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4 31 01 2023 - Atividade Dissertativa - Direitos Humanos Frente às Fake News na Era Digital

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Atividade Dissertativa 
DIREITOS HUMANOS FRENTE ÀS “FAKE NEWS” NA ERA DIGITAL 
 
Promulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, 
em seu art. 12, garante a todos os indivíduos o direito à não interferência de outrem em sua vida privada, honra e reputação, 
tendo direito à proteção da lei contra tais interferências e ataques, garantindo assim a privacidade individual. No entanto, as 
“Fake News” na Era Digital impossibilitam que uma parcela da população desfrute desse direito universal na prática. Nesse 
sentido, é necessária uma análise mais detalhada acerca dos entraves que englobam a problemática em questão. 
As “Fake News”, notícias falsas em tradução livre, propagam mentiras ou induzem os espectadores a um 
entendimento distorcido da informação, seja ela com intuito lucrativo de terceiros ou não. Assim, tendo em vista o atual 
cenário tecnológico no qual as notícias chegam ao outro lado do mundo em questão de segundos sem que os divulgadores 
tenham, ao menos, feito uma pesquisa superficial sobre a veracidade do tema abordado. É nesse contexto que os direitos 
individuais são postos a mercê de outrem por pura ganância ou diversão. 
Um exemplo prático da gravidade das falsas notícias evidencia-se na atual novela da emissora Globo, Travessia, que 
conta a história da personagem Brisa, a qual sofrerá após ser vítima de uma história inventada. O caso que inspirou o texto 
de Gloria Perez foi o da dona de casa Fabiane Maria de Jesus, que morreu após ter sido espancada por dezenas de 
moradores do Guarujá, São Paulo, após confundirem ela com uma suposta raptora de crianças. 
Assim como a Sra. Fabiane, muitas outras pessoas já foram vítimas de falsas notícias espalhadas pelo Brasil e mundo 
a fora, o que compactuou com a criação do art.5 da Constituição Federal que assegura o direito a indenização por danos 
materiais ou morais, decorrente da violação do direito de se defender nos mesmos veículos usados para a prática do delito. 
Além disso, o Código Civil determinou em seu art.20 que expor ou fazer uso da imagem de um indivíduo pode ser proibida 
caso perfure sua honra, boa fama, respeito ou sejam destinadas a fins lucrativos. 
Por fim, a então Presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei 12.965, criada com base no “Marco Civil da Internet”, 
projeto que abordava quanto a proteção de direitos e garantias dos usuários da internet. Além disso, embora cada país tenha 
a sua própria “Carta de Direitos Digitais”, existem alguns direitos em comum entre todas elas, e que têm funcionado, que são: 
acesso universal e igualitário; liberdade de expressão (desde que não infrinja nenhuma Lei ou Direitos Humanos), informação 
e comunicação; privacidade e proteção de dados; anonimato; esquecimento/eliminação de dados; proteção do menor e 
propriedade intelectual. 
Nota-se que algumas redes sociais, como o Facebook, Instagram, Twitter e Youtube têm formulado as suas próprias 
regras de privacidade, o que ajuda a barrar a disseminação de notícias sensacionalistas ou falsas, além de proibir algumas 
palavras que podem potencialmente infringir algum direito humano. Essas condutas são tomadas para que os usuários 
ponham a mão na consciência e percebam que estão passando dos limites com algum comentário. 
Logo, urge que o Estado, principal mantenedor do bem-estar social promova campanhas contra a disseminação de 
Fake News para que haja a conscientização da população quanto ao tema. Além disso, deve ser ensinado às crianças, desde 
a escola, a procurarem evidências sobre a veracidade de alguma informação antes de espalhá-la para outras pessoas. Assim, 
além do incentivo à leitura, também surge o interesse de comprovação, fomentando o raciocínio crítico das crianças. 
Além das crianças, os adultos também devem procurar a veracidade dos fatos, além de ter ciência de que a liberdade 
de um indivíduo termina quando a do outro começa. Portanto, deve-se usar o cyberespaço com responsabilidade para que 
um comentário não agrida os direitos de uma raça, etnia, religião, cor ou procedência. 
 
