Buscar

Resumo Filosofia Chaui, Esclarecimento, Ética Kantiana, metafísica dos costumes, Aristóteles e Eichmann em Jerusalém

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Chaui - Convite à Filosofia - Parte 2
NATUREZA HUMANA E DEVER
1. Cristianismo
- Introduz o dever como uma resolução para um problema ético → oferecer um
caminho seguro para a nossa vontade, que encontra-se dividida entre o que é
bom e o que é moral → cria um novo problema → O sujeito moral é aquele que
se submete às normas da conduta virtuosa e não se submete a poderes
externos a consciência, então como falar em comportamento ético por dever, já
que isso seria uma solução externa?
2. Rousseau
- Consciência moral e dever são inatos → Nascemos bons , portanto se o dever é
uma imposição/obrigação externa, quer dizer que nossa bondade foi pervertida
pela sociedade ( criação da propriedade privados) → dever faz com que
recordemos a nosso interior, nosso sentimento e emoção (só parece algo
externo)
3. Kant
- não existe bondade natural, somos ruins por natureza e, por isso, precisamos do
dever para nos tornarmos seres morais. A exposição de kant parte de suas
distinções:
1. Razão pura/teórica ⧧ razão pura prática
- a primeira é universal e com atividade racional → tem como objeto
a realidade exterior a nós, que opera segundo leis necessárias
- a segunda cria sua realidade e atua conforme a
finalidade/liberdade
2. Ação por causalidade/necessidade ⧧ ação por finalidade/liberdade
- a primeira é a da natureza, com sequências necessárias de causa e
efeito
- a segunda é o reino humano
● "A razão prática é a liberdade como instauração de normas e fins éticos" → A
imposição que a razão prática faz a si mesma: dever→ expressão da lei moral
em nós, obedecê-lo é obedecer a si mesmo (somos autônomos)
● esses valores e fins não são espontâneos em nós porque não somos apenas
seres morais e sim também submetidos à causalidade da natureza (sob emoções
tem domínio)
● interesse = egoísmo → nos leva a usar coisas e pessoas como meios para atingir
o que queremos + "impulso cego determinado pela causalidade natural" (ou seja,
estamos sob paixões)
● passagem: interesse → dever : razão prática se impõe sobre a parte natural →
"Para sermos livres, precisamos ser obrigados pelo dever de sermos livres"
● A violência ocorre por não compreendermos nossa destinação racional,
confundindo-a com nossos impulsos
● O dever não é um conjunto de virtudes fixas, mas sim uma forma que deve valer
para toda e qualquer ação moral → um imperativo que não admite hipóteses →
categórico, é a lei moral interior → "O ato moral é aquele que se realiza como
acordo entre a vontade e as leis universais que ela dá a si mesma"
- 3 máximas morais que mostram a incondicionalidade dos atos realizados
por dever
1. Universalidade da conduta ética → ação por dever é uma lei
moral para o agente
2. afirma a dignidade dos seres humanos como pessoas, toda
pessoa deve ser tratada como fim e não como meio.
3. "Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei
universal para todos os seres racionais"→ Exprime a
diferença entre a separação entre o reino natural das
causas e o reino humano dos fins.
● O imperativo categórico mostra a forma geral das ações morais e as máximas
deixam clara a interiorização do dever, que nasce da razão e da vontade
legisladora universal do agente moral. Para kant, Vontade Boa que quer o bem
é o acordo entre vontade e dever.→ O imperativo categórico não nos diz para
tomarmos essa ou aquela ação mas sim para sermos éticos cumprindo o dever
(3 máximas morais). Para agir, devemos ver se nossa ação está em
conformidade com os fins morais.
4. Comparação
- Rousseau e Kant tem respostas diferentes p/ tentar explicar o por que o dever e
a liberdade da consciência moral são inseparáveis e compatíveis. A solução dos
dois consiste em colocar o dever em nosso interior, tirando a ideia de que ele
nos é imposto externamente.
Aula 6 - Resposta à pergunta: O que é Esclarecimento?
→ Objeções ao utilitarismo
- dialoga com uma tradição que a felicidade é um objetivo geral da ética → REVOGA
- Trolley Problem (trem desgovernado) → segundo exemplo (de jogar o homem
corpulento para parar o trem) → Kant ataca a ideia de que o utilitarismo utiliza as
pessoas como meio para os problemas
- exige demais: ou atos são proibidos ou permitidos → “ser frio e calculista”
- permite, em certas circunstâncias, que inocentes sejam mortos/maltratados/lesados de
alguma outra maneira em prol do bem maior
- crê resolver problemas de grande complexidade por meio da atribuição de valores →
não é possível resolver a felicidade por meio de um cálculo
- a exigência de que o agente veja seus projetos e compromissos de maneira exterior ou
impessoal → renunciar coisas importantes para a pessoa pelo bem maior, EX: virar
médico porque se precisa quando queria ser músico
- Incapacidade de considerar seriamente as diferenças entre os sujeitos → não
considera e pessoa/ a dignidade humana
- Algumas reformulações: (após Mill)
- Atos (ação é geral → “ação correta maximiza o bem estar) X Regras (regra geral →
mantida apesar de das situações → a ação correta decorre das regras que maximizam
o bem estar para todos)
→ Consequencialismo X Deontologia
- C: as escolhas que aumentam o bem (prazer, felicidade, satisfação) são corretas
- D: as escolhas que se orientam pelo dever são corretas (dever + saber)
→ A menoridade
- Esclarecimento (Aufklärung): saída do homem de sua menoridade (transcende o
iluminismo)
- iluminismo: período no qual se defende que o ser humano pode conquistar a
liberdade e a felicidade pela razão
- Menoridade: incapacidade do homem de fazer uso de seu entendimento sem a
ajuda de outro (tutor, alguém para o direcionar) → a razão sendo um exercício
da autonomia, e sendo esta autonomia livre, atingir a ‘maioridade’ seria praticar
o uso livre da razão.
- o homem é o próprio culpado de sua menoridade se ela ocorre não pela falta de
entendimento, mas pela falta de coragem de se separar do tutor
- lema do esclarecimento: “Têm coragem de fazer uso de seu próprio
entendimento”
→ A Saída da menoridade
- preguiça + covardia: causas pelas quais os homens continuam menores durante
a vida → é cômodo ser menor → eu não preciso pensar se alguém (tutor = livro,
médico, professor) pensa por mim
- a imensa maioria da população considera a passagem difícil porque os tutores
“tomaram a seu cargo a supervisão dela”
→ Tutores e Preceitos
- Tutores: em teoria, ajudam as pessoas a saírem da menoridade, mas, muitas
vezes, aprisionam essas pessoas e mostram o caminho mais difícil → acabam se
aproveitando das pessoas, subordinando-as à sua forma de pensar, fazendo
com que elas não saiam da menoridade, já que não dão liberdade para que elas
pensem com seu próprio entendimento
- Então, o ‘não’ uso da razão em busca do Aufklãrung abriria caminho para que
outro tomasse as rédeas da vida do indivíduo, manipulando-o (embora com seu
próprio consentimento), mas impedindo-o (por preguiça ou inação) de pensar e
se conduzir por si mesmo. Neste sentido, ‘atrever-se a saber’ (sapere aude) seria
o conselho de Kant para este indivíduo. Sair da inação (menoridade) e conduzir a
sua vida em busca da maioridade, mesmo que sofra atropelos no início de seu
caminhar. Cair e levante-se sem se deixar intimidar.
