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2º ano Farmacologia Michelle MEDTXIV ! de !1 107 2º BIMESTRE F"macologia 2º BIMESTRE Digite para introduzir texto 2º ano Farmacologia AULA 1 5 Farmacologia do SNA Simpático 5 INTRODUÇÃO 5 VIA NERVOSA AUTONÔMICA SIMPÁTICA - NEURONIOS EFERENTES: 5 SINTESE, ARMAZENAMENTO E LIBERAÇÃO DE CATECOLAMINAS: 9 RECEPTORES ADRENERGICOS: 14 RECEPTORES ALFA 1 (Gq): 16 RECEPTORES ALFA 2 (Gi/G0) 18 RECEPTORES BETA 1,2,3 (Gs): 20 CASO CLINICO 1: 22 FÁRMACOS SIMPATICOMIMÉTICOS: 23 AGONISTAS ADRENERGICOS DE AÇÃO DIRETA NÃO SELETIVOS: 24 AULA 2 26 Farmacologia do SNA Simpático II 26 FARMACOS SIMPATOMIMÉTICOS: 26 AGONISTAS ADRENERGICOS DE AÇÃO DIRETA SELETIVOS: 26 SIMPATOMIMÉTICOS DE AÇÃO INDIRETA: 31 SIMPATOMIMÉTICOS DE AÇÃO MISTA: 34 FÁRMACOS SIMPATOLÍTICOS: 34 ANTAGONISTAS ALFA ADRENERGICOS: 35 ANTAGONISTAS BETA ADRENERGICOS: 39 AULA 3 45 Anti-inflamatórios não esterioidais I 45 INTRODUÇÃO: 45 RESPOSTA INFLAMATÓRIA: 46 MEDIADORES DA INFLAMAÇÃO: 50 PRODUÇÃO DE EICOSANOIDES (GERAL): 51 PRODUÇÃO DE EICOSANOIDES VIA CICLO-OXIGENASE: 52 FUNÇÕES DOS MEDIADORES EICOSANOIDES: 55 PRODUÇÃO DE EICOSANOIDES VIA LIPO-OXIGENASE: 56 REAÇÕES DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA: 58 FISIOPATOLOGIA DA FEBRE: 58 FISIOPATOLOGIA DA DOR: 59 AINEs GENERALIDADES: 60 MECANISMO DE AÇÃO AINEs: 60 USO TERAPEUTICO: 61 AINEs NÃO SELETIVOS & SELETIVOS: 61 AINES NÃO SELETIVOS: 64 Michelle MEDTXIV ! de !2 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia IRREVERSIVEIS 64 AULA 4 67 Anti-inflamatórios não esterioidais II 67 AINES NÃO SELETIVOS: 67 REVERSIVEIS: 67 AINES SELETIVOS: 73 MODERADAMENTE SELETIVOS: 73 SELETIVOS: 74 Anti-inflamatórios esteroides - glicocorticoides I 76 INTRODUÇÃO: 76 PRODUÇÃO: 76 AÇÕES FISIOLOGICAS DOS GLICOCORTICOIDES: 79 AULA 5 81 Anti-inflamatórios esterioidais - glicocorticoides II 81 EFEITOS FARMACOLÓGICOS: 81 FARMACOCINÉTICA: 83 FÁRMACOS GLICOCORTICOIDES: 83 CLASSIFICAÇÃO: 83 INDICAÇÕES CLINICAS: 83 EFEITOS ADVERSOS: 84 INTERRUPÇÃO DO TRATAMENTO: 85 SOBRE O PACIENTE: 85 Anti-histamínicos I: 85 INTRODUÇÃO: 85 SINTESE: 86 ARMAZENAMENTO: 86 AÇÕES: 86 RECEPTORES: 87 AULA 6 89 Anti-histamínicos II: 89 REAÇÃO ALERGICA: 89 ANTI-HISTAMINICOS: 90 ANTI-HISTAMINICOS H1: 90 GLICOCORTICOIDES: 93 TRATAMENTO DO CHOQUE ANAFILATICO: 93 ANTI-HISTAMINICOS H2: 94 Terapia farmacologica da asma: 96 Michelle MEDTXIV ! de !3 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia INTRODUÇÃO: 96 RESPOSTA INFLAMATORIA: 97 CLASSIFICAÇÃO CONFORME CONTROLE DA ASMA: 99 TRATAMENTO FARMACOLOGICO DA ASMA: 100 AULA 7 101 Anti-asmáticos: 101 BRONCODILATADORES: 101 AGONISTAS BETA 2 ADRENERGICOS: 101 ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES MUSCARINICOS: 102 METILXANTINAS: 104 ANTI-INFLAMATORIOS: 105 GLICOCORTICOIDES: 105 Insulinas e hipoglicemiantes: 106 INTRODUÇÃO: 106 Michelle MEDTXIV ! de !4 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia AULA 1 F"macologia do SNA Simpático INTRODUÇÃO • O sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático se mantém em equilíbrio; - Parassimpático atua em situações de repouso e digestão - O simpático vai estar mais atuante em situações de estresse, luta ou fuga EX: quando vimos um leão, quando um bandido entra na nossa casa • O que acontece no nosso corpo nessas situações de luta ou fuga? Ficamos pálidos, as mãos ficam frias, começamos a tremer, coração dispara (taquicardia). Isso é o seu corpo te preparando para que você lute ou você fuja. - A glicemia aumenta porque você precisa de mais energia para poder lutar ou fugir - Precisa de uma maior freqüência cardíaca e uma maior freqüência respiratória para que você inale mais oxigênio e espalhe mais rapidamente toda essa glicemia e esse oxigênio para os tecidos - Tudo isso para que você realize mais a glicose no músculo esquelético para que você consiga correr, fugir, lutar, etc. • O simpático também vai estar atuante quando a gente fica muito ansioso, com muito medo (ex: para prova de fármaco) e vai desencadear a liberação da nora e da adrenalina ativando o simpático - Quando a gente esta com frio, a gente treme - o simpático esta ativado - Quando fazemos exercício fisico, precisamos de mais glicose e oxigênio - simpático é ativado VIA NERVOSA AUTONÔMICA SIMPÁTICA - NEURONIOS EFERENTES: • Via eferente é a que leva informações do SNC para periferia é aqui que os fármacos vão atuar • Os nervos eferentes simpáticos vão ter origem na região torácica e lombar da medula espinal, diferente da via parassimpática que era chamada de craniossacral (fibras eferentes se originavam do tronco encefálico ou da porção sacral da medula) • A origem da via simpática é desde o primeiro segmento torácico da medula espinal ate o segundo ou terceiro segmento lombar da medula espinal - torocolombar • FIBRAS: essa via é constituida por duas fibras: uma pre e uma pós ganglionar Michelle MEDTXIV ! de !5 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - A fibra pre ganglionar vai se comunicar entre o SNC e a fibra pos - A fibra pos vai comunicar a fibra pre ganglionar e o os órgãos efetores - A fibra pre ganglionar é mais curta na via simpática; a fibra pos ganglionar é bem maior - Assim que a fibra pre-ganglionar é ativada, ela vai produzir, armazenar e liberar a acetilcolina (colinérgica) - A fibra pos ganglionar da via simpática vai produzir, armazenar e liberar noradrenalina (adrenérgica) • RECEPTORES: existem receptores tanto nos gânglios quanto nos órgãos efetores; os receptores ganglionares vão estar nos corpos celular da fibra pôs ganglionar - A via pos ganglionar da via simpática é adrenergica mas no seu corpo celular vai apresentar receptores colinérgicos nicotinicos - Esses gânglios dessa via estão localizados principalmente ao lado da coluna vertebral (paraventrebral; 22 pares - lado direito e esquerdo); espalhados na região torácica e abdominal (pre-vertebrais); e na região sacral e próximo ao pescoço (mais raros; terminais) - Esses receptores colinergicos nicotinicos sao ionotropicos - canais ionicos; quando a fibra pre libera acetilcolina - Quando 2 moléculas de Ach se ligarem nesses receptores eles vão se abrir permitindo passagem do sódio que vai entrar e causar mudança na voltagem Michelle MEDTXIV ! de !6 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia intracelular; essa mudança se alcançar o limiar de ação vai abrir canais de sódio voltagem dependente e ai vamos ter potencial de ação - Os receptores adrenergicos sao metabotropicos e estado ligados cada um a uma proteína G diferente • Quando essa fibra pós ganglionar simpática é ativada, existem as vesículas de noradrenalina na sua porção terminal que vai ser liberada por exocitose e vai se ligar nos receptores dos órgãos receptores (receptores adrenergicos alfa e beta) • EXCEÇÕES: são duas exceções na via simpática - Nem sempre vai ter a produção da noradrenalina (noraepinefrina); na via simpática podemos produzir também e a adrenalina (epinefrina) - Primeira exceção: a adrenalina é produzida principalmente na medula da glândula suprarrenal; * Quando precisamos produzir a adrenalina a gente precisa agir muito rápido - luta ou fuga - então, algumas fibras pre ganglionares simpáticas vao deixar a medula e vão inervar a medula da glândula suprarrenal * La será produzido principalmente adrenalina e um pouquinho da noradrenalina e esses neurotransmissores vão cair diretamente na corrente sanguinea; nessa situação * A fibra pôs ganglionar na verdade é uma celula neuroendrocrina (cromafins) que estão na medula da suprarrenal - Segunda exceção: nós temos vias eferentes simpáticas que inervam glândulas sudoríparas que produzem e secretam suor; a via simpática eferente que inerva Michelle MEDTXIV ! de !7 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia glândulas sudoríparas tem sua fibra a pós ganglionar produzindo acetilcolina assim como a fibra pre ganglionar• AÇÕES DA VIA SIMPÁTICA: - Respostas contrarias da via parasimpática - Dilata pupila - midríase - Músculos lisos - relaxa - Sistema cardíaco - ativa (aumenta freqüência cardíaca) - Exerce efeitos metabólicos principalmente no fígado e no pâncreas Michelle MEDTXIV ! de !8 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Promove maior disponibilização da glicose (ex: inibindo a produção do glicogênio) - Exceção: órgãos reprodutores; a via parassimpatica causa ereção e a simpática ejaculação (se complementam) SINTESE, ARMAZENAMENTO E LIBERAÇÃO DE CATECOLAMINAS: • Neurotransmissores atuantes na via simpática são as catecolaminas; apresentam esse nome porque catecol é um anel aromático ligado a dois grupamentos hidroxilas e tem a amina (catecol + amina) Michelle MEDTXIV ! de !9 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • PRODUÇÃO: sao produzidas a partir de aminoácidos, nesse caso a partir da tirosina que é um aminoácido que nos produzimos mas é necessária a fenilalanina que é um aminoácido essencial (não produzimos) - Fenilalanina usada para produzir a tirosina depois serão três reações importantes: 1º: hidroxilação da tirosina para formar a dopa e quem catalisa essa reação é a tirosina hidroxila 2º: a dopa será transformada em dopamina e quem catalisa essa reação é a dopadescarboxilase (aminoacido - aromático descarboxilase); essa enzima vai ser usada para descaboxilar a dopa e outros substratos para produzir outros neurotransmissores (multiuso) 3º: a dopamina vai ser transformada em noradrenalina por meio da adição de uma hidroxila no carbono do lado da amina e essa reação é catalisada pela dopaminahidroxilase TIROSINA -> DOPA -> DOPAMINA -> NORADRENALINA - Essas reações acontecem principalmente na fibra adrenergica que é pôs ganglionar da via simpática - Tirosina foi produzida e chegou no neurônio ai vai ser transformada em dopa que vai ser transformada em dopamina que vai para dentro da vesícula; - Assim que a dopamina for produzida ela vai para dentro da vesícula porque a enzima dopaminahidroxilase esta dentro dessas vesículas; a noradrenalina vai ser produzida so dentro da vesícula - Essa condição é importante porque no citoplasma tem enzimas que metabolizam a noradrenalina e se ela for formada no citoplasma ela poderia ser prontamente metabolizada pelas MAO’s; é um mecanismo para poupar energia e previnir que seja degradada • ARMAZENAMENTO: A dopamina vai ser transportada para dentro da vesícula por meio de transportador ( transportador vesicular de monoaminas), funciona em duas etapas: - Existem uma bomba que vai bombear prótons H+ dentro da vesícula gastando um ATP Michelle MEDTXIV ! de !10 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Na sequencia quando a dopamina for sendo produzida, existe um cotransportador ( transportador vesicular de monoaminas) que vai mandar um próton pra fora e uma dopamina para dentro - O transporte do H+ é a favor do gradiente de concentração; - A noradrenalina que foi metabolizada vai ficar guardada na vesícula ate quando a fibra pôs ganglionar for estimulada pela pre ganglionar; • LIBERAÇÃO: quando tiver o potencial de ação, vai mudar a voltagem do neurônio e quando isso acontece, na porção terminal da fibra adrenergica vão se abrir canais de cálcio voltagem dependentes; - O cálcio entrando no neurônio vai facilitar a interação de proteínas da membrana vesicular com a membrana do neurônio e essas membranas vão se fundir e a noradrenalina vai ser liberada por exocitose • DESTINOS DA NORADRENALINA: vai chegar nos receptores pôs sinápticos adrenergicos alfa ou beta e ai ela pode seguir alguns caminhos, o principal deles é ser recatada pela própria fibra adrenergica - Existem fármacos que atuam nesse transporte de volta da noradrenalina - 70% a 90% na noradrenalina liberada vai ser recaptada pelo transportador de noradrenalina que esta na membrana plasmática do neurônio adrenérgico; - Transportador de noradrenalina: é um cotransportador; ele vai transportar no mesmo sentido o sódio e a noradrenalina que acabou de ser utilizada e tesa sobrando na fenda; o sódio que esta mais concentrado fora vai impulsionar a noradrenalina para dentro * essa nora não pode ficar dentro do citoplasma pois existem enzimas que podem metaboliza-la * É necessario guardar novamente dentro da vesícula; o transportador vesicular de monoamina será utilizado no processo; * É um mecanismo vantajoso pro corpo para não precisar ficar produzindo novamente a noradrenalina - Ainda existem 2 possibilidades para essa noradrenalina: uma delas é a possibilidade de ser recaptada porem ficara no citoplasma que possui enzimas que vao metaboliza-la * tem dois principais tipos de enzimas que vao degradar esse nerotransmissor: monoaminoxidases (MAO) ou as CONT (catecolometiltransferase) Michelle MEDTXIV ! de !11 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia * As MAO’s possuem 2 isoformas que são parecidas porem com ações um pouco diferentes: MAO - A: degrada NE, dopamina, seratonina MAO - B: degrada NE, dopamina e seratonina mas tem preferencia pra dopamina; degrada mais rapidamente a dopamina * Essas enzimas vão ficar na membrana mitocondrial que estão nos neurônios adrenergicos; * elas também serão expressas no epitélio intestinal no fígado e a sua principal expressão é no SN * As CONT praticamente não são produzidas no SN, são produzidas principalmente no fígado e nos rins; vão metabolizar as catecolaminas - Um terceiro caminho para essa noradrenalina é ela se difundir pelo sangue; ela acaba não sendo recaptada, se difunde e nos outros tecidos elas serão metalizadas pelas CONT e seu metabólitos serão eliminados na urina • PRODUÇÃO E SECREÇÃO DE ADRENALINA: - Na medula da suprarrenal a gente encontra células cromais que sao células neuroendocrinas que sao ativadas por um neuronio e vao ter a função de secretar, nesse caso aqui um hormônio que vai cair direto na corrente sangüínea - O SNC foi ativado e ativou as fibras pre ganglionares da via eferente simpatica; algumas dessas fibras pre ganglionares vao inervar a medula da suprarrenal e quando essas fibras sao ativadas vai ser produzida acetilcolina - A acetilcolina vai ser liberada na medula da suprarrenal, as células cromafins vao ter receptores colinergicos nicotinicos; a acetilcolina vai se conectar nesses receptores e vai abrir canais (receptor ionotropico) e sódio vai entrar nessas células cromafins - O sodio vai causar abertura de canais de sódio voltagem - dependente e despolarizar a celula cromafins; essas células ativadas vão liberar seus grânulos que contem noradrenalina mas principalmente adrenalina - Dos neurotransmissores encontrados na suprarrenal 80% corresponde a adrenalina e mais ou menos 20% é a noradrenalina - Essas catecolaminas vao sair da medula da suprarrenal e vao cair direto na corrente sangüínea e isso faz com elas ajam de uma forma muito rápida porque pela corrente sangüínea elas vao ser distribuídas para todo nosso corpo Michelle MEDTXIV ! de !12 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - A adrenalina vai ser mais potente que a noradrenalina em todos os receptores adrenergicos; ela precisa d uma concentração menor para ter mesmo resultado da noradrenalina - Quando nos deparamos com uma situação de perigo precisamos ter uma resposta rápida; - A produção da adrenalina é igual a da noradrenalina ate a ultima etapa (que forma a noradrenalina); na medula d aglandula suprarrenal nos produzimos uma enzima chamada feniletanolamina-N-metiltransferase, essa enzima vai metilar a noradrenalina NORADRENALINA -> ADRENALINA - A produção da adrenalina ocorre na medula da suprarrenal porque é la que produzimos a enzima responsável pela transformação de noradrenalina em adrenalina - A produção da adrenalina, ate a etapa de noradrenalina, vai estar acontecendo dentro da celula cromafim, nos grânulos - Assim que a noradrenalina for produzidaela sai desses grânulos porque a enzima (feniletanolamina - N - metiltransferase) está no citoplasma; - A noradrenalina vira adrenalina e volta para dentro dos grânulos ate que a fibra pre ganglionar seja estimulada, ocorra potencial de ação e os grânulos sejam liberados na corrente sangüínea • MEDO E ANSIEDADE: certas regiões especificas do SNC serão estimuladas; essas regiões vao estimular o eixo HIPOTALAMO - HIPOFISE - CORTEX - SUPRARRENAL - O hipotálamo vai secretar corticotrofina e vai estimular a neurohipofise que vai estimular o hormônio adrenocorticotrofico - Esse hormônio vai ser liberado pela adenohipofise, vai cair na corrente sangüínea e chegar no cortex da suprarrenal induzindo a produção de cortisol Michelle MEDTXIV ! de !13 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - O cortisol vai ser liberado na corrente sangüínea e exercer vários efeitos (ex: aumentar a glicemia) mas na glândula nos temos vasos chamado portaintrasuprarrenais que vao comunicar o cortex com a medula da suprarrena, então um pouco desse cortisol vai para medula do suprarrenal - Ele vai aumentar a expressão da tirosinahidroxilase, da feniletanolamina - N - metiltransferado; vai aumentar a produção das catecolaminas -> ativa mais ainda o simpático RECEPTORES ADRENERGICOS: • Esses receptores sao expressos nos órgãos efetores e vao ser responsivos as catecolaminas liberadas pela va simpática (noradrenalina e adrenalina) • Sao divididos em alfa e beta; o alfa será subdividido em alfa 1 e alfa 2; o receptor beta será subdividido em beta 1, beta 2 e beta 3 • Todos esses receptores sao acoplados a proteína G (metabotrópicos) so que vao ter uma expressão diferente em cada parte do corpo • RECEPTOR ALFA - Alfa 1: expresso principalmente nos músculos lisos dos vasos sanguineos, nos olhos, no sistema urinário (ex: esfincters) - Alfa 2: expresso no pancreas, na porção pre-sinaptica, nos vasos sangüíneos (menor quantidade que alfa 1) • RECEPTOR BETA: - Beta 1: expresso principalmente no coração e nos rins - Beta 2: expresso principalmente em musculos lisos, bronquios, musculo detrusor da bexiga, utero, fígado, etc - Beta 3: expresso principalmente no tecido adiposo • Tem receptor pré sinóptico que esta na fibra pós-ganglionar; o principal tipo de receptor adrenérgico pre-sinaptico é o alfa 2; o - Modula secreção da noradrenalina Michelle MEDTXIV ! de !14 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • Os receptores adrenergicos sao do tipo metabotropicos, ou seja, ligados a proteína G; cada um deles pode estar ligado a proteina G diferente - Receptor adrenérgico alfa 1 ligado a proteina Gq - Receptor adrenergico alfa 2 ligado a proteina Gi - Receptor adrenérgico beta ligado a proteina Gs Michelle MEDTXIV ! de !15 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia RECEPTORES ALFA 1 (Gq): • Vai estar acoplado a proteina Gq e expresso no musculo liso dos vasos sangüíneos, esfíncteres e no músculo dilatador da pupila • Quando um agonista (adrenalina ou noradrenalina) se liga nele, ele vai ser ativado e vai ativar a proteína Gq • Essa proteina Gq ativa vai separar subunidade beta e gama da alfa; a subunidade alfa da proteína Gq é a que vai ser ativa e vai fazer a ativação da fosfolipase c (enzima que ta na membrana) • A fosfolipase C vai metabolizar fosfatidil inositol de fosfato em DAG e IP3 - DAG: diacilglicerol - IP3: inusitol trifosfato • O inusitol trifosfato vai abrir canais de calco no retículo sarcoplasmatico; cálcio sai do retículo e vai pro citoplasma (aumenta níveis de cálcio no interior da celula) • O calcio no citoplasma vai interagir com a calmodulina; cálcio com calmodulina ativa miosinaquinase de cadeia leve; essa enzima fosforila e ativa a cadeia leve da miosina • Quando a miosina é fosforilada, ela consegue ser ativada e interagir com a actina; miosina e actina = contração • O diacilflicerol vai manter essa miosina por mais tempo fosforilada e ativa, atuando no sentido da atuação Michelle MEDTXIV ! de !16 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • RESULTADO DA ATIVAÇÃO: vasoconstrição, aumento da pressão arterial; contração dos esfíncteres (inibe a vontade de fazer xixi); dilatação da pupila (contracao do músculo