Haryssa Batista Azevedo (31.01.2023) Nota máxima: 20 pontos 
Nota alcançada:19,0 pontos 
 
Atividade Dissertativa 
| 17/10/2022 
 
Nota 19,0 
 
EM PROGRESSO 
Próximo acima: Enviar tarefa 
20 Pontos Possíveis 
 
 
 
2 tentativas permitidas 
12/09/2022 a 17/10/2022 
 
Detalhes 
 
DIREITOS HUMANOS FRENTE ÀS “FAKE NEWS” NA ERA DIGITAL 
 
No ano passo, relatório de notícias digitais da Reuters Institute[1 ] apontou que as mídias sociais são a principal fonte 
de informações dos brasileiros, superando a TV e os impressos: 
 
 
Segundo o relatório, o Facebook ainda é o aplicativo pelo qual os brasileiros mais dizem se informar: 
 
 
Os direitos humanos são objeto de discussão desde os primórdios do surgimento humano, podendo ser apontado 
como importante marco a aprovação da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DHDU) no ano de 1948, pela 
Assembleia Geral das Nações Unidas, para tentar proteger indivíduos e grupos contra ações que interferem nas 
liberdades fundamentais e na dignidade humana. A contemplação de tal Declaração fez-se necessária em 
decorrência do cenário de completo caos e desrespeito à condição de humano de milhares de pessoas, gerado pelo 
evento da Segunda Guerra Mundial. 
Não há dúvidas de que a internet é uma poderosa ferramenta de comunicação que tem modificado as relações 
humanas, interferindo em todas as atividades sociais, como na maneira de trabalhar, comunicar, socializar e 
consumir, funcionando, inclusive, como um mecanismo de intensificação da globalização, haja vista sua natureza 
global e aberta capaz de transcender fronteiras e promover a comunicação entre indivíduos de diversas origens. 
 
Tentativa 1 Adicionar comentário 
Ao chegar em Morrinhos IV, a dona de casa resolveu parar em um bar, onde tranquilamente se sentou e tomou um 
cerveja. Ao avistar um menino de rua e ficar compadecida com sua situação, ofereceu-lhe uma banana para que o 
vezes, negativamente no tocante à construção e proteção dos direitos humanos, como, por exemplo, facilitando 
divulgação de falsas notícias na “terra de ninguém” (internet). 
As Fake News (falsas notícias) são aquelas que visam propagar uma mentira ou induzir em erro os receptores da 
mensagem, seja ela parcial ou total, buscando algum retorno financeiro ou não. Elas, muitas vezes, têm um formato 
que busca ludibriar o leitor, já que dá contornos de seriedade, às vezes misturando um dado real com um fictício, por 
exemplo. E devido à rapidez e facilidade ao acesso à internet na era contemporânea, tais notícias são propagadas 
de maneira extremamente rápida, sem que os divulgadores, em sua maioria, façam ao menos uma pesquisa 
superficial para testarem a veracidade da notícia. 
No dia 03 de maio de 2014, como consequência de “Fake News”, a dona de casa Fabiane Maria de Jesus, moradora 
da periferia do Município de Guarujá (SP), foi espancada até a morte por vários moradores do bairro. Eles 
acreditavam que ela seria uma criminosa que raptava crianças e decidiram fazer justiça com as próprias mãos. 
Fabiane não era a pessoa que os agressores imaginavam que fosse. 
 
Há um bom tempo, circulava uma notícia pelo bairro de Morrinhos IV de que havia uma mulher raptando crianças 
para realizar rituais de magia negra, nos quais matava a criança, arrancava seu coração e seus olhos. O boato se 
tornou tão intenso que os moradores começaram a compartilhar a notícia até em redes sociais, mais 
especificadamente no Facebook. 
A comunidade não falava em outra coisa que não fosse a “bruxa que sequestrava crianças”, de modo que, temendo 
que seus filhos fossem vítimas, as mães estavam os proibindo de brincarem na rua. 
O ápice do boato se deu quando surgiu, no Facebook, um suposto retrato falado da mulher que estava realizando 
brutalidades com crianças. Todos compartilharam a notícia. Os comentários nas postagens eram os mais pesadospossíveis, desde xingamentos como “bruxa” até mensagens de promessa de morte, caso a mulher pensasse em 
passar pela comunidade. 
 
 
 
 
Crédito: Guarujá Alerta. 
 
