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Projetos Elétricos Prediais vol 1

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SÉRIE ENERGIA – GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO
PROJETOS 
ELÉTRICOS 
PREDIAIS
VOLUME 1
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Robson Braga de Andrade
Presidente
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA – DIRET
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor de Educação e Tecnologia
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI
Conselho Nacional
Robson Braga de Andrade
Presidente 
SENAI – Departamento Nacional
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor Geral
Gustavo Leal Sales Filho
Diretor de Operações
SÉRIE ENERGIA – GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO
PROJETOS 
ELÉTRICOS 
PREDIAIS
VOLUME 1
SENAI 
Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial 
Departamento Nacional
Sede 
Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto 
Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-9001 
Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
© 2017. SENAI – Departamento Nacional
© 2017. SENAI – Departamento Regional da Bahia
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, me-
cânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, 
por escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela Equipe de Inovação e Tecnologias Educacionais do 
SENAI da Bahia, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada 
por todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
SENAI Departamento Nacional 
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
SENAI Departamento Regional da Bahia 
Inovação e Tecnologias Educacionais – ITED
FICHA CATALOGRÁFICA
S491c
 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.
 Projetos elétricos prediais / Serviço Nacional de Aprendizagem 
 Industrial, Departamento Nacional, Departamento Regional da Bahia. - 
 Brasília: SENAI/DN, 2017.
 192 p.: il. - (Série Energia - Geração, Transmissão e Distribuição, v. 1).
 ISBN 978-855050292-2
1. Desenho técnico. 2. Desenho industrial. 3. Instalações elétricas. 4. Normas 
técnicas. I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. II. Departamento 
Nacional. III. Departamento Regional da Bahia. IV. Projetos elétricos prediais. 
V. Série Energia – Geração, Transmissão e Distribuição.
 CDU: 811.134.3(81)
Lista de ilustrações
Figura 1 - Desenho técnico ...........................................................................................................................................19
Figura 2 - Da criação à concepção .............................................................................................................................20
Figura 3 - Prancheta para desenho ............................................................................................................................21
Figura 4 - Papel para desenho .....................................................................................................................................22
Figura 5 - Par de esquadros ..........................................................................................................................................23
Figura 6 - Compasso........................................................................................................................................................23
Figura 7 - Lapiseira, borracha e lápis .........................................................................................................................24
Figura 8 - Tipos de grafita ..............................................................................................................................................24
Figura 9 - Escalímetro .....................................................................................................................................................25
Figura 10 - Níveis de normalização ............................................................................................................................26
Figura 11 - Origem dos formatos série “A” ...............................................................................................................28
Figura 12 - Subdivisão do formato A0 ......................................................................................................................29
Figura 13 - Moldura ou quadro da folha ..................................................................................................................29
Figura 14 - Organização de prancha de desenho ................................................................................................30
Figura 15 - Modelo de legenda ...................................................................................................................................31
Figura 16 - Parâmetros da escrita normalizada .....................................................................................................33
Figura 17 - Elemento representado em escala de redução, natural e ampliação .....................................36
Figura 18 - Planos de projeção e o diedro ...............................................................................................................37
Figura 19 - Simbologia do 1º e 3º diedro .................................................................................................................38
Figura 20 - Posição do objeto no 1º diedro ............................................................................................................38
Figura 21 - Representação do objeto no 1º diedro ..............................................................................................39
Figura 22 - Posição do objeto no 3º diedro ............................................................................................................40
Figura 23 - Representação do objeto no 3º diedro ..............................................................................................40
Figura 24 - Cotagem de vistas .....................................................................................................................................41
Figura 25 - Elementos da cota .....................................................................................................................................42
Figura 26 - Projeção isométrica, trimétrica e dimétrica .....................................................................................45
Figura 27 - Visão explodida de uma furadeira .......................................................................................................46
Figura 28 - Cotagem em perspectiva ........................................................................................................................47
Figura 29 - Fiscalização do exercício profissional .................................................................................................51
Figura 30 - Carteira de identidade profissional .....................................................................................................53
Figura 31 - Modelo de ART ...........................................................................................................................................55
Figura 32 - Código de Defesa do Consumidor ......................................................................................................57
Figura 33 - Detalhe da esteira de um tanque ........................................................................................................63
Figura 34 - Princípios da normalização ....................................................................................................................65
Figura 35 - Objetivos da normalização .....................................................................................................................66
Figura 36 - Níveis de normalização ............................................................................................................................69Figura 37 - Fluxograma elaboração das normas ...................................................................................................70
Figura 38 - Exemplo de norma técnica.....................................................................................................................72
Figura 39 - Exemplo de regulamento técnico .......................................................................................................75
Figura 40 - Desenho de instalações elétricas .........................................................................................................83
Figura 41 - Sistema elétrico ..........................................................................................................................................85
Figura 42 - Trecho de uma instalação elétrica .......................................................................................................86
Figura 43 - Projeto elétrico de um trecho das instalações ...............................................................................87
Figura 44 - Tensão, corrente e resistência ................................................................................................................87
Figura 45 - Circuito elétrico ..........................................................................................................................................88
Figura 46 - Triângulo de Ohm e suas relações .......................................................................................................89
Figura 47 - Potência ativa e reativa ............................................................................................................................90
Figura 48 - Disjuntores termomagnéticos ..............................................................................................................95
Figura 49 - Tipos de disjuntor diferencial residual ...............................................................................................96
Figura 50 - Tipos de interruptor diferencial residual ...........................................................................................97
Figura 51 - Dispositivo de Proteção contra Surto (DPS) .....................................................................................98
Figura 52 - Tipos de condutores .............................................................................................................................. 101
Figura 53 - Planta baixa ............................................................................................................................................... 106
Figura 54 - Detalhe sala estar/jantar ...................................................................................................................... 109
Figura 55 - Detalhe dormitório 01 .......................................................................................................................... 110
Figura 56 - Detalhe dormitório 02 .......................................................................................................................... 111
Figura 57 - Detalhe cozinha....................................................................................................................................... 112
Figura 58 - Detalhe área de serviço ........................................................................................................................ 113
Figura 59 - Detalhe sanitário ..................................................................................................................................... 114
Figura 60 - Identificação dos circuitos planta baixa ......................................................................................... 117
Figura 61 - Locação quadro de distribuição e medição .................................................................................. 118
Figura 62 - Traçado dos eletrodutos da sala ........................................................................................................ 118
Figura 63 - Traçado dos eletrodutos da cozinha ................................................................................................ 119
Figura 64 - Traçado completo dos eletrodutos ................................................................................................. 119
Figura 65 - Esquemas de ligação interruptor simples 1 tecla ....................................................................... 121
Figura 66 - Esquemas de ligação interruptor simples 2 teclas ..................................................................... 121
Figura 67 - Esquemas de ligação interruptor simples 3 teclas ..................................................................... 122
Figura 68 - Esquemas de ligação interruptor paralelo .................................................................................... 122
Figura 69 - Esquemas de ligação interruptor intermediário ......................................................................... 123
Figura 70 - Esquemas de ligação tomada 2P+T ................................................................................................. 123
Figura 71 - Esquemas de ligação minuteria ........................................................................................................ 124
Figura 72 - Esquemas de ligação fotocélula ........................................................................................................ 125
Figura 73 - Representação dos condutores da alimentação ......................................................................... 126
Figura 74 - Representação dos condutores do circuito de iluminação ..................................................... 126
Figura 75 - Representação dos condutores do circuito de tomada ............................................................ 127