dilatador da pupila) - Outra ação de alfa 1 é inibir a produção de glicogênio no fígado; em situações de luta ou fuga precisamos liberar e não armazenar a glicose - Exceção: também temos o alfa 1 expresso em quantidade pequena no músculo liso do trato gastrointestinal ( o que predomina é beta 2); la, esse receptor vai provocar o relaxamento do músculo liso O pouco de calcio que entra pela expressão do alfa 1 no TGI não vai causar contração; Esse cálcio que entra pela ativação do receptor alfa 1 no músculo liso do TGI vai abrir canais de potássio dependentes de cálcio; O canal de potássio aberto vai fazer com que o potássio saia da celula e torna-la cada vez mais negativa - hiperpolarizada • OBS: No vaso sangüíneo ainda há presença de receptores alfa 2 e beta 2; o beta 2 vai causar inicialmente relaxamento do vaso só que predomina-se essa ação quando a noradrenalina e a adrenalina estão em baixas concentrações • AÇÃO DA VIA SIMPATICA NA DILATAÇÃO DA PUPILA: Michelle MEDTXIV ! de !17 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Via parassimpática: miose (contração da pupila); vai simpática: midríase (dilatação da pupila) - No olho temos o músculo constritor da pupila ou esfíncter da íris e temos o músculo radial que é o dilatador da pupila; nos temos receptores muscarinicos no musculo constritor da pupila (M3 principalmente); a acetilcolina faz a contração desse músculo - diminui a pupila - miose - Os receptores alfa 1 estão no músculo dilatador da pupila ou radial da iris; esse músculo não é concêntrico então se contrai esse músculo a pupila aumenta - dilatação - midríase RECEPTORES ALFA 2 (Gi/G0) • Vai estar acoplado a proteína Gi e proteina G0; é expresso em alguns tecidos, principalmente no pâncreas • Quando um agonista (noradrenalina ou adrenalina) se liga no receptor vai ativar o receptor e a proteina G inibitoria; • A proteina G inibitoria ativa vai separar a subunidade alfa da beta e gama; a subunidade alfa será a ativa e vai inibir a adenililciclase; essa enzima normalmente produzir AMPc que ativa a proteína quinas A; • Essa proteina Gi acoplada ao receptor alfa 2 vai inibir a adenililciclase, diminuindo a produção de AMPc, diminuindo a ativação da PKA • A PKA é a proteina quinase A e normalmente abre canais de calcio e aumenta calcio; como esta inibida haverá diminuição da concentração de cálcio • Receptor adrenérgico alfa2 também esta acoplado a proteina G0; a subunidade beta e gama d proteína G0 vai abrir canais de potássio na membrana da celula; potássio vai sair da celula (ion positivo) que vai ficar hiperpolarizada • NO PÂNCREAS: na celula beta pancreática vai ter produção e armazenamento da insulina; quando sobe o nível de glicose, a insulina será liberada pela celula beta pancreática - Para que a insulina seja liberada é precisa sair das vesículas e sair da celula beta pancreática; - O cálcio irá auxiliar essa liberação das vesículas com insulina, vai ser importante para que a membrana das vesículas se fundam com a membrana da celula beta pancreática e a partir disso sejam liberadas na corrente sangüínea - O alfa 2 vai diminuir calcio e com isso vai ter diminuição da secreção da insulina Michelle MEDTXIV ! de !18 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - O simpatico tem essa ação para que haja diminuição da captação de glicose por tecidos desnecessários em situações de luta ou fuga - Ainda vai ter insulina suficiente para que tecidos e órgãos sejam capazes de captar a glicose - SNC, coração, músculo esquelético - Essa diminuição da insulina vai ocorrer para que haja um redirecionamento da glicose para os órgãos de maior importância na situação • Esses receptores ainda estarão presentes na membranado neurônio pre ganglionar; a noradrenalina e adrenalina podem interagir com esses receptores e como eles estão acoplados a proteína Gi e G0 vai diminuir a liberação da noradrenalina - Feedback negativo - É mais difícil, então, ativar essa fibra; serve como modulação fibra adrenergica pôs ganglionar Michelle MEDTXIV ! de !19 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia RECEPTORES BETA 1,2,3 (Gs): • Os tres tipos estar ligado a proteína Gs (estimulatoria) • O receptor sera ativado por um agonista (noradrenalina ou adrenalina); quando é ativado irá ativar a proteína Gs • A subunidade beta gama e alfa dessa proteina vao se separar; a subunidade alfa é a parte ativa da proteína Gs e vai ativar a enzima adenililciclase • Essa enzima vai produzir AMPc que vai ativar PKA (proteina quinase A); essa proteína vai ter sua ação dependente do tecido no qual estamos falando • BETA 1: expresso principalmente no coração; está expresso nos rins também NO CORAÇÃO: - A PKA, no tecido cardiaco, vai abrir canais de cálcio; o cálcio entra e interage com a calmodulina ativando miosina quinase de cadeia leve -> ativa miosina -> miosina e actina -> contração - As nossas principais células marca-passos sao as que estão no nó sinoatrial; elas vão gerar potencial de ação de maneira independente; nesse potencial de ação o cálcio é extremamente importante, quanto maior quantidade de cálcio maior é a freqüência cardíaca -efeito cronotropico positivo NOS RINS: - Esse receptor, nos rins, quando ativado vai induzir a secreção da renina - Eixo renina angiotensina aldosterona; a renina ajuda na conversão da angiotensina 1 em angiotensina 2 Michelle MEDTXIV ! de !20 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - A angiotensina 2 vai aumentar produção da aldosterona (vasoconstritora), aumenta reabsorção de sódio, varias ações que vão elevar a pressão arterial OBS: alfa 1 e beta 1 vão estimular o sistema cardiovascular; • BETA 2: expressos em músculos lisos (bexiga, TGI, brônquios, útero, etc) e nos hepatocitos - A ação da PKA no músculo liso é diferente do que no coração; a PKA vai inativar a miosinaquinase de cadeia leve - A mioquinase de cadeia leve normalmente (ativa) fosforila e ativa a miosina que vai interagir com a actina e gerar contração - No músculo liso, quando beta 2 é ativo e a PKA for produzida, ela ira inativar essa proteína miosinaquinase de cadeia leve e consequentemente a miosina não vai ser ativada e nem interagir com a actina, ou seja, relaxamento da musculatura - Resultados: broncodilatação, relaxamento do utero, relaxamento do músculo detrusor da bexiga, diminui motilidade do TGI - Beta 2 também esta no músculo esquelético e aqui vai causar contração. A PKA no músculo esquelético abre canais de cálcio ai causa tremor (ex; broncodilatador que possui efeito adverso tremores) Michelle MEDTXIV ! de !21 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Nos hepatócitos o beta 2 vai estimular glicogenólise. A PKA no hepatócito vai promover a quebra do glicogenio para liberar a glicose no sangue e aumentar o aporte energético numa situação de luta ou fuga, estresse, exercício físico CASO CLINICO 1: Paciente 1: hipertenso; Paciente 2: asmático; Paciente 3: sofreu intoxicação do tipo micetismo. Após analisar os casos dos 3 pacientes, ASSINALE a alternativa que apresenta as opções CORRETAS de fármacos que poderiam ser administrados para cada um dos pacientes. a) Paciente 1: agonista dos receptores adrenérgicos alfa 1; Paciente 2: antagonista dos receptores adrenérgicos beta 2; Paciente 3: agonista dos receptores adrenérgicos. b) Paciente 1: antagonista dos receptores adrenérgicos alfa 1; Paciente 2: agonista Michelle MEDTXIV ! de !22 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia dos receptores adrenérgicos beta 2; Paciente 3: antagonista dos receptores adrenérgicos. c) Paciente 1: agonista dos receptores adrenérgicos alfa 1; Paciente 2: agonista dos receptores adrenérgicos beta 2; Paciente 3: agonista dos receptores colinérgicos. d) Paciente 1: antagonista dos receptores adrenérgicos alfa 1; Paciente 2: agonista dos receptores adrenérgicos beta 2; Paciente 3: agonista dos receptores colinérgicos. e) Paciente 1: antagonista dos receptores adrenérgicos alfa 1; Paciente 2: agonista dos receptores adrenérgicos beta 2; Paciente 3: agonista dos receptores adrenérgicos. EXPLICAÇÃO: o primeiro paciente é hipertenso então preciso inibir a via simpática, se utilizar um agonista alfa1 no Paciente 1 a pressão dele vai aumentar; o Paciente 2 é asmático e no processo da asma tem uma vasoconstrição intensa e ai preciso ativar a via simpática; o ultimo paciente esta com mimetismo, nesse caso sua via parassimpática está muito ativada e preciso administrar um fármaco que inibe a via parassimpático FÁRMACOS SIMPATICOMIMÉTICOS: • São fármacos que vao ativar a via simpática de diferentes formas: direta, indireta ou mista Michelle MEDTXIV ! de !23 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Ação direta: vão se ligar em algum receptor adrenérgico alfa ou beta; podem ainda ser divididos em seletivos (se ligam com uma maior preferencia a algum tipo de receptor) e não seletivos (se ligam em dois ou mais tipos de receptor adrenérgico sem nenhuma preferencia) SELETIVIDADE DIFERENTE DE ESPECIFICIDADE - Ação indireta: eles não vao necessariamente se ligar e ativar um receptor adrenérgico mas eles vão aumentar os níveis de catecolaminas de diferentes formas inibindo enzimas que degradam as catecolaminas (MAO e CONT) ou por outros mecanismos complexos; podem ser fármacos, substâncias ilícitas ou podem estar em alimentos (ex: tiramina) OBS: não sera comentado ainda sobre os fármacos que inibem as enzimas degradadas de catecolaminas - Ação mista: eles vão tanto ativar receptor adrenérgico como aumentar o nível de noradrenalina AGONISTAS ADRENERGICOS DE AÇÃO DIRETA NÃO SELETIVOS: • Mimetizam os efeitos da noradrenalina ligando-se diretamente nos adrenoreceptores; - Adrenalina: alfa 1, alfa 2, beta 1, beta 2 - Noradrenalina: alfa 1, alfa 2, b1 - Isoproterenol: beta 1 e beta 2 1. ADRENALINA: • É um neurotransmissor que nós produzimos, então ser um fármaco agonista; a adrenalina não é nada seletiva porque ela se liga a receptores alfa (1 e 2) e beta (1 e 2); • No sistema cardiovascular ela vai causar aumento da pressão; se liga ao alfa 1 e vai causar vasoconstrição; vai se ligar em beta 1 e pode causar aumento da secreção renina que ativa a via do eixo Renina Angiotensia e Aldosterona - aumenta pressão • No coração, ao se ligar em receptores beta 1 ela vai causar efeitos cronotropicos e inotropicos positivos; ela vai aumentar a força de contração e a freqüência cardíaco • Nos músculos lisos, ao se ligar em receptores beta 2, a adrenalina vai causar dilatação do útero, diminui as cólicas, broncodilatação, etc. • Nos músculos esqueleticos, ao se ligar com beta 2, pode causar tremores; • No pancreas, se ligando ao receptor alfa 2, vai diminuir a secreção de insulina Michelle MEDTXIV ! de !24 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • No fígado, se ligando ao receptor alfa 1, vai diminuir armazenamento de glicogênio; quando se liga ao receptor beta 2, vai aumentar glicogenolise • APLICAÇÃO CLINICA: - Asma - tratamento de emergência (beta 2): Na asma, a adrenalina vai causar broncodilatação (beta 2) mas pode causar taquicardia (beta 1), vasoconstrição (alfa 1) ou hiperglicemia (alfa 2). Antigamente a adrenalina era usada para tratar asma porem hoje em dia possuem fármacos mais seletivos com menos efeitos adversos - Choque anafilático (beta 2): tem uma grande liberação de histamina que vai causar broncoconstricao, vasodilatação, edema de glote, paciente não vai conseguir respirar normalmente; a adrenalina via intramuscular vai causar broncodilação, aumenta a pressão evitando sinais e sintomas graves do choque anafilático Esse choque pode ser controlado nos primeiros minutosmas a gente pode ter uma liberação nova de histamina e ai não vai ser so com adrenalina, talvez tenha que ser passado um corticoide ou anti-histaminico para controlar. A adrenalina pode ser usada pelo paciente ou em hospitais mas é necessária a explicação de como e quando utilizar esse medicamento em casa. - Parada cardiaca (beta 1): é preciso aumentar a freqüência cardíaca (no hospital); • OBS: a adrenalina é mais potente do que a noradrenalina; é administrada principalmente via intravenosa porque pela via oral será muito metabolizada e quase nada chegara na corrente sangüínea. - Via intramuscular e subcutânea ate pode ser utilizada porem a adrenalina causa vasoconstrição e vai diminuir muito a absorção do fármaco; vai ter menor fluxo sanguíneo para que ela seja absorvida então vai ser um processo muito lento (em uma parada cardíaca é inviável) • EFEITOS ADVERSOS: superlativação do sistema cardiovascular, aumento da pressao, taquicardia, arritmia cardíaca, cefaleia, tremores, irritação, hiperglicemia principalmente em pacientes diabéticos do tipo II • Adrenalina não sera um uso crônico, será pontual; 2. NORADRENALINA: • É um agonista; vai se ligar em todos os receptores adrenergicos Michelle MEDTXIV ! de !25 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • Uma diferença marcante da ação da adrenalina e da noradrenalina é que a noradrenalina é menos potente e em um certo tipo de receptor essa ação da nora é bem menor do que da adrenalina - receptor beta 2 adrenérgico • A adrenalina é cerca de 50% vezes mais ativas em receptor beta 2 do que a noradrenalina; • APLICAÇÃO CLINICA: principal utilização é pra ativar o sistema cardiovascular: aumentar a pressão em caso de choque, numa parada cardíaca; • EFEITOS ADVERSOS: tremor, taquicardia, arritmia, hiperglicemia • É muito metabolizada via oral, causa vascoconstricao subcutânea e intramuscular; principal via aplicada é a via intravenosa 3. ISOPRENALINA/ISOPROTRENOL: • É agonista; se liga e ativa tanto receptor beta 1 e beta 1; dos não seletivos é a mais seletiva ja que não aja tanto em receptores alfa • APLICAÇÃO CLINICA: - Antigamente era muito utilizada em doenças respiratórias ja que causava broncodilataçãoo porem ela ativa beta 1 também - Utilizado em emergencias para aumentar a freqüência cardíaca e pouco utilizada na asma • EFEITOS ADVERSOS: taquicardia, arritmia, cefaleia, rubor AULA 2 F"macologia do SNA Simpático II FARMACOS SIMPATOMIMÉTICOS: AGONISTAS ADRENERGICOS DE AÇÃO DIRETA SELETIVOS: • Mimetizam os efeitos da noradrenalina ligando-se diretamente nos adrenoreceptores: - Dobutamina (beta 1) - Fenilefrina (alfa 1) - Salbutamol/terbutalina (beta 2) - Clonidina (alfa 2) 1. DOBUTAMINA: Michelle MEDTXIV ! de !26 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • É um fármaco considerado agonista beta 1 seletivo mas sabe-se que ela não atua somente em beta 1; - A dobutamina é um farmaco que possui carbono quiral (quatro ligantes diferentes) e quando isso acontece ela pode ter varios isomeros - Ela possui varios isomeros e dentre eles tem o isomero destrogero e levogero - A forma destrogera e levogera são agonistas beta 1; a forma destrogera é também antagonista alfa 1 (diminui pressão); so que a forma levogera dessa molécula é agonista alfa 1(aumenta pressão) - Comercialmente, a dobutamina é vendida como uma mistura racemia (partes iguais dos dois isômeros) e o resultado final da sua ação: Os dois isômeros sao agonistas beta 1 Se metade vai ativar agonista alfa 1 e metade vai metade vai inativar alfa 1, o efeito sobre alfa 1 vai ser praticamente nulo - por isso é classificada agonista beta 1 • RELEMBRANDO: Nos temos receptor beta 1 principalmente sendo expresso nos rins e no coração; no coração vai aumentar forca de contração e freqüência cardíaca • A dobutamina vai ativar beta 1 causando aumento da freqüência cardíaca e da forca de contração (efeito isotrópico positivo) • APLICAÇÕES CLINICAS: insuficiencia cardiaca, bradicardia (ex: depois de um infarto), - Com a ultilização desse farmaco o coração vai ter mais forca pra bater e conseguimos tratar a insuficiência cardíaca • EFEITOS ADVERSOS: arritmia cardiaca e o próprio infarto; - Arritmia é alguma alteração da freqüência cardíaca e esse fármaco vai atuar exatamente ai; possui um efeito brando na FC mas mesmo assim pode causar arritmia cardíaca - Depois que o paciente tiver um infarto ele pode ter uma estimulação vagal e ter essa bradicardia; é possível utilizar a dobutamina para fazer o coração bater normalmente; se o paciente tiver um novo infarto a dobutamina vai continuar forçando o coração podendo desencadear um infarto 2. FENILEFRINA E NAFAZOLINA • São agonistas alfa 1 seletivos; Michelle MEDTXIV ! de !27 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • Esses fármacos, ao ativar os receptores alfa 1 adrenergicos (musculo liso dos vasos sangüíneos) vão ativar proteína Gq, aumentar cálcio e gerar contração - vasoconstrição → aumenta pressão • APLICAÇÃO CLINICA: sua principal utilização é como descongestionante nasais; - Quando estamos com resfriado/renite/rinosinusite há uma grande quantidade de congestão nasal - Os vasos da cavidade nasal vao dilatar e terá maior fluxo sangüíneo e provavelmente vai ter processo inflamatório envolvido, contração endotelial, saída de células inflamatórias → congestão, maior produção e secreção de muco - A vasodilatação contribui para congestão nasal e ai os agonistas alfa 1 vao fazer contração dos vasos sangüíneos - Quando ha aplicação topica do neosoro® (nafazolina), esse fármaco fazer com que haja contração dos vasos da mucosa nasal → vai ter diminuição da saída excessiva de secreções, de muco, de celula inflamatórias → melhora a congestão nasal - Descogex ® pode ser utilizado via oral; a absorção vai sr um pouco maior e tera mais risco de efeito adverso como por exemplo, aumento da pressão • NOMES COMERCIAIS: - Neosoro ® - nafazolina - Deongex ® - fenilefrina • EFEITOS ADVERSOS: - Quando esses descongestionantes sao usados pela via oral, u dos efeitos adversos é aumento da pressão; - Quando utilizamos pela via tópica existe o efeito rebote; quando a nossa mucosa nasal fica muito tempo com os vasos contraídos, o fluxo sangüíneo na região vai estar diminuído (diminuição da oxigenação nasal) * Se o paciente usar por mais de 5/6 dias pode acontecer hipóxia e ai o nosso organismo vai fazer vasodilatação rebote * Mesmo que o paciente continue utilizando o fármaco, o paciente vai ter uma dessensibilização dos receptores e ai acontece a vasodilatação por conta da hipoxia * Essa vasodilatação pode vir um pouco pior do que no inicio do processo; a congestão volta e pode voltar pior Michelle MEDTXIV ! de !28 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia * O efeito rebote é chamada de sinusite medicamentosa * O descongestionante pode causar irritação, ressecamento, etc; • INDICAÇÃO: usar os descongestionante por 6 dias quando realmente esta muito congestionado; - Para pacientes que se apresente com renite constante é indicado utilização de descongestionante que não tenha o ativo vasoconstritor; são as formulações infantis; não apresentam agonista alfa 1, vão apresentar sais que vão fluidificar, diminuir a viscosidade das secreções nasais 3. SALBUTAMOL, TERBUTALINA E FENOTEROL: • São fármacos agonistas seletivos para beta 2; famosos por tratar doenças respiratórias • Beta 2 vai ser expresso em músculos lisos como nos brônquios; quando ativado esse receptor vai causar broncodilatação facilitando a respiração • Quanto maior a concentração dos fármacos maior o risco de ativar beta 1; ainda pode ter um risco de taquicardia e arritmia • São broncodilatadores considerados de primeira linha para tratamento da asma e clinicamente eles causam uma broncodilatação muito efetiva • Os agonistas de beta 2 são divididos fármacos de ação curta e ação longa - Ação curta:salbutamol, fenoterol, terbutalina; * Eles vao começar a agir em pouco tempo, 10/15 minutos * O tempo de ação deles é menor, de 3 a 6hrs dependendo do fármaco - Ação longa: salmeterol, vilanterol, formoterol * Vão demorar mais pra começar a broncodilatar * Salmetoerol vai demorar quase uma hora para agir * O tempo de ação deles é maior, chega ate 12hrs - Quando o paciente esta com crise de asma ele precisa de uma broncodilatação rápida - ação curta; para manter o paciente sem crise e previnir crises - ação