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Instituições de Direito Público A - Caderno completo UFMG - Administração

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Instituições de Direito Público A
Universidade Federal de Minas Gerais
Administração 2022.1
Aula 1 – 26/08/2022
1.1. O que é direito?
A palavra “direito” apresenta característica polissêmica, visto que pode ser utilizada em diferentes sentidos, dentre eles:
1) Sistema de conhecimento/ciência que estuda o fenômeno jurídico nas sociedades;
2) Conjunto de regras de conduta obrigatória, ou seja, direito objetivo;
3) Faculdade ou poder que tem uma pessoa de exigir de outra um determinado comportamento, isto é, direito subjetivo.
No sentido normativista, o direito é o conjunto de leis, princípios e regras jurídicas elaboradas pelo poder estatal. Ele apresenta coercitividade, já que, no caso de descumprimento, o Estado poderá impor uma sanção, ou seja, penalidade.
Além dessas regras jurídicas, outras permitem a integração social, como as religiosas e morais. O cumprimento destas normas depende da concordância do sujeito destinatário, enquanto a normatividade jurídica estatal é obrigatória.
1.2. Direito Objetivo e Direito Subjetivo
Quando abordamos o sentido objetivo do direito, fazemos referência ao conjunto de normas jurídicas que se encontra em vigor e têm status constitucional, ou seja, são dotadas de máxima hierarquia do sistema.
Por outro lado, o sentido subjetivo do direito é aquele que pertence ao sujeito, tratando-se do poder/faculdade do indivíduo de gerir um comportamento contra o Estado ou outra pessoa.
1.3. Fontes do Direito
As fontes do direito são a origem da normatividade jurídica existente na sociedade, emanada pelo Estado. Este último se divide entre três poderes:	
1) Poder Legislativo, que vota as leis em nome da população e fiscaliza atos do Executivo;
2) Poder Judiciário, que aplica as leis, decidindo conflitos;
3) Poder Executivo, que dirige e administra o governo e representa o país no exterior.
Esses três poderes alimentam a pirâmide do Direito ilustrada a seguir, de maneira que, por legitimidade, a norma inferior procura validade na norma superior.
· A jurisprudência – conjunto de decisões, aplicações e interpretações das leis – é uma fonte secundária do Direito.
1.4. Norma Jurídica
Segundo Kelsen, a estrutura da norma jurídica é a seguinte:
1) Dado um determinado fato, determinado sujeito deve observar determinada conduta;
2) Se não a observar, outro sujeito, órgão do Estado, deve aplicar uma sanção.
1.5. Sujeitos de direito e relação jurídica
Os sujeitos de direito dividem-se em:
1) Com personalidade jurídica, ou seja, pessoa natural e pessoa jurídica (registrada); 
2) Sem personalidade jurídica, que engloba condomínio, massa falida (empresa falida), espólio (pessoa falecida) e sociedade de fato (sem registro).
A personalidade jurídica é a aptidão (potencial) genérica de ser titular de direitos e deveres.
· Quando se forma uma sociedade, cria-se uma terceira personalidade jurídica, ou seja, uma “ficção legal” para separar o patrimônio dos sócios da sociedade empresária.
· Se temos uma sociedade de fato (sem registro, ou seja, sem personalidade jurídica, nós temos um ente despersonalizado, sem essa autonomia patrimonial.
Aula 2 – 26/08/2022
Estado, governo e administração pública
1. Estado
1.1. Conceito – Estado é a sociedade política juridicamente organizada em um determinado território dotada de soberania. Ele é formado de três partes:
a) Sociedade política – Conjunto de famílias e de outros grupos organizados juridicamente, sob a direção de uma autoridade suprema. Todo estado tem como elemento fundante o povo;
b) Território - base física ou geográfica do Estado, seu elemento constitutivo e base delimitada de autoridade;
c) Soberania – exercício da autoridade por intermédio dos órgãos constitucionais. É um atributo que confere ao Estado o poder de decisão.
1.2. Origem – Existem duas correntes teóricas para determinar o Estado. A primeira diz que onde há um homem há sociedade, e onde há sociedade há poder. A segunda, por sua vez, afirma que o Estado nem sempre existiu pois é fruto de um período específico da história, a Modernidade.
