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Febre 
Normalmente, a temperatura corporal é 
em média 36,5°C. A maioria das aferições é 
feita nas axilas, mas pode ser realizada na 
cavidade oral e retal. Deve-se considerar que 
existe uma variação fisiológica da 
temperatura, causada pelo ritmo circadiano. 
Assim, as temperaturas mais baixas são 
encontradas às 6 horas da manhã e as mais 
altas entre 16 e 18 horas. Nas mulheres, as 
duas semanas que antecedem a ovulação 
registram temperatura corporal mais baixa, 
que aumenta 0,6°C na ovulação. Outros 
fatores ambientas, uso de drogas e a prática 
de atividade física podem elevar em até 3°C a 
temperatura corporal. 
 A febre faz referência ao aumento da 
temperatura axilar acima de 37,8°C com 
alteração do ponto de ajuste hipotalâmico. É 
um dos sinais mais frequentes na prática 
clínica e demonstra que existe alguma doença 
a ser investigada. É diferente da hipertermia, 
caracterizada por temperaturas acima de 
41,5°C em que não há ajuste hipotalâmico. 
Trata-se de uma incapacidade do corpo de 
perder o calor produzido por falha nos 
mecanismos que controlam a temperatura. 
Anamnese 
 Na avaliação de um paciente febril, é 
necessário identificar a idade (pois existem 
etiologias mais prevalentes conforme a 
idade), sexo (feminino tem mais probabilidade 
de doenças autoimunes), atividade laboral 
atual e passada (possível exposição a produto 
biológico contaminado), naturalidade e 
procedência de moradias (exposição a 
infecções peculiares de cada região, como 
arboviroses, Chagas, entre outras). 
 Em relação à febre, é importante saber 
quando iniciou, valores das temperaturas, 
padrão, frequência, fatores de melhora ou 
piora, sintomas associados e se o paciente já 
realizou tratamento. Além disso, na HPP, 
deve-se atentar para realização de 
transfusões, uso de medicamentos, chás ou 
suplementos termogênicos, viagens recentes, 
doenças prévias, imunossupressores, hábitos 
e vícios. Em relação à história sexual, é 
importante esclarecer se há uso de 
preservativos para prevenir IST. 
 Fazer interrogatório sobre os diversos 
aparelhos, principalmente caso não tenha 
encontrado nenhuma pista anteriormente. 
Caso já tenha encontrado, o interrogatório 
ajudará a estruturar as hipóteses. 
Exame Clínico 
 A avaliação do estado geral do paciente 
é importante para determinar o impacto da 
doença. A observação da pele e das unhas 
pode sugerir causas infecciosas ou 
autoimunes. Devemos avaliar a rigidez da 
nuca para excluir a hipótese de meningite, 
cavidade oral para causas oncológicas e 
infecciosas e palpar dos seios da face para 
possíveis sinusites. É fundamental avaliar 
linfonodos (podem apontar causas infecciosas 
ou oncológicas). Na avaliação do abdome, 
hepato e esplenomegalia indicam possíveis 
etiologias oncológicas ou focos infecciosos. 
Sintomas de Alarme 
 Febre alta: considerar infecção do 
SNC e síndrome neuroléptica maligna. 
 Alteração do nível de consciência: 
considerar meningite, encefalite, síndrome 
neuroléptica maligna, hipertermia, infecção 
bacteriana com choque séptico. 
 Tontura: considerar infecção 
bacteriana com choque séptico, insuficiência 
adrenal, embolia pulmonar. 
 Quimioterapia recente: considerar 
infecções oportunistas, neutropenia. 
 Respiração superficial e dor 
torácica: considerar embolia pulmonar, 
pneumonia, empiema. 
REFERÊNCIAS: MARTINS, Milton de Arruda et al. Semiologia 
Clínica. Santana de Parnaíba: Manole, 2021.

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