- Preceitos e fórmulas perpetuam a menoridade → quem deles se livra, têm um
começo difícil por não estar acostumado com a liberdade, porém, quando o
público se esclarece, é quase inevitável que, com a liberdade, eles sejam capazes
de ter pensamentos próprios
- ASSIM, o autor resume sua crítica com o exemplo dos bois: os tutores
prenderiam as em jugos (lugar dos bois), mas, quando esses se esclarecem e se
rebelam, os presos se tornam os tutores. Do mesmo modo, é prejudicial plantar
preconceitos porque estes se voltam contra seus autores → um público só chega
lentamente ao esclarecimento, já que uma revolução apenas cria novos
preconceitos, nunca verdades
→ Liberdade
- querer tem um caráter de aprisionamento do homem, como se fosse um senhor →
para Kant, então, se nós nos pautamos no que queremos, nós não somos livres
- Necessidade X Liberdade
● N: heteronomia→ causalidade//processos naturais que precisam de satisfação
→ perda de autonomia pelo desejo = escravidão
● L: autonomia → não ser causado por nada → “eu dou a lei a mim mesmo” =
lei do pensamento, não da vontade = escolho o meu querer
- AGIR ETICAMENTE SIGNIFICA SUPERAR O DESEJO (gravita para algo de
autoconservação) → indivíduos com capacidade de se autogovernar, agindo com uma
“lei” que pondere a dignidade humana, agem eticamente
- para o esclarecimento é preciso: “liberdade de fazer uso público de sua razão em
todas as questões”
- o esclarecimento, diferentemente de várias instituições, não coloca limite à
liberdade (“um raciocinai sem o mas”) → “o uso público da razão deve ser
sempre livre e só ele pode realizar o esclarecimento entre os homens”
● uso público da razão: aquele que qualquer homem, enquanto sábio, faz
diante de um grande público no mundo letrado
● uso privado da razão: aquele que o sábio faz em certo cargo público ou
função a ele confinada (onde se deve obedecer, e não pensar, porém,
ainda assim, não é proibido que se façam observações quando se
entende do assunto, expondo-as à seu público)
- Neste contexto, Kant constrói o conceito de direito individual por meio do uso
público da razão pela possibilidade do uso da razão livre (direito de livre pensar).
Segundo este raciocínio, a razão pública é ilimitada e autônoma (liberdade),
ao passo que a privada é constrangida, vinculada às paixões (necessidade), e
está presa em amarras e, portanto, é heterônoma. O uso público da razão
beneficia toda a sociedade, enquanto o uso privado é mais restrito, não
atingindo o bem comum. Porém, em certas situações é necessário que o
questionamento venha seguido pela obediência, para evitar o caos, atrasando o
esclarecimento (se for temporário tudo bem, só não pode se tornar uma
constante)
- Assim:
1. representante (sacerdote) que fala em nome (sobre suas obras) da
instituição (igreja) → fala com uso privado, desde que omita todos às suas
opiniões próprias e se resuma ao que os textos falem
2. representante (sacerdote) que fala em nome (sobre suas obras) da
instituição (igreja) → fala com uso público se, junto com as obras,
desenvolve seu próprio raciocínio
3. sacerdote como sábio, que por meio de suas obras fala para o público,
faz uso público da razão, gozando de ilimitadas liberdades de se
expressar
- tutores existem até alcançarmos o esclarecimento, sendo impossível tutelar
alguém apos isso
- Em suma, liberdade tem que ser o que leva o homem a pensar com razão num
espaço público de debate (se você restringe um pouco essa liberdade, você aumenta
o espaço público → tem que respeitar as regras) → você não tem liberdade de pensar
se não tem garantias → na esfera pública , é necessário ter uma liberdade de
debate pautada na razão comunicativa, enquanto na privada é necessário
respeitar regras
→ Leis - Governo vigente
- lei para um povo se estabelece à medida que se sabe como o povo pode ser
submetido a tal lei, ou seja, se espera que cidadãos, especialmente sábios
tenham o direito de fazer publicamente e de forma escrita seus reparos
possíveis à essas instituições
- sendo assim, é proibido unificar-se à uma constituição religiosa fixa, que
ninguém tem publicamente o direito de duvidar, já que isso renunciaria o
esclarecimento, que é um direito da humanidade → monarca têm que reunir às
vontades de todos os súditos, tendo que deixá-los terem suas próprias
concepções, não podendo aderir o despotismo espiritual
→ Vivemos numa época esclarecida?
- Não, vivemos numa época de esclarecimento → falta muito ainda para que o
homem seja capaz de fazer uso e seguro da matéria religiosa sem depender de
outro, somente se sabe que foi aberto um campo no qual os homens podem se
lançar de forma mais livre a trabalharem e tornarem menores os obstáculos do
esclarecimento
→ Liberdade na questão religiosa
- um príncipe esclarecido é aquele que considera um dever não prescrever nada
aos homens em matéria religiosa, deixando tal assunto em plena liberdade (sem
tolerar as crenças, ele aceita) → dá a cada homem a liberdade de utilizar sua
própria razão em todas as questões da consciência moral
- num regime de liberdade, a tranquilidade pública e a unidade de comunidade
não constituem motivo de inquietação → os homens se desprendem por si
mesmos progressivamente do estado de selvageria, quando intencionalmente
não é preciso conservar esse estado
- a tutela, em matéria religiosa, é a mais prejudicial e desonrosa
- um chefe de Estado deve compreender que, no que se refere à legislação, não
há perigo em permitir que seus súditos façam uso público da própria razão
expondo suas ideias publicamente → usando a razão prática, o homem encontra
os princípios que deveriam ser as leis, ou seja, todo homem é legislador no
momento em que começa a agir
- somente aquele que é esclarecido não tem medo das sombras, ou seja, não tem
medo das consequências, por isso “têm um número exército”, já que as pessoas
acabam o seguindo por ter o primeiro a sair da menoridade
- “marcha das coisas humanas” funciona como um paradoxo: “raciocinai tanto
quanto quiserdes e sobre qualquer coisa que quiserdes; apenas obedecei” → um
maior grau de liberdade civil parece vantajoso para o espírito humano, já que
cada um pode pensar por si próprio, como escolher sua própria religião, porém,
há limites intransponíveis, então, se ela é menor, dá mais espaço para a
oportunidade de expansão, tanto quanto se queira
- “se a natureza por baixo desse duro envoltório desenvolveu o germe”, que tenta
saber e têm tendência a vocação do pensamento livre, ele passa a não atuar
mais como uma simples máquina e sim com dignidade, conseguindo se
sobressair, de acordo com a sua liberdade, do modo de sentir do povo e sobre
os princípios do governo
Ética Kantiana :
- ética pautada no dever, na dignidade (pessoa como um ser absoluto, nunca um
meio para os fins) e na razão (única forma de superar o egoísmo e os desejos),
com preocupações universalizadas → supõe e almeja o mundo como ele deveria
ser, ou seja, com pessoas livres → a ética é, então, moldada na faculdade
racional
