptor → vai causar redução da pressão arterial (vasodilatação) porque alfa-1 ativado causa vasoconstrição; - Quando reduz a pressão, para o meu corpo não deveria ter reduzido a pressão; os barorreceptores vão perceber a queda da pressão e vai se comunicar com o bulbo (T.E) que vai ativar a via eferente simpática - Barorreceptor vai ser ativado e vai levar há uma ativação da via simpática por meio de uma maior liberação de catecolaminas - A noradrenalina vai ser mais liberada mas o receptor alfa-1 ta bloqueado → não vai ter aumento da pressão - Os receptores beta estão livres (nao estão bloqueados por esses fármacos); beta-1 no coração vai ser ativado → aumenta freqüência cardíaca, aumenta força de contração do coração → paciente pode apresentar taquicardia e arritmia • RECEPTOR ALFA-2 BLOQUEADO: esse receptor bloqueado não irá controlar a liberação da noradrenalina por Feedback negativo; - A catecolamina vai continuar sendo produzida, ainda mais que a pressão continua baixa; • O risco de taquicardia e arritmia acaba sendo elevado porque os receptores alfa estão bloqueados por esses medicamentos enquanto os beta não, fazendo com que “sobre para ele” - Beta-2 esta no coração, então os efeitos adversos serão cardíacos • APLICAÇÃO CLINCA: no brasil não sao muito utilizados; fora são utilizados para tratamento de feocromocitoma - Feocromocitoma é um tumor na medula suprarrenal (local de produção de adrenalina e noradrenalina) - Quando o paciente tem esse tumor, ele vai ter uma produção muito grande de catecolaminas → ele pode ter pressão alta, por exemplo - O tratamento geralmente é cirúrgico mas em casos mais graves a cirurgia não é recomendada ai o paciente precisa controlar a superlativação da via simpática - Tanto a fenoxibenzamina quanto a fentolamina podem ser utilizadas nesses casos desse tumor Michelle MEDTXIV ! de !36 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - A fenoxibenzamina vai ter uma ação um pouco maior porque é antagonista não competitivo → ela se liga por meio de ligações covalentes e vai ficar ligada por um grande período de tempo; - Quando o paciente tem o feocromocitoma e ele pode fazer cirurgia, é necessário preparar o paciente para essa operação porque é arriscado realiza-la com a pressão alta e ha perigo do tumor se romper e liberar uma grande quantidade de catecolaminas → crise hipertensiva na cirurgia * O recomendado é tratar por pelo menos 3 ou 2 semanas com hipertensivo → por exemplo, a fenoxibenzamina que vai bloquear os receptores alfa e durante a cirurgia não vai ter o pico de pressão mesmo se essa catecolamina seja liberada, etc - Se o paciente não conseguir realizar essa operação de retirada do tumor, ele vai ter que controlar a pressão e a fenoxibenzamina pode ser utilizada para tratar continuamente essa pressão (não é o fármaco preferível) - A fentolamina é recomendada para controle da pressão a curto prazo; é utilizada mais pro tratamento continuo (não é preferível) 2. ANTAGONISTAS ALFA-1 SELETIVOS • São fármacos mais preferíveis para tratamento de hipertensão justamente por serem seletivos e terem menos riscos de efeitos adversos • Eles vão bloquear alfa-1 → vai diminuir a pressão; os barorreceptores vão detectar e ativar a via simpática causando maior produção de noradrenalina; como esses fármacos sao seletivos, o receptor alfa-2 não estará inibido e irá controlar por Feedback negativo a liberação da nora → o risco de causar taquicardia é menor • APLICAÇÃO CLINCIA: tratamento do feocromocitoma e hipertensão não relacionada ao feocromocitoma; ainda podem utilizados para tratamento da hiperplasia prostática benigna (HPB) - A HPB é um processo relativamente normal (o aumento das células da próstata) principalmente depois dos 60/70 anos; - Um dos principais sintomas é a retenção urinária porque a uretra passa pela próstata e quando a próstata está aumentada, irá bloquear a passagem da urina pela uretra → dificuldade de urinar - Também existe receptor alfa no colo da bexiga, na próstata, no esfíncter interno da uretra, na própria uretra Michelle MEDTXIV ! de !37 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Quando