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Sedação Paliativa: Definição, Indicações e Medicações

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Prévia do material em texto

Sedação paliativa
Apresentação
Muitas incertezas persistem sobre a questão da sedação paliativa, além das questões éticas que são 
discutidas. As definições, as indicações e as medicações de escolha para a sedação paliativa são 
sempre discutidas pelos médicos, de modo a minimizar as dores e os sofrimentos dos pacientes.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você aprenderá sobre a sedação paliativa, que é um 
procedimento médico empregado há mais de 25 anos, com a finalidade de aliviar a dor e o 
sofrimento causados por sintomas refratários.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Denifir sedação paliativa e como ela é classificada.•
Identificar as indicações e medicações usadas na sedação paliativa.•
Descrever a escala de Ramsay e os motivos da sua utilização.•
Desafio
A sedação paliativa intermitente permite períodos de vigília durante o tempo determinado, 
permitindo a manutenção da relação com os familiares, podendo ser efetuada repetidamente 
devido a sua segurança e reversibilidade do estado de consciência.
Imagine que você trabalha em um hospital de referência em cuidados com o paciente. Você, como 
enfermeiro, deve analisar o seguinte caso:
 
Sendo assim, descreva as suas funções no cuidado com esse paciente e com seus familiares.
Infográfico
Medidas que favoreçam a vida e permitam o enfrentamento da terminalidade, são necessárias para 
levar o processo de morte de maneira mais humanizada. O papel dos profissionais de saúde em 
cuidados paliativos é prestar assistência no alívio da dor e sofrimento. No que se refere à sedação 
paliativa, questões éticas são ainda discutidas, se fazendo necessário a distinção de sedação 
paliativa e eutanásia.
Neste Infográfico, você vai acompanhar as considerações éticas no processo de terminalidade.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/bb2d75c2-949d-462b-a025-268a8725836f/8a89ba32-2b64-458a-9f29-55bb71bb29b9.jpg
Conteúdo do livro
A sedação paliativa é utilizada como último recurso nos momentos finais de vida, por meio de 
medicamentos sedativos, com o objetivo de manejar sintomas de difícil controle. O enfermeiro e a 
equipe multiprofissional participam no processo de decisão pela sedação paliativa, juntamente com 
pacientes e familiares. A principal indicação é o alívio de sofrimento, preservando a dignidade do 
indivíduo.
No capítulo Sedação paliativa, da obra Cuidados paliativos em oncologia, base teórica desta Unidade 
de Aprendizagem, você vai aprender que o enfermeiro, após a decisão pela sedação, exerce uma 
função importante junto à equipe, pois este fará a avaliação do grau de sedação, que será base para 
avaliação de condutas medicamentosas.
Boa leitura.
CUIDADOS 
PALIATIVOS EM 
ONCOLOGIA
Admilson Soares de 
Paula
Sedação paliativa
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Definir sedação paliativa e sua classificação.
 � Identificar as indicações e medicações usadas na sedação paliativa.
 � Descrever a escala de Ramsay e os motivos para sua utilização.
Introdução
Os momentos finais do paciente estão cercados de estigmas, com muitas 
questões éticas, e não existe um protocolo único para as decisões, sendo 
necessária a discussão para que estas sejam tomadas, envolvendo também 
o doente e sua família.
Neste capítulo, você estudará a sedação paliativa, que faz parte dos 
cuidados paliativos, ofertados a todo paciente que tiver necessidade e 
garantidos por políticas públicas; as indicações e medicações utilizadas; 
bem como a escala de Ramsay e seu uso.
Definição e utilização
A sedação paliativa é indicada para pacientes com doenças avançadas, em 
fase terminal, e utilizada desde 1990 para aliviar sintomas refratários que 
não respondem ao tratamento anterior. O paciente terminal tem uma doença 
irreversível, cujas possibilidades de resgate das condições de saúde se esgo-
taram e a morte próxima parece inevitável e previsível. No intuito de reduzir 
sua consciência, oferecer conforto e aliviar a angústia intolerável, podem ser 
usadas as medicações sedativas.