longa 20:03 • NOMES COMERCIAIS: - Berotec ® - fenorerol - Aerolin ® - salbutamol • APLICAÇÃO CLINICA: Michelle MEDTXIV ! de !29 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Asma (via oral, inalação ou intravenosa): broncodilatadores - Inibição do parto prematuro - salbutamol; * Ativam beta 2 e relaxam a musculatura do utero (no parto prematuro há muitas contrações) • EFEITOS ADVERSOS: quanto maior concentração podem ativar beta 1 causando taquicardia, arritmia, tremores (beta 2 está presente também nos músculos) 4. CLONIDINA, METILDOPA • São alfa 2 seletivos; os receptores alfa 2 podem ser autorreceptores (pre sinóptico; no neuronio pre ganglionar adrenérgico ) - A noradrenalina sercretada na fenda sinóptica pode se ligar com os receptores alfa 2 na membrana da fibra pôs ganglionar; - Quando tem ativação desse receptor alfa 2 pre sináptico vai ativar a proteína Gi que vai inibir adenilciclase, inibindo a ativação da pKa - Inibição da pKa vai diminuir o cálcio (facilitador da interação entre membrana vesicular e membrana do neuronio) que seria necessário para liberação da noradrenalina - Esse receptor ainda esta ligado a proteína G0 que vai abrir canais de potássio, o potássio sai da celula (hiperpolarizaçao) tornando mais difícil estimulação do neurônio - Ativação do alfa 2 pré-sinóptico vai diminuir a liberação de noradrenalina; é um fármaco agonista alfa 2 mas vai diminuir a ativação da via simpática porque vai aumentar a inibição da liberação da noradrenalina • O efeito do uso de um fármaco agonista alfa 2 seletivo é a diminuição da pressão; - Vai ter menor ativação dos receptores alfa 1 adrenergicos nos vasos sangüíneos • NOMES COMERCIAIS: - Aldomet® - alfa- metildopa - Atensina® - clonidina Michelle MEDTXIV ! de !30 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • APLICAÇÃO CLINICA: anti-hipertensivo; SIMPATOMIMÉTICOS DE AÇÃO INDIRETA: • Potencializam a transmissão adrenergica, aumentando a liberação de noradrenalina das vesículas • Alem de fármacos, existem outros compostos que atuam dessa forma como drogas ilibais (anfetaminas) e a tiramina que é um composto um pouco diferente 1. TIRAMINA • Ela gera uma interação com medicamentos; • É uma feniletilamina, uma substancia parecida com uma catecolamina • Esta presente em alguns alimentos: queijos, vinhos, cerveja… • Quando há uma grande ingestão de tiramina por meio de algum desses alimentos, ela vai ser metabolizada pelas enzimas MAO, justamente porque é uma substancia parecida com as catecolaminas • Essas enzimas estão presentes tanto em células nervosas (degradacao de catecolaminas) mas também no fígado, no intestino… • Quando ingerimos uma quantidade razoável de tiramina, as MAO’s que estão la no intestino vao degradas as tiraminas e seus metabólicos degradados • Existe alguns medicamentos que vão inibir as MAO’s; eles podem ser utilizados para tratar depressão - Há inibição da MAO - Aumenta o nível dos neurotransmissores e consegue amenizar os sinais e sintomas da depressas • Quando há um paciente realizando tratamento da depressão com esses fármacos inibidores da MAO e ele ingere uma grande quantidade de tiramina (pelos alimentos), esse paciente não vai realizar a metabolização da tiramina no instestino - A tiramina consegue ser absorvida, sai do lumen intestinal e cai na corrente sangüínea Michelle MEDTXIV ! de !31 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Chegando na corrente sangüínea, a tiramina vai encontrar a via eferente simpática; por ser parecida com uma catecolamina, ela vai entrar nos neurônios adrenergicos (pos ganglionares) e vai entrar dentro da vesícula - Mas a noradrenalina e a toramina nao conseguem ficar juntas dentro da vesícula, ai a tiramina, ao entrar nas vesículas, vai expulsar a noradrenalina que vai começar a ser liberada na fenda sináptica → causa aumento da pressão - Vai acontecer uma descarga simpática, uma liberação muito grande da noradrenalina → vai ativas o receptor alfa 1 → vasoconstrição → risco de crises hipertensivas intensas, risco de infarto, risco de AVE • Pacientes que estão utilizando antidepressivos que sao inibidores da MAO não sao aconselhados a ingerir grande quantidade de tiramina e alimentos nos quais essa substancia esta presente • OBS: a tiramina, quando entra dentro da vesícula, é metabolizada, vira outro composto 2. ANFETAMINA • A anfetamina e a metanfetamina sao as principais substancias ilícitas • A diferente entre elas é a presença de uma metila a mais e é mais potente que a anfetamina • Sao drogas um pouco mais caras; • Essas drogas agem como simpatomiméticos de ação direta por pelo menos 3 mecanismos ja propostos • Elas vão agir de uma forma muito parecida com a da tiramina; elas vão ser absorvidas, vão atingir o sistema nervoso autônomo (no SNC também), vão ser armazenadas nas vesículas no lugar das cotecolaminas e vai liberar a noradrenalina • Elas ainda são fracas inibidoras da MAO, vão aumentar liberação da noradrenalina e diminuir a sua degradação • As anfetaminas podem, também, bloquear a recaptação da noradrenalina Michelle MEDTXIV ! de !32 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - A noradrenalina é recatada (voltando pro interior do neurônio noradrenergico) por meio do transportador de noradrenalina; ai do citoplasma do neironio ele volta para vesícula por meio do transportador vesicular de monamina - As anfetaminas vao inibir o transportador de noradrenalina fazendo com que esse neurotransmissor fique mais tempo no meio extracelular, ou seja, aumentam liberação da nora, diminui sua metabolização (inibem a MAO) e diminui a sua recaptação (inibe transportador de noradrenalina - Nos sistema nervoso central vai ter um aumento significativo da noradrenalina fazendo com que o paciente sinta-se (no inicio) mais euforico, atento, feliz; ele vai perder o apetite, o sono; - Com o passar do tempo pode acontecer a tolerância e a mesma dose não vai ser suficiente para causar o mesmo efeito → vai ter que aumentar a dose da droga para ter os mesmas “sensaçõs boas” - Essa tolerancia pode causar dependencia podendo causar a drogadição; essa situação faz com que a pessoa queira fazer de tudo para conseguir a substancia que vai dar prazer → fica agressiva, perde libido, etc • APLICAÇÃO CLINICA: há a utilização de fármacos parecidos com anfetaminas, principalmente o metilfenidato (ritalina ®) e a dextroanfetamina • Esses fármacos tem um mecanismo de ação das anfetaminas → vao inibir as MAO, vao diminuir a recaptação (inibição do transportador de noradrenalina), vão atuar de uma forma parecida com a da tiramina; - No SNC isso vai proporcionar o aumento da noradrenalina - Esses fármacos sao utilizados principalmente para tratamento de TDAH - Nesse transtorno, um dos fatores envolvidos é a falha adrenergica no SNC fazendo o indivíduo sentir dificuldades de se concentrar, fica hiperativo, agitado, etc… • Quando paciente usa esses fármacos, os níveis de noradrenalina no SNC aumentam, melhorando a ação desse neurotransmissor, por exemplo, na região pre-frontal → melhora concentração, aprendizado, diminui hiperatividade, etc • Por serem parecidos com as anfetaminas, so sao indicados por prescrição médica e retenção da receita; • A dose desses medicamentos é extremamente controlada, justamente para evitar efeito adversos e a dependência, a drogadição - A dose maximada ritalina é 60mg por dia aproximadamente Michelle MEDTXIV ! de !33 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Geralmente o medico vai prescrever doses menores; • EFEITOS ADVERSOS: depressão, fadiga, agitação, irratibilidade, ansiedade, delirios, alterações da libido, insonia, suicídios SIMPATOMIMÉTICOS DE AÇÃO MISTA: • Potencializam a transmissão adrenergica, aumentando a liberação de noradrenalina das vesículas e ativam receptores adrenergicos 1. EFEDRINA E PSEUDOEFEDRINA • Esses fármacos vao se ligar em receptores adrenergicos e ativa-los (alfa e beta; não sao seletivos) e vao aumentar a liberação de noradrenalina da fenda sináptica; • APLICAÇÃO CLINICA: Principal uso é como descongestionante por ativar alfa 1 (diminui contestão nasal); podem ser de uso oral porem com prescrição medica sem retenção da receita→ pela via oral vao ativar via simpática e um dos principais efeitos é cardiovascular (aumento da PA) • EFEITOS ADVERSOS: taquicardia, aumento da PA, insônia • Eles podem estar presentes em formulações junto com outros fármacos para amenizar sinais e sintomas de resfriado, gripe, etc (ex: paracetamol, dipirona, etc) FÁRMACOS SIMPATOLÍTICOS: • Bloqueiam receptores adrenergicos, diminuem o efeito da noradrenalina; podem ser antagonistas de receptores alfa ou antagonistas de receptores beta; • Esses fármacos vão inibir a via simpática; Michelle MEDTXIV ! de !34 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia ANTAGONISTAS ALFA ADRENERGICOS: • RELEMBRANDO: receptores alfa 1 vai causar vasoconstrição e midríase (dilatação da pupila); receptores alfa 2 podem estar localizados nos neurônios pre-sinápticos → diminui liberação da noradrenalina, diminuindo efeitos da via simpática • Existem fármacos que podem atuar como antagonistas dos dois receptores (alfa 1 e 2) ou como antagonistas de um dos receptores (alfa 1 ou alfa 2) • De uma forma geral, esses antagonistas sao competitivos, ou seja, vao se ligar nos receptores alfa mas não vao fazer nada com esse receptor (não vao ativar); como geralmente esses receptores estão inativos eles irão continuar inativos e a via simpática não vai ser ativada - Exceção: a maioria é competitivo (vao se ligar não tão fortemente → pontes de hidrogenio, Vander walls e depois de um tempo conseguem se desligar), a exceção é a fenoxibenzoamina que é um antagonista não seletivo e não competitivo → vai fazer ligações covalentes com os receptores alfa 1. ANTAGONISTAS ALFA NÃO SELETIVOS: bloqueia alfa-1 e alfa-2; não vai deixar as catecolaminas agirem; Michelle MEDTXIV ! de !35 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • Fenoxibenzamina e fentolamina • NOME COMERCIAL: Vigamed® • RECEPTORES ALFA-1 BLOQUEADO: se há bloqueio desse receptor → vai causar redução da pressão arterial (vasodilatação) porque alfa-1 ativado causa vasoconstrição; - Quando reduz a pressão, para o meu corpo não deveria ter reduzido a pressão; os barorreceptores vão perceber a queda da pressão e vai se comunicar com o bulbo (T.E) que vai ativar a via eferente simpática - Barorreceptor vai ser ativado e vai levar há uma ativação da via simpática por meio de uma maior liberação de catecolaminas - A noradrenalina vai ser mais liberada mas o receptor alfa-1 ta bloqueado → não vai ter aumento da pressão - Os receptores beta estão livres (nao estão bloqueados por esses fármacos); beta-1 no coração vai ser ativado → aumenta freqüência cardíaca, aumenta força de contração do coração → paciente pode apresentar taquicardia e arritmia • RECEPTOR ALFA-2 BLOQUEADO: esse receptor bloqueado não irá controlar a liberação da noradrenalina por Feedback negativo; - A catecolamina vai continuar sendo produzida, ainda mais que a pressão continua baixa; • O risco de taquicardia e arritmia acaba sendo elevado porque os receptores alfa estão bloqueados por esses medicamentos enquanto os beta não, fazendo com que “sobre para ele” - Beta-2 esta no coração, então os efeitos adversos serão cardíacos • APLICAÇÃO CLINCA: no brasil não sao muito utilizados; fora são utilizados para tratamento de feocromocitoma - Feocromocitoma é um tumor na medula suprarrenal (local de produção de adrenalina e noradrenalina) - Quando o paciente tem esse tumor, ele vai ter uma produção muito grande de catecolaminas → ele pode ter pressão alta, por exemplo - O tratamento geralmente é cirúrgico mas em casos mais graves a cirurgia não é recomendada ai o paciente precisa controlar a superlativação da via simpática - Tanto a fenoxibenzamina quanto a fentolamina podem ser utilizadas nesses casos desse tumor Michelle MEDTXIV ! de !36 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - A fenoxibenzamina vai ter uma ação um pouco maior porque é antagonista não competitivo → ela se liga por meio de ligações covalentes e vai ficar ligada por um grande período de tempo; - Quando o paciente tem o feocromocitoma e ele pode fazer cirurgia, é necessário preparar o paciente para essa operação porque é arriscado realiza-la com a pressão alta e ha perigo do tumor se romper e liberar uma grande quantidade de catecolaminas → crise hipertensiva na cirurgia * O recomendado é tratar por pelo menos 3 ou 2 semanas com hipertensivo → por exemplo, a fenoxibenzamina que vai bloquear os receptores alfa e durante a cirurgia não vai ter o pico de pressão mesmo se essa catecolamina seja liberada, etc - Se o paciente não conseguir realizar essa operação de retirada do tumor, ele vai ter que controlar a pressão e a fenoxibenzamina pode ser utilizada para tratar continuamente essa pressão (não é o fármaco preferível) - A fentolamina é recomendada para controle da pressão a curto prazo; é utilizada mais pro tratamento continuo (não é preferível) 2. ANTAGONISTAS ALFA-1 SELETIVOS • São fármacos mais preferíveis para tratamento de hipertensão justamente por serem seletivos e terem menos riscos de efeitos adversos • Eles vão bloquear alfa-1 → vai diminuir a pressão; os barorreceptores vão detectar e ativar a via simpática causando maior produção de noradrenalina; como esses fármacos sao seletivos, o receptor alfa-2 não estará inibido e irá controlar por Feedback negativo a liberação da nora → o risco de causar taquicardia é menor • APLICAÇÃO CLINCIA: tratamento do feocromocitoma e hipertensão não relacionada ao feocromocitoma; ainda podem utilizados para tratamento da hiperplasia prostática benigna (HPB) - A HPB é um processo relativamente normal (o aumento das células da próstata) principalmente depois dos 60/70 anos; - Um dos principais sintomas é a retenção urinária porque a uretra passa pela próstata e quando a próstata está aumentada, irá bloquear a passagem da urina pela uretra → dificuldade de urinar - Também existe receptor alfa no colo da bexiga, na próstata, no esfíncter interno da uretra, na própria uretra Michelle MEDTXIV ! de !37 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Quando ativa alfa-1 → aumenta nivel de calcio e contrair e ai nesse caso, vai causar contracao do esfincter da uretra e isso vai dificultar a micção, pode contrair a uretra dificultando ainda mais a urinar - Se utilizar um antagonista alfa-1 vai relaxar o esfíncter facilitando a micção; vai ajudar a relaxar a uretra e também facilita a micção → alivia a retenção urinária observada em homens com HPB • FÁRMACOS: prazosina (minipress ®); terazosina, doxazosina e tansolosina (utilizada principalmente pra HPB) a) Prazosina (ação curta): minipress ® - É o fármaco com tempo de ação mais curto ; - Tempo de meia vida é de 3/4 hrs - Consegue agir de 7 - 10 horas - Vai ser utilizada 2 ou 3 vezes por dia - Tratamento de feocromocitoma, hipertensão e HPB - Para hipertensão a dose é um pouco maior do que quando for utilizada para HPB * HPB: 1-5mg 2x/dia (maximo 10mg por dia) * Hipertensão: máximo 20mg por dia - Efeito adverso: hipotensão ortostática; * Quando a gente levanta precisamos de maior fluxo sangüíneo (pressão tem que subirum pouco mais) para poder atingir o SNC; alfa-1 ta bloqueado → o aumento do fluxo sangüíneo na hora de levantar vai estar dificultado principalmente no começo do tratamento * Indicação: começar o tratamento titulando as doses; ir aumentando gradativamente a dose → dose inicial: 1mg 2 ou 3x por dia; se não foi possível controlar a pressão com essa dose inicial ai é so ir aumentando ate conseguir controlar a pressão do paciente * A titulação da dose diminui o risco de ter hipotensão ortostática b) Terazosina e Doxazosina (ação longa): - Tratamento da pressão alta, feocromocitoma e HPB - Tempo de ação é maior - Tempo de meia vida da terazosina é 12hrs e pode agir no corpo ate 20hrs - Tempo de meia vida da doxazosina é de 20hrs e pode agir de 30 ate 36hrs Michelle MEDTXIV ! de !38 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Paciente pode usar só uma dose por dia desses fármacos; - Esses fármacos possuem um efeito a mais do que a prazosina → alguns experimentos mostraram que eles podem aumentar a apoptose de células da próstata; * O paciente que tem HPB e usarem esses fármacos, alem de controlar a retenção urinária talvez ainda conseguem contribuir pro tratamento dessa hiperplasia c) Tansulosina - Receptores alfa-1 e 2 tem outras subclassificações (alfa-1 a/b/c) - No trato urinário vai predominar receptor alfa-1 do tipo a ; - Esse fármaco é antagonista alfa-1 adrenérgico e tem uma seletividade maior pelo subtipo alfa-1 a - A tansulosina vai agir antagonizando principalmente receptor alfa-1 adrenérgico que esta no trato urinário - Ela tem pouca ação nos receptores alfa-1 dos vasos sangüíneos → não será possível tratar feocromocitoma e hipertensão - Por ela ser mais seletiva pro trato urinário, é interessante para pacientes com HPB → vai ser possível diminuir a retenção urinaria (relaxamento do esfíncter e uretra) e o risco de efeito adverso é reduzido • EFEITOS ADVERSOS GERAIS: hipotensão ortostática, cefaleia, tontura, taquicardia reflexa ANTAGONISTAS BETA ADRENERGICOS: • São beta bloqueadores; bloqueiam receptores beta adrenergicos e diminuem o efeito das catecolaminas • RELEMBRANDO: - Receptor beta-1: todos são acoplados a proteínas Gs (estimulatoria); quando são ativados vão ativar adenilciclase, vai produzir AMPc e vai ativar a proteína quinase A; dependendo do tipo de tecido que o receptor se encontra a a pKa vai ter uma função diferente * No coração vai abrir canais de cálcio → aumentar a força de contração → aumenta freqüência cardíaca * No rim aumenta liberação da renina → contribui pro aumento da pressão - Receptor beta-2: também vai ativar pKa so que esta expresso principalmente em músculo liso e la vai ser observado relaxamento * Broncodilatação * Relaxamento do utero Michelle MEDTXIV ! de !39 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • BLOQUEIO DE BETA-1- NO CORAÇÃO (principal efeito): - O fármaco vai se ligar no receptor beta-1 → a maioria deles ja esta inativo, então ira continuar inativo e vai impedir que a noradrenalina e a adrenalina ativem esses receptores - Vai diminuir a ativação do beta-1 → vai causar redução da frequência cardíaca e da força de contração → vai reduzir o debito cardíaco (FC X VS) e consequentemente, a longo prazo, vai ter redução da pressão arterial (porque esta diminuindo o volume bombeado) - A curto prazo pode ter uma pequena elevação da pressão porque se diminui o debito cardíaco, os barorreceptores vai detectar e vão ativar a via simpática reflexa; - A longo prazo, o paciente vai se “acostumar”; o organismo vai se adaptando e a pressão reduz • BLOQUEIO DE BETA-1 - NOS RINS: - Se tem o bloqueio do receptor beta-1 nos rins, vai diminuir a secreção de renina contribuindo para redução da pressão arterial • APLICAÇÃO CLINICA GERAL: são utilizados principalmente para antagonizar os receptores beta; eles não vão ativar e vai impedir a ativação pelas catecolaminas → vão diminuir freqüência cardíaca, forca de contração, debito cardíaco, pressão arterial, etc - Tratamento de hipertensão - Tratamento do infarto * Vai diminuir a demanda de oxigênio porque vai diminuir freqüência cardíaca (vai bater mais fraco) - Arritmias (alterações na freqüência) - Glaucoma (pressão intraocular elevado) * A ativação dos receptores beta no olho vai aumentar a produção do humor aquoso e se há o bloqueio desses receptores → diminui produção do liquido e consequentemente diminui a pressão intraocular • DIVISÃO DOS BETA BLOQUEADORES: - Um dos tipos de betabloqueadores, também são antagonistas alfa-1 (carvedilol e labetalol) que são os de terceira geração → se antagoniza alfa-1 tem vasodilatação que vai aumentar tamanho do vaso e diminuir a pressão Michelle MEDTXIV ! de !40 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Nomes comerciais - bloqueadores seletivos beta-1: * Atenolol: atenol ® * Metaprolol: selozok ® - Nomes comerciais - bloqueadores não-seletivos (beta-1 e beta-2): * Propranolol: inderal ® * Timolol: timoptol ® - Nomes comerciais - bloqueadores não seletivos (alfa-1 e beta-antagonistas): * Carvedilol: cardilol ® * Labetalol • A maioria dos betabloqueadores são antagonistas competitivos; ao se ligar no receptor não vai fazer nada • Recentemente foi descoberto que alguns betabloqueadores não sao simples antagonistas, por exemplo, propanolol • EFEITOS ADVERSOS GERAIS: - Por bloquear beta-1, paciente pode ter maior risco de bradicardia Michelle MEDTXIV ! de !41 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Por bloquear beta-2 (no caso dos não seletivos, principalmente),pode causar broncoconstrição → em pacientes sem doença respiratória talvez não sinta uma dificuldade muito grande de respirar; paciente com predisposição de doenças respiratórias, ao utilizar esses fármacos pode piorar o caso * É mais preferível utilização de beta-1 seletivos - Quando são utilizado farmacos betabloqueadores não seletivos, no fígado, o beta-2 aumenta glicogenolise para liberar glicose em quadros de hipoglicemia * Para pacientes com diabetes pode trazer mais riscos → se o paciente tem diabetes do tipo 1 provavelmente vai estar sob uso de insulina; do tipo 2 a maioria usa hipoglicemiantes * Um dos principais efeitos adversos das insulinas e dos hipoglicemiantes orais é a hipoglicemia (principalmente no começo do tratamento) → vai ter ativação do simpático * Mas se o paciente tiver utilizando, também, um antagonista dos receptores beta não seletivo ou ate mesmo seletivo, vai estar diminuída resposta simpática (diminui tremor, diminui taquicardia) → ai as vezes o paciente esta com hipoglicemia e as vezes não percebe * Essa hipoglicemia pode ser mais prejudicada ainda se estiver em uso um não seletivo porque quando há bloqueio do beta-2 no fígado vai diminuir glicogenolise → diminui fornecimento de glicose para o paciente que ja esta com glicemia * Indicação para pacientes diabéticos é preferível fármacos antagonistas seletivos beta-1 porque pelo menos a liberação de glicose pelo ficado estará acontecendo porque não foi bloqueada - Fadiga, extremidades frias 1. PROPANOLOL: antagonista não seletivo de receptores beta • Antagonizam tanto beta-1 quanto beta-2 • É um agonista inverso → vai se ligar nos receptores e vai alterar a conformação porem para forma inativa; provavelmente alguns receptores beta-adrenergicos estão ativados (uma pequena parcela) que serão inativados quando esse fármaco se liga • O propanolol vai estabilizar a conformação inativa que vai causar diminuição da freqüência cardíaca, da força de contração cardíaca, do debito cardíaco e da secreção de renina → diminui pressão arterial • Esse fármaco é bem absorvido, porem, a biodisponibilidade via oral (quantidade do fármaco que chega ativo no sangue) dele é baixa porque a metabolização hepática Michelle MEDTXIV ! de !42 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia de primeira passagem é muito alta → quando passa no fígado émuito metabolizado e inativado • Pouca quantidade desse fármaco vai chegar ativa no sangue mas se o paciente administra pela via oral juntamente com um alimento vai melhorar a biodisponibilidade - Provavelmente os nutrientes dessa alimentação vao competir com as enzimas do fígado e ai o propanolol vai ser menos metabolizado • DOSE USUAL: de 40 a 80mg por dia e pode ser dividida • APLICAÇÃO CLINCA: pressão alta, arritmia cardiaca, infarto. 2. TIMOLOL: antagonista não seletivo de receptores beta • Antagonizam tanto beta-1 quanto beta-2 • Ação farmacológica é muito parecida com propanolol → vai bloquear beta-1, vai diminuir pressão • Utilizado para tratar hipertensão, arritmia, etc; é um dos mais utilizados para tratar o glaucoma • Ao bloquear o receptor beta no olho, vai diminuir a produção do humor aquoso e consequentemente vai conseguir reduzir a pressão intraocular 3. PINDOLOL: antagonista não seletivo de receptores beta • Agonista parcial de receptores beta-adrenergicos; - O agonista parcial é aqueles que se ligam nos receptores e podem ativa-los ou não; eles vão ativar os receptores e vai ter uma resposta ao fármaco menor do que 100% • Pindolol pode se ligar nos receptores e ativar alguns e outros ele não ativa - Se for colocado no tecido cardiaco a adrenalina → vai ter resposta máxima - Se for colocado nesse mesmo tecido cardíaco so o pindolol → não vai ter resposta máxima porque não vai ativar todos os receptores → vai diminuir a atividade cardíaca so que é agonista parcial • Existem pacientes com uma predisposição para bradicardia → nesses pacientes, da para utilizar o pindolol porque vai reduzir a força de contração, a freqüência cardíaca • Pode ser utilizado para tratar arritmia, hipertensão, etc → mas possui efeito mais brando, sendo eficiente em pacientes com predisposição a bradicardia 4. ATENOLOL: antagonistas seletivos de receptor beta-1 Michelle MEDTXIV ! de !43 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • Para pacientes com doenças respiratórias, os fármacos antagonistas não seletivos de receptores beta não são interessantes pois os efeitos adversos podem prejudicar com a vasoconstrição ja que podem atuar bloqueando tanto beta-1 como beta-2 • APLICAÇÃO CLINCA: hipertensao, infarto, arritmia, etc • Vai ter uma biodisponibilidade baixa via oral, ou seja, a quantidade de fármaco ativo que chega na corrente sangüínea é pequena porque ja não é muito absorvido (muito hidrofílico) → não indica ingerir junto com alimento • Vai causar cronotropismo e ionotropismo negativo → diminui freqüência cardiaca, diminui forca de contração, diminui debito cardíaco e diminui pressão arterial 5. METOPROLOL: antagonistas seletivos de receptor beta-1 • APLICAÇÃO CLINICA: previnir infarto, tratar arritmia, hipertensão • Tem o mesmo problema de biodisponibilidade do propanolol → ele é bem absorvido porem é muito metabolizado no fígado (metabolismo hepático de primeira passagem) • Vai causar cronotropismo e ionotropismo negativo (diminui debito cardiaco) 6. LABETALOL: antagonistas dos receptores alfa-1, beta-1, beta-2 • Possuem uma função a mais que no caso é a atuação como antagonistas de alfa-1 (alem de antagonistas beta-1 e beta-2) • Ele possui varios isômeros → possui dois centros quirais na sua estrutura química → ele pode ser S,R; S,S; R,S • Os isômeros do labetalol RR vao ser antagonistas beta-1 → diminui freqüência cardíaca, forca de contração e liberação da renina; é também agonista parcial de beta-2 → pode se ligar em beta-2 e ativar ou não - Tratamento de arritmia, infarto, etc - Asmáticos não pode usar porque pacientes com problemas respiratórios que tenham qualquer interferência na ativação do beta-2 ja pode ter broncoconstrição e dificuldade de respirar • A forma SR e SS vai ser antagonistas alfa-1; contribui muito na diminuição da pressão arterial alem de bloquear receptor beta-1 • A forma RS tem atividade nenhuma, é vendido como mistura racemica → vai ser antagonista dos receptores beta-1 e beta-2 (agonista parcial beta-2) e antagonista alfa-1 • APLICAÇÃO CLINICA: antihipertensivo, prevenção de infarto, tratar arriatmia; Michelle MEDTXIV ! de !44 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • Pode ser usado por varias vias → quando utilizado pela via oral vai ser a mesa situação que o propanolol e o metaprolol, ou seja, ele é bem absorvido porem é muito metabolizado e acaba tendo uma menor biodisponibilidade 7. CARVEDILOL: antagonistas dos receptores alfa-1, beta-1 e beta-2 • Possuem uma função a mais que no caso é a atuação como antagonistas de alfa-1 (alem de antagonistas beta-1 e beta-2) • Vai apresentar as mesmas indicações que o labetalol mas vai ter ações extras, ele é antioxidante e antiinflamatório → para paciente que tem problema cardíaco é bem interessante - Por exemplo, no processo de aterosclerose pode haver inflamação e formação de radicais livres → esse fármaco vai ser um cardioprotetor muito interessante • APLICAÇÃO CLINICA: hipertensão e complicações do infarto agudo do miocárdio • EFEITOS ADVERSOS: broncoconstrição, bradicardia, fadiga, dificuldade de realizar exercícios de alta intensidade, hipoglicemia - Se o paciente tiver problemas com asma não será indicado esse fármaco porque ele também antagoniza beta-2 podendo causar broncoconstrição (principal efeito adverso) - Se o paciente tiver diabetes também não será indicado esse fármaco pois pode causar hipoglicemia AULA 3 Anti-inflamatórios não est$ioidais I INTRODUÇÃO: • Os fármacos anti-inflamatorios são classificados, de uma forma geral, em esteroidais (glicocorticoides) e os não esteroidais (AINEs) Michelle MEDTXIV ! de !45 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia RESPOSTA INFLAMATÓRIA: • A resposta inflamatoria é causada por vários tipos de lesões (quimicas, físicas, mecanicas, etc), diferentes tipos de microrganismos induzindo a inflamação (virus, bactéria, fungo, protozoario, etc) ou ate mesmo respostas autoimunes e alergias - A resposta inflamatoria é um processo de proteção de agentes patogenicos, lesoes, corpos estranhos, etc • O que complica é quando a reação é muito exacerbada, passa a apresentar sinais e sintomas no paciente que podem ser perigosos - Na maioria das vezes lesões, diferentes patogenia vao estar induzindo essa inflamação e ativando o sistema imune mas em alguns casos a resposta não será benéfica - Em processos alergicos, muitas vezes antígenos inofensivos, neutros, que a maioria das pessoas não responderiam (não ativariam sistema imune, não ativariam Michelle MEDTXIV ! de !46 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia processo inflamatório), alguns desses antigenos em algumas pessoas acaba ativando sistema imune → desenvolvendo hipersensibilidade do tipo 1 ou alergias * Ex: pelos de gato - Ainda existem as doenças autoimunes que antígenos próprios do paciente vao estar induzindo ativação do seu próprio sistema imune * Ex: artrite reumatoide, lupus, etc • Muitos desses fármacos anti-inflamatorios são livres de prescrição médica → grande perigo de automedicação, podendo, ainda, agravar a situação do paciente - É importante tratar a inflamação para diminuir febre, edema, dor, etc. mas é mais importante ainda tratar a causa da inflamação - Ex: infecção urinária → as vezes o paciente esta com dor a urinar, sente desconforte, está com febre e acaba se automedicando (ex ibuprofeno) para melhorar a dor e a febre mas ai ele não tratou a bateria que está causando a infecção e depois de uns dias os sintomas vao voltar e estarão mais graves → o problema so foi mascarado, não foi tratada a causa • Os principais sinais e sintomas que a inflamação causa nos pacientes são a dor, o rubor (vermelhidao), edema (inchado), calor (febre) e se a inflamação não for corretamente tratada a longo prazo pode se tornar uma inflamação crônica podendo levar a perda da função do órgão afetado porque o tecido do órgão podeser substituído por tecido fibroso RELEMBRANDO IMUNOLOGIA: • A inflamação vem a partir de uma resposta imune • CELULAS DO SISTEMA IMUNE: tem origem das células tronco da medula óssea (pluripotentes); conseguem se dividir e se diferenciar em vários tipos celulares - Células pluripotentes da medula ossea do tipo mieloide e do tipo linfoide vão dar origem a tipos celulares diferentes Michelle MEDTXIV ! de !47 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - As células mieloides vão dar origem tanto as hemácias e plaquetas (sangue) como também a vários tipos de células que vão compor o sistema imune → leucócitos e eles que vão compor a resposta imune inata * A RI é aquela que ja nascemos com ela; ja nascemos produzindo esses tipos de células para que quando acontecer, por exemplo, uma lesão com o rompimento das barreiras primarias de proteção , nosso organismo possa ter uma resposta aos patógenos que podem entrar no nosso meio interno - O sistema imune inato é quem vai combater inicialmente o microrganismo patogênico; são os: neutrofilos, eosinófilos, basófilos, macrófagos, celulas dendriticas, natural killer, etc * Neutrofilos: responsáveis por fagocitose, principalmente bactérias * Eosinofilo: responsáveis pela resposta imune em infecções a partir de protozoários e junto com os mastocitos vao participar das reações de hipersensibilidade do tipo 1 porque eles produzem e armazenam nos seus granulos, a histamina (principal mediador da alergia) - Células dendriticas e os neutrofilos vao fagocitar antigenos estranhos e vão apresenta-los (APC) para células que vão compor o sistema imune adaptativo (os linfocitos) - Quando nossos sistema imune inato não da conta de eliminar o microrganismo invasor patogênico de forma efetiva, a resposta imune adaptativo vai ser ativada um pouco mais tarde do que a resposta inata e ela vai ser especifica para cada indivíduo - Essa resposta imune adaptativa vai ser gerada por linfócitos que são devidos em B e T - Os linfocitos T vao ser responsáveis pela resposta imune celular principalmente → lisar com a celula que contem o antígeno patogênico * Pode ser do tipo TCD8, TCD4 (pode gerar resposta do tipo Th1, Th2, Th17) - Os linfocitos B vao ser ativados, vao se transformar em plasmócitos e vao produzir diferentes tipos de anticorpos (IgM, IgA, IgG, etc) e ai que eles vão causar uma resposta imune humoral * Essa resposta tem varas funcoes → opsonizar o microrganismo patogênico, eliminar ele, ativar sistema complemento, etc Michelle MEDTXIV ! de !48 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Essas células tem diferentes funções mas tem a capacidade potencial de produzir vários mediadores inflamatórios junto com outras células, como células endoteliais dos vasos sangüíneos • Os principais eventos do processo de inflamação sao gerados tanto pelas células quanto pelos mediadores inflamatórios que são produzidos por elas • EXEMPLO EXPLICATIVO: um corte; - Essa lesão vai romper a pele, vai expor as partes internas sendo, entao, uma porta de entrara para microrganismos patogênicos - Inicialmente, nesse local, vai ser observado ativação de algumas células de defesa e liberação espontânea de algumas citrinas inflamatórias que vão causar vasodilatação e contração endotelial (processos pro inflamatórios) - Vasodilatação (relaxamento do músculo do vaso sanguíneo) do vai acontecer para que aumente o fluxo sangüíneo na região com finalidade de permitir a chegada de células de defesa para combater o possível agente patogênico - A contração endotelial é a contração das células do endotélio que é a primeira camada do vasos sangüíneo; com essa contração, as células do endotélio vai diminuir de tamanho (contrair) e ai os poros (que ja existiam para permitir passagem de nutrientes,etc) vao aumentar de tamanho permitindo a passagem de células da defesa Michelle MEDTXIV ! de !49 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Antes delas sairem pelos poros, alguns mediadores inflamatórios vão induzir a expressão e receptores de adesão no endotélio e esses receptores se ligam nessas celulas de defesa → elas vão rolar, encontrar um poro maior e ai sim elas vão sair - Posteriormente, ao sair do vaso sangüíneo vai acontecer a migração dessas células para o local da lesão para começar agir → fagocitando uma bactéria patogênica, liberando mais citocinas para chamar mais células de defesa (quimiotaxia) - Resolução da inflamação (situação normal): as células de defesa também vao produzir citocinas antinflamatorias que ajudam a reduzir a inflamação, diminui a ativação de células de defesa e também podem secretar fatores de crescimento (de fibroblasto, da epiderme) para reparar o tecido lesionado → a lesão vai ser fechada e cicatrizada - Se acontecer de ter uma carga bacteriana/outro microrganismo muito grande e o sistema imune inato não conseguiu dar conta, ele ira “chamar” o sistema imune adaptativo fazendo com que a resposta seja amplificada • Todos esses exemplos são explicativos para os sinais e sintomas dos paciente: - Vasodilatação vai promover o aumento da temperatura, vermelhidão - A contração endotelial permite, também, a saída de líquidos do sangue, proteína → o paciente pode apresentar o edema que pode comprimir os tecidos adjacentes, estando envolvido com a dor - Mediadores inflamatórios liberados no local podem causar rubor e prurido MEDIADORES DA INFLAMAÇÃO: • O alvo dos anti-inflamatórios não esteroidais vai ser na produção de um grupo especifico de mediadores inflamatórios; • Os mediadores vão ser produzidos por células de defesa ou ate mesmo por células que as vezes não participam do sistema imune (ex: células endoteliais) e estarão envolvidas no processo de inflamação; • A maioria são pró-inflamatórios mas existem que vão controlar a inflamação apara que no processo final seja resolvida e não se estenda cronicamente • PRINCIPAIS MEDIADORES INFLAMATÓRIOS: - Histamina: produzida principalmente pro bazofio e mastócito; * Quando paciente apresenta uma reação de hipersensibilidade do tipo 1, essas células vão ser ativadas depois da sensibilização numa 3 ou 4 exposição e esses grânulos contendo histamina vão ser liberados; Michelle MEDTXIV ! de !50 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia * Ela vai ter varias funções pro-inflamatórias → vasodilatação, contração de músculo liso, broncoconstrição, vermelhidao, prurido, queda de pressão, etc - Citocinas: existem pró inflamatórias e anti-inflamatórias; - Proteinas do sistema complemento: são proteínas que para serem ativadas precisam ser clivadas; - Fator ativador plaquetário: produzido por células endoteliais e células de defesa vai ter como função ativar as plaquetas, aumentar a agregação do epitelio para interromper o sangramento (ativação da cascata de coagulação) - Oxido nitrico: é um vasodilatador produzido nas células endoteliais; - Eicosanoides: é na produção desses mediadores que os antí-inflámtorios não esteroidais vão atuar, mecanismo deles é na produção desses compostos PRODUÇÃO DE EICOSANOIDES (GERAL): • “Eico” significa 20 → a estrutura química desses compostos tem 20 átomos de carbono • Eles podem ser produzidos a partir de alguns ácidos graxos, alguns lipídios → o principal que vai originar os eicosanoides é o acido araquidônico • Ele pode ser metabolizado por dois principais grupos de enzimas, então, elas podem gerar alguns tipos principais de eicosanoides - Grupo de enzimas vai pegar o acido aracdonico que vai originar os principais eicosanoides e vai metabolizar → da origem a prostaglandina, prostaciclina, tromboxano (prostanoides) - Um outro grupo de enzimas que vai metabolizar o acido araquidonico que vai gerar outros tipos de eicosanoides → que vao ser os leucotrienos e as lipoxinas • Tromboxano, protaglandinas e leucotrienos vao ser principalmente pró-inflamatórios (induzem inflamação); prostaciclina e lipoxina vao estar envolvidos naresolução e finalização da inflamação • O acido araquidônico nos so produzimos a partir do omega 6 (acido linoleico) que é necessário se adquirido pela alimentação → olhos de milho, girassol, castanhas, peixes (principalmente salmão) • Esse acido araquidonico vai ficar preso na membrana plasmática das células, ligado a lipídios da membrana plasmática • Quando ocorrer uma lesão ou algo que possa gerar um processo inflamatorio, as células de defesa vao ser ativadas, mediadores inflamatórios vao ser prontamente liberados e vão ativar a liberação da liberação desse acido araquidonico da membrana Michelle MEDTXIV ! de !51 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Alguns mediadores inflamatorios vão atufar a enzima fosfolipase A2, essa enzima vai liberar o acido araquidonico da membrana e vai deixar ele solto no citoplasma • O acido araquidonico livre no citoplasma consegue ser metabolizado por dois principais grupos de enzimas → COX ou LOX - Se for a COX que metabolizar o acido → prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxanos - Se for a LIPOX que metabolizar