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Resumo - Os 7 saberes E Morin

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Resumo: Os sete saberes necessários à educação do futuro (Edgar Morin)
Olá gente estudiosa, louca por essa vaga de concurso que chegou por aí!
Hoje trouxe um resumo de mais um livro que já constava nos meus estudos e que sempre está nas bibliografias dos editais. Não é por menos, é um livro realmente elucidativo sobre a Educação e suas complexidades.
O livro do Morin é considerado um marco na Pedagogia, mesmo que ele próprio não seja pedagogo. Na verdade ele é formado em Direito, História e Geografia, mas é no estudo sociológico que ele mais se destacou! Na obra supracitada, Morin trabalha com uma interligação de saberes, explicando a complexidade e a transdisciplinaridade. Pois, segundo Morin, os saberes de nada nos serviriam se fossem compartimentados!
Tudo junto e misturado é o lema desta obra! 
Logo no prólogo do livro podemos compreender do que se trata a obra, pois o texto apresentado pretende expor os sete saberes fundamentais para a educação do futuro, que devem ser ensinados a toda a sociedade, sem rejeição ou exclusividade cultural, mas que parecem estar ignorados ou esquecidos. Vamos a eles:
1. As cegueiras do conhecimento: O erro e a ilusão
O primeiro saber necessário à educação é que todo o aprendizado (ou ensinamento) pode conter erros, então é preciso racionalizar tudo que se aprende. Todo o conhecimento comporta um risco de erro e ilusão, e reconhecer esse erro ou ilusão é difícil pois é comum apaixonar-se por ideias, uma vez que a inteligência é inseparável da afetividade.
Nenhuma teoria científica está imune ao erro, por isso a educação deve se dedicar a encontrar os erros e as ilusões dentro do que se aprende.
É necessário primeiramente aprender sobre o aprendizado, armar-se contra as cegueiras e contra o viés de confirmação (a necessidade de encontrar alguém que valide os erros, como forma de mostrá-los corretos).
É preciso também lembrar que o cérebro não identifica o que é sonho/imaginação e o que é realidade, e cada mente tem um grande potencial para mentir para si mesma, deformando lembranças e aprendizados. É por este motivo que muitos resistem às informações que recebem, principalmente àquelas que não conseguem assimilar. Alguém já recebeu pais de alunos que vieram debater conteúdos escolares por não os compreenderem? Pois é, acontece bastante! Mas como refutar essas doutrinas? 
Nesses casos a racionalidade é sempre a melhor proteção contra o erro. 
Racionalidade é diferente de racionalização. A racionalização é fechada para as novas ideias, ela é subjetiva e afetiva, considera-se perfeita e sem contestações. Enquanto a racionalidade que buscamos é autocrítica, aberta para ideias e argumentos. 
Os indivíduos pensam e agem segundo seus paradigmas, mesmo que inconscientemente. Mas, ter uma convicção não é o mesmo que ter um aprendizado. Ideias recebidas sem exames, sem contestações, são apenas crenças, que podem ser por vezes estúpidas, absurdas e conformistas.
Morin fala sobre o Imprinting cultural, um "selo" que cada ser humano carrega de sua cultura familiar, escolar, local, etc...  Como o filhote de passarinho, que ao nascer segue sua mãe, o ser humano nasce e segue as "verdades" que lhe são apresentadas, dentro da sua família, da cultura que nasceu, do seu ambiente social. E por essas ideias os Homo Sapiens já mataram e morreram, porque os mito e as ideologias destroem os fatos!
É curioso perceber que a incerteza, vilã dos conhecimentos simplistas, é um dos pontos fundamentais para o conhecimento complexo, pois é a incerteza que traz a pesquisa, a busca, e nos livra de sermos brinquedos inconscientes das nossas próprias ideias e mentiras. 
2. Os princípios do conhecimento pertinente
Enquanto o primeiro saber está em compreender que uma informação pode conter erro, o segundo saber trata-se de entender que uma informação não significa um aprendizado. É preciso compreender o contexto desta informação!