ativa alfa-1 → aumenta nivel de calcio e contrair e ai nesse caso, vai causar contracao do esfincter da uretra e isso vai dificultar a micção, pode contrair a uretra dificultando ainda mais a urinar - Se utilizar um antagonista alfa-1 vai relaxar o esfíncter facilitando a micção; vai ajudar a relaxar a uretra e também facilita a micção → alivia a retenção urinária observada em homens com HPB • FÁRMACOS: prazosina (minipress ®); terazosina, doxazosina e tansolosina (utilizada principalmente pra HPB) a) Prazosina (ação curta): minipress ® - É o fármaco com tempo de ação mais curto ; - Tempo de meia vida é de 3/4 hrs - Consegue agir de 7 - 10 horas - Vai ser utilizada 2 ou 3 vezes por dia - Tratamento de feocromocitoma, hipertensão e HPB - Para hipertensão a dose é um pouco maior do que quando for utilizada para HPB * HPB: 1-5mg 2x/dia (maximo 10mg por dia) * Hipertensão: máximo 20mg por dia - Efeito adverso: hipotensão ortostática; * Quando a gente levanta precisamos de maior fluxo sangüíneo (pressão tem que subirum pouco mais) para poder atingir o SNC; alfa-1 ta bloqueado → o aumento do fluxo sangüíneo na hora de levantar vai estar dificultado principalmente no começo do tratamento * Indicação: começar o tratamento titulando as doses; ir aumentando gradativamente a dose → dose inicial: 1mg 2 ou 3x por dia; se não foi possível controlar a pressão com essa dose inicial ai é so ir aumentando ate conseguir controlar a pressão do paciente * A titulação da dose diminui o risco de ter hipotensão ortostática b) Terazosina e Doxazosina (ação longa): - Tratamento da pressão alta, feocromocitoma e HPB - Tempo de ação é maior - Tempo de meia vida da terazosina é 12hrs e pode agir no corpo ate 20hrs - Tempo de meia vida da doxazosina é de 20hrs e pode agir de 30 ate 36hrs Michelle MEDTXIV ! de !38 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Paciente pode usar só uma dose por dia desses fármacos; - Esses fármacos possuem um efeito a mais do que a prazosina → alguns experimentos mostraram que eles podem aumentar a apoptose de células da próstata; * O paciente que tem HPB e usarem esses fármacos, alem de controlar a retenção urinária talvez ainda conseguem contribuir pro tratamento dessa hiperplasia c) Tansulosina - Receptores alfa-1 e 2 tem outras subclassificações (alfa-1 a/b/c) - No trato urinário vai predominar receptor alfa-1 do tipo a ; - Esse fármaco é antagonista alfa-1 adrenérgico e tem uma seletividade maior pelo subtipo alfa-1 a - A tansulosina vai agir antagonizando principalmente receptor alfa-1 adrenérgico que esta no trato urinário - Ela tem pouca ação nos receptores alfa-1 dos vasos sangüíneos → não será possível tratar feocromocitoma e hipertensão - Por ela ser mais seletiva pro trato urinário, é interessante para pacientes com HPB → vai ser possível diminuir a retenção urinaria (relaxamento do esfíncter e uretra) e o risco de efeito adverso é reduzido • EFEITOS ADVERSOS GERAIS: hipotensão ortostática, cefaleia, tontura, taquicardia reflexa ANTAGONISTAS BETA ADRENERGICOS: • São beta bloqueadores; bloqueiam receptores beta adrenergicos e diminuem o efeito das catecolaminas • RELEMBRANDO: - Receptor beta-1: todos são acoplados a proteínas Gs (estimulatoria); quando são ativados vão ativar adenilciclase, vai produzir AMPc e vai ativar a proteína quinase A; dependendo do tipo de tecido que o receptor se encontra a a pKa vai ter uma função diferente * No coração vai abrir canais de cálcio → aumentar a força de contração → aumenta freqüência cardíaca * No rim aumenta liberação da renina → contribui pro aumento da pressão - Receptor beta-2: também vai ativar pKa so que esta expresso principalmente em músculo liso e la vai ser observado relaxamento * Broncodilatação * Relaxamento do utero Michelle MEDTXIV ! de !39 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • BLOQUEIO DE BETA-1- NO CORAÇÃO (principal efeito): - O fármaco vai se ligar no receptor beta-1 → a maioria deles ja esta inativo, então ira continuar inativo e vai impedir que a noradrenalina e a adrenalina ativem esses receptores - Vai diminuir a ativação do beta-1 → vai causar redução da frequência cardíaca e da força de contração → vai reduzir o debito cardíaco (FC X VS) e consequentemente, a longo prazo, vai ter redução da pressão arterial (porque esta diminuindo o volume bombeado) - A curto prazo pode ter uma pequena elevação da pressão porque se diminui o debito cardíaco, os barorreceptores vai detectar e vão ativar a via simpática reflexa; - A longo prazo, o paciente vai se “acostumar”; o organismo vai se adaptando e a pressão reduz • BLOQUEIO DE BETA-1 - NOS RINS: - Se tem o bloqueio do receptor beta-1 nos rins, vai diminuir a secreção de renina contribuindo para redução da pressão arterial • APLICAÇÃO CLINICA GERAL: são utilizados principalmente para antagonizar os receptores beta; eles não vão ativar e vai impedir a ativação pelas catecolaminas → vão diminuir freqüência cardíaca, forca de contração, debito cardíaco, pressão arterial, etc - Tratamento de hipertensão - Tratamento do infarto * Vai diminuir a demanda de oxigênio porque vai diminuir freqüência cardíaca (vai bater mais fraco) - Arritmias (alterações na freqüência) - Glaucoma (pressão intraocular elevado) * A ativação dos receptores beta no olho vai aumentar a produção do humor aquoso e se há o bloqueio desses receptores → diminui produção do liquido e consequentemente diminui a pressão intraocular • DIVISÃO DOS BETA BLOQUEADORES: - Um dos tipos de betabloqueadores, também são antagonistas alfa-1 (carvedilol e labetalol) que são os de terceira geração → se antagoniza alfa-1 tem vasodilatação que vai aumentar tamanho do vaso e diminuir a pressão Michelle MEDTXIV ! de !40 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Nomes comerciais - bloqueadores seletivos beta-1: * Atenolol: atenol ® * Metaprolol: selozok ® - Nomes comerciais - bloqueadores não-seletivos (beta-1 e beta-2): * Propranolol: inderal ® * Timolol: timoptol ® - Nomes comerciais - bloqueadores não seletivos (alfa-1 e beta-antagonistas): * Carvedilol: cardilol ® * Labetalol • A maioria dos betabloqueadores são antagonistas competitivos; ao se ligar no receptor não vai fazer nada • Recentemente foi descoberto que alguns betabloqueadores não sao simples antagonistas, por exemplo, propanolol • EFEITOS ADVERSOS GERAIS: - Por bloquear beta-1, paciente pode ter maior risco de bradicardia Michelle MEDTXIV ! de !41 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Por bloquear beta-2 (no caso dos não seletivos, principalmente),pode causar broncoconstrição → em pacientes sem doença respiratória talvez não sinta uma dificuldade muito grande de respirar; paciente com predisposição de doenças respiratórias, ao utilizar esses fármacos pode piorar o caso * É mais preferível utilização de beta-1 seletivos - Quando são utilizado farmacos betabloqueadores não seletivos, no fígado, o beta-2 aumenta glicogenolise para liberar glicose em quadros de hipoglicemia * Para pacientes com diabetes pode trazer mais riscos → se o paciente tem diabetes do tipo 1 provavelmente vai estar sob uso de insulina; do tipo 2 a maioria usa hipoglicemiantes * Um dos principais efeitos adversos das insulinas e dos hipoglicemiantes orais é a hipoglicemia (principalmente no começo do tratamento) → vai ter ativação do simpático * Mas se o paciente tiver utilizando, também, um antagonista dos receptores beta não seletivo ou ate mesmo seletivo, vai estar diminuída resposta simpática (diminui tremor, diminui taquicardia) → ai as vezes o paciente esta com hipoglicemia e as vezes não percebe * Essa hipoglicemia pode ser mais prejudicada ainda se estiver em uso um não seletivo porque quando há bloqueio do beta-2 no fígado vai diminuir glicogenolise → diminui fornecimento de glicose para o paciente que ja esta com glicemia * Indicação para pacientes diabéticos é preferível fármacos antagonistas seletivos beta-1 porque pelo menos a liberação de glicose pelo ficado estará acontecendo porque não foi bloqueada - Fadiga, extremidades frias 1. PROPANOLOL: antagonista não seletivo de receptores beta • Antagonizam tanto beta-1 quanto beta-2 • É um agonista inverso → vai se ligar nos receptores e vai alterar a conformação porem para