o acido → leucotrieno e lipoxina PRODUÇÃO DE EICOSANOIDES VIA CICLO-OXIGENASE: • As enzimas COX podem ser chamadas de prostaglandinas G/H sintase ou ciclo- oxigenase; • No nosso corpo temos a produção de duas isoformas de COX, as isoformas são formas muito parecidas e vao diferir em alguns aminoácidos, alguns sitio-ativo. Isso vai fazer com que elas tenham preferencias diferentes e mediadores diferentes - PGI: prostaciclina - TXA: tromboxano - PGD, PGE e PGF: prostaglandinas (e seus subtipos) Michelle MEDTXIV ! de !52 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Atualmente, sabe-se que expressamos a COX 3 principalmente no sistema nervoso central mas ainda não esta muito bem Michelle MEDTXIV ! de !53 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia elucidada • As COX vão atuar tanto em processos normais do nosso corpo (sem inflamação) quanto durante inflamação • COX-1: vai ser a principal atuante durante processos fisiológicos (normais); - Normalmente vai estar produzindo níveis basais desses mediadores que vao controlar e auxiliar funções muito importantes na manutenção da nossa homeostasia - Ex: prostaglandina E-2 produzida pela COX-1 é uma das principais responsáveis pelos proteção da mucosa gástrica → ela vai diminuir, controlar, modular a secreção do HCl, vai induzir a produção do muco, vai aumentar o fluxo sangüíneo na região - Vão atuar também na função renal, contribuindo para manutencao da função renal porque esses mediadores produzidos a partir d COX-1 vao aumentar o fluxo sangüíneo nos rins → causando a dilatação das artérias renais, induzindo a filtração, formação da urina - Vão atuar no sentido de aumentar a eliminação do sódio, o que também ajuda a regular a pressão Michelle MEDTXIV ! de !54 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Vai produzir mediadores que induzem a formação de trombo, induzem a agregação paqueraria mas também produz mediadores que inibem a agregação paqueraria → eles tem que estar em equilíbrio para que não temos uma formação excessiva de trombos e nem uma hemorragia pela formação insuficiente de trombos • COX- 2: vai ser a principal atuante durante a inflamação; - Alguns mediadores porduzidos pelas COX-2 também vao ajudar na função renal, aumentando fluxo sangüíneo renal - mas atua muito menos durante processos fisiológicos, vai ser mais ativa e mais expressa quando se tem uma lesão/inflamação acontecendo - Os mediadores inflamatorios produzidos a partir da COX-2 eles vao causar principalmente ampliação da inflamação, maior ativação de células do sistema imune, dor, febre, vasodilatação, contração endotelial → vai induzir a inflamação • RELEMBRANDO: consumimos omega 6 → produzimos acido araquedonico → se prendeu a membrana plasmática → processo lesivo ocorre → ativação mediadores inflamatórios prontamente formados → vao ativar fosfolipase A2 → vai liberar acido araquedonico da membrana → no citoplasma será metabolizado pela COX ou LOX • EXPLICAÇÃO DA IMAGEM: o acido araquedonico vai ser primeiramente transformado (oxidado e ciclizado) em protaglandina G2 → prostaglandina G2 vai ser transformada (reduzida) em prostaglandina H2 - Quem viabiliza essas reações são as enzimas COX; elas vao participar das duas primeiras transformações do acido araquedonico - Prostaglandinas G2 e H2 não sao biologicamente ativas - A PH2 vai sair da celula e vai se espalhar pelos tecidos e dependendo de onde ela se encontra ela pode ser metabolizada em outros mediadores * Nas plaquetas, tem-se a expressão da enzima tromboxanosintase → por isso que é principalmente nas plaquetas que a prostaglandina H2 vai virar tromboxano * Nas células endoteliais, tem-se a presença da enzima prostaciclinasintase → por isso que é principalmente nos vasos sangüíneos a produção da prostaciclina * Músculos lisos e outras células de defesa vao ter outras enzimas sintases que vao produzir outros mediadores → PGE2, PGF2, PGD2 FUNÇÕES DOS MEDIADORES EICOSANOIDES: • PROSTAGLANDINAS: - PGE2 a partir da COX-1: vai estar atuando principalmente em processos fisiológicos → função renal, excreção do sodio, proteção gástrica Michelle MEDTXIV ! de !55 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - PGE2 a partir da COX-2: vai estar atuando principalmente em processos inflamatórios → vasodilatação, contração endotelial, dor, febre - PGD2: vai atuar principalmente contraindo alguns músculos lisos como dos brônquios (broncoconstrição) e causando também vasodilatação - PGF2: vai atuar causando contração de músculo liso → do utero, brônquios, endotelio, etc • TROMBOXANOS: produzido principalmente nas plaquetas - Sua principal função é induzir agregação plaquetária → quando a plaqueta agrega, inicia cascata de coagulação → formação de trombo → interrompe sangramento - Alem disso, vai realizar vasoconstrição • PROSTACICLINAS: são produzidas em células de defesa e em músculos lisos; PGI2 - Inibe a agregação plaquetaria e causa vasodilatação - Tromboxanos e prostaciclinas são antagonistas fisiológicos; as duas substancias vai atiivar seus respectivos receptores mas vao causar respostas fisiologiamente opostas - Ai que entra a participação da COX-1 na regulação na formação de trombos ou diminuição nessa formação de trombos - A COX-1 vai estar produzindo em equilíbrio tromboxano e prostacilcina, ajudando a controlar a formação de trombo → se a gente tem uma formação muito grande de tromboxano vai aumentar o risco de trombose, infarto, AVE → se diminui formação de tromboxano ou aumenta produção de prostaciclina vai ter o oposto, ou seja, aumento no risco de ter hemorragia PRODUÇÃO DE EICOSANOIDES VIA LIPO-OXIGENASE: • Existem isoformas da lipo-oxigenase → as principais em humanos é a 5-LOX, a 12-LOX e a 15-LOX → a principal mesmo que atua na gente é a 5-LOX • Elas vao oxidar o acido araquedonico e vao formar o acido HPET → vai ser oxidado de novo pelas LOX e vai formar o leucotrieno-A4 que ainda não é biologicamente ativo → vai ser metabolizado por outras enzimas (isomerases, hidrolases, depende do tecido) para formar os leucotrienos ativos → B4, C4, D4, E4 • A partir dessa metabolização do leucotrieno A4 a gente pode ter a formação dos leucotrienos ativos; esse leucotrieno A4 vai poder formar, tambem, as lipoxinas que é um outro tipo de metabolito/mediador • Leucotrienos são pró-inflamatórios e lipoxinas são principalmente anti-inflamatórios Michelle MEDTXIV ! de !56 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • Os principais leucotrienos são B4, C4 e D4: - O B4 vai intensificar a resposta inflamatoria, aumentar a quimiotaxia * Ativando ainda mais os neutrofilos, vai fazer com que eles produzam ainda mais espécies reativas de oxigênio, fagocitem mais * Vai ativas as células natural killer - C4 e D4 (cisteinil leucotrienos) vão contrair músculos lisos, broncoconstrição → eles temuma capacidade de promover bronconstrição do prostaglandina-F2; • As lipoxinas são anti-inflamatorias; as principais sao a A4 e B4 - Vao ter ações opostas as dos leucotrienos - Vao diminuir a ativação das células NK - Vao diminuir ativação dos neutrofilos - Vao diminuir a produção de células de adesão do epitelio - É uma resposta no sentido de resolver a inflamação Michelle MEDTXIV ! de !57 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia REAÇÕES DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA: FISIOPATOLOGIA DA FEBRE: • O principal responsável por regular nossa temperatura corporal é o hipotálamo; existem termorreceptroes espalhados pelo nosso corpo que vao se comunicar com o hipotálamo avisando se ta quente, se ta frio ou se ta bom • NORMALIDADE: - Quando estamos com temperatura corporal muito alta, esses termorreceptores vão avisar o hipotálamo e ai ele vai emitir respostas eferentes para que a gente diminua a temperatura e dissipe esse calor → por exemplo, por meio da sudorese; - Quando o contrario acontece, quando estamos com muito frio, esses termorreceptores vão comunicar o hipotálamo que vai emitir respostas eferentes → por exemplo, por meio do simpático para gente tremer, gerar calor e aumentar temperatura corporal • PROCESSO INFLAMATORIO/ LESAO/ INFECÇÃO: - Quando estamos com uma infecção, por exemplo, ela vai ativar o sistema imune, vai ter produção de mediador inflamatório que podem chegar no hipotálamo e desrregulá-lo Michelle MEDTXIV ! de !58 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Ex: prostaglandia E2 pode chegar no SN, passar a barreira hematoencefalico, alcança o hipotálamo e faz com que ele n funcione bem → essa dano faz com que o hipotálamo não consiga mais regular a temperatura → a temperatura do corpo vai aumentar e causar febre - Dos eucosanoides um dos principais desrreguladores e responsáveis por causar febre é a prostaglandina E2 FISIOPATOLOGIA DA DOR: • Os receptores da dor estão espalhados por todo nosso corpo e podem ser estimulados por estímulos químicos (ex: ATP), mecânicos e térmicos (acima de 40º C ou abaixo de 5ºC) • Esses diferentes estímulos vao estimular diferentes tipos de receptores da dor; os receptores sao canais ionicos ou estão acoplados a diferentes tipos de proteínas G Michelle MEDTXIV ! de !59 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • Quando esses estímulos são muito intensos e estimulam os receptores, eles vão levar a um aumento de ions positivos nas fibras aferentes da dor - A primaria vai ser ativada e vai se comunicar com a secundaria no corno dorsal da medula de a secundaria vai levar a sensação de dor pro SNC • Os mediadores inflamatorios vao aumentar a sensibilidade da dor porque vão fazer com que esses receptores da dor sejam estimulados mais facilmente → com a inflamação, os mediadores vao sensibilizar, vao se ligar nesses receptores e fazer com que sejam mais fáceis de serem ativados → com isso é mais fácil ativar a fibra aferente primaria, a secundaria e a sensação de dor acontece mais facilmente → pode causar alodinia ou a hiperalgesia - Alodinia: processos normais que não causa dor mas durante processo inflamatório sente-se a dor - Hiperalgesia: processos que geralmente causam dor e em processos inflamatórios causam mais dor ainda AINEs GENERALIDADES: MECANISMO DE AÇÃO AINEs: • São inibidores da COX → inibe produção de mediadores inflamatórios → controla inflamação Michelle MEDTXIV ! de !60 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • Se inibe a COX-2, o acido araquedonico não vai ser transformado em prostaglandina G2, não vai ser transformado em PGH2 → as diferentes sintases vão diminuir a produção dos tromboxanos, prostaciclina, prostaglandina • Inibindo a COX, inibe as etapas iniciais da metabolização do acido araquedonico → reduz a produção dos mediadores pro-inflamatórios prostanoides USO TERAPEUTICO: • São utilizados como anti-inflamatorios, analgésicos e antipiréticos; • EFEITO ANTI-INFLAMATORIO: - Vai ter efeito anti-inflamatorio porque ao inibir a COX não vai produzir a prostaglandina G e a prostaglandina H2 (inativas) e ai diminui a produção das demais prostaglandinas que sao pro-inflamatórias - Vai diminuir a quimiotaxia, vasodilatação, contração endotelial, permeabilidade vascular • EFEITO ANTIPIRÉTICO/ANTITERMICO: - Vai diminuir a produção dos mediadores que desregularam o hipotálamo - O hipotálamo vai poder voltar a sua função de regular a temperatura • EFEITO ANALGESICO: - Vai diminuir a produção dos mediadores que sensibilizavam os receptores nociceptivos e intensificavam a sensação da dor AINEs NÃO SELETIVOS & SELETIVOS: • Os não seletivos vão inibir as duas isoformas → COX-1 e COX-2 • Se inibe a COX-1 (processos fisiológicos)→ diminui proteção gástrica, pode causar alterações renais - Ai entram os AINEs seletivos da COX-2 que não vao atrapalhar tanto na produção de prostaglandinas gastroprotetoras → diminui o efeito adverso mas existem outros efeitos adversos • EFEITOS ADVERSOS COMUNS - INIBIDORES NÃO SELETIVOS: - Disturbios gastrointestinais: a COX-1 vai atuar principalmente em processos fisiológicos → vai produzir a prostaglandina E2, ela diminui a produção do HCl, aumenta secreção do muco, ou seja, protege o TGI Michelle MEDTXIV ! de !61 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia * Quando inibe a COX-1 vai diminuir a produção de prostaglandina E2 → vai aumentar secreção de HCl e diminuir produção de muco → nauseas, vomitos, gastrite, ulceras * Se uma pessoa ja tem algum problema gástrico, vai ter o aparecimento desses efeitos mais rapidamente * Quando o paciente não apresenta nenhum desses problemas gástricos antes de utiliza-los, esses efeitos adversos podem aparecer depois de 10/15 dias do uso do AINE * Recomenda-se utilização de um AINEs seletivo da COX-2 ou então administrar junto um protetor gástrico Pode ser o inibidor da bomba de prótons que vai diminuir a secreção de HCl (ex: omeprazol) ou um antagonista dos receptores da histamina do tipo 2 (ex: cimetidina) - Mecanismo dos disturbios gastrointestinais: existem 2 mecanismos principais * 1º mecanismo: A COX-1 vai participar de processos fisiológicos, quando inibe a COX-1 atrapalha sua ação na proteção da mucosa intestinal (ja explicado anteriormente) * 2º mecanismo: o proprio farmaco pode ser irritante para muscosa gastrica (ex: acido acetilsalicilico); podem irritar diretamente a mucosa - Efeitos renais: diminui fluxo renal, diminui excreção do sódio (retenção de sal e agua), pode aumentar a pressão arterial Michelle MEDTXIV ! de !62 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia * Se o paciente ja é hipertenso pode ter uma interação medicamentosa; pode diminuir o efeito farmacológico do diurético e dos anti-hipertensivos - Efeito nas plaquetas: o AINEs pode influenciar no equilíbrio da produção de tromboxano e prostaciclina que regulam a formação de trombos; geralmente atuam na inibição da formação do trombo (vao aumentar a produção de prostaciclina, principalmente o AAS) * Para pacientes com problemas cardiacos vai ser interessante mas também aumenta risco de snagramento e hemorragia * Se o paciente ja toma algum anticoagulante pode aumentar ainda mais o risco - Reações de hipersensibilidade; - Problemas hepáticos: principalmente com uso crónico ao longo prazo; • MONITORIZAÇÃO DE PACIENTES: principalmente em pacientes que ja tem antecedentes de problemas gástricos/hipertensivos ou pacientes que vão utilizar AINEs por mais de 20 dias (uso crônico) • Os AINEs são divididos, de uma forma geral, em não seletivos e seletivos Michelle MEDTXIV ! de !63 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Os não seletivos ainda vão subdivididos em fármacos irreversíveis (ex: AAS ) e reversíveis * Os reversíveis se ligam com ligações não tão fortes e conseguem se desligar da enzima COX (1 e 2) - Os AINEs seletivos vão ter uma preferencia maior pela COX-2; serão divididos em seletividademoderada (preferencia intermediaria) e seletivos (preferem muito mais a COX-2) AINES NÃO SELETIVOS: IRREVERSIVEIS 1. ACIDO ACETILSALICILICO (AAS): • Antigamente era muito utilizado o acido salicílico porem ele causava muitos problemas gástricos (efeito adverso) ate que foi descoberto a produção do acido acetilsalicílico que causa efeito adversos menores • Alem de analgesico, antitermico e anti-inflamatorio, ele tinha potencial de ser grande antiagregante plaquetario (utilizado como cardioprotetor) • DOSE: dor/febre - 325 a 1000mg a cada 6hrs - Dosagem máxima por dia é 4g (para tratar inflamação) • Mesmo que cause menor efeito adverso gástrico, ainda causa; dos AINES é o que mais causa problema gástrico • MECANISMO GERAL DE AÇÃO DO AAS: inibe de maneira irreversível a COX Michelle MEDTXIV ! de !64 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Normalmente o acido araquedonico entra no sitio ativo da enzima e vai ser metabolizado; - O AAS vai entrar no sitio-ativo das enzimas COX-1 e COX-2 → vai acetilar um dos aminoácidos, no caso, uma selina → o acido araquedonico não consegue mais entrar e ser metabolizado → não vai ser gerado nenhum mediador inflamatório - Essa acetilação é irreversível → so quando as células voltarem novas enzimas que a sua função vai normalizar • EFEITOS: - Anti-inflamatorio: diminui produção de mediadores - Analgesico: não vai ter mediadores para sensibilizar os receptores da dor - Antitermico: não vai ter mediadores para desregular o hipotálamo - Antiagregante plaquetário: * AAS inibe COX-1 e COX-2 NORMALMENTE * No endotelio no vaso sanguino temos a expressão da prostaciclinasintase que vai levar a produção da prostaciclina (inibidora da agregação) * Na plaqueta tem a tromboxanosintase que vai produzir tromboxano que vai induzir agregação paqueraria USO DO AAS * O AAS vai se ligar na COX e vai inibir a produção da prostaciclina quanto do tromboxano → no vaso e na plaqueta * As células endoteliais tem nucleo → elas voltam a produzir COX-1 e COX-2 e consequentemente voltam a produzir prostaciclina no endotélio * O AAS vai diminuir a produção de prostaciclina mas vai diminuir menos do que vai diminuir o tromboxano → justamente porque a COX no endotélio voltara a ser produzida para produzir novamente prostaciclina (presenca de núcleo nas células endoteliais) e na plaqueta não (não tem nucleo) , então não vai ter produção de tromboxano so quando novas plaquetas forem produzidas (7 a 12 dias) * Vai ter mais prostaciclina do que tromboxano Michelle MEDTXIV ! de !65 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • FARMACOCINÉTICA: - Para inibir agregação plaquetária → dose de no máximo 40 a 80 mg por dia ja é suficiente - Pela via oral é bem absorvido so que é indicado a administrado longe das refeições porque os alimentos podem diminuir sua absorção e o próprio AAS pode diminuir absorção de algumas vitaminas (vit C, vit K) - Ele é bem distribuido no corpo mas ele se liga muito com as proteínas plasmaticas, principalmente a albumina - Vai ser metabolizado principalmente no fígado e eliminado seus metabólicos na urina - É possível observar algumas interações do AAS com outros medicamentos como anticoagulantes ( ex: varfarina e diuréticos) * A varfarina e outros AINES também se ligam a albumina e como o AAS tem grande afinidade por ela, pode ser que deixe os outros fármacos mais livre → aumentando a chance de efeitos adversos deles * O AAS pode atrapalhar a função dos fármacos antidiureticos → o AAS causa retenção do sadio e agua (efeito antagônico com os diuréticos) • EFEITOS ADVERSOS: - Um dos principais efeitos adversos são os efeitos gástricos (ja discutido anteriormente) - Pode aumentar o risco de hemorragia (principalmente quando associado com anticoagulante) - Aumenta o risco desenvolver asma sensível ao AAS ou ele pode agravar o paciente que ja tem asma * Se o paciente usa AAS o acido araquedonico não vai ser metabolizado pela COX * O acido araquedonico vai se acumular e quem vai metabolizar vai ser a lipo- oxigenase (LOX) → vai produzir mais leucotrienos → leucotrienos C4 e D4 são potentes broncoconstritores → pode agravar paciente com asma ou causar asma - A longo prazo pode acontecer lesão hepática - O uso de AAS por gestantes pode provocar maior tempo de gestação → como inibe as prostaglandinas, algumas delas tem função de contração do útero → prolongando tempo de gestação, partos complicados e aumentar risco de hemorragia Michelle MEDTXIV ! de !66 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Contraindicado para gestante - Pode causar reação de hipersensibilidade do tipo 1 - Quando paciente ja tem alguma alergia a algum outro AINES, o AAS não é indicado porque se der reação cruzada a reação alérgica fica mais grave - Esta envolvido, também, com a síndrome de Reye → a criança pode ter acumulo de gordura em alguns órgãos e ela pode ter neuropatias → atualmente crianças não podem utilizar o AAS (antigamente foi proposta uma relação desse fármaco com a síndrome - não se sabe o mecanismo) AULA 4 Anti-inflamatórios não est$ioidais II AINES NÃO SELETIVOS: REVERSIVEIS: • São antagonistas competitivos → vão se ligar nas enzimas COX-1 e COX-2 com ligações não muito fortes → conseguem se desligar