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2016-SIMULADO-1-DIA-2

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Curso Pré-Vestibular XII de Maio Simulado 2016.1 
 O Cursinho da Faculdade de Medicina da UFC Enem – 2º Dia 
Rua Alexandre Baraúna S/N, Campus do Porangabuçu – Tel.: 3082-5202/8633-7473– www.curso12demaio.ufc.br 
 
 
1 
 
 
 
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija 
texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre a PROMOÇÃO DA SAÚDE COMO GARANTIA 
DE QUALIDADE DE VIDA, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e 
relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 
 
O Ministério da Saúde disponibilizou esta semana o curso ―Zika: Abordagem Clínica na Atenção Básica‖ para capacitar 
profissionais de saúde sobre o vírus. As aulas abordam suspeita, notificação, investigação e diagnóstico do Zika. Qualquer 
interessado pode ter acesso ao curso, porém ele é destinado principalmente para profissionais de saúde que trabalham diretamente 
com os pacientes. Nas primeiras 72 horas de inscrições foram feitas mais de 8 mil matrículas. Com 45 horas-aula de duração, o 
curso tem um capítulo dedicado aos cuidados voltados às gestantes com infecção pelo vírus e aos recém-nascidos com microcefalia. 
Os protocolos adotados pelo Ministério da Saúde também serão temas ensinados. A mesma plataforma também oferta outras quatro 
opções de capacitação voltadas para o combate ao Aedes aegypti, bem como para a atenção às doenças transmitidas pelo vetor, além 
do Zika, dengue e chikungunya. 
 
Adaptado de: http://saude.terra.com.br/ministerio-da-saude-disponibiliza-curso-sobre-o-virus-
zika,cf03175747c51153a01247d412fbfed7w366gf2j.html, acesso em 25 de fevereiro de 2016. 
 
Com o calor intenso e chuvas esporádicas, muita gente tem procurados os postos de saúde em Fortaleza neste período, reclamando de 
náuseas, vômitos, diarreias, dores abdominais, febre baixa e dores pelo corpo. Embora os sintomas sejam inespecíficos, a suspeita clínica é 
que a capital cearense esteja vivendo um surto de gastroenterite viral, popularmente conhecida como "virose da mosca". 
A médica Jordânya Alves explica que não existe comprovação científica da ligação do surto de diarreia com a mosca, mas elas servem de 
alerta, pois costumam aparecer em locais com algum tipo de contaminação, especialmente de água e alimentos. Assim, as infecções 
gastrointestinais podem ser transmitidas por meio de água contaminada, alimentos manipulados por pessoas infectadas ou contato direto com 
o material fecal de uma pessoa doente. Os especialistas são unânimes em afirmar que, como não é possível controlar as condições climáticas, 
o ideal é apostar no reforço da higiene, especialmente das mãos, adotando procedimento simples como lavar as mãos sempre que for comer e 
evitar comer em locais onde não se conhece a procedência dos alimentos servidos. Também é de extrema importância garantir a coleta 
adequada de lixo, evitando acúmulos e a consequente proliferação das moscas. 
 
Adaptado de: http://g1.globo.com/ceara/noticia/2016/02/aumento-de-casos-de-virose-da-mosca-lota-emergencias-no-ceara.html, 
acesso em 25 de fevereiro de 2016. 
 
Os cuidados integrais com a saúde implicam ações de promoção da saúde, prevenção de doenças e fatores de risco e, depois de 
instalada a doença, o tratamento adequado dos doentes. Esses três tipos de ação têm áreas de superposição, como seria de esperar. A 
saúde é amplamente reconhecida como o maior e o melhor recurso para os desenvolvimentos social, econômico e pessoal, assim 
como uma das mais importantes dimensões da qualidade de vida. Saúde e qualidade de vida são dois temas estreitamente 
relacionados, isto é, a saúde contribui para melhorar a qualidade de vida e esta é fundamental para que um indivíduo ou comunidade 
tenha saúde. Em síntese, promover a saúde é promover a qualidade de vida. Para melhorar as condições de saúde de uma população, 
são necessárias mudanças profundas dos padrões econômicos no interior dessas sociedades e intensificação de políticas sociais, que 
são eminentemente políticas públicas. Para a atenção integral de saúde, será necessário utilizar e integrar saberes e práticas hoje 
reunidos em compartimentos isolados: atenção médico-hospitalar; programas de saúde pública; vigilância epidemiológica; 
vigilância sanitária; educação para a saúde etc, com ações extra-setoriais em distintos campos, como água, esgoto, resíduos, 
drenagem urbana, e também na educação, habitação, alimentação e nutrição etc, e dirigir esses saberes e práticas integrados a um 
território peculiar, diferente de outros territórios, onde habita uma população com características culturais, sociais, políticas, 
econômicas etc, também diferentes de outras populações que vivem em outros territórios. 
 
Adaptado de: https://agencia.fiocruz.br/o-conceito-de-promo%C3%A7%C3%A3o-da-sa%C3%BAde-e-os-determinantes-sociais, 
acesso em 25 de fevereiro de 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://saude.terra.com.br/ministerio-da-saude-disponibiliza-curso-sobre-o-virus-zika,cf03175747c51153a01247d412fbfed7w366gf2j.html
http://saude.terra.com.br/ministerio-da-saude-disponibiliza-curso-sobre-o-virus-zika,cf03175747c51153a01247d412fbfed7w366gf2j.html
http://g1.globo.com/ceara/noticia/2016/02/aumento-de-casos-de-virose-da-mosca-lota-emergencias-no-ceara.html
https://agencia.fiocruz.br/o-conceito-de-promo%C3%A7%C3%A3o-da-sa%C3%BAde-e-os-determinantes-sociais
Curso Pré-Vestibular XII de Maio Simulado 2016.1 
 O Cursinho da Faculdade de Medicina da UFC Enem – 2º Dia 
Rua Alexandre Baraúna S/N, Campus do Porangabuçu – Tel.: 3082-5202/8633-7473– www.curso12demaio.ufc.br 
 
 
2 
 
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS 
TECNOLOGIAS 
Questões 91 a 135 
Questões 91 a 95 (OPÇÃO ESPANHOL) 
 
91. Pensar la lengua del siglo XXI 
Aceptada la dicotomía entre ―español general‖ académico y 
―español periférico‖ americano, la capacidad financiera de la 
Real Academia, apoyada por la corona y las grandes 
empresas transnacionales españolas, no promueve la 
conservación de la unidad, sino la unificación del español, 
dirigida e impuesta desde España (la Fundación Español 
Urgente: Fundeu). Unidad y unificación no son lo mismo: la 
unidad ha existido siempre y con ella la variedad de la 
lengua, riqueza suprema de nuestras culturas nacionales; la 
unificación lleva a la pérdida de las diferencias culturales, 
que nutren al ser humano y son tan importantes como la 
diversidad biológica de la Tierra. 
Culturas nacionales: desde que nacieron los primeros criollos, 
mestizos y mulatos en el continente hispanoamericano, las 
diferencias de colonización, las improntas que dejaron en las 
nacientes sociedades americanas los pueblo aborígenes, la 
explotación de las riquezas naturales, las redes comerciales 
coloniales fueron creando culturas propias, diferentes entre 
sí, aunque con el fondo común de la tradición española. 
Después de las independencias, cuando se instituyeron 
nuestras naciones, bajo diferentes influencias, ya francesas, 
ya inglesas; cuando los inmigrantes italianos, sobre todo, 
dieron su pauta a Argentina, Uruguay o Venezuela, esas 
culturas nacionales se consolidaron y con ellas su español, 
pues la lengua es, ante todo, constituyente. Así, el español 
actual de España no es sino una más de las lenguas 
nacionales del mundo hispánico. El español actual es el 
conjunto de veintidós españoles nacionales, que tienen sus 
propias características; ninguno vale más que otro. La lengua 
del siglo XXI es, por eso, una lengua pluricéntrica. 
LARA, L. F. Disponível em: www.revistaenie.clarin.com. Acesso em: 25 fev. 2013. 
O texto aborda a questão da língua espanhola no século XXI 
e tem como função apontar que 
a) As especificidades culturais rompem com a 
unidade hispânica. 
b) As variedades do espanhol têm igual 
relevância linguísticae cultural. 
c) A unidade linguística do espanhol fortalece a identidade 
cultural hispânica. 
d) A consolidação das diferenças da língua prejudica sua 
projeção mundial. 
e) A unificação da língua enriquece a 
competência linguística dos falante. 
 92. 
 
A personagem Susanita, nesse quadro acima, inventa o 
vocábulo mujerez, utilizando-se de um recurso de formação 
de palavra existente na língua espanhola. Na concepção da 
personagem, o sentido do vocábulo mujerez remete à 
a) falta de feminilidade das mulheres que não se dedicam às 
tarefas domésticas. 
b) valorização das mulheres que realizam todas as tarefas 
domésticas. 
c) inferioridade das mulheres que praticam as tarefas 
domésticas. 
d) relevância social das mulheres que possuem empregados 
para realizar as tarefas domésticas. 
e) independência das mulheres que não se prendem apenas 
às tarefas domésticas. 
 
