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Aula 02 - Português (Básico e Superior)

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Prévia do material em texto

CURSO DE PORTUGUÊS – Metrô/DF 
Prof. Odiombar Rodrigues 
www.pontodosconcursos.com.br Página 1 de 87 
 
Curso: Metrô/DF 
Banca: IEAD 
Cargo: todos os cargos 
Modalidade: Pacote 
Nível: Médio e superior 
 
Módulo 02 
 
Sumário 
Módulo 02 .......................................................................................... 1 
Apresentação ..................................................................................... 2 
Questões comentadas ......................................................................... 2 
IADES – EBSERH – Analista - 2012 .................................................... 2 
O Piauí ......................................................................................... 3 
Pardos ......................................................................................... 8 
FCC - TRE/AM – Janeiro-2009 .......................................................... 12 
“Quantas divisões tem o Papa?” .................................................... 12 
Gabarito..................................................................................... 30 
Questões de revisão .......................................................................... 30 
IADES – MP-GO – Assistente - 2013 ................................................. 30 
Quando utilizar a ouvidoria? ......................................................... 30 
Charge – É legal ter pai ............................................................... 32 
Eram cinco horas da manhã ......................................................... 34 
Gabarito..................................................................................... 35 
Aspectos teóricos .............................................................................. 35 
Ortografia. .................................................................................... 35 
Particularidades sobre grafia ........................................................... 37 
Acentuação gráfica. ........................................................................ 38 
Algumas observações sobre a reforma ortográfica .............................. 39 
Emprego do sinal indicativo de crase. ............................................... 40 
Formação de palavras .................................................................... 42 
Classe e emprego de palavras. ........................................................ 45 
Pontuação. .................................................................................... 54 
Exercícios de fixação ......................................................................... 60 
CURSO DE PORTUGUÊS – Metrô/DF 
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Conclusão ........................................................................................ 66 
Índice remissivo ............................................................................... 66 
Relação de questões sem comentários................................................. 67 
IADES – EBSERH – Analista - 2012 .................................................. 67 
FCC - TRE/AM – Janeiro-2009 .......................................................... 72 
IADES – MP-GO – Assistente - 2013 ................................................. 79 
Exercícios de fixação ...................................................................... 84 
 
 
Apresentação 
 
Iniciamos o nosso módulo 02. Esta banca, de tão simplória, 
complica o nosso trabalho, pois as provas são curtas (8 questões) e 
poucas. Necessitamos buscar provas de outras bancas que sejam 
compatíveis com os conteúdos a fim de aprofundar um pouco mais o 
trabalho. No módulo anterior, usamos uma prova da VUNESP, neste 
selecionamos uma da FCC. 
A FCC é uma banca muito detalhista, o que colabora com nosso 
propósito de ampliar a discussão. Lembrem que o curso é de vocês e 
podem sugerir provas ou questões que queiram comentar. O fórum 
está sempre à disposição de cada um. 
Os nossos módulos têm se tornado um tanto extensos, mas 
acredito não ser problema, pois quanto mais conteúdos melhor. A 
nossa seção de “Aspectos teóricos” traz discussões sobre temas 
abordados nas provas e presentes no programa. Isto não impede de 
solicitarem novos conteúdos ou esclarecimentos sobre algum item 
abordado. 
No módulo anterior, iniciamos uma nova prática – a inclusão de 
questões de fixação – espero que tenham gostado. Damos 
continuidade neste, incluindo algumas questões logo após a teoria. 
Desta maneira, vocês podem praticar logo após a leitura dos aspectos 
gramaticais. 
Vamos aos conteúdos de hoje. 
 
 
Questões comentadas 
 
IADES – EBSERH – Analista - 2012 
 
CURSO DE PORTUGUÊS – Metrô/DF 
Prof. Odiombar Rodrigues 
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O Piauí 
 
O Piauí segue entre os estados que mais cria postos de trabalho 1 
na Região Nordeste em 2012. Os números foram divulgados pelo 2 
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Segundo 3 
o Ministério do Trabalho, foram 1.588 novos empregos em junho. No 4 
acumulado de meses a variação é positiva, 4,31%. Isto é, um saldo 5 
de mais de 10.500 pessoas no mercado de trabalho. 6 
O setor que mais empregou foi a construção civil com 31.482 7 
admissões, seguida pelo setor de serviços (28.044) e comércio 8 
(27.692). A contratação de pedreiros, ajudantes de obra, 9 
marceneiros e eletricistas acumula o melhor saldo, 1.836 pessoas a 10 
mais no mercado de trabalho no primeiro semestre. 11 
Em julho, o Piauí teve 8.631 admissões. No mesmo período 12 
ocorreram 7.729 demissões, um saldo positivo de 902 colocações. Os 13 
setores de extrativismo mineral, com 3,04%, agropecuária, com 14 
1,87%, e construção civil, com 1,45%, apresentaram o melhor 15 
desempenho no mês. O Governo do Estado estará disponibilizando 16 
mais de dez mil vagas de qualificação profissional. Ao todo, são mais 17 
de 15 milhões de reais investidos em parceria com o Governo 18 
Federal. 19 
Disponível em: 
http://www.investne.com.br/fr/Noticias -
Piaui/piaui-criou-mais-de-1500-postos-de-
trabalho-em- junho. Acesso em 29/9/2012. 
 
Questão 1 - Em relação ao texto I, assinale a alternativa correta. 
A. O Estado do Piauí é um dos estados que mais cria empregos, 
chegando ao patamar de 4,31% de novas vagas no mês de 
junho de 2012. 
B. Depreende-se do último parágrafo do texto que o governo 
investirá 15 milhões de reais na contratação de novos 
servidores. 
C. Nas linhas 9 a 11, percebe-se uma nítida incoerência entre o 
período que vai de “A contratação de pedreiros” até “primeiro 
semestre” e o período anterior. 
D. Pela análise da evolução das contratações, em relação ao 
acumulado de 12 meses, conclui-se que, não obstante o saldo 
seja positivo, o número de contratações nos dois últimos meses 
decresceu. 
E. Em julho, o saldo obtido devido ao número de demissões 
refletiu negativamente para a média do acumulado no Estado. 
 
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Comentário – Interpretação de texto 
Textos com dados estatísticos são campo fértil para “armadilhas”, 
pois muitas vezes os cálculos nos derrotam. 
A – Observe que o texto fala que o Piauí é o estado que mais cria 
vagas no Nordeste. A alternativa fala em “um dos estados” que 
mais cria vagas. Assim, a questão extrapola o texto. Não serve 
como resposta correta. 
B – A alternativa fala que o governo “investirá” 15 milhões, mas o 
texto diz que são 15 milhões de reais “investidos”. O valor já foi 
investido, é passado e não futuro. Errada a alternativa. 
C – Não há incoerência, pois pedreiros, ajudantes de obra, 
marceneiros e eletricistas são exemplos de contratações na 
construção civil. Errada esta alternativa 
D – Levando em consideração os últimos doze meses, o mês de junho 
marca um acréscimo de 10.500 vagas, mas levando em conta o 
mês de julho, o aumento é de 8.631 vagas. O número de 
contratações decresceu realmente. Esta éa opção correta. 
E – O saldo é positivo, levando em consideração o mês de julho, 
portanto não pode refletir de forma negativa. Errada a 
alternativa. 
 
 
Questão 2 - Ainda em relação ao texto I, assinale a alternativa 
correta. 
A. Constitui prejuízo ao texto inserir uma vírgula após a palavra 
“período” (linha 12). 
B. Para dar maior coesão ao texto, pode-se inserir a conjunção 
“Contudo”, seguida de vírgula e feitas as devidas adaptações de 
letra minúscula/maiúscula, antes da oração iniciada por “No 
acumulado”, nas linhas 4 e 5. 
C. No período da linha 12, percebe-se incoerência na flexão 
verbal, sendo que o verbo deveria estar na 3ª pessoa do plural. 
D. Sem prejuízo para as relações semânticas, pode-se suprimir a 
vírgula empregada após “Isto é” (linha 5). 
E. Entre outras funções, o travessão pode ser utilizado para 
substituir os parênteses empregados no primeiro parágrafo do 
texto. 
 
 Comentário – Pontuação 
Esta questão aborda principalmente pontuação, embora tenha uma 
alternativa que utiliza concordância verbal. 
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A – A expressão “no mesmo período” é adjunto adverbial de tempo 
que está deslocado para o início da frase, portanto, utilizar a 
vírgula nesta posição seria uma obrigação e não prejuízo. 
Errada a alternativa. 
B – A conjunção “contudo” é conjunção adversativa, o que 
estabeleceria oposição entre o antecedente e a frase seguinte, 
alterando o sentido do texto. A inclusão da palavra “contudo” 
prejudicaria a coesão textual. Errada a alternativa. 
C – Esta alternativa está com problema. Ela fala em período e, no 
original, delimita dois períodos. Desconsiderei esta 
impropriedade e refiz a alternativa, selecionando o período “Em 
julho, o Piauí teve 8.681 admissões”. O verbo está na terceira 
pessoa do singular para concordar com o sujeito – Piauí – e não 
poderia estar no plural. Errada a alternativa. 
D – A expressão “isto é” é uma locução enfática que reforça (ou 
retoma) o sentido da frase anterior. Ao suprimir a vírgula, ela 
passa a fazer parte da frase o que altera o sentido (semântica) 
do texto. Não pode ser retirada. Errada a alternativa. 
E – Travessão e parênteses, na maioria dos casos, têm função 
semelhante e podem ser substituídos reciprocamente. No caso 
desta alternativa a sigla GAGED pode estar entre parênteses ou 
travessões, não faz diferença. Esta é a alternativa correta. 
 