forma inativa; provavelmente alguns receptores beta-adrenergicos estão ativados (uma pequena parcela) que serão inativados quando esse fármaco se liga • O propanolol vai estabilizar a conformação inativa que vai causar diminuição da freqüência cardíaca, da força de contração cardíaca, do debito cardíaco e da secreção de renina → diminui pressão arterial • Esse fármaco é bem absorvido, porem, a biodisponibilidade via oral (quantidade do fármaco que chega ativo no sangue) dele é baixa porque a metabolização hepática Michelle MEDTXIV ! de !42 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia de primeira passagem é muito alta → quando passa no fígado émuito metabolizado e inativado • Pouca quantidade desse fármaco vai chegar ativa no sangue mas se o paciente administra pela via oral juntamente com um alimento vai melhorar a biodisponibilidade - Provavelmente os nutrientes dessa alimentação vao competir com as enzimas do fígado e ai o propanolol vai ser menos metabolizado • DOSE USUAL: de 40 a 80mg por dia e pode ser dividida • APLICAÇÃO CLINCA: pressão alta, arritmia cardiaca, infarto. 2. TIMOLOL: antagonista não seletivo de receptores beta • Antagonizam tanto beta-1 quanto beta-2 • Ação farmacológica é muito parecida com propanolol → vai bloquear beta-1, vai diminuir pressão • Utilizado para tratar hipertensão, arritmia, etc; é um dos mais utilizados para tratar o glaucoma • Ao bloquear o receptor beta no olho, vai diminuir a produção do humor aquoso e consequentemente vai conseguir reduzir a pressão intraocular 3. PINDOLOL: antagonista não seletivo de receptores beta • Agonista parcial de receptores beta-adrenergicos; - O agonista parcial é aqueles que se ligam nos receptores e podem ativa-los ou não; eles vão ativar os receptores e vai ter uma resposta ao fármaco menor do que 100% • Pindolol pode se ligar nos receptores e ativar alguns e outros ele não ativa - Se for colocado no tecido cardiaco a adrenalina → vai ter resposta máxima - Se for colocado nesse mesmo tecido cardíaco so o pindolol → não vai ter resposta máxima porque não vai ativar todos os receptores → vai diminuir a atividade cardíaca so que é agonista parcial • Existem pacientes com uma predisposição para bradicardia → nesses pacientes, da para utilizar o pindolol porque vai reduzir a força de contração, a freqüência cardíaca • Pode ser utilizado para tratar arritmia, hipertensão, etc → mas possui efeito mais brando, sendo eficiente em pacientes com predisposição a bradicardia 4. ATENOLOL: antagonistas seletivos de receptor beta-1 Michelle MEDTXIV ! de !43 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • Para pacientes com doenças respiratórias, os fármacos antagonistas não seletivos de receptores beta não são interessantes pois os efeitos adversos podem prejudicar com a vasoconstrição ja que podem atuar bloqueando tanto beta-1 como beta-2 • APLICAÇÃO CLINCA: hipertensao, infarto, arritmia, etc • Vai ter uma biodisponibilidade baixa via oral, ou seja, a quantidade de fármaco ativo que chega na corrente sangüínea é pequena porque ja não é muito absorvido (muito hidrofílico) → não indica ingerir junto com alimento • Vai causar cronotropismo e ionotropismo negativo → diminui freqüência cardiaca, diminui forca de contração, diminui debito cardíaco e diminui pressão arterial 5. METOPROLOL: antagonistas seletivos de receptor beta-1 • APLICAÇÃO CLINICA: previnir infarto, tratar arritmia, hipertensão • Tem o mesmo problema de biodisponibilidade do propanolol → ele é bem absorvido porem é muito metabolizado no fígado (metabolismo hepático de primeira passagem) • Vai causar cronotropismo e ionotropismo negativo (diminui debito cardiaco) 6. LABETALOL: antagonistas dos receptores alfa-1, beta-1, beta-2 • Possuem uma função a mais que no caso é a atuação como antagonistas de alfa-1 (alem de antagonistas beta-1 e beta-2) • Ele possui varios isômeros → possui dois centros quirais na sua estrutura química → ele pode ser S,R; S,S; R,S • Os isômeros do labetalol RR vao ser antagonistas beta-1 → diminui freqüência cardíaca, forca de contração e liberação da renina; é também agonista parcial