1.3. História 
a) Estado Absolutista (modernidade);
b) Estado Liberal (reação da burguesia contra o estado absolutista). A primeira conquista foi a divisão dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e a segunda foi uma carta de declaração de direitos contra o Estado;
c) Estado Social (reação aos desequilíbrios do estado liberal). Ele mantém as conquistas do Estado Liberal, mas inclui direitos sociais e econômicos.
1.4. Divisão do poder do Estado
a) Função executiva – Tem a função típica de prestar serviço público, aplicar lei de ofício. De natureza atípica ocorre quando ele dita normas (natureza legislativa) e realiza julgamentos administrativos (natureza judicial);
b) Função legislativa – Possui a função típica de produzir as leis e fiscalizar o 
Executivo e atípica (administrativa/ executiva) ao realizar concursos e licitações e (judiciária) ao julgar crimes de responsabilidade;
c) Função judiciária – Possui função típica (aplicar lei no caso concreto e resolver conflitos) e atípica (de outro poder, nesse caso legislativo, ao criar normas de regimento interno dos tribunais, e executivo, ao realizar concursos e licitações).
1.5. Formas de Estado – Pode ser:
a) Unitário – quando há concentração do poder político em uma unidade territorial;
b) Federalista – o poder político está descentralizado, de maneira que cada federação tem autonomia. A partir da Constituição de 1988, o município passou a ser, ao lado da União e dos Estados, um ente político.
2. Governo
2.1. Conceito – Governo é o núcleo decisório de Estado.
2.2. Forma de governo 
	Monarquia
	República
	Hereditária
	Eletiva
	Vitalícia
	Temporal
	Construída na ideia de irresponsabilidade do rei, ou seja, ele não tem que prestar contas.
	Construída na ideia de responsabilidade, ou seja, os representantes são obrigados a prestar conta
2.3. Sistemas de governo
	Presidencialismo
	Parlamentarismo
	PR acumula as funções de chefe de Estado e chefe de Governo
	Há um chefe de Estado e um chefe de Governo.
	Independência entre poderes Executivo e Legislativo.
	Interdependência entre poderes Executivo e Legislativo.
	
Assume um período fixo de mandato
	Assume por período indeterminado, primeiro ministro permanece enquanto há apoio
 
Aula 3 – 09/09/2022
· 1° setor – Estado, representado pela Administração pública direta e indireta;
· 2° setor – Mercado, por meio de concessões e demissões, movendo a atividade econômica;
· 3°setor – Agentes privados.
Administração Direta – Conjunto de órgãos que integram os entes federativos e que possuem competência para o exercício das atividades administrativas de forma centralizada.
· União;
· Estados;
· DF;
· Municípios.
Entes políticos com personalidade jurídica.
Administração Indireta – Conjunto das entidades que, vinculadas a um ministério, prestam serviços públicos ou de interesse público.
· Autarquia – Pessoa jurídica que desempenha função típica do Estado;
· Fundações;
· Empresas públicas;
· Sociedade de economia mista.
Conceitos importantes
A Administração Pública pode oferecer os serviços para a população de diversas maneiras. 
· Centralização – quando as atividades são realizadas por um único ente da federação. É uma forma exclusiva da administração direta e não há hierarquia;
· Descentralização – quando a função de um ente administrativo é exercida por meio de outra personalidade jurídica. Não há hierarquia, apenas vinculação entre o órgão criado e o ente criador;
· Concentração – função administrativa é exercida no âmbito interno de cada entidade (política ou administrativa), por apenas um órgão público, sem qualquer divisão;
· Desconcentração – criação de órgãos públicos que têm a mesma personalidade jurídica, estando submetidos a uma hierarquia e à subordinação do órgão central.