Não basta apenas ter acesso a uma informação, é preciso contextualizá-la, articulá-la e organizá-la.
Para que um conhecimento seja pertinente é preciso torná-lo pertinente ao contexto, ao global e às suas complexidades, pois isoladamente uma informação é insuficiente e somente em seu conjunto ela faz sentido. Da mesma forma, um indivíduo não é compreendido apenas em um aspecto, uma vez que o ser humano é biológico, psíquico, social, afetivo e racional. A sociedade, por sua vez, também tem dimensões históricas, religiosas, sociológicas, etc... Nada é apenas uma coisa. Tudo é multidimensional!
Compreendendo que cada coisa do mundo tem vários aspectos, podemos definir também que a união desses aspectos chama-se complexidade. Portanto, quando falamos que a educação é complexa não se trata de afirmar as suas dificuldades e sim dizer que ela tem aspectos que são interdependentes.
No século XX tivemos muitos progressos na área da educação, porém, foram progressos desunidos. Os profissionais se especializavam em disciplinas compartimentadas e com isso perde-se a complexidade necessária à educação como um todo. Por exemplo, como um professor pode especializar-se em Alfabetização e Letramento sem compreender as dificuldades sociais de sua turma?
O que me leva a pensar na conhecida Parábola do Elefante, que não faz parte do livro, mas acho pertinente ao conteúdo e deixarei aqui embaixo:
Pois é, os saberes estão cada vez mais divididos enquanto os problemas estão cada vez mais interligados, portanto fica cada vez mais difícil resolver os problemas! 
Parafraseando Descartes: Não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis.
3. Ensinar a condição humana
Os dois primeiros saberes se tratavam de problemas a serem resolvidos... Aceitar que o conhecimento pode estar errado e entender que uma informação isolada não é suficiente. Já no terceiro saber o autor traz uma resolução: É preciso ensinar a condição humana!
Cada pessoa precisa conhecer sua particularidade e sua diversidade.
Morin diz que o ser humano tem as suas complexidades, e isso vai além da nossa condição cósmica, é também uma complexidade cultural, pois, segundo o autor, sem a nossa cultura seríamos apenas mais uma espécie primata no meio de tantas outras espécies. Nossa mente, que nos difere de outros animais, é a união do cérebro com a cultura e as interações com a sociedade que nós próprios produzimos. 
Para destacar a complexidade do ser humano em sua existência o autor define o ser humano como HOMO COMPLEXUS, e diz que ao mesmo tempo o ser é sábio e louco (sapiens e demens), trabalhador e lúdico, econômico e consumista, entre vários outros modos antagônicos e bipolarizados!
4. Ensinar a identidade terrena
Complementar ao terceiro saber, onde o Homo Sapiens precisa se encontrar dentro de sua diversidade e cultura, aqui, compreendemos a identidade terrena. Aprendemos que não somos seres apenas provindos de uma sociedade ou de um país, somos seres terrenos, globalizados, e portanto responsáveis pelo planeta e pelo universo onde vivemos.
O ser humano precisa estar situado no universo e não separado dele. 
Como seres complexos temos responsabilidade com o lugar que pertencemos, e isso não se trata apenas da sua cidade, do seu país, mas do planeta e de todo o universo.
Vou deixar aqui um vídeo que gosto muito, que na verdade trata sobre a insignificância do Homo Sapiens, mas também demonstra o quão parte do universo somos.
Ao entendermos que somos globalizados conseguimos ver a importância das ações unificadoras, portanto os conflitos culturais, as guerras, o meio ambiente e sua degradação, nos atingem como um todo! É de suma importância essa consciência globalizada para evitarmos catástrofes ecológicas, prezarmos pela qualidade de vida, pacificarmos os povos e criarmos consciência antropológica! 
Devemos integrar as identidades étnicas, continentais, religiosas ou filosóficas, regionais e cultivar a simbiosofia - a sabedoria de viver junto!
