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PORTUGUÊS Leia o texto abaixo com atenção. � QUESTÃO 1 O objetivo principal do texto é mostrar o contraste entre a riqueza de uns e a pobreza dos outros. a esplêndida residência do casal e os barracos grotescos da favela. a abundância de água na piscina e a falta de água na favela. o uso da água para a diversão e o uso da água para as necessidades básicas. a preocupação dos moradores e a tranqüilidade da mulher da favela. Resolução A alternativa a é a mais abrangente de todas. Cada uma das outras alternativas aponta apenas um aspecto: b (aspecto moradia), c (disponibilidade de água), d (o uso da água) e e (estado psicológico). Resposta: A QUESTÃO 2 “Pena que a favela, com seus barracos grotescos se alastrando pela encosta do morro, comprometesse tanto a paisagem”. O trecho acima sugere que os barracos da favela eram perigosos e tornavam a paisagem pitoresca. ridículos e enfeiavam a paisagem. grandes e se confundiam com a paisagem. horríveis e escondiam as partes belas da paisagem. mal construídos e passavam despercebidos na paisagem. Resolução O termo “barracos grotescos” sugere algo que não é belo, algo ridículo, representando um grande contraste com a esplêndida residência. Resposta: B QUESTÃO 3 “Naquela manhã de sábado, ele tomava seu gim-tônica no terraço (...)” O verbo em destaque exprime um fato inacabado no momento em que é narrado. concluído. passado anterior a outro fato também passado. incerto, duvidoso. supostamente concluído no passado. Resolução O verbo em destaque, no imperfeito do indicativo, exprime um fato em realização, inacabado no momento em que é narrado. Resposta: A QUESTÃO 4 “De súbito, pareceu à dona da casa que a estranha criatura se esgueirava, portão adentro, sem tirar dela os olhos”. No trecho acima, a palavra em destaque significa introduzir-se sem pedir licença. esconder-se silenciosamente. pular disfarçadamente. andar ruidosamente. entrar cautelosamente. Resolução A palavra em destaque sugere que a mulher da favela entrava, na residência do casal, com muito cuidado, tentando não ser notada. Resposta: E QUESTÃO 5 “Ergueu-se um pouco, apoiando-se no cotovelo, e viu com terror que ela se aproximava lentamente (...)” O trecho acima sugere que a dona da casa imaginou que seria agredida pela mulher. achou que a mulher ia pedir-lhe alguma coisa. sentiu repugnância pelas roupas da mulher. ficou revoltada com a sujeira da mulher. ficou contrariada por ter sido interrompida em um momento de lazer. Resolução A dona da casa ficou aterrorizada por pensar que seria agredida pela mulher da favela. Resposta: A QUESTÃO 6 “Lá no terraço, o marido, fascinado, assistiu a toda a cena”. Com esta frase, o autor indica que a cena, no momento em que ocorreu, provocou no marido resignação. revolta profunda. indignação. atração irresistível. medo. Resolução O autor não atribuiu ao marido resignação, revolta, indignação nem medo no momento em que a cena ocorreu. O medo provavelmente veio depois, fazendo com que decidisse vender a casa. Resposta: D QUESTÃO 7 “Não durou mais do que um ou dois minutos, mas lhe pareceu sinistra como os instantes tensos de silêncio e de paz que antecedem um combate”. Sem alteração de sentido, o conectivo em destaque pode ser substituído por e. ou. todavia. pois. porque. Resolução No período apresentado, a conjunção “mas” exprime oposição, adversidade. Temos em a – adição, em b – alternância, em d e e – explicação. Resposta: C QUESTÃO 8 Assinale a alternativa que apresenta a palavra que define a reação da dona de casa e a palavra que define a reação da favelada, respectivamente. Indiferença; amabilidade. Medo; provocação. Paciência; impaciência. Generosidade; egoísmo. Cordialidade; agressividade. Resolução Durante o “confronto”, a dona de casa revelou-se amedrontada com a situação, já a favelada foi desafiadora, provocadora. Resposta: B QUESTÃO 9 “Não teve dúvida: na semana seguinte vendeu a casa”. A atitude tomada revela que o proprietário temeu que a água da piscina ficasse contaminada. achou mais justo a piscina ser usada para abastecer os favelados de água. previu que a piscina ficaria vazia depois de abastecer a favela de água. temeu um confronto mais direto e sério com os favelados. intimidou-se com a exigência dos favelados para entrarem sem permissão na casa. Resolução A atitude do proprietário indica que, após a invasão da mulher, ele ficou temeroso, achando que os favelados pudessem seguir o exemplo e também decidirem invadir a sua residência. Resposta: D QUESTÃO 10 A vírgula foi usada para separar o mesmo termo sintático em todos os períodos, EXCETO em “Era uma esplêndida residência, na Lagoa Rodrigo de Freitas, cercada de jardins e tendo ao lado uma bela piscina”. “De vez em quando, surgia sobre a grade a carinha de uma criança (...)” “(...) já transpusera o gramado, atingia a piscina, agachava-se junto à borda de azulejos (...)” “(...) iniciou-se uma cautelosa retirada, meio de lado, equilibrando a lata na cabeça (...)” “Lá no terraço, o marido (...)” Resolução Em a, b, d e e, a vírgula foi usada para separar o adjunto adverbial de outros termos da oração. Em c, foi usada para enumerar as ações da favelada. Resposta: C � Piscina Fernando Sabino Era uma esplêndida residência, na Lagoa Rodrigo de Freitas, cercada de jardins e tendo ao lado uma bela piscina. Pena que a favela, com seus barracos grotescos se alastrando pela encosta do morro, comprometesse tanto a paisagem. Diariamente desfilavam diante do portão aquelas mulheres silenciosas e magras, lata d´água na cabeça. De vez em quando, surgia sobre a grade a carinha de uma criança, olhos grandes e atentos, espiando o jardim. Outras vezes eram as próprias mulheres que se detinham e ficavam olhando. Naquela manhã de sábado, ele tomava seu gim-tônica no terraço, e a mulher um banho de sol, estirada de maiô à beira da piscina, quando perceberam que alguém os observava pelo portão entreaberto. Era um ser encardido, cujos molambos em forma de saia não bastavam para defini-la como mulher. Segurava uma lata na mão, e estava parada, à espreita, silenciosa como um bicho. Por um instante as duas se olharam, separadas pela piscina. De súbito, pareceu à dona da casa que a estranha criatura se esgueirava, portão adentro, sem tirar dela os olhos. Ergueu-se um pouco, apoiando-se no cotovelo, e viu com terror que ela se aproximava lentamente: já transpusera o gramado, atingia a piscina, agachava-se junto à borda de azulejos, sempre a olhá-la em desafio, e agora colhia água com a lata. Depois, sem uma palavra, iniciou uma cautelosa retirada, meio de lado, equilibrando a lata na cabeça – e em pouco tempo sumia-se pelo portão. Lá no terraço, o marido, fascinado, assistiu a toda a cena. Não durou mais de um ou dois minutos, mas lhe pareceu sinistra como os instantes tensos de silêncio e de paz que antecedem um combate. Não teve dúvida: na semana seguinte vendeu a casa.
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