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PATOLOGIA 2

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-A adaptação celular são alterações reversíveis no 
tamanho, número, fenótipo, atividade metabólica ou 
funções das células em resposta a modificações em 
seu meio ambiente; 
-Os principais tipos de adaptações são hipertrofia, 
hiperplasia, atrofia e metaplasia; 
-Estímulos e estresse sobre as células vão causar 
alguns efeitos, como adaptações do crescimento e 
diferenciação celular, acúmulos intracelulares, lesão 
celular reversível, morte celular e envelhecimento 
celular; 
 
-Atrofia é a redução do tamanho de um órgão ou 
tecido devido a uma diminuição no tamanho e 
número das células; 
-A atrofia pode ser dividida em dois tipos: 
 ocorre durante o 
desenvolvimento normal, como atrofia da 
notocorda, do ducto tireoglosso e do útero após 
o parto;
 ocorre em situações 
patológicas, como acidentes;
-O mecanismo de ação da atrofia ocorre com uma 
redução da síntese proteica e aumento da 
degradação proteica, por meio da via ubiquitina-
proteassoma e autofagia; 
-A atrofia possui algumas causas, como a diminuição 
da carga de trabalho (atrofia de desuso), como no 
caso de imobilização, causando atrofia muscular, 
perda da inervação (atrofia por desnervação), 
redução do suprimento sanguíneo (gradual), como a 
atrofia senil do cérebro e coração, pela pressão, 
causando comprometimento do suprimento 
sanguíneo e forças mecânicas, como tumor benigno 
causando compressão e promovendo uma nutrição 
inadequada, e perda da estimulação endócrina, como 
redução de estrogênio após menopausa; 
-A hipertrofia é o aumento no tamanho das células, 
aumentando, assim, o tamanho do órgão afetado; 
-Esse aumento ocorre por meio da síntese e 
incorporação de componentes estruturais celulares; 
-Também é dividia em dois tipos: 
 ocorre em casos de 
demanda funcional, como a musculatura 
estriada esquelética durante os exercícios, ou 
por ação de hormônios e fatores de 
crescimento, como o útero na gravidez; 
 como no caso da 
hipertrofia cardíaca na hipertensão arterial 
sistêmica (HAS);
-A hiperplasia é o aumento do número de células 
num órgão ou tecido em resposta a um estímulo, 
frequentemente coexistindo com a hipertrofia; 
-Ocorre somente em tecidos com células capazes 
de se dividirem; 
-O mecanismo de hiperplasia ocorre com a 
proliferação de células maduras, aumentando o 
número de novas células pelas células tronco e uma 
redução da morte celular; 
-Também vai se dividida em: 
 por meio da ação de 
hormônios ou fatores de crescimento, como na 
mama na puberdade, regeneração do fígado e 
na medula óssea em caso de perda sanguínea; 
 por meio da ação 
excessiva e inapropriada de hormônios ou 
fatores de crescimento, como hiperplasia do 
endométrio e prostática benigna, ou por ação 
de vírus, no caso do epitélio hiperplástico na 
infecção por HPV. Vai regredir caso o estimulo 
seja eliminado, diferente da neoplasia; 
 Em algumas situações, estímulos que predispõe 
a hiperplasia ou a metaplasia, se for persistente, 
podem iniciar transformação maligna. 
-Metaplasia é uma alteração reversível na qual um 
tipo celular diferenciado (epitelial ou mesenquimal) é 
substituído por outro; 
-Ocorre devido a uma irritação crônica, substituindo 
por um tipo celular mais adaptado; 
-O mecanismo de ação é por meio da 
reprogramação de células tronco ou células 
mesenquimais indiferenciadas, por meio de citocinas, 
fatores de crescimento e componentes da matriz 
extracelular, que vão promover uma expressão de 
genes que leva a essa diferenciação especifica; 
-Um exemplo é a transformação do epitélio coluna 
em escamoso (Metaplasia escamosa) que ocorre no 
colo uterino, trato respiratório (fumantes), calcilos 
nos ductos excretórios de glândulas e deficiência de 
vitamina A. Tem também a transformação do 
escamoso em colunas, como no caso do esôfago de 
Barrett, causado devido ao refluxo gástrico, que 
transforma a mucosa escamosa do esôfago em 
tecido colunas do tipo intestinal. E também tem a 
Metaplasia do tecido conjuntivo, com aparecimento 
de cartilagem, osso e tecido adiposo em locais que 
não são encontrados normalmente, como no caso da 
miosite ossificante, que ocorre a presença de tecido 
ósseo na musculatura estriada esquelética; 
-Quando ocorre estímulos muito intensos e a célula 
não consegue mais se adaptar, vai ocorrer o 
processo de lesão celular, que pode ser dividida em 
dois tipos: 
 ocorre caso as alterações 
celulares voltem ao normal quando o estímulo 
for retirado. Ocorre uma redução da 
fosforilação oxidativa, produzindo menos ATP, e 
alterando a concentração de íons e influxo de 
água, causando edema celular; 
 vai levar a morte celular, 
que pode ser por necrose (sempre patológica), 
causando danos as membranas, perda da 
homeostase de íons e inflamação, ou por 
apoptose (fisiológica ou patológica), mantendo as 
membranas integras e com ausência de 
inflamação; 
-A lesão celular possui algumas causas, que são: 
 a deficiência de 
oxigênio (hipóxia) vaia afetar o metabolismo 
energético das células, diminuindo a respiração 
aeróbica, causando uma depleção de ATP. A 
isquemia, que é a redução do fluxo sanguíneo, 
pode causar hipóxia, além de depleção de 
nutrientes e acúmulo de resíduos. A oxigenação 
inadequada do sangue (insuficiência 
cardiorrespiratória) e a redução da capacidade 
de oxigênio no sangue (anemia ou 
envenenamento por CO) também podem causar 
hipóxia; 
 trauma mecânico, extremos 
de temperatura, mudanças bruscas de pressão 
atmosférica, radiação e choque elétrico; 
 compostos 
desde simples (glicose, sal) a complexos, 
venenos, poluição ambiental, inseticidas e 
herbicidas, fármacos/ drogas recreacionais e 
agentes terapêuticos;
 vírus, bactérias, 
protozoários, helmintos, insetos;
 reações imunes 
exageradas e doenças autoimunes;
 cromossomo extra à 
substituição de uma única base, deficiência de 
proteína, acumulo de proteína mal dobrada, 
DNA danificado, polimorfismos;
 deficiência 
proteico-calórica, avitaminoses e excessos;
-As formas de estressa vão, primeiramente, levar a 
alterações no nível molecular ou bioquímico; 
 
