Buscar

RESENHA20THOMPSON!!!!!!!!-1

Prévia do material em texto

Resenha do Thompson 
O livro, Costumes em comum, é uma coletânea de textos escritos por E. P. Thompson, em 1991, com o objetivo de analisar a classe trabalhadora britânica no século XVIII. No recorte a ser analisado, o sexto capitulo intitulado ´´tempo, disciplina de trabalho e capitalismo``, que é dividido em oito subcapítulos, vemos a relação dessa camada com o tempo e a evolução da percepção que a sociedade tem dele.
No primeiro subcapitulo, o autor inicia o discurso sobre o modo de medir o tempo, entre o natural e o mecânico. Além disso, ele questiona de que jeito o tempo interfere na sociedade e no trabalho. 
No seguinte, é dito que em povos primitivos o tempo estava relacionado com a conclusão das tarefas e, que para a época que analisava, isso só ocorria em pequenas comunidades, e que com isso pode-se analisar as diferenças as notações do tempo. Fora isso, ele começa a mostrar a relação do tempo com a economia, por conta da produção e venda de relógios. 
Em seu terceiro subcapitulo, o autor fala sobre como o relógio influenciava a sociedade, ditando a hora do levantar e ir trabalhar e a hora de se recolher, mas foca mais na história da confecção e taxação do produto. No posterior, ele fala sobre como era a atenção ao tempo no trabalho, quer era seguido para houvesse uma sincronização, e que nas pequenas oficinas e nas manufaturas caseiras não havia uma exigência de seguir o tempo pois ainda se orientavam pela conclusão das tarefas. 
Ainda sobre o quarto subcapitulo, é dito que o trabalho era irregular que dependia do tempo, como fenômeno natural, e das pessoas, e que era da natureza dele ser assim. Esse tipo de trabalho fazia com que as atividades e o ócio se alternassem, e que o dia de folga era a ´´Santa Segunda-Feira`` e era usado para compra e negócios pessoais; a irregularidade ficou estabelecida até a metade do século XIX. Ainda nessa parte do texto, ele indaga se a folga também se estendia para os trabalhadores rurais, mas logo responde que não havia folga para eles e que por isso tinham uma disciplina de trabalho rigorosa e que administravam eficientemente o tempo.
Em seu quinto ponto, ele fala sobre a passagem da manufatura para o capitalismo industrial e que essa mudança é cultural, já que a cultura dita a expressão de poder. Ele não analisa apenas a mudança de técnica ou a sincronização; ele tenta entender como a sociedade reagiu, as mudanças que foram feitas dentro dela, como ela lidava com o tempo e como eles poderiam usar do mesmo para explorar a mão de obra. 
No sexto ponto, Thompson pergunta até que ponto a disciplina de trabalho era imposta e até que ponto era assumida, sua resposta logo vem. A ética puritana, assumida pelos moralistas, foram implementadas nas fábricas, impedindo o ócio, o que favorecia os donos das fábricas pois para eles tempo era dinheiro, e tratado de forma valiosa. ´´ Que o tempo de seu sono seja apenas o que a saúde exige, pois o tempo precioso não deve ser desperdiçado com preguiça desnecessária``.
No penúltimo ponto, é dito que a Revolução fez surgir uma nova disciplina de tempo, e que ela levou várias gerações para ser aceita. Além disso, ele fala sobre ainda existir, no século XIX, propagandas sobre o uso econômico do tempo, e questiona até que ponto elas cumpriram o objetivo e o quanto se pode falar de uma reestruturação da sociedade. 
 No último subcapitulo, Thompson diz esperar que os povos tomem cuidado com modelos convenientes e manipuladores, que apresentam a massa trabalhadora apenas como força inerte de trabalho. Ele também comente, que graças a relação do puritanismo com o capitalismo industrial, temos a noção de que tempo é dinheiro, e isso fez com que os sociólogos, da época em que ele escreve, discutir sobre o não benéfico do lazer. 
Ainda no último ponto, ele questiona: se com o tempo as pessoas vão se tocar que apesar de sempre estarem trabalhando, o dinheiro raramente é suficiente pra ela e com isso iriam para de utilizar o tempo de forma útil; como vamos gastar o tempo livre que temos de sobre e como a indústria do entretenimento vai se beneficiar com isso. Contudo ele termina dizendo que a notação de tempo seria menos compulsiva, com o cumprimento do horário seria meramente em respeito ao próximo, e que as pessoas iram reaprender a viver, alguns iriam para nações recentemente industrializadas e outro iriam redescobrir um modelo de vida que é anterior a história escrita. 
Ao terminar o capitulo é possível perceber que existe meio que um degrade de como a sociedade percebe o tempo e ver como ele passou a ser tão importante, impactante, não só no trabalho como na vida das pessoas, já que ele dita tudo que acontece.

Continue navegando