 
Questão 3 - Em relação ao texto I, julgue os itens a seguir, de 
acordo com as regras de concordância verbal. 
I. - Na linha 1, o verbo criar está no singular em concordância 
com o termo “O Piauí”. Ainda estaria correto o mesmo verbo no 
plural em concordância com o termo “os estados”. 
II. - Nas linhas 4 e 5, o período “no acumulado de 12 meses a 
variação é positiva, 4,31%.” A concordância estaria correta e 
sem perda de sentido, a substituição deste período por 
“Acumulados 12 meses, a variação era positiva, 4,31%.” 
III. - Na linha 13 a concordância do verbo “ocorrer” estaria também 
correta, substituindo o verbo na 3a pessoa do plural pela 1ª 
pessoa do singular. 
IV. - A concordância do verbo “ser” na linha 17 está correta na 
forma plural, pois se refere à expressão “15 milhões de reais.” 
 
O número de itens corretos é igual a 
(A) 0. 
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(B) 1. 
(C) 2. 
(D) 3. 
(E) 4. 
 
 Comentário – Concordância verbal 
 
I – A concordância, nesta frase, está sendo feita por uma questão de 
semântica, para manter o sentido da frase, pois sintaticamente 
a concordância poderia ser no plural para concordar com 
“estados”, o que prejudicaria o sentido. A questão leva em 
consideração o fator “sintaxe” o que justifica o acerto da 
afirmativa. É correta esta alternativa. 
II – A mudança é sintática, mas não altera o sentido, portanto é 
correta a proposta. 
III – Não há a menor possiblidade da forma verbal “ocorreram” 
passar para a primeira pessoa do singular. Errada esta 
alternativa. 
IV – Sim, esta concordância está correta. 
Assim temos como corretas as afirmativas I, II e IV, portanto a letra 
d é a escolhida. 
 
 
Questão 4 - Julgue os itens apresentados, em relação à reescrita 
de fragmentos do texto I, mantendo-se a fidedignidade da 
seguinte informação noticiada: 
“A contratação de pedreiros, ajudantes de obra, marceneiros e 
eletricistas acumula o melhor saldo, 1.836 pessoas a mais no 
mercado de trabalho no primeiro semestre” (linhas 9 a 11). 
I. - O melhor saldo, 1.836 pessoas a mais no mercado de 
trabalho, foi acumulado pela contratação, no primeiro 
semestre, de pedreiros, ajudantes de obra, marceneiros e 
eletricistas. 
II. - O melhor aumento no mercado de trabalho foi a contratação 
semestral de 1.836 pedreiros, bem como ajudantes de obra, 
marceneiros e eletricistas. 
III. - Semestralmente, 1.836 pessoas foram contratadas no Piauí, 
acumulando um número de pedreiros, ajudantes de obra, 
marceneiros e eletricistas. 
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IV. - 1.836 eletricistas, marceneiros, ajudantes de obra e 
pedreiros: este é o número, no primeiro semestre, de pessoas 
no mercado de trabalho. 
 
A quantidade de itens certos é igual a: 
(A) 0. 
(B) 1. 
(C) 2. 
(D) 3. 
(E) 4. 
 
 Comentário – Reescritura 
Nas questões de reescritura devemos estar atentos a dois fatores: 
coesão e coerência. A coesão diz respeito aos aspectos 
gramaticais e a coerência é quanto à fidelidade ao sentido do 
texto. 
I – A expressão “foi acumulado pela contratação” deixa a frase 
ambígua, sem sentido. Errada 
II – Esta alternativa expressa o mesmo sentido da frase original, 
mantendo a coesão gramatical, ou seja, não incorre em erro. 
Esta é correta. 
III – Esta alternativa está totalmente truncada, pois o número é 
referente a um semestre e não “semestralmente” que daria o 
sentido de continuidade. Errada a reescritura. 
IV – A indicação “este é o número” está deslocada, não podendo 
fazer referência ao dado (1.836) no início do texto. Errada esta 
afirmativa. 
Como temos apenas a II como correta, a letra b deve ser a escolhida. 
 
 
Questão 5 - Em relação à compreensão e interpretação do texto 
I, assinale a alternativa incorreta. 
A. Em 2012, o Piauí foi o estado brasileiro que mais criou postos 
de trabalho. 
B. O Governo do Estado do Piauí disponibilizará vagas para 
Qualificação Profissional. 
C. O CAGED (linha 3) é o órgão responsável pela divulgação dos 
números de novos empregos. 
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D. Em julho de 2012, o número de admissões no Piauí foi maior 
que o número de demissões, ocasionando um resultado 
positivo. 
E. Embora a construção civil tenha sido o setor que mais 
empregou em junho, o número de admissões do setor não foi 
maior que a soma das admissões do setor de serviços e do 
comércio. 
 
 Comentário – Interpretação de texto 
Esta questão é perigosa, pois solicita a alternativa incorreta. O 
candidato apressado, pode perder a questão, pois a primeira 
que identifica como correta, assinala! No enunciado, eu facilitei 
um pouco, sublinhando o termo “incorreta”. Na prova original 
não há esta “colher de chá”. 
A – O mesmo problema que já apareceu em outra questão, a banca 
repete aqui. O Piauí foi o estado que mais criou empregos no 
Nordeste e não no Brasil inteiro. Como esta afirmativa é errada, 
ela deve ser a selecionada. 
B – O último parágrafo confirma esta afirmativa: “O Governo do 
Estado estará disponibilizando mais de dez mil vagas de 
qualificação profissional”. É correta, portanto não é resposta 
adequada. 
C – Sim, o CAGED, conforme o primeiro parágrafo, tem esta função. 
É uma afirmativa correta, por isso não é resposta adequada. 
D – O último parágrafo confirma que houve um saldo positivode 902 
contratações. É correta a afirmativa, portanto não pode ser 
selecionada como resposta adequada. 
E – Aqui a banca faz um comparativo entre dois setores e evidencia a 
relação entre eles. É correta a afirmativa, portanto não é 
resposta solicitada. 
 
 
Pardos 
 
Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas 1 
vergonhas. Traziam arcos nas mãos, e suas setas. Vinham todos 2 
rijamente em direção ao batel. E Nicolau Coelho lhes fez sinal que 3 
pousassem os arcos. E eles os depuseram. Mas não pôde deles haver 4 
fala nem entendimento que aproveitasse, por o mar quebrar na 5 
costa. Somente arremessou-lhe um barrete vermelho e uma 6 
carapuça de linho que levava na cabeça, e um sombreiro preto. 7 
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Trecho da Carta de Caminha. Disponível em 
http://www. 
dominiopublico.gov.br/download/texto/ua00
0283.pdf. Acesso em 29/9/2012. 
 
Questão 6 - Em relação ao texto II, assinale a alternativa em 
que o trecho foi corretamente reescrito. 
A. Vieram todos apressadamente na direção ao batel. 
B. Vinha a meu encontro, firmes, em direção ao barco pequeno. 
C. Sem roupas, pardos, os índios traziam nas mãos arcos e setas. 
D. Os arcos foram desposto pelo índio, embora não houvesse 
comunicação. 
E. Quebrados nas costas, o mar dificultou a primeira comunicação. 
 
 Comentário – Reescritura 
Esta questão é simples, mas requer tempo, pois necessitamos 
comparar cada texto reescrito. A frase original é: 
Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. 
Traziam arcos nas mãos, e suas setas. Vinham todos rijamente 
em direção ao batel. E Nicolau Coelho lhes fez sinal que 
pousassem os arcos. E eles os depuseram. Mas não pôde deles 
haver fala nem entendimento que aproveitasse, por o mar 
quebrar na costa. 
A – e a reescritura modifica o termo “rijamente” que significa “firme” 
“formal” para “apressadamente” que tem sentido de tempo. A 
troca de “vinham” por “vieram” não produz mudança 
significativa. É inadequada a reescritura. 
B – A frase original expressa que vinham “em direção ao batel”, a 
reescritura altera para o narrador. Muda o sentido do texto, não 
serve como resposta. 
C – O adjetivo “nus” foi transformado em “sem roupas” o que é a 
mesma coisa. O sujeito de “traziam” que estava elíptico foi 
incluído na frase. A frase seguinte recebeu uma reescritura 
mais adequada e coerente com o texto. Esta é a alternativa 
correta. 
D – O verbo é “depor”, portanto a forma “desposto”, como aparece 
na alternativa é incorreta. Também ocorre confusão quanto a 
número (singular/plural). A passagem da voz ativa para a 
passiva não prejudica o texto, é errada pelas outras razões. 
E – A mudança de “quebrar na costa” para “quebrados nas costas” é 
imprópria. A primeira significa que o mar quebrava na praia, a 
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segunda fica um tanto sem sentido, pois “Quebrados nas 
costas” é incoerente com o texto. Errada a alterantiva. 
 
 
Questão 7 - Ainda em relação ao texto II, assinale a alternativa 
correta. 
A. Na linha 7, é incorreto o uso da vírgula antes da conjunção “e”. 
As regras gramaticais pedem o emprego de uma ou de outra. 
B. Nas linhas 1 e 2 os pontos finais poderiam ser substituídos por 
ponto e vírgula, sem alteração de sentido e sem desviar das 
regras de pontuação. 
C. No último período do texto, a palavra “e” em seus dois 
empregos deveria ser precedida pela vírgula. 
D. O trecho da Carta de Caminha apresenta frases curtas, 
marcadas por vírgulas e pontos, o que significa desacordo com 
as regras atuais de pontuação. 
E. O emprego de vírgulas está correto na linha 1, podendo ser 
substituídas pela palavra “e”, que também une termos de uma 
oração. 
 