-Na lesão reversível dois processos podem ser 
vistos pela microscopia óptica, que são: 
-Ocorre porque as células são incapazes de manter 
a homeostase hidroeletrolítica, fazendo com que as 
células comecem a inchar; 
-Também é chamada de degeneração hidrópica ou 
vacuolar; 
-As alterações macroscópicas são aumento do peso, 
turgor e palidez, já as microscópicas são a 
formação de pequenos vacúolos; 
-Na microscopia eletrônica (ultraestruturamente) a 
membrana plasmática vai possuir vesículas e perda 
de microvilos, já as mitocôndrias vão possuir edema 
e densidades amorfas pequenas. Já o reticulo 
endoplasmático vai sofrer dilatação, destacamento 
dos polissomos e figuras de mielina. As alterações 
nucleares são desagregação dos elementos 
granulares e fibrilares; 
-Esteatose é o acúmulo anormal de triglicerídeos em 
células parenquimais. Os órgãos mais afetados são 
fígado, coração, músculo e rim; 
-As principais causas são toxinas (etanol), 
malnutrição proteica (as lipoproteínas que carregam 
as gorduras não são sintetizadas pelo fígado), 
diabetes mellitus, obesidade e anóxia. Também é 
causado pelo catabolismo desviado para biossíntese 
de lipídeos, defeitos na montagem e secreção de 
lipoproteínas exportadoras e aumento do 
catabolismo periférico de gorduras, aumentando a 
quantidade de triglicerídeos na circulação; 
-A resposta celular ao estimulo danoso depende da 
natureza da lesão, da duração e da 
gravidade/intensidade. As consequências dependem 
do tipo de célula lesionada, do estado e da 
adaptabilidade das células; 
-Os diferentes mecanismos bioquímicos vão atuar 
em vários componentes celulares essenciais, 
estando interconectados; 
-É uma causa fundamental de morte celular por 
necrose, sendo causado por uma redução da 
quantidade de oxigênio e nutrientes (isquemia), por 
lesão mitocondrial e por certas toxinas, como 
cianeto; 
-A depleção de ATP afeta abomba de sódio e 
potássio, causando um desequilíbrio iônico; 
 
-A diminuição do pH vai promover a abertura de 
canais iônicos sensíveis a ácido, aumentando a lesão 
celular; 
-Lesões nas mitocôndrias pode levar à lesões e 
morte celular por todas as vias, pois afeta a 
produção de ATP; 
-Os danos mitocondriais levam a um aumento da 
produção de radicais livres (espécies reativas de 
oxigênio), que vai causar diversas anormalidades 
celulares, levando a necrose. Esses danos levam 
também a liberação de proteínas pró-apoptóticas; 
 