Figura 76 - Representação de toda a fiação em planta ................................................................................... 127
Figura 77 - Planta de cobertura ............................................................................................................................... 128
Figura 78 - Esquema vertical da instalação elétrica de um edifício de apartamentos ........................ 129
Figura 79 - Diagramas unifilar e multifilar ............................................................................................................ 131
Figura 80 - Representação das instalações em 3D ............................................................................................ 132
Figura 81 - Tipos de para-raios ................................................................................................................................. 133
Figura 82 - Projeto de instalação de para-raios ................................................................................................. 134
Figura 83 - Detalhes das ligações para-raios – detalhe 01 ............................................................................. 135
Figura 84 - Detalhes das ligações para-raios – detalhe 02 ............................................................................. 135
Figura 85 - Detalhes das ligações para-raios – detalhe 03 ............................................................................. 135
Figura 86 - Detalhes das ligações para-raios – detalhe 04 ............................................................................. 136
Figura 87 - Detalhes das ligações para-raios – detalhe 05 ............................................................................. 136
Figura 88 - Detalhes das ligações para-raios – detalhe 06 ............................................................................. 137
Figura 89 - Desenho assistido por computador ................................................................................................. 141
Figura 90 - Utilizando o AutoCAD Classic .............................................................................................................143
Figura 91 - Área de trabalho AutoCAD .................................................................................................................. 144
Figura 92 - Barra de ferramentas ............................................................................................................................. 145
Figura 93 - Habilitando os pontos notáveis ......................................................................................................... 146
Figura 94 - Model space e o paper space............................................................................................................... 147
Figura 95 - Funções básicas programa .................................................................................................................. 147
Figura 96 - Personalizando o ambiente de trabalho ........................................................................................ 148
Figura 97 - Comandos para criação de desenho ............................................................................................... 148
Figura 98 - Comandos para modificação de desenho ..................................................................................... 153
Figura 99 - Configurando os layers ......................................................................................................................... 161
Figura 100 - Gerenciando os layers ........................................................................................................................ 162
Figura 101 - Configurando o estilo de texto ....................................................................................................... 163
Figura 102 - Formatando um texto......................................................................................................................... 163
Figura 103 - Criação de blocos ................................................................................................................................. 164
Figura 104 - Inserindo blocos ................................................................................................................................... 165
Figura 105 - Configuração da hachura ................................................................................................................. 166
Figura 106 - Paletas de hachura .............................................................................................................................. 166
Figura 107 - Criando um novo estilo de cota ...................................................................................................... 167
Figura 108 - Configurando as linhas da cota ....................................................................................................... 168
Figura 109 - Comandos de dimensionamento ................................................................................................... 168
Figura 110 - Definindo o formato de papel ......................................................................................................... 171
Figura 111 - Configurando o formato de papel ................................................................................................. 172
Figura 112 - Formato de folha criado ..................................................................................................................... 172
Figura 113 - Desenhando as margens da folha .................................................................................................. 173
Figura 114 - Carimbo na folha de impressão ...................................................................................................... 173
Figura 115 - Como criar uma viewport .................................................................................................................. 174
Figura 116 - Desenhando a viewport ..................................................................................................................... 174
Figura 117 - Desenho dentro da viewport ..........................................................................................................175
Figura 118 - Definindo a escala na folha de impressão ................................................................................... 176
Figura 119 - Projeto em escala ................................................................................................................................. 177
Figura 120 - Criando uma nova configuração de penas ................................................................................. 178
Figura 121 - Configurando as penas .....................................................................................................................178
Figura 122 - Configurando para impressão ........................................................................................................ 179
Figura 123 - Preview da impressão ......................................................................................................................... 179
Quadro 1 - Exemplo de traçados com o esquadro ................................................................................................22
Quadro 2 - Formatos de papel .....................................................................................................................................28
Quadro 3 - Largura das linhas e das margens da folha ........................................................................................30
Quadro 4 - Dobramento das folhas ............................................................................................................................32
Quadro 5 - Tipos de linha e sua aplicação ................................................................................................................34
Quadro 6 - Perspectiva cavaleira 30º, 45º e 60º ......................................................................................................45
Quadro 7 - Ligação de interruptor simples unipolar e bipolar .........................................................................91
Quadro 8 - Interruptor simples .....................................................................................................................................92
Quadro 9 - Interruptor paralelo ....................................................................................................................................92
Quadro 10 - Interruptor intermediário ......................................................................................................................93
Quadro 11 - Minuteria .....................................................................................................................................................93
Quadro 12 - Sensor de presença ..................................................................................................................................94
Quadro 13 - Fotocélula ....................................................................................................................................................94
Quadro 14 - Tipos de eletrodutos ................................................................................................................................99
Quadro 15 - Tipos de quadros e caixas .................................................................................................................. 100
Quadro 16 - Condutores .............................................................................................................................................. 102
Quadro 17 - Tomadas .................................................................................................................................................... 102
Quadro 18 - Simbologias ............................................................................................................................................. 105
Quadro 19 - Quadro de cargas ..................................................................................................................................116
Quadro 20 - Comandos presentes na barra de status ....................................................................................... 146
Quadro 21 - Usando comando line .......................................................................................................................... 149
Quadro 22 - Usando comando construction line ................................................................................................. 150
Quadro 23 - Usando comando polyline .................................................................................................................. 150
Quadro 24 - Usando comando rectangle ............................................................................................................... 151
Quadro 25 - Usando comando arc ........................................................................................................................... 152
Quadro 26 - Usando comando circle ....................................................................................................................... 152
Quadro 27 - Usando comando erase ....................................................................................................................... 153
Quadro 28 - Usando comando copy ........................................................................................................................ 154
Quadro 29 - Usando comando mirror ..................................................................................................................... 155
Quadro 30 - Usando comando offset ...................................................................................................................... 156
Quadro 31 - Usando comando move ..................................................................................................................... 156
Quadro 32 - Usando comando rotate ..................................................................................................................... 157
Quadro 33 - Usando comando scale ........................................................................................................................ 158
Quadro 34 - Usando comando stretch .................................................................................................................... 158
Quadro 35 - Usando comando trim ......................................................................................................................... 159
Quadro 36 - Usando comando extend .................................................................................................................... 159
Quadro 37 - Usando comando explode .................................................................................................................. 160
Quadro 38 - Comando de texto ................................................................................................................................ 163
Quadro 39 - Função dos comandos de dimensionamento ............................................................................ 169
Quadro 40 - Dimensões e margens da folha ........................................................................................................ 170
Quadro 41 - Formação da escala no AutoCAD .................................................................................................... 171
.......................................................................................................................................................................................................