93. Nuestra comarca del mundo, que hoy llamamos América 
Latina perfeccionó sus funciones. Este ya no es el reino de las 
maravillas donde la realidad derrotaba a la fábula y la 
imaginación era humillada por los trofeos de la conquista, los 
yacimientos de oro y las montañas de plata. Pero la región 
sigue trabajando de sirvienta. Es América Latina, la región de 
las venas abiertas. Desde el descubrimiento hasta nuestros 
días, todo se ha trasmutado siempre en capital europeo o, 
más tarde, norteamericano, y como tal se ha acumulado y 
se acumula en los lejanos centros del poder. Todo: la 
tierra, sus frutos y sus profundidades ricas en minerales, 
los hombres y su capacidad de trabajo y de consumo, 
los recursos naturales y los recursos humanos. El modo 
de producción y la estructura de clases de cada lugar han sido 
sucesivamente determinados, desde fuera, por 
su incorporación al engranaje universal del 
capitalismo. Nuestra derrota estuvo siempre implícita en la 
victoria ajena; nuestra riqueza ha generado siempre 
nuestra pobreza para alimentar la prosperidad de otros: 
los imperios y sus caporales nativos. 
GALEANO, E. Las venas abiertas de América Latina. Buenos Aires: Siglo Veintiuno 
Argentina, 2010 (adaptado). 
a) suas relações com as nações exploradoras sempre se 
caracterizaram por uma rede de dependências. 
b) seus países sempre foram explorados pelas 
mesmas nações desde o início do processo de 
colonização. 
c) sua sociedade sempre resistiu à aceitação do capitalismo 
imposto pelo capital estrangeiro. 
d) suas riquezas sempre foram acumuladas longe 
dos centros de poder. 
e) Suas riquezas nunca serviram ao enriquecimento 
 
Texto para as questões 94 e 95 
 
 Volver – En palabras de Pedro Almodóvar 
 
―Volver‖ es un título que incluye varias vueltas, para mí. He 
vuelto, un poco más, a la comedia. He vuelto al universo 
femenino, a La Mancha (sin duda es mi película más 
estrictamente manchega, el lenguaje, las costumbres, los 
patios, la sobriedad de las fachadas, las calles empedradas). 
He vuelto a trabajar con Carmen Maura (hace diecisiete años 
que no lo hacíamos), con Penélope Cruz, Lola Dueñas y Chus 
Lampreave. He vuelto a la maternidad, como origen de la 
vida y de la ficción. Y, naturalmente, he vuelto a mi madre. 
Volver a La Mancha es siempre volver al seno 
materno. 
Curso Pré-Vestibular XII de Maio Simulado 2016.1 
 O Cursinho da Faculdade de Medicina da UFC Enem – 2º Dia 
Rua Alexandre Baraúna S/N, Campus do Porangabuçu – Tel.: 3082-5202/8633-7473– www.curso12demaio.ufc.br 
 
 
3 
 
Tengo la impresión, y espero que no sea un sentimiento 
pasajero, de que he conseguido encajar una pieza (cuyo 
desajuste, a lo largo de mi vida, me ha provocado mucho 
dolor y mucha ansiedad, diría incluso que en los últimos años 
había deteriorado mi existencia, dramatizándola más de la 
cuenta). La pieza a la que me refiero es ―la muerte‖, no sólo 
la mía y la de mis seres queridos sino la desaparición 
implacable de todo lo que está vivo. 
Nunca lo he aceptado, ni lo he entendido. Y eso te pone en 
una situación angustiosa ante el cada vez más rápido paso del 
tiempo. 
La principal vuelta de ―Volver‖ es la del fantasma de una 
madre, que se aparece a sus hijas. En mi pueblo estas cosas 
pasan (me he criado oyendo historias de aparecidos), sin 
embargo yo no creo en las apariciones. 
Sólo cuando les ocurren a los demás, o cuando ocurren en la 
ficción. Y esta ficción, la de mi película (y aquí viene mi 
confesión), ha provocado en mí una serenidad como hace 
tiempo no sentía (realmente, serenidad es un término cuyo 
significado es un misterio para mí). En los años que llevo de 
vida, nunca he sido una persona serena (ni me ha importado 
lo más mínimo). Mi innata inquietud junto a una galopante 
insatisfacción me han servido generalmente de estímulo. Ha 
sido en los últimos años, en los que mi vida se ha ido 
deteriorando, consumida por una terrible ansiedad. Y eso no 
era bueno ni para vivir, ni para trabajar. Para dirigir una 
película es más importante tener paciencia que talento. 
 
94. Según el texto, Almodóvar, en su película ―Volver‖, ha 
vuelto a 
a) considerar la maternidad tanto como origen de la vida 
como de la ficción. 
b) hacer reír al público cinematográfico con el lenguaje de 
La Mancha. 
c) trabajar el universo de la mujer, sus costumbres y 
sobriedad, como antes. 
d) ver el fantasma de una madre, la suya, que se les aparece a 
sus hijas. 
e) trabajar el sospense y miedo como en otras películas. 
 
95. Según el texto, para Almodóvar, ―volver al seno materno‖ 
(línea 9) significa 
a) encontrarse una vez más a solas con su madre. 
b) enfrentarse a sus recuerdos y fantasmas. 
c) poder ver el fantasma de su madre nuevamente. 
d) volver a la región que lo conecta con el origen. 
e) estar más conectado con las madres. 
 
Questões 91 a 95 (OPÇÃO INGLÊS) 
 
 
 
A frase acima, de autoria do atual Secretário-Geral da ONU, 
Ban Ki-Moon, encontra-se exposta em uma galeria no prédio 
das Nações Unidas em Nova Iorque. Baseado nas palavras do 
Secretário Geral, responda ao que se pede. 
91. A frase do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-Moon, 
evidencia um problema do mundo moderno. Marque a 
alternativa que traz o problema implícito na frase do 
Secretário-Geral. 
a) Fome. 
b) Meio Ambiente. 
c) Imigrantes Ilegais. 
d) Terrorismo. 
e) Pobreza. 
 
92. A frase ―Prosperity need not to come at the expense 
of our planet..‖, presente na citação do Secretário-Geral das 
Nações Unidas, pode ser versada para o português em qual 
das alternativas abaixo? 
a) A prosperidade não precisa vir em detrimento do nosso 
planeta. 
b) A prosperidade não precisa se expandir 
incontrolavelmente no nosso planeta. 
c) A prosperidade não precisa vir e se expandir no nosso 
planeta. 
d) A prosperidade só não existe se houver despesa para o 
planeta. 
e) A prosperidade não precisa vir para a conta ser paga pelo 
planeta 
 
BACK IN THE 60’S 
According to the British writer Ferdinand Mount, modern 
society suffers from ―decaditis‖. This he defines as an 
obsession with decades. We believe that each decade has its 
own personality: in the past people didn‘t have this problem. 
So what is the personality of the first decade of the 21st 
century? The answer is we don‘t know yet: future historians 
will decide about ―the Noughties‖ (as in ―nought‖, or zero). 
An which decade is your favorite? Most people seem to 
prefer the 1960s. According to British musician Brian Auger, 
life then really was ―great!‖. 
Speak Up – Ano XXV – Nº 300 – Pg. 48 
93. O tema descrito no texto evidencia uma faceta 
característica do ser humano dos tempos modernos, que 
pode ser definida como: 
a) a necessidade de esquecer o passado para melhor entender 
o futuro? 
b) a busca incessante em prever o futuro através da 
observação do passado. 
c) um profundo desapego ao que passou a ser parte da 
história. 
d) saudosismo e apego ao passado. 
e) desinteresse dos jovens desta década sobrea cultura dos 
anos 60. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso Pré-Vestibular XII de Maio Simulado 2016.1 
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4 
 
PROFESSIONAL 
In Europe being a 
waiter is considered a 
profession. Waiters receive a 
salary from a restaurant and 
the tips are considered an 
"extra": if the service is good, 
the custumer leaves a small 
tip. In New York, being a 
waiters is not considereted a profession. Waiters are offen 
university students or out-of-work actors. They receive very 
little money from the restaurant and so they depend on tips. 
In American restaurants you are expected to leave a tip of 
between 15 and 20 percent of the bill. So our tips: is you eat 
in a New York restaurant, please be more generous! 
 
94. A O texto explica o diferente costume de se dar 
gorjeta a garçons na Europa e nos Estados Unidos. Essa 
diferença pode ser explicada: 
a) pelo fato da profissão de garçom ser regulamentada na 
Europa, e, nos Estados Unidos, ser considerada apenas um 
trabalho temporário. 
b) pelo fato do americano ser mais generoso do que o 
europeu de um modo geral. 
c) pelo fato dos restaurantes de Nova Iorque não contratarem 
garçons profissionais. 
d) pelo fato dos europeus não frequentarem tantos 
restaurantes como fazem os americanos. 
e) pelo fato da gorjeta nos Estados Unidos representar cerca 
de 20% da despesa feita nos restaurantes da cidade. 
 
 
95. O cartoon é um gênero textual que representa uma 
situação humorística, de caráter extremamente crítico 
retratando de uma forma bastante sintetizada algo que 
envolve o cotidiano de uma sociedade. Com base nesta 
definição, a narrativa do cartoon abaixo sugere que o 
professor: 
a) pressiona psicologicamente os alunos com relação às suas 
responsabilidades. 
b) estimula a conservação adequada de embriões de porcos e 
vacas. 
c) motiva os estudantes a não terem medo do que se encontra 
dentro do vaso. 
d) questiona os meios de preservação de certos tipos de 
animais. 
e) ameaça os estudantes que maltratarem os animais citados. 
 
96. (ENEM, 2009) 
A partida 
Acordei pela madrugada. A princípio com tranquilidade, e 
logo com obstinação, quis novamente dormir. Inútil, o sono 
esgotara-se. Com precaução, acendi um fósforo: passava das 
três. Restava-me, portanto, menos de duas horas, pois o trem 
chegaria às cinco. Veio-me então o desejo de não passar mais 
nem uma hora naquela casa. Partir, sem dizer nada, deixar 
quanto antes minhas cadeias de disciplina e de amor. Com 
receio de fazer barulho, dirigi-me à cozinha, lavei o rosto, os 
dentes, penteei-me e, voltando ao meu quarto, vesti-me. 
Calcei os sapatos, 13sentei-me um instante à beira da cama. 
Minha avó continuava dormindo. Deveria fugir ou falar com 
ela? Ora, algumas palavras... Que me custava acordá-la, 
dizer-lhe adeus? 
LINS, O. A partida. Seleção e prefácio de 
Sandra Nitrini. São Paulo: Global, 2003. 
No texto, o personagem narrador, na iminência da partida, 
descreve a sua hesitação em separar-se da avó. Esse 
sentimento contraditório fica claramente expresso no trecho 
a) ―A princípio com tranquilidade, e logo com obstinação, 
quis novamente dormir‖ 
b) ―Restava-me, portanto, menos de duas horas, pois o trem 
chegaria às cinco‖ 
c) ―Calcei os sapatos, sentei-me um instante à beira da 
cama‖. 
d) ―Partir, sem dizer nada, deixar quanto antes minhas 
cadeias de disciplina e amor‖ 
e) ―Deveria fugir ou falar com ela? Ora, algumas palavras...‖ 
 
97. (ENEM, 2009) 
Para o Mano Caetano 
 
O que fazer do ouro de tolo 
Quando um doce bardo brada a toda brida, 
Em velas pandas, suas esquisitas rimas? 
 