 
-O aumento da quantidade intracelular de cálcio vai 
promover a ativação de diversas enzimas celulares, 
como fosfolipase e proteases, causando danos à 
membrana, endonucleases, dano nuclear, e ATPase, 
reduzindo a quantidade de ATP; 
 
-Os radicais livres são produzidos de diversas 
formas, como nas reações de redução-oxidação 
durante os processos metabólicos, absorção de 
energia radiante, inflamação, metabolismo enzimático 
de drogas e compostos exógenos, metais de 
transição (ferro/cobre) e óxido nítrico; 
 
-Defeitos na permeabilidade da membrana permite 
que substancias que estavam dentro das células 
possam sair e entrar na corrente sanguínea, como 
glicose, dificultando a produção de ATP; 
-Com isso, há o extravasamento de proteínas e 
enzimas, como: 
 presente em 
todas as células do corpo, incluindo as hemácias; 
 
presente no fígado, coração e músculos;
 
encontrada principalmente no fígado, mas 
também é encontrada no rim;
 está presente no 
músculo e cérebro
 cTnI e cTnT, são 
liberadas quando à infarto no musculo cardíaco; 
 
-As consequências desses defeitos na 
permeabilidade da membrana são, lesão de 
membranas mitocondriais (depleção de ATP e 
liberação de cálcio), à membrana plasmática e às 
membranas lisossômicas (liberação de diversas 
enzimas que vão agir na própria célula); 
-Se o dano ao DNA estiver além do reparo, a célula 
vai sofrer apoptose. Isso ocorre também no caso 
das proteínas mal dobradas; 
-É uma via de morte celular induzida por um 
programa de suicídio altamente regulado na qual a 
célula ativa enzimas intrínsecas que degradam o 
DNA nuclear e proteínas nucleares e 
citoplasmáticas da própria célula, com os 
fragmentos restantes sendo chamados de 
corpúsculos apoptóticos; 
-A apoptose pode ocorrer em situações: 
 embriogênese (regressão de 
algumas estruturas), involução de tecidos 
dependentes de hormônios, perda de células em 
populações celulares proliferativos, eliminação 
de linfócitos autorreativos potencialmente 
nocivos e morte de células que serviram ao seu 
propósito; 
 dano ao DNA (radiação, fármacos 
anticancerígenos citotóxicos, hipóxia), acúmulo 
de proteínas mal dobradas, determinadas 
infecções, virais principalmente, atrofia 
patológica após obstrução de ductos; 
-Vai ocorrer uma retração celular, com as células 
ficando menores e com citoplasma mais denso; 
-Vai haver a condensação da cromatina, formando 
agregados periféricos sob a membrana nuclear; 
-Formação de bolhas citoplasmáticas e corpos 
apoptóticos; 
-Fagocitose das células ou dos corpos apoptóticos 
pelos macrófagos, geralmente; 
-Primeiro vai ocorrer a ativação das caspases (pró-
enzimas inativas), que são proteases de cisteína que 
clivam as proteínas após resíduos de aspartato; 
-Esse processo é dividido em duas partes, que são a 
de iniciação, começa a ativação das caspases, e a 
execução, início da morte celular; 
-Existem duas vias para o mecanismo de apoptose, 
que são a via mitocondrial (intrínseca) e a de 
receptor de morte (extrínseca); 
-Nessa via as proteínas importantes são a da 
família BCL2, que são divididas em 3 grupos: 
 formado pelas BCL2, BCL-XL 
e MCL1. Possui 4 domínios BH (BH1-4) e estão 
presentes na membrana mitocondrial externa 
citosol e reticulo endoplasmático; 
 formado pelas BAX e BAK 
(formam canais), e também possui 4 domínios 
BH. Após a ativação elas vão se oligomerizar na 
membrana mitocondrial externa, aumentando a 
permeabilidade;
 formado pelas BAD, BIM, BID, Puma 
e Noxa, e possuem apenas um domínio, o BH3. 
São sensores de estresse e lesão, que 
dependendo da gravidade, vão ativar a 
apoptose;
-A BCL2 vai se ligar ao BAX e BAC, que formam 
canais na membrana da mitocôndria, e vai 
causar o fechamento desse canal. Quando há 
uma pequena concentração da BCL2, o canal vai 
se abrir, permitindo a saída do citocromo C, que 
fica entre as duas membranas da mitocôndria, 
para o citoplasma; 
-Quando o citocromo C vai para o citoplasma, ele 
se liga a APAF-1, que é um fator de ativação do 
apoptose, formando um apoptossomo 
(heptâmero), que vai ativar a caspase 9, que é 
iniciadora do processo de apoptose, ativando as 
outras caspases (caspases 3 e 7); 
-Outras proteínas também vão atuar nesse 
processo, como a Smac/Diablo, que vão inibir os 
IAPs (inibidores da apoptose); 
-Os receptores de morte são da família do TNF-
R, que possui o “domínio de morte” 
citoplasmático. Os mais conhecidos são o 
receptor TNF 1 (TNFR1) e a proteínas Fas 
(CD95); 
-Quando o Faz ligante (FasL) se liga ao Faz, três 
ou mais moléculas se reúnem e seus domínios de 
morte formam um sitio de ligação para a 
proteína FADD; 
-A FADD vai se ligar a pró-caspase 8, ativando-
a em caspase 8, ocasionando na ativação das 
caspases executoras; 
 