Essa sedação não causa redução do tempo de sobrevida, ela é a admi-
nistração deliberada de fármacos em doses e combinações necessárias para 
reduzir o nível de consciência, com consentimento do paciente ou seu respon-
sável, e objetiva o alívio de um ou mais sintomas refratários. O respeito ao 
consentimento e à autonomia do doente, bem como seu desejo verbal devem 
ser considerados, mas é imprescindível que este esteja adequadamente regis-
trado no prontuário. No caso de impossibilidade ou não querer participar da 
tomada de decisões, a família ou o cuidador principal são consultados acerca 
dos desejos manifestados anteriormente pelo indivíduo, nesse caso, obter o 
consentimento familiar torna-se importante.
O enfermeiro com preparo adequado é imprescindível para o controle de 
dor e sintomas prevalentes em pacientes com câncer avançado sob cuidados 
paliativos, pois se trata do profissional que avalia a dor com mais frequência, 
bem como a resposta às terapêuticas e a ocorrência de efeitos colaterais. Ele 
colabora na reorganização do esquema analgésico e no ajuste de condutas e 
expectativas sobre os tratamentos; propõe estratégias não farmacológicas; e 
prepara os doentes e cuidadores para a alta hospitalar.
Assim, a sedação paliativa é eficaz e segura para a maioria dos pacientes 
com câncer em fase terminal e sintomas refratários, mas ocorrem complicações 
respiratórias e circulatórias em um pequeno número. Por isso, há necessidade 
de comparar estudos de diferentes tipos de sedação para determinar o protocolo 
mais eficaz e seguro.
Classificação
A sedação paliativa é classificada de acordo com critérios como objetivo, 
temporalidade e intensidade. Segundo o objetivo, ela pode ser:
 � Primária — a redução da consciência do paciente, que se busca como 
uma intervenção terapêutica.
 � Secundária — a redução da consciência é um efeito secundário da 
medicação.
Já de acordo com a temporalidade, a sedação se divide em:
 � Intermitente — ela permite períodos de alerta do paciente e pode ser 
realizada no domicílio (benzo diazepínico, neuroléptico) por via oral 
(VO) ou subcutânea (SC).
 � Contínua — a redução do nível de consciência é de forma permanente e 
deve ser realizada em ambiente hospitalar pela necessidade da titulação 
de drogas e reavaliações clínicas frequentes.
Sedação paliativa2
Conforme a intensidade, a sedação pode ser:
 � Superficial — a consciência é mantida, permitindo a comunicação do 
paciente.
 � Profunda — ela mantém o paciente em estado de inconsciência.
Considerações éticas em relação à sedação 
paliativa
A sedação paliativa pode ser utilizada na presença de sintoma reconhecido 
como refratário pela equipe médica; com o objetivo de redução da angústia e/
ou do sofrimento do paciente e redução proporcional do nível de consciência 
para seu alívio; e nos casos de sedação em agonia, com a expectativa de horas 
a dias de vida.
Veja, a seguir, outras indicações para a sedação paliativa:
 � Presença de uma doença terminal com pelo menos um sintoma refratário.
 � Esgotamento dos tratamentos dirigidos ao sintoma, incluindo depressão, 
delírios e ansiedade.
 � Avaliação das questões espirituais por um clínico especializado ou um 
membro do clero.
 � Debate sobre a continuidade do suporte nutricional e da hidratação.
 � Obtenção do consentimento livre e esclarecido.
 � Ordem, por escrito, de não reanimar.
Todo sintoma que não pode ser controlado adequadamente, apesar de 
repetidas tentativas de tratamento tolerável, sem que se comprometa o nível 
de consciência, é considerado refratário, por exemplo:
 � Delírio agitado, agitação terminal ou inquietude refratária aos 
neurolépticos.
 � Dor refratária aos opioides e analgésicos adjuvantes.
 � Vômitos refratários à terapêutica antieméticaagressiva.
 � Dispneia refratária ao oxigênio, aos broncodilatadores e opioides. 
Para indicar a sedação paliativa, o profissional deve considerar as seguintes 
questões:
3Sedação paliativa
 � Foram realizadas tentativas de tratamento para as causas reversíveis e 
causadoras de sofrimento? 
 � A sedação foi discutida com a equipe de cuidados paliativos e 
especialistas?