 Comentário – Pontuação 
Mais uma questão de pontuação. 
A – A sequência está interrompida por uma oração subordinada 
adjetiva restritiva: “Somente arremessou-lhe um barrete 
vermelho e uma carapuça de linho que levava na cabeça, e um 
sombreiro preto”. Neste caso é permitido o uso da vírgula ao 
final da oração, coincidindo com a conjunção “e”. A afirmativa 
de que a gramática recomenda o uso da conjunção ou da 
vírgula é verdadeira, mas admite o caso acima. Como o uso da 
vírgula, neste caso, não é incorreto, a alternativa não serve 
como resposta adequada. 
B – Novamente um caso estranho. O texto é: “Pardos, nus, sem coisa 
alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Traziam arcos nas 
mãos, e suas setas. Vinham todos rijamente em direção ao 
batel”. O ponto final encerra o período, enquanto o ponto e 
vírgula estabelece sequência entre os elementos. Cada 
segmento está completo e aborda um aspecto do texto, 
portanto é correto que estejam isolados por ponto final e não 
por ponto e vírgula. Errada a afirmativa. 
C – Vamos examinar o texto: “Somente arremessou-lhe um barrete 
vermelho e uma carapuça de linho que levava na cabeça, e um 
sombreiro preto”. Já explicamos o motivo da vírgula no 
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segundo caso. No primeiro, a vírgula não pode ser aceita, pois a 
sequência não está interrompida, são objetos diretos em 
sequência (barrete e carapuça). Errada a afirmativa. 
D – Na época de Caminha (1500), a pontuação não tinha regras 
fixas. O texto que a prova traz é uma adaptação para a 
linguagem atual. As frases são curtas, mas estão bem 
pontuadas. Não é resposta adequada. 
E – É verdadeira a afirmativa, embora a sugestão produza um texto 
mais empolado não é errado o uso proposto. Esta é a 
alternativa solicitada pela questão. 
 
 
Questão 8 - Julgue os itens a seguir, em relação ao texto II. 
I. - O texto é marcado por palavras de outros significados, tais 
como vergonha (partes íntimas), rijamente (firmes) e 
pousassem os arcos (dobrassem os arcos). 
II. - No trecho: “Mas não pôde deles haver fala nem 
entendimento que aproveitasse” (linhas 4 e 5) pode-se 
afirmar que os índios não falavam, apenas gesticulavam. 
III. - Ao fazer sinal para os índios, Nicolau pediu que eles se 
acalmassem e o ouvissem, ou seja, pousassem os arcos. 
IV. - É correto afirmar que a comunicação foi prejudicada pelo 
barulho que vinha da quebrada do mar na costa. 
 
A quantidade de itens corretos é igual a 
(A) 0. 
(B) 1. 
(C) 2. 
(D) 3. 
(E) 4. 
 
 Comentário – Interpretação de texto 
 
I – É verdadeira a afirmativa quanto ao significado de “vergonha” 
(partes íntimas) e “rijamente” (firmes), mas “pousassem” não 
tem o sentido de “dobrassem”. Quem dobrar o arco, irá quebra-
lo. O texto fala em “pousassem os arcos”, isto é, depusessem. 
Errada a afirmativa. 
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II – Os índios poderiam estar falando, o que seria natural, mas não 
havia entendimento devido à diferença linguística. Errada a 
afirmativa. 
III – O texto não expressa que os índios estivessem agitados, eles 
estavam “rijos”. Não é correta. 
IV – A expressão “por o mar quebrar na costa” é causal, indica a 
razão da dificuldade de entendimento. Esta é correta. 
Como temos apenas uma alternativa correta, a escolhida é a letra b. 
 
 
Gabarito 
1 2 3 4 5 6 7 8 
D E D B A C E B 
 
 
FCC - TRE/AM – Janeiro-2009 
 
“Quantas divisões tem o Papa?” 
 
“Quantas divisões tem o Papa?”, teria dito Stalin quando 
alguém lhe sugeriu que talvez valesse a pena ser mais tolerante com 
os católicos soviéticos, a fim de ganhar a simpatia de Pio XI. 
Efetivamente, além de um punhado de multicoloridos guardas suíços, 
o poder papal não é palpável. Ainda assim, como bem observa o 
escritor Elias Canetti, “perto da Igreja, todos os poderosos do mundo 
parecem diletantes”. 
Há estatísticas controvertidas sobre esse poder eclesiástico. Ao 
mesmo tempo que uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas indica 
que, a cada geração, caio número de católicos no Brasil, outra, da 
mesma instituição, revela que, para os brasileiros, a única instituição 
democrática que funciona é a Igreja Católica, com créditos muito 
superiores aos dados à classe política. Daí os sentimentos mistos que 
acompanharam a visita do papa Bento XVI ao Brasil. 
“O Brasil é estratégico para a Igreja Católica. Está sendo 
preparada uma Concordata entre o Vaticano e o nosso país. Nela, 
todo o relacionamento entre as duas formas de poder (religioso e 
civil) será revisado. Tudo o que depender da Igreja será feito no 
sentido de conseguir concessões vantajosas para o seu pastoreio, 
inclusive com repercussões no direito comum interno ao Brasil 
(pesquisas com células-tronco, por exemplo, aborto, e outras 
questões árduas)”, avalia o filósofo Roberto Romano. E prossegue: 
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“Não são incomuns atos religiosos que são usados para fins políticos 
ou diplomáticos da Igreja. Quem olha o Cristo Redentor, no Rio, 
dificilmente saberá que a estátua significa a consagração do Brasil à 
soberania espiritual da Igreja, algo que corresponde à política 
eclesiástica de denúncia do laicismo, do modernismo e da democracia 
liberal. 
A educadora da USP Roseli Fischman, no artigo “Ameaça ao 
Estado laico”, avisa que a Concordata poderá incluir o retorno do 
ensino religioso às escolas públicas. “O súbito chamamento do MEC 
para tratar do ensino religioso tem repercussão quanto à violação de 
direitos, em particular de minorias religiosas e dos que têm praticado 
todas as formas de consciência e crença neste país, desde a 
República”, acredita a pesquisadora. Por sua vez, o professor de 
Teologia da PUC-SP Luiz Felipe Pondé responde assim àquela famosa 
pergunta de Stalin: “Quem precisa de divisões tendo como exército a 
eternidade?” 
(Adaptado de Carlos Haag, Pesquisa FAPESP 
n. 134, 2007) 
 
Questão 9 - A expressão entre a cruz e a caldeirinha indica uma 
opção muito difícil de se fazer. Justifica-se, assim, sua 
utilização como título de um texto que, tratando da atuação da 
Igreja, enfatiza a dificuldade de se considerar em separado 
A. a ingerência eclesiástica nas atividades comerciais e nas 
diplomáticas. 
B. a instância do poder espiritual e o campo das posições políticas. 
C. o crescente prestígio do ensino religioso e a decadência do 
ensino laico. 
D. os efetivos militares à disposição do Papa e a força do 
pontificado. 
E. as denúncias papais do laicismo e os valores da democracia 
liberal. 
 
Comentário - Interpretação de texto - 
O título de um texto é um forte elemento indicador de seu conteúdo, 
pois está intimamente ligado à tese. 
Quanto ao título, devemos estar atentos aos seguintes pontos: a) A 
tese do texto pode estar sintetizada pelo título; b) O título 
pode conter o argumento principal; c) O título deve abarcar o 
texto em sua totalidade, ou seja, estar vinculado à introdução e 
à conclusão, bem como participar dos argumentos do 
desenvolvimento. Quando um autor produz um título bem 
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adequado, ele orienta o leitor para a compreensão do que está 
escrito. 
A O texto não fala em “ingerência”, mas em “concordata”, ou 
seja, uma negociação. O que a Igreja busca são “concessões”, 
por parte do Estado, que beneficiem seu “pastoreio”. Não serve 
como resposta correta. 
B A “opção difícil”, de que fala o texto, ocorre entre os interesses 
da Igreja e o interesse coletivo, representado pelo Estado. A 
separação entre estes dois institutos é que constitui um estado 
laico em separado do poder espiritual. Esta é a correta, 
solicitada pela ordem da questão. 
C O texto não confronta os dois sistemas de ensino (religioso e 
público), ele apenas ressalta a importância da não ingerência 
da Igreja no sistema público. Não serve como resposta. 
D Não há efetivos militares à disposição do Papa, o que existe é 
apenas uma guarda de honra (“...punhado de multicoloridos 
guardas suíços...”). A força do papado está na sua 
representação na sociedade. 
E O texto não apresenta denúncias papais sobre o laicismo, muito 
menos, é uma argumentação sobre os valores da democracia 
liberal. O termo liberal, neste contexto, não tem fundamento na 
expressão “estado laico” que é o que o texto aborda. Não serve, 
também, como resposta. 
 
 
Questão 10 - Atente para as seguintes afirmações: 
I. As frases de Stalin e de Elias Canetti, citadas no 1º parágrafo, 
revelam critérios e posições distintas na avaliação de uma 
mesma questão. 
II. Na Concordata (referida no 3º parágrafo), a Igreja pretende valer-
se de dispositivos constitucionais que lhe atribuem plena 
autonomia legislativa. 
III. A educadora Roseli Fischman propõe (4º parágrafo) que o ensino 
religioso privilegie, sob a gestão direta do MEC, minorias que 
professem outra fé que não a católica. 
 
Em relação ao texto, está correto APENAS o que se afirma em 
A. I. 
B. II. 
C. III. 
D. I e II. 
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E. II e III. 
 
Comentário - Interpretação de texto – argumentação 
Quando a questão fala em “afirmações”, podemos concluir que a 
questão é sobre argumentação. No nosso caso, são três 
afirmações que o candidato deve avaliar se são condizentes 
com o que está explícito, ou implícito no texto. 
Observem que as três afirmativas são: do primeiro parágrafo 
(introdução); do terceiro parágrafo (argumentação = 
desenvolvimento) e do último parágrafo (conclusão). Ter 
presente esta divisão de texto nos auxilia na compreensão dos 
argumentos apresentados e impede de fazermos confusões 
entre as alternativas, pois a estrutura do texto é que estabelece 
divisões e classificações no campo dos conceitos e ideias. 
I Correto - O primeiro parágrafo apresenta a tese do texto. Neste 
caso, é a oposição entre Igreja e Estado que está expressa nos 
dois argumentos: o de Stalin (menosprezando o poder da 
Igreja) e o de Canetti que valoriza o poder do Papa. 
II Errada - A concordata não é um dispositivo constitucional, ela é 
um “tratado” um “acordo” entre Igreja e Estado, muito menos 
poderia atribuir poder legislativo à Igreja. 
III Errada – A preocupação da pesquisadora é quanto à ingerência 
da Igreja no sistema de ensino, obrigando o “ensino religioso” 
nas escolas, o que contraria o princípio da plena liberdade tanto 
religiosa, como de ceticismo. 
Como temos apenas a primeira afirmativa como correta, o gabarito é 
“a”. 
 