 Pode haver interconexões entre as duas 
vias, como a caspase 8 em hepatócitos e células 
beta pancreáticas, que vai ativar a BID, ativando 
a BAX e essa a via mitocondrial. 
-A eferocitose é a remoção das células mortas, que 
se faz por meio da atuação dos macrófagos, que 
vão fagocitar as células apoptóticas e seus 
fragmentos, pois possuem alterações nas suas 
membranas, que atraem os macrófagos; 
-Os sinais que essas células emitem são a 
fosfatidilserina (fica voltada para o interior da 
células, mas no processo de apoptose ela fica virada 
para fora da célula pela ação da Flippase), secreção 
de fatores solúveis, que ajudam no recrutamento de 
fagócitos, a trombospondina (glicoproteína adesiva) e 
anticorpos naturais (C1q); 
-As células normais não emitem os sinais de “não me 
coma”, pela presença da CD47; 
-Privação de fator de crescimento, apoptose induzida 
pela família do receptor TNF, apoptose mediada por 
linfócitos T citotóxicos, lesão ao DNA e proteínas mal 
dobradas. 
 
-Pode ocorrer a apoptose defeituosa, aumentando a 
sobrevivência celular, como no caso do câncer e das 
doenças autoimunes; 
-Aumento da apoptose, causando morte celular 
excessiva, como no caso das doenças 
neurodegenerativas, lesão por isquemia e morte de 
células infectadas por vírus; 
-As chaperonas são responsáveis por dobrar 
corretamente as proteínas assim que são produzidas. 
Quando há um excesso de proteínas mal dobradas, vai 
ser ativado o estresse do retículo endoplasmático, que 
visa diminuir a síntese proteica e aumentar a produção 
de chaperonas, tentando dobrar as proteínas; 
-Quando a produção não atinge a demanda de 
dobramento, há uma falha na adaptação da célula, 
levando a apoptose; 
-Vai ocorrer uma redução da quantidade de oxigênio, 
levando a uma depleção de ATP, que vai afetar a 
bomba Na+/K+, causando um edema e entrada de 
cálcio na célula; 
-Pode ser reversível, caso os danos não sejam tão 
graves, como perda da função, dispersão do 
citoesqueleto, mitocôndrias dilatadas e figuras de 
mielinas ou irreversível, quando o há dilatação 
acentuada das mitocôndrias e lisossomos, lesões 
extensas nas membranas; 
-Vai afetar principalmente o fígado, pois é o 
principal órgão na metabolização de drogas; 
-Pode ser por toxicidade direta, como o cianeto, 
citocromo oxidade mitocondrial (fosforilação 
oxidativa), ou por conversão de substancias em 
metabólitos tóxicos, geralmente ocorrendo por ação 
do citocromo P-450, que forma os radicais livres, a 
partir de CCl4 e acetaminofeno; 
 
-Quando há restauração do fluxo sanguíneo para os 
tecidos isquêmicas pode levar a uma recuperação 
das células ou exacerbar a lesão e causar a mortecelular; 
-Essa exacerbação da lesão e morte celular 
acontece porque a reperfusão desencadeia outras 
formas de lesão, como: 
 Estresse oxidativo, pois a célula lesionada 
apresenta lesões nas mitocôndrias, e quando o 
fluxo é restaurado o nível de oxigênio vai 
aumentar, levando a um aumento da produção 
de radicais livres, intensificando a lesão celular. 
Além disso com o fluxo restaurado, vão chegar 
ao tecido leucócitos, células do parênquima, que 
vão produzir radicais livres, podendo lesionar
mais as células daquele tecido;
 Sobrecarga de cálcio intracelular; 
 Inflamação; 
 Ativação do sistema complemento; 
 