Aulas 8 e 9 - Fundamentação da metafísica dos costumes
- o texto trata-se de um caminho para sair da filosofia popular e alcançar a
metafísica dos costumes, que gira em torno do conceito de dever → esse
conceito, é dividido em duas análises: na primeira, Kant mostra a universalização
e na segunda como os homens devem ser fins e não meios
→ Metafísica
- filosofia popular (exemplos) X metafísica (conhecimento racional, sem
exemplos) → para conseguir distinguir essas duas, é necessário apresentar a
faculdade racional prática, desde suas regras de determinação universais
até o ponto que dela se origina o conceito de dever
- conhecimento a priori com base nos conceitos → vale a razão, não a emoção
- “toda coisa da natureza atua segundo leis. Só um ser racional tem a faculdade
de agir segundo a representação das leis, isto é, segundo princípios ou uma
vontade” → exige razão para derivar as ações das leis→ vontade = razão prática
= faculdade de escolher só aquilo que a razão, independe de sua inclinação,
reconhece como necessário, ou seja, como bom
→ Vontade:
- não é determinada apenas pela razão→ está submetida à condições subjetivas e
objetivas → “ações que são objetivamente reconhecidas como necessárias são
subjetivamente duvidosas e a determinação de tal vontade, em conformidade
com leis objetivas, é a necessitação” → isto é, seres racionais, com base em leis
objetivas, têm vontades não inteiramente boas, então essa vontade não é
necessariamente obediente
- vontade pura = perfeitamente racional = ideal
- vontade humana = imperfeita (somos feitas paixões ) → questões subjetivas não
coincidem com as objetivas precisamos tentar deixar esse lado de lado para chegar na
vontade pura → devemos nos guiar pelo dever
- A representação de um princípio objetivo, que é necessário para a vontade,
chama-se mandamento (da razão) e é representado pela fórmula do imperativo
→ Imperativo
- expressospelo dever → demonstram a relação entre a lei objetiva da razão e a
vontade que não é, necessariamente, determinada por uma vontade subjetiva→
“nem sempre faz algo porque lhe é representado que é bom fazê-lo”
- Bom X Agradável
● Bom: determina a vontade mediante a razão→ consonância com a vontade
pura → é uma virtude das razões válidas pelos seres racionais
● Agradável: mediante a sensação, com causas subjetivas, que não valem
como princípios da razão para todo mundo (desejo)
- vontade perfeitamente boa: sob leis objetivas (do bem) → vontade divina ou
santa → não é necessitada em ações conforme a lei, já que, por sua qualidade
subjetiva, só pode ser representada pela representação do bem
- querer, por si mesmo, já é concordante com a lei → imperativo: “apenas
fórmulas para exprimir a relação de leis objetivas do querer em geral com a
imperfeição subjetiva da vontade deste ou daquele ser racional”→ fórmulas que
representam uma ação que é necessária segundo o princípio de uma vontade boa,
ou seja, baseada numa lei prática→ o sujeito nem sempre sabe se a ação é boa,
e, mesmo que soubesse, muitas vezes suas máximas são contrárias ao princípio
objetivo de uma razão prática
1. Imperativo hipotético
- representam a necessidade prática da ação boa como meio para
conseguir algo que se quer
- diz apenas que a ação é boa para uma intenção qualquer possível
ou real → princípio prático problemático e assertórico
(“afirmativo”) → a intenção é para a promoção da felicidade, o que
se pode supor que é, a priori, a necessidade natural de todo
homem (pertence à sua essência)
- analitico (verdadeiro), já que comandam os meios para aquilo que
pressupomos querer como fim
- ação: necessária como para realização de uma intenção possível
- “princípios da vontade” (não da lei), já que tem como intenção o
bel-prazer
a) de habilidade: mostra, especialmente nas ciências, qual é a
ação possível para se atingir determinado fim (não se ele é
racional ou bom, mas apenas como se chega nele) →
objetivos são ainda mais variáveis, já que o fim podem ser
vários
- preceitos diferentes têm o mesmo valor na medida
em que cada qual serve para realizar perfeitamente
sua intenção
b) de prudência: imperativo que se refere à escolha dos
meios para a felicidade própria → o fim é sempre o mesmo,
mas os meios podem ser vários
2. Imperativo categórico
- representa a ação boa como necessária para si mesma, sem
referência para outro fim → princípio apodíctico (prático)
- não olha para o resultado da ação, mas sim para a forma e o
princípio que ela própria segue → imperativo da moralidade
- é uma fórmula, e não algo com conteúdo (ex: não faça com os outros
aquilo que não quer que façam com você) → não te obriga a algo, mas
abre uma opção para o pensar a partir de uma fórmula (ética
universalista dando espaço para autonomia)
- pega a noção de lei e radicaliza para a noção de ética, transformando
em situações únicas que devem ser seguidas
→ O querer: como são possíveis os imperativos
- segundo esses 3 princípios, se distingue “pela desigualdade da necessitação da
vontade” que o imperativo exprime no problema → esses princípios são
designados segundo sua ordem:
1. regras da habilidade→ são técnicos (pertencentes à arte)
2. conselhos da prudência → contêm necessidade, mas que só vale sob
uma condição subjetiva de agradar este ou aquele (não é universal) →
são pragmáticos (pertencentes ao bem estar)
3. mandamentos (leis) da moralidade → só a lei traz a necessidade
incondicional e objetiva, universalmente válida (não é restringido por
qualquer condição) → são morais (pertencentes aos costumes)
- para o querer, é verdade que quem quer o fim, quer também o meio para que
isso aconteça (razão têm influência decisiva nas ações) → no querer de um
objeto, já se pensa na “causalidade de uma causa que age” (uso dos meios)→ no
imperativo de habilidade, você realizar as ações necessárias para um fim,
significa querer esse fim
- para o imperativo de prudência, porém, essa proposição se torna inválida por
não ser possível determinar um único conceito para felicidade (que seria o fim
de todas as ações) → sendo assim, jamais é possível determinar, de verdade, o
que se deseja, já que todos os conceitos da felicidade são empíricos, ou seja,
tomados da experiência → não se sabe o que quer no fim, então não têm como
saber um método, baseado em princípios determinados, para alcançá-lo →
assim, para alcançar essa felicidade, deve-se seguir conselhos empíricos (como
dietas para emagrecer, o que já foi testado e deu certo)
- imperativo da moralidade é, de fato, o único que precisa de uma resposta para
a questão de como ele existe, já que a necessidade por ele representada não
pode se apoiar em qualquer outro pressuposto (por qualquer exemplo) →
necessidade de uma investigação a priori de sua existência, para saber se,
realmente, não vem da experiência → o que se pode discernir é que
1. só ele tem o teor de uma lei prática, já que não admite como resposta o
bel-prazer (vontade), apenas a necessidade
2. a dificuldade de distinguir o seu conhecimento teórico e prático é muito
grande