Tabela 1 - Características da letra normalizada ......................................................................................................33
Sumário
1 Introdução ........................................................................................................................................................................15
2 Fundamentos de desenho técnico ..........................................................................................................................19
2.1 Razão e importância: o desenho e o técnico....................................................................................20
2.2 Instrumentos e utensílios de desenho ...............................................................................................21
2.3 Normas: ABNT - ISO - DIN e outras .......................................................................................................25
2.3.1 Formatos e dobramentos de papel ....................................................................................27
2.3.2 Escrita (ABNT NBR 8402) .........................................................................................................33
2.3.3 LinhaS (ABNT NBR 8403) ........................................................................................................34
2.4 Escalas (ABNT NBR 8196) .........................................................................................................................35
2.5 Projeção ortogonal (ABNT NBR 10067): projeção no primeiro e terceiro diedros, vistas, 
esboço cotado de vistas, cotagem (ABNT NBR 10126) .........................................................................37
2.5.1 Projeção no primeiro e terceiro diedros ...........................................................................37
2.5.2 Esboço cotado de vistas .........................................................................................................41
2.5.3 Cotagem (ABNT NBR 10126) .................................................................................................42
2.6 Perspectivas: paralela cavaleira (45º), axométrica e isométrica, desenho isométrico 
 (visão explodida), esboço cotado em perspectiva .........................................................................44
3 Conselho de classe ........................................................................................................................................................51
3.1 Atribuições técnicas ..................................................................................................................................52
3.2 Responsabilidade técnica .......................................................................................................................54
3.3 Código de defesa do consumidor ........................................................................................................57
4 Normas técnicas .............................................................................................................................................................63
4.1 Disposições gerais e campo de aplicação .........................................................................................64
4.1.1 Princípios da normalização ...................................................................................................65
4.1.2 Objetivos da normalização ....................................................................................................66
4.1.3 Impactos e benefícios da normalização ...........................................................................67
4.1.4 Uso das normas .........................................................................................................................68
4.2 Organização .................................................................................................................................................68
4.2.1 Hierarquia e órgãos regulamentadores ............................................................................68
4.2.2 Orgãos regulamentadores .....................................................................................................70
4.3 Normas técnicas..........................................................................................................................................71
4.3.1 Tipos ...............................................................................................................................................714.3.2 Exemplos de normas técnicas ..............................................................................................72
4.4 Outras denominações ..............................................................................................................................74
4.4.1 Regulamento técnico ..............................................................................................................74
4.4.2 Exemplo de regulamento técnico .......................................................................................76
4.5 Legislações: federais, estaduais e municipais ..................................................................................78
5 Desenho de instalações elétricas .............................................................................................................................83
5.1 Elementos de um sistema elétrico .......................................................................................................84
5.2 Instalações elétricas em edificação ......................................................................................................85
5.2.1 Circuitos elétricos ......................................................................................................................87
5.2.2 Dispositivos de controle dos circuitos ...............................................................................90
5.2.3 Dispositivos de proteção dos circuitos .............................................................................95
5.2.4 Materiais utilizados em instalações elétricas ..................................................................98
5.3 Representação das instalações em planta: simbologia, planta baixa, cobertura, esquema 
vertical, detalhamento, ponto de consumo .......................................................................................... 103
5.3.1 Simbologia ............................................................................................................................... 103
5.3.2 Planta baixa .............................................................................................................................. 105
5.3.3 Cobertura .................................................................................................................................. 128
5.3.4 Esquema vertical .................................................................................................................... 129
5.3.5 Detalhamento ......................................................................................................................... 130
5.4 Instalação de para-raios ........................................................................................................................ 132
6 Desenho assistido por computador ..................................................................................................................... 141
6.1 Software aplicativo: apresentação e características ................................................................... 142
6.2 Desenho aplicado em instalações elétricas: a área de trabalho, comandos de desenho e 
modificação e comandos de auxílio ......................................................................................................... 143
6.2.1 A área de trabalho ................................................................................................................. 144
6.2.2 Comando de desenho .......................................................................................................... 148
6.2.3 Comandos de modificação ................................................................................................. 153
6.2.4 Comandos de auxílio ............................................................................................................ 160
6.3 Manipulação de desenhos: trabalhando com textos, manipulação de blocos de dese-
nhos, manipulando as hachuras, comandos de dimensionamento ............................................. 162
6.3.1 Trabalhando com textos ...................................................................................................... 162
6.3.2 Manipulação de blocos de desenho ............................................................................... 164
6.3.3 Manipulando as hachuras ................................................................................................... 165
6.3.4 Comandos de dimensionamento .................................................................................... 167
6.4 Impressão e manipulação de escalas ............................................................................................... 169
Referências ........................................................................................................................................................................ 183
Minicurrículo da autora ................................................................................................................................................ 187
Índice .................................................................................................................................................................................. 189
Introdução
1
Prezado aluno,
É com grande satisfação que o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) apre-
senta o livro didático de Projetos Elétricos Prediais – Volume 1.
Este livro possui dois volumes cuja finalidade é levar o aluno a desenvolver os fundamentos 
técnicos e científicos necessários para a elaboração de projetos de instalações elétricas, assim 
como desenvolver capacidade sociais, organizativas e metodológicas, de acordo com a atua-
ção do técnico no mundo do trabalho.
Nesse volume, aprenderemos os fundamentos do desenho técnico, as normas técnicas e as 
legislações vigentes que norteiam a elaboração e apresentação dos projetos elétricos, tendo 
em vista que os projetos elétricos devem atender às exigências dos clientes além de cumprir 
aos requisitos e recomendações dos órgãos competentes.
Além disso, conheceremos sobre os elementos e dispositivos que compõem uma instala-
ção elétrica, bem como suas representações técnicas. Aprenderemos também o desenho assis-
tido por computador, onde veremos os comandos e as ferramentas básicas para a elaboração 
de desenho com auxílio de softwares.
Veremos ainda, as atribuições e responsabilidades técnicas do técnico em eletrotécnica, 
assim como o conselho que rege o seu exercício profissional.
Além das habilidades técnicas já citadas, esta unidade curricular irá auxiliar no desenvolvi-
mento de capacidades sociais, organizativas e técnicas, que serão necessárias para o seu de-
senvolvimento profissional na elaboração de projetos elétricos prediais.
PROJETOS ELÉTRICOS PREDIAIS - VOLUME I16
Os estudos desta unidade curricular permitirão que você desenvolva:
CAPACIDADES SOCIAIS, ORGANIZATIVAS E METODOLÓGICAS
a) Comunicar-se com clareza;
b) Demonstrar atitudes éticas;
c) Ser proativo;
d) Ser responsável;
e) Trabalhar em equipe;
f) Aplicar os procedimentos técnicos;
g) Ser organizado;
h) Estabelecer prioridades;
i) Ter responsabilidade socioambiental;
j) Cumprir normas e procedimentos;
k) Identificar diferentes alternativas de solução nas situações propostas;
l) Manter-se atualizado tecnicamente;
m) Ter capacidade de análise;
n) Ter senso crítico;
o) Ter senso investigativo;
p) Ter visão sistêmica.
CAPACIDADES TÉCNICAS
a) Identificar e aplicar escalas e legendas de desenho;
b) Identificar elementos e simbologias de desenho;
c) Identificar instrumentos e ferramentas de desenho;
d) Identificar e aplicar normas técnicas vigentes de desenho;
e) Seguir regulamentação da concessionária local;
f) Selecionar as normas e as regulamentações aplicáveis ao projeto;
g) Utilizar softwares específicos para a elaboração do projeto;
h) Elaborar croquis, leiautes e diagramas elétricos;
i) Elaborar desenhos de sistemas elétricos prediais;
j)Aplicar legislações, normas técnicas de: qualidade, de saúde e de segurança no trabalho.
 1 INTRODUÇÃO 17
Lembre-se de que o seu crescimento profissional só depende de você, por isso as seguintes ações são 
indispensáveis:
a) Definir um cronograma de estudos;
b) Consultar o professor sempre que houver dúvidas;
c) Aplicar o conhecimento aprendido.
Animado para começar?
Então vamos lá!
Fundamentos de desenho técnico
2
Aprenderemos ao longo desse capítulo sobre os fundamentos do desenho técnico, que é 
uma linguagem gráfica cuja finalidade é comunicar as formas, dimensões e informações neces-
sárias para a construção do elemento representado. Para isso, conheceremos os instrumentos 
e materiais utilizados no desenvolvimento e/ou leitura de desenhos técnicos.
Veremos ainda, os níveis de normalizações existentes e sua hierarquização. Abordaremos 
com mais detalhe as normas fundamentais para desenvolvimento do desenho técnico. São 
elas que definem os formatos e dobramentos do papel; a escrita técnica; os tipos e utilizações 
das linhas; a forma de dispor os elementos, as informações e as cotas do desenho técnico.
Aprenderemos ainda como é feita a representação de um elemento com o uso das proje-
ções ortogonais e das perspectivas; enquanto o primeiro permite a visualização do elemento 
a partir das suas variadas vistas, o segundo representa o elemento tal como ele é, em suas três 
dimensões.
O conteúdo abordado nesse capítulo, é fundamental para sua formação, pois em sua vida 
profissional você estará em constante contato com o desenho técnico, quer projetando ou 
executando, você estará elaborando ou interpretando projetos. Por isso, atente-se ao conteú-
do aqui apresentado.
Curioso? Então vamos começar!
Figura 1 - Desenho técnico
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2017.
PROJETOS ELÉTRICOS PREDIAIS - VOLUME I20
2.1 RAZÃO E IMPORTÂNCIA: O DESENHO E O TÉCNICO
O desenho é uma forma de representação gráfica que é utilizada há bastante tempo, desde os povos 
antigos, e que foi sendo aperfeiçoado com o passar do tempo, à medida que o homem foi desenvolvendo 
sua vida cotidiana e suas habilidades de criação e construção.
Inicialmente, o desenho tinha um caráter mais artístico pois buscava captar a beleza, representar a cul-
tura ou destacar crenças culturais por exemplo. Mas à medida que as técnicas construtivas e de fabricação 
evoluíam, juntamente com elas evoluíam as técnicas de representação gráfica, fazendo surgir o desenho 
técnico que diferente do desenho artístico tem como objetivo transmitir com exatidão e clareza o elemen-
to representado.
