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Aleitamento materno

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ALEITAMENTO MATERNO 
DANIELA FRANCO 
DEFINIÇÕES 
AM exclusivo: somente leite materno ou leite humano. 
Pode ingerir soro e vitaminas. Recomendado nos 
primeiros 6 meses. 
AM predominante: leite materno predomina, porém, 
entra água/chás/ sucos (líquidos) – pode fazer mal água 
é um veículo de microrganismos. 
AM misto/parcial: LM + outros leites. 
AM complementado: LM + alimentos sólidos e 
semissólidos. A partir dos 6 meses pode introduzir 
alimentação pastosa. Indicação de aleitamento até 2 
anos de idade. 
COMPOSIÇÃO 
Leite humano: tem bem menos proteína (1/3 do leite 
da vaca). Tem menor % de caseína (proteína do leite). 
Proteína do soro do leite humano é a proteína alfa-
lactoalbumina (da vaca é beta-lactoglobulina, na criança 
pode dar alergia). 
Tem menos eletrólitos (sódio) o que ajuda a não ter 
sobrecarga renal. Leite de vaca aumenta sobrecarga 
renal. Para excretar sódio tem que excretar água o bebe 
pode ter desidratação. 
Mais lactose, é o carboidrato do leite é um dissacarídeo 
(glicose + lactose), a lactose torna as fezes mais 
amolecidas. Quando ingere leite de vaca pode ter 
constipação. 
Mais gordura, tem colesterol (menos risco de ter 
doença crônica no futuro, dislipidemia), LC-PUFA 
(ARA/DHA) - importante para desenvolvimento da 
retina e mielinização do SNC. Tem presença de lipase 
que serve para digestão da gordura no intestino. 
Ferro tem uma quantidade semelhante. Porem tem 
maior biodisponibilidade (lactoferrina – quebra o ferro 
no intestino, facilita absorção e impede a excreção, essa 
proteína é presente no leite materno). 
OBS: leite de vaca não é recomendado para as crianças, 
quando não disponível o leite materno deve oferecer a 
forma infantil que tem composição semelhante, porém 
não é igual, o leite materno tem diversos fatores de 
proteção. 
FATORES DE PROTEÇÃO DO LH 
Específicos: 
➔ Imunoglobulinas – principalmente IgA 
secretória, ambiente específica, anticorpos 
para o ambiente que a mãe está. 
Inespecíficos 
➔ Fator bífido: glicoproteína, atua como 
prébiótico (probiótico são microrganismos 
vivos que trazem benefício para indivíduo. 
Prebiótico é como se fosse uma comida para as 
bactérias, ajudando no metabolismo das 
bactérias, e a flora desenvolvida gere proteção) 
➔ Lisozima: enzima que é bactericida. A 
quantidade de lisozima aumenta a partir dos 6 
meses de aleitamento. E. coli principalmente 
➔ Lactoferrina – E. Coli é dependente de ferro. 
➔ Lactoperoxidase: age nos estreptococos 
OBS: o leite pasteurizado não tem o mesmo valor 
biológico que o leite cru. Inativa alguns fatores de 
proteção. 
MODIFICAÇÕES DO LEITE 
DURANTE A LACTAÇÃO: 
➔ Colostro: 3º e 5º dia. Leite que sai da mama nos 
primeiros 5 dias após parto. Tem mais proteína 
(imunoglobulinas – IgA), eletrólitos e vitamina A 
(amarelado) – maior quantidade do que está 
presenta no leite de vaca. 
OBS: apesar de ter menos gordura o colostro tem 
mais vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K) 
➔ Leite de transição 
➔ Leite maduro: começa ter mais gordura e lactose 
(depende da síntese da glândula mamária). 
DURANTE A MAMADA: 
➔ Leite anterior: solução (água), mais proteínas do 
soro e lactose. 
➔ Leite posterior: emulsão e mais gordura (produz 
saciedade). 
OBS: a maior parte do leite é produzido durante a 
mamada por isso vai tendo essa alteração. 
 
FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO 
O leite é produzido no interior dos alvéolos mamários, o 
interior é coberto pelo epitélio que é estimulado pela 
prolactina. Esse leite precisa ser ejetado, que depende 
das células mioepiteliais, que se contraem e ejeta o 
leite, isso estimulado pela oxitocina. O leite percorre os 
ductos lactíferos até os seios lactíferos, que durante a 
mamada sofrem dilatação. 
PRODUÇÃO DO LEITE 
LACTOGÊNESE FASE 1 
Durante a gestação: desenvolvimento da mama, 
estimulado por estrogênio e progesterona. Ação da 
prolactina inibida (pela progesterona e fator lactogenio 
placentário, por isso com a dectação da placenta vai 
entrar na fase 2) 
LACTOGÊNESE FASE 2 
Após nascimento: fim da inibição (independe de 
estímulo), apojadura (descida do leite – colostro, marca 
o final da fase 2) 
LACTOGÊNESE FASE 3 
Durante toda a lactação. Para que o leite continue 
produzindo é necessário estímulo da sucção e 
esvaziamento que estimula a hipófise anterior, que 
libera prolactina e pela hipófise posterior pela oxitocina 
para ter ejeção. 
Leite acumulado na glândula inativa os alvéolos e para 
de produzir. Por isso é importante sempre manter as 
mamas com frequência. 
ASPECTOS PRÁTICOS 
FREQUÊNCIA E DURAÇÃO 
➔ Livre demanda do bebe 
➔ Não limitar duração da mamada 
➔ Só muda de lado quando esvaziar uma das mamas 
ARMAZENAMENTO DO LEITE MATERNO 
➔ Na geladeira dura 12 horas 
➔ No congelador 15 dias (2 semanas) 
➔ Oferta com copinho, aquecido em banho maria fora 
do fogo 
➔ Não dar mamadeira por confusão de bicos 
TÉCNICA DE AMAMENTAÇÃO 
POSICIONAMENTO: 
➔ Criança bem apoiada 
➔ Cabeça e tronco no mesmo 
eixo 
➔ Corpo próximo ao da mãe 
➔ Rosto de frente para mama 
PEGA: 
➔ Boca bem aberta 
➔ Lábio inferior evertido (boca 
de peixe) 
➔ Mais aréola acima da boca 
➔ Queixo toca a mama 
PROBLEMAS RELACIONADOS A AMAMENTAÇÃO 
Dor e trauma: tratamento com orientação da técnica; 
começar amamentar pela mama menos afetada; 
ordenhar antes da mamada (sobe a oxitocina e diminui 
dor do início da mamada); orientar posições diferentes; 
não aplicar pomadas. Mantenha aleitamento materno. 
Ingurgitamento: causado pelo acumulo de leite + 
congestão + obstrução linfática. Fica edemaciada e 
dolorosa. O tratamento é manter AM livre demanda; 
ordenhar o excesso, ordenhar antes da mamada; 
compressas frias (vasoconstrição diminui a produção). 
Mastite: tem um quadrante mamário acometido, é um 
processo inflamatório (com ou sem infecção). 
Tratamento é manter o AM e avaliar antibioticoterapia 
(S. Aureus – cefalexina, amoxicilina com clavulanato). Se 
tem formação de abcesso suspende aleitamento 
naquela mama). 
“Pouco leite”: avaliar técnica e regime alimentar; 
manter AM; avaliação objetiva de ganho ponderal. 
CONTRAINDICAÇÕES 
DOENÇA MATERNA 
Absolutas: HIV e HTLV (esse só se da pelo aleitamento) 
Herpes simples: não pode haver contato com lesão (não 
é pelo leite). Vai ser contraindicado se tiver lesão na 
mama. 
CMV: contraindicado se o RN < 30 semanas 
(prematuro), pode se for pasteurizado. O reflexo da 
sucção se desenvolve a partir de 34 semanas. 
Doença de chagas: suspende em mulher de fase aguda 
e lesão sangrante. 
Tuberculose bacilífera: não contraindicada. Mãe usa 
mascara cirúrgica. 
Hepatite B: não é contraindicado 
Covid-19: não é contraindicado 
DOENÇAS DA CRIANÇA 
Absoluta: galactosemia: deficiência da enzima GALT não 
metabolida a galactose, e o acumulo dessa pode causar 
icterícia, catarata, sepse por E. coli. Pode pesquisar na 
urina substancias redutoras. 
Não pode ingerir lactose durante a vida. Formula sem 
lactose a base de soja. 
Relativa: Fenilcetonúria: a fenilalanina se deposita no 
SNC. Pode mamar no peito mais complementa com 
formula sem fenilalanina. E precisa fazer o controle 
sérico de fenilalanina. 
USO DE MEDICAMENTOS 
Contraindicação: amiodarona (pode causar 
hipotiroidismo na criança) 
OBS: usuário crônico de drogas não pode amamentar. O 
álcool tem que esperar 2 h para amamentar. 
SUPLEMENTAÇÃO DE MICRONUTRIENTES 
PROFILAXIA PARA ANEMIA FERROPRIVA: 
RN > 37 semanas e peso ao nascer >2,5 kg, avaliar se tem 
fator de risco. Essa criança sempre recebe 1mg/kg/dia 
de ferro. 
➔ Se tem fator de risco: 3 meses a 2 anos 
➔ Sem fator de risco: 6 meses a 2 anos 
Se for criança prematura com menos de 2,5kg sempre 
começar suplementação aos 30 dias e manter até 2 
anos. Quando menor o peso maior a dose do ferro. 
 
VITAMINA D: não receber exposição solar direta nos 
primeiros dias de vida. Nãovai receber a criança que 
toma mais de 1L de formula por dia. 
➔ 1º ano de vida: 400 u/d 
➔ 2º ano: 600 u/d

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