● “age apenas segundo a máxima pela qual possas ao mesmo tempo
querer que ela se torne uma lei universal, sempre ao mesmo tempo
como fim, nunca meramente como meio” → diferentemente do
hipotético, onde só se sabe o que contêm caso a condição seja dada, o
categórico contém apenas uma necessidade máxima, que age conforme
uma lei, que universaliza o propósito da ação
● desse imperativo podem ser derivados todos os imperativos do dever
→ O dever
- Dever: é um guia ético, já que somos imperfeitamente racionais → somos um
composto de paixões (nos aproxima da natureza) e capacidade de razão → espécie de
fórmula → “livre é não ser causado”: não somos pautados apenas pela natura = somos
híbridos
- mesmo princípio da universalidade do imperativo categórico (ele contém o
princípio de todo dever)
- enumeração dos deveres, segundo uma categoria de “para nós mesmos” e “para
os outros”
1. dever para consigo mesmo alguém que ficou desgostoso com a vida e
perdeu as esperanças, querendo cometer suicídio → a máxima, o amor
próprio, com a natureza cuja lei fosse destruir a própria vida, estaria em
contradição ao se tornar uma lei universal, indo contra a princípio do
dever
2. dever para com os outros de um homem que tem necessidade de pegar
dinheiro emprestado, mesmo sabendo que não devolverá, mas promete
devolver mesmo assim → princípio do amor ou do proveito próprio,
jamais valeria para todos, já que, se todos fizessem isso, ninguém
acreditaria no que promete → vai contra o princípio do dever
3. dever consigo mesmo de um homem que encontra em si um talento que,
cultivado, poderia fazer dele alguém útil → porém, está numa situação
confortável e prefere não fazer nada → máxima de desleixar seus dons
naturais é impossível de tornar-se universal, já que não é possível nem
que o próprio homem queira que isso aconteça, já que, enquanto ser
racional ele quer, necessariamente, que todas as faculdades sejam
desenvolvidas nele
4. homem para quem as coisas vão bem, mas que se recusa a ajudar os
outros → nunca poderia se tornar uma lei universal, já que é impossível
querer que isso se torne a lei da natureza, uma vez que ele próprio pode
precisar de amor e solidariedade
- é preciso poder querer que um máxima de nossa ação deva se tornar uma lei
universal, o que só ocorre se ela própria não se contradiz
- assim, não queremos que, algumas vezes, nossas máximas se tornem lei
universais, porque isso é impossível, então, em uma transgressão do dever,
nos damos liberdade de fazer uma exceção a esse leis em nosso favor ou em
proveito de nossa inclinação → contradição da nossa própria vontade, já que ela
deveria valer como lei universal mas na prática não vale, tendo exceções
- “visto, porém, que consideramos nossa ação, primeiro, do ponto de vista de uma
vontade inteiramente conforme à razão, mas em seguida, também
consideramos exatamente a mesma ação do ponto de vista de uma vontade
afetadapor uma inclinação, então não há aqui, na realidade, nenhuma
contradição” → há, na realidade, uma resistência da inclinação contra a razão,
fazendo com que a universalidade do princípio se transforme numa “mera
validade geral” → princípio prático deve se encontra a meio caminho da máxima
→ prova que reconhecemos a validade do imperativo categórico e apenas nos
permitimos algumas exceções
→ Prova, a priori da afirmação: imperativo categórico contém o princípio de todo
dever
- o Dever deve ser uma "necessidade da ação praticamente incondicionada", ou
seja, deve valer para todos os seres racionais e por isso deve ser uma lei
para toda vontade humana
- ao contrário, tudo aquilo que possui origem na predisposição particular de
alguém ou nos sentimentos, não precisaria valer para todos os seres racionais,
podendo ser considerado uma máxima, e não uma lei, ou seja, um princípio
subjetivo segundo o qual somos propensos a agir e não um princípio objetivo
segundo o qual agiríamos mesmo que se opusesse a nossa tendência natural→
a máxima, e não a lei, prova que, quanto mais a sublimidade e a dignidade
intrínseca (ou seja, quanto mais perfeita e mais próxima do essencial) do
mandamento (lei) for do dever, menos influência terão as máximas e mais as leis
→ Prova da limpidez da Filosofia (soberana de suas leis)
- Tudo que é empírico, em conjunto ao princípio da moralidade, é altamente
prejudicial à Limpidez (clareza) dos costumes: o valor de uma vontade
absolutamente boa e que se eleva acima de todo preço, consiste no fato de que
o princípio da ação é livre da influência de todas as razões contingentes
(ocorrem de maneira inesperada), que só são oferecida pela experiência.
- Questão: uma lei é realmente necessária para julgar a ações de todos os seres
racionais segundo máximas, fazendo com que eles próprios possam querer que
elas sirvam de leis universais? Se essa lei existir, então ela já deve estar ligada, a
priori, ao conceito da vontade de um ser racional em geral→mais um passo em
direção à metafísica dos costumes
- Já que a filosofia prática estuda leis do que deve acontecer, ainda que jamais
aconteça, ou seja, leis objetivamente práticas, não é preciso estudar como
surge a razão a partir dos desejos, já que isso pertence a uma doutrina
empírica → tratamos aqui de leis objetivamente práticas, então tudo que vem
da experiência desaparece → "se a razão por si só determina o comportamento,
ela tem de fazê-lo necessariamente a priori (sem experiência)" → já que a razão
determina o comportamento, ela faz isso antes da ação (pensar antes de fazer e
sentir)
→ Definições:
- Vontade: agir em conformidade com a representação de certas leis, o que só
pode ser encontrada em seres racionais→ é autodeterminada, então é o fim em
si mesma
- Fim: é o fundamento objetivo da autodeterminação
- Meio: é o fundamento da possibilidade da ação cujo efeito é um fim
- Mola Propulsora: Fundamento subjetivo do desejo (fins subjetivos)
- Motivo: Fundamento objetivo do querer (fins Objetivos→ ser racional)
- Princípios práticos:
a) formais se não têm fins subjetivos
b) materiais se têm fins subjetivos
- Fins relativos: são os fins que um ser racional coloca por vontade própria como
efeitos de sua acao (fins materiais)→ tem relação com o valor que o sujeito dá, o
que não pode se tornar um princípio universal → imperativos hipotéticos
- Fundamento de um imperativo categórico (de uma lei prática): é algo em
que a existência tenha em si mesma um valor absoluto (fundamentado de leis
determinadas) → volta a definição
● O homem existe como fim em si mesmo, e não como meio para ser
utilizado a sua vontade, mas deve ser considerado em todas as suas ações,
tanto as dirigidas a si mesmo quanto a outros
- Todos os objetos das inclinações possuem um valor condicional pois se não
fossem as inclinações e as necessidades fundamentadas nelas, o objeto não
possuiria valor. Já as inclinações, como fontes da necessidade, possuem um
valor absoluto para que as desejemos → todo ser racional quer ficar livre disso,
então, o valor dos objetos obtidos por nossas ações é sempre condicional.