Aula 4 – 16/09/2022
1) Princípio da legalidade - crava a liberdade do cidadão brasileiro dizendo que ele só será obrigado a fazer ou deixar de ter uma ação, seja ela positiva ou negativa, no caso de haver prévio regimento legal;
2) Princípioda impessoalidade - Administração pública não pode adotar medidas para beneficiar ou prejudicar pessoas;
3) Princípio da moralidade - A administração pública deve pautar a atividade administrativa não apenas na lei, mas também na boa fé e lealdade;
4) Princípio da publicidade - A administração pública deve realizar a divulgação de seus atos para a produção de efeitos, bem como para dar transparência na gestão da coisa pública;
5) Princípio da eficiência – Os atos da administração pública devem ser realizados com a maior qualidade, competência e eficácia possível em prol da sociedade;
6) Princípio da razoabilidade e da proporcionalidade – A razoabilidade exige uma relação de equivalência entre a medida adotada e o critério que a dimensiona. A proporcionalidade exige que o Legislativo e o Executivo escolham, para realização de seus fins, meios adequados, necessários e proporcionais.
- Ato vinculado é aquele que contém todos os elementos constitutivos vinculados à lei, não havendo subjetivismo ou valoração do administrador;
- Ato discricionário confere ao agente público a possibilidade de escolher a solução que melhor satisfaça o interesse público, provocando o juízo de valor pelo administrador. 
Aula 5 – 23/09/2022
Teoria Geral dos Direitos Fundamentais
1 – As gerações de direitos fundamentais variam entre períodos históricos
· Liberdade (sec. XVIII e XIX) – população buscava garantia de direitos fundamentais contra o rei;
· Igualdade – classe e categoria;
· Fraternidade – ideia de proteção difusa da humanidade, como ao meio ambiente.
2 – Eficácia dos direitos fundamentais
· Vertical – incidência dos direitos fundamentais no indivíduo;
· Horizontal – incidência dos direitos fundamentais nas relações privadas.
3 – Características (10)
a) Relatividade – os direitos fundamentais não são absolutos;
b) Imprescritibilidade – não se esgotam no decorrer dos anos;
c) Essencialidade – direitos são inerentes aos seres humanos;
d) Historicidade – direitos são conquistas históricas construídas gradualmente por meio de movimentos sociais;
e) Universalidade – englobam todos os indivíduos;
f) Irrenunciabilidade – ninguém pode abrir mão dos direitos fundamentais;
g) Inviolabilidade – impossibilidade de respeito ou descumprimento; 
h) Indisponibilidade ou inalienabilidade – não podem ser transferidos ou negociados;
i) Interdependência – direitos se interseccionam para atingirem suas finalidades;
j) Efetividade – Poder Público deve atuar no sentido de garantir a efetivação dos direitos humanos e garantias fundamentais previstos.
Aula 6 – 30/09/2022
Direitos Fundamentais
Art. 5º, Caput, C F– “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes”
· Legalidade
a) Privada – autonomia privada, as partes podem fazer tudo que a lei não proíbe;
b) Pública – há uma relação de subordinação perante a lei, só se pode fazer o que ela expressamente autoriza ou determina.
· Direito à igualdade
a) Igualdade formal – aquela prevista pela lei (“Todos são iguais perante a lei”);
b) Igualdade material – concretização da igualdade por meio de mecanismos práticos que minimizem as diferenças entre os indivíduos (ex.: justiça gratuita quando não há condições de pagar custas processuais).
Existem discriminações lícitas e ilícitas. Para diferenciá-las, há alguns critérios:
a) Grupo social;
b) Discriminação (com nexo causal com o grupo social);
c) Valor constitucional (ADPF186 – cotas raciais).
Na discriminação lícita, premissas constitucionais buscam garantir a isonomia a grupos que necessitam.
· Direito à vida
a) Direito de estar vivo (Art. 121);
b) Direito de uma vida digna.
3.1. Relativização do direito à vida;
3.2.Pena de morte - Artigo 707 – Código de processo penal;
3.3. Lei do abate;
Aula 7 – 07/10/2022
· Eutanásia – crime privilegiado. Mesmo que o paciente concorde;
· Recusa de tratamento – exercício de autonomia privada.
Livre manifestação do pensamento
Art. 5
Inciso 4 – É livre a manifestação do pensamento sendo vedado o anonimato;
Inciso 9 – É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação independentemente de censura ou licença.