Geografia de verdades, Guanabaras postiças 
Saudades banguelas, tropicais preguiças? 
A boca cheia de dentes 
 
De um implacável sorriso 
Morre a cada instante 
Que devora a voz do morto, e com isso, 
Ressuscita vampira, sem o menor aviso 
[...] 
E eu lobo-bolo? Lobo-bolo 
Tipo pra rimar com ouro de tolo? 
Oh, Narciso Peixe Ornamental! 
outra vez 
Ou em banto baiano 
Ou em português de Portugal 
Se quiser, até mesmo em americano 
De Natal 
[...] 
LOBÃO. Disponível em: <http://vagalume.uol.com.br>. Acesso em: 14 ago. 
2009 [adaptado]. 
Na letra da canção apresentada, o compositor Lobão explora 
vários recursos da Língua Portuguesa, a fim de conseguir 
efeitos estéticos ou de sentido. Nessa letra, o autor explora o 
extrato sonoro do idioma e o uso de termos coloquiais 
na seguinte passagem 
Curso Pré-Vestibular XII de Maio Simulado 2016.1 
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5 
 
a) ―Quando um doce bardo brada a toda brida‖ (v. 2). 
b) ―Em velas pandas, suas esquisitas rimas?‖ (v. 3). 
c) ―Que devora a voz do morto‖ (v. 9). 
d) ―Lobo-bolo / Tipo pra rimar com ouro de tolo? (v. 11-12). 
e) ―outra vez‖ (v. 14). 
 
98. (ENEM, 2009) O ―Portal Domínio Público‖, lançado em 
novembro de 2004, propõe o compartilhamento de 
conhecimentos de forma equânime e gratuita, colocando à 
disposição de todos os usuários da Internet, uma biblioteca 
virtual que deverá constituir referência para professores, 
alunos, pesquisadores e para a população em geral. Esse 
portal constitui um ambiente virtual que permite a coleta, a 
integração, a preservação e o compartilhamento de 
conhecimentos, sendo seu principal objetivo o de promover o 
amplo acesso às obras literárias, artísticas e científicas (na 
forma de textos, sons, imagens e vídeos), já em domínio 
público ou que tenham a sua divulgação devidamente 
autorizada. 
BRASIL. Ministério da Educação. Disponível em: 
<http://www.dominiopublico.gov.br>. Acesso em: 29 jul. 2009 [adaptado]. 
Considerando a função social das informações geradas nos 
sistemas de comunicação e informação, o ambiente virtual 
descrito no texto exemplifica 
a) a dependência das escolas públicas quanto ao uso de 
sistemas de informação. 
b) a ampliação do grau de interação entre as pessoas, a partir 
de tecnologia convencional. 
c) a democratização da informação, por meio da 
disponibilização de conteúdo cultural e científico à 
sociedade. 
d) a comercialização do acesso a diversas produções culturais 
nacionais e estrangeiras via tecnologia da informação e da 
comunicação. 
e) a produção de repertório cultural direcionado a acadêmicos 
e educadores. 
 
99. (ENEM, 2011) A discussão sobre ―o fim do livro de 
papel‖ com a chegada da mídia eletrônica me lembra a 
discussão idêntica sobre a obsolescência do folheto de cordel. 
Os folhetos talvez não existam mais daqui a 100 ou 200 anos, 
mas, mesmo que isso aconteça, os poemas de Leandro 
Gomes de Barros ou Manuel Camilo dos Santos continuarão 
sendo publicados e lidos — em CD-ROM, em livro 
eletrônico, em ―chips quânticos‖, sei lá o quê. O texto é uma 
espécie de alma imortal, capaz de reencarnar em corpos 
variados: página impressa, livro em Braille, folheto, ―‖, cópia 
manuscrita, arquivo PDF… Qualquer texto pode se 
reencarnar nesses (e em outros) formatos, não importa se é 
ou, se é ou . 
TAVARES, B. 
Disponível em: <http://jornaldaparaiba.globo.com>. 
Ao refletir sobre a possível extinção do livro impresso e o 
surgimento de outros suportes em via eletrônica, o cronista 
manifesta seu ponto de vista, defendendo que 
a) o cordel é um dos gêneros textuais, por exemplo, que será 
extinto com o avanço da tecnologia. 
b) o livro impresso permanecerá como objeto cultural 
veiculador de impressões e de valores culturais. 
c) o surgimento da mídia eletrônica decretou o fim do prazer 
de se ler textos em livros e suportes impressos. 
d) os textos continuarão vivos e passíveis de reprodução em 
novas tecnologias, mesmo que os livros desapareçam. 
e) os livros impressos desaparecerãoe, com eles, a 
possibilidade de se ler obras literárias dos mais diversos 
gêneros. 
 
100. (ENEM, 2012) 
Aqui é o país do futebol 
Brasil está vazio na tarde de domingo, né? 
Olha o sambão, aqui é o país do futebol 
[...] 
No fundo desse país 
Ao longo das avenidas 
Nos campos de terra e grama 
Brasil só é futebol 
Nesses noventa minutos 
De emoção e alegria 
Esqueço a casa e o trabalho 
A vida fica lá fora 
Dinheiro fica lá fora 
A cama fica lá fora 
A mesa fica lá fora 
Salário fica lá fora 
A fome fica lá fora 
A comida fica lá fora 
A vida fica lá fora 
E tudo fica lá fora 
SIMONAL, W. 
Disponível em: http://www.vagalume.com.br. 
Acesso em: 27 out. 2011 (fragmento). 
Na letra da canção, de Wilson Simonal, o futebol, como 
elemento da cultura corporal de movimento e expressão da 
tradição nacional, é apresentado de forma crítica e 
emancipada devido ao fato de 
a) reforçar a relação entre o esporte futebol e o samba. 
b) ser apresentado como uma atividade de lazer. 
c) ser identificado com a alegria da população brasileira. 
d) promover a reflexão sobre a alienação provocada pelo 
futebol. 
e) ser associado ao desenvolvimento do país. 
 
101. (ENEM, 2011) 
Na modernidade, o corpo foi descoberto, despido e modelado 
pelos exercícios físicos da moda. Novos espaços e práticas 
esportivas e de ginástica passaram a convocar as pessoas a 
modelarem seus corpos. Multiplicaram-se as academias de 
ginástica, as salas de musculação e o número de pessoas 
correndo pelas ruas. 
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. Educação Física. 
São Paulo, 2008. 
Diante do exposto, é possível perceber que houve um 
aumento da procura por 
a) exercícios físicos aquáticos (natação/hidroginástica), que 
são exercícios de baixo impacto, evitando o atrito (não 
prejudicando as articulações) e que previnem o 
envelhecimento precoce e melhoram a qualidade de vida. 
b) mecanismos que permitem combinar alimentação e 
exercício físico, que permitem a aquisição e a manutenção de 
níveis adequados de saúde, sem a preocupação com padrões 
de beleza instituídos socialmente. 
c) programas saudáveis de emagrecimento, que evitam 
os prejuízos causados na regulação metabólica, função 
imunológica, integridade óssea e manutenção da 
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capacidade funcional ao longo do envelhecimento. 
d) exercícios de relaxamento, reeducação postural e 
alongamentos, que permitem um melhor funcionamento do 
organismo como um todo, bem como uma dieta alimentar e 
hábitos saudáveis com base em produtos naturais. 
e) dietas que preconizam a ingestão excessiva ou restrita de 
um ou mais macronutrientes (carboidratos, gorduras ou 
proteínas), bem como exercícios que permitem um aumento 
de massa muscular e/ou modelar o corpo. 
 
102. (ENEM, 2010) 
―Todas as manhãs quando acordo, experimento um prazer 
supremo: o de ser Salvador Dalí.‖ 
NÉRET, G. Taschen, 1996. 
Assim escreveu o pintor dos ―relógios moles‖ e das ―girafas 
em chamas‖ em 1931. Esse artista excêntrico deu apoio ao 
general Franco durante a Guerra Civil Espanhola e, por esse 
motivo, foi afastado do movimento surrealista por seu líder, 
André Breton. Dessa forma, Dalí criou seu próprio estilo, 
baseado na interpretação dos sonhos e nos estudos de 
Sigmund Freud, denominado ―método de interpretação 
paranoico‖. Esse método era constituído por textos visuais 
que demonstram imagens 
a) do fantástico, impregnado de civismo pelo governo 
espanhol, em que a busca pela emoção e pela dramaticidade 
desenvolveram um estilo incomparável. 
b) do onírico, que misturava sonho com realidade e interagia 
refletindo a unidade entre o consciente e o inconsciente como 
um universo único ou pessoal. 
c) da linha inflexível da razão, dando vazão a uma forma de 
produção despojada no traço, na temática e nas formas 
vinculadas ao real. 
d) do reflexo que, apesar do termo ―paranoico‖, possui 
sobriedade e elegância advindas de uma técnica de cores 
discretas e desenhos precisos. 
e) da expressão e intensidade entre o consciente e a liberdade, 
declarando o amor 
pela forma de conduzir o enredo histórico dos personagens 
retratados. 
 
103. Analise a charge a seguir: 
 
É correto afirmar que a charge visa a 
a) apoiar a atitude dos alunos e propor a liberação geral da 
frequência às aulas. 
b) enaltecer a escola brasileira e homenagear o trabalho 
docente. 
c) indicar a deflagração de uma greve e incentivar a adesão a 
ela. 
d) recriminar os alunos e declarar apoio à política 
educacional. 
e) criticar a situação atual do ensino e denunciar a evasão 
escolar. 
 
 
104. (ENEM, 2012) 
LXXVIII 
(Camões, 1525 -1580) 
Leda serenidade deleitosa, 
Que representa em terra um paraíso; 
Entre rubis e perlas doce riso; 
Debaixo de ouro e neve cor-de-rosa; 
 
Presença moderada e graciosa, 
Onde ensinando estão despejo e siso 
Que se pode por arte e por aviso, 
Como por natureza, ser fermosa; 
 
Fala de quem a morte e a vida pende, 
Rara, suave; enfim, Senhora, vossa; 
Repouso nela alegre e comedido: 
 
Estas as armas são com que me rende 
E me cativa Amor; mas não que possa 
Despojar-me da glória de rendido. 
CAMÕES, L. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008. 
 
