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CEL0014-WL-LC-Discurso e Texto - As Marcas Ideológicas dos Textos

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Disciplina: Análise Textual 
Tema da aula: Discurso e texto. As marcas ideológicas dos textos. 
Ai, que saudades da Amélia 
Mário Lago (1941) 
Nunca vi fazer tanta exigência 
Nem fazer o que você me faz 
Você não sabe o que é consciência 
Nem vê que eu sou um pobre rapaz 
Você só pensa em luxo e riqueza 
Tudo o que você vê, você quer 
Ai, meu Deus, que saudade da Amélia 
Aquilo sim é que era mulher 
Às vezes passava fome ao meu lado 
E achava bonito não ter o que comer 
Quando me via contrariado 
Dizia: "Meu filho, o que se há de fazer!" 
Amélia não tinha a menor vaidade 
Amélia é que era mulher de verdade 
.......................................................... 
Dandara 
Ivan Lins (2004) 
Ela tem nome de mulher guerreira 
E se veste de um jeito que só ela 
Ela vive entre o aqui e o alheio 
As meninas não gostam muito dela 
Ela tem um tribal no tornozelo 
E na nuca adormece uma serpente 
O que faz ela ser quase um segredo 
É ser ela assim, tão transparente 
Ela é livre e ser livre a faz brilhar 
Ela é filha da terra,céu e mar 
Dandara 
Ela faz mechas claras no cabelo 
E caminha na areia pelo raso 
Eu procuro saber os seus roteiros 
Pra fingir que a encontro por acaso 
Ela fala num celular vermelho 
Com amigos e com seu namorado 
Ela tem perto dela o mundo inteiro 
E à volta outro mundo, admirado 
Ela é livre e ser livre a faz brilhar 
Ela é filha da terra,céu e mar 
Dandara 
Dandara... 
Alegria, Alegria 
Caetano Veloso (1967) 
Caminhando contra o vento 
Sem lenço e sem documento 
No sol de quase dezembro 
Eu vou... 
O sol se reparte em crimes 
Espaçonaves, guerrilhas 
Em cardinales bonitas 
Eu vou... 
Em caras de presidentes 
Em grandes beijos de amor 
Em dentes, pernas, bandeiras 
Bomba e Brigitte Bardot... 
O sol nas bancas de revista 
Me enche de alegria e preguiça 
Quem lê tanta notícia 
Eu vou... 
Por entre fotos e nomes 
Os olhos cheios de cores 
O peito cheio de amores vãos 
Eu vou 
Por que não, por que não... 
Ela pensa em casamento 
E eu nunca mais fui à escola 
Sem lenço e sem documento, 
Eu vou... 
Eu tomo uma coca-cola 
Ela pensa em casamento 
E uma canção me consola 
Eu vou... 
Por entre fotos e nomes 
Sem livros e sem fuzil 
Sem fome, sem telefone 
No coração do Brasil... 
Ela nem sabe até pensei 
Em cantar na televisão 
O sol é tão bonito 
Eu vou... 
Sem lenço, sem documento 
Nada no bolso ou nas mãos 
Eu quero seguir vivendo, amor 
Eu vou... 
Por que não, por que não... 
Por que não, por que não... 
Por que não, por que não... 
Por que não, por que não... 
Fonte: ABAURRE, Maria Luiza M.; ABAURRE, Maria Bernadete M. Produção de texto: interlocução e gêneros.

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