- Coisas: desprovidos de razão, podem ser usadas como meio
- Pessoas: seres racionais, que são fins em si mesmos, não podendo ser usados
como meio (fins objetivos e não subjetivos)
● Assim, Kant retorna a definição de dever e diz que, para haver ser imperativo
categórico, um princípio prático supremo, para a vontade humana, ele deve
fazer a representação daquilo que é fim para todos, servindo de lei prática
universal → Fundamento desse princípio: Natureza racional existe como fim
em si → representação da existência humana, se tornando um princípio
subjetivo de ações e ao mesmo tempo um princípio objetivo (fundamento
prático supremo), sendo a origem de todas as leis da vontade → volta aos
exemplos anteriores
1. suicídio: ao se destruir para fugir de um estado insuportável, ele utiliza
uma pessoa como meio, mas o homem é fim → não posso dispor do
homem em minha pessoa para mutilar, incapacitar ou matar.
2. pegar o empréstimo: ao mentir, serve-se do outro homem como meio,
sem que o outro homem concorde com isso (não seria um ser racional)
3. talento desperdiçado: vai contra o fim natural, então não não promove o
“fim da humanidade”
4. quem recusa a ajudar: a humanidade, enquanto fim em si mesma, não
atingiria uma concordância se todos deixassem de ajudar no fim
(felicidade) dos outros
→ Princípio da humanidade e de toda natureza racional enquanto fim em si
mesmo
- é a condição restritiva suprema da liberdade das ações de todo homem.
- não conta com a experiência:
1. Por conta de sua universalidade, já que tem em vista todos os seres
racionais, assim nenhuma experiência é suficiente para determinar.
2. Porque a humanidade nesse caso não é tomada como fim dos homens
(subjetivamente) mas sim como fim objetivo, o qual, independente de
quais sejam os nossos fins, deve constituir, como lei, a condição restritiva
suprema de todos os fins subjetivos, tendo de se originar na razão pura.
→ Fundamento de toda legislação prática
1. objetivamente: na regra e na forma de universalidade, que, de acordo com o
primeiro princípio, a torna lei natural
2. Subjetivamente: no fim→ ser racional enquanto fim em si mesmo→ de acordo
com o segundo princípio → é daqui que se deriva o terceiro princípio prático da
vontade, enquanto em harmonia dela mesma com a razão prática universal, →
"vontade de todo ser racional enquanto vontade universalmente legisladora" →
devido a esse princípio, todas as máximas que não possam existir juntamente
com a legislação universal própria da vontade, são repudiadas
Aulas 11 e 12: Aristóteles - Ética a Nicómaco
→ Livro 1
1. bem e finalidade: bem como finalidade de todas as ações, podendo ser
múltiplos
2. ciência maior, política: bem humano é a finalidade da ciência política, já que
esta é a ciência maior, então às outras são subordinadas à ela (determina o que
os Estados e os cidadãos (bem Estado > bem individual (desejável)) → objetos de
estudo são o nobre e o justo, o que gera conclusões generalizadas
3. Razão: para ser bom juiz de algo, têm que ter uma educação completa,
baseando-se na razão e não nas paixões
4. Eudaimonia: é a felicidade, que é o objetivo da ética→ para indivíduos comuns,
ela é algo mutável, como o prazer; já para os sábios, a felicidade é “o bem em si
mesmo”, sendo a causa de todos os outros bens serem bons → sábios usam
dois argumentos: (1) princípio para ação (2) ação para princípio, conforme
sugeriu Platão → Aristóteles acha que devemos começar pelas ações como são
exercidas por nós, o que exige conhecimento e hábito, esclarecimento e boa
educação
5. Eudaimonia: Prazer, honra e Riqueza: No que diz respeito ao bem e a
felicidade há três tipos de vida que se destacam: (1) a vida do gozo (vida do
gado, preferível a maioria da espécie humana), (2) a vida política (bem = honra,
porém esta não é própria da pessoa → esfera da virtude) e (3) a vida da
especulação (vida de acumulacao = forçada = é útil, então é meiopara algo)
6. Eudaimonia e a função do ser humano: o bem se difere em relação às ações,
então, se houver uma finalidade para todas, esta será a do bem (finalidade
completa e auto suficiente, para uma ação que nunca é reconhecida como meio)
→ a função do ser humano determina uma função mais precisa da felicidade →
Se a função do ser humano é o exercício das faculdades da alma em
conformidade com a razão e se reconhecemos a função de um indivíduo e de
um bom indivíduo da mesma classe como a mesma, "se conclui que o bem
humano é a atividade das faculdades da alma em conformidade com a virtude, ou se
houver mais de uma, em conformidade com a melhor e mais completa delas." →
assim, com essa delineação do bem, espera-se que cada pessoa cumpra-o do
jeito e tempo necessário → Não devemos sempre exigir uma razão, em alguns
casos, "será suficiente que o fato de elas serem o que são esteja
satisfatoriamente estabelecido". Este é o caso dos princípios, entre eles alguns
são especulados por indução, outros pela percepção sensível, outros por certa
habituação e outros de outras maneiras. Assim, precisamos buscar os princípios
de cada tipo de acordo com sua maneira natural
7. os bens da alma: divisão dos bens: bens externos, do corpo e da alma→ os da
alma são mais soberanos e elevados: inclui os bens que constituem a felicidade
→ homem feliz: quase uma definição de felicidade como forma de viver →
felicidade é uma virtude de ação
- prazer → experiência da alma; proporciona a cada um na medida que
aquilo de que se gosta é prazeroso → maior parte da humanidade: tira
prazer de coisas que entram em conflito pq n são naturalmente
prazerosas, já os amantes do que é nobre: ação conforme a virtude são
essencialmente prazerosas para eles (a vida deles contém prazer em si
mesmo) → aquele que não experiencia Ações nobre → não é boa pessoa
→ ações virtuosas → essencialmente prazerosas
- “felicidade é ao mesmo tempo a melhor, mais nobre e mais prazerosas das
coisas, qualidade que não estão separadas.”
→ Livro 2:
1. VIRTUDE E A NATUREZA
- 2 virtudes: (1) intelectual (exige experiência e Tempo); (2) Moral ou ética
(produto do hábito)
- se moral → hábito pode mudá-la → não natural → natureza: não gera as
virtudes, ela nos capacita a recebe-las e isso pode ser aprimorado → o
que é transmitido pela natureza são potenciais e exibimos sua atividade
(ex: temos visão pq temos sentido), assim como virtudes (já temos
inicialmente, só colocamos em prática) → realização de atos justos que
nos torna justos
- ações são instrumentos da virtude = ações que a destrói assim como
artes (bom e mau tocador)→ se não fosse assim, não seria necessário um
mestre ou professor, já que nasceria sabendo→ o mesmo ocorre com as
virtudes: prática das relações humanas que produz em nosso justo ou
não
- disposições (virtudes): geradas por atividades semelhantes -→* qualidade
de nossas atividades determina a qualidade de nossas disposições →
educação Infância mediando hábitos é importante.