SANZIO, R. (1483-1520). Roma, Galleria Borghese. 
Disponível em: www.arquipelagos.pt. Acesso em: 29 fev. 2012. 
 
A pintura e o poema, embora sendo produtos de duas 
linguagens artísticas diferentes, participaram do mesmo 
contexto social e cultural de produção pelo fato de ambos 
a) apresentarem um retrato realista, evidenciado pelo 
unicórnio presente na pintura e pelos adjetivos usados no 
poema. 
b) valorizarem o excesso de enfeites na apresentação pessoal 
e na variação de atitudes da mulher, evidenciadas pelos 
adjetivos do poema. 
c) apresentarem um retrato ideal de mulher marcado pela 
sobriedade e o equilíbrio, evidenciados pela postura, 
expressão e vestimenta da moça e os adjetivos usados no 
poema. 
d) desprezarem o conceito medieval da idealização da mulher 
como base da produção artística, evidenciado pelos adjetivos 
usados no poema. 
e) apresentarem um retrato ideal de mulher marcado pela 
emotividade e o conflito interior, evidenciados pela expressão 
da moça e pelos adjetivos do poema. 
 
 
 
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105. (ENEM, 2009) 
Confidência do Itabirano 
Alguns anos vivi em Itabira. 
Principalmente nasci em Itabira. 
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. 
Noventa por cento de ferro nas calçadas. 
Oitenta por cento de ferro nas almas. 
E esse alheamento do que na vida é porosidade e 
 [comunicação. 
A vontade de amar, que me paralisa o trabalho, 
vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e 
 [sem horizontes. 
E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, 
é doce herança itabirana. 
De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: 
esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil, 
este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval; 
este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas; 
este orgulho, esta cabeça baixa... 
Tive ouro, tive gado, tive fazendas. 
Hoje sou funcionário público. 
Itabira é apenas uma fotografia na parede. 
Mas como dói! 
ANDRADE, C. D. 
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003. 
Carlos Drummond de Andrade é um dos expoentes do 
movimento modernista brasileiro. Com seus poemas, 
penetrou fundo na alma do Brasil e trabalhou poeticamente as 
inquietudes e os dilemas humanos. Sua poesia é feitade uma 
relação tensa entre o universal e o particular, como se 
percebe claramente na construção do poema. Tendo em vista 
os procedimentos de construção do texto literário e as 
concepções artísticas modernistas, conclui-se que o poema 
acima 
a) representa a fase heroica do modernismo, devido ao tom 
contestatório e à utilização de expressões e usos linguísticos 
típicos da oralidade. 
b) apresenta uma característica importante do gênero lírico, 
que é a apresentação objetiva de fatos e dados históricos. 
c) evidencia uma tensão histórica entre o ―eu‖ e a sua 
comunidade, por intermédio de imagens que representam a 
forma como a sociedade e o mundo colaboram para a 
constituição do indivíduo. 
d) critica, por meio de um discurso irônico, a posição de 
inutilidade do poeta e da poesia em comparação com as 
prendas resgatadas de Itabira. 
e) apresenta influências românticas, uma vez que trata da 
individualidade, da saudade da infância e do amor pela terra 
natal, por meio de recursos retóricos pomposos. 
 
106. (ENEM-2002) Analise a tirinha abaixo para a próxima 
questão. 
De acordo com a história em quadrinhos protagonizada por 
Hagar e seu filho Hamlet, pode-se afirmar que a postura de 
Hagar 
a) valoriza a existência da diversidade social e de culturas, e 
as várias representações e explicações desse universo. 
b) desvaloriza a existência da diversidade social e as várias 
culturas, e determina uma única explicação para esse 
universo. 
c) valoriza a possibilidade de explicar as sociedades e as 
culturas a partir de várias visões de mundo. 
d) valoriza a pluralidade cultural e social ao aproximar a 
visão de mundo de navegantes e não navegantes. 
e) desvaloriza a pluralidade cultural e social, ao considerar o 
mundo habitado apenas pelos navegantes. 
 
107. (ENEM, 2011) 
Entre ideia e tecnologia 
O grande conceito por trás do Museu da Língua é apresentar 
o idioma como algo vivo e fundamental para o entendimento 
do que é ser brasileiro. Se nada nos define com clareza, a 
forma como falamos o português nas mais diversas situações 
cotidianas é talvez a melhor expressão da brasilidade. 
SCARDOVELI, E. Revista Língua Portuguesa. São Paulo: Segmento, Ano 
II, nº 6, 2006 
O texto propõe uma reflexão acerca da língua portuguesa, 
ressaltando para o leitor a 
a) inauguração do museu e o grande investimento em cultura 
no país. 
b) importância da língua para a construção da identidade 
nacional. 
c) afetividade tão comum ao brasileiro, retratada através da 
língua. 
d) relação entre o idioma e as políticas públicas na área de 
cultura. 
e) diversidade étnica e linguística existente no território 
nacional. 
 
108. Analise a tirinha a seguir. 
 
Assinale o trecho do diálogo que apresenta um registro 
informal, ou coloquial, da linguagem. 
a) ―Tá legal, espertinho! Onde é que você esteve?!‖ 
b) ―E lembre-se: se você disser uma mentira, os seus chifres 
cairão!‖ 
c) ―Estou atrasado porque ajudei uma velhinha a atravessar a 
rua...‖ 
d) ―...e ela me deu um anel mágico que me levou a um 
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8 
 
tesouro‖ 
e) ―mas bandidos o roubaram e os persegui até a Etiópia, 
onde um dragão...‖ 
 
109. 
 
Gráficos são exemplos de utilização simultânea das 
linguagens verbal e não verbal. É preciso analisar as duas 
ocorrências para a compreensão do texto. Nos gráficos, os 
elementos visuais e os elementos textuais são fundamentais 
para o entendimento total da mensagem transmitida. No 
gráfico em questão, a linguagem verbal e a linguagem não 
verbal têm como intenção mostrar ao leitor que: 
a) O número de casamentos entre pessoas acima de 60 anos 
diminuiu em um período de cinco anos. 
b) O número de pessoas acima de 60 anos que estão inseridas 
no mercado de trabalho é proporcionalmente inverso à 
quantidade de pessoas que se casam nessa faixa etária. 
c) Apresenta dados para o leitor que comprovam o aumento 
no número de casamentos entre pessoas acima de 60 anos, 
assim como o aumento da inserção de pessoas acima de 60 
anos no mercado de trabalho. 
d) Apresenta a preocupação com a diminuição no número de 
casamentos entre pessoas de várias faixas etárias da 
população brasileira, assim como a dificuldade dessas 
pessoas para conseguir emprego no mercado de trabalho. 
e) Os gráficos não trazem informações suficientes para 
concluir corretamente a respeito da questão. 
 
110. (ENEM, 2009) 
Texto I 
É praticamente impossível imaginarmos nossas vidas sem o 
plástico. Ele está presente em embalagens de alimentos, 
bebidas e remédios, além de eletrodomésticos, automóveis 
etc. Esse uso ocorre devido à sua atoxicidade e à inércia, isto 
é: quando em contato com outras substâncias, o plástico não 
as contamina; ao contrário, protege o produto embalado. 
Outras duas grandes vantagens garantem o uso dos plásticos 
em larga escala: são leves, quase não alteram o peso do 
material embalado, e são 100% recicláveis, fato que, 
infelizmente, não é aproveitado, visto que, em todo o mundo, 
a porcentagem de plástico reciclado, quando comparado ao 
total produzido, ainda é irrelevante. 
Mãe Terra. Minuano, ano I, n. 6 [adaptado]. 
Texto II 
Sacolas plásticas são leves e voam ao vento. Por isso, elas 
entopem esgotos e bueiros, causando enchentes. São 
encontradas até no estômago de tartarugas marinhas, baleias, 
focas e golfinhos, mortos por sufocamento. Sacolas plásticas 
descartáveis são gratuitas para os consumidores, mas têm um 
custo incalculável para o meio ambiente. 
Veja, 8 jul. 2009 [fragmentos de texto publicitário do Instituto Akatu pelo 
Consumo Consciente]. 
 
Na comparação dos textos, observa-se que 
a) o Texto I apresenta um alerta a respeito do efeito da 
reciclagem de materiais plásticos; o Texto II justifica o uso 
desse material reciclado. 
b) o Texto I tem como objetivo precípuo apresentar a 
versatilidade e as vantagens do uso do plástico na 
contemporaneidade; o Texto II objetiva alertar os 
consumidores sobre os problemas ambientais decorrentes de 
embalagens plásticas não recicladas. 
c) o Texto I expõe vantagens, sem qualquer ressalva, do uso 
do plástico; o Texto II busca convencer o leitor a evitar o uso 
de embalagens plásticas. 
d) o Texto I ilustra o posicionamento de fabricantes de 
embalagens plásticas, mostrando por que elas devem ser 
usadas; o Texto II ilustra o posicionamento de consumidores 
comuns, que buscam praticidade e conforto. 
e) o Texto I apresenta um alerta a respeito da possibilidade de 
contaminação de produtos orgânicos e industrializados 
decorrente do uso de plástico em suas embalagens; o Texto II 
apresenta vantagens do consumo de sacolas plásticas: leves, 
descartáveis e gratuitas. 
 
111. (ENEM, 2012) 
Nós, brasileiros, estamos acostumados a ver juras de amor, 
feitas diante de Deus, serem quebradas por traição, interesses 
financeiros e sexuais. Casais se separam como inimigos, 
quando poderiam ser bons amigos, sem traumas. Bastante 
interessante a reportagem sobre separação. Mas acho que os 
advogados consultados, por sua competência, estão 
acostumados a tratar de grandes separações. Será que a 
maioria dos leitores da revista tem obras de arte que precisam 
ser fotografadas antes da separação? Não seria mais útil dar 
conselhos mais básicos? Não seria interessante mostrar que a 
separação amigável não interfere no modo de partilha dos 
bens? Que, seja qual for o tipo de separação,ela não vai 
prejudicar o direito à pensão dos filhos? Que acordo 
amigável deve ser assinado com atenção, pois é bastante 
complicado mudar suas cláusulas? Acho que essas são dicas 
que podem interessar ao leitor médio. 
Disponível em: . Acesso em: 26 fev. 2012 [adaptado]. 
O texto foi publicado em uma revista de grande circulação na 
seção de carta do leitor. Nele, um dos leitores manifesta-se 
acerca de uma reportagem publicada na edição anterior. Ao 
fazer sua argumentação, o autor do texto 
a) faz uma síntese do que foi abordado na reportagem. 
b) discute problemas conjugais que conduzem à separação. 
c) aborda a importância dos advogados em processos de 
separação. 
d) oferece dicas para orientar as pessoas em processos de 
separação. 
e) rebate o enfoque dado ao tema pela reportagem, lançando 
novas ideias. 
 