O desenho técnico é uma linguagem gráfica cuja finalidade é representar as formas, dimensões e po-
sição de um dado elemento, seja ele um objeto, um equipamento, uma máquina ou uma edificação por 
exemplo, objetivando a sua posterior fabricação ou construção. Sendo assim, podemos dizer que o dese-
nho técnico é o elo entre a etapa de criação e a etapa de concepção de um elemento.
Figura 2 - Da criação à concepção
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
A importância do desenho técnico está na sua facilidade de descrever um elemento para que este seja 
construído, diferente da linguagem escrita, pois, por melhor que seja a sua explanação, dificilmente conse-
gue-se expressar por meio de palavras como deve ser a construção de um elemento. Imagine como seria 
descrever através da linguagem escrita a construção de um avião ou a montagem de uma torre eólica1. 
Complicado não?
Buscando tornar mais fácil a descrição e concepção de elementos como os citados anteriormente, utili-
za-se a linguagem gráfica do desenho técnico, que consiste em um conjunto de linhas, símbolos, números 
e indicações escritas, elaboradas e organizadas seguindo normas técnicas nacionais e internacionais espe-
cíficas criadas com a finalidade de se ter uma linguagem gráfica universal.
1 Torre eólica: elemento que sustenta as hélices e rotor utilizados na geração de energia eólica (proveniente da força dos 
ventos).
 2 FUNDAMENTOS DE DESENHO TÉCNICO 21
O profissional técnico deverá conhecer a linguagem gráfica, as normas técnicas e as regras para a ela-
boração do desenho técnico de forma clara e precisa e ser capaz de interpretar o elemento representado 
através das linhas, formas, símbolos e indicações técnicas.
No próximo item, estaremos conhecendo os instrumentos e utensílios mais utilizados para o desenvol-
vimento e/ou leitura de um desenho técnico.
2.2 INSTRUMENTOS E UTENSÍLIOS DE DESENHO
Não dá para falar de desenho sem falarmos dos instrumentos e materiais necessários para sua elabora-
ção. No que se refere ao desenho técnico, veremos nesse item alguns instrumentos necessários para a seu 
desenvolvimento e/ou interpretação.
Alguns instrumentos abordados aqui são mais usuais na elaboração do desenho enquanto outros são 
utilizados também para a sua leitura. Mas cabe a você, futuro técnico, conhecer as ferramentas básicas para 
a elaboração e/ ou interpretação de um desenho técnico.
a) Prancheta: é uma mesa para desenho com dimensões usuais de 0,90 m x 1,20 m ou 1,00 m x 1,50 
m. O tampo é feito de madeira macia ou madeira compensada forrado com papel liso ou plástico 
fosco (em tonalidades claras), sobre o qual serão fixadas as folhas para o desenho. A prancha possui 
estrutura articulável de madeira ou ferro, de modo que possibilite ao desenhista adequar a posição 
da prancha como melhor convier.
Régua
paralela
Régua
em “T”
Figura 3 - Prancheta para desenho
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
Pode ser instalada na prancheta, uma régua paralela ou uma régua T que comumente é fixada na 
horizontal. Essa instalação tem o objetivo de facilitar o traçado de linhas perpendiculares ou incli-
nadas. Nesses casos, a régua é utilizada para apoiar instrumentos de desenho que permitem tal 
traçado, a exemplo os esquadros.
PROJETOS ELÉTRICOS PREDIAIS - VOLUME I22
b) Papel: é onde executa-se o desenho propriamente dito. O tipo do papel varia em função da neces-
sidade de cada desenho, podendo ser de três tipos:
 - Papel opaco: pode ser branco ou em cores, geralmente é utilizado no anteprojeto2, pois esse 
papel valoriza as cores do desenho;
 - Papel-manteiga: é um papel fino e semitransparente fosco. Leva esse nome, pois sua versão 
brilhante é usada para embrulhar manteigas e frios. No desenho, ele é utilizado para elaborar 
esboços e detalhes;
 - Papel vegetal: é semitransparente, um pouco mais espesso que o papel manteiga; é o mais 
utilizado nos desenhos arquitetônicos, pois possibilita correções e facilita a cópia (por serem 
semitransparentes).
Figura 4 - Papel para desenho
Fonte: FREEPIK, 2017.
c) Esquadros: são instrumentos utilizados para elaborar traçados de retas paralelas, retas inclinadas 
(com ângulos conhecidos) ou ainda retas perpendiculares às retas traçadas, como no exemplo a 
seguir.
Traçado de linha vertical 
(perpendicular à horizontal)
Traçado de linhas inclinadas 
com ângulos de 45º, 30º e 60º
45o 30
o e 60o 
Quadro 1 - Exemplo de traçados com o esquadro
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
2 Anteprojeto: é um projeto preliminar que apresenta a ideia inicial do que se pretende construir. Por exemplo, após serem 
feitas as definições e alterações, passa a ser chamado de projeto.
 2 FUNDAMENTOS DE DESENHO TÉCNICO 23
São feitos de madeira ou plástico, sendo os mais usados os de plástico transparente e resistente. Os 
esquadros são de dois tipos:
 - Um tem o formato de um triângulo retângulo isósceles3, cujos ângulos são de 45º;
 - O outro tem o formato de um triângulo retângulo escaleno4, cujos ângulos são de 30º e 60º.
Eles servem para fazer traçados com ângulos de 45º e 30º ou 60º respectivamente, conforme figura 
a seguir.
L
Esquadro de 60º
Esquadro de 45º
60º
90º 30º
45º 45º
90º
Figura 5 - Par de esquadros
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
Os esquadros podem ser utilizados com o auxílio da régua paralela ou régua “T” ou através da com-
binação dos dois, nesse caso um esquadro serve de “guia ou apoio” para o outro.
d) Compasso: instrumento utilizado pararealizar o traçado de circunferências ou arcos. Os mais re-
comendados para desenho técnico são os que possuem partes acessórias, como adaptador uni-
versal, prolongador e suporte articulável. Um dos acessórios, o adaptador universal, possibilita, por 
exemplo, elaborar o traçado com o uso do lápis ou lapiseira acoplado ao compasso; outro acessório 
chamado de prolongador possibilita elaborar circunferências com raios maiores. Na figura a seguir, 
veremos um exemplo de compasso e seus acessórios.
Suporte articulável
Prolongador
Adaptador Universal
Raio máximo: 24,5 cm
Traça circunferências de até: 49 cm
Figura 6 - Compasso
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
3 Triângulo retângulo isósceles: triângulo que tem dois lados com medidas iguais.
4 Triângulo retângulo escaleno: triângulo que tem todos os seus lados com medidas diferentes. 
PROJETOS ELÉTRICOS PREDIAIS - VOLUME I24
e) Lápis, lapiseira, grafitas e borracha: o lápis de madeira e a lapiseira (ou porta-minas) são utili-
zados para elaborar o traçado dos desenhos. A diferença entre eles é a fácil substituição de pontas 
assegurada pela lapiseira.
Figura 7 - Lapiseira, borracha e lápis
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
Em ambos, é importante atentar-se quanto ao tipo de grafita (a ponta do lápis ou a mina da lapisei-
ra) utilizado, pois as grafitas são graduadas em função da sua dureza: grafita dura vai de H ao 9H; a 
grafita mole vai de B ao 9B e a grafita intermediária HB e F.
O tipo de grafita utilizado na hora de desenhar faz toda a diferença. As grafitas mais duras (Série H) 
apresentam um traçado mais fino e com uma tonalidade cinza, bastante utilizadas para elaborar 
esboços e croquis. As grafitas moles ou macias (Série B) apresentam um traçado mais espesso e com 
tonalidades escuras, utilizadas nos sombreamentos dos desenhos. Já as intermediárias (Série HB e F) 
possuem uma tonalidade média sendo ideais para rascunhos e escrita, conforme veremos na figura 
a seguir.