de beta-2 → pode se ligar em beta-2 e ativar ou não - Tratamento de arritmia, infarto, etc - Asmáticos não pode usar porque pacientes com problemas respiratórios que tenham qualquer interferência na ativação do beta-2 ja pode ter broncoconstrição e dificuldade de respirar • A forma SR e SS vai ser antagonistas alfa-1; contribui muito na diminuição da pressão arterial alem de bloquear receptor beta-1 • A forma RS tem atividade nenhuma, é vendido como mistura racemica → vai ser antagonista dos receptores beta-1 e beta-2 (agonista parcial beta-2) e antagonista alfa-1 • APLICAÇÃO CLINICA: antihipertensivo, prevenção de infarto, tratar arriatmia; Michelle MEDTXIV ! de !44 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • Pode ser usado por varias vias → quando utilizado pela via oral vai ser a mesa situação que o propanolol e o metaprolol, ou seja, ele é bem absorvido porem é muito metabolizado e acaba tendo uma menor biodisponibilidade 7. CARVEDILOL: antagonistas dos receptores alfa-1, beta-1 e beta-2 • Possuem uma função a mais que no caso é a atuação como antagonistas de alfa-1 (alem de antagonistas beta-1 e beta-2) • Vai apresentar as mesmas indicações que o labetalol mas vai ter ações extras, ele é antioxidante e antiinflamatório → para paciente que tem problema cardíaco é bem interessante - Por exemplo, no processo de aterosclerose pode haver inflamação e formação de radicais livres → esse fármaco vai ser um cardioprotetor muito interessante • APLICAÇÃO CLINICA: hipertensão e complicações do infarto agudo do miocárdio • EFEITOS ADVERSOS: broncoconstrição, bradicardia, fadiga, dificuldade de realizar exercícios de alta intensidade, hipoglicemia - Se o paciente tiver problemas com asma não será indicado esse fármaco porque ele também antagoniza beta-2 podendo causar broncoconstrição (principal efeito adverso) - Se o paciente tiver diabetes também não será indicado esse fármaco pois pode causar hipoglicemia AULA 3 Anti-inflamatórios não est$ioidais I INTRODUÇÃO: • Os fármacos anti-inflamatorios são classificados, de uma forma geral, em esteroidais (glicocorticoides) e os não esteroidais (AINEs) Michelle MEDTXIV ! de !45 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia RESPOSTA INFLAMATÓRIA: • A resposta inflamatoria é causada por vários tipos de lesões (quimicas, físicas, mecanicas, etc), diferentes tipos de microrganismos induzindo a inflamação (virus, bactéria, fungo, protozoario, etc) ou ate mesmo respostas autoimunes e alergias - A resposta inflamatoria é um processo de proteção de agentes patogenicos, lesoes, corpos estranhos, etc • O que complica é quando a reação é muito exacerbada, passa a apresentar sinais e sintomas no paciente que podem ser perigosos - Na maioria das vezes lesões, diferentes patogenia vao estar induzindo essa inflamação e ativando o sistema imune mas em alguns casos a resposta não será benéfica - Em processos alergicos, muitas vezes antígenos inofensivos, neutros, que a maioria das pessoas não responderiam (não ativariam sistema imune, não ativariam Michelle MEDTXIV ! de !46 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia processo inflamatório), alguns desses antigenos em algumas pessoas acaba ativando sistema imune → desenvolvendo hipersensibilidade do tipo 1 ou alergias * Ex: pelos de gato - Ainda existem as doenças autoimunes que antígenos próprios do paciente vao estar induzindo ativação do seu próprio sistema imune * Ex: artrite reumatoide, lupus, etc • Muitos desses fármacos anti-inflamatorios são livres de prescrição médica → grande perigo de automedicação, podendo, ainda, agravar a situação do paciente - É importante tratar a inflamação para diminuir febre, edema, dor, etc. mas é mais importante ainda tratar a causa da inflamação - Ex: infecção urinária → as vezes o paciente esta com dor a urinar, sente desconforte, está com febre e acaba se automedicando (ex ibuprofeno) para melhorar a dor e a febre mas ai ele não tratou a bateria que está causando a infecção e depois de uns dias os sintomas vao voltar e estarão mais graves → o problema so foi mascarado, não foi tratada a causa • Os principais