112. (ENEM, 2011) 
No capricho 
O Adãozinho, meu cumpade, enquanto esperava pelo 
delegado, olhava para um quadro, a pintura de uma 
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senhora. Ao entrar a autoridade e percebendo que o cabôco 
admirava tal figura, perguntou: ―Que tal? Gosta desse 
quadro?‖. E o Adãozinho, com toda a sinceridade que Deus 
dá ao cabôco da roça: ―Mas pelo amor de Deus, hein, dotô! 
Que muié feia! Parece fiote de cruis-credo, parente do deus-
me-livre, mais horríver que briga de cego no escuro‖. Ao que 
o delegado não teve como deixar de confessar, um pouco 
secamente: ―É a minha mãe‖. E o cabôco, em cima da bucha, 
não perde a linha: ―Mais dotô, inté que é uma feiura 
caprichada‖. 
BOLDRIN, R. Almanaque Brasil de Cultura Popular. São Paulo: Andreato 
Comunicação e Cultura, nº 62, 2004 [adaptado]. 
 
Por suas características formais, por sua função e uso, o texto 
pertence ao gênero 
a) anedota, pelo enredo e humor característicos. 
b) crônica, pela abordagem literária de fatos do cotidiano. 
c) depoimento, pela apresentação de experiências pessoais. 
d) relato, pela descrição minuciosa de fatos verídicos. 
e) reportagem, pelo registro impessoal de situações reais. 
 
113. (UERJ) 
 
Mineiro de Araguari, o cartunista Caulos já publicou seus 
trabalhos em diversos jornais, entre eles o Jornal do Brasil e o 
The New York Times. No cartum apresentado, o significado 
da palavra escrita é reforçado pelos elementos visuais, 
próprios da linguagem não verbal. A separação das letras da 
palavra em balões distintos contribui para expressar 
principalmente a seguinte ideia: 
a) dificuldade de conexão entre as pessoas 
b) aceleração da vida na contemporaneidade 
c) desconhecimento das possibilidades de diálogo 
d) desencontro de pensamentos sobre um assunto 
e) conexão entre as pessoas através do pensamento 
 
114. (ENEM, 2009) 
Nunca se falou e se preocupou tanto com o corpo como nos 
dias atuais. É comum ouvirmos anúncios de uma nova 
academia de ginástica, de uma nova forma de dieta, de uma 
nova técnica de autoconhecimento e outras práticas de saúde 
alternativa, em síntese, vivemos nos últimos anos a 
redescoberta do prazer, voltando nossas atenções ao nosso 
próprio corpo. Essa valorização do prazer individualizante se 
estrutura em um verdadeiro culto ao corpo, em analogia a 
uma religião, assistimos hoje ao surgimento de novo 
universo: a corpolatria. 
CODO, W.; SENNE, W. O que é corpo(latria). Coleção Primeiros Passos. 
Brasiliense, 1985 (adaptado). 
Sobre esse fenômeno do homem contemporâneo presente nas 
classes sociais brasileiras, principalmente, na classe média, a 
corpolatria 
a) é uma religião pelo avesso, por isso outra religião; 
inverteram-se os sinais, a busca da felicidade eterna antes 
carregava em si a destruição do prazer, hoje implica o seu 
culto. 
b) criou outro ópio do povo, levando as pessoas a buscarem 
cada vez mais grupos igualitários de integração social. 
c) é uma tradução dos valores das sociedades 
subdesenvolvidas, mas em países considerados do primeiro 
mundo ela não consegue se manifestar porque a população 
tem melhor educação e senso crítico. 
d) tem como um de seus dogmas o narcisismo, significando o 
―amar o próximo como se ama a si mesmo‖. 
e) existe desde a Idade Média, entretanto esse acontecimento 
se intensificou a partir da Revolução Industrial no século 
XIX e se estendeu até os nossos dias. 
 
115. (ENEM, 2009) 
Diferentemente do texto escrito, que em geral compele os 
leitores a lerem numa onda linear – da esquerda para a direita 
e de cima para baixo, na página impressa – hipertextos 
encorajam os leitores a moverem-se de um bloco de texto a 
outro, rapidamente e não sequencialmente. Considerando que 
o hipertexto oferece uma multiplicidade de caminhos a 
seguir, podendo ainda o leitor incorporar seus caminhos e 
suas decisões como novos caminhos, inserindo informações 
novas, o leitor-navegador passa a ter um papel mais ativo e 
uma oportunidade diferente da de um leitor de texto 
impresso. Dificilmente dois leitores de hipertextos farão os 
mesmos caminhos e tomarão as mesmas decisões. 
 
MARCUSCHI, L. A. Cognição, linguagem e práticas interacionais. Rio: 
Lucerna, 2007. 
No que diz respeito à relação entre o hipertexto e o 
conhecimento por ele produzido, o texto apresentado deixa 
claro que o hipertexto muda a noção tradicional de autoria, 
porque 
a) é o leitor que constrói a versão final do texto. 
b) o autor detém o controle absoluto do que escreve. 
c) aclara os limites entre o leitor e o autor. 
d) propicia um evento textual-interativo em que apenas o 
autor é ativo. 
e) só o autor conhece o que eletronicamente se dispõe para o 
leitor. 
 
Leia o texto abaixo para responder as próximas duas 
questões. 
Nasce um escritor 
 
 ―O primeiro dever passado pelo novo professor de 
português foi uma descrição tendo o mar como tema. A 
classe inspirou-se, toda ela, nos encapelados mares de 
Camões, aqueles nunca dantes navegados; o episódio do 
Adamastor foi reescrito pela meninada. Prisioneiro no 
internato, eu vivia na saudade das praias do Pontal onde 
conhecera a liberdade e o sonho. O mar de Ilhéus foi o tema 
de minha descrição. Padre Cabral levara os deveres 
para corrigir em sua cela. 
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10 
 
 Na aula seguinte, entre risonho e solene, anunciou a 
existência de uma vocação autêntica de escritor naquela sala 
de aula. Pediu que escutassem com atenção o dever que ia 
ler. Tinha certeza, afirmou, que o autor daquela página seria 
no futuro um escritor conhecido. Não regateou elogios. Eu 
acabara de completar onze anos. 
 Passei a ser uma personalidade, segundo os cânones do 
colégio, ao lado dos futebolistas, dos campeões de 
matemática e de religião, dos que obtinham medalhas. Fui 
admitido numa espécie de Círculo Literário onde brilhavam 
alunos mais velhos. Nem assim deixei de me sentir 
prisioneiro, sensação permanente durante os dois anos em 
que estudei no colégio dos jesuítas. 
 Houve, porém, sensível mudança na limitada vida do 
aluno interno: o padre Cabral tomou-me sob sua proteção e 
colocou em minhas mãos livros de sua estante. Primeiro "As 
Viagens de Gulliver", depois clássicos portugueses, traduções 
de ficcionistas ingleses e franceses. 
 Data dessa época minha paixão por Charles Dickens. 
Demoraria ainda a conhecer Mark Twain, o norte-americano 
não figurava entre os prediletos do padre Cabral. Recordo 
com carinho a figura do jesuíta português erudito e amável. 
 Menos por me haver anunciado escritor, sobretudo por me 
haver dado o amor aos livros, por me haver revelado o 
mundo da criaçãoliterária. Ajudou-me a suportar aqueles 
dois anos de internato, a fazer mais leve a minha prisão, 
minha primeira prisão‖. 
(Jorge Amado) 
 
116. Padre Cabral, numa determinada passagem do texto, 
ordena que os alunos: 
a) Façam uma descrição sobre o mar; 
b) Descrevam os mares encapelados de Camões; 
c) Reescrevam o episódio do Gigante Adamastor;. 
d) Façam uma descrição dos mares nunca dantes navegados; 
e) Retirem de Camões inspiração para descrever o mar. 
 
117. Segundo o texto, para executar o dever imposto por 
Padre Cabral, a classe toda usou de um certo: 
a) Conhecimento extraído de "As viagens de Gulliver"; 
b) Assunto extraído de traduções de ficcionistas ingleses e 
franceses; 
c) Amor por Charles Dickens; 
d) Mar descrito por Mark Twain; 
e) Saber já feito, já explorado por célebre autor. 
 
Leia o texto a seguir para responder a questão 118. 
 
 Em redor, o vasto campo. Mergulhado em névoa branda, o 
verde era pálido e opaco. Contra o céu, erguiam-se os negros 
penhascos tão retos que pareciam recortados a faca. Espetado 
na ponta da pedra mais alta, o sol espiava atrás de uma 
nuvem. 
 ―Onde, meu Deus?! – perguntava a mim mesma – Onde vi 
esta mesma paisagem, numa tarde assim igual?‖ 
 Era a primeira vez que eu pisava naquele lugar. Nas 
minhas andanças pelas redondezas, jamais fora além do vale. 
Mas nesse dia, sem nenhum cansaço, transpus a colina e 
cheguei ao campo. Que calma! E que desolação. Tudo aquilo 
– disso estava bem certa – era completamente inédito pra 
mim. Mas por que então o quadro se identificava, em todas as 
minúcias, a uma imagem semelhante lá nas profundezas da 
minha memória? Voltei-me para o bosque que se estendia à 
minha direita. Esse bosque eu também já conhecera com sua 
folhagem cor de brasa dentro de uma névoa dourada. ―Já vi 
tudo isto, já vi... Mas onde? E quando?‖ 
 Fui andando em direção aos penhascos. Atravessei o 
campo. E cheguei à boca do abismo cavado entre as pedras. 
Um vapor denso subia como um hálito daquela garganta de 
cujo fundo insondável vinha um remotíssimo som de água 
corrente. Aquele som eu também conhecia. Fechei os olhos. 
―Mas se nunca estive aqui! Sonhei, foi isso? Percorri em 
sonho estes lugares e agora os encontros palpáveis, reais? Por 
uma dessas extraordinárias coincidências teria eu antecipado 
aquele passeio enquanto dormia?‖ 
 Sacudi a cabeça, não, a lembrança – tão antiga quanto 
viva – escapava da inconsciência de um simples sonho. 
(Lygia Fagundes Telles, "Oito contos de amor") 
 
118. A frase ―Já vi tudo isso, já vi... Mas onde?‖ O uso das 
reticências sugere: 
a) Impaciência; 
b) Impossibilidade; 
c) Incerteza; 
d) Irritação; 
e) Inquietação. 
 