Figura 8 - Tipos de grafita
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
As borrachas são os elementos utilizados para apagar elementos incorretos ou desnecessários do 
desenho. Elas podem ser duras ou macias. As duras são indicadas para apagar traços de tinta, en-
quanto as macias são indicadas para apagar desenhos feitos a lápis. É preciso ter atenção durante 
o uso das borrachas, pois elas devem estar limpas, a fim de evitar que sujem o desenho ao invés de 
apagá-lo.
 2 FUNDAMENTOS DE DESENHO TÉCNICO 25
CURIOSIDADES
Você sabia que antigamente os desenhos eram feitos com um traçado 
fino e depois de prontos eram repassados com tinta nanquim? Essa tinta 
depois de aplicada e seca melhorava a qualidade do traçado deixando-o 
mais legível e o desenho com uma qualidade melhor.
(Fonte: MONTENEGRO, 1978).
f) Escalímetro: o escalímetro é um instrumento em formato triangular composto por seis faces con-
tendo em cada face uma régua com uma escala diferente. Os escalímetros mais usuais contêm as se-
guintes escalas: 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100 e 1:125, conforme podemos observar na figura a seguir.
Escala de redução
Figura 9 - Escalímetro
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
Esse instrumento é utilizado para confeccionar e/ou medir os desenhos, utilizando as escalas de 
redução. Com o escalímetro, é possível também extrair ou conferir as medidas do projeto.
No próximo item, estudaremos sobre as Normas Técnicas mais usadas para a elaboração do desenho 
técnico.
2.3 NORMAS: ABNT - ISO - DIN E OUTRAS
Ainda que o desenho técnico seja muitas vezes associado à criação de elementos novos, em muitos cri-
térios ele não pode estar sujeito à criação e elaboração de parâmetros novos por parte de cada desenhista. 
No desenho técnico, é necessária a existência de um padrão, de forma que o elemento representado seja 
compreendido por várias pessoas nos mais variados lugares.
Essa necessidade de padronização fez surgir as normalizações que objetivam unificar não apenas as 
formas de representar um desenho, mas os mais variados elementos (fabricação de peças, materiais, en-
tre outros), possibilitando uma melhor comunicação entre os variados segmentos: projetista, fabricante e 
consumidor.
PROJETOS ELÉTRICOS PREDIAIS - VOLUME I26
As normalizações são divididas em níveis e são eles que definem seu alcance geográfico, político ou 
econômico. Os principais níveis de normalização estão descritos a seguir:
a) Normalização internacional: normas técnicas que possuem uma abrangência mundial, por exem-
plo, ISO5, IEC6;
b) Normalização regional: normas técnicas que possuem uma abrangência regional, geralmente 
aplicada a um grupo de países definidos por conta de uma região geográfica, econômica ou política 
do mundo, por exemplo COPANT7, CEN8, AMN9;
c) Normalização nacional: normas técnicas que possuem uma abrangência nacional, ou seja, são 
normas aplicadas a um país específico, por exemplo ABNT10, DIN11, AFNOR12;
d) Normalização empresarial: normas elaboradas por uma empresa ou grupo de empresa que ob-
jetivam orientar seus processos de fabricação, controle, compras, vendas, entre outros, como, por 
exemplo, Normas Petrobrás;
e) Normalização de associações: são normas desenvolvidas por entidades associativas e técnicas 
para orientação dos seus associados, por exemplo ASTM13.
Os níveis de normalização comumente são representados como uma pirâmide demonstrando a hierar-
quia existente entre elas, tendo em sua base a normalização empresarial, acima desta, a normalização de 
associação, acima, as normalizações nacionais, seguindo das normalizações regionais e sub-regionais e, no 
topo, as normalizações internacionais, como podemos observar na figura a seguir.
Internacionais - ISO, IEC, ITU
Regionais e sub-regional - 
MERCOSUL, CEN (Europa), AMN
Nacionais - ABNT (Brasil), DIN 
(Alemanha)
Associação - ASTM
Empresarial - Norma especí�ca 
de uma empresa
Figura 10 - Níveis de normalização
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
5 ISO: International Organization for Standardization ou Organização Internacional de Padronização.
6 IEC: International Electrotechnical Commission ou Comissão Eletrotécnica Internacional.
7 CPANT: Comissão Panamericana de Normas Técnicas.
8 CEN: Comité Européen de Normalisation ou Comitê Europeu de Normalização.
9 AMN: Asociación Mercosur de Normalización ou Associação Mercosul de Normalização.
10 ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas.
11 DIN: Deutsches Institut fur Normung ou Instituto Alemão para Normatização.
12 AFNOR: Association Française de Normalisation ou Associação Francesa de Normalização.
13 ASTM: American Society for Testing and Materials ou Sociedade Americana para Teste e Materiais.
 2 FUNDAMENTOS DE DESENHO TÉCNICO 27
Dentre as normas citadas anteriormente, abordaremos de forma breve um pouco sobre três delas, ISO, 
IEC e ABNT, que são as normas de maior importância para a sua área de atuação nos níveis internacional, 
regional e nacional, respectivamente, como veremos na sequência:
a) International Organization for Standardizon (ISO): Organização Internacional de Normalização. É 
uma organização não governamental que elabora e aprova normas internacionais dos mais varia-
dos campos técnicos, como normas técnicas, normas de procedimentos e processos, entre outras; 
b) International Electrotechnical Commission (IEC): Comissão Eletrotécnica Internacional: principal 
organização internacional que elabora as normas relacionadas às tecnologias elétricas e eletrônicas. 
Essa norma serve como base para a elaboração das normas nacionais relacionadas ao setor elétrico;
c) Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT): criada em 1940 objetivando dotar o Brasil de 
base científica, tem a finalidade de estabelecer regras para organizar as mais diversas atividades de 
modo que assegurem qualidade e segurança nos processos e materiais, sendo sua função também 
a atualização e cancelamento das normas. As normas criadas por ela são NBR (Normas Brasileiras 
Registradas) que são ordenadas por uma numeração que indica uma norma específica.
Veremos na sequência as normas mais importantespara a representação do desenho técnico. São elas 
que definem e padronizam os formatos e dobramentos do papel, a escrita técnica, os tipos de linha, as 
cotas, entre outros.
2.3.1 FORMATOS E DOBRAMENTOS DE PAPEL
Os desenhos, sejam eles desenhados à mão ou elaborados com o auxílio de programas de desenho, 
resultam ao final em um desenho representado em uma prancha, que é uma folha com formato padroni-
zado contendo, além do desenho, as informações referentes ao elemento desenhado que, geralmente, são 
apresentadas em forma de notas ou legendas, além do carimbo, que contém as informações referentes ao 
projetista, proprietário, data, escalas, entre outras.
A padronização das informações das pranchas segue critérios de algumas normas que definem, por 
exemplo, a determinação dos formatos, a organização dos espaços, o dobramento, as margens e a legenda 
das folhas. A seguir, veremos um pouco sobre cada um desses itens.
FORMATOS
A norma que define as características e dimensões das folhas de desenho é a ABNT NBR 10068:1987 – 
Folha de desenho: leiaute e dimensões. Essa norma define as dimensões dos formatos de papel que são 
definidos a partir do formato básico denominado A0; desse derivam os formatos da série “A”, que são 
gerados a partir da divisão do formato básico, que segue a razão entre seus lados de √2 (raiz quadrada de 
dois), ou seja, a maior dimensão da folha (y) é √2 vezes a menor dimensão da folha (x), conforme veremos 
a seguir;
PROJETOS ELÉTRICOS PREDIAIS - VOLUME I28
y=
x√
2
Form. básico AO
Área = 1m2
y = x √2
x = 8 41
y = 1189
x
x
y
Figura 11 - Origem dos formatos série “A”
Fonte: ABNT NBR 10068, 1987.
Essa relação gera um formato de folha retangular harmônico, ou seja, suas dimensões são proporcio-
nais e harmoniosas. O quadro a seguir apresenta a relação dos formatos das folhas e suas dimensões.
Folha Dimensões (mm) 
Maior lado é igual ao 
menor lado do 
formato seguinte
Maior dimensão é 
igual ao dobro do 
menor lado do 
formato anterior:
210 x 2 = 420
841 x 1189 
594 x 841 
420 x 594 
297 x 420 
210 x 297 
A0 
A1 
A2 
A3 
A4 
Quadro 2 - Formatos de papel 
Fonte: ABNT NBR 10068, 1987.
