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REVISÃO OSCE 4 INTOXICAÇÕES EXÓGENAS 1. Intoxicação medicamentosa Primeiros passos ● Exame físico breve avaliando a responsividade e o ABCDE básicos da ressuscitação, assegurando a proteção das vias aéreas e a adequação da ventilação, mantendo o estado circulatório do paciente com ressuscitação hídrica; ● Aplicar a escala de glasgow DIAGNÓSTICO ● História da exposição: 5 W’s: Who (Quem)? Tem histórico de alguma doença ? Usa alguma medicação ? Já teve tentativa de suicídio ? Como é o acesso a substâncias ? Faz uso de drogas ? What (o que)? Qual a substância utilizada ? Qual a quantidade ? When (quando)? Em que horário foi utilizada a substância ? Por quanto tempo foi utilizada ? Where (onde)? Onde ocorreu a exposição ? Foi encontrada alguma embalagem, seringa ou cartelas no local ? Foi encontrada alguma carta de despedida ? Why (por quê)? Por que houve exposição a essa substância ? Tentativa de suicídio ? Uso de drogas ? Acidente ? ● Síndrome anticolinérgica→ Relacionada ao Sistema nervoso autônomo simpático. Associação com deserto. Tudo seco; ● Síndrome Colinérgica→ Relacionada ao Sistema nervoso autônomo parassimpático *Nessas duas, há ativação do sistema nervoso autônomo simpático *hiporreflexia→ Diminuição dos reflexos ● Como tratar ? Obter acessos venosos, com cateteres periféricos e centrais e hidratação EV Fazer lavagem gástrica e uso de carvão ativado. Neste caso, o primeiro só é indicado até 1h após a exposição e o segundo até 2h. No entanto, quanto maior a demora para iniciar os procedimentos, menor a eficácia. Uso de antídotos: Síndrome hipnótico-sedativa ➔ Intoxicação alcoólica→ Tiamina + glicose ➔ Intoxicação por benzodiazepínicos→ Flumazenil ➔ intoxicação por barbitúricos→ protocolo de BRIGGS ( diurese forçada + alcalinização da urina) Síndrome colinérgica ➔ Intoxicação por organoclorados (agrotóxicos)→ colestiramina (substitui o carvão ativado) Por fim, fazer a notificação aos órgãos responsáveis 2. Intoxicação por animais peçonhentos COBRAS *Botrópico → Jararaca **Laquético → Surucucu ***Crotálico → Cascavel ****Elapídico → Coral verdadeira ● CONDUTA ● TRATAMENTO SOROTERÁPICO 1. Botrópico *Tempo de Atividade da Protrombina→ TAP 2. Laquéticos 3. Crotálico 4. Elapídico ESCORPIÃO 1. Espécies: Escorpião-amarelo (T. serrulatus), Escorpião-marrom (T. bahiensis), Escorpião-amarelo-do-nordeste (T. stigmurus) e Escorpião-preto-da-amazônia (T. obscurus). 2. Quadro clínico: ● O veneno age de forma: Neurotóxica: Dor local Manifestações clínicas de efeitos simpáticos ou parassimpáticos→ Liberação de catecolaminas e ACTH Miotóxica: Rabdomiólise. *A gravidade depende de fatores como: Espécie e tamanho do escorpião,quantidade de veneno inoculado, massa corporal do acidentado e sensibilidade do paciente ao veneno. 3. Conduta: ARANHA Gênero Quadro clínico Complicações Ação do veneno ARANHA MARROM – LOXOSCELES SPP ● Dor discreta; ● Inchaço e lesão da pele; ● Necrose; ● Febre; ● Vômitos; ● Tontura; ● Cefaleia. ● Risco de amputação do membro (necrose); ● Anemia; ● Falência renal ● Proteolítica; ● Hemolítica ARANHA ARMADEIRA – PHONEUTRIA SPP.: ● Dor forte irradiada pelo membro; ● Inchaço; ● Sudorese ● Vômitos ● Hipertensão; ● Arritmias. ● Insuficiência cardíaca ● Convulsões; ● Edema pulmonar; ● Coma. ● Neurotóxica ARANHA VIÚVA NEGRA – LATRODECTUS SPP.: ● Dor intensa irradiada pelo membro; ● Dor por todo corpo; ● Agitação; ● Contrações musculares; ● Sudorese. ● Pressão alta; ● Taquicardia; ● Retenção urinária; ● Choque. ● Neurotóxica (terminações nervosas e canais de k e na) ● CONDUTA Lavar o local da picada. Usar compressas mornas, pois ajudam no alívio da dor. Elevar o local da mordida. Procurar o serviço médico mais próximo. Quando possível, levar o animal para identificação. ABELHAS ● É preciso levar o acidentado rapidamente ao hospital, junto com alguns dos insetos que provocaram o acidente; ● A remoção dos ferrões pode ser feita por raspagem com lâminas, e não com pinças, pois esse procedimento resulta na inoculação do veneno ainda existente no ferrão.