 
Questão 11 - Considerado o contexto, traduz-se 
adequadamente o sentido de um segmento em: 
A. o poder papal não é palpável = o Papa não dispõe de poder 
considerável. 
B. parecem diletantes = arvoram-se em militantes. 
C. com créditos muito superiores = de muito maior confiabilidade. 
D. repercussões no direito comum interno = efeitos sobre o direito 
canônico. 
E. denúncia do laicismo = condenação dos ateus. 
 
Comentário - Significação - 
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Estamos acostumados a lidar com “sinônimos”, mas esta banca não 
avalia a sinonímia a nível do léxico, mas a nível da frase. Assim 
a “equivalência” entre as duas expressões advém da 
significação obtida pela frase e não através de cada palavra. 
A A palavra “palpável” designa o que é sentido pelo tato (palpar), 
na frase a palavra adquire o sentido de “visível”, “concreto”. Na 
segunda parte o termo é “considerável” que significa o que é 
“volumoso”, “potente”. Não são frases equivalentes, por isso a 
alternativa não pode ser aceita como resposta correta. Observe 
que o autor faz um trocadilho entre “palpável” e “papal”. 
B O termo “diletante” remete ao sentido de “descompromissado”, 
“apreciador de trivialidades ou discurso sem objetividade”. A 
segunda parte usa o termo “militante” que expressao contrário 
“seguidor fanático” ou “defensor de um posicionamento”. São 
frases que não traduzem o mesmo sentido. Não serve como 
resposta. 
C Observe que o termo “créditos”, aqui no texto, não tem 
referência no contexto econômico, mas em “capacitação”, o que 
pode ser expresso pela expressão “maior confiabilidade”. Esta é 
a alternativa correta. 
D “direito comum” e “direito canônico” são duas expressões que 
não podem ser consideradas sinônimas, pois apontam para 
realidades diferentes. Não serve como resposta. 
E Denunciar o laicismo (vida laica, não religiosa) não significa 
condenar o ateísmo. Este é a negação do religioso, enquanto 
que o laicismo é uma separação entre Igreja e Estado, sem 
negar o religioso. São posições distintas. 
Este tipo de questão é bem frequente em provas da FCC. O que vale 
é perceber bem o significado de cada expressão. 
 
Questão 12 - Ao se referir ao poder da Igreja, Elias Canetti 
e Luis Felipe Pondé 
A. admitem que ele vem enfraquecendo consideravelmente ao longo 
dos últimos anos. 
B. consideram que, na atualidade, ele só se manterá o mesmo caso 
seja amparado por governos fortes. 
C. afirmam que nunca ele esteve tão bem constituído quanto agora, 
armado da fé para se aliar aos fortes. 
D. lembram que a energia de um papado não provém da instituição 
eclesiástica, mas da autoridade moral do Papa. 
E. advertem que ele não depende da força militar, uma vez que se 
afirma historicamente como poder espiritual. 
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Comentário - Interpretação de texto 
A questão liga duas afirmativas do texto, uma do primeiro e outra do 
último parágrafo. Nas duas afirmativas o poder da Igreja é visto 
como fora do contexto militar. É um poder invisível, mas, nem 
por isso, menos forte. 
Esta questão exige do candidato algum conhecimento prévio sobre a 
Igreja e suas relações com o Estado. 
O conhecimento prévio é a nossa bagagem cultural, é o resultado de 
nossas leituras e vivências. Posso ser católico ou não, cristão ou 
não, mas posso ter conhecimento sobre Direito Canônico e 
saber sobre as relações da Igreja com o Estado, bem como 
conhecer suas diretrizes administrativas. 
O conhecimento prévio auxilia-nos na compreensão e interpretação 
de texto. O que não podemos é permitir que o nosso 
conhecimento e posições ideológicas possam “contaminar” a 
nossa interpretação. 
A Os autores não consideram o poder da religião como 
enfraquecido, apenas apontam para um outro tipo de força. 
Elias Canetti: “perto da Igreja os poderosos do mundo parecem 
diletantes”. Pondé: “Quem precisaria de divisões tendo como 
exército a eternidade?”. Não serve como resposta. 
B O poder da Igreja não está “amparado” em governos fortes. 
Esta é uma alternativa fora do contexto, não serve como 
resposta. 
C Parece que a opinião pessoal da banca chegou à prova. Em 
momento algum o texto autoriza estabelecer tal relação. 
D O papa, como autoridade máxima da Igreja, é, também, a 
autoridade temporal (O vaticano é um estado independente), 
mas isto não significa que a autoridade do papa como executivo 
dependa da sua autoridade moral. Bons ou maus papas 
exerceram o mesmo poder. Não serve como resposta 
adequada. 
E Esta é a correta, pois estabelece a distinção entre poder militar 
e poder religioso e ressalta que o poder religioso não depende 
do poder militar. 
 
 
Questão 13 - Na frase Quem precisa de divisões tendo 
como exército a eternidade?, o segmento sublinhado pode ser 
substituído, sem prejuízo para o sentido e a correção, por 
A. ao ter no exército sua eternidade? 
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B. fazendo do exército sua eternidade? 
C. contando na eternidade com o exército? 
D. dispondo da eternidade como exército? 
E. provendo o exército assim como a eternidade? 
 
Comentário - Equivalência de estruturas gramaticais 
 
A linguagem é muito rica em termos de sintaxe, o que significa que 
podemos ter mais de uma construção para expressarmos o 
mesmo fato. 
A equivalência de frases pode ser quanto ao sentido, como nesta 
questão, ou quanto à estrutura sintática. 
“...tendo como exército a eternidade?” é uma oração subordinada 
reduzida de gerúndio, o que temos de procurar é uma oração 
semelhante com o mesmo sentido. 
A Esta alternativa traz uma oração reduzida de infinitivo, não 
pode ser aceita. 
B Esta alternativa inverte o sentido da frase original. Tendo a 
eternidade como exército (Tendo como exército a eternidade – 
a frase está em ordem indireta) é diferente de “fazer do 
exército a sua eternidade.” 
C Ninguém imagina “contar com o exército” na eternidade. Esta é 
cômica e não serve como resposta. 
D Na alternativa “b” já demonstramos a questão da frase na 
ordem indireta. Esta alternativa repõe a ordem direta, apenas 
usa o verbo “dispor” que exige a preposição “de” e usa uma 
oração reduzida de gerúndio. Esta é a alternativa correta. 
E Esta alternativa coloca os dois elementos (exército e 
eternidade) como objetos de promoção. Não condiz com o 
texto, não serve como resposta correta. 
 
 
Questão 14 - As normas de concordância verbal estão 
plenamente respeitadas na frase: 
A. Deve-se firmar alguns acordos entre o Vaticano e o Brasil 
durante as discussões da Concordata. 
B. Nunca chegou a preocupar Stalin, naturalmente, os guardas 
suíços que constituem a segurança do Vaticano. 
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C. Ao se deterem na estátua Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, os 
olhos de um turista não verão o que de fato ela consagra. 
D. As concessões vantajosas que pretendem obter, nas discussões 
da Concordata, a Igreja Católica, dizem respeito a questões 
polêmicas. 
E. Muitas repercussões passarão a haver no direito interno, caso a 
Concordata consagre os acordos que constituem o principal 
interesse da Igreja. 
 
Comentário - Sintaxe – concordância verbal 
Esta é uma questão típica de concordância verbal. Mais uma vez, não 
custa alertar para as armadilhas que a ordem indireta ocasiona 
na frase. 
A Esta frase é voz passiva sintética, basta passarmos para voz 
passiva analítica para percebermos o erro de concordância: 
“Alguns acordos (entre o Vaticano e o Brasil) devem ser 
firmados durante as discussões da Concordata”. A forma verbal 
correta, portanto, é “devem” e não “deve”, como está na 
alternativa. 
B A oração: “Nunca chegou a preocupar Stalin, naturalmente, os 
guardas suíços que ....” deve ser passada para a ordem direta: 
“Os guardas suíços (que constituem a segurança do Vaticano) 
nunca chegaram a preocupar Stalin naturalmente.” Observe 
que, ao passar a frase para a ordem direta, a oração 
subordinada passa para posição medial no período. Não serve 
como resposta. 
C Esta é a alternativa correta. Toda a concordância está de 
acordo com a gramática. O que dificulta um pouco é que a 
oração principal está antecedida de uma oração subordinada 
adverbial (Ao se deterem na estátua Cristo redentor) e um 
advérbio de lugar (no Rio de Janeiro). A oração principal está 
na ordem direta e a concordância fica clara: “...os olhos de um 
turista não verão o que de fato ela ( estátua do Cristo) 
consagra.” 
D Esta frase está totalmente truncada, não precisamos de 
nenhum instrumento gramatical para percebermos o quanto ela 
é falha em termos de coesão gramatical. Colocando esta frase 
na ordem correta, podemos observar o erro: “As concessões 
vantajosas (que a Igreja Católica pretende obter nas discussões 
da Concordata) dizem respeito a questões polêmicas. Agora 
restabelecemos a concordância correta entre o sujeito (Igreja 
Católica) e o predicado (pretende). Não a resposta solicitada 
pela questão. 
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E O verbo haver no sentido de existiré impessoal, como temos 
uma locução verbal (“passar a haver”) o verbo auxiliar deve 
permanecer no singular: “Muitas repercussões passará a 
haver...” Não serve como resposta correta. 
 
 
Questão 15 - Está correta a flexão de todas as formas 
verbais da frase: 
A. Tudo o que advir como poder da Igreja tem correspondência 
com o plano simbólico e espiritual. 
B. O poder civil e a esfera religiosa nem sempre conviram quanto 
à busca de um sereno estabelecimento de acordos. 
C. Ao longo da História, nações e igrejas muitas vezes se 
absteram de buscar a convergência de seus interesses. 
D. A pergunta de Stalin proveu de sua convicção quanto ao que 
torna de fato competitivo um país beligerante. 
E. Ciente da fragilidade militar da Igreja, o ditador não se conteve 
e interveio na História com a famosa frase. 
 