Analisando o quadro anterior, podemos observar que o maior lado de cada um dos formatos da folha é 
igual ao menor lado do formato da folha seguinte, e a maior dimensão da folha seguinte é igual ao dobro 
do menor lado do formato anterior. Disso podemos constatar que os diferentes formatos podem ser obti-
dos a partir de subdivisões do formato A0, conforme mostra a figura a seguir.
 2 FUNDAMENTOS DE DESENHO TÉCNICO 29
X
X
y
y/2 y/4 y/8 y/8
A
1
A2
A
3
A
4
A
6
A5
x/
8
x/
4
x/
2
Form. A0
Figura 12 - Subdivisão do formato A0
Fonte: ABNT NBR 10068, 1987.
ESPAÇOS DA FOLHA
A ABNT NBR 10582:1988 - Apresentação da folha para desenho técnico - define as condições para a 
organização dos espaços da folha. Segundo a norma, a folha é composta pelos seguintes elementos: mar-
gens, moldura, espaço para texto, espaço para desenho e legenda.
a) Moldura ou quadro: é a linha que demarca o espaço para o desenho, conforme podemos observar 
na figura a seguir.
Espaço para
desenho
Quadro
Margem
Limite do papel
Figura 13 - Moldura ou quadro da folha
Fonte: ABNT NBR 10582, 1988. (Adaptado).
b) Margens: é o espaço entre o final da folha e a moldura, reservado para fazer as furações na folha 
para posterior arquivamento. O quadro a seguir apresenta as dimensões das margens de acordo 
com cada formato de folha:
PROJETOS ELÉTRICOS PREDIAIS - VOLUME I30
FORMATO
MARGEM (mm) LARGURA DA LINHA 
DO QUADRADO (ABNT 
NBR 8403)ESQUERDA DIREITA
A0 25 10 1,4
A1 25 10 1,0
A2 25 7 0,7
A3 25 7 0,5
A4 25 7 0,5
Quadro 3 - Largura das linhas e das margens da folha
Fonte: ABNT NBR 10068, 1987.
Apesar da norma definir a margem à direita de 7 mm para as folhas A2, A3 e A4, é comum encontrar 
gráficas e alguns fabricantes de papel que utilizem essas folhas com a margem de 10 mm.
c) Espaço para o texto: espaço reservado para descrever as informações pertinentes ao desenho 
(pode conter as legendas das simbologias, instruções ou referências relacionadas ao desenho). Po-
dem ser posicionadas na horizontal ou na vertical como for mais conveniente ao projetista (ver 
figura a seguir).
Legenda
Espaço para texto
Espaço para desenho
Legenda
Espaço para texto
Espaço para desenho
Figura 14 - Organização de prancha de desenho
Fonte: ABNT NBR 10582, 1988. (Adaptado).
d) Espaço para desenho: espaço da folha reservado exclusivamente para o desenho, e está limitado 
pela moldura da folha e também pelo espaço para o texto, conforme pode ser visto na figura ante-
rior;
e) Legenda: espaço localizado no canto inferior direito da folha e possui 170 mm. Sua altura pode 
variar em função das informações que serão descritas. Esse espaço contém as informações relacio-
nadas ao desenho, por exemplo: identificação dos projetistas, empresa e/ou proprietário, escalas, 
nome do projeto, endereço, data, entre outros. Observe na imagem a seguir.
 2 FUNDAMENTOS DE DESENHO TÉCNICO 31
PROJETO RESIDENCIAL
PROJETO ARQUITETÔNICO
Planta Baixa
Cliente: xxxxxxxxxxx
Endereço: xxxxxxxxxxx
ESCALA: Responsável Técnico: DATA: FOLHA: FORMATO:
A31:50 xxxxxxxxxx xxxxxx 01/04
Figura 15 - Modelo de legenda
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
DOBRAMENTO
Os formatos de folha maiores que A4 necessitam ser dobrados e muitas vezes acomodados em pastas a 
fim de que os mesmos possam ser arquivados. A ABNT NBR 13142:1999 - Dobramento de cópias define as 
regras para que o dobramento das folhas de desenho seja padronizado de forma que os formatos A0, A1, 
A2 e A3 tenham ao final do dobramento o formato da folha A4. Isso possibilita uma melhor organização e 
arquivamentos das folhas.
Essa norma foi cancelada em 2017 e não possui substituta, apesar de estar cancelada, é muito comum 
a utilização dos padrões de dobramento estabelecido por ela nos escritórios de projeto e até mesmo em 
programas específicos de desenho, que já possuem modelos prontos de pranchas de desenho, por isso é 
importante que a conheça.
PROJETOS ELÉTRICOS PREDIAIS - VOLUME I32
O quadro a seguir apresenta as dimensões especificadas para o dobramento desses formatos.
1189
d
d
105
119,5 A0
210 239 185 185 185 185
29
7
29
7
84
1
24
7
LEGENDA
841
d
105
A1
210 130 130 185 185
29
7
59
4
29
7
LEGENDA
594
d
105
A2
121 96 96 96 185
29
7
42
0
12
3
LEGENDA
Legenda
29
7A3
130 105 185
420
Formato A0 Formato A1
Formato A2 Formato A3
Quadro 4 - Dobramento das folhas
Fonte: ABNT NBR 13142, 1999.
 FIQUE 
 ALERTA
Independentemente de o desenho ser feito à mão ou com o uso de programas 
para desenho, os critérios de organização do desenho, os formatos das folhas e o 
padrão para o dobramento do papel não se alteram.
 2 FUNDAMENTOS DE DESENHO TÉCNICO 33
2.3.2 ESCRITA (ABNT NBR 8402)
A legibilidade, a uniformidade e reprodução dos desenhos sem a perda da qualidade dos mesmos são 
alguns critérios definidos pela ABNT NBR 8402:1994 - Execução de caractere para escrita de desenho téc-
nico. Ela é válida para a realização de qualquer desenho, seja ele à mão livre ou com a utilização de um 
programa de desenho.
A norma estabelece que os caracteres da escrita devem ser escritos claramente de modo que não haja 
dúvidas na sua interpretação. Ela apresenta ainda uma tabela (observe a seguir) com a relação das alturas 
das letras e espaçamentos que devem existir entre as linhas, caractere e palavras, de forma que a escrita 
seja legível.
 
Altura das letras maiúsculas 
h (10/10) h 2,5 3,5 5 7 10 14 20
Altura das letras minúsculas 
c (7/10) h - 2,5 3,5 5 7 10 14 
Espaçamento entre caracteres 
a (2/10) h 0,5 0,7 1 1,4 2 2,8 4 
Espaçamento mínimo entre linhas 
b (14/10) h 3,5 5 7 10 14 20 28 
Espaçamento mínimo entre 
palavras (6/10) h 1,5 2,1 3 4,2 6 8,4 12 
Espessura das linhas 
d (1/10) h 0,25 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2 
DIMENSÕES (mm) RAZÃOCARACTERÍSTICASTabela 1 - Características da letra normalizada
Fonte: ABNT NBR 8402, 1994. (Adaptado).
Observe que para cada altura de letra (maiúscula ou minúscula) existe uma distância diferente entre os 
caracteres, entre as linhas, entre as palavras, assim como a espessura que deve ter a linha do texto, con-
forme podemos ver na figura a seguir. Observe que cada letra da figura está associada a um elemento da 
tabela anterior.
Figura 16 - Parâmetros da escrita normalizada
Fonte: ABNT NBR 8402, 1994. (Adaptado).
PROJETOS ELÉTRICOS PREDIAIS - VOLUME I34
2.3.3 LINHAS (ABNT NBR 8403)
A depender do elemento que precisamos representar, utilizamos em desenho técnico um dado tipo 
de linha. As linhas, além de descrever o elemento, servem para dar a sensação de distância do objeto com 
relação ao observador ou se o elemento é visto ou não, assim como outras informações. A norma que 
define os critérios referentes aos tipos de linhas adotados em desenho técnico é a ABNT NBR 8403:1984 - 
Aplicação de linhas em desenho.