 � Foram aplicadas técnicas não farmacológicas para reduzir ansiedade 
e dispneia?
 � Foi realizada a titulação dos tratamentos inicialmente aplicados nos 
casos de opioides e neurolépticos? 
 � Nos casos de delirium reversível, foi considerada a sedação intermitente? 
 � Foram discutidos os objetivos da sedação com o paciente e os familiares? 
 � A sedação é consentida (paciente, família e equipe)?
Na Figura 1, você pode visualizar o algoritmo para indicação de sedação 
paliativa.
Figura 1. Algoritmo para indicação de sedação paliativa.
Fonte: Carvalho e Parsons (2012, p. 523).
Indicar sedação 
paliativa
SIM
SIM
SIM
SIM
NÃO
Sintomas refratários
Sofrimento insuportável
Prognóstico limitado sem outras opções 
de tratamento sem comprometer o nível 
de consciência
Consulta 
com especialista
Competência do paciente
Consentimento informado 
(verbal ou escrito)
1ª Vontade antecipada, 
diretrizes prévias
2ª Valores e desejos prévios
(história clínica)
3ª Família, agregados
Valorizar o 
desejo da família
Consulta 
com especialista
Desejo explícito 
do paciente
— Compartilhar 
decisão com a 
equipe
— Registrar no 
prontuário
Dúvidas?
Dúvidas?
Sedação paliativa4
Os conflitos éticos permeiam muitas condutas para sedação paliativa, não existe uma 
resposta pronta e necessita-se de discussão e avaliação criteriosa para que a melhor 
decisão possível seja tomada. Você pode conferir o trabalho de uma equipe diante de 
questões éticas e morais em relação à sedação paliativa no link a seguir.
https://goo.gl/8uxXAy
Medicações indicadas para sedação paliativa
Após a decisão pela sedação paliativa ter sido tomada, ocorre uma carga emo-
cional na família, que sabe que haverá indução rápida da perda de consciência 
e comunicação. No seu início, realiza-se a avaliação e a intervenção médica; 
já nas fases subsequentes, ela é feita pela enfermagem ou pelo cuidador. 
Princípios para escolha da sedação
Na escolha da sedação, o profissional deve considerar os sintomas apresentados 
pelo paciente, monitorar o nível de sedação e a dose dos fármacos até a obtenção 
do nível desejado. Já a escolha desse fármaco, na maioria das vezes, depende 
da experiência da equipe e da instituição. As medicações mais utilizadas são 
os benzodiazepínicos, barbitúricos e neurolépticos, sendo os primeiros usados 
isolados ou associados aos neurolépticos e opioides.
Os principais sedativos benzodiazepínicos utilizados são midazolam, 
diazepam, lorazepam. O midazolam é o mais usado devido à sua ação rápida 
e meia-vida curta, tem baixa toxicidade e exerce efeito sedativo, indutor do 
sono, ansiolítico, anticonvulsivante e relaxante muscular. Após a adminis-
tração intramuscular ou endovenosa, ocorre amnésia de curta duração, na 
qual o paciente não se recorda de eventos ocorridos durante o pico de ação 
do medicamento. Ele pode ser usado, ainda, por via SC em bólus, infusão 
contínua intravenosa (IV) e infusão contínua SC, não se precipitando se estiver 
no mesmo soro com a morfina. 
5Sedação paliativa
A dose máxima recomendada do midazolam é de 120 a 160 mg/dia, e seu 
uso concomitante com algumas medicações, como carbamazepina, fenitoína, 
rifampicina, pode resultar na rápida diminuição da sua ação em um período 
curto de tempo. Entretanto, quando associado às outras drogas inibidoras, por 
exemplo, cetoconazol, itraconazol, fluconazol, eritromicina, azitromicina, 
diltiazem, verapamil, saquinavir, cimetidina, ranitidina, pode levar à sedação 
profunda mesmo com uma dose relativamente baixa.
