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ISSN 21774013 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO PEDAGÓGICO DE CRIANÇAS COM AUTISMO NA 
 
FASE PRÉ-ESCOLAR E ALFABETIZAÇÃO 
 
 
Ana Carolina Nilo 
 
Talissa Lopes Ferreira Fenimam 
 
Ms Valéria Peres Asnis (Agência CAPES) 
 
Ms Fabiana Lacerda Evaristo 
 
Universidade Federal de São Carlos - UFSCar 
Eixo Temático: Avaliação pedagógica e escolar na perspectiva inclusiva 
 
 
Palavras–chaves: Educação Especial. Autismo. Métodos Pedagógicos. 
 
 
1. Introdução 
 
 
De acordo com o DSM-5 (APA, 2013), uma pessoa deve ser diagnosticada com 
Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) se apresentar (i) déficits persistentes na 
comunicação e na interação social e (ii) padrões restritos e repetitivos de comportamento, 
interesses e atividades. Uma vez que sujeitos com TEA apresentam uma grande diversidade 
de potencialidades e limitações, é muito importante a capacitação do professor para o uso das 
tecnologia assistivas como recursos potencializadores para a efetiva inclusão desses alunos 
 
(PASSERINO; VICARI, 2013). 
 
A literatura da área aponta que alguns métodos são utilizados para promover uma maior 
autonomia e socialização das crianças com TEA, favorecendo um melhor entendimento do 
mundo a sua volta (GAUDERER, 1997). Crianças autistas são educáveis e suas características 
 
singulares de aprendizagem se devem a deficiências cognitivas básicas no processamento da 
informação. Essas deficiências podem ser compensadas, em parte, por programas 
 
educacionais cuidadosamente estruturados, com sequências especificadas de aprendizagem e 
 
intensificação de estímulos reforçadores (MELLO, 2004). Os métodos de ensino e 
aprendizagem mais utilizados com autistas são: ABA, PECS, TECCH e o Currículo Funcional 
Natural (MORAIS, 2012). 
ISSN 21774013 
 
 
 
 
 
Diante do exposto acima, este trabalho objetivou conhecer os métodos de ensino 
utilizados por professoras de crianças diagnósticadas com Transtorno do Espectro do 
Autismo, que estejam ministrando aulas no ensino pré-escolar e alfabetização. 
 
 
Método 
 
Participaram da pesquisa quatro professoras que trabalham de forma ativa com 
educandos autistas. Duas destas trabalham em uma instituição filantrópica de uma cidade do 
interior paulista, sendo que cada uma possui de quatro a cinco alunos em sala de aula com 
idades que variam de nove a quatorze anos. As outras duas professoras trabalham na rede 
regular de ensino da mesma cidade, no programa de inclusão e possuem cerca de 30 alunos 
por sala com idades entre oito e nove anos, sendo que cada uma possue no máximo dois 
alunos autistas entre dez e doze anos de idade. 
 
Após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, foi enviado por 
email um questionário contendo questões relativas às atividades pedagógicas desenvolvidas 
pelas professoras em sala de aula. 
 
 
Resultados e Discussão 
 
Duas das participantes relataram a utilização do método de ensino TEACCH dentro da 
instituição. Nestes casos, o auxilio na aprendizagem acontece de diversas formas, direta ou 
indiretamente, ou através da aprendizagem sem erro. Verificou-se, ainda, que as professoras 
se orientam a partir de portfólios e a avaliação bimestral é realizada a partir da análise dos 
objetivos esperados em comparação com o desenvolvimento registrado no caderno do aluno 
 
durante o período escolar. Observou-se também que a organização do ambiente é considerada 
de grande importância, pois pode colaborar ou não, na aprendizagem do aluno 
 
autista. De forma geral as habilidades mais desenvolvidas dentro da instituição são 
habilidades acadêmicas, como a linguagem, escrita, independência e autonomia. 
Com relação aos resultados apresentados pelas professoras que trabalham dentro do 
 
programa de inclusão, em escola regular, foi evidenciado que elas seguem os princípios da 
ABA, sendo comum o uso de dicas verbais ou de materiais concretos. As avaliações são feitas 
através de observação constante das atividades realizadas pelos alunos e as avaliações 
somáticas são planejadas em comparação com as atividades já realizadas. A organização do 
ambiente também é levada em consideração. Pequenos detalhes como barulhos externos, 
ISSN 21774013 
 
