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XXXI Congresso de Iniciação Científica Mudanças nas Relações Intersetoriais entre as Atividades de Serviços e Industriais Karen de Oliveira Darone. Aluno-autor: Karen de Oliveira Darone, Orientador: Rogério Gomes, Câmpus de Araraquara, Faculdade de Ciências e Letras, Ciências Econômicas, karendarone@gmail.com e bolsa: PIBIC. Palavras Chave: Relações intersetoriais, Matriz insumo-produto, Serviços e indústria. Introdução O aumento da participação das atividades de serviços na economia vem sendo debatido desde a década de 1930. A bibliografia apropriada ao desenvolvimento econômico também discute essas transformações analisando, em especial, a perda de participação do setor secundário para o terciário. Alguns dos aspectos desta visão, estão presentes em estudos que entendem desindustrialização como um processo inerente ao desenvolvimento econômico, ou seja, como um fenômeno natural e benéfico para as economias. Objetivo A pesquisa visa contribuir para o detalhamento das características estruturais dos segmentos de serviços na economia, compará-los entre si e, em particular, quantificar a intensidade das relações de cada um desses segmentos com a indústria. Material e Métodos Esse objetivo geral é alcançado por meio da análise das mudanças nos dos coeficientes de insumo- produtos (i) nacionais e (ii) importados. Para cada uma dessas duas dimensões a avaliação é realizada mediante a comparação das transformações recentes ocorridas entre doze maiores economias do mundo nos anos de 1995, 2000, 2005 e 2010, ressaltando as diferenças entre os países desenvolvidos (PD) e em desenvolvimento (PED). Dois indicadores são empregados de forma complementar: a participação do valor adicionado permite avaliar a dimensão de cada um dos agregados e/ou segmentos na economia. Resultados e Discussão Quando esse mesmo aumento da participação das atividades de serviços na economia é analisado para economias “menos avançadas”, como é o caso brasileiro, nas últimas décadas, não há consenso sobre tais “benefícios” ou a “naturalidade” daquele processo. A hipótese dos três setores e a participação das atividades de serviços, desenvolvida, principalmente, por Colin Clark (1940), avalia separadamente cada setor da economia e os classifica em i) primário; ii) secundário; iii) terciário. Essa análise é feita por meio do nível de empregos e/ou do valor adicionado que é analisado ao longo de um processo de desenvolvimento econômico (FORNARI, GOMES e HIRATUKA, 2017). Essa hipótese consiste em um processo paulatino em que no início há um predomínio de emprego e de riqueza do setor primário, que ao passo que vai crescendo incentiva o segundo setor que gradualmente vai ganhando espaço. O segundo setor por sua vez vai gerar o desenvolvimento do terceiro setor, que no final do processo acaba por concentrar a maior quantidade de valor agregado e emprego (FISHER, 1935; CLARK, 1940; KUZNETS 1957). Para Schettkat e Yocarini (2006), é possível perceber alto índice de migração de emprego da indústria para os serviços, na última etapa desse processo, principalmente, em países industrializados, sendo esses países os que estão se se tornando “Economias de serviços”. Conclusões Além de verificar as alterações entre indústria e dos serviços nas diferentes economias, é importante entender de maneira mais aprofundada como os encadeamentos existentes estão se modicando, assim como novos métodos e indicadores para buscar compreender a dinâmica das relações entre as atividades econômicas. Em resumo, existe uma crescente necessidade de se entender como se conectam a indústria e os serviços e qual o papel de cada um na agregação de valor. Com o estudo é possível perceber como as relações já existentes estão se modificando para começarmos a compreender a dinâmica das relações entre essas atividades econômicas. Agradecimentos ____________________ 1 Arbache, J. Produtividade no Setor de Serviços. Produtividade no Brasil: Desempenho e Determinantes, BNDES, v. 2, RJ. 2015. 2 Fornari, V.; Gomes, R.; Hiratuka, C. Mudanças recentes nas relações intersetoriais: um exame das atividades de serviço e industriais. Revista Brasileira de Inovação, Campinas-sp, v. 16, n. 1, p.157-188, Janeiro, 2017. 3 WIOD (2014), World Input-Outout Database, disponível em: <http://www.wiod.org/new_site/home.htm>. 2014.
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