Comentário - Conjugação de verbos 
Na maioria dos casos, a solução para este tipo de questão é 
verificarmos a derivação dos tempos e modos verbais. 
A O verbo “advir” no futuro de subjuntivo deriva do pretérito 
perfeito do indicativo (3ª pessoa do plural) – advieram, 
portanto na frase devemos ter a forma “advier” e não “advir”. 
B O pretérito imperfeito do subjuntivo também é originado do 
pretérito perfeito do indicativo: “convieram” e não “conviram”. 
C O verbo “abster” tem o pretérito perfeito do indicativo (3ª 
pessoa do plural) como “abstiveram” e não “absteram”. Este é 
um tempo primitivo. 
D O pretérito perfeito do indicativo do verbo “provir”, 3ª pessoa 
do singular é “proveio”. 
E As duas formas verbais estão corretamente flexionadas. Esta é 
a alternativa correta. 
 
 
Questão 16 - A frase que admite transposição para a voz 
passiva é: 
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A. Perto da Igreja, todos os poderosos do mundo parecem 
diletantes. 
B. A Concordata poderá incluir o retorno do ensino religioso. 
C. Há estatísticas controvertidas sobre esse poder eclesiástico. 
D. Não são incomuns atos religiosos com finalidade política. 
E. O Brasil é um país estratégico para a Igreja Católica. 
 
Comentário - Voz passiva 
A voz passiva é simples, basta observar o seguinte: voz passiva 
ocorre, somente, com verbos transitivos diretos. Nesta questão 
basta examinarmos cada forma verbal. 
A O verbo parecer (parecem) é um verbo de ligação, portanto não 
comporta voz passiva. 
B Na locução verbal “poderá incluir” tem o verbo “incluir” como 
principal e é transitivo direto (o retorno do ensino religioso – 
objeto direto), portanto esta frase pode ser transformada em 
voz passiva: “O retorno do ensino religioso poderá ser incluído 
na Concordata”. Esta é a alternativa correta. 
C O verbo “haver” é impessoal e não suporta voz passiva. Não 
seve como resposta correta. 
D O verbo “ser” é verbo de ligação, não admite voz passiva. 
Também não serve como resposta. 
E Assim como a anterior, esta não serve como resposta por 
apresentar o verbo “ser” que é um verbo de ligação, não é 
transitivo direto. 
 
 
Questão 17 - Está clara e correta a redação deste livre 
comentário sobre o texto. 
A. Deve de ser preocupante para os católicos, que eles venham 
caindo de número nas estatísticas, em conformidade com a 
Fundação Getúlio Vargas. 
B. Mau-grado seu desempenho nas estatísticas da FGV, esta 
mesma instituição considera que a Igreja tem mais prestígio 
que outras classes. 
C. A mesma Fundação em que se abona o papel da Igreja como 
democrática, é também a instituição em que avalia seu 
decréscimo de fiéis. 
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D. Não obstante esteja decrescendo o número de fiéis, a Igreja, 
segundo a Fundação Getúlio Vargas, é prestigiada como 
instituição democrática. 
E. A FGV, em pesquisas atinentes da Igreja Católica, chegou a 
resultados algo controversos, seja pelo prestígio, seja pela 
contingência do seus fiéis. 
 
Comentário - Correção de texto 
Nestas questões necessitamos muita atenção, pois, em muitos casos, 
o erro está num detalhe que, à primeira vista, pode parecer 
sem importância. Esta questão mistura conhecimentos de 
diversos aspectos gramaticais. 
Estas questões envolvem pequenos conhecimentos de linguagem, em 
geral, uso de vírgula ou regência. 
A A locução verbal é “deve ser” e não “deve de ser”. O verbo 
“dever” funciona como auxiliar. Não serve como resposta 
correta. 
B O correto é “malgrado” e não “mau-grado”. 
C A frase está construída com a expressão “em que se abona....” 
A mesma construção deve prevalecer no segundo segmento 
“em que se avalia”. A melhor construção seria: A mesma 
Fundação que abona o papel da Igreja como democrática é 
também a instituição que avalia o seu decréscimo de fiéis. Não 
pode ser considerada como correta. 
D Esta é a alternativa correta, não há o que comentar, pois não 
viola o padrão culto da linguagem. 
E O nome “atinentes” exige preposição “a” (atinente a) e não 
“de”. Outra impropriedade ocorre na expressão: “...pela 
contingência do seus fiéis...”Não usamos artigo diante deste 
possessivo, portanto a construção deve ser: “...pela 
contingência de seus fiéis...” 
 
 
Questão 18 - Está adequada a correlação entre tempos e 
modos verbais na frase: 
A. Se o Papa dispusesse de inúmeras e bem armadas divisões, 
talvez Stalin reconsiderasse sua decisão e buscasse angariar a 
simpatia de Pio XI. 
B. Como alguém lhe perguntou se não é o caso de ganhar a 
simpatia de Pio XI, Stalin lhe respondera que ignorava com 
quantas divisões conta o Papa. 
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C. Caso o Brasil não fosse um país estratégico para a Igreja, a 
Concordata não se revestirá da importância que lhe atribuíram 
os eclesiásticos. 
D. São tão delicadas as questões a serem discutidas na 
Concordata que será bem possível que levassem muito tempo 
para desdobrar todos os aspectos. 
E. Roberto Romano lembra-nos de que já houve, na História, atos 
religiosos que acabassem por atender a uma finalidade política 
que é prevista. 
 
Comentário - Tempos e modos verbais 
Dificilmente uma prova da FCC deixa de apresentar uma questão 
sobre tempos e modos verbais. Já passamos por outras 
questões com este conteúdo. 
Neste tipo de questão, conseguimos a forma correta através de mais 
de um modo de correção. Sempre optamos pela mais simples. 
O importante, é reconhecer o erro, não há solicitação de 
correção. 
O importante é perceber que os tempos e modos verbais têm uma 
sequencia fixa. 
A Nesta alternativa, todos os tempos e modos verbais estão bem 
empregados. Todas as formas verbais estão num mesmo tempo 
e modo: pretérito imperfeito do subjuntivo. A frase não é 
declarativa, mas apresenta uma hipótese, por isso 
subjuntivo.Esta é alternativa exigida pela questão. 
B O primeiro verbo está no pretérito perfeito – “perguntou” 
O segundo está no presente do indicativo – “é” 
O terceiro está no infinitivo – “ganhar” 
O quarto verbo está no mais-que-perfeito – “respondera” 
O quinto verbo está no pretérito imperfeito – “ignorava” 
Por fim o último verbo está no presente do indicativo – “conta” 
O que temos de fazer é buscar uma construção que compatibilize 
todos os tempos e modos verbais. Uma possibilidade é: “Como 
alguém lhe perguntou se não era o caso de ganhar a simpatia 
de Pio XI, Stalin lhe respondeu que ignorava com quantas 
divisões contava o Papa”, para manter o início da frase sem 
alteração, usando o pretérito em todas as orações. 
C Um procedimento é examinar cada forma verbal como fizemos 
na alternativa anterior. Logo após devemos buscar uma 
construção que respeite o padrão gramatical. 
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A frase inicia com “fosse” (pretérito imperfeito do subjuntivo), por 
isso vamos dar continuidade a esta estrutura. “Caso o Brasil 
não fosse um paísestratégico para a Igreja, a Concordata não 
se revestiria da importância que lhe atribuíram os eclesiásticos. 
D O problema reside na forma verbal “levassem (pretérito 
imperfeito do subjuntivo)” O melhor é usar “levem” (presente 
do subjuntivo). 
A frase ficaria melhor construída da seguinte forma: “São tão 
delicadas as questões a serem discutidas na Concordata que é 
bem possível que levem muito tempo para desdobrar todos os 
aspectos”. 
E A frase é pretérita, portanto devemos substituir “acabassem” 
por “acabaram”, bem como a forma “é” deve ser substituída por 
“era”. 
Roberto Romano lembra-nos de que já houve, na História, atos 
religiosos que acabaram por atender a uma finalidade política 
que era prevista. 
 
 
Os clássicos são livros que exercem uma influência 
 
Os clássicos são livros que exercem uma influência particular quando 
se impõem como inesquecíveis e também quando se ocultam 
nas dobras da memória, preservando-se no inconsciente. 
Por isso, deveria existir um tempo na vida adulta dedicado a revisitar 
as leituras mais importantes da juventude. Se os livros 
permaneceram os mesmos (mas também eles mudam, à luz de 
uma perspectiva histórica diferente), nós com certeza 
mudamos, e o encontro é um acontecimento totalmente novo. 
Portanto, usar o verbo ler ou o verbo reler não tem muita 
importância. De fato, poderíamos dizer: toda releitura de um 
clássico é uma leitura de descoberta, como a primeira. 
� (Ítalo Calvino, “Por que ler os clássicos”) 
 
Questão 19 - Da leitura do texto depreende-se que os 
clássicos 
A. exercem grande efeito sobre nós, a menos quando se infiltram 
nas regiões do nosso inconsciente. 
B. adquirem especial sentido quando lidos na adolescência, idade 
em que nos revelam toda a sua grandeza. 
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C. podem ser relidos sem que percam, por isso, o poder de 
revelação que demonstraram na primeira leitura. 
D. mudam de valor a cada vez que os lemos, já que o tempo vai 
esmaecendo a importância de cada leitura. 
E. gravam-se em nossa memória segundo a importância que 
tiveram para as gerações precedentes. 
 