da COX 1. PARACETAMOL/ TYLENOL ®: • São bons substitutos para pacientes que não podem usar o AAS • Tem efeito anti-inflamatorio discreto → baixa capacidade de inibir a COX (1 e 2); efeito analgésico e antitermico eficientes • Esta presente em outros tipos de formulações, junto com outros fármacos → analgésicos, vasoconstritores, antihistaminicos → sao muito vendidos para tratar sinais e sintomas da gripe • Risco de efeito adverso comprado com AAS é muito menor, justamente porque inibe fracamente as COXs mas quando administrado em doses supraterapeuticas pode ter efeito adverso muito grave → hepatotoxicidade • APLICAÇÃO CLINICA: cefaleia, diminuir temperatura, dores musculares, etc - Dosagem: 325 a 650mg/4 ou 6hr → dosagem máxima é 4g por dia • EFEITOS ANALGESICO: - A sensação da dor é gerada pela estimulação da fibra aferente primaria nociceptiva pela estimulação dos receptores → a fibra primaria vai ativar, por meio de um potencial de ação, a fibra secundaria que vai levar a informação ate o SN e a pessoa vai sentir a dor Michelle MEDTXIV ! de !67 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Um dos mecanismos para modular a dor é a produção de substâncias antinociceptivas endógenas (ex: opioides e canabidioides endógenos) - Os canabidioides endógenos vao se ligar em receptores que estão nas fibras nocicepctivas → sao chamados de receptores de canabidioides, tem 2 principais tipos (1 e 2) →o que mais inibe a dor é o 1 - Esses canabidioides endogenos, quando sao produzidos, vao se ligar nos receptores de canabidioides nas fibras aferentes e vao inibir a condução da dor → por exmeplo, diminuem entrada de cálcio na fibra aferente e sem ele não tem liberação de neurotransmissores que induzem a dor e ativam as fibras - O paracetamol é metabolizado e vai formar o metabolito N-araquedonilfenolamina → vai diminuir a receptação dos canabidioides endógenos (depois que o canabidinoide age ele é recatado) → os canabidioides vao ficar mais tempo atuando na fenda sinóptica → inibindo a via nociceptiva, inibindo a dor • EFEITO ANTITÉRMICO/ANTIPIRÉTICO: - Alem da COX-1 e COX-2, existe a COX-3 que é expressa principalmente no SNC → seu mecanismo não esta 100% elucidado mas ira produzir mediadores inflamatórios - No SNC os mediadores inflamatorios podem desregular o hipotálamo - Mesmo o paracetamol não ter uma ação boa na COX-1 e COX-2, ele tem uma ação melhor de inibir a isoforma 3 da COX - Ao inibir a COX-3 → vai diminuir a produção de mediadores pro-inflamatórios (ex: prostaglandina E2) que atuam sobre o hipotálamo e induz a febre • HEPATOTOXICIDADE: é um dos principais efeitos adversos- Paracetamol é bem absorvido, bem distribuído e é metabolizado principalmente no fígado - Processo de metabolização é dividido em duas fases → na fase um o fármaco é transformado em mais reativo e vai pra fase dois e se liga numa molécula maior e mais hidrofílico para que seja mais fácil sua eliminação na urina EM DOSES TERAPEUTICAS: - A maior parte do paracetamol em doses terapêuticas é metabolizado, se conjugando com um molécula maior e mais hidrofílico → vai ficar uma molécula neutra e vai ser facilmente eliminado pela urina - No fígado, alem dessa etapa principal de metabolização do paracetamol, uma pequena porcentagem do paracetamol é metabolizado por uma enzima CYP → Michelle MEDTXIV ! de !68 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia uma dessas CYPs vai metabolizar um pouco desse paracetamol em um metabólico toxico → N-acetil-p-benzoquinona (NAPQI) → pode causar danos pras células do fígado mas em doses terapêuticas pouca quantidade de NAPQI é produzida e ira reagir com a glutationa → vai formar um metabolito neutro e facilmente eliminado pela urina DOSES SUPRATERAPEUTICAS: - Se o paciente tomar mais que 4g por dia, mais que 7/8g por dia → uma parte do paracetamol vai ser conjugado e ser eliminado pela urina mas o processo de metabolização e eliminação acaba ficando saturado porque quem faz a conjugação sao enzimas (transferases) e elas podem ficar saturadas → não dao conta de metabolizar todo o paracetamol, a dose extra que o paciente tomou - Sobra mais paracetamol CYP metabolizar → uma quantidade muito maior do NAPQI vai ser formado → glutationa vai reagir com uma certa quantidade, também pode estar saturada e não conseguir reagir com a NAPQI → vai deixar de neutralizar e levar a eliminação na urina do metabolito toxico → a quantidade do NAPQI que sobrar vai fazer vários tipos de lesões hepáticas - Vai reagir com proteinas, lipídios dos hepatocitos e vai danificando essas células → durante esses processos de metabolização é comum a formação de EROs e se essas espécies forem formadas em excesso também lesionam as celulas → por isso que o fígado tem sistema antioxidante eficiente (ex: enzima glutationa) - Mas o metabolito toxico do paracetamol saturou enzima → alem do NAPQI causar danos diretos nos hepatocitos, ela esgota a defesa antioxidante do fígado → as células do fígado ficam mais suscetíveis a estresse oxidativo →paciente pode ter problemas hepáticos - Em doses acima de 10/20g pode ser fatal INDICAÇÃO: - Tomar doses de ate 4g por dia - Conduta na overdose do paracetamol: * Se o paciente tomou pela via oral em ate 4hrs → todo paracetamol digerido pela via oral ainda não foi dissolvido → pode-se administrar carvão ativo pela via oral → ele vai reagir com paracetamol e diminuir sua absorção → vai formar uma molécula maior que não passa por difusão simples * Se o paciente ja foi encontrado desacordado, ha mais de 4hrs → o fármaco ja foi absorvido → pode-se administrar um antídoto que é o NAC (N-acetil-cisteina) → é Michelle MEDTXIV ! de !69 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia um antioxidante que vai ajudar o fígado (1) reagindo com a NAPQI neutralizando-a e metabolizando o metabolito toxico e (2) diminuindo o estresse oxidativo no fígado 2. DIPIRONA SÓDICA/NOVALGINA®: • São bons substitutos para pacientes que não podem usar o AAS • Tem efeito anti-inflamatorio discreto → baixa capacidade de inibir a COX (1 e 2); efeito analgésico e antitermico eficientes • É bom analgesico e antitermico • Tem efeitos similares do paracetamol → inibindo COX-3 e agindo sobre mediadores que desregulam hipotalamo e agindo sobre receptores de canabidioides do tipo 1 que modulam sensação de dor → alem disso diminui o cálcio nas fibras aferentes nociceptivas e consequentemente diminui a ativação das vias da dor • Pode ser comercializada sozinha ou junto de outros fármacos • A dose maxima recomendada é de 4g/dia Michelle MEDTXIV ! de !70 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • EFEITOS ADVERSOS: assim como paracetamol que inibe fracamente COX-1 e COX-2, os efeitos renais e gástricos são menores do que AAS - Causa um efeito adverso característico que é o risco de reduzir células sangüíneas → principalmente leucócitos e neutrofilos → discarias sangüíneas - Tem alguns estudos que se contradizem sobre esse efeito adverso característico fazendo com que tenha alguns países que liberam o uso da dipirona e outros não - Boa parte dos países libera porque esse risco é parecido em alguns outros AINES - Se a dipirona reduz a quantidade de leucócitos vai deixar o indivíduo mais suscetível a infecções → paracetamol e dipirona são muito recomendados em crianças sendo possível que aumente risco de infecções em crianças - Alguns países da Europa não liberam a dipirona - Outro efeito adverso principalmente via intravenosa é a redução na pressão do paciente → depende do paciente 3. CETOROLACO/TORAGESIC®: • São competitivos, inibidores reversíveis • Atividade anti-inflamatoria moderadamente eficaz • É um analgésico potente → similar ao opioids → utilizado em pacientes com dor intensa como em pós-operatório • Gera risco adverso muito alto, principalmente gastrointestinal → é indicado ser utilizado por no máximo 5 dias; outros efeitos adversos são sonolencia, tontura • Pode ser utilizado em varias vias: intravenosa, intramuscular, via oral, intranasal - Doses para cada via: * IM: 30 a 60mg * IV: 15 a 30mg * VO: 10 a 20mg * IN: 31,5mg 4. INDOMETACINA/INDOCID®: • Ao comparar o efeito anti-inflamatório do AAS com indometacina, ela é cerca de 20x mais potente • Inibidora da COX-1 e COX-2 muito potente → mesmo sendo reversível, o risco de efeitos adversos é muito grande → sintomas gastrointestinais, cefaleias, tontura, creatite, hepatite, leucopenia Michelle MEDTXIV ! de !71 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • Paciente com uso de longo prazo deve ser monitorado → por exemplo, verificar função hepática • APLICAÇÃO CLINICA: - Tratamento de artrite reumatoide → alguns países ainda é utilizada - Tratamento de osteoartrite - Tratamento de artrite gotosa • Pode ter interação com anti-hipertensivo → monitorar paciente 5. IBUPROFENO (ALIVIUM®), NAPROXENO (FLANAX®) E CETOPROFENO (PROFENID®): • Esses três apresentam propriedades muito semelhantes • Tem uma ativada anti-inflamatório semelhante ao AAS mas o risco de efeitos adversos gástricos são menores → paciente com problema gástrico é indicado esses AINES • APLICAÇÕES CLINICAS: artrite reumatoide, osteoartrite, dor, artrite gotosa, bursite, tendinite, enxaqueca • Ibuprofeno pode causar complicações em gestantes, principalmente se utilizado no ultimo trimestre da gestação → prolongamento do tempo de gestação • A diferença entre esses tres: - Naproxeno tem tempo de meia vida maior → 1x por dia é suficiente → maior adesão ao tratamento - Os outros dois precisam ser administrados mais vezes ao dia 6. ACIDO MEFENÂMICO/PONSTAN®: • Efeitos analgésicos e anti-inflamatorios parecidos com do AAS • Bom inibidor da COX • Principal indicação clinica atualmente → colica menstrual (dismenorreia) • As prostaglandinas estão envolvidas com a cólica → causam contração de musculatura lisa (ex: útero) • Se a mulher ja esta em período pre menstrual, que ja teve produção dessas prostaglandinas ela ja estará com dor → remédio pode demorar fazer efeito e ela ainda vai ter dor • Tem efeito melhor, 1 ou 2 dias antes do periodo menstrual • EFEITOS ADVERSOS: efeitos gastricos, diarreia e muito raro é a anemia hemolítica Michelle MEDTXIV ! de !72 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia AINES SELETIVOS: • Tanto os moderadamente seletivos quanto os seletivos diminuem o risco de efeito adverso gástrico → diminuem mas não anulam; aumentam risco de eventos tromboticos MODERADAMENTE SELETIVOS: 1. DICLOFENACO: • Muito mais seletivo a COX-2 → vai diminuir a síntese de prostaglandinasinflamatórias • Bom anti-inflamatorio, bom antitermico e analgésico • Apresentado em duas formas → diclofenaco de sódio (VOLTAREM®) e de potássio (CATAFLAM®) • APLICAÇÃO CLINICA: dores, artrite reumatoide, osteoartrite, enxaqueca aguda e dismenorreia • EFEITOS ADVERSOS: dor, nauseas, gastrite, ulceras (principalmente a longo prazo), hepatotoxicidade que acontece por um mecanismo parecido com o paracetamol e pode causar efeitos cardíacos e encefálicos - Pode aumentar risco de trombo → aumenta risco de infarto, AVE • Dose usual de no Maximo 150mg dividido em duas ou três dosagens por dias • A diferença entre os dois é pouca → em pacientes hipertensos é preferível adminstrar o diclofenaco de potassio 2. PIROXICAM (FELDANE®) E MELOXICAM ( MELOCOX®) • Somente o meloxicam em baixas doses (7,5mg) que é seletivo COX-2; piroxicam independente da dose é não seletivo e vai inibir COX-1 e COX-2 • Eles anti-inflamatoria, antitermica e analgesia similar aos outros porem com uma vantagem → tempo de meia vida é maior que o dos outros AINES → trazem mais conforto pro paciente porque vai ser administrado 1x ao dia • APLICAÇÃO CLINICA: artrite reumatoide e osteoartrite 3. NIMESSULIDA/NISULID®: • Efeito analgesico,antitermico, anti-inflamatorio muito bom • É mais seletiva a COX-2 → menor risco de efeito gástrico porem pode ser hepatotoxico → monitorar o paciente Michelle MEDTXIV ! de !73 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • Ate em doses terapêuticas pode ser hepatotoxica → não usar por muitos dias - Dose 50 a 100mg 2x ao dia • Tem efeitos extras → vai diminuir a síntese de outras citrinas alem dos eucosanoides; vai diminuir ativação dos neutrofilos; ativa receptores de glicocorticoides SELETIVOS: • Sao mais seletivos para COX-2; foram realmente formulados para serem mais seletivos COX-2 • Possuem preferencia maior para COX-2 porque a cadeia hidrofobica desses farmacos é maior → a COX-1 possui sitio ativo menor e a COX-2 tem sitio ativo maior → coxibes tem maior capacidade de inibir COX-2 pela maior afinidade por ela → podem inibir a COX-1 de uma maneira branda, mais fraca • APLICAÇÃO CLINICA: dores, pos operatorio para controlar inflamação, etc • DOSES: em media 100 a 200mg por dia Michelle MEDTXIV ! de !74 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • FARMACOCINETICA: de uma forma geral, sao bem absorvidos; sao metabolizados pelo ficado (fase 1 e fase 2) - Se o paciente estiver utilizando algum outro fármaco indutor ou inibidor enzimático da CYP eles podem interferir na metabolização dos COXIBES (interação medicamentosa) - Tempo de meia vida da maior é de 7hrs com exceção do etericoxibe que tem tempo de meia vida maior, em torno de 25hrs • Pelo aumento do risco de formação de trombos, em alguns países sua comercialização foi proibida • No brasil, todos podem ser comercializado porem apenas com prescrição medica (tarja vermelha) • O risco de efeito gastrico com esses fármacos é menor porque são seletivos COX-2 • Nas células endoteliais tem a expressão da COX-1 e COX-2; nas plaquetas somente a COX-1 Michelle MEDTXIV ! de !75 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - AINES seletivos vao inibir COX-2 nas células endoteliais → vao inibir/diminuir produção de prostacilcina → vai diminuir a ação antiagregante plaquetaria - Na plaqueta não vai diminuir a produção de tromboxano → aumenta risco de formação de trombos - Vai ser efeito oposto do AAS - Pacientes que tem hipertensão, que ja tiveram AVE, infarto → não sao indicados esses fármacos pelo risco de formação de trombos como efeito adverso Anti-inflamatórios est$oides - glicoc%ticoides I INTRODUÇÃO: • Nos produzimos corticoides no nosso corpo e eles são importantes para funções fisiológicas do nosso corpo → homeostasia • Em algumas situcoes, por exemplo, com processos inflamatórios intensos → será necessário administrar glicocorticoides endógenos, fazendo com que as doses que o paciente vai receber vai superar as doses fisiológicas que nosso corpo produz • Com essas doses suprafisiologicas, os riscos de efeitos adversos são maiores PRODUÇÃO: • O hipotálamo vai receber varias informações e vai processa-las e vai se comunicar com a hipófise • A hipofise é dividida em neurohipofise (posterior) e adenohipofise (anterior); hipotalamo vai estimular as duas divisões da hipófise a secretar diferentes tipos de hormônios - Neurohipofise → ocitocina (contrações uterinas, secreção do leite) e ADH (pressao arterial) - Adenohipofise → hormônios tráficos que induzem outra glândula secretar outros hormônios • SISTEMA PORTA HIPOTALAMO-HIPOFISE: - Hipotalamo recebe informações da periferia do corpo (ex: inflamação) → se comunica e estimula adenohipofise - Quando paciente esta com alguma lesão/inflamação/etc, o hipotalamo vai produzir o hormônio liberador de corticotrofina (CRH) → O CRH vai ser transportado ate a adenohipofise Michelle MEDTXIV ! de !76 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Esse transporte acontece por meio de vasos que conectam hipotalamo e hipófise que sao chamados de sistema porta hipotalamo-hipofise - O CRH vai estimular a produção do ACTH na adenohipofise - Na adenohipofise tem produção de pro-opiomelanocortina (POMC) → quando o CRH chega na adenohipofise ele vai induzir a metabolização POMC e vai produzir metabolitos e dentre eles esta o ACTH - O ACTH vai ser liberado na corrente sangüínea → vai ser levado ate o cortex da suprarrenal → vai induzir produção de corticoides (mineralocorticoides e glicocorticoides) e de hormônios sexuais - Esses hormônios tanto no hipotalamo como na adenohipofise por mecanismo de Feedback negativo → o cortisol no hipotalamo vai inibir a expressão do hormonio CHR e na adenohipofise vai inibir a produção de POMC → diminui sua metabolização e seus metabolitos (ex: ACTH) → diminui produção de cortisol • No cortex tem algumas camadas histológicas: glomerulosa, fasciculada e reticular Michelle MEDTXIV ! de !77 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Dependendo da zona sera produzido hormônio diferente porque em cada uma delas era expresso um grupo de enzimas diferentes - Glomerulosa → aldoserona (mineralocorticoide) - Fasciculada → cortisol (glicocorticoide) - Reticular → hormônios sexuais • O ACTH vai estimular a síntese desse hormônios por meio de duas ações principais: - O ACTH aumenta a disponibilidade do colesterol - O ACTH vai aumentar a expressão das enzimas de todas essas zonas • Mineralocorticoide → ajuda na pressão arterial → ex: aumentando reabsorção de sódio • Se o eixo hipotalamo-hipofise for inibido, o principal hormônio que não será produzido é o cortisol → os outros tem outras maneiras de serem produzidos Michelle MEDTXIV ! de !78 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia AÇÕES FISIOLOGICAS DOS GLICOCORTICOIDES: • MECANISMO DE AÇÃO DOS GLICOCORTICOIDES: - O cortisol foi produzido e vai cair na corrente sangüínea → para ele agir nas células, ele precisa entrar nelas porque seu receptor esta no citoplasma - Ele vai entrar com um transportador que facilita sua entrada na celula → difusão passiva facilitada - Quando chega dentro da celula, vai se ligar no seu receptor, ativando-o → vai acontecer dimerização do glicocorticoide e seu receptor → o glicocorticoide e o seu receptor vao se ligar a uma outra molécula de glicocorticoide e seu receptor ativo → esse dimero vai pro núcleo → altera a transcrição genética → altera síntese proteica - Glicocorticoide vai diminuir expressão da COX-2, do CRH no hipotalamo, do ACTH na adenohipofise; aumenta síntese de algumas enzimas (ex; glicose-6-fosfatase, lipases) Michelle MEDTXIV ! de !79 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Glicocorticoide demora para agir por conta desse mecanismo de ação • PRINCIPAIS AÇÕES DOS GLICOCORTICOIDES: - Aumenta a glicemia → aumenta gliconeogenese (produção de glicose a partir de moléculas aplicadas, que nãosao carboidratos) - Diminui a captação/utilização de glicose na periferia → preferencia da glicose em locais importantes - Aumenta a resistencia a insulina (principalmente a longo prazo; doses suprafisiologicas) - Aumenta degradação de proteina → atrofia muscular e fraqueza a longo prazo - Aumenta lipolise (quebra de gordura) → é possível ter aumento de lipídio sangüíneo e também ter acumulo de gordura em determinadas regiões do nosso corpo (caracteristica de glicocorticoide) - É comum em doses suprafisiologicas → ter acumulo de gordura na face (face de lua cheia) ou no dorso (giba de búfalo) - Pode se ligar em receptores de mineralocorticoides quando há saturação de enzimas que inativam o cortisol (no rim) → em doses suprafisiologicas, o glicocorticoide pode atuar também como mineralocorticoide aumentando reabsorção de sódio e eliminar mais potássio → pode causar aumento da pressao, edema, retenção de liquido Michelle MEDTXIV ! de !80 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Atua no metabolismo do calcio → vai diminuir absorção intestinal de cálcio (reduz cálcio sanguineo); aumentar eliminação renal do cálcio ; aumenta a reabsorção óssea porque vai diminuir a ativada dos osteoblastos (repoem matriz óssea) e aumentar a atividade dos osteoclastos ( degradam matriz) - No SNC → elevação do humor (sensação de bem-estar); a longo prazo pode sentir irritação, ganhar peso, perder o sono AULA 5 Anti-inflamatórios est$ioidais - glicoc%ticoides II EFEITOS FARMACOLÓGICOS: • Excelentes inflamatorios e imunossupressores; • Possuem ação anti-inflamatoria porque vao