Características da liberdade de expressão
- Relativização: a liberdade de opinião é livre para ser exercida dentro dos limites da democracia. Se ela for absoluta, acaba se tornando um instrumento de violação dos direitos;
- Concordância prática: se a liberdade de expressão não é absoluta, é necessário conciliar esses direitos fundamentais;
- Contexto;
- Diversidade de meios;
Limitação jurídica
- Vedação do anonimato;
- Direito de resposta;
- Restrição de propaganda;
- Classificação indicativa;
- Intimidade.
Crimes contra honra
- Honra objetiva – conceito que a sociedade tem de nós;
- Honra subjetiva – autoimagem – conceito que nós temos de nós mesmos.
· Calúnia – imputação falsa de um fato criminoso a alguém;
· Difamação – imputar ato ofensivo a alguém, o que não configura crime, mas fere sua honra objetiva;
· Injúria – xingamento, qualidade negativa que consolida ofensa à dignidade.
Aula 8 – 14/10/2022
DIREITO DE RESPOSTA - É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano moral, material ou à imagem.
· Aplicável aos abusos da mídia.
Inciso X: São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito de indenização, pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.
Liberdade religiosa
Art 5 
Inciso VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção de culto e suas liturgias.
Inciso VII – é assegurada, nos termos da lei, a prestação da assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva.
Inciso VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa.
Estado brasileiro é um estado laico.
· Objeção de consciência – questionar uma obrigação que lhe é imposta.
· Adventistas e judeus – possuem sábado como dia oficial para manifestar sua religiosidade. Em caso de provas ou concursos.
Aula 9 - 21/10/2022
Artigo 5º - Inciso 13
É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.
· A lei estabelece seções/condições para o exercício da profissão.
Artigo 5º - Inciso 15
É livre a locomoção em território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, permanecer ou dele sair com seus bens.
É garantido por instrumento processual chamado habeas corpus, também relacionado à questão dos bens.
Artigo 5º - Inciso 16
Liberdade de reunião – todos podem reunir-se pacificamente sem armas em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.
Liberdade de associação
Artigo 5º - Inciso 17
É plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar.
Artigo 5º - Inciso 18
A criação de associações e, na forma da lei, de cooperativas, independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento.
Artigo 5º - Inciso 19
As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado (decisão que não cabe mais discussão).
Artigo 5º - Inciso 20
Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou permanecer associado.
Artigo 5º - Inciso 21
As entidades associativas, quando expressamente autorizadas, tem legitimidade para representar seus associados judicial ou extrajudicialmente. 
Artigo 5º - Inciso 35 – Direito de ação: Princípio da Inafastabilidadeda Jurisdição – A lei não excluirá da apreciação do poder judiciário lesão ou ameaça à direito.
3 exceções podem ser cobradas
· Habeas data – ação que garante a qualquer cidadão a permissão para acessar informações que a ele se referem, registradas na base de dados de instituições;
· Justiça desportiva – Somente é permitido o envolvimento do Poder Judiciário nas causas desportivas depois de esgotadas todas as instâncias da Justiça Desportiva;
· Reclamação constitucional – é uma ferramenta pra combater o descumprimento das decisões judiciais.
Aula 10 - 11/11/2022
Reclamação constitucional - é uma ferramenta para combater o descumprimento das decisões judiciais, preservando a autoridade das cortes. Instituto processual pelo qual se busca preservar a competência do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, assim como garantir a autoridade das decisões emanadas por estes.
DIREITO DE PROPRIEDADE
Inciso XI - A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de:
a) flagrante delito ou desastre;
b) prestar socorro;
c) por determinação judicial, durante o dia.
Com a evolução do conceito de direito de propriedade, passou-se a entendê-lo como uma relação entre um indivíduo (sujeito ativo) e um sujeito passivo universal integrado por todas as pessoas, o que tem o dever de respeitá-lo. Assim, o direito de propriedade se revela como um modo de imputação jurídica de uma coisa a um sujeito.
Inciso XXII - é garantido o direito de propriedade; 
A CF protege o direito de propriedade, ou seja, dos indivíduos ou organizações usarem seus bens, gozarem deles e tê-los à disposição.
Inciso XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
Isso é uma limitação do direito de propriedade. 