2. SABER PRÁTICO :
- estuda-se a conduta e como agir, * para tornar-se bom
- matérias de conduta → instáveis → teorias são delineamentos sem
precisão → é menor ainda em casos particulares pq o próprio agente
julga dependendo da situação
- deficiência e excesso destroem a virtude e a moderação e coragem →
preservados pela mediania
- ações e atividade que destroem virtudes = as que desenvolvem
- obtenção de prazer nos torna + moderados → nos torna + capacitado de
nos abstermos do prazer.
3. PRAZER E A DOR :
- acompanham nossas ações
- indivíduo moderado: abstém dos prazeres do corpo e se satisfaz; o
desregrado se incomoda
- prazer → nos leva a ações ordinárias; dor → a ações nobres ➔ para
Platão educação correta: educado a gostar ou não das coisas desde a
infância
- virtudes→ tem haver com ações e paixões → acompanhadas de prazer e
dor
- estado de alma: evidencia sua natureza no processo de relação → seres
humanos: se tornam piores se perseguir prazer equívoco e evitar dor
equívoco. *** virtudes = estado de impassividade e repouso da maneira
e no momento certa ou errada + nos faz agir da melhor forma em relação
ao prazer e dor → oposto: vício
- Coisas que nos impulsionam a escolha e (evitar): nobre(vil), útil(nocivo),
prazeroso (doloroso) → indivíduo bom se conduz corretamente
principalmente em relação ao prazer pq compartilha prazer c/ animais
- prazer e dor: enraizado, difícil de ser removido → grande efeito sobre a
conduta
- grau de dificuldade da tarefa é proporcional ao grau de excelência do
bem, por isso, prazer e dor: preocupação da virtude → quem usufruir
corretamente, é bom.
4. VIRTUDES E ARTES:
- se realizados atos justos → são seres humanos justos (assim como
músicos)
- arte: possui bem em si mesmo
- atos virtuosos: são realizados somente se o agente tiver disposição:
1) agir c conhecimento
2) eleger previamente o ator por ele próprio
3) ato deve emergir de um caráter estável
- restrição: p/ posse da arte: conhecimento; p/ virtude: outras condições
são + importantes pq virtude é gerada a partir da realização regular de
ações justas e moderadas → torna o homem justo. Maioria acha q é a
discussão e não a realização das ações que tornara justo
5. SOBRE AS PAIXÕES: alma composta por: paixões(1), faculdades (2)e estados(3)
→ um deve ser a virtude. 1. Sentimentos acompanhados por prazer ou dor.-->
somos classificados de mau ou bom por nossas virtudes e não por paixões;
virtude são tipos de escolha e nossa ira é produto da escolha; somos movidos
por paixões e dispostos por virtudes e vícios→ por isso N. 2. Sermos ou n
suscetíveis a paixões(capaz de sentir ira)→ não somos louvados ou censurados
pelea capacidade de experimentar a paixão, temos facul. Naturais porém n
nascemos bos ou maus naturalemente, por isso N.. 3. Em função do q estamos
bem ou mal dispososto em relação a paixões (estamos mal dispostos a sentir ira
se ficamos c/ raiva mts vezes) → S. por exclusão
6. ENUNCIAÇÃO DA DOUTRINA DA MEDIANA: Virtude→ faz c q a coisa
desempenhe sua função , por isso, é o estado q torna o ser humano bom e oq
fara desempenhar sua própria função bem. | visa smp a mediana(ponto
equidistante relativo a nos)→ refere-se a virtude moral | virtude: estado q leva a
previa escolha e q consiste a mediana relativa a nos determinada pela razão→ é
a mediana entre dois vícios, excesso e deficiência no q é certo tanto nas paixões
qnt acoes. | ações/paixões más em si mesma: n admite mediana, o mero
cometimento é errado independete do exce. Ou carência ←→ n há exc. Ou edf.
Na moderação e na coragem pois a mediana é um extremo “n há 1 mediana em
exc. Ou def. e vice-versa”
7. APLICACAO DA DOUTRINA DA MEDIANA: Medo(covarde) - coragem-
autoconficana(temerário) ; prazer e dor: insensível – moderação –
desregramento. ; $ 1. mesquinhez – generosidade – prodigalidade ; 2. Torpeza –
magneficencia – insipidez/vulgaridade (grandes qntd.); honra e desonra ??
Anseio: excesso: ambicioso, carência: n ambicioso; mediana sem nome pq as pessoas q
ocupamos extremos reinvdicam as posições medianas. Ira: desalentado – brandura –
irascibilidade.
Verdade: veracidez ; afetação: ostentação; atenuação: autodepreciacao
Aula 13 - Eichmann em Jerusalém: Relatos sobre a Banalidade do mal
→ Objeções às éticas das virtudes
- não oferece um guia para ação correta
- não é necessária nem suficiente para a consecução da ação correta
- perigo de um relativismo cultural
- problema de como justificar os traços de um caráter virtuoso
- problema do egoísmo , já que a eudaimonia é uma construção ao longo dá vida
→ A filosofia após o Iluminismo
- começam a considerar a história como algo fundamental → antes era apenas
universalista, mas a história começa a colocar limites
- história como progresso
- porém nota-se que não há um progresso → Primeira Guerra coloca em cheque o
otimismo do século 19
- Século XX: novas ideias → razão instrumental se torna a razão crítica → precisa
interpretar e colocar a razão em questão (a outra razão se transformou em medo e
terror) → coloca em cheque o problemada hegemonia do racional, já que ela levou à
catástrofes na guerra → quais os problemas da técnica
→ Contexto
- análise dos ocorridos e do julgamento, sobre a Segunda Guerra Mundial, com
foco em Eichmann, que foi o “responsável” pela Solução Final→ um exemplo de
como, para o autor, o mal foi banalizado
→ O texto
- Eichmann perdeu “a necessidade de sentir fosse o que fosse”, baseando todas as
suas ações na “nova lei da terra, baseada nas ordens do Fuhrer” → “seus atos
eram os de um cidadão respeitador das leis”, mas, mais do que isso, ele agia sob
ordens e, como ressalta o autor, com “seus dotes mentais bastante modestos,
ele era o último homem da sala a desafiar essas ideias e agir por conta própria”
→ “obediência cega ou cadavérica”
● Princípios kantianos
- indicação de Eichmann tinha uma noção de que havia mais coisa envolvida
nessa história do que a questão de um soldado que cumpre ordens: ele afirmou
viver a vida de acordo com a definição de dever kantiana (o que é
incompreensível, já que sua teoria vai contra a obediência cega do homem)
- para a surpresa geral, ele acerta a definição do imperativo categórico, afirmando
que o princípio de sua vontade deveria ser uma lei geral, explicando que, porém,
a partir do momento em que foi encarregado de efetuar a Solução FInal, ele
deixara de viver, sabendo disso, seguindo esses princípios, não sendo “mais
senhor de seus atos”
- foi distorcido para “aja como se o princípio de suas ações fosse o mesmo do
legislador ou da legislação local”, o que significava, em outras palavras, “aja de tal
modo que o Fuhrer, se souber de sua atitude, a aprove”
- então, o que Kant acreditava, de que todo homem é legislador no momento que
começa a agir, usando a razão prática para chegar nos princípios que