Comentário - Interpretação de texto 
Observe a ordem da questão. Ela fala em “depreende-se”, isto indica 
que o solicitado é da área de interpretação, pois a alternativa 
correta não está explícita no texto. O elemento referente é “os 
clássicos”. 
Como se pode observar, esta questão apresenta alternativas que 
abordam o assunto do texto, mas não correspondem ao que 
está literalmente dito. Necessitamos estabelecer relações de 
sentido para podermos avaliar cada frase. 
A Pelo contrário, os clássicos exercem grande influência em dois 
casos: quando se impõem como inesquecíveis e quando se 
preservam no inconsciente. A afirmativa é incorreta. 
B O sentido que adquirem na adolescência pode mudar por dois 
fatores: devido à nova perspectiva histórica e pela mudança de 
nós mesmos. A leitura da juventude e a releitura na idade 
adulta são dois momentos de leitura que anulam a distinção 
entre “ler” e “reler”, pois cada momento revela uma nova face 
do texto. 
C Esta alternativa demonstra que as duas leituras podem ocorrer 
sem prejuízo ao prazer da leitura. Esta é a alternativa correta, 
pois ela é coerente com o último parágrafo. 
D A mudança que ocorre com leituras em fases distintas da vida 
não implica valor, mas apenas uma nova compreensão da 
leitura. O tempo não é capaz de esmaecer o gosto pelo texto. 
Não pode ser aceita como resposta correta. 
E A leitura é um ato pessoal e único (particular) o fato de 
permanecer em nossa memória é devido à intensidade com que 
nos influenciou e não em decorrência de aceitação por gerações 
precedentes. 
 
 
Questão 20 - Atente para as seguintes afirmações: 
I. A releitura de uma obra clássica é reconfortante pela 
recuperação exata do sentido que já lhe atribuímos no passado. 
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II. Uma nova perspectiva histórica pode ser determinante para 
uma nova compreensão de uma mesma obra clássica. 
III. Assim como nós podemos permanecer os mesmos ao longo do 
tempo, o sentido de uma obra clássica pereniza-se na história. 
 
Em relação ao texto, APENAS está correto o que se afirma em: 
A. I. 
B. II. 
C. III. 
D. I e II. 
E. II e III. 
 
Comentário - Interpretação de texto 
Esta questão apresenta problema quanto ao gabarito. Acredito que, 
no concurso, tenha recebido recursos, ou talvez tenha sido 
anulada ou o gabarito tenha sido retificado. O gabarito 
apresenta a alternativa “d” como correta, mas, no meu 
entender, a correta seria a “b”. Vamos examinar cada uma para 
comentarmos. 
Vamos recordar os elementos modalizadores. Uma frase pode ter seu 
sentido mudado de forma radical ou apenas retificado pela 
inclusão de um elemento modalizador, 
O candidato foi aprovado no concurso / O candidato quase foi 
aprovado no concurso. 
Sairemos cedo / sairemos mais cedo. 
Em cada uma destas frases, apenas uma palavra foi capaz de alterar 
o sentido. 
I Correta/errada – O gabarito considera como correta a 
afirmativa, mas um exame mais detalhado revela sua falsidade. 
A recuperação do sentido é reconfortante, mas esta recuperação não 
é “exata” porque o tempo mudou e nós também mudamos. O 
sentido recuperado é o que nos deu prazer no passado, mas ele 
está modificado pelos dois fatores apontados. 
O termo “exato” é “exatamente” (olha o trocadilho) o que invalida a 
alternativa, ele retifica a frase, determina a proporção da 
recuperação do sentido. 
Considerando esta como falsa, o gabarito muda de “d” para “b”. 
No caso de um concurso, uma questão como esta tem chance de ser 
anulada, pois desrespeita um conhecimento teórico: “elementos 
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modalizadores”, assunto muito importante em termos de 
linguagem. 
II Correta - Esta alternativa é correta. Observem que o sentido 
desta frase contradiz o da anterior. Parece que a banca caiu em 
contradição. 
III Errada - Nós não permanecemos os mesmos ao longo do 
tempo, nem o sentido da obra é perene. Totalmente fora do 
que está expresso no texto. 
 
 
Questão 21 - O verbo indicado entre parênteses deverá 
flexionar-se numa forma do plural para preencher corretamente 
a lacuna da frase: 
A. ......-se (atribuir) aos clássicos a propriedade de nos encantar 
em qualquer tempo ou idade que os busquemos. 
B. ......-se (distinguir) os clássicos pelo fato de conservarem o 
mesmo poder de revelação ao longo do tempo. 
C. ......-nos (impressionar) nos clássicos o sentido de uma 
perenidade que não implica cristalização. 
D. ......-se (queixar) dos clássicos apenas quem os lê com a 
desatenção ou o desamor das tarefas obrigatórias. 
E. ......-nos (confortar) nos clássicos a companhia dos mais altos 
valores humanos que põem à nossa disposição. 
 
Comentário - Concordância verbal 
Esta é uma questão muito simples, pois apenas necessitamos 
encontrar a forma verbal plural. 
Observem que a banca buscou um detalhe na conjugação verbal para 
avaliar o conhecimento de conjugação. Esta é uma questão que 
poderia ser considerada de regência verbal, pois somente o 
reconhecimento dos verbos transitivos diretos é suficiente para 
resolver corretamente a questão. 
A Atribui-se aos clássicos a propriedade de nos encantar em 
qualquer tempo ou idade que os busquemos. Temos aqui um 
sujeito simples (a propriedade), com o verbo no singular, não 
pode ser a resposta correta. 
B Distinguem-se os clássicos pelo fato de conservarem o mesmo 
poder de revelação ao longo do tempo. Surge aqui uma voz 
passiva, portanto o sujeito é “os clássicos”, com o qual a forma 
verbal deve concordar. 
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Os clássicos são distinguidospelo fato de conservarem o mesmo 
poder de revelação ao longo do tempo. – Aqui temos a voz 
passiva, agora na ordem direta. Este é o único verbo transitivo 
direto, os demais são transitivos indiretos. Esta é a alternativa 
correta, pois é a única forma verbal no plural. 
C Impressiona-nos nos clássicos o sentido de uma perenidade que 
não implica cristalização. (impressiona a nós). 
D Queixa-se dos clássicos apenas quem os lê com a desatenção 
ou o desamor das tarefas obrigatórias. Esta frase deve ser 
passada para a ordem direta para que possamos entender 
melhor. Apenas quem lê os clássicos com a desatenção ou o 
desamor das tarefas obrigatórias queixa-se deles. 
E Conforta-nos nos clássicos a companhia dos mais altos valores 
humanos que põem à nossa disposição. É evidente a forma 
singular do verbo, portanto, também não pode ser a resposta 
correta. 
 
 
Questão 22 - “..toda releitura de um clássico é uma leitura 
de descoberta, como a primeira”. 
Uma nova, clara e correta redação da frase acima apresenta-se em: 
A. Tal como a primeira, as outras leituras de um clássico sempre 
constituem uma revelação. 
B. Sendo de um clássico, todas as outras leituras são como de 
primeiras descobertas. 
C. É como se fosse uma primeira leitura de um clássico todas as 
descobertas que ele nos proporciona. 
D. Assim como é uma descoberta a leitura de um clássico, outras 
leituras também serão como a primeira. 
E. Todas as leituras de um clássico, haja vista a primeira, têm 
aquela mesma revelação. 
 
Comentário - Reescritura de frase 
O que devemos examinar numa questão destas é a correspondência 
entre os seguimentos da frase da ordem da questão e os das 
alternativas. 
O trabalho de reescritura sempre deve manter o sentido original da 
frase. Para isso, o melhor é isolar os seguimentos e depois 
buscar as correspondências. Nesta questão a banca não 
explorou a forma verbal, mas uma maneira de perceber a 
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reescritura correta é avaliar a permanência do mesmo modo e 
tempo verbal. 
A Tal como a primeira (como a primeira), as outras leituras de 
um clássico (releituras de um clássico) sempre (todas) 
constituem (é) uma revelação (uma leitura de descoberta). 
Cada segmento da alternativa pode ser traduzido, fielmente, 
por uma parte da frase da ordem da questão. Esta é a 
alternativa correta. 
B Há nesta alternativa diversos deslocamentos que a invalidam. 
Sendo de um clássico – não há condição na frase original. 
Primeiras descobertas – na frase original o termo descobertas 
refere-se à leituras. Não pode ser aceita como alternativa 
correta. 
C Esta alternativa não faz referência à releitura. Não abrange o 
significado total da frase original. Não serve como resposta. 
D Lendo esta frase, não podemos relacionar as “outras leituras 
com a leitura de um clássico. Não serve como resposta. 
E Esta frase é totalmente fora do sentido original, pois deixa de 
fazer referência à releitura para falar em “todas as leituras”. 
 
 
Questão 23 - Está correto o emprego do elemento 
sublinhado na frase: 
A. Os clássicos são livros em cuja particular influência torna-os 
inesquecíveis. 
B. As dobras da memória, aonde se ocultam imagens dos 
clássicos, são o refúgio do inconsciente. 
C. Há um tempo na vida adulta no qual poderíamos utilizar para 
uma redescoberta dos clássicos. 
D. A perspectiva histórica é determinante, por cuja os clássicos 
ganham um novo significado. 
E. O poder de revelação de que se imbuem os clássicos acaba por 
nos revelar para nós mesmos. 
 
Comentário - Emprego de “cujo”, “onde” e “aonde 
A Os clássicos são livros cuja particular influência torna-os 
inesquecíveis. Não podemos incluir uma preposição 
antecedendo o pronome “cujo”, salvo quando exigida pela 
regência de algum verbo. Neste caso, nenhum verbo exige esta 
preposição. É errada e não pode ser aceita. 
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B As dobras da memória, onde se ocultam imagens dos clássicos, 
são o refúgio do inconsciente. “Aonde” só podemos usar com 
verbos de movimento, portanto deve ser “onde”. 
C Há um tempo na vida adulta o qual poderíamos utilizar para 
uma redescoberta dos clássicos. O relativo “o qual” retoma 
“tempo” e funciona como objeto direto do verbo “utilizar” 
(poderíamos utilizar o tempo para uma redescoberta dos 
clássicos). Fica evidente que não podemos ter preposição antes 
de “o qual”. Não serve como resposta correta. 
D Impossível o uso de “por cuja”, devemos substituir por uma 
outra construção como: A perspectiva histórica é determinante, 
pelo que (por isso, por tal) os clássicos ganham um novo 
significado 
E Esta é a alternativa correta. A preposição diante do “que” é por 
exigência do verbo “imbuem”. (imbuir de). 
 