Já os principais neurolépticos são levomepromazina (mais utilizada), clor-
promazina e haloperidol. Em situações em que ocorre dispneia refratária, 
recomenda-se a associação com midazolam e morfina, a qual se trata de um 
opioide forte com ação primariamente analgésica e não sedativa. Apesar de 
não existir um sítio de ação específico na dispneia, acredita-se que age em 
receptores de opioides distribuídos na árvore traqueobrônquica e no tronco 
cerebral (centro respiratório), modulando a percepção e a ansiedade. Nos 
pacientes que apresentam efeito paradoxal ao midazolam ou sedação difícil, 
sugere-se a associação de um neuroléptico (clorpromazina) ao opioide e a um 
benzodiazepínico.
Para a paliação do delírio agitado refratário, precisa-se iniciar com um neu-
roléptico (clorpromazina) e, nos casos de efeito paradoxal a ele ou de sedação 
difícil, associa-se ao midazolam. Já para a dor refratária, é necessário manter 
o opioide já prescrito, associar ao midazolam e, em caso de efeito paradoxal a 
este ou de sedação difícil, adicionar um neuroléptico (clorpromazina). Quando 
o paciente sente dor, esse fármaco pode ser suficiente para aliviá-la e promover 
a sedação paliativa, mas a principal escolha é a morfina.
O principal barbitúrico, por sua vez, é o fenobarbital, que tem propriedades 
anticonvulsivantes e age no sistema nervoso central, sendo utilizado para 
prevenir o aparecimento de convulsões em indivíduos com epilepsia ou crises 
convulsivas refratárias.
Existem, ainda, os anestésicos, como propofol e ketamina. Às vezes, devido 
aos sintomas refratários aos benzodiazepínicos e antipsicóticos, há necessidade 
de medicação alternativa. O propofol, um sedativo e hipnótico, pode promover 
alívio da agitação e fadiga refratária. 
No Quadro 1, você pode ver as opções de fármacos para indução e manu-
tenção da sedação, a literatura é restrita e ainda não consensual em relação à 
dose desses sedativos, mas alguns autores os recomendam. 
Sedação paliativa6
Fonte: Elaborado pelo autor.
Fármaco Dosagem
Morfina 20-80 mg.dia-1
Midazolam 0,5-0,7 mg.kg-1, seguida por infusão de 0,5-2 mg.h-1 
IV ou 10 mg, seguida de 1-6 mg.h-1 por via SC
Lorazepam 0,5-5 mg por VO, sublingual ou SC, ou 4-40 mg.dia-1 
em infusão venosa ou SC
Clorpromazina 10-25 mg.(2-8)h-1 por VO, sublingual, retal ou 
infusão venosa
Haloperidol 0,5-5 mg.(2-4)h-1 por VO ou via SC, ou 1-5 mg.dia-1 
em infusão
Pentobarbital 2-3 mg.kg-1 por via venosa, seguida de infusão de 
1 mg.kg-1
Fenobarbital 200 mg em bolo venoso ou SC seguido de 
600-1.600 mg.dia-1
Tiopental 5-7 mg.kg-1 em bólus por via venosa, seguido 
de infusão de 70-180 mg.h-1
Levomepromazina 12,5-25 mg.d-1 por via SC
Quadro 1. Fármacos para sedação
A dose inicial do opioide depende da história de uso de analgésicos, e 
suas vias de administração são SC e venosa em infusão, sendo esta a mais 
frequente, pois proporciona concentração plasmática adequada rapidamente 
e pode ser mantida. 
Sedação paliativa em casa
Para a sedação paliativa em casa, deve-se utilizar o protocolo de indução e 
manutenção. Sua indução pode ser feita com midazolam 0,07 mg.kg-1 em bolo 
por via venosa. Já sua manutenção é iniciada com 1 mg.h-1 de midazolam 
administrado por via SC; em caso de falha, aumenta-se para 2 mg.h-1 e, se 
persistir, são adicionados 3 mg.h-1 de clorpromazina e 3 mg.h-1 de prometazina; 
caso falhe, administra-se 2 mg.h-1 de midazolam, 6 mg.h-1 de clorpromazina 
e 6 mg.h-1 de prometazina.
7Sedação paliativa
Na Figura 2, você pode observar o algoritmo para escolha do fármaco na 
sedação paliativa.
Figura 2. Algoritmo para escolha do fármaco na sedação paliativa.
Fonte: Carvalho e Parsons (2012, p. 527).