Essa norma define dez tipos de linhas estabelecendo as suas usuais aplicações. No quadro a seguir 
veremos alguns desses tipos de linhas, os tipos mais pertinentes aos nossos estudos em desenho técnico.
TIPO DE LINHAS DESCRIÇÃO APLICAÇÃO
Contínua larga
Contínua estreita
Tracejada larga
Tracejada estreita
Traço e ponto estreita
Traço e ponto estreita, 
larga nas extremidades e 
na mudança de direção
A1 contornos visíveis
A2 arestas visíveis 
B1 linhas imaginárias
B2 linhas de cota
B3 linhas auxiliares
B4 linhas de chamadas
B5 hachuras
E1 contornos não visíveis
E2 arestas não visíveis
F1 contornos não visíveis
F2 arestas não visíveis
G1 linhas de centro
G2 linhas de simetria
H1 planos de corte
A
B
E
F
G
H
Quadro 5 - Tipos de linha e sua aplicação
Fonte: ABNT NBR 8403, 1984.
Observe que o quadro anterior diferencia as linhas em duas espessuras: traço largo e estreito. Essa re-
lação entre largo e estreito é feita tendo como base as dimensões do papel e o tipo de desenho, sendo 
responsabilidade do projetista avaliar qual espessura de traço apresentará o efeito desejado de acordo 
com as dimensões do desenho e da folha utilizada. No geral, as espessuras das linhas especificadas são: 
0,18; 0,25; 0,35; 0,5; 0,7; 1,4 e 2 mm.
Durante a realização de um desenho pode haver a sobreposição das linhas do desenho. Quando isso 
acontece, é necessário representar as linhas que possuem maior relevância com a interpretação do dese-
nho. Nesse caso, a seguinte regra de precedência deve ser observada:
a) 1º arestas e contornos visíveis;
b) 2º arestas e contornos invisíveis;
c) 3º planos de corte;
 2 FUNDAMENTOS DE DESENHO TÉCNICO 35
d) 4º linhas de eixo e simetria;
e) 5º linhas de centro;
f) 6º linha de chamada de cotas.
Aprenderemos no próximo item um pouco sobre escalas, seus tipos e formas de representação.
2.4 ESCALAS (ABNT NBR 8196)
Sabemos que o desenho técnico é a representação gráfica de um elemento, seja ele uma peça, um 
equipamento ou até mesmo uma edificação, e são utilizados como referência para a execução dos mes-
mos. Para que tais desenhos sejam compreendidos, nem sempre eles podem ser representados em suas 
dimensões reais. Para isso, é necessário a utilização de escalas apropriadas.
A norma que define as condições exigíveis para o emprego de escalas é a ABNT NBR 8196, que foi can-
celada em 2016 e não possui substituta, porém os conceitos referentes a escala já são comuns em grande 
parte das literaturas e os seus conceitos bastante difundidos, sendo assim é importante conhecê-la.
Escala é uma relação de proporcionalidade que existe entre as dimensões do desenho e a correspon-
dente dimensão do objeto real. Essa relação é feita seguindo uma razão entre as medidas do desenho (d) 
e as medidas reais do elemento a ser representado (R), conforme veremos a seguir:
Esc: d ou Esc: d: R
R
As escalas podem ser de dois tipos:
a) Numéricas: representam a escala em forma de fração, apresentando no numerador a medida do 
desenho e no denominador a medida real do elemento representado (conforme vimos anterior-
mente);
Exemplo: 1/ 100 000
b) Gráficas: representa a escala em forma de uma barra ou faixas comumente utilizadas nos mapas 
cartográficos.
Exemplo: 
Quanto à classificação, as escalas podem se apresentar de três formas: escalas naturais, escalas de redu-
ção e escalas de ampliação.
Na figura a seguir, temos um elemento representado em cada uma dessas escalas:
PROJETOS ELÉTRICOS PREDIAIS - VOLUME I36
Esc. 1:2 Esc. 1:1 Esc. 1,5:1
Redução Natural Ampliação
Figura 17 - Elemento representado em escala de redução, natural e ampliação
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
a) Escala de redução: é a escala em que a dimensão do elemento representado no desenho é menor 
que a sua dimensão real. Sua representação é Esc. 1:X (lê-se escala 1 por/para X). Veja um exemplo 
dessa escala a seguir:
Esc. 1:25 – 1 cm no desenho corresponde a 25 cm do elemento real.
b) Escala natural: é a escala em que a dimensão do elemento representado no desenho é igual a sua 
dimensão real. Sua representação é Esc. 1: 1 (lê-se escala 1 por/para 1), Veja o exemplo dessa escala 
a seguir:
Esc. 1:1 – 1 cm no desenho corresponde a 1 cm do elemento real.
c) Escala de ampliação: é a escala em que a dimensão do elemento representado no desenho é maior 
que a sua dimensão real. Sua representação é Esc. X:1 (lê-se escala X por/para 1). Veja um exemplo 
dessa escala a seguir:
Esc. 10:1 – 10 cm no desenho corresponde a 1 cm do elemento real.
 FIQUE 
 ALERTA
Cada folha de desenho deve ter indicadas na legenda as escalas utilizadas no 
desenho; quando houver mais de uma escala, deve-se destacar a escala principal 
do desenho.
A escolha da escala mais adequada para o desenho é feita analisando as dimensões do elemento a 
representar, as dimensões do papel e o grau de detalhamento do desenho. De forma geral, a escolha da 
escala deve ser tal que possibilite uma interpretação correta de forma que não haja dúvidas quanto ao que 
está sendo representado.
 2 FUNDAMENTOS DE DESENHO TÉCNICO 37
2.5 PROJEÇÃO ORTOGONAL (ABNT NBR 10067): PROJEÇÃO NO PRIMEIRO E TERCEIRO 
DIEDROS, VISTAS, ESBOÇO COTADO DE VISTAS, COTAGEM (ABNT NBR 10126)
A projeção ortogonal é uma técnica utilizada para representar graficamente elementos tridimensionais 
por meio de desenhos bidimensionais, ou seja, é a representação das vistas ortográficas do elemento nos 
planos de projeção, de forma que transmitam suas características de forma clara, precisa e com suas di-
mensões expressas em verdadeira grandeza.
Essa técnica de representação foi idealizada por Gaspar Monge no século XVIII e consiste em um plano 
de projeção criado a partir dos planos vertical e horizontal que se cruzam perpendicularmente formando 
quatro regiões. Essas regiões são chamadas de diedros e são numeradas no sentido anti-horário da seguin-
te forma 1º, 2º, 3º e 4º diedro. Cada diedro está limitado por dois semiplanos perpendiculares entre si e so-
bre os quais são projetadas as diversas vistas do elemento, conforme podemos observar na figura a seguir.
SPVS - semiplano vertical superior
SPVI - semiplano vertical inferior
SPHA - semiplano horizontal anterior
SPHP - semiplano horizontal posterior
1º diedro2º diedro
3º diedro 4º diedro
SPVS
SPHP
SPVI
SPHA
Figura 18 - Planos de projeção e o diedro
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
2.5.1 PROJEÇÃO NO PRIMEIRO E TERCEIRO DIEDROS
Usualmente, utiliza-se o 1º ou 3º diedro para a representação das projeções do elemento. A norma 
técnica ABNT NBR 10067:1995 – Princípios gerais de representação em desenho técnico recomenda que 
a representação seja feita no 1º diedro, mas alguns países como o Estados Unidos e Canadá utilizam o 3º 
diedro para fazer as representações.
A fim de não causar confusão quanto ao diedro adotado no desenho, a norma define a simbologia 
abaixo que deve constar no canto inferior direito da folha do desenho, dentro do campo da legenda, para 
deixar claro qual o diedro adotado, pois uma interpretaçãoerrada do desenho representado pode causar 
prejuízos.
PROJETOS ELÉTRICOS PREDIAIS - VOLUME I38
1º Diedro 3º Diedro
Figura 19 - Simbologia do 1º e 3º diedro
Fonte: ABNT NBR 10067, 1995.
Veremos a seguir como são feitas as projeções no 1º e 3º diedro.