119. As autoridades sauditas prenderam neste domingo uma 
ativista que lançou uma campanha para desafiar a proibição 
que impede mulheres de dirigir no reino conservador e que 
postou um vídeo na Internet no qual aparece dirigindo, 
disseram ativistas. O vídeo no Youtube, postado na quinta-
feira, atraiu mais de 500 mil exibições e mostra Manal 
Alsharif, que aprendeu a dirigir nos Estados Unidos, 
dirigindo seu carro em Khobar, na Província Oriental. ''A 
polícia prendeu Alsharif às 3 horas da manhã; ela estava 
inquieta, nas proximidades do saguão do hotel'', disse Maha 
Taher, outra também ativista que lançou sua própria 
campanha há quatro meses para que quaisquer mulheres 
dirijam, a fim de aumentar a consciência sobre a questão. 
http://www.folha.uol.com.br/mundo/ 
22/05/2011 (Adaptado) 
No conjunto das palavras ''prenderam'', ''campanha'', ''quatro'', 
''mulheres'' e ''consciência'', retiradas do texto, existem: 
a) 5 dígrafos e 2 encontros consonantais. 
b) 5 dígrafos e 4 encontros consonantais. 
c) 6 dígrafos e 3 encontros consonantais. 
d) 6 dígrafos e 4 encontros consonantais. 
e) 7 dígrafos e 2 encontros consonantais. 
 
120. 
 
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11 
 
Sobre o texto e destaque, leia as assertivas, observe e 
responda: 
I. Possui fonemas de outra língua além da portuguesa, mais 
precisamente de um país de língua anglo-saxã; 
II. Utiliza uma mistura entre representação visual e 
representação gráfica, conectadas entre si; 
III. Faz uso de um recurso pitoresco para a complementação 
de fonemas. 
a) Apenas I é verdadeira. 
b) Apenas II é verdadeira. 
c) Apenas III é verdadeira. 
d) Apenas I e II são verdadeiras. 
e) Apenas II e III são verdadeiras. 
 
121. 
 
As palavras ‗‗efeito‘‘, ‗‗suína‘‘ e ‗‗assopra‘‘, destacadas da 
charge, estariam corretamente separadas silabicamente assim: 
a) e-fe-i-to, suí-na, as-so-pra 
b) e-fei-to, su-ína, a-sso-pra 
c) e-fei-to, su-í-na, as-so-pra 
d) e-fe-i-to, su-í-na, as-so-pra 
e) e-fei-to, su-í-na, a-sso-pra 
 
122. Leia o texto abaixo e responda a questão. 
 O cronista trabalha com um instrumento de grande 
divulgação, influência e prestígio, que é a palavra impressa. 
Um jornal, por menos que seja, é um veículo de ideias que 
são lidas, meditadas e observadas por uma determinada 
corrente de pensamento formada à sua volta. 
 Um jornal é um pouco como um organismo humano. Se o 
editorial é o cérebro; os tópicos e notícias, as artérias e veias; 
as reportagens, os pulmões; o artigo de fundo, o fígado; e as 
seções, o aparelho digestivo – a crônica é o seu coração. 
 A crônica é matéria tácita de leitura, que desafoga o leitor 
da tensão do jornal e lhe estimula um pouco a função do 
sonho e uma certa disponibilidade dentro de um cotidiano 
quase sempre ―muito tido, muito visto, muito conhecido‖, 
como diria o poeta Rimbaud. 
 Daí a seriedade do ofício do cronista e a frequência com 
que ele, sob a pressão de sua tirania diária, aplica-lhe balões 
de oxigênio. Os melhores cronistas do mundo, que foram os 
do século XVIII, na Inglaterra – os chamados essayists – 
praticaram o essay, isto de onde viria a sair a crônica 
moderna, com um zelo artesanal tão proficiente quanto o de 
um bom carpinteiro ou relojoeiro. Libertados da noção 
exclusivamente moral do primitivo essay, os oitocentistas 
ingleses deram à crônica suas primeiras lições de liberdade, 
casualidade e lirismo, sem perda do valor formal e da 
objetividade. Addison, Steele, Goldsmith e sobretudo Hazlitt 
e Lamb – estes os dois maiores, – fizeram da crônica, como 
um bom mestre carpinteiro o faria com uma cadeira, um 
objeto leve mas sólido, sentável por pessoas gordas ou 
magras. (…) 
 Num mundo doente a lutar pela saúde, o cronista não se 
pode comprazer em ser também ele um doente; em cair na 
vaguidão dos neurastenizados pelo sofrimento físico; na falta 
de segurança e objetividade dos enfraquecidos por excessos 
de cama e carência de exercícios. Sua obrigação é ser leve, 
nunca vago; íntimo, nunca intimista; claro e preciso, nunca 
pessimista. Sua crônica é um copo d‘água em que todos 
bebem, e a água há de ser fresca, limpa, luminosa, para 
satisfação real dos que nela matam a sede. 
(Vinicius de Moraes. Poesia Completa e Prosa. Aguilar, 1974, p. 591-2) 
 
Na expressão ‗‗tirania diária‘‘ encontram-se, 
respectivamente: 
a) três hiatos. 
b) dois ditongos e um hiato. 
c) dois hiatos e um ditongo. 
d) um hiato e dois ditongos. 
e) um ditongo e dois hiatos. 
 
123. 
 
 
A palavra ‗‗mensagens‘‘ está grafada com g, assim como 
deve ser grafada também com g: 
a) magestade 
b) genipapo 
c) rabugento 
d) lambugem 
e) mangedoura 
 
124. Leia os textos a seguir para responder a questão. 
 
TEXTO 1 
 
 A serpente mostrava ser a mais cautelosa de todos os 
animais selváticos do campo, que Jeová Deus havia feito. 
Assim, ela começou a dizer à mulher: ―É realmente assim 
que Deus disse, que não deveis comer de toda árvore do 
jardim?‖A isso a mulher disse à serpente: ―Do fruto das 
árvores do jardim podemos comer. Mas quanto a comer do 
fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus 
disse: ‗Não deveis comer dele, não, nem deveis tocar 
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12 
 
nele, para que não morrais.‘ ‖ A isso a serpente disse à 
mulher: ―Positivamente não morrereis. Porque Deus sabe 
que, no mesmo dia que em que comerdes dele, forçosamente 
se abrirão os vossos olhos e forçosamente sereis como Deus, 
sabendo o que é bom e o que é mau.‖ 
 Consequentemente, a mulher viu que a árvore era boa para 
alimento e que era algo para os olhos anelarem. De modo que 
começou a tomar do seu fruto e a comê-lo. Depois deu 
também dele a seu esposo, quando estava com ela, e ele 
começou a comê-lo. Abriram-se então os olhos e começaram 
a perceber que estavam nus. Por isso coseram folhas de 
figueira e fizeram para si coberturas para os lombos. 
(Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas.) 
 
TEXTO 2 
 
 Você já ouviu a história de Adão e Eva? Se não leu, 
certamente ouviu alguém contar, e deve se lembrar do que 
aconteceu com os dois. Com os dois e com a serpente, é 
claro. Conta a Bíblia que Adão e Eva viviam muito felizes no 
Paraíso, onde só havia uma proibição: eles não podiam 
experimentar o gosto da maçã. Adão, mais obediente, bem 
que não queria comer a tal da maçã. Mas Eva falou tão bem 
dela, fez com que parecesse tão gostosa, que o pobre coitado 
não resistiu. Foi dar a primeira mordida e perder o lugar no 
Paraíso… Se Eva vivesse hoje, seria uma ótima publicitária, 
uma profissional de propaganda. Afinal, ela soube convencer 
Adão de que valia a pena pagar um preço tão alto por uma 
simples maçã. Mas, se a gente pensar bem, Eva não foi a 
primeira publicitária. Antes dela, houve uma outra, a 
serpente. Simbolizando o demônio, foi a serpente que criou, 
na mulher, o desejo de experimentar o fruto proibido. E, 
assim, nasceu a propaganda. 
(André Carvalho & Sebastião Martins. Propaganda.) 
 
Chama-se cacofonia ao som desagradável, proveniente da 
união das sílabas finais de uma palavra com as iniciais da 
seguinte. 
(Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa). 
 
Normalmente, a palavra produzida na cacofonia é de sentido 
ridículo e baixo. Podemos encontrar no texto passagem em 
que o autor poderia ter invertido a ordem dos termos, mas 
não o fez certamente porque geraria uma cacofonia de muito 
mau gosto, até mesmo veiculadora de preconceito, o que 
seria altamente indesejável. 
Assinale a alternativa que ilustra os comentários sobre essa 
possibilidade de expressão linguística. 
a) Você já ouviu a história de Adão e Eva? = Você já ouviu a 
história de Eva e Adão? 
b) … e deve se lembrar do que aconteceu com os dois. = … e 
deve lembrar-se do que aconteceu com os dois. 
c) … o pobre coitado não resistiu. = … não resistiu o pobre 
coitado. 
d) … pagar um preço tão alto por uma simples maçã. = … 
pagar um preço tão alto por uma maçã simples. 
e) E, assim, nasceu a propaganda. = E a propaganda assim 
nasceu. 
 
125. Leia o texto a seguir. 
A marcha galopante das tecnologias teve por primeiro 
resultado multiplicar em enormes proporções tanto a massa 
das notícias que circulam quanto as ocasiões de sermos 
solicitados por elas. Os profissionais têm tendência a 
considerar esta inflação como automaticamente favorável ao 
público, pois dela tiram proveito e tornam-se obcecados pela 
imagem liberal do grande mercado em que cada um, dotado 
de luzes por definição iguais, pode fazer sua escolha em toda 
liberdade. Isso jamais foi realizado e tende a nunca ser. Na 
verdade, os leitores, ouvintes, telespectadores, mesmo se se 
abandonam a sua bulimia¹, não são realmente nutridos por 
esta indigesta sopa de informações e sua busca finaliza em 
frustração. Cada vez mais frequentemente, até, eles ressentem 
esse bombardeio de riquezas falsas como agressivo e se 
refugiam na resistência a toda ou qualquer informação. 
 