 
 
-Conhecida como necrose programada, esse tipo de 
morte celular é morfologicamente parecido com a 
necrose, e bioquimicamente ocorre uma perda de 
ATP, edema, presença de radicais livres, liberação 
de enzimas lisossomiais, ruptura da membrana 
plasmática, sendo iniciada por eventos de 
transdução de sinal geneticamente programadas, 
por meio da RIPK3 formando o necrossomo; 
-Diferente da apoptose, na necroptose não há 
ativação de caspases; 
-A necroptose começa com a ligação do TNF no 
receptor TNFR1, que ao ser ativado vai ligar as 
cinases RIP1 e RIP3 e também se liga a caspase 8 
sendo que esta não é ativada. Esse complexo vai ser 
chamado de necrossomo, que vai provocar 
alterações metabólicas que se assemelham ada 
necrose; 
-A necroptose ocorre na formação de placa de 
crescimento ósseo, esteato-hepatites, pancreatite 
aguda, lesão por reperfusão, doenças 
neurodegenerativas (Parkinson) e certos vírus que 
inibem caspases; 
-Nesse tipo de morte celular há a formação do 
inflamossomo, que ativa a caspase 1, que é uma 
enzima conversora de IL-1 beta que culmina com 
inflamação; 
-As caspases1 e 11 vão induzir a morte celular 
(morte de microrganismo citosólico); 
-Essa via vai formar poro na membrana, devido 
ativação da Gasdermina D que vai causar perda de 
integridade das membranas, edema celular e 
liberação de mediadores inflamatórios; 
-A ferroptose é mediada pelo ferro e formação de 
radicais livres, com participação da P53; 
-A necrose mediada pela transição de 
permeabilidade mitocondrial, há formação de poro 
de membrana; 
-Partânato, pela ação da PARP1, que é uma poli (ADP 
ribose) polimerase 1; 
-Morte celular entótica é o canibalismo por células 
não fagocíticas do mesmo tipo (homotípica) ou de 
tipo diferente (heterotípica); 
-Morte celular NETótica, ocorre por meio de uma 
“armadilha extracelular dos neutrófilos”, sendo 
formado por uma malha de fibras contendo 
cromatina e histonas ligadas as proteínas 
citoplasmáticas e de grânulos, ajudando no combate 
a micróbios. Vai depender de NAPH oxidase 
gasdermina D e apenas sobra o citoplasma da célula; 
-Trogoptose é quando os neutrófilos matam células 
opsonizadas por anticorpos; 
-Corneoptose é o tipo especial de morte celular dos 
queratinócitos da córnea; 
 
-Os mediadores inflamatórios são substancias que 
iniciam e regulam as reações inflamatórias; 
-As classes mais importantes desses mediadores 
são: 
 Aminas vasoativas; 
 Produtos de lipídeos (prostaglandinas, 
leucotrienos); 
 Citocinas; 
 Produtos de ativação do complemento; 
-São secretados pelas células, podendo ser 
encontrados nos grânulos (macrófagos, células 
dendríticas e mastócitos), podendo ser secretadas 
rapidamente por esses grânulos ou produzidas de 
novo, ou gerados de proteínas do plasma; 
-Os mediadores ativos são produzidos apenas em 
resposta a estímulos, com a maioria possuindo vida 
curta, e com um mediador podendo estimular a 
liberação de outros; 
 
-As aminas vasoativas principais são histamina e 
serotonina, já estando pré-formados e 
encontrando-se armazenadas, sendo os primeiros 
mediadores a serem liberados; 
 
-A histamina vai ser encontrada nos mastócitos, 
basófilos e plaquetas. Vai ser liberada devido a alguns 
estímulos, como lesão física (trauma, frio e calor), 
ligação de anticorpos (alergia), produtos do 
complemento (anafilatoxinas, C3a e C5a), 
neuropeptídios (substancia P) e citocinas (IL-1 e IL-8); 
-A ação da histamina no seu receptor H1 promove a 
dilatação das arteríolas e o aumento da 
permeabilidade das vênulas (fase transitória 
imediata); 
-Os fármacos anti-histamínicos vão bloquear esses 
receptores, sendo alguns deles a difenidramina, 
dimenidrinato, clorfeniramina, loratadina, 
fexofenadina e ditirizina; 
 