deveriam ser leis, foi distorcido → essa distorção, dita por Eichmann de
“versão para uso doméstico do homem comum” , recupera de Kant a
exigência de que o homem vá além da obediência, que busque o princípio por
trás da lei que, no caso do uso doméstico, seria a vontade do Fuhrer
- assim, grande parte desse empenho na execução da Solução Final se dá à noção
de que “ser um respeitador de leis significa, não apenas obedecer às leis, mas
agir como se fossemos legisladores delas. Daí a convicção de que é preciso ir
além do chamado dever”
- “não existe dúvida de que Eichmann seguia os preceitos de Kant: uma lei era
uma lei, não havia exceções” → ele sempre agia em prol dos cumprimentos dos
seus deveres, sendo o exemplo disso a admissão de duas exceções, que vieram
seguidas do “pagamento dos seus pecados”, ou seja, com ele tendo confessado
com ajudou aquelas pessoas
● A última crise de consciência
- em 1942, Eichmann, Himmler e mais um homens são enviados à Hungria para
“ajudar na solução do problema judeu”, preparando-a para a deportação→ tudo
corria conforme os planos, até que Becher chega em uma “missão especial” e
passa a ter controle de várias empresas húngaras pelas costas do governo com
um acordo com os judeus, o que contraria a política nazista usual, deixando
Eichmann indignado → foi o começo dos “negócios”, que, em 1944, deixam de
ser “corrupção apenas”, se tornando a política oficial
- no início, Eichmann tentou entrar no jogo, se envolvendo em negociações,
justificando aquilo para si mesmo como algo necessário para as emigrações, ao
invés de admitir que ficaria sem emprego
- passou a existir uma “ala moderada ds SS” quando até as negociações
começaram a falhar → Himmler decidira encerrar a Solução Final, para alegar
que “não havia matado tantas pessoas quanto poderia” → Eichmann, pelo
contrário, nunca fez parte do grupo → começa a sabotar os planos de Himmler,
fazendo o máximo para “tornar final a Solução Final” → os juízes acreditavam
que isso se devia a seu fanatismo, seu ódio ilimitado aos judeus, porém,
segundo o autor, a verdade era que sua própria consciência é que levara
Eichmann a adotar sua atitude inflexível no último ano de guerra → Eichmann
sabia que as ordens de Himmler iam contra as do Fuhrer, então não as aceitava
→ segundo Eichmann, durante o Terceiro Reich, as “palavras do Fuhrer tinham
força de lei”, então suas ordens não precisavam ser escritas (não havia nenhum
documento) → assim, todas as ordens dele eram leis do mundo, e toda ordem
contraria, por definição, é ilegal (era uma lei local, e devia ser respeitada
enquanto Hitler estivesse vivo) → “Eichmann, muito menos inteligente e sem
nenhuma formação, percebeu pelo menos vagamente que não era uma ordem,
mas a própria lei que os havia transformado todos em criminosos” Uma simples
ordem se limita ao tempo e espaço, diferentemente de uma ordem do Fuhrer.
“Essa é a verdadeira razão pela qual a ordem dele para a Solução Final foi
seguida por uma tempestade de regulamentos e diretivas, todos elaborados por
advogados peritos e conselheiros gerais; essa ordem, ao contrário de ordens
comuns, foi tratada como lei”
- ao contrário dos pendores do homem natural, Hitler ditava a consciência de
todos “matarás”, e todos seguiram, embora soubessem que as normas morais
não permitiam. “no Terceiro Reich, o Mal perdera a qualidade pela qual a maior
parte das pessoas o reconhecem, a da tentação. Muitos alemães e muitos
nazistas deve ter sido tentada a não matar, a não roubar e não se tornarem
cúmplices de todos esses crimes tirando proveito deles. Mas Deus sabe como
eles tinham aprendido a resistir a tentação”
→ O mal para o Ocidente
1. o mal como doença
2. o mal como possessão
3. o mal como construção histórica ao longo da vida da pessoa (processo de criação de
ressentimento)
4. mal que é orientado por uma ideologia, por uma concepção política
→ Banalidade do mal
- a inversão do mal se torna banal → é o mal que acontece sem pensar
- fenômenos de atos maus praticados corriqueiramente e sem ideologias → se torna um
fenômeno comum
- inversão dos valores, apelando para as condições que jamais seriam feitas → processo
de exceção se torna norma → o que mal torna-se bom
Aula 14 - Jonas - Princípio Responsabilidade
- como antes “o mundo era finito”, mas hoje, com o desenvolvimento da
tecnologia, não é mais, nós temos uma responsabilidade com os seres futuros →
alguma ética precisa se preocupar com isso
→ IV. TECNOLOGIA COMO “VOCAÇÃO” DA HUMANIDADE
1. HOMO FABER ACIMA DE HOMO SAPIENS
- A techne (desenvolvimento e progresso da técnica e da ciência), como
esforço humano, ultrapassou seus objetivos antigos
● Antes: técnica era um meio finito, cobrado pela necessidade, para fins
próximos e definidos
● Hoje: na forma da moderna técnica, é um infinito impulso da espécie
para o futuro, na qual a vocação dos homens baseia-se → contínuo
progresso, superando-se cada vez e em direção feitos maiores.
- O Homo Faber (o ser do trabalho e da criação) subordinou o Homo
Sapiens à lógica da Techne (do desenvolvimento e progresso da técnica e
da ciência), da qual ele era, antes, apenas parte. ⇒ agora, a tecnologia
possui um significado ético devido a seu lugar central que ocupa nos
fins da vida humana.
- meio ambiente artificial em expansão → tudo aquilo que ela produz é
reforçado pelo seu resultado positivo com “poderes especiais”, que são
exigidos continuamente → alimenta a ambição (sucesso alimenta e
aprisiona)
- a “plenitude do homem”, ou seja, aquilo que ele é, é ocultada pelo seu
poder, então, quanto mais ele se vincula à sua empresa, maior o
“encolhimento do conceito do homem sobre si próprio” → a definição
dele passa a ser aquilo que ele é capaz de produzir e fazer (Homo Faber
> Homo Sapien)
- fator relevante da responsabilidade: não é o que ela causa no tempo
atual, mas sim num futuro indeterminado. → esfera moral e de produção
se misturam → a lógica do empreendimento científico, técnico e
tecnológico conferiu ao ser humano um poder que extrapola as
questões essenciais da vida. → Agora, como nunca antes, a política
deve lidar com questões abrangentes e que precisam de projeções
temporais cada vez mais longas (política alterada pela modificação da
natureza)
2. A CIDADE UNIVERSAL COMO SEGUNDA NATUREZAE O DEVER SER DO
HOMEM NO MUNDO
- A diferença entre o artificial e o natural desapareceu, pois o natural foi
tragado pela esfera do artificial, gerando um novo tipo de natureza em
que é uma necessidade dinâmica própria com a qual a liberdade humana
defronta-se em um sentido novo, assim “que se faça justiça, mesmo que
o mundo pereça” está incorreto a partir do momento em que o perecer
da totalidade se tornou uma possibilidade real por causa dos feitos
humanos → questões que nunca foram motivo de legislação, agora fazem
parte da lei para que se exista um mundo para as próximas gerações.