Inciso XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade pública ou por utilidade pública ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;
Inciso XXV - No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior (posterior), se houver dano.
Exemplos de iminente perigo público: guerra declarada e estado de sítio.
2 FORMAS BÁSICAS DE INTERVENÇÃO DO ESTADO 
RESTRIÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE 
Intervenção se fundamenta em:
· Princípio da função social;
· Princípio da supremacia do interesse público.
1. RESTRITIVA - O Estado limita, impõe restrições e condições ao uso da propriedade sem retirá-la de seu dono. Exemplos: Servidão administrativa, requisição, ocupação temporária, limitação administrativa, tombamento.
1.1. SERVIDÃO - A servidão administrativa é o direito/ônus real público que autoriza o Poder Público a usar a propriedade imóvel alheia para permitir a execução de obras e serviços de interesse da coletividade.
Exemplo: colocação de postes de energia, passagem de oleoduto, placas de sinalização.
1.2. REQUISIÇÃO - A requisição é a modalidade de intervenção estatal mediante a qual o Poder Público utiliza propriedade particular, diante de situação de iminente perigo público, sendo assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano. É um ato auto executório (não precisa de autorização do Poder Judiciário), porque não há como o Estado não executar aquilo naquele momento;
Exemplo: uma casa está pegando fogo e os bombeiros utilizam do imóvel vizinho para apagar o incêndio.
1.3. OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA - Utilização da propriedade imóvel para que o poder público deixe alocados máquinas e equipamentos;
Exemplo: uso das escolas para votação no período de eleição.
1.4. LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA - São limitações de caráter geral, por meio das quais a administração pública impõe aos proprietários obrigações de fazer ou não fazer, com o objetivo de garantir que a propriedade atenda sua função social. 
Aqui há imposição ao particular em fazer ou em não fazer algo, em decorrência do poder de polícia da administração pública, de modo a conciliar o exercício do direito de propriedade ao bem-estar de toda a coletividade, sob alguns aspectos, como a segurança, estética, entre outros.
Enquanto a servidão recai sobre o imóvel, a limitação administrativa não necessariamente, sendo mais genérica (estabelece-se uma condição e todos que se adequam às condições precisam respeitar).
1.4.1. LIMITAÇÃO AO DIREITO DE CONSTRUIR (PERMISSIVA)
Espécie de limitação administrativa em que o município estabelece limitações ao direito de construir.
Exemplo: entrada de fiscal na propriedade -> poder de polícia. Isso viabiliza o exercício dessa intervenção administrativa.
· Direito de construir = “O proprietário pode levantar em seu terreno as construções que lhe aprouver, salvo o direito dos vizinhos e os regulamentos administrativos”.
1.6. TOMBAMENTO - É a modalidade de intervenção na propriedade que visa proteger o patrimônio histórico, cultural, arqueológico, artístico, turístico ou paisagístico brasileiro. 
Ocorre em caso de necessidade (Urgência) ou utilidade (Conveniência) pública.
2. SUPRESSIVA - O Estado, valendo-se da supremacia sobre os particulares, transfere coercitivamente a propriedade de um bem de terceiro para si. O particular perde seu direito de propriedade. Exemplo: Desapropriação (pressupõe pagamento de indenização prévia e em dinheiro, que só não é paga quando ocorre em virtude de alguma sanção imposta ao proprietário)..
Aula 11 – 18/11/2022
Art. 184 – desapropriação por interesse social para fins de reforma agrária;
Art. 182 – Desapropriação urbanística - deve ser feita pelo poder público municipal;
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
§ 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro.
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena de parcelamentos, impostos ou desapropriação com pagamento mediante títulos de dívida pública.
Art. 243 – desapropriação sanção ou expropriatória. Perde a propriedade em caso de cultivo de plantas psicoativas ou prática de trabalho escravo. Não há indenização.
Art. 5 Inciso XXVI – A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atitude produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar seu desenvolvimento.
DIREITO DE PETIÇÃO
O direito de petição é definido como o direito dado a qualquer pessoa que invocar a atenção dos poderes públicos sobre uma questão ou uma situação.