-Já a serotonina (5-hidroxitriotamina) é encontrada 
em plaquetas e algumas células neuroendócrinas e 
possuem a função de causar vasoconstrição (não 
muito comum na inflamação); 
-Esses mediadores são produzidos a partir do 
metabolismo do ácido araquidônico que é derivado da 
dieta ou da conversão do ácido linoleico; 
-A fosfolipase A2 vai ser responsável por liberar o 
AA da membrana para que possa ser convertido; 
-Os principais metabólitos são as prostaglandinas e 
os leucotrienos, que estimulam as reações 
vasculares e celulares na inflamação aguda; 
 
 
-As prostaglandinas PGD2 (quimiotaia de neutrófilos) 
e PGE2 (muito envolvida com a dor - hiperalgesia) vão 
causar vasodilatação e aumento da permeabilidade 
vascular. Já a prostaciclina (PGI2) vai causar 
vasodilatação e vai inibir a agregação plaquetária. E o 
tromboxano A2 (TXA2) vai causar vasoconstrição e 
promove agregação plaquetária; 
-Alguns medicamento vão bloquear a ciclo-oxigenase, 
que promove a conversão do AA em 
prostaglandinas, como os inibidores da COX-1 e COX-
2, aspirina (ligação irreversível) e indometacina; 
 
-Caso estaja na presença de 5-lipoxigenase, o AA 
vai ser convertido em 5-HPETE e esses nos 
leucotrienos. Algusn exemplos é o leucotrieno B4, 
que atua na quimiotaxia, e os leucotrienos C4, D4 e 
E4 que causam broncoespasmos e aumentam a 
permeabilidade vascular; 
-O método transcelular ocorre quando o 5-HPETE 
produzida numa célula, vai atuar na célula vizinha, 
sendo convertido em lipoxinas pela 12-lipoxigenase. 
Essas lipoxinas são a A4 e B4, que vão inibir a 
inflamação; 
 
 
-Alguns fármacos vão atuar inibindo a COX, como a 
aspirina, os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs 
- ibuprofeno, naxoprofeno, indometacina e 
diclofenaco), os inibidores seletivos de COX2 
(celecoxibe), com esses últimos podendo aumentar o 
risco de eventos cardiovasculares/ 
cerebrovasculares; 
-Outros fármacos podem atuar na lipoxigenase, 
como o zileuton na asma; 
-Há também os antagonistas de receptores de 
leucotrienos, como o montelucaste e o zafirlucaste 
(asma); 
-Os corticosteroides vão diminuir a transcrição de 
genes, como da COX2, fosfolipase A2, IL-1, TNF e 
iNOS; 
-A dieta também pode ajudar, pois óleo de peixe 
possui ácidos poli-insaturados que são produtos de 
lipídios anti-inflamatórios; 
-São as lipoxinas, resolvinas, protectinas e 
maresinas. São anti-inflamatórios, atuando como 
uma parada da inflamação; 
-Podem ser derivados de ácidos graxos ômega 3, 
como DHA (ácido docosahexaenoico) e EPA (ácido 
eicosapentanoico); 
-As citocinas são proteínas produzidas por diversos 
tipos celulares, que participam como mediadores e 
reguladores das reações inflamatórias e imunes;
-As células que vão produzi-las são especialmente os 
linfócitos ativados, macrófagos e células dendríticas, 
além das células endoteliais, epiteliais e células do 
tecido conjuntivo; 
-Os fatores de crescimento que atuam em células 
epiteliais e mesenquimais não são agrupados sob 
“citocinas”; 
 