- Máxima global: idéia de que o mundo deva continuar adequado à
habitação humana no futuro → mexe com a proposição moral, de que a
obrigação prática diante da longevidade de um futuro distante e como
princípio de decisão das ações presentes, que é muito diferente dos
antigos imperativos → Antes, a presença do homem era um fator
indiscutível, mas agora, se tornou um objeto de dever (de conservar as
condições para que o homem continuem existindo)
→ V. VELHOS E NOVOS IMPERATIVOS
- Kant → ação como lei universal → lógica da moralidade: o presente paga o
futuro ou o futuro paga o presente, sendo a moeda de troca a felicidade → o
sacrifício em prol do presente ou do futuro são igualmente importantes → a
diferença entre eles é que em um os homens continuam vivos → a máxima se
torna, então agir de modo que os homens possam continuar existindo, não
colocando suas condições em risco → esse último Imperativo se mostra sem
justificativa ao dizer que podemos arriscar a nossa própria vida, mas não da
humanidade e que não temos o direito de escolher a não-existência de futuras
gerações em função da existência da atual, ou mesmo de as colocar em risco.
- O imperativo volta-se muito mais à política pública do que à conduta privada -
foca-se nas consequências do todo (continuidade da vida) Kant: voltado ao
indivíduo e seu critério é momentâneo, ponderando sobre o que aconteceria se
a máxima de sua ação fosse transformada em um princípio de legislação geral,
mas a escolha subjetiva nunca foi a lei → constituição subjetiva da minha
autodeterminação → com a característica da universalização, o princípio “se
estende sobre a ordem sempre atual de compatibilidade abstrata”, então “se
estende a um previsível futuro concreto, que constitui a dimensão inacabada de
nossa responsabilidade”
→ VI. ANTIGAS FORMAS DA “ÉTICA DO FUTURO”
- Kant escolheu um princípio extremo → Jonas explica a relação com o presente
nas éticas antigas. O que move a visão ética é sempre o presente. Nenhuma
ética pensou seriamente no futuro → refuta Kant a partir da condução da
vida terrena, do ponto de sacrifício da felicidade em prol da salvação da alma, da
preocupação do legislador e do estadista com o bem comum e a política da
utopia (uso do agora como meio para um fim que está além deles)
1. ÉTICA DA CONSUMAÇÃO NO MAIS-ALÉM
- A condução da vida terrena e a preocupação do bem comum
- no caso religioso, o agir não pensa no futuro → você não cria um estado
futuro, você se qualifica para chegar lá (qualificação depende de uma vida
que agrade a Deus, supondo-se ser a melhor, então não têm em vista
uma felicidade eterna) → a crença moderada da salvação é uma ética do
presente; já a crença extrema (ascetismo → renúncia dos prazeres físicos)
dessa salvação, que funciona como uma aposta, tem na renúncia deste a
condição da salvação eterna, então não há um elo causal entre a ação e o
resultado, assim, as pessoas não se preocupam com o agora, e sim com o
futuro → Assim, na medida em que esse conjunto de orientações para
um fim transcendente pertence à ética, confirma-se a tese de que todas
as éticas precedentes se orientavam em função do presente.
2. A RESPONSABILIDADE DO ESTADISTA COM O FUTURO
- Apesar de muitos crerem que o melhor do Estado presente é o melhor
para o futuro pois seu equilíbrio interno garante o futuro, já que o bem
estar de hoje seria o do futuro. O presente tem vista a um futuro que se
mantenha igual a ele, assim a duração é apenas um efeito secundário. A
ação política possui um intervalo temporal de ação e de responsabilidade
maior do que da ação privada, mas a sua ética é o mesmo que a ética do
presente, embora seja aplicada de uma forma mais duradoura.
3. A UTOPIA MODERNA
a) Pressupõem o fim dinâmico da história. Ex: messianismo não fala
quando ele vem, deixa isso com Deus → consideração do
comportamento humano apenas quando for digno do acontecimento por
meio das normas impostas
b) Movimentos milenaristas que começaram a dar positivamente os
primeiros passos no estabelecimento do reino de Deus, seguem a ética
do presente → durante o enfrentamento de uma força mundana que se
opõe a sua expansão se espera um milagre
c) Com o progresso moderno, todo o presente é uma etapa preparatória
para o futuro → condena o passado como provisório, transformando-o
em um veículo para alcançar o fim. Ocorre uma ruptura com o passado: a
ação ocorre em função de um futuro que não será usufruído pelos seus
atores e por suas vítimas → o marxismo é uma ética do futuro pois
apresenta: 1.uma distância da previsão; 2. Extensão temporal da
responsabilidade assumida; 3.ampliação do objeto(agora é td a futura
humanidade); 4. Uma preocupação profunda (toda a essência futura do
homem); 5. Considera os poderes da técnica.
OBS: relação das éticas: semelhantes nas respostas em relação à ética
pré-moderna, mas difere na situação moderna, principalmente a
tecnologia
→ VII. O HOMEM COMO OBJETO DA TÉCNICA
- o importante é saber se a ética é suficiente para as novas dimensões do agir
humano → novos tipos de limites do agir exigem uma ética compatível com eles
(por causa do Homo Faber) → homem como objeto da técnica (homo faber
aplica a arte em si mesmo) = seus poderes + essa nova arte = leva ao novo
desafio da ética → novas características do homem
1. PROLONGAMENTO DA VIDA
- A morte não é mais uma necessidade natural mas uma falha orgânica
evitável e adiável
- natalidade e morte se equilibram, então ao abolir uma tem que abolir a
outra → quem se beneficia é quem pode pagar → muito idoso para
pouco jovem → espécie ganha ou perde
- precisamos de um limite imutável para as contas → um sonho pode se
tornar um malefício, o que deve ser pensado pela ética → novas questões
geram necessidades de novas éticas
2. CONTROLE DE COMPORTAMENTO
- controle do comportamento pela biomedicina → porém às éticas antigas
não falam disso → essas situações são perigosas e colocam novos limites
que não foram antes discutidos → transição da aplicação médica e social
(linha tênue entre beneficiar o paciente e a sociedade → pode haver
controle social) → assim, a ética deve buscar se isso vale a pena, vendo
sempre o lado do homem, e não da máquina
3. MANIPULAÇÃO GENÉTICA
- O homo faber quer tomar em suas mãos a sua própria evolução, a fim de
não meramente de conservar a espécie em sua integridade, mas de
melhorá-la e modificá-la segundo seu próprio projeto. Precisa se
questionar sobre a moralidade de realizar experimentos com seres
humanos

Continue navegando