O verdadeiro problema das sociedades pós-industriais não é a 
penúria², mas a abundância. As sociedades modernas têm a 
sua disposição muito mais do que necessitam em objetos, 
informações e contatos. Ou, mais exatamente, disso resulta 
uma desarmonia entre uma oferta, não excessiva, mas 
incoerente, e uma demanda que, confusamente, exige uma 
escolha muito mais rápida a absorver. Por isso os órgãos de 
informação devem escolher, uma vez que o homem 
contemporâneo apressado, estressado, desorientado busca 
uma linha diretriz, uma classificação mais clara, um 
condensado do que é realmente importante. 
 
1: fome excessiva, desejo descontrolado. 
2: miséria, pobreza 
VOYENNE, B. Informação hoje. Lisboa: Armand Colin, 1975 (adaptado). 
 
Com o uso das novas tecnologias, os domínios midiáticos 
obtiveram um avanço maior e uma presença mais atuante 
junto ao público, marcada ora pela quase simultaneidade das 
informações, ora pelo uso abundante de imagens. A relação 
entre as necessidades da sociedade moderna e a oferta de 
informação, segundo o texto, é desarmônica, porque: 
a) o jornalista seleciona as informações mais importantes 
antes de publicá-las. 
b) o ser humano precisa de muito mais conhecimento do que 
a tecnologia pode dar. 
c) o problema da sociedade moderna é a abundância de 
informações e de liberdade de escolha. 
d) a oferta é incoerente com o tempo que as pessoas têm para 
digerir a quantidade de informação disponível. 
e) a utilização dos meios de informação acontece de maneira 
desorganizada e sem controle efetivo. 
 
126. 
Aquele bêbado 
 
— Juro nunca mais beber — e fez o sinal da cruz com os 
indicadores. Acrescentou: — Álcool. 
 
O mais, ele achou que podia beber. Bebia paisagens, músicas 
de Tom Jobim, versos de Mário Quintana. Tomou um pileque 
de Segall. Nos fins de semana embebedava-se de Ìndia 
Reclinada, de Celso Antônio. 
 
— Curou-se 100% de vício — comentavam os amigos. Só 
ele sabia que andava bêbado que nem um gambá. Morreu de 
etilismo abstrato, no meio de uma carraspana de pôr de sol no 
Leblon, e seu féretro ostentava inúmeras coroas de ex-
alcoólatras anônimos. 
ANDRADE, C. D. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record, 1991. 
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13 
 
A causa mortis do personagem, expressa no último parágrafo, 
adquire um efeito: 
a) irônico no texto porque, ao longo da narrativa, ocorre uma 
metaforização do sentido literal do verbo ―beber‖. 
b) aproximação exagerada da estética abstracionista. 
c) apresentação gradativa da coloquialidade da linguagem. 
d) exploração hiperbólica da expressão ―inúmeras coroas‖. 
e) citação aleatória de nomes de diferentes artistas. 
 
127. 
 
O sedutor médio 
 
Vamos juntar 
Nossas rendas e 
expectativas de vida 
querida, 
o que me dizes? 
Ter 2, 3 filhos 
e ser meio felizes? 
 
VERISSIMO, L. F. Poesia numa hora dessas?! Rio de Janeiro: Objetiva, 2002. 
 
No poema acima, é possível reconhecer a presença de 
posições críticas: 
a) nos três primeiros versos, em que ―juntar expectativas de 
vida‖ significa que, juntos, os cônjuges poderiam viver mais, 
o que faz do casamento uma convenção benéfica. 
b) na mensagem veiculada pelo poema, em que os valores da 
sociedade são ironizados, o que é acentuado pelo uso do 
adjetivo ―médio‖ no título e do advérbio ―meio‖ no verso 
final. 
c) no verso ―e ser meio felizes? ‖, em que ―meio‖ é sinônimo 
de metade, ou seja, no casamento, apenas um dos cônjuges se 
sentiria realizado. 
d) nos dois primeiros versos, em que ―juntar rendas‖ indica 
que o sujeitopoético passa por dificuldades financeiras e 
almeja os rendimentos da mulher. 
e) no título, em que o adjetivo ―médio‖ qualifica o sujeito 
poético como desinteressante ao sexo oposto e inábil em 
termos de conquistas amorosas. 
 
128. As florestas tropicais estão entre os maiores, mais 
diversos e complexos biomas do planeta. Novos estudos 
sugerem que elas sejam potentes reguladores do clima, ao 
provocarem um fluxo de umidade para o interior dos 
continentes, fazendo com que essas áreas de floresta não 
sofram variações extremas de temperatura e tenham umidade 
suficiente para promover a vida. Um fluxo puramente físico 
de umidade do oceano para o continente, em locais onde não 
há florestas, alcança poucas centenas de quilômetros. 
Verifica-se, porém, que as chuvas sobre florestas nativas não 
dependem da proximidade do oceano. Esta evidência aponta 
para a existência de uma poderosa "bomba biótica de 
umidade" em lugares como, por exemplo, a bacia amazônica. 
Devido à grande e densa área de folhas, as quais são 
evaporadores otimizados, essa "bomba" consegue devolver 
rapidamente a água para o ar, mantendo ciclos de evaporação 
e condensação que fazem a umidade chegar a milhares de 
quilômetros no interior do continente. 
A. D. Nobre. Almanaque Brasil Socioambiental. Instituto Socioambiental, 2008, p. 368-
9 (com adaptações). 
As florestas crescem onde chove, ou chove onde crescem as 
florestas? De acordo com o texto: 
a) onde chove, há floresta. 
b) onde a floresta cresce, chove. 
c) onde há oceano, há floresta. 
d) apesar da chuva, a floresta cresce. 
e) no interior do continente, só chove onde há floresta. 
 
129. eu gostava muito de passeá… saí com as minhas 
colega… brincá na porta di casa di vôlei… andá de patins… 
bicicleta… quando eu levava um tombo ou outro… eu era a 
palhaça da turma… (risos)… eu acho que foi uma das fase 
mais… assim… gostosa da minha vida foi… essa fase de 
quinze… dos meus treze aos dezessete ano… 
.P.S., sexo feminino, 38 anos, nível de ensino fundamental. 
Projeto Fala Goiana, UFG. 2010 (inédito). 
 
Um aspecto da composição estrutural que caracteriza o relato 
pessoal de A.P.S. como modalidade falada da língua é: 
a) predomínio de linguagem informal entrecortada por 
pausas. 
b) vocabulário regional desconhecido em outras variedades 
do português. 
c) realização do plural conforme as regras da tradição 
gramatical. 
d) ausência de elementos promotores de coesão entre os 
eventos narrados. 
e) presença de frases incompreensíveis a um leitor iniciante. 
 
130. 
Aula de Português 
 
A linguagem 
na ponta da língua 
tão fácil de falar 
e de entender. 
 
A linguagem 
na superfície estrelada de letras, 
sabe lá o que quer dizer? 
 
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, 
e vai desmatando 
o amazonas de minha ignorância. 
Figuras de gramática, esquipáticas, 
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me. 
 
Já esqueci a língua em que comia, 
em que pedia para ir lá fora, 
em que levava e dava pontapé, 
a língua, breve língua entrecortada 
do namoro com a priminha. 
 
O português são dois; o outro, mistério. 
Carlos Drummond de Andrade. Esquecer para lembrar. Rio de Janeiro: José Olympio, 
1979. 
 
No poema, a referência à variedade padrão da língua está 
expressa no seguinte trecho: 
a) ―A linguagem / na ponta da língua‖ (v.1 e 2). 
b) ―A linguagem / na superfície estrelada de letras‖ 
(v.5 e 6). 
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14 
 
c) ―[a língua] em que pedia para ir lá fora‖ (v.14). 
d) ―[a língua] em que levava e dava pontapé‖ (v.15). 
e) ―[a língua] do namoro com a priminha‖ (v.17). 
 
131. Leia o texto a seguir para responder a questão. 
 
 Em 2009, a Escola Estadual D. Pedro I, na aldeia Betânia, 
onde vivem cinco mil ticunas (estima-se que haja 32 mil 
ticunas vivendo no Alto Solimões, entre a Amazônia 
brasileira, a colombiana e a peruana), ficou na rabeira do 
Enem, o Exame Nacional do Ensino Médio. O colégio, 
frequentado por 600 jovens representantes da etnia, ostentou 
o último lugar. 
 ―Há dois ou três anos, todos os professores eram de fora 
da aldeia, A Organização Geral dos Professores Ticuna 
Bilíngues foi formando professores indígenas, e o quadro 
mudou. Nossa escola é muito boa. Tem um ponto de internet. 
Há dois anos, temos eletricidade. Nosso problema é a língua. 
Das regiões de Tefé a Tabatinga, predomina a etnia ticuna. 
Eu acho que justifica lutar por uma universidade ticuna‖, diz 
Saturnino, um dos poucos fluentes em português na aldeia 
Betânia. 
 São índios. Mas não adoram o Sol, a Lua, as estrelas, os 
animais, as árvores. Praticam, sim, com afinco, a religião 
batista, imposta por um missionário americano, o pastor 
Eduardo – provavelmente, Edward – que passou por ali, pelo 
Alto Solimões, a região mais isolada da Amazônia, no 
amanhecer dos anos 60. São brasileiros, amazonenses, porém 
não assistem à novela das oito nem ouvem sertanejo 
universitário. Eles se ligam na TV colombiana e escutam 
música importada do país vizinho, que ecoa estrondosa dos 
casebres de madeira. O único sinal de que devem passear de 
vez em quando pela Globo é o penteado do Neymar 
enfeitando as cabeleiras e corridas e negras. Não falam 
português fluentemente. As crianças nem sequer entendem. A 
língua dos bate-papos animados é o ticuna. No entanto, são 
obrigados a aprender matemática, química, física, história, 
geografia etc. na língua-pátria. Uma situação insólita: na 
língua que não dominam, o português, os jovens precisam ler 
e escrever – e prestar exames. E, na língua que dominam, o 
ticuna, também encontram limitações na leitura e na escrita, 
por tratar-se de uma língua de tradição oral. Assim caminha a 
juventude ticuna: soterrada numa salada de identidades. 
(MONTEIRO, Karla, A pior escola do Brasil? Revista Samuel, número 1, 2012, pp. 36-
39. Adaptado.) 
 