1
-São responsáveis pelo recrutamento de leucócitos, 
participando da aderência e migração desses. 
Outras funções são ativação endotelial, ativação de 
leucócitos e outras células e resposta sistêmica de 
fase aguda; 
-São encontrados em células dendríticas e 
macrófagos ativados, com TNF também sendo 
encontrado em linfócitos T e mastócitos, e a IL-1 em 
algumas células epiteliais; 
-São secretados quando as células entram em 
contato com produtos microbianos, imunocomplexos, 
corpos estranhos, lesão física e vários estímulos 
inflamatórios (IL-1 requer formação do 
inflamossomo);-Os antagonistas de TNF são utilizados nas doenças 
inflamatórias crônicas, como artrite reumatoide, 
psoríase e espondilite ancilosante. Eles podem 
aumentar os riscos de infecções. Alguns exemplos 
são o infliximabe, adalimumabe, certolizumabe e 
golimumabe, que são anti-TNF, e o etanercepte 
promove a fusão do receptor de TNF com Fc de 
IgG1; 
-Em relação a IL-1 há os antagonistas da IL-1R, que 
é a anakinra (artrite reumatoide), os anti-IL1 similar 
ao etanercept, que é o rilonacept, e o anti-IL1ᵦ, que 
é o canakinumabe/canaquinumabe; 
-Na IL- há os anti-IL6R, como tocilizumabe (artrite 
reumatoide, artrite de células gigantes, neuromielite 
óptica), satralizumabe, ziltivekimabe; 
-E na IL-17 há os anti-IL-17A, como secuquinumabe 
(psoríase, espondilite ancilosante, artrite psoriática), 
bimekizumabe; 
-Há outros anticorpos monoclonais anti-
citocinas/receptores de citocinas, como o anti-
IL4Rα, como dupilumabe; 
-As quimiocinas são uma família de proteínas 
pequenas que atuam primariamente como 
quimioatratores para tipos específicos de leucócitos; 
-As 4 principais famílias possuem resíduos de 
cisteína e são divididas em: 
 como a IL-8 que age nos neutrófilos; 
 como a eotaxina, proteína quimioatratora de 
monócitos - MCP1 -, que age nos monócitos, 
eosinófilos, basófilos e linfócitos; 
 como a linfotactina, que age nos linfócitos; 
 3 como a fractalquina; 
-Vão possuir receptores serpentinos acoplados à 
proteína G, como CXCR4 e CCR5, que são co-
receptores para entrada do HIV; 
-As quimiocinas vão participar da inflamação aguda, 
pois aumenta a afinidade das integrinas dos 
leucócitos e promove a quimiotaxia. Além de serem 
importantes na manutenção da arquitetura tecidual, 
pela ação das quimiocinas homeostáticas; 
-É formado por um conjunto de proteínas que são 
responsáveis pela defesa do hospedeiro contra 
microrganismos e nas reações inflamatórias 
patológicas. Vai funcionar tanto na imunidade inata 
como na adaptativa; 
-A clivagem de C3 (etapa crítica) ocorre por meio 
de três vias, levando a uma ativação das proteínas, 
que se encontram inativas no plasma, e após essa 
ativação elas se tornam enzimas proteolíticas que 
geram uma cascata de ações. Essas 3 vias são: 
 desencadeada pela fixação do C1 
ao anticorpo (IgM ou IgG) que se combinou com 
o antígeno; 
 ativada por moléculas da 
superfície microbiana (p. ex.: LPS ou 
endotoxina), polissacarídeos complexos, veneno 
de cobra e outras substâncias, na ausência de 
anticorpo; 
 lectina ligante à manose do 
plasma se liga aos carboidratos nos 
microrganismos, ativando diretamente o C1; 
 
- 
-Essas vias podem desencadear a inflamação, 
provocando o recrutamento e ativação de 
leucócitos, levando a destruição de microrganismos. 
Pode também levar a fagocitose do microrganismo 
ou levar a lise do microrganismo; 
-Existe o PAF (fator ativador de plaquetas) que é 
derivado de fosfolipídios, sendo responsável pela 
agregação plaquetária, vasoconstrição e 
broncoconstrição. Em baixas concentrações pode 
causar vasodilatação e aumento da permeabilidade 
vascular. É encontrado em plaquetas, basófilos, 
mastócitos, neutrófilos, macrófagos e células 
endoteliais; 
-Os produtos de coagulação possui receptores 
ativados por protease, ativados pela trombina. É 
difícil separar a coagulação da inflamação, pois 
quase todas as formas de lesão que levam à 
coagulação, causam inflamação, e a inflamação 
causa alterações endoteliais, que levam a aumento 
da coagulação; 
-As cininas são peptídeos vasoativos derivados de 
proteínas do plasma (cininogênios) como bradicinina. 
Possuem efeitos parecidos com os da histamina, 
como aumento da permeabilidade vascular, dilatação 
dos vasos contração da musculatura lisa e dor; 
-Os neuropeptídios estão nos nervos sensitivos e 
em vários leucócitos. No SNC e SNP há a substancia 
P e neurocinina A, que causam dor, aumento da 
permeabilidade vascular, regulação da pressão 
sanguínea e estimulação da secreção de hormônios; 
 