Indicado sedação
Dor
Dispneia
Hemorragia
Ansiedade
Pânico
Outros
DOMICÍLIO
1ª opção:
midazolan,
clorpromazina
2ª opção: 
fenobarbital
DOMICÍLIO (SC)
midazolan,
fenobarbital
HOSPITAL
IV: midazolan,
propofol,
fenobarbital
SC: midazolan,
fenobarbital
1ª opção
levomepromazina
clorpromazina
HOSPITAL
IV: midazolan
levomepromazina
clorpromazina
propofol
fenobarbital
SC: midazolan
clorpromazina
fenobarbitalDelírio
2ª opção
Que sintoma 
predomina?
A hipodermóclise é a via de infusão nos pacientes com câncer quando os acessos oral 
e endovenoso não estiverem disponíveis. Veja um estudo que apresenta os relatos de 
indivíduos que se beneficiaram com essa técnica no link a seguir.
https://goo.gl/cj4fKu
Sedação paliativa8
Escala de Ramsay e motivos para sua utilização
A escala de Ramsay é muito utilizada na unidade de terapia intensiva (UTI) 
com o objetivo de avaliação do nível de sedação, cujas definições são simples 
e intuitivas, pode ser aplicada de forma simples e rápida à beira do leito, e 
tem sensibilidade e especificidade suficientes para ser considerada padrão de 
referência entre os escores. Ela foi proposta por Michael A. E. Ramsay, nascido 
em Dublin, na Irlanda, formado em medicina na Universidade de Londres, 
em 1974, e baseia-se em critérios clínicos. 
Aplicação da escala
Durante a indução, o nível de sedação deve ser monitorado e, após a estabili-
zação, feito duas vezes ao dia por médicos ou enfermeiras, utilizando a escala 
de Ramsay. Considera-se falha na sedação, se seu escore for menor que 5 após 
12 horas de tratamento.
A utilização constante dessa escala permite monitorar parâmetros como 
sinais e sintomas indesejáveis, com odor e agitação, evita a sedação excessiva e 
promove o acompanhamento da resposta ao fármaco. A avaliação dos pacientes 
a partir dela conta com medidas para o controle da profundidade da sedação, 
pois tanto a excessiva como a insuficiente são ruins, o ideal é optar por uma 
que amenize sintomas refratários. 
Uso da escala
Durante a utilização da escala de Ramsay, o profissional deve:
 � Verificar o paciente várias vezes ao dia, juntamente aos sinais vitais, 
para evitar a sedação excessiva.
 � Avaliar continuamente o nível de consciência do paciente sedado.
 � Fornecer parâmetros para atuação e decisões multiprofissionais.
 � Melhorar o plano de sedação e analgesia sempre que for necessário.
O tratamento com sedativos e analgésicos deve ser avaliado frequentemente 
para atingir as metas pré-definidas, diminuindo o risco de complicações 
resultante de sedação excessiva. Para facilitar a redução da dose total desses 
medicamentos, as intervenções, como o uso de protocolo, são de suma im-
portância para orientar no controle da sedação.
9Sedação paliativa
A escala de Ramsay é a mais usada em estudos clínicos, pois permite que 
os profissionais identifiquem visualmente a sonolência e a agitação, bem 
como garante o conforto do paciente sem excesso de sedação. Embora não 
seja uma prática comum, a falta de avaliação rotineira tem consequências 
potencialmente prejudiciais, e essa escala proporciona a dose adequada das 
drogas em utilização. 
Você deve considerar que a escala de Ramsay é utilizada para avaliar não 
apenas os níveis de sedação, como também de agitação. Portanto, ela pode 
ser comumente aplicada com os pacientes desentubados em quase todos os 
estudos de validação e serve como ferramenta de triagem para avaliar delírio. 
No Quadro 2, você pode ver a escala de Ramsay.
Fonte: Namigar et al. (2017, p. 350).