Art. 5 Inciso XXXIII - Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou geral que serão prestados no prazo da lei por pena de responsabilidade, resolvidos aqueles cujo sigilo será imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
Art. 5 Inciso XXXIV - Direitos de petição e certidão - São a todos asseguradas, independente do pagamento de taxa:
a) O direito de petição aos poderes públicos em defesa de direito ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) Obtenção de certidões em repartições públicas para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.
DIREITO ADQUIRIDO
O direito adquirido é um direito que foi permanentemente integrado ao patrimônio jurídico de uma pessoa. É aquilo que já é dela por direito, pois ela completou tudo o que é necessário para alcançá-lo.
Ou seja, é um direito que não pode ser retirado do indivíduo, mesmo com novas leis ou decisões judiciais que o contrariem. Isso é garantido pela Constituição Federal e, portanto, tem validade em todas as áreas jurídicas, inclusive na Previdência Social.
Art. 5 Inciso XXXVI: a lei não prejudicará o direitoadquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.
Coisa julgada - quando a decisão judicial transita em julgado não cabe mais recurso à ela.
Ato jurídico perfeito - uma manifestação de uma vontade já consumada. A nova lei não retroage para reconstituir o ato. Ex.: Contrato de aluguel.
· Observação:
Há uma diferença entre direito adquirido e expectativa do direito. Direito adquirido é aquele que já foi incorporado ao patrimônio jurídico do titular, por já ter cumprido todos os requisitos para conquistar aquele direito. Mesmo que não tenha sido exercido ou reivindicado, o direito já adquirido pode ser exigido e, em regra, fica protegido de supressão, extinção ou alteração por lei ou fato futuro. 
Já a expectativa de direito antecede a aquisição efetiva de um direito que ainda não pode produzir efeitos. É a perspectiva de que um direito venha a ser adquirido, mas dependendo de requisitos que ainda não foram atendidos, caso em que não fica protegido de alterações na legislação correspondente. Exemplo: aposentadoria - a idade determinada pela lei que estava vigente quando o indivíduo a alcançar é a que é levada em consideração.
· Observação: o Poder Constituinte Originário (PCO), aquele que tem a incumbência de inaugurar uma ordem constitucional, não precisa respeitar o direito adquirido, porque ele é ilimitado e autônomo, desvinculado de toda e qualquer norma que existia anteriormente a ele. É diferente do Poder Constituinte Derivado, que vem do Originário. 
Aula 12 - 15/11/2022
Inciso XXXIX - Princípio Constitucional da Legalidade
Esse é um direito fundamental previsto no inciso XXXIX da Constituição Federal brasileira que garante que nenhum cidadão seja acusado de crime caso não haja previsão deste ato como sendo criminoso na legislação. Ou seja, não há crime sem lei que o defina. 
Os tipos penais seguem o princípio da legalidade, não há sentido em o Estado punir sem antes existir prévia definição no código penal do crime ocorrido (limita o poder de punir do Estado)
Inciso XL - Conflito das Leis Penais no Tempo
"A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu"
Quando mais de uma lei trata sobre um mesmo assunto, mas com condições diferentes, surge um “conflito” entre as leis novas e as anteriores. Na prática, os conflitos nada mais são do que duas leis que possuem determinações diferentes, sendo de responsabilidade do intérprete e aplicador da lei decidir qual das normas deve ser utilizada. 
O conflito das leis se dá quando a nova lei acarreta a anulação dos efeitos da lei anterior. O fenômeno jurídico que leva uma norma a se “esvaziar” e perder efeito é chamado de revogação.
É abordado aqui o princípio da irretroatividade da lei penal mais gravosa ou retroatividade da lei penal mais benéfica. 
Toda lei tem a pretensão de gerar efeitos do momento que é aplicada para frente. Quando a lei retroage, ela gera efeitos para o passado. O inciso diz que ela só pode retroagir se for para beneficiar o réu que está sendo julgado e não atingir direito adquirido, coisa julgada ou ato jurídico perfeito.