-As espécies reativas de O2 vão ativar genes 
envolvidos na liberação de mediadores inflamatórios; 
-O natalizumabe é um anticorpo monoclonal 
humanizado anti-integrina α4 (CD49d), sendo 
utilizado na esclerose múltipla e doença de Crohn; 
-Há tambem o vedolizumabe, que é um anticorpo 
monoclonal humanizado anti-integrina α4ᵦ7, sendo 
utilizado na doença de Crohn e colite ulcerativa; 
-Há o lirentelimabe que é anti-SIGLEC8; 
-Caso haja uma lesão leve e superficial em um 
tecido, é provável que ocorra regeneração total, 
mas caso seja uma lesão severa, vai ocorrer a 
formação de uma cicatriz; 
-O reparo dos tecidos é a restauração da 
arquitetura e função dos tecidos após uma lesão. Há 
dois tipos, que é a regeneração, quando ocorre o 
retorno ao estado normal e a cicatrização, que 
ocorre um deposito de tecido conjuntivo (exceto no 
SNC pois o reparo é pela proliferação de células da 
glia - gliose), pois o tecido é incapaz da restituição 
completa ou porque sofreu lesão grave; 
-A fibrose é a deposição considerável de colágeno 
nos órgãos. A organização é a fibrose que ocorre 
num espaço tecidual preenchido por exsudato 
inflamatório; 
-Para ocorrer essa regeneração é necessário que 
haja proliferação celular para substituir as células 
lesadas. Isso ocorre na presença de fatores de 
crescimento e depende da integridade da MEC. A 
regeneração pode ser por mitose das células 
vizinhas e/ou por células tronco; 
-Os tecidos lábeis estão em constante divisão, como 
as células hematopoiéticas e os epitélios; 
-Nos tecidos lábeis há a proliferação de células 
residuais e a diferenciação de células-tronco, se a 
matriz estiver intacta; 
-Os tecidos estáveis possuem células quiescentes 
(G0), que são capazes de se dividir em resposta à 
lesão ou perda tecidual. Possuem uma capacidade 
limitada de regeneração (exceto o fígado), 
ocorrendo nos rins, fígado e pâncreas; 
-Nos tecidos estáveis, com exceção do fígado, há 
regeneração limitada. Ocorrem mecanismos 
compensatórios, como hipertrofia e hiperplasia nas 
células renais em casos de nefrectomia unilateral; 
-A regeneração hepática ocorre por meio da 
passagem das células de G0 em G1, por ação da IL-6. 
Depois disso essas células vão sofrer ação de 
fatores de crescimento, como HGF, EGFR, EGF e 
TGF-α, promovendo a proliferação das células 
hepáticas. Para que isso ocorra, a matriz tem que 
estar intacta, e caso não esteja, há a formação de 
cicatriz (fibrose); 
-Já os tecidos permanentes não possuem mais 
capacidade proliferativas após o nascimento, 
estando em diferenciação terminal, como cérebro e 
músculo cardíaco, com o reparo ocorrendo a 
formação de cicatriz; 
 
-Vai haver a formação da cicatriz, pois o reparo não 
se dar somente por regeneração, já que houve uma 
lesão tecidual grave ou crônica, lesando o arcabouço 
do tecido conjuntivo, ou uma lesão de células 
permanentes; 
-O tecido normal vai sofrer uma lesão ou infecção, 
possuindo uma área lesada, com células mortas, que 
vai promover a inflamação. As células fagocíticas, 
como neutrófilos e macrófagos vão digerir esses 
restos celulares e liberar mediadores inflamatórios 
que vão iniciar o reparo do tecido. Vai ocorrer a 
formação do tecido de granulação, com 
recrutamento de mais células de defesa, 
fibroblastos, vasos sanguíneos, com os fibroblastos 
secretando colágeno, formando a cicatriz; 
-As etapas na formação da cicatriz são 
angiogênese, que é a formação dos novos vasos a 
partir dos já existentes, formação de tecido de 
granulação, por migração e proliferação de 
fibroblastos, ocorrendo a deposição de matriz 
frouxa, vasos e células inflamatórias, e o 
remodelamento do tecido conjuntivo, formando uma 
cicatriz fibrosa estável; 
-Os macrófagos, principalmente os M2, vão 
promover a fagocitose dos agentes ofensivos e 
tecido morto, vai produzir fatores de crescimento e 
citocinas que estimulam a proliferação e síntese de 
matriz pelos fibroblastos; 
-A angiogênese ocorre a diferenciação de algumascélulas endoteliais em células orientadoras, ocorre o 
destacamento do pericito e uma degradação da 
membrana basal. Vai ocorrer a multiplicação dessas 
células, a deposição de matriz, recrutamento de 
periquitos, levando a um prolongamento da haste 
vascular, que vai se encontrar com outra célula, 
formando o novo vaso; 
-Há alguns fatores envolvidos na angiogênese, como 
os fatores de crescimento, como VEGF-A, FGF-2, 
angiopoetinas 1 e 2, PDGF e TGF-ᵦ, a sinalização via 
Notch, proteínas da MEC e enzimas, como a 
mataloproteinases da matriz (MPM); 