PROJEÇÃO NO PRIMEIRO DIEDRO
Qualquer projeção realizada no plano do 1º diedro é feita considerando que o elemento a ser represen-
tado está entre o observador e o plano de projeção, considera-se o elemento imóvel no espaço de forma 
que o observador possa ver todas as suas vistas, conforme figura a seguir.
PV PL
PH
Observador
Ob
jeto
Figura 20 - Posição do objeto no 1º diedro
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
Com o objeto nessa posição para que sejam geradas as projeções das vistas no plano basta traçar linhas 
auxiliares partindo das arestas do objeto até os planos de projeções. Considerando-se que o objeto esteja 
circundado por seis planos, como se estivesse envolto em uma caixa, projeta-se as vistas do objeto nas 
seis faces da caixa, que será posteriormente aberta gerando assim as vistas em um único plano, conforme 
podemos ver na figura abaixo.
 2 FUNDAMENTOS DE DESENHO TÉCNICO 39
E
A
D
B
C
FX
Z
Y
1 2
34
A
E
B
D C F
Vista Inferior
Vista L. Direita Vista Frontal Vista L. Esquerda Vista Posterior
Vista Superior
Figura 21 - Representação do objeto no 1º diedro
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
As projeções apresentadas após as vistas serem rebatidas (caixa aberta) resultam nas seguintes vistas:
a) Projeção A: vista de frente ou elevação (mostra a vista frontal do objeto);
b) Projeção B: vista superior ou planta (vista posicionada abaixo);
c) Projeção C: vista lateral esquerda (vista posicionada à direita);
d) Projeção D: vista lateral direita (vista posicionada à esquerda);
e) Projeção E: vista inferior (vista posicionada acima);
f) Projeção F: vista posterior ou vista de trás.
Essa é a representação padrão das vistas quando um objeto é representado no 1º diedro. É importante 
se atentar à posição das vistas na sua representação final, pois elas são rebatidas em planos opostos à sua 
posição conforme descrito anteriormente.
PROJEÇÃO NO TERCEIRO DIEDRO
Diferente do 1º diedro, a projeção no plano do 3º diedro é feita considerando que o plano de projeção 
está entre o observador e o elemento a ser representado. Nesse caso, considera-se um plano transparente 
que possibilite a visualização do objeto através dele. Estando o observador na frente do plano de projeção, 
ele puxa as linhas de projeção partindo do objeto para o plano, conforme figura a seguir.
PROJETOS ELÉTRICOS PREDIAIS - VOLUME I40
Linhas de 
projeção
PLAN
O DE
 PRO
JEÇÃ
O
OBSERVADOR
OBJE
TO
Figura 22 - Posição do objeto no 3º diedro
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
Para que sejam geradas as projeções das vistas no plano, basta traçar linhas auxiliares partindo das ares-
tas do objeto até os planos de projeções, considerando-se que o objeto esteja circundado por seis planos, 
como se estivesse envolto em uma caixa, que será posteriormente aberta gerando assim as vistas em um 
único plano, conforme podemos ver na figura a seguir.
1
2
4
Z
X C A
DF
B
Y
E
Vista Posterior Vista L. Esquer.
Vista Superior
Vista Inferior
Vista Frontal Vista L. Direita
F C A
B
E
D
Figura 23 - Representação do objeto no 3º diedro
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
As projeções apresentadas após as vistas serem rebatidas (caixa aberta) resultam nas seguintes vistas:
a) Projeção A: vista de frente ou elevação (mostra a vista frontal do objeto);
b) Projeção B: vista superior ou planta (vista posicionada acima);
c) Projeção C: vista lateral esquerda (vista posicionada à esquerda);
 2 FUNDAMENTOS DE DESENHO TÉCNICO 41
d) Projeção D: vista lateral direita (vista posicionada à direita);
e) Projeção E: vista inferior (vista posicionada abaixo);
f) Projeção F: vista posterior ou vista de trás.
Essa é a representação padrão das vistas quando um objeto é representado no 3º diedro. É importante 
se atentar à posição das vistas na sua representação final, pois diferentemente do que observamos no 1º 
diedro, as vistas não são rebatidas nos planos opostos.
Conhecer as formas de representação ortogonal é fundamental para o desenvolvimento das habilida-
des de leitura e interpretação dos desenhos, pois é necessário desenvolver a habilidade de associar auto-
maticamente o conjunto de vistas rebatidas ao elemento que o gerou e olhando o elemento visualizar as 
suas variadas vistas.
2.5.2 ESBOÇO COTADO DE VISTAS
Cotar uma vista consiste em dispor nela todas as dimensões que possibilitarão a sua interpretação, 
pois são elas que definem as características geométricas do elemento representado, a partir das medidas 
de comprimento, altura, largura, assim como as informações relacionadas ao diâmetro ou ângulos do ele-
mento.
As cotas devem ser dispostas nas vistas de forma que todas as dimensões do elemento sejam repre-
sentadas, se atentando para que não haja a repetição ou a disposição de cotas desnecessárias. Por isso, 
veremos na sequência algumas regras a serem seguidas na cotagem de vistas de um elemento:
a) Cotar o elemento uma única vez em qualquer uma das vistas;
b) A cota deve estar na vista que represente o elemento com maior clareza;
c) Dispor as cotas de forma que fique claro o elemento que está sendo cotado;
d) Cotar apenas os elementos essenciais. Evite o excesso de cotas;
e) Não é necessário especificar a unidade de medida nas cotas, apenas quando se tratar de uma unida-
de diferente da predominante no desenho.
Na figura a seguir, veremos um exemplo de cotagem de vistas.
5
10 14
12
28
Figura 24 - Cotagem de vistas
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
PROJETOS ELÉTRICOS PREDIAIS - VOLUME I42
Observe que as cotas foram dispostas nas vistas que melhor representavam o elemento a ser cotado. Na 
sequência, estudaremos mais sobre cotagem.
2.5.3 COTAGEM (ABNT NBR 10126)
Sabemos que o desenho técnico é utilizado como referência para que um dado elemento seja cons-
truído. Sendo assim, ele deve conter as dimensões e informações necessárias possibilitando sua correta 
execução.
As dimensões representadas no desenho técnico recebem o nome de cota e chamamos de cotagem ou 
cotar, a técnica de dispor as cotas no desenho. A cotagem é feita seguindo os critérios definidos pela ABNT 
NBR 10126:1998 – Cotagem em desenho técnico. Segundo ela, uma cota é composta basicamente de qua-
tro elementos: cota, linha de cota, linha de chamada e delimitador da cota, conforme veremos a seguir:
Linha de chamada
Linha de cota
Valor da cota indica o
tamanho real do objeto
Os traços indicam o
limite da linha de cota
Figura 25 - Elementos da cota
Fonte: ABNT NBR 10126, 1998. (Adaptado).
a) Cota: é o número que representa a dimensão do elemento cotado. Geralmente, a unidade de medi-
da não é expressa junto às cotas;
b) Linha de cota: é a linha com traço contínuo fino, paralelas ao contorno do elemento, que possuem 
na extremidade setas, traço ou pontos que a delimitam e sobre a qual é escrita a cota;
c) Linha de chamada: é a linha com traço contínuo fino, perpendicular às linhas de cota;
d) Delimitador da cota (setas, traços, ponto): é o elemento que delimita os extremos da linha de 
cota com a linha de chamada, podem ser utilizadas setas, traços, pontos entre outros.
 2 FUNDAMENTOS DE DESENHO TÉCNICO 43
CASOS E RELATOS
A importância de seguir as regras
O eletrotécnico Valter foi contratado pela IE Engenharia para realizar o projeto das instalações elétri-
cas de um edifício que estavam projetando. Apesar de pouco experiente na área de projetos elétri-
cos, Valter, tomando como base os conhecimentos adquiridos na sua formação acadêmica, iniciou a 
realização dos estudos para elaborar o projeto elétrico.
A equipe de projetos da empresa se reuniu para definir os elementos que iriam compor o projeto. 
A partir daí e com base no projeto arquitetônico, Valter começou a calcular as cargas que seriam 
instaladas. 
Porém, um erro havia sido cometido: o desenho foi cotado sem atender aos

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