sinais e sintomas que a inflamação causa nos pacientes são a dor, o rubor (vermelhidao), edema (inchado), calor (febre) e se a inflamação não for corretamente tratada a longo prazo pode se tornar uma inflamação crônica podendo levar a perda da função do órgão afetado porque o tecido do órgão podeser substituído por tecido fibroso RELEMBRANDO IMUNOLOGIA: • A inflamação vem a partir de uma resposta imune • CELULAS DO SISTEMA IMUNE: tem origem das células tronco da medula óssea (pluripotentes); conseguem se dividir e se diferenciar em vários tipos celulares - Células pluripotentes da medula ossea do tipo mieloide e do tipo linfoide vão dar origem a tipos celulares diferentes Michelle MEDTXIV ! de !47 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - As células mieloides vão dar origem tanto as hemácias e plaquetas (sangue) como também a vários tipos de células que vão compor o sistema imune → leucócitos e eles que vão compor a resposta imune inata * A RI é aquela que ja nascemos com ela; ja nascemos produzindo esses tipos de células para que quando acontecer, por exemplo, uma lesão com o rompimento das barreiras primarias de proteção , nosso organismo possa ter uma resposta aos patógenos que podem entrar no nosso meio interno - O sistema imune inato é quem vai combater inicialmente o microrganismo patogênico; são os: neutrofilos, eosinófilos, basófilos, macrófagos, celulas dendriticas, natural killer, etc * Neutrofilos: responsáveis por fagocitose, principalmente bactérias * Eosinofilo: responsáveis pela resposta imune em infecções a partir de protozoários e junto com os mastocitos vao participar das reações de hipersensibilidade do tipo 1 porque eles produzem e armazenam nos seus granulos, a histamina (principal mediador da alergia) - Células dendriticas e os neutrofilos vao fagocitar antigenos estranhos e vão apresenta-los (APC) para células que vão compor o sistema imune adaptativo (os linfocitos) - Quando nossos sistema imune inato não da conta de eliminar o microrganismo invasor patogênico de forma efetiva, a resposta imune adaptativo vai ser ativada um pouco mais tarde do que a resposta inata e ela vai ser especifica para cada indivíduo - Essa resposta imune adaptativa vai ser gerada por linfócitos que são devidos em B e T - Os linfocitos T vao ser responsáveis pela resposta imune celular principalmente → lisar com a celula que contem o antígeno patogênico * Pode ser do tipo TCD8, TCD4 (pode gerar resposta do tipo Th1, Th2, Th17) - Os linfocitos B vao ser ativados, vao se transformar em plasmócitos e vao produzir diferentes tipos de anticorpos (IgM, IgA, IgG, etc) e ai que eles vão causar uma resposta imune humoral * Essa resposta tem varas funcoes → opsonizar o microrganismo patogênico, eliminar ele, ativar sistema complemento, etc Michelle MEDTXIV ! de !48 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Essas células tem diferentes funções mas tem a capacidade potencial de produzir vários mediadores inflamatórios junto com outras células, como células endoteliais dos vasos sangüíneos • Os principais eventos do processo de inflamação sao gerados tanto pelas células quanto pelos mediadores inflamatórios que são produzidos por elas • EXEMPLO EXPLICATIVO: um corte; - Essa lesão vai romper a pele, vai expor as partes internas sendo, entao, uma porta de entrara para microrganismos patogênicos - Inicialmente, nesse local, vai ser observado ativação de algumas células de defesa e liberação espontânea de algumas citrinas inflamatórias que vão causar vasodilatação e contração endotelial (processos pro inflamatórios) - Vasodilatação (relaxamento do músculo do vaso sanguíneo) do vai acontecer para que aumente o fluxo sangüíneo na região com finalidade de permitir a chegada de células de defesa para combater o possível agente patogênico - A contração endotelial é a contração das células do endotélio que é a primeira camada do vasos sangüíneo; com essa contração, as células do endotélio vai diminuir de tamanho (contrair) e ai os poros (que ja existiam para permitir passagem de nutrientes,etc) vao aumentar de tamanho permitindo a passagem de