Fabiane era uma antiga moradora do bairro de Morrinhos IV e possuía parentes na região. Em um sábado comum, 
após ter realizado uma mudança radical no visual, haja vista que seu cabelo era comprido e escuro e ela havia 
pintado de loiro e cortado radicalmente, resolveu mostrar o novo visual aos parentes que ainda residiam em seu 
antigo bairro. 
Para tanto, saiu de sua casa de bicicleta, rumo ao bairro que a receberia com muita violência. No caminho, Fabiane 
lembrou que havia esquecido sua bíblia na Igreja que frequentava, razão pela qual aproveitou para pegá-la. Já em 
posse dela, continuou o trajeto.
https://afya.instructure.com/courses/43963/modules/items/1829739
https://afya.instructure.com/courses/43963/modules/items/1829742
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garoto pudesse saciar sua fome. O que seria bem visto por qualquer pessoa, foi tido como uma ameaça para os 
moradores de Morrinhos IV. Entendeu-se o ato como uma sedução para o sequestro, que em breve poderia 
acontecer. A atitude de Fabiane, juntamente com a bíblia de capa preta que carregava, fizeram com que a 
comunidade acreditasse ser ela a “bruxa que fazia magia negra com crianças”. Uma voz feminina, não identificada, 
gritou em alto e bom tom: é ela!!! 
Após esse alarde, inúmeras pessoas cercaram Fabiane, rendendo-a e amarrando suas mãos. Nesse instante 
começou o horror. Já não se sabia quantas pessoas estavam em volta de Fabiane, se 200, se 1.000, se 3.000, mas 
eram muitas, homens, mulheres e até mesmo as crianças acompanharam de perto a moça ser amarrada, arrastada, 
chutada, espancada. Um homem chegou até passar, por várias vezes, uma bicicleta por cima de sua cabeça. 
Enquanto Fabiane era massacrada pela população, muitas pessoas que “apenas” acompanhava o espancamento, 
filmaram a barbárie em seus celulares, divulgando os vídeos depois do ataque. Como alguns moradores não 
participaram e acreditaram que os demais estavam precipitados com o que estavam fazendo – pois ninguém tinha 
certeza de que Fabiane era a criminosa que a comunidade temia tampouco foi dada a ela a chance de se apresentar 
e/ou se defender das acusações – decidiram ligar para polícia. 
Enquanto isso, a dona de casa continuava sofrendo inúmeros socos, pontapé e “pauladas”. O massacre durou 
aproximadamente 30 minutos. Ao final, sem saber se ela ainda estava viva ou morta, lhe jogaram em cima de um 
colchão que tinha no meio da rua. 
A polícia recebeu 17 ligações de números diferentes relatando o linchamento de Fabiane. Todavia, só chegou 
quando ela já estava jogada no colchão. A população ainda estava ao redor da vítima, e, tentando conter o tumulto 
para socorrê-la, a polícia teve que ceder ao que estavam exigindo: só poderiam chegar perto da moça com a 
presença da imprensa. E assim foi feito. 
Com a chegada da imprensa, a dona de casa foi socorrida e levada ao hospital, mas não resistiu e faleceu na 
manhã do dia 05 de maio de 2014, após 36 horas do ocorrido. Os médicos relataram que, se Fabiane tivesse 
sobrevivido, ficaria com sequelas graves e permanentes, dadas as gravíssimas lesões em seu crânio e ao 
sangramento interno que teve[2]. 
[1] https://reutersinstitute.politics.ox.ac.uk/sites/default/files/2021-06/Digital_News_Report_2021_FINAL.pdf 
(h ttps://reutersinstitute.politics.ox.ac.uk/sites/default/files/2021-06/Digital_News_Report_2021_FINAL.pdf) 
 
[2] https://canalcienciascriminais.jusbrasil.com.br/artigos/569150377/autotutela-do-seculo-xxi-o-linchamento-de- 
fabiane-maria-de-je sus (https://canalcienciascriminais.jusbrasil.com.br/artigos/569150377/autotutela-do-seculo-xxi-o- 
 linchamento-de-fabiane-maria-de-jesus) 
 
 
 
ORIENTAÇÕES 
 
Tendo em consideração tudo o que você já viu na disciplina, elabore um texto dissertativo, contextualizando os 
mecanismos de proteção dos direitos humanos no mundo digital, posicionando sobre sua eficácia e apresentando 
propostas de como evitar que “Fake News” violem os direitos humanos e provoquem novas tragédias como o 
linchamento da senhora Fabiane Maria de Jesus. 
 
O texto deve ter no mínimo uma página e no máximo 3, conter introdução, desenvolvimento e conclusão. 
Deve ser digitado em fonte Arial 12, ser justificado, ter espaçamento entre linhas de 1,5, margens superior e 
esquerda de 3 cm e inferior e direita de 2 cm, conforme as normas da ABNT. O texto deve ser enviado em 
formato PDF. 
Atenção! Não deixe de ler os critérios de correção da tarefa na rubrica abaixo, pois sua resposta será 
avaliada conforme os critérios informados
https://reutersinstitute.politics.ox.ac.uk/sites/default/files/2021-06/Digital_News_Report_2021_FINAL.pdf
https://reutersinstitute.politics.ox.ac.uk/sites/default/files/2021-06/Digital_News_Report_2021_FINAL.pdf
https://canalcienciascriminais.jusbrasil.com.br/artigos/569150377/autotutela-do-seculo-xxi-o-linchamento-de-fabiane-maria-de-jesus
https://canalcienciascriminais.jusbrasil.com.br/artigos/569150377/autotutela-do-seculo-xxi-o-linchamento-de-fabiane-maria-de-jesus
https://canalcienciascriminais.jusbrasil.com.br/artigos/569150377/autotutela-do-seculo-xxi-o-linchamento-de-fabiane-maria-de-jesus
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