Ex: se o sujeito comete um crime hoje, e amanhã a lei passa a ser mais dura, a pena não muda. Se o sujeito comete um crime hoje, e amanhã a pena se torna mais leve ou o crime foi abolido, a lei retroage
Inciso XLII – Criminalização do racismo
"A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão nos termos da lei"
Este Inciso garante o direito à não discriminação de qualquer indivíduo em razão de raça, bem como prevê a pena deste crime em lei. Cabe pontuar que essa é uma forma de promoção do direito à igualdade, garantia extremamente importante para a democracia.
Injúria racial (crime contra a honra, junto com calúnia e difamação) é diferente de racismo. O que diferencia os crimes é o direcionamento da conduta, enquanto que na injúria racial a ofensa é direcionada a um indivíduo específico, no crime de racismo, a ofensa é contra uma coletividade, por exemplo, toda uma raça, não há especificação do ofendido. 
Inciso XLIV – Proteção à ordem constitucional e à democracia
"Constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis e militares contra a ordem constitucional do Estado de direito"
O inciso XLIV caracteriza o crime de perturbação à ordem constitucional e ao Estado Democrático com duas peculiaridades: a inafiançabilidade e a imprescritibilidade. 
A inafiançabilidade retira a possibilidade de pagamento pelo infrator para responder em liberdade; enquanto a imprescritibilidade não permite que o crime sofra os efeitos do tempo. 
Isso porque os crimes possuem um limite de tempo para que o acusado responda e seja punido e, quando esse limite é ultrapassado, não é mais possível punir o infrator. Dessa forma, sendo este delito imprescritível, não há tempo limite para o infrator responder por seu crime. 
Inciso XLV - Princípio da intranscendência da pena
“Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido"
Não importa se a pena é privativa de liberdade (reclusão, detenção ou prisão simples), restritiva de direitos (prestação de serviços à comunidade e interdição temporária de direitos) ou multa: em todos os casos a responsabilidade é sempre do condenado.
A pena é para quem cometeu o crime. A um tempo atrás, era possível que o filho de um infrator cumprisse a pena, um sentimento de vingança que não existe mais hoje.
Exemplo: João é filho de José, José cometeu um crime e recebeu uma pena de 20 anos. No segundo ano ele morreu na prisão. Não é lícito João, que é filho do preso, cumprir os outros anos da pena
ATENÇÃO: O artigo diz que a pena não vai ser transferida, mas a obrigação de reparar o dano sim. Se A matou B, A tem recursos e B era pai de família, é justo que A banque a família de B. Se A também morrer, a herança é usada para o fim.
Inciso XLVI – Individualização das penas
“A lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: 
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos.”
Sendo assim, este inciso define que cabe à lei estabelecer quais critérios nortearão o juiz quando este aplicar uma determinada penalidade contra alguém condenado por ter cometido um crime. De forma exemplificativa, o Inciso XLVI do artigo 5º cita algumas penalidades possíveis de serem aplicadas.
Inciso XLVII – Restrições à ação punitiva do Estado
“Não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do artigo 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis.”
Esse dispositivo serve para a proteção do cidadão, dado que restringe e regulamenta a ação punitiva do Estado. Exemplo colocar presos em contêineres é considerada pena cruel, ou seja, aquela pena que viola a dignidade. 
Inciso LI – Princípio da não extradição de nacionais
"Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico de entorpecentes e drogas, nos termos da lei"
O texto acima dispõe sobre o princípio da não-extradição de nacionais em um contexto de segurança penal que foi concedida ao brasileiro nato e naturalizado.
Extradição é um ato de cooperação internacional que envolve o Brasil e algum outro país. Por meio desse ato, o Brasil solicita ou concede a entrega, a outro país, de uma pessoa acusada ou já condenada por um ou mais crimes, com intuito de julgá-la e puni-la. 
Brasileiros natos são: 
· Os filhos de pai e mãe brasileira que nasceram no Brasil;
· Os nascidos no Brasil de pais estrangeiros, se não tiverem vínculo trabalhista com o país de origem;
· Os nascidos no estrangeiro de pai ou mãe brasileiro desde que esteja a serviço do Brasil;
· Os nascidos no estrangeiro de pai ou mãe brasileiro desde que sejam registradosem autoridade brasileira competente ou que venham até o Brasil após a maioridade requisitar a naturalidade.