células da defesa Michelle MEDTXIV ! de !49 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Antes delas sairem pelos poros, alguns mediadores inflamatórios vão induzir a expressão e receptores de adesão no endotélio e esses receptores se ligam nessas celulas de defesa → elas vão rolar, encontrar um poro maior e ai sim elas vão sair - Posteriormente, ao sair do vaso sangüíneo vai acontecer a migração dessas células para o local da lesão para começar agir → fagocitando uma bactéria patogênica, liberando mais citocinas para chamar mais células de defesa (quimiotaxia) - Resolução da inflamação (situação normal): as células de defesa também vao produzir citocinas antinflamatorias que ajudam a reduzir a inflamação, diminui a ativação de células de defesa e também podem secretar fatores de crescimento (de fibroblasto, da epiderme) para reparar o tecido lesionado → a lesão vai ser fechada e cicatrizada - Se acontecer de ter uma carga bacteriana/outro microrganismo muito grande e o sistema imune inato não conseguiu dar conta, ele ira “chamar” o sistema imune adaptativo fazendo com que a resposta seja amplificada • Todos esses exemplos são explicativos para os sinais e sintomas dos paciente: - Vasodilatação vai promover o aumento da temperatura, vermelhidão - A contração endotelial permite, também, a saída de líquidos do sangue, proteína → o paciente pode apresentar o edema que pode comprimir os tecidos adjacentes, estando envolvido com a dor - Mediadores inflamatórios liberados no local podem causar rubor e prurido MEDIADORES DA INFLAMAÇÃO: • O alvo dos anti-inflamatórios não esteroidais vai ser na produção de um grupo especifico de mediadores inflamatórios; • Os mediadores vão ser produzidos por células de defesa ou ate mesmo por células que as vezes não participam do sistema imune (ex: células endoteliais) e estarão envolvidas no processo de inflamação; • A maioria são pró-inflamatórios mas existem que vão controlar a inflamação apara que no processo final seja resolvida e não se estenda cronicamente • PRINCIPAIS MEDIADORES INFLAMATÓRIOS: - Histamina: produzida principalmente pro bazofio e mastócito; * Quando paciente apresenta uma reação de hipersensibilidade do tipo 1, essas células vão ser ativadas depois da sensibilização numa 3 ou 4 exposição e esses grânulos contendo histamina vão ser liberados; Michelle MEDTXIV ! de !50 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia * Ela vai ter varias funções pro-inflamatórias → vasodilatação, contração de músculo liso, broncoconstrição, vermelhidao, prurido, queda de pressão, etc - Citocinas: existem pró inflamatórias e anti-inflamatórias; - Proteinas do sistema complemento: são proteínas que para serem ativadas precisam ser clivadas; - Fator ativador plaquetário: produzido por células endoteliais e células de defesa vai ter como função ativar as plaquetas, aumentar a agregação do epitelio para interromper o sangramento (ativação da cascata de coagulação) - Oxido nitrico: é um vasodilatador produzido nas células endoteliais; - Eicosanoides: é na produção desses mediadores que os antí-inflámtorios não esteroidais vão atuar, mecanismo deles é na produção desses compostos PRODUÇÃO DE EICOSANOIDES (GERAL): • “Eico” significa 20 → a estrutura química desses compostos tem 20 átomos de carbono • Eles podem ser produzidos a partir de alguns ácidos graxos, alguns lipídios → o principal que vai originar os eicosanoides é o acido araquidônico • Ele pode ser metabolizado por dois principais grupos de enzimas, então, elas podem gerar alguns tipos principais de eicosanoides - Grupo de enzimas vai pegar o acido aracdonico que vai originar os principais eicosanoides e vai metabolizar → da origem a prostaglandina, prostaciclina, tromboxano (prostanoides) - Um outro grupo de enzimas que vai metabolizar o acido araquidonico que vai gerar outros tipos de eicosanoides → que vao ser os leucotrienos e as lipoxinas • Tromboxano, protaglandinas e leucotrienos vao ser principalmente pró-inflamatórios (induzem inflamação); prostaciclina e lipoxina vao estar envolvidos na
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