reduzir a produção de vários mediadores e possuem ação imunossupresossra porque vai reduzir os níveis de células que compõem o sistema imune • Os glicocorticoides vão inibir indiretamente a fosfolipase A2 → com essa enzima inibida não tem liberação do acido araquedonico e atrapalha todo o ciclo ja explicado anteriormente na produção dos mediadores - Os glicocorticoides vão aumentar a produção d num grupo de proteínas chamadas de lipocortinas → e essas proteínas em altos níveis inibem a fosfolipase A2 - Vai diminuir a expressão da COX principalmente a isoforma 2 Michelle MEDTXIV ! de !81 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • Outros glicocorticoides foram produzidos para deixar os derivados sintéticos do cortisol mais potentes; para que eles tenham uma maior afinidade aos receptores de glicocorticoides (intracelulares) → diminuindo então a concentração menor dos fármacos - Tentaram obter fármacos sintéticos que aumentassem afinidade de receptor de glicocorticoide e diminuísse receptor de mineralocorticoide para evitar maiores riscos de efeitos adversos • Cortisona e prednisona são profarmacos; sao inativas fora do corpo; precisam ser absorvidas, metabolizadas e ativadas • A enzima 11-betahidroxiesteroidedesidrogenase 1 é expressa principalmente no fígado e vai ativar os glicocorticoides → vai reduzir a carbonila → substitui por uma hidroxila (OH) • A enzima 11-betahidroxiesteroidedesidrogenase 2 é expressa principalmente nos rins e ela vai inativar os glicocorticoides • Existem pacientes que não podem utilizar esses profármacos; - Ex: pacientes com problemas na pele → na pele tem baixos níveis da enzima que ativa o profarmaco → indicado fármacos ja ativados - Ex: pacientes com problemas hepáticos Michelle MEDTXIV ! de !82 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia FARMACOCINÉTICA: • É um hormônio então tem natureza lipídica → via oral é bem absorvido porque ele consegue passar pelas membranas lipidicas do TGI e cai na corrente sangüínea • Para utilizar os glicocoriticodes via intravenosa é necessário torna-los menos lipidicos e mais hidrifilicos → pode inserir grupamentos como acetato, fosfato, etc • Bem distribuidos depois de serem absorvidos • Glicocoirticoides se ligam na albumina na corrente sangüínea • Tem outra proteina specifica para ligar e carrear glicocorticoides → globulina de ligação de glicocorticoides • Uma via de metabolização é a da enzima do fígado ou do rim para ativar ou inativar; a outra é as fases 1 e 2 no fígado → fase 1 enzimas CYP e fase 2 enzimas transferases FÁRMACOS GLICOCORTICOIDES: CLASSIFICAÇÃO: • Classificados com seu tempo de ação → ação curta (8 a 12hrs), ação intermediaria (12 a 36hrs) e ação longa (36 a 72h) - Curta: hidrocostisona (cortisol) e cortisona - Intermediaria: prednisona, prednisolona, metilprednisolona, triancinolona - Longa: dexametadona, betametasona → afinidade maior com receptores INDICAÇÕES CLINICAS: • Anti-inflamatorio e imunossupressor • Reposição em caso de insuficiencia da suprarrenal → mimetizar produção endógena normal dos glicocorticoides (ate com relação aos picos desse glicocorticoide)→ menor dose possível - Sindrome de Addison (primária): problema no cortex da suprarenal que não produz níveis normais de cortisol - Disfunção hipotalamo ou da hipófise ( secundária): algo esta influenciando na produção dos glicocorticoides → ex um tumor • Tranplantes, funcionam como imunossupressores para tentaer previnir a rejeição do enxerto • Anti-inflamatorio, utilizado par bursite, artrite, etc Michelle MEDTXIV ! de !83 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • Para alergias é utilizado mas não é preferível → vai ser usado um fármaco de primeira escolha e depois com paciente estabilizado tem o uso de glicocorticoides para combater reação tardia de uma resposta alérgica • Doenças autoimunes, glicocorticoides diminuem produção de anticorpos • GLICOCORTICOIDES E GESTANTES: Maturação do sistema pulmonar de prematuros → betametasona e dexametasona estimulam produção de surfactante - A gestante tem que estar entre a 24 e 34 semana da gestação co risco de parto prematuro pra os próximos 7 dias - Doses muito pequenas de um dos dois glicocoriticoides → pode causar efeitos adversos no feto - 2 doses de 12mg da betametasona ou 4 doses de 6mg da dexametasona - Um segundo ciclo pode ser feito mas geralmente é um ciclo de dosagem - Efeitos adversos no feto: crescimento fetal, alterações neurológicas, atrofia do eixo hipotalamo hipófise do feto, etc - Quando mae nao tem esses riscos ela pode usar glicocorticoides especificos → o que é mais indicado é a prednisona (inativa) ou a prednisolona (ativo) * O fígado materno ativa a prednisona em prednisolona, o do embrião não → na placenta tem a isoforma 2 da 11-beta-HSD que vai converter novamente na forma inativa * O fígado do feto nao esta completamente desenvolvido → não tem capacidade de ativar de novo EFEITOS ADVERSOS: DOSES SUPRAFISIOLOGICAS POR MAIS DE UMA SEMANA • Infecções oportunistas → pela açao imunossupressora • Aparecimento de estrias → diminui a síntese de colágeno; diminui fibroblastos → aparecimento de estrias • Osteoporose e redução do crescimento linear do osso em criancas→ alterações no metabolismo do cálcio • Altera metabolismo de carboidrato → pode alterar níveis glicemicos, pode causar resistência a insulina ; aumenta catabolismo proteico; diminui síntese de proteinas; atrofia muscular; fraqueza • Uso a longo prazo em doses maiores que 15g aumenta o risco de catarata Michelle MEDTXIV ! de !84 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • Efeitos sobre SNC → insônia, nervosismo, alteração de humos, hipopotassemia, hipertensão • Obesidade, equimoses, estrias, acne • Sindrome de Cushing → uso a longo prazo; é quando paciente tem uma produção muito maior de cortisol → tem acumulo de gordura, membros mais finos, dificuldade de cicatrização, aumento da pressão arterial, aumento da glicemia, catarata - A sindrome de Cushing iatrogenica (?) é quando acontece por uso prolongado de glicorticoide INTERRUPÇÃO DO TRATAMENTO: • Se o paciente para o tratamento do dia para noite vai levar a insuficiência suprarrenal → febre, mal-estar, fadiga, distúrbio inflamatório • Quando paciente recebe a longo prazo tratamento comglicocoriticoide, ele te supressão do eixo hipotalamo-adenohipofise-cortex → atrofia do eixo → para a produção de cortisol endógeno • Tem que interromper gradativamente → desmame do medicamento; doses reduzidas gradativamente → o eixo vai sendo reativado aos poucos SOBRE O PACIENTE: • Dor simples: dipirona ou paracetamol (analgésico e antitérmico) • AINEs: controlar doses, administrar inibidor da bomba de prótons concomitante • Inibidores seletivos COX-2 (celecoxibe) – diminuem riscos de problemas gástricos • Paciente com histórico de cardiopatias e acidentes vasculares: EVITAR INIBIDORES SELETIVOS COX-2 • Glicocorticóides • Não usar vários anti-inflamatórios (não aumenta eficácia, apenas efeitos adversos) Anti-histamínicos I: INTRODUÇÃO: • Histamina é um mediador pro inflamatorio → é distribuido ampliamente nos tecidos • Pode ser produzida tanto por células de defesa (mastocitos e basofilos) mas pode também ser produzidas por neuronios, células entercromafins • Vai induzir inflamação; induz a vigília; aumenta secreção de HCl ajudando na digestão Michelle MEDTXIV ! de !85 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia SINTESE: • É produzida a partir de um aminoacido essencial (nao produzimos) que é a histidina; • Histidina vai ser descarbonizada pela enzima histidinadescarboxilase → a partir dessa reação ja tem a histamina • Quando ela é produzida ou ela é armazenada ou ela é liberada; • Quando for liberada vai se ligar no receptor atuar, se desligar e ser metabolizada • Para sua metabolização → ou ela vai ser metilada, formando a N-metil-histamina que vai ser metabolizado novamente por uma enzima MAO → degradada e eliminada na urina • Outra form para sua metabolização é a desaminação que vai formar o acido imidazolacetico → ele vai ser ligado a um açúcar e liberado na urina • Podemos codificar os metabolitos da histamina na urina ARMAZENAMENTO: • Ou ela ficara armazenada ou seja liberada na hora • Em células de defesa, ela é produzida lentamente e é armazenada nos grânulos → quando tem um estimulo, as células de defesa sao ativadas e pode ter uma liberação muito grande dos grânulos → hipersensibilidade • Nos neurônios e nas células cromafins → estímulos específicos levam a produção e liberação imediata da histamina AÇÕES: • Vai ter ações em musculatura lisa, em células de defesa, no SNC, cardiaco, digestorio, respiratório → ela pode contrair alguns músculos lisos e dilatar outros • O músculo liso que ela vai dilatar é o dos vasos sangüíneos → histamina vai dilatar o vaso para aumentar fluxo sangüíneo no local; faz contração das células endoteliais para aumentar o tamanho dos poros entre elas; • O paciente tampem vai apresentar vermelhidão e edema • A histamina também causa contração de outros músculos lisos, principalmente dos brônquios → broncoconstrição, dificuldade de respirar → alguns pacientes são mais sensíveis que outros • Se o paciente tem asma, vai ter uma sensibilidade maior pela ação da histamina • Causa contração dos músculos lisos como do útero, bexiga, intestino → acho fisiológica irrelevante Michelle MEDTXIV ! de !86 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • Histamina é capaz de sensibilizar a nossa periferia → causa dor e prurido (principalmente); sinais e sintomas na pele (eritema, papulas, prurido), no sistema respiratório ( inflamação, produção de muco, congestão nasal, coceira, espirro, etc) • Tem ação no sistema digestorio, cardíaco e nervoso: - No sistema cardiaco vai aumentar a concentração de cálcio nas células cardíacas → aumenta FC e forca de contração - No sistema digestório vai aumentar secreção de HCl → induz a digestão - No SNC pode ser produzida por neuronios histaminergicos → vao se comunicar com outras regiões do SNC → tem função de promover vigila, diminuir apetite, e esta relacionada com atenção e memória RECEPTORES: • Os fármacos que temos atuam nos receptores da histamina • Atualmente são conhecidos 4 receptores → H1, H2, H3, H4 • Sao metabotropicos, estão acoplados a proteína G → dependendo do tipo de receptor, pode estar acoplado a proteínas G diferentes e ter sua expressão em diferentes tecidos • RECEPTOR DA HISTAMINA 1: esta acoplado a uma proteína Gq - A proteina Gq ativa fosfolipase C → produz inquisitor trifosfato e diacilglicerol - Esses receptores sao expressos em músculos lisos → brônquios, vasos, SNC, etc - Bronquio → o inusitoltrifosfato abre canais de calcio do retículo sarcoplasmatico → aumenta concentrado de calcio na celula → calcio e calmodulina em músculo liso vai ativar miosinaquinase de cadeia leve → fosforila e ativa a cadeia leve da miopia que vai interagir com a actina → contração → broncoconstricão - Também causa vasodilatação → no endotelio o cálcio vai se ligar com a calmodulina, porem ela vai ativar a oxido nitrico sintase → enzima que vai produzir oxido nítrico → do endotélio, o oxido nítrico vai se dissipar para o músculo liso → no músculo liso vai aumentar os níveis de GMPc que vai desfosforilar o miosina → miosina inativa; não consegue mais interagir com a actina → relaxamento → vasodilatação Michelle MEDTXIV ! de !87 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Pode aumentar mediadores pro- infalamatorios → vai aumentar transcrição do fator nuclear capa B (FNkB); vai aumentar produção de outras citocinas aumentando processo inflamatório - É o principal receptor envolvido na alergia - Receptor tipo H1 induz vigilia • RECEPTOR DA HISTAMINA 2: esta acoplado a uma proteína Gs (estimulatoria) - Expresso principalmente na muscosa gastrica - A proteina Gs ativa adeniliciclase → vai produzir AMPc → vai ativar PKA → na mucosa gástrica vai fazer com que a bomba de prótons dentro das células parietais gástricas vá la para membrana e comece a bombear prótons para dentro do estômago → vai encontrar cloro e formar HCl → vai ajudar digerir os nutrientes - Tem receptores H2 nos músculos lisos dos vasos sangüíneos → a PKA vai aumentar concentração de cálcio → cálcio vai se ligar com ca calmodulina → ativa oxido nítrico sintase → vai causar vasodilatação - Estão presentes nas células cardiacas também → a PKA vai abrir canais de cálcio → aumenta cálcio → aumenta contração → aumenta freqüência cardíaca • RECEPTORES DA HISTAMINA 3 E 4: os dois estão acoplados a uma proteína G inibitória e G0; - H3 vai estar localizado no SNC; é um autorreceptor → a proteína Gi inibe adenilciclase → diminui AMPc → diminui PKA → diminui cálcio → não libera neurotransmissores → regula liberação da histamina e de outros neurotransmissores - H4 encontrado em células de defesa → vai ativar essas células → induz a inflamação Michelle MEDTXIV ! de !88 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia AULA 6 Anti-histamínicos II: REAÇÃO ALERGICA: • Os indivíduos podem ser sensíveis a diferentes antígenos → quando entrar em contato pela primeira vez com o antígeno vai induzir os linfócitos B a se transformarem em plasmocitos e vao começar produzir anticorpos, principalmente IgE → esses anticorpos produzidos vao se ligar em células de defesa (bsofilos e mastocitos) → essa primeira exposição é chamada de sensibilização → paciente não sente sinais e sintomas • Nas próximas exposições a esse mesmo antígeno → ele vai se ligar nos anticorpos IgE previamente produzidos → essa ligação do antígeno ao anticorpo IgE vai ativar as células de defesa nas suas esta ligado → vai acontecer extrusão do granulos dos mastocitos e dos basofilos → vasodilatação, contração endotelial, aumento da expressão de moléculas de adesão, quimiotaxia, edema, dor, febre, etc → sinais e sintomas da alergia • Outros mediadores da inflamação estão ligados a alergia porque a ligação do antígeno ao anticorpo IgE vai ativar, tambem, enzimas fosfolipases A2 → enzima que libera o acido araquedonico → vai poder ser metabolizado e produzir protaglandinas, prostaciclinas, tromboxanos e leucotrienos (potentesbroncoconstritores) • A intensidade da reação alérgica vai depender da sensibilidade que o paciente vai ter ao antígeno; toda vez que ele se expor a esse mesmo antígeno o processo alérgico vai ser desencadeado • Te varios tipos de alergias: - Rente alérgica mais concentrada nas vias respiratórias - Alergias topicas - Anafilaxias que são alergias mais graves Michelle MEDTXIV ! de !89 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • ANAFILAXIA: o paciente entra contato via sistemica com o antigeno que tem alergia e todo processo de hipersensibilidade do tipo 1 vai acontecer → vai haver uma liberação muito grande de histamina → sinais e sintomas muito intensos - Vasodilatação - Edema - Broncoconstrição - No caso de choque anafilático, o tratamento de emergencia é um antagonista fisiológico da histamina → precisa recuperas os sinais vitais de uma maneira muito rápida ANTI-HISTAMINICOS: • Vao atuar contra receptores da histamina → os fármacos anti-histamínicos utilizados para tratamento da alergia vao atuar, principalmente, contra receptores de histamina do tipo 1 ANTI-HISTAMINICOS H1: • São agonistas inversos dos receptores H1 → no corpo a maioria dos receptores sozinhos estão inativos mas alguns receptores como da H1, mesmo que não tenha nenhuma ligação ocorrendo, eles vao estar causando resposta (é o caso do ativo constitucional do receptor) • O receptor H1, a maioria vai estar inativo quando não tem ninguém ligado a ele mas uma pequena porcentagem vai estar causando respostas mesmo sem nenhuma ligação • Quando usa o agonista inverso → ele vai ter afinidade com o receptor e vai alterar sua conformação, porem, ele estabiliza a conformação inativa do receptor - Se tem administração de anti-histamínico H1, aqueles receptores que estão causando resposta sem estarem ligados com alguém vão ser estabilizados na conformação inativa - Todos os receptores H1 vão ser inativados - Se tem receptor ligado a histamina, ele vai competir com a histamina → vai desloca- la do receptor mantendo ele inativo e diminuindo os sinais e sintomas • FARMACOS DE PRIMEIRA GERACÃO: podem causar maior risco de efeitos adversos porque eles tem maior acesso ao SNC → tem maior passagem pela barreira hematoencefalica porque num pH fisiológico, eles ficam em seu estado neutro (sem carga, mais lipofilica) e consegue passar por essa barreira no SN→ la tem receptor de Michelle MEDTXIV ! de !90 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia histamina → ela tem função de vigilia, atenção e memória no SNC → se o farmaco chega ate la, ele vai fazer o efeito oposto, causando sono - Podemos ter uma ma coordenação motora, tendo uma interferência; - São menos seletivos do que os de segunda geração → podem se ligar em outros receptores como colinergicos, allfa-adrenergicos e serotoninergicos → vao se ligar e inativar esses receptores → aumenta o risco de efeito adverso * Pode causar boca seca, ressecamento dos olhos - Os fármacos podem estar tanto sozinhos quanto com outros fármacos → geralmente utilizados em medicamentos populares para tratar a gripe (amenizar os sintomas) - Existem algumas formulações noite-dia → os comprimidos dias vão ter ativos que aliviam sinais e sintomas de gripe (ex: descongestionante nasal, analgésico e antitérmicos) e durante a noite, alem do descongestionante, analgésico e antitérmico, vai ter um anti-histamínico de primeira geração * O anti-hstaminico na formulação para noite vai ajudar a melhorar os sintomas e vai dar sono • FARMACOS DE SEGUNDA GERAÇÃO: causam risco menor de efeito adverso porque em pH fisiológico ficam com um pouco de carga (pouco menos lipofilicos) dificultando a Michelle MEDTXIV ! de !91 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia passagem pela barreira hematoencefalica → diminui o alcance desses fármacos ao receptores do SNC → diminui risco de efeito adverso - Ainda podem conseguir passar pela barreira encefálica mas eles tem uma maior afinidade com as bombas de efluxo que tem na barreira HE → por mais que passem por ela, podem se ligar nessas proteínas das bombas e serem bombeados para fora - Sao mais seletivos a receptores H1 → se ligam menos a receptores colinergicos, adrenergicos, etc - Tem maior tempo de meia vida pela maior afinidade e seletividade pelos receptores H1 - Loratadina é profarmaco → desloratadina é o fármaco ativo - Cetirizina é uma mistura racemica → metade dela esta na comformação R e outra metade S →uma das conformações é muito mais ativa (R) - A levocetirizina é o isomero mais ativo R da cetirizina - Antigamente era utilizada a terfenadina mas foi retirada do mercado porque pode levar risco maior de efeitos cardíacos → ela era um profarmaco então era metabolizada em fexofenadina que atualmente é vendido com nome comercial de Allegra® Michelle MEDTXIV ! de !92 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • APLICAÇÃO CLINICA: tratamento da alergia (reação da hipersensibilidade tipo 1); antiemético, etc - Quando estamos em alguma situação de movimento diferente (ex: andar de barco), os movimentos podem ativas o neurônios hstaminergicos que vao se comunicar com o bulbo → ativar o bulbo que vai ativar o enjoo, náusea e enjoo - Quando usa anti-histamínicos (ex: dramin®) vao bloquear os receptores de histamina, por mais que os neuronio sejam ativados, os receptores da histamina vao estar inativados → previne enjoos, vômitos → é preferível utilizar os de primeira geração - São melhores quando utilizados de maneira profilática • FARMACOCINETICA: são bem absorvidos, possuem boa distribuição, sao metabolizado no fígado e sao eliminados na urina - Cetirizina, levocetirizina e fexofenadina (2º geração) serão eliminados mais facilmente, quase não sao metabolizados → sao eliminados do jeito que estão praticamente - Fexofenadina é eliminado principalmente pelas fezes - Podem interagir com as