Gabarito 
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 
B A C E D C E B D A C D B A E 
 
 
Questões de revisão 
 
IADES – MP-GO – Assistente - 2013 
 
Quando utilizar a ouvidoria? 
 
Qualquer pessoa pode e deve procurar a ouvidoria quando não 
for atendida com a devida atenção e o empenho pelo Ministério 
Público. 
A ouvidoria é um canal de comunicação direto e 
desburocratizado entre o cidadão e o Ministério Público, pronto para 
receber, analisar e encaminhar suas denúncias, reclamações, críticas, 
pedidos de informações e elogios relacionados aos serviços e 
atividades desenvolvidas pela instituição. Com a colaboração do 
cidadão, a ouvidoria trabalha para a melhoria dos serviços prestados 
pelo o Ministério Público. 
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Disponível em: 
<http://www.mp.go.gov.br/portalweb/37/no
ticia/c37c9dl4bl5635f8b604c21 
d8164c33b.html> Acesso em: 20/7/2013 
(com adaptações). 
 
Questão 24 - Considerando a relação de sentido entre as 
orações que compõem o texto, assinale a alternativa correta. 
A. A resposta à pergunta apresentada no título não se restringe ao 
primeiro parágrafo, já que o parágrafo seguinte apresenta 
novas informações sobre a função da ouvidoria do Ministério 
Público. 
B. O conteúdo do segundo parágrafo é constituído por informações 
que se opõem ao que foi declarado no primeiro. 
C. Enquanto o primeiro parágrafo oferece informações pertinentes 
à pergunta feita no título, o segundo não faz referência direta 
ou indireta ao objetivo do trabalho realizado pela ouvidoria. 
D. O segundo parágrafo apresenta apenas exemplos do que foi 
exposto no parágrafo anterior. 
E. O conteúdo do segundo parágrafo limita-se a uma definição 
para o vocábulo ouvidoria, já o primeiro fica responsável pela 
apresentação da resposta à pergunta feita no título. 
 
 
Questão 25 - Assinale a alternativa que, em conformidade 
com a norma-padrão, reproduz uma mensagem coerente com o 
sentido do período “Qualquer pessoa pode e deve procurar a 
ouvidoria quando não for atendida com a devida atenção e o 
empenho pelo Ministério Público.” (linhas de 1 a 3) 
A. Toda a pessoa que não for atendida com a devida atenção e 
empenho pelo Ministério Público, pode e deve procurar a 
ouvidoria. 
B. Ao ser mau atendida, qualquer pessoa pode e deve acionar a 
ouvidoria do Ministério Público. 
C. Toda pessoa, ao ser atendida com a atenção e o empenho 
indevidos pelo Ministério público, pode e deve procurar a 
ouvidoria. 
D. Uma pessoa, à qual foi atendida pelo Ministério Público de 
forma indevida, pode e deve procurar a ouvidoria. 
E. Pode e deve, procurar a ouvidoria, qualquer pessoa que tiver 
sido atendida pelo Ministério Público com indevidos empenho e 
atenção. 
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Questão 26 - A respeito das regras que orientam o uso do 
sinal indicativo de crase e a acentuação gráfica, assinale a 
alternativa correta. 
A. Se, no lugar de “procurar” (linha 1), fosse empregadoo verbo 
recorrer, o uso da crase passaria a ser obrigatório em “a 
ouvidoria”. 
B. A acentuação gráfica de “Ministério” e “denúncias” ocorre por 
razões distintas. 
C. Outra redação possível para “elogios relacionados aos serviços 
e atividades desenvolvidas” (linhas 7 e 8) seria elogios 
relacionados aos serviços e as atividades desenvolvidas. 
D. Os vocábulos “público” e “críticas” são acentuados por serem 
paroxítonos terminados em vogal, respectivamente no singular 
e no plural. 
E. O último período poderia apresentar a seguinte redação No que 
se refere à colaborações feitas pelos cidadãos, a ouvidoria 
trabalha para garantir à melhoria dos serviços prestados pelo 
Ministério Público. 
 
Charge – É legal ter pai 
 
 
É legal ter pai 
 
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) lançou, no dia l2 de 
fevereiro de 2012, a campanha “É legal ter pai”, que tem como 
objetivo ampliar a atuação institucional na investigação de 
paternidade, a partir de uma estratégia de divulgação direta à 
população dos serviços que podem ser oferecidos nessa área, tanto 
em Goiânia quanto no interior. 
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Disponível em: 
<http://www.mpgo.mp.br/portal/noticia/ca
mpanha-e-legal- ter-pai#.Ue0No403vQV> 
Acesso em: 21/7/2013 (com adaptações). 
 
 
Questão 27 - Com base nas informações do texto e na 
relação entre a imagem e o parágrafo, julgue os itens a seguir. 
I. - O adjetivo constante do título da campanha foi 
empregado, intencionalmente, com duplo sentido. 
II. - O Ministério Público de Goiás pretende, com a campanha, 
iniciar a sua atuação na investigação de paternidade. 
III. - A imagem exerce apenas uma função decorativa. 
IV. - A expectativa da campanha é propiciar a um maior 
número de famílias a cena retratada na imagem. 
 
A quantidade de itens corretos é igual a 
(A) 0. 
(B) 1. 
(C) 2. 
(D) 3. 
(E) 4. 
 
 
Questão 28 - A propósito dos aspectos morfossintáticos de 
“E legal ter pai” (título), é correto afirmar que 
A. “É”, especificamente nesse caso, funciona como verbo 
transitivo direto. 
B. o sujeito referente a “E” classifica-se como oculto ou 
desinencial. 
C. o período é constituído por uma oração principal e uma oração 
sem sujeito. 
D. o predicado “ter pai” é verbo-nominal, pois indica, ao mesmo 
tempo, ideia de ação e estado. 
E. “ter pai” desempenha o papel de sujeito da oração anterior. 
 
 
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Questão 29 - Considerando que os pronomes relativos 
desempenham um importante papel para a garantia da coesão 
textual, é correto afirmar que, na passagem “a partir de uma 
estratégia de divulgação direta à população dos serviços que 
podem ser oferecidos nessa área” (linhas 4 a 6), o termo 
destacado foi utilizado a fim de 
A. estabelecer a coordenação entre duas orações. 
B. introduzir o complemento do verbo da oração anterior. 
C. indicar a oposição entre as orações relacionadas por ele. 
D. retomar o termo “serviços”, evitando uma repetição 
desnecessária. 
E. conectar termos coordenados entre si. 
 
 
Eram cinco horas da manhã 
 
Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não 
os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas. 
Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada 
sete horas de chumbo. Como que se sentiam ainda na indolência de 
neblina as derradeiras notas da última guitarra da noite antecedente, 
dissolvendo-se à luz loura e tenra da aurora, que nem um suspiro de 
saudade perdido em terra alheia. 
A roupa lavada, que ficara de véspera nos coradouros, 
umedecia o ar e punha-lhe um farto acre de sabão ordinário. As 
pedras do chão, esbranquiçadas no lugar da lavagem e em alguns 
pontos azuladas pelo anil, mostravam uma palidez grisalha e triste, 
feita de is acumulações de espumas secas. 
Aluísio Azevedo. O cortiço. Disponível em: 
<http:/Avww. biblio.com. 
br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com. 
br /conteudo/AluizioAzevedo/ocortico.htm> 
Acesso em. 20/7/2013 (com adaptações). 
 
Questão 30 - Com relação à organização das ideias e às 
estruturas linguísticas do texto 3, assinale a alternativa correta. 
A. O texto é uma descrição objetiva do cortiço, portanto um 
exemplo de digressão, de corte no decurso temporal da 
narração. 
B. O autor do texto atribui características humanas ao cortiço. 
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C. Em “Um acordar alegre e farto” (linha 4), o verbo “acordar” 
exemplifica a derivação regressiva. 
D. A expressão “à luz” (linha 7) pode ser substituída por “sobre a 
luz” sem alteração sintática e semântica do texto. 
E. Pelo contexto, depreende-se que o pronome “lhe” (linha 11) 
retoma o termo “A roupa lavada” (linha 10) e exerce função de 
objeto direto do verbo pôr. 
 
 
Questão 31 - Com base na estruturação linguística e na 
organização das ideias do texto 3, assinale a alternativa 
correta. 
A. O verbo ser (linha 1) está no plural para concordar com o 
sujeito “cinco horas da manhã”. 
B. O sujeito da forma verbal “abrindo” (linha 2) é inexistente. 
C. O trecho “a sua infinidade de portas e janelas alinhadas” (linhas 
2 e 3) pode ser assim reescrito sem alteração sintática ou 
semântica do texto: a infinidade de portas e janelas alinhadas 
dele. 
D. O sujeito da forma verbal “sentiam” (linha 5) é “as derradeiras 
notas da última guitarra da noite antecedente”. 
E. O termo “que nem” (linha 8) pode ser substituído por conforme 
sem alteração sintática e semântica do texto. 
 
Gabarito 
24 15 16 17 18 19 30 31 
A X A C E D B D 
 
 
Aspectos teóricos 
 
Ortografia. 
 