Nota: Embora Edgar Morin tenha escrito essa obra na virada do século (ano 2000), ela se faz atual a tudo que estamos vivendo, mais de 20 anos depois.Este ano, Morin completará 101 anos, e é uma pena que ainda não tenha visto a sociedade aprender os seus sete saberes!
5. Enfrentar as incertezas
Embora Morin descreva os sete saberes necessários à educação do futuro, ele tem o entendimento de que o futuro é algo inesperado, portanto o quinto saber é sobre lidar com as incertezas e se preparar para o que vier!
O progresso é sempre possível, porém é incerto. Não há garantias, em nossa sociedade, de que as coisas melhoram linearmente. Afinal, se o novo fosse previsto, não seria novo! O autor cita momentos históricos, totalmente inesperados, que mudaram o mundo, como a chegada de Hitler ao poder, o crash da bolsa de New York em 1929, a Guerra Fria, entre outros eventos. Vivemos em uma época de mudanças e temos a dificuldade de fazer autorreflexões, portanto qualquer atitude é uma aposta e em apostas existem riscos.
É preciso se preparar para os fracassos das ações, ou os desvios dos acontecimentos - pois nem sempre os fins têm relação com os meios - como por exemplo a pólvora, que foi inventada para fogos de artificio e transformada em armas!
É necessário apostar sim, mas com estratégias e precauções, conhecendo os riscos e trabalhando com o improvável.
 
6. Ensinar a compreensão
Diante da condição humana, da identidade terrena e das incertezas que vivemos, é importante compreender as diversidades e complexidades humanas, e aprender a agir sem preconceitos, com ética e com autorreflexão sobre os nossos atos.
Aqui o autor versa sobre algo que nos assola diariamente: A falta de compreensão.
A comunicação se modernizou, os celulares são praticamente parte do corpo humano e as mensagens instantâneas, segundo pesquisas, ocupam quase 4 horas do nosso dia. Porém, ainda não compreendemos o outro. A comunicação ainda se faz confusa, entre povos, culturas e até entre conhecidos. Relações particulares são ameaçadas pela falta de compreensão. Há ignorância e preconceito com os valores e com a cultura divergente, há ruído entre a comunicação das pessoas, há dificuldade em se colocar no lugar do outro.
O egocentrismo atrapalha o bem pensar.  Hoje, opiniões divergentes causam violência, ideologias ferem, a tolerância com quem pensa diferente praticamente não existe. É preciso manter a mente aberta, enxergar e ouvir o outro, Ensinar a compreensão é uma das importantes tarefas da educação.
7. A ética do gênero humano
A partir do momento que aprendemos a compreender o outro e entendemos que indivíduo e sociedade são em si coprodutores, percebemos que a ética é de suma importância para manter essa relação saudável.
Devemos respeitar um ao outro, com nossas diversidades, e desenvolver esta cidadania planetária, que nos auxilia em nosso desenvolvimento como espécie e nos controla tal como a democracia, que é um elo vital para a convivência dos diferentes.
Do mesmo jeito que é preciso proteger a nossa espécie e a nossa biosfera é preciso proteger a diversidade de ideias e a democracia entre elas.
As democracias são frágeis e vivem em conflito, muitas já existentes ainda não estão concluídas e vivem sob os riscos do totalitarismo. Também existem, infelizmente, processos de regressão democrática, e assim a espécie humana trabalha para a sua autodestruição! Somos inimigos uns dos outros e de nós mesmos, por isso a ética se faz tão necessária entre os saberes importantes do futuro!
Esse foi um resumo dentro do meu entendimento sobre o livro, para concursos o ideal seria adquirir o livro e fazer uma leitura mais crítica do conteúdo (que é bastante possível, pois a obra tem somente 102 páginas), mas quem precisar de uma ajuda extra e não tiver o livro em mãos, segue abaixo alguns recursos:
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