 
 
 
 
ventilador e o local onde o aluno costuma se sentar possuem influencia no foco e atenção do 
aluno no momento de execução das atividades. A autonomia com que realizam a atividade é 
algo trabalhado constantemente pelas professoras. As atividades mais desenvolvidas giram em 
torno do comportamento geral demonstrado pelo aluno, assim como o estabelecimento de 
 
uma rotina. Nas atividades didáticas são utilizadas mais de uma metodologia a fim de 
estabelecer o progresso na aquisição da leitura, escrita e conceitos matemáticos, além do 
reforço nas atividades que os alunos demonstram certa resistência em realizar. Foi constatado, 
 
ainda que a socialização 
é desenvolvida a nível superficial, pois os alunos aceitam o colega autista mas não acreditam 
 
na capacidade intelectual dele, porém, as professoras acreditam que a realização de atividades 
 
colaborativas pode fazer com que exista maior interação entre os alunos. 
 
 
Conclusão 
 
A presente pesquisa procurou conhecer como ocorre o desenvolvimento pedagógico 
das crianças diagnosticadas com autismo na fase pré-escolar e alfabetização. Devido ao 
 
comprometimento dos alunos com TEA, muitos fatores limitam sua inserção no ensino 
escolar. Os dados dessa pesquisa revelaram que a intervenção pedagógica, que se mostrou 
mais eficaz, se encontra na rede regular de ensino, pois se constatou o desenvolvimento de 
habilidades sociais e acadêmicas, necessárias para que crianças com autismo venham a 
 
conquistar seu espaço em sociedade. 
 
A organização das salas de aula, no ensino regular, se mostrou um dos desafios na 
conquista do foco e atenção dos alunos autistas. Outra questão relevante é o grande número de 
alunos por sala e o desenvolvimento de diferentes atividades num mesmo local, o que muitas 
vezes rouba a atenção do aluno autista, descentralizando sua atenção da atividade em 
desenvolvimento. Cabe ao professor procurar formas de mediar essa intervenção, através do 
conhecimento e utilização de métodos como o ABA, PECS, TEACCH e Currículo Funcional. 
A formação continuada e especializada, de professores, nas questões da inclusão de alunos 
autistas e nas formas de educar essa população, é essencial, porém, ainda faltam mais estudos 
nessa área e investimentos, principalmente dos órgãos responsáveis, em oferecer tais 
formações para os educadores. 
ISSN 21774013 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
 
American Psychiatric Association (APA). Diagnostic and Statistical Manual of Mental 
Disorders: DSM-5, 5th ed. Arlington, VA, 2013. 
 
 
GAUDERER, Christian. Autismo e outros atrasos do desenvolvimento. Guia prático para pais 
e profissionais. 2. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1997. 
 
 
MELLO, Ana Maria S. Rios de. Autismo: Guia Prático. 4 ed. São Paulo: AMA; Brasília: 
CORDE, GAUDERER, Christian. AUTISMO e OUTROS ATRASOS do 
DESENVOLVIMENTO. Guia Prático para Pais e Profissionais. 2 ed. Rio de Janeiro: 
Revinter, 1997. 
 
 
MORAIS, C. L.T.; Modelo TEACCH – Intervenção Pedagógica em Crianças com 
Perturbações do Espectro do Autismo. Repositório Científico Lusófona, 2012. 
 
 
PASSERINO, M. L. BEZ, M. R. VICARI, M. R. Formação de Professores em Comunicação 
Alternativa para crianças com TEA: contextos em ação. Revista Educação Especial Santa 
Maria-RS, v. 26, n. 47, set./dez., p. 619-638, 2013.

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