Pontuação Nível de atividade
Escore 1 Ansioso, agitado, inquieto
Escore 2 Cooperativo, orientado, tranquilo 
Escore 3 Responde apenas aos comandos 
Escore 4 Resposta rápida a leve estímulo glabelar ou 
estímulo auditivo alto 
Escore 5 Resposta lenta a leve estímulo glabelar 
ou estímulo auditivo alto 
Escore 6 Não responde a leve estímulo glabelar 
ou estímulo auditivo alto
Quadro 2. Escala de Ramsay
A Comissão Intergestores Tripartite dispõe sobre os cuidados paliativos no âmbito do 
Sistema Único de Saúde (SUS), conforme você pode ver no link a seguir.
https://goo.gl/ATSz5P
Sedação paliativa10
CARVALHO, R. T.; PARSONS, H. A. (Orgs.). Manual de cuidados paliativos ANCP. 2. ed. São 
Paulo: Academia Nacional de Cuidados Paliativos, 2012. 590 p. Disponível em: <http://
biblioteca.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/05/Manual-de-cuidados-paliativos-
-ANCP.pdf>. Acesso em: 8 dez. 2018.
NAMIGAR, T. et al. Correlação entre a escala de sedação de Ramsay, escala de sedação-
-agitação de Richmond e escala de sedação-agitação de Riker durante sedação com 
midazolam-remifentanil. Revista Brasileira de Anestesiologia, Rio de Janeiro, v. 67, n. 4, p. 
347–354, jul.–ago. 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
abstract&pid=S0034-70942017000400347&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 
8 dez. 2018.
Leituras recomendadas
BENZODIAZEPÍNICOS. Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas, Brasília, [2017?]. 
Disponível em: <https://obid.senad.gov.br/nova-arquitetura/dados/drogas-de-a-a-z/
benzodiazepinicos>. Acesso em: 8 dez. 2018.
BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Cuidados paliativos oncológicos: 
controle da dor. Rio de Janeiro: INCA, 2001. 124 p. Disponível em: <https://www.inca.
gov.br/publicacoes/livros/cuidados-paliativos-oncologicos>. Acesso em: 8 dez. 2018.
DORMIUM (midazolam). União Química Farmacêutica Nacional, Embu-Guaçu, 4 abr. 
2017. 15 p. (Bula de medicamento). Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/datavisa/
fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=5436362017&pIdAnexo=5635798>. 
Acesso em: 8 dez. 2018.
MACHADO, F. R. Protocolo 3: sedação, analgesia e bloqueio neuromuscular. Disciplina de 
Anestesiologia, Dor e Medicina Intensiva da Escola Paulista de Medicina da Universidade 
Federal de São Paulo, São Paulo, 3 maio 2008. Disponível em: <http://www.saudedireta.
com.br/docsupload/1334746904protocolo_sedacao.pdf>. Acesso em 8 dez. 2018.
MENEZES, M. S.; FIGUEIREDO, M. G. M.C. A. O papel da sedação paliativa no fim da 
vida: aspectos médicos e éticos. Revista Brasileira de Anestesiologia, Rio de Janeiro, p. 
1–6, 2018. Disponivel em: <https://rba.elsevier.es/pt-pdf-S0034709417303380>. Acesso 
em: 8 dez. 2018.
NOGUEIRA, F. L.; SAKATA, R. K. Sedação paliativa do paciente terminal. Revista Brasileira de 
Anestesiologia, Rio de Janeiro, v. 62, n. 4, p. 586–592, jul.–ago. 2012. Disponível em: <http://
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0034-70942012000400012&lng=
pt&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 8 dez. 2018.
SANTOS, K. D.; MARTINS, I. C.; GONÇALVES, F. A. F. Caracterização da sedação e analgesia 
em Unidade de Terapia Intensiva: estudo observacional. Online Brazilian Journal of Nur-
sing, Niterói, v. 15, n. 2, p. 157–166, jun. 2016. Disponível em: <http://www.objnursing.
uff.br/index.php/nursing/article/view/5225>. Acesso em: 8 dez. 2018.
11Sedação paliativa
Conteúdo:
Dica do professor
Por fim, considera-se que o ato de sedar um paciente em fase terminal deve ser avaliado quanto 
aos benefícios, valorizando a percepção da família e, se possível, do próprio paciente, assim como 
os preceitos éticos que envolvem a decisão para a prática, diferenciando-se assim da eutanásia.