Brasileiro naturalizado: 
· os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
· os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994).
Aula 13 – 02/12/2022
EXTRADIÇÃO - Ato de cooperação institucional que consiste na entrega de uma pessoa acusada ou condenada ao país que a reclama.
EXPULSÃO – Aplicada ao estrangeiro que, de qualquer forma, atentar contra a segurança nacional à ordem política e social.
DEPORTAÇÃO – Devolução compulsória de um estrangeiro que entra de forma irregular em um Estado.
BANIMENTO - tipo de expulsão de brasileiro que perde a nacionalidade. Essa expulsão de brasileiro nato o faz deixar de ser brasileiro.
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Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. 
Princípio da proibição do retrocesso social – O Estado, ao efetivar os direitos sociais, não pode retroceder nem diminuir o âmbito de proteção. Direito social conquistado não pode ser retirado.
Princípio do mínimo existencial – Significa que existe um conjunto mínimo de direitos que devem ser garantidos. Direitos para garantir a própria dignidade humana.
Princípio da reserva possível – Estado não pode gastar além do possível para efetivar esses direitos sociais (também existe limite da capacidade financeira dos Estados). Válido para todos os tipos – mobilidade, habitação, saúde, dentre outros.
	- Exemplo: uma pessoa pede um remédio ao Estado que não tem condição de arcar.
Princípio do Ativismo Judicial - O executivo deve executar os direitos. Entretanto, por muitas razões, os direitos não são efetivados. Nesses casos, as pessoas recorrem ao judiciário para garantir aqueles direitos.
	- Exemplo: caso do remédio
Princípio dos Direitos Econômicos 
É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
Princípios pelos quais os processos econômicos devem se organizar. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
 I - soberania nacional;
 II - propriedade privada;
 III - função social da propriedade;
 IV - livre concorrência;
 V - defesa do consumidor;
 VI - defesa do meio ambiente;
 VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
 VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as empresas brasileiras de capital nacional de pequeno porte.
Formas de intervenção do Estado
1) O estado pode intervir de forma DIRETA na economia
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
Exemplo: Cria uma empresa estatal para segurança nacional ou interesse público. A empresa estatal concorre com a particular e o Estado atua como empresário.
2) O estado pode intervir de forma INDIRETA na economia
Abusar, em proveito próprio ou alheio, da inexperiência ou da simplicidade ou inferioridade mental de outrem, induzindo-o à prática de jogo ou aposta, ou à especulação com títulos ou mercadorias, sabendo ou devendo saber que a operação é ruinosa: Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
O Estado não cria empresa estatal, mas regula o mercado estabelecendo regulações, fiscalizando, planejando e fomentando (também chamado de sanção premial). Existem mercados mais e menos regulados, mas não existem mercados não regulados.
Ex: lanchonete da FACE deve atender a normas sanitárias.
O Estado pode fomentar atividades que o setor privado não tem interesse em atuar (ex: isentar o IPTU por 50 anos se a empresa abrir filial em X localização)
No Brasil, acontece num modelo híbrido: adota-se princípios liberais, livre iniciativa, livre concorrência e propriedade privada. Mas, por outro lado, há princípios sociais, com defesa do meio ambiente, defesa do consumidor, pleno emprego, redução das desigualdades sociais
Exemplo: a constituição tanto reconhece o direito à propriedade, quando reconhece a função social da propriedade.
O Supremo considera como inconstitucional, porque fere a livre iniciativa, leis municipais que impedem o estabelecimento de comércios do mesmo ramo em determinada área (ex: farmácias). O mesmo Supremo considera que não ofende a livre concorrência considerar limites para instalação de postos de gasolina (questões de segurança). O mesmo Supremo também condena a obrigatoriedade de o supermercado contratar embaladores.
Também não fere a livre concorrência a imposição por lei de meia entrada. Ou então a lei das telas, imposição de conteúdo mínimo de conteúdo nacional para cinemas. Fere a livre iniciativa lei que estabeleça parâmetros para cobrança de estacionamento. 
Exemplo: a lei diz que para ser considerada a primeira hora, deve ser pelo menos meia hora de estacionamento, ou frações de hora.

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