O título – A pior escola do Brasil? – justifica-se em relação 
ao conteúdo do texto pelo seguinte: 
a) as demais escolas no território nacional apresentaram 
resultados piores do que a escola ticuna; logo, o título 
representa a crítica da autora sobre a escola ticuna ser a pior 
escola do Brasil nos exames do Enem. 
b) as questões do Enem são elaboradas em nível de 
dificuldade muito superior ao desejável para os alunos do 
ensino médio no Brasil; assim, o título apresenta um 
questionamento da autora sobre a adequação da exigência dos 
exames do Enem. 
c) os professores da escola ticuna são estrangeiros 
incumbidos de ensinar diversas matérias; dessa forma, o 
título evidencia a contestação da autora quanto a professores 
não saberem falar a língua nacional. 
d) a televisão faz grande diferença na formação dos 
estudantes; por conseguinte, o título apresenta a indignação 
da autora com relação à falta de aparelhos de televisão na 
aldeia dos ticunas. 
e) os brasileiros falantes do ticuna têm de aprender as 
disciplinas convencionais por meio da língua portuguesa; 
logo, o título sugere uma crítica da autora à comparação 
equivocada de desempenho nos exames do Enem. 
 
132. Leia o texto a seguir. 
 
Ai, palavras, ai, palavras, 
que estranha potência a vossa! 
 
Todo o sentido da vida 
principia a vossa porta: 
o mel do amor cristaliza 
seu perfume em vossa rosa; 
sois o sonho e sois a audácia, 
calúnia, fúria, derrota... 
 
A liberdade das almas, 
ai! com letras se elabora... 
E dos venenos humanos 
sois a mais fina retorta: 
frágil, frágil, como o vidro 
e mais que o aço poderosa! 
Reis, impérios, povos, tempos, 
pelo vosso impulso rodam... 
MEIRELLES, C. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985 (fragmento). 
 
O fragmento destacado foi transcrito do Romanceiro da 
Inconfidência, de Cecília Meireles. Centralizadano episódio 
histórico da Inconfidência Mineira, a obra, no entanto, 
elabora uma reflexão mais ampla sobre a seguinte relação 
entre o homem e a linguagem: 
a) A força e a resistência humanas superam os danos 
provocados pelo poder corrosivo das palavras. 
b) As relações humanas, em suas múltiplas esferas, têm seu 
equilíbrio vinculado ao significado das palavras. 
c) O significado dos nomes não expressa de forma justa e 
completa a grandeza da luta do homem pela vida. 
d) Renovando o significado das palavras, o tempo permite às 
gerações perpetuar seus valores e suas crenças. 
e) Como produto da criatividade humana, a linguagem tem 
seu alcance limitado pelas intenções e gestos. 
 
133. A Propaganda pode ser definida como divulgação 
intencional e constante de mensagens destinadas a um 
determinado auditório visando criar uma imagem positiva ou 
negativa de determinados fenômenos. A Propaganda está 
muitas vezes ligada à ideia de manipulação de grandes 
massas por parte de pequenos grupos. Alguns princípios da 
Propaganda são: o princípio da simplificação, da saturação, 
da deformação e da parcialidade. 
(Adaptado de Norberto Bobbio, et al. Dicionário de Política) 
 
Segundo o texto, muitas vezes a propaganda: 
a) não permite que minorias imponham ideias à maioria. 
b) depende diretamente da qualidade do produto que é 
vendido. 
c) favorece o controle das massas difundindo as 
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15 
 
contradições do produto. 
d) está voltada especialmente para os interesses de quem 
vende o produto. 
e) convida o comprador à reflexão sobre a natureza do que se 
propõe vender. 
 
134. Na frase ‗‗No restaurante, onde entrei arrastando os 
cascos como um dromedário, resolvi-me ver livre das 
galochas‘‘, existem: 
a) 2 ditongos, sendo 1 crescente e 1 decrescente. 
b) 3 ditongos, sendo 2 crescentes e 1 decrescente. 
c) 3 ditongos, sendo 1 crescente e 2 decrescentes. 
d) 4 ditongos, sendo 2 crescentes e 2 decrescentes. 
e) 4 ditongos, sendo 3 crescentes e 1 decrescente. 
 
135. A essência da teoria democrática é a supressão de 
qualquer imposição de classe, fundada no postulado ou na 
crença de que os conflitos e problemas humanos – 
econômicos, políticos, ou sociais – são solucionáveis pela 
educação, isto é, pela cooperação voluntária, mobilizada pela 
opinião pública esclarecida. Está claro que essa opinião 
pública terá de ser formada à luz dos melhores 
conhecimentos existentes e, assim, a pesquisa científica nos 
campos das ciências naturais e das chamadas ciências sociais 
deverá se fazer a mais ampla, a mais vigorosa, a mais livre, e 
a difusão desses conhecimentos, a mais completa, a mais 
imparcial e em termos que os tornem acessíveis a todos. 
(Anísio Teixeira, ‗‗Educação é um direito‘‘. Adaptado.) 
 
De acordo com o texto, a sociedade será democrática quando: 
a) sua base for a educação sólida do povo, realizada por meio 
da ampla difusão do conhecimento. 
b) a parcela do público que detém acesso ao conhecimento 
científico e político passar a controlar a opinião pública. 
c) a opinião pública se formar com base tanto no respeito às 
crenças religiosas de todos quanto no conhecimento 
científico. 
d) a desigualdade econômica for eliminada, criando-se, 
assim, a condição necessária para que o povo seja livremente 
educado. 
e) a propriedade dos meios de comunicação e difusão do 
conhecimento se tornar pública. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso Pré-Vestibular XII de Maio Simulado 2016.1 
 O Cursinho da Faculdade de Medicina da UFC Enem – 2º Dia 
Rua Alexandre Baraúna S/N, Campus do Porangabuçu – Tel.: 3082-5202/8633-7473– www.curso12demaio.ufc.br 
 
 
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MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS 
Questões 136 a 180 
 
136. Um gatinho subiu numa escada de 12m de comprimento 
que estava apoiada no piso e numa parede, tal que o ângulo 
de inclinação em relação ao piso é de 60°. Quando o gatinho 
chegou na metade da escada, ele parou e a mesma começou a 
escorregar no sentido das setas da figura. 
 
Desprezando o tamanho do gato, se a escada deslizar até a 
horizontal e o gato permanecer imóvel, a trajetória que o gato 
percorrerá é melhor representada por: 
 
 
 
137. Um automóvel foi anunciado com um financiamento 
―taxa zero‖ por R$ 36.000, 00 (trinta e seis mil reais) que 
poderiam ser pagos em doze parcelas iguais e sem entrada. 
Para efetivar a compra parcelada, no entanto, o consumidor 
precisaria pagar R$ 720, 00 (setecentos e vinte reais) para 
cobrir despesas do cadastro. Dessa forma, em relação ao 
valor anunciado, o comprador pagará um acréscimo 
a) inferior a 2,5% b) entre 2,5% e 3,5% 
c) entre 3,5% e 4,5% d) entre 4,5% e 5,5% 
e) superior a 5,5% 
 
138. Um carpinteiro foi contratado para construir uma cerca 
formada por ripas de madeira. As figuras abaixo apresentam 
uma vista parcial da cerca, bem como os detalhes das 
ligações entre as ripas, nos quais os parafusos são 
representados por círculos brancos. Note que cada ripa está 
presa à cerca por dois parafusos em cada extremidade. Os 
parafusos usados na cerca são vendidos em caixas com 60 
unidades. 
 
Para construir uma cerca com 300 m de comprimento, são 
necessários 
 a) 1201,5 m de ripas e 41 caixas de parafusos. 
 b) 1425,0 m de ripas e 41 caixas de parafusos. 
 c) 2403,0 m de ripas e 40 caixas de parafusos. 
d) 1200,0 m de ripas e 40 caixas de parafusos. 
e) 826,5 m de ripas e 39 caixas de parafusos. 
 
139. PIB per capita é o Produto Interno Bruto (PIB) dividido 
pela quantidade de habitantes de um país. O PIB é a soma de 
todos os bens de um país e, quanto maior o PIB, mais 
desenvolvido economicamente é esse país, podendo ser 
classificado entre países pobres, ricos ou em 
desenvolvimento. O PIB per capita é um indicador muito 
utilizado na macroeconomia, tendo como objetivo a 
economia de um país, estado ou região. Para o cálculo do 
PIB, é considerado apenas bens e serviços finais. O PIB per 
capita é usado como indicador, pois quanto mais rico o país 
é, mais seus cidadãos se beneficiam. Como o PIB considera 
apenas a totalidade dos bens de um país, é possível que o PIB 
aumente enquanto os cidadãos ficam mais pobres, já que o 
PIB não considera o nível de desigualdade de renda das 
sociedades. (Texto adaptado do site 
http://www.significados.com.br/pib-per-capita/) 
Se, em um determinado período, o PIB cresce 150% e a 
população cresce 100%, podemos afirmar que o PIB per 
capita nesse período cresce 
a)20% 
b)25% 
c)35% 
d)45% 
e)50% 
 
140. Uma única linha aérea oferece apenas um voo diário da 
cidade A para a cidade B. O número de passageiros y que 
comparecem diariamente para esse voo relaciona-se com o 
preço da passagem x, por meio de uma função 
polinomial do primeiro grau. Quando o preço da 
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passagem é R$ 200,00, comparecem 120 passageiros e, para 
cada aumento de R$ 10,00 no preço da passagem, há uma 
redução de 4 passageiros. Qual é o preço da passagem que 
maximiza a receita em cada voo? 
a) R$ 220,00 
b) R$ 240,00 
c) R$ 260,00 
d) R$ 230,00 
e) R$ 250,00 
 
141. É muito comum pizzarias venderem pizzas circulares 
com preços proporcionais às suas áreas. Um pizzaiolo deseja 
fazer uma pizza média

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