Algumas bancas não exigirão conhecimentos sobre a nova 
grafia, mas não devemos esquecer que a prova estará redigida de 
acordo com as novas regras. Isto exige certo cuidado, para não 
tomarmos por erro alguma grafia alterada pelo acordo. 
A grafia na Língua Portuguesa segue a etimologia, ou seja, 
depende da origem da palavra. A grande dificuldade que nossos 
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estudantes estão apresentando, quando à grafia, deriva da falta de 
conhecimentos básicos sobre a evolução das palavras, desde a sua 
origem até a atualidade. Vejamos alguns exemplos simples: 
Por que escrevo “pêssego” com dois “ss” e não com “c”? Não 
haveria nenhum prejuízo fonético ao escrever com “c”. Você sabe o 
país de origem do pêssego? Sabendo que é da antiga Pérsia, está 
resolvido o problema, pois a fruta era denominada “persecum” que 
significa “originária da Pérsia”. Como o “s” assimila o “r”, surgem os 
dois “ss”, o “c” sonoriza em “g” e o final nasal “um” perde a 
nasalidade e passa para “o”. Revelada a palavra “pêssego”! 
Com certeza você está dizendo, isto é um caminho muito longo, 
impossível aprender diante de uma prova de concurso. Concordo 
plenamente, mas asseguro que, se ao longo do ensino médio, você 
tivesse adquirido algum conhecimento desta área, hoje não diria que 
Língua Portuguesa é difícil, que é cheia de exceções e outras coisas 
deste teor. 
Pajé ou pagé? Imediatamente, você opta por “pajé”, mas qual a 
razão desta escolha? Simples, as palavras de origem indígena ou 
africana são grafadas com “j” e não com “g”. Agora você não erra 
mais: canjica, jequitibá, jerimum, jibóia, jirau, jiló. Cuidado! Você 
escreve: Bagé (RS), embora seja palavra de origem indígena. Esta 
anomalia gráfica devemos ao bageense (ou bajeense) Emílio 
Garrastazu Médici! 
Outra maneira importante de você descobrir a grafia de uma 
palavra é procurar pela família de palavras. Os termos derivados 
seguem a grafia da palavra originária. Cereja > cerejeira; rijo > 
rijeza; tábua > tabuada; oscilar > oscilante. 
Este é um assunto muito longo, não cabe num curso rápido, 
vamos revisar muita coisa, mas durante a resolução de questões,vamos aprofundar alguns casos, à medida em que aparecerem. 
Para encerrar o assunto de grafia, é importante relembrar que a 
leitura é a grande fonte de conhecimento em termos de vocabulário. 
Quando lemos, ampliamos o vocabulário e aprendemos muito sobre 
grafia. 
a. O fim do trema - O acordo aboliu o trema, permanecendo 
apenas nos nomes próprios registrados e em algumas 
palavras estrangeiras. Ex: tranquilo, linguística, linguiça. 
Permanece em nomes como Müller. 
b. O alfabeto recebe três letras: k, w e y. Esta é uma alteração 
que não tem grande efeito, pois são letras em desuso. 
c. As consoantes mudas. Neste aspecto o acordo causou 
problema, pois permite dupla grafia, caso a consoante seja 
pronunciada. Como há divergência de pronúncia entre Brasil 
e Portugal, surgem casos estranhos: ficção e apto são 
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pronunciados tanto no Brasil como em Portugal da mesma 
maneira, portanto permanecem o “c” e o “p”, nestes casos, 
pois não são mudos. Vejamos alguns casos de flutuação: 
Assumpção/assunção; sumptuoso/suntuoso; 
amígdala/amídala. A primeira forma é usada em Portugal e a 
segunda no Brasil. 
d. O sufixo “-iano” e “-iense” provocou uma avalanche de 
protestos, pois exige que mesmo nas palavras terminadas 
por “e”, esta vogal seja retirada e o sufixo permaneça com 
“i”. Já estávamos acostumados com “acreano” e “torrense”, 
agora mudam para “acriano” e “torriense”. 
 
 
Particularidades sobre grafia 
 
Palavras cognatas são as que derivam de um mesmo radical, 
mantendo uma relação de sentido com a original. As palavras 
“assessor, acessório, acesso e aceso”, embora tenham semelhanças 
em termos de grafia, são palavras de origem diferente, porém: 
“cheio, plano e pleno” são cognatas. Vamos examinar alguns caso e 
avaliar a importância para a ortografia. 
a) Assessor – (lat. assessore), a pessoas que presta auxílio, 
colaborador, ajudante. Ex: João é assessor parlamentar. 
b) Acessório – (lat. acessoriu), objeto secundário a outro 
que é principal. Pode adquirir sentido de objeto sem 
importância, ou dispensável. Outras vezes, assume o 
sentido de complementar. Ex: A calota é acessória ao 
carro. 
c) Acesso – (lat. acessu), entrada, estágio inicial, promoção 
(no caso de carreira). Em informática significa, também, 
conferência de dados até chegar ao registro solicitado. 
Ex: Entrem pelo acesso principal. O HD parou de 
funcionar e não tivemos mais acesso aos endereços dos 
clientes. 
d) Aceso – (particípio irregular do verbo acender), traz o 
sentido de ligado, incendiado. O verbo acender tem 
particípio duplo, aceso como irregular e acendido como 
regular. Ex: O farol do carro está aceso. Tenho acendido 
as luzes do carro, mesmo durante o dia, quando em 
viagem. 
Como se vê são palavras totalmente diferentes entre si, 
portanto não são cognatas, embora semelhantes entre si. 
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Por outro lado, a palavra latina “plenus” originou tanto “plano” 
quanto “pleno” em português. Na evolução da linguagem o “pl” passa 
para “ch”, em diversas situações, assim “plenus” > “chenus” (forma 
hipotética) > passando no português contemporâneo para “cheio”. 
Vamos aproveitar este conhecimento e resolver mais alguns 
problemas de grafia. 
a) Caçar – caça – aprisionar o animal 
b) Cassar – cassação – agora o sentido é de “recolher”, 
“retomar”. Como “cassar” é com “ss”, “cass(ar)+ação” 
c) No latim temos “lex, legis”, observe a presença do “g”, 
portanto em português: legal, legislativo, legítimo etc.. 
d) Também é o mesmo caso “rex, regis”, portanto: regente, 
regimento, reger... 
e) Os nomes de origem indígena são grafados com “j”, 
portanto – pajé, pajelança, acarajé.... 
f) Para o som “ch” (como em chapéu), usa-se o “x” (e não 
ch) em palavras de origem indígena ou estrangeira. 
Assim: xavante, caxangá, maxixe, haxixe, macaxeira... 
Gostaram da brincadeira? Resolvam alguns casos: 
cabelerero Ou cabeleireiro 
Xampu Ou champu 
cônscio Ou Côncio 
 
 
Acentuação gráfica. 
 
A acentuação, na Língua Portuguesa, segue regras fixas. Não 
tem sentido revermos regras e exceções neste momento. As bancas 
não são “tão boazinhas” para cobrar conhecimentos gerais sobre 
acentuação. O que elas preferem é avaliar o conhecimento do 
candidato sobre alguns casos que são menos evidentes, mas que têm 
um uso intenso. Vejamos alguns casos: 
a) Distinguir a forma singular (tem) da plural (têm) no 
presente do indicativo do verbo “ter” é um “atrativo” 
muito forte para as bancas de concurso. 
b) Verificar a acentuação do “i” quando forma sílaba sozinho, 
(juízes) ou quando está apoiado na consoante seguinte 
(juiz). 
c) Outra situação interessante ocorre nas formas verbais, 
acompanhadas do pronome oblíquo, como em “comprá-
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la”, pois nem todos percebem que, independente do 
hífen, a forma verbal é uma oxítona em “a”. 
 
Algumas observações sobre a reforma ortográfica 
 
A última reforma ortográfica está em vigor, desde janeiro deste 
ano (2009). Não é nosso objetivo discuti-la, pois isto é um assunto 
acadêmico. Para nós cabe examinar os pontos mais importantes e 
que tenham maiores probabilidades de causarem confusão na prova 
do concurso. Não vamos tratar do acordo de uma só vez, pois isto 
tomaria muito tempo. Neste módulo abordaremos alguns aspectos e 
retornaremos sempre que uma questão de prova exigir conhecimento 
de ortografia. 
Embora algumas divergências ainda permaneçam, manteremos 
o que está consagrado pelo VOLP da Academia Brasileira de Letras, e 
na obra O que muda com o novo acordo ortográfico do professor 
Evanildo Bechara. Os casos que o novo acordo ortográfico mantém a 
grafia anterior, não comentaremos, pois basta continuar redigindo da 
mesma forma. 
Vejamos as alterações: 
Quanto à acentuação houve algumas mudanças bem severas, 
mas a maioria das regras continuou sem alteração. As proparoxítonas 
continuam acentuadas da mesma maneira: médico e lâmpada. 
As oxítonas terminadas em “a”, “e” ou “o” permanecem com a 
mesma forma de acentuação: vatapá, café, paletó. Os monossílabos 
tônicos seguem esta mesma regra: pá, fé, dó. Vamos examinar 
alguns casos em que há mudança: 
• O acordo abre possibilidade de dupla grafia quando 
houver divergência de pronúncia (aberta/fechada): 
bebê/bebé; Antônio/António. 
• Os ditongos abertos “éi” “éu” e “ói” permanecem 
acentuados quando em palavras oxítonas: fiéis; véu (s); 
herói (s). Mas cuidado! Nas palavras paroxítonas, estes 
ditongos perderam o acento: estreia, ideia, heroico. 
• Os dois “oo” perdem o acento: voo, enjoo, assim como os 
dois “ee” nas formas verbais: veem, leem, creem. e 
deem. 
• O “i” e o “u” tônicos, formando sílaba sozinhos (quando 
não seguidos de “l”, “r” ou nasal) continuam recebendo 
acento: país, saúde. A alteração é: se forem antecedidos 
por ditongo perdem o acento quando paroxítonas: feiura, 
baiuca, mas se forem oxítonas, mantêm o acento: Piauí. 
CURSO DE PORTUGUÊS – Metrô/DF 
Prof. Odiombar Rodrigues 
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Emprego do sinal indicativo de crase. 
 
As regras sobre crase são muito simples e, dificilmente, um 
aluno erra questão sobre este assunto. Sabedoras disso, as bancas 
não pedem casos de crase diretamente nas alternativas, mas 
estabelecem relações com outros assuntos como locuções adverbiais 
(à vista, a prazo) e distinção entre uso da crase, do verbo haver e do 
artigo (à, há, a). Assim, torna-se sem sentido o estudo detalhado de 
todas as ocorrências sobre crase, pois o que interessa às bancas são 
algumas particularidades que podemos esclarecer durante os 
exercícios. Por outro lado, não podemos deixar de revisar alguns 
casos que são frequentes em provas. 
 
Conceito 
É fusão da preposição “a” com o artigo

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