Nesta Dica do Professor, você vai ver o objetivo da sedação paliativa. Apesar de ser um assunto 
pouco abordado, essa discussão torna-se necessária devido às angústias do paciente, da família e 
dos profissionais envolvidos no cuidado do paciente.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/dd095811ddb84e36658b4722fb9e897c
Exercícios
1) Em caso de sedação paliativa, na ocorrência de dispneia refratária qual seria a melhor 
conduta medicamentosa inicial?
A) Iniciar com um neuroléptico (clorpromazina) e, se necessário, associar com midazolam.
B) Recomenda-se iniciar com a associação do midazolan e morfina.
C) Iniciar com a morfina.
D) Iniciar com fenobarbital.
E) Iniciar com propofol e ketamina.
2) Paciente em sedação paliativa com seguintes medicamentos: morfina e midazolan; o 
enfermeiro faz sua avaliação para determinar o grau de sedação e, após avaliação, paciente 
tem nota 5. 
Qual das descrições a seguir refere-se a essa nota?
A) Responde lentamente ao estímulo glabelar ou ao estímulo sonoro vigoroso.
B) Pacienteansioso, agitado.
C) Sonolento, atendendo aos comandos.
D) Dormindo, sem resposta.
E) Dormindo, responde rapidamente ao estímulo glabelar ou ao estímulo sonoro vigoroso.
3) Paciente iniciou sedação paliativa e se encontra em manutenção no domicílio com 
midazolam, administrado por via subcutânea; porém, em dose que permite períodos de 
alerta do paciente. 
Como é classificada esse tipo de sedação?
A) Primária.
B) Secundária.
C) Profunda.
D) Contínua.
E) Intermitente.
4) No caso de decisão pela sedação paliativa, faz-se necessária a avaliação do grau de sedação 
por meio da escala de Ramsay. 
Em relação a essa escala, pode afirmar-se que:
A) o tratamento com sedativos e analgésicos para sedação necessita apenas de avaliação no 
início, avaliando se as metas predefinidas foram atingidas, não necessitando de avaliação 
posterior.
B) pode ser usada várias vezes ao dia, juntamente com os sinais vitais para evitar sedação 
excessiva, além de fornecer parâmetros para a atuação e melhorar o plano de sedação.
C) para se garantir o conforto do paciente é necessário sedação profunda, ou seja, manter uma 
sedação em grau 6 pela escala de Ramsay.
 
D) a escala de sedação é um instrumento que permite garantir o conforto do paciente, podendo 
ser usada apenas nas sedações profundas.
 
E) A escala de Ramsay é utilizada para avaliar apenas os níveis de sedação, não avalia os níveis 
de agitação e consciência.
5) A respeito de sedação paliativa, é correto afirmar que:
A) o principal objetivo das terapias aplicadas é reduzir a sobrevida do indivíduo de forma 
significativa, promovendo um ambiente saudável.
B) o cuidado visa proporcionar conforto para que o doente possa vivenciar o processo de morte 
com dignidade.
C) a enfermagem tem atuação limitada e passiva, sendo necessária a abordagem por 
profissionais especializados.
D) durante o processo de cuidados paliativos, o indivíduo deve permanecer sedado para evitar o 
sofrimento e a dor.
E) a família deve ser afastada, não podendo participar dessa etapa do cuidado por estar 
emocionalmente abalada.
Na prática
A escala de Ramsay é uma ferramenta utilizada para avaliação do grau de sedação em pacientes, e 
tem sido usada principalmente para avaliar pacientes em unidade de terapia intensiva. Ela 
compreende valores que vão de 1 a 6, atribuídos observando as respostas dadas pelo paciente após 
estímulos.
Neste Na Prática, você vai ver o quadro clínico de um paciente sob uso de sedativos, com a 
utilização da escala de Ramsay.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Cuidados paliativos
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Cuidados paliativos em terapia intensiva: a ótica da equipe 
multiprofissiona
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Sedação paliativa do paciente terminal
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https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/gestor-e-profissional-de-saude/controle-do-cancer-do-colo-do-utero/acoes/cuidados-paliativos#:~:text=Segundo%20a%20Organiza%C3%A7%C3%A3o%20Mundial%20da,a%20vida%2C%20por%20meio%20da
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rsbph/v22n1/v22n1a06.pdf
http://www.scielo.br/pdf/rba/v62n4/v62n4a12

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