proteinas CYP (fase 1 da metabolização hepática) → vao ser inibidoras da CYP → inibem a metabolização dos outros fármacos que o paciente possa estar utilizando → os outros fármacos sendo utilizados não vao ser tao bem metabolizados e eliminados → a concetração deles pode aumentar → pode ter risco mair de efeitos adversos dos outros fármacos • EFEITOS ADVERSOS: - Primeira geração: mais sono, ma coordenação motora, efeitos anticolinergicos, boca seca, retenção urinaria e cardiotoxicidade → podem ser maiores em crianças e idosos; - Segunda geração: cardiotoxicidade e pouco efeito anticolinergico GLICOCORTICOIDES: • Outra escolha para tratamento de alergia sao os glicocorticoides porque possui mecanismos anti-inflamatórios → vai diminuir anticorpos, diminuir mediadores , diminuir expressão da COX-2, etc • Se o paciente for usar via sistemica por varios dias é preciso lembrar dos efeitos adversos desses fármacos TRATAMENTO DO CHOQUE ANAFILATICO: • Vai ter uma liberação muito grande de histamina → precisa ser tratado rapidamente Michelle MEDTXIV ! de !93 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • Anti-histamínicos não são primeira opção de tratamento • O antagonista fisiologico da histamina é a adrenalina porque ao se ligar a receptores adrenergicos alfa 1 vai causar vasoconstrição → recupera a pressão do paciente • Adrenalina ainda vai se ligar em receptor beta adrenérgico no pulmão → beta-2 principalmente → causa broncodilatação → facilita a respiração do paciente • Como são casos de emergencia é necessário utilizar via intramuscular ou intravenosa • Num segundo momento pode sr utlizado anti-histaminico e u glicocorticoide porque o paciente pode ter um novo quadro de choque anafilático (quadro tardio) → administrando esses fármacos num segundo momento ja bloqueia esse possível quadro tardio ANTI-HISTAMINICOS H2: • Controle de acidez estomacal Michelle MEDTXIV ! de !94 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • As células enterocromafins produzem a histamina que vai agir localmente se ligando no receptor H2que esta acoplado a proteína Gs (estimulatoria) → vai ativar PKA que vai fazer com que a bomba de protons migre para membrana estomacal → e começa a bombear prótons pro lumen estomacal → ajuda na digestão • Em pessoas com problemas gástricos querem diminuir essa secreção gástrica → pode ser usado anti-histaminico seletivo para receptor H2 • Ranitidina não esta mais disponivel porque a molécula desse fármaco pode sofrer uma autodrgadação e formar ma amina toxica , a N-nitrosodimetilamina (NDMA) → pode causar efeitos adversos e inclusive aumentar o risco de neoplasia • APLICAÇÃO CLINIA: é interessante a sua utilização antes de dormir porque durante a noite vai ter uma liberação basal de acido quando uma pequena porcentagem desses receptores ficarem ativos → normalmente ficamos em jejum durante algumas horas e essa pequena liberação de acido pode piorar o quadro do paciente - Sao menos potentes que inibidores de bomba (ex: omeprazol) Michelle MEDTXIV ! de !95 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • FARMACOCINETICA: sao bem absorvidos, metabolizados pelo ficado; podem interagir com as CYP (principalmente cimetidina e ranitidina); • EFEITOS ADVERSOS: risco de efeito adversos é muito pequeno mas pode ser que se apresente alterações gastrointestinais (constipação, diarreia), cefaleia, fadiga - Alguns desses fármacos oferecem riscos maiores de efeitos adversos - Cimetidina e ranitidina vao interagir com as CYP → sao inibidoras da CYP → podem diminuir metabolização de outros fármacos em uso, aumnetando a concentracão deles → podendo trazer maior risco de efeito adverso desses farmacos (interação medicamentosa - A cimetidina (a longo prazo) pode inibir a metabolização do estradiol e diminuir a ação de hormônios androgínicos porque ele vai se ligar no receptor da testosterona e não vai deixar ele agir normalmente * Nas mulheres → galactorreia * Nos homens → inibição da libido, impotencia, redução na contagem de espermatozoides * Famotidina e Nizatidina mais segura T$apia f"macologica da asma: INTRODUÇÃO: • Asma é doença inflamatória crônica das vias respiratórias caracterizada por obstrução reversível recorrente do fluxo de ar nas vias aéreas em resposta a estímulos que, por si só, não são nocivos e não afetam os indivíduos não asmáticos - Uma vez que o paciente é diagnosticado com asma, considera-se que não tem cura - Na maioria dos casos, a reversão da asma não é espontânea → necessita da ajuda de fármacos - Paciente pode ter varias crises que vão influenciar na classificação da asma • Dois processos estão presentes na patogenia da asma, a inflamação e a broncoconstrição - Resposta inflamatoria do tipo Th2 → vai gerar uma resposta ampla de difícil controle - Hiper-responsividade → responsável por aumentar a broncoconstrição • Paciente pode sentir: distingia, dor no peito, sibilancia, tosse Michelle MEDTXIV ! de !96 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia RESPOSTA INFLAMATORIA: • Os linfocitos Th (podem ser chamados de linfócitos TCD porque são os receptores que eles expressam) vao ser responsáveis por degradar/atacar células que apresentam antígenos bacterianos, etc - Podem ser subdivididos em outros tipos → foco em Th1 e Th2 -Th1: os linfocitos T vai se diferenciar em Th1 que vai podruzir alguns tipos específicos de mediadores inflamatórios → vao induzir uma resposta inflamatória contida, controlada; ate vao produzir anticorpos IgG mas em baixos níveis Michelle MEDTXIV ! de !97 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Th2: o linfocito vai se diferenciar em Th2 e produzir vários mediadores inflamatórios (varias interleucinas) → vao causar uma resposta inflamatória maior, mais ampla → vão levar produção de mais anticorpos (ex: IgE envolvido na alergia) **** ASMA - Os mediadores de cada um vão inibir a diferenciação em Th1 (no caso dos mediadores produzidos pela Th2) e em Th2 (no caso dos mediadores produzidos pela Th1) → vai predominar resposta Th1 ou Th2 • Pacientes não asmáticos vao produzir respostas do tipo Th1 frente a antígenos não “inofensivos” • Paciente asmático → o antigeno vai ser inalado pelo paciente asmático; ele vai ser apresentado para o linfocito e os linfocitos T vão se diferenciar em linfócitos Th2 que vao produzir muitos mediadores inflamatórios causando uma resposta muito intensa → danos diretos, resposta alérgica que vao causar aumento da resposta inflamatoria, aumento da secreção de muco, broncoconstrição • MECANISMOS ESPECIFICOS: 3 principais mecanismos vao justificar todas essas alterações no trato respiratório e os sinais e sintomas - Primeiro: o proprio linfocito Th2 pode interagir com células linfócitos B e estimular que eles se transformem em plasmocitos; podem produzir muitas interleucinas → principalmente as interleucinas 13 e 4 que vão estimular os linfócitos B a se diferenciarem em plasmocitos que vao produzir anticorpos → no caso da asma do tipo IgE * Nas próximas exposicões vai ter liberação de histamina → broncoconstrição no trato respiratório * Esse processo alérgico ativa também a fosfolipase A2 → libera o acido araquedonico que poderá produzir mais mediadores → principalmente os leucotrienos que são potentes broncoconstritores * Células de defesa podem liberar triptases e podem causar hiperplasia das células do músculo liso, dos bronquios e podem aumentar receptores de adesão do endotélio - Segundo: as próprias interleucinas de uma forma direta podem danificar o sistema respiratório * As interleucinas 4 e 13 podem causar hiperplasia das células caliciformes (celulas que produzem muco) → vai aumentar produção de muco e consequentemente vai obstruir mais os brônquios * Essas interleucinas podem causar hipertrofia e hiperplasia da musculatura lisa Michelle MEDTXIV ! de !98 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - Terceiro: as interleucinas podem ativar os eusinofilso (principalmente interleucina 5) → pode aumentar a proliferação e aumentar seu tempo de meia vida * Os eosinofilos atuam no processo inflamatório contra protozoário e também participa da patogenia da asma porque os eosinofilos vao produzir uma serie de proteínas eosinofilicas * Essas proteínas podem danificar diretamente as células do trato respiratório → podem abrir poros na membrana e levar essas células a morte * Elas podem ser peroxidases que vao aumentar a produção de radicias livres e aumentar o estresse oxidativo → lesão nas células * Os eosinofilos podem produzir compostos que aumentam o numero de celulas do músculo liso → hiperplasia → contribui para broncoconstrição * Aumentam a produção de moléculas de adesão → causando mais inflamação * Podem produzir metaloproteinases da matriz → enzimas que degradam fibras de colágeno e elastina → cronicamente o paciente asmático pode ter uma remodelagem do seu tecido do trato respiratório • BRONCOCONSTRIÇÃO/BRONCODILATAÇÃO: - Sistema nervoso autonomo parassimpatico: vai liberar acetilolina que vai se ligar em seus receptores colinergicos muscarinicos do tipo 3 e vai causar broncoconstricão - Sistema nervoso autonomo simpatico: vai liberar adrenalina que vai se ligar nos receptores adrenergicos do tipo beta 2 e vai causar broncodilatação - O paciente asmatico apresenta uma hiper-responsividade → hipersensibilidade e hiper-reatividade * Hipersensibilidade: constrição frente a estímulos que em outros casos não causariam resposta (provável alteração nos canais de Ca++) * Hiper-reatividade: resposta exacerbada frente a níveis normais de estímulos (hiperplasia e hipertrofia induzidas por citocinas inflamatórias) CLASSIFICAÇÃO CONFORME CONTROLE DA ASMA: • Se com o tratamento inicial o paciente não apresentar mais nenhum dos itens de classificação → asma controlada • Se mesmo com tratamento inicial o paciente apresentar pelo menos 2 desses critérios → asma moderadamente controlada • Se mesmo com tratamento inicial o paciente apresentar 3 ou 4desses critérios → asma não controlada Michelle MEDTXIV ! de !99 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia TRATAMENTO FARMACOLOGICO DA ASMA: • Duas principais classes pro tratamento da asma → anti-inflamatórios para controle/ prevenção da doença e fármacos que relaxam o músculo liso dos bronquios para alivio rápido dos sintomas e prevenção • Uma das vias mais indicadas é a via inalaria → administra o fármaco diretamente no loca de ação → necessidade de menor dose dos fármacos → diminui efeito adverso • Ainda sim há outras vias utilizadas Michelle MEDTXIV ! de !100 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia AULA 7 Anti-asmáticos: BRONCODILATADORES: • 3 principais classes para tratamento da asma: agonistas β2-adrenérgicos; antagonistas colinérgicos; metilxantinas • Quando o paciente não pode usar agonista beta- 2 (ex: tem problema cardíaco muito sério); ou quando a asma do paciente está mais grave → 2 classes de broncodilatadores “segunda opção” que podem ser usados: antagonistas dos receptores muscarínicos e metilxantinas AGONISTAS BETA 2 ADRENERGICOS: • Broncodilatardores de primeira escolha para tratamento da asma porque esses são mais eficazes e são mais seguros → riscos menores comparados a outros • O receptor β2-adrenegicos estão principalmente no pulmão, e a adrenalina ou fármaco agonista se liga à ele, ele vai ser ativo, ativa a proteína Gs, realiza toda a cascata de reações, e inativa a miosina cinase de cadeia leve → impede a contração e causa broncodilatação • Mas além desse mecanismo de ativar a proteína cinase A, o AMPc produzido pela ativação do β2-adrenérgico vai ter outras ações → o ativa a miosina fosfatase, que inativa a miosina → relaxamento e broncodilatação • Além de inativar a miosina quinase, ativar a miosina fosfatase e hiperpolarizar a célula, a ativação do B2 vai aumentar o transporte de cálcio para fora da célula Michelle MEDTXIV ! de !101 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia • Ele ainda tem uma leve ação anti-inflamatória: ativação do B2 diminui a ativação dos mastócitos diminuindo a liberação de grânulos, controlando os broncoconstritores. Além de aumentar a liberação do muco • São divididos em broncodilatadores de ação curta e ação longa - Ação curta: Salbutamol, fenoterol, terbutalina - Ação longa: Formoterol, salmeterol, vilanterol • Paciente que usa broncodilatador de longa ação, já está usando anti-inflamatório porque já tem asma mais moderada → começa a sentir menos crises e para de usar o glicocorticoide (principal anti-inflamatório utilizado) por conta própria - Isso é muito perigoso pois se o paciente usar apenas broncodilatador vamos controlar a broncoconstrição mas, a inflamação não vai ser controlada, ela vai “se acumulando”, e quando a crise vier pode ser fatal - A Anvisa não recomenda a utilização de broncodilatador de longa ação sem a associação de glicocorticoide porque aumenta o risco de morte, então é muito comum encontrar nas formulações dos fármacos um broncodilatador de longa ação um glicocorticoide junto • EFEITOS ADVERSOS: riscos de efeito adversos são baixos - Tremores → porque também temos beta-2 no músculo esquelético - Taquicardia → porque temos beta-2 no coração. - Cãibras → porque pode levar à diminuição dos níveis de potássio - Hiperglicemia → porque a ativação de beta-2 hepático vai liberar glicose • uando o paciente não pode usar agonista beta- 2 (ex: tem problema cardíaco muito sério); ou quando a asma do paciente está mais grave ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES MUSCARINICOS: • A atropina é antagonista muscarínico que não é utilizada para o tratamento da asma porque é muito absorvida → causa mais efeitos adversos • Temos os derivados da atropina que são o brometo de ipratrópio e tiotrópio → administrados por via inalatória, principalmente • MECANISMO DE AÇÃO: - Vão bloquear os receptores M3, pois eles vão se ligar e vão manter a conformação inativa dos receptores, de tal maneira que a ACh não vai conseguir se ligar - Se ele fica inativo → a proteína Gq não vai ser ativa → não vai aumentar cálcio e não vai estimular contração, então ajuda a broncorelaxar Michelle MEDTXIV ! de !102 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - M3 estimula a secreção de glândulas, e se eu estou inativando o parassimpático → reduz a secreção de muco, o que é bom no caso da asma • EFEITOS ADVERSOS: - Brometo de ipratrópio: tem menor absorção que atropina, mas ainda pode causar boca seca, desconforto grastrintestinal e glaucoma se atingir os olhos - Brometo de Tiotrópio: longa duração (5-6 dias) → dissociação lenta dos receptores - Poucos efeitos adversos: boca seca, desconforto gastrintestinal, cefaleia, náuseas Michelle MEDTXIV ! de !103 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia METILXANTINAS: • São um outro tipo de broncodilatadores • As metilxantinas são derivadas do café e de outras plantas, pois o café também é uma metilxantina; os principais exemplos são teofilina e aminofilina • A diferença entre as duas é que a aminofilina é mais hidrossolúvel e está na forma de sal • MECANISMO DE AÇÃO: - Dentro das células, temos enzimas chamadas fosfodiesterases, subdividida em vários tipos, sendo que as que predominam no pulmão são as fosfodiesterases III, IV e V → degradam AMPc → elas causam broncoconstrição - As metilxantinas inibem as fosfodiesterases, impedindo que o AMPc seja degrado e permitindo que ele continue ativando a PKA e broncodilatando - Com esse aumento do AMPc, por conta da sua menor degradação pela fosfodiesterase que foi inibida pela metilxantina, a gente vai ter inativação da miosina quinase, hiperpolarização das células pois o AMPc abre canais de K+, redução de Ca2+ - As metilxantinas são antagonistas dos receptores de adenosina, que nos brônquios causam broncoconstrição, e se as metilxantinas antagonizam, causam broncodilatação → porém, o principal mecanismo é inibição da fosfodiesterase - As metilxantinas tem uma ação anti-inflamatória relativamente boa, mas não substituem a necessidade de anti-inflamatórios - Ela é utilizada por via inalatória mas também pode ser utilizada pela via oral (no caso da teofilina, que tem um comprimido de liberação controlada, que vai sendo liberado durante 24h); - A aminofilina, como é mais hidrossolúvel, é preferível que seja administrada por via intravenosa • EFEITOS ADVERSOS: as metilxantinas não são muito utilizadas (nem estão no Manual da Sociedade Brasileira de Pnemuologia para o tratamento da asma) pois podem causar um efeito adverso muito grave - A dose terapêutica das metilxantinas é entre 5 e 15mg/L; um pouquinho acima de 15mg, podem causar desconforto gastrointestinal, cefaleia, insônia, náusea - Em doses um pouquinho maiores, elas já podem ativar o sistema cardíaco e provocar taquicardia, arritmia, convulsão e hipotensão Michelle MEDTXIV ! de !104 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia - O perigo é que a dose terapêutica é próxima da dose tóxica que causa efeito adverso, por isso que se deve ter cuidado ANTI-INFLAMATORIOS: GLICOCORTICOIDES: • Primeira linha de anti-inflamatórios usados são glicocorticoides, porque eles são mais fáceis, tem vários mecanismos anti-inflamatórios • Os anti-inflamatórios são utilizados para prevenir crises, pois vão atuar a longo prazo, então não vão aliviar a broncodilatação durante a crise do paciente → diminuem a produção de mediadores bronco constritores, como histamina, prostaglandina etc • A produção de glicocorticoide inalado foi uma grande revolução, porque causam uma menor concentração na corrente sanguínea, menor absorção sistêmica e risco menor de efeitos adversos → em casos mais graves, além de inalado, o paciente vai ter que usar via oral • É muito comum usar o glicocorticoide junto com o agonista Beta-2 de longa duração, para evitar crises mais fortes, pois um auxilia o outro → vão entrar na célula, se ligar no seu receptor, ir para o núcleo e ativar aexpressão gênica de receptores B-2 no pulmão • Os Beta-2 de longa ação ajudam na função dos glicocorticoides → facilitam o transporte do glicocorticoide para o núcleo, e sua interação com o DNA → diminuem a expressão da COX 2, e inibe a fosfolipase A2 que produz os prostanoides e os leucotrinos • Diminuem a expressão de várias Interleucinas (IL-4, IL-5 e IL-13) que estão muito envolvidas na inflamação da asma • São imunossupressores então diminuem os números de eosinófilos e linfócitos • Vai diminuir toda a inflamação e prevenir os sinais e sintomas da asma • Os principais glicocorticoides utilizados na asma são os administrados pela via inalatória: - Diproprionato de beclometasona e ciclesonida - Proprionato de fluticasona e a Budesonida • EFEITOS ADVERSOS: - Via inalatoria: Infecção oportunista (pois os glicocorticoides são imunossupressores) - Via oral: aumenta o risco de alteração no sistema ósseo, risco de fraturas, osteoporose; risco de diabetes pois aumenta a glicemia; risco de pressão alta, obesidade, edema, cicatrização etc Michelle MEDTXIV ! de !105 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia Insulinas e hipoglicemiantes: INTRODUÇÃO: • PANCREAS: importante no controle da glicemia, é formado por tecido endócrino e exócrino (maior parte). - Tecido exócrino: produz e libera enzimas para o intestino que ajudam na digestão (lipase, amilase e tripsina). Também produz e libera bicarbonato para neutralizar o pH ácido, neutralizando o intestino. - Tecido endócrino: formado pelas Ilhotas de Langerhans. * Células αlfa: liberam glucagon - no jejum manda glicose no sangue, para suprir as necessidades energéticas * Células β: insulina e amilina - insulina ajuda a diminuir a glicemia, células internalizam a glicose, a amilina ajuda a diminuir a motilidade, sentindo saciedade mais rápido. * Células δ: somatostatina e gastrina - gastrina aumenta a secreção do HCl. A Somatostatina ajuda no glucagon. * Células ε: liberam grelina - aumenta o apetite. - • Michelle MEDTXIV ! de !106 107 2º BIMESTRE 2º ano Farmacologia Michelle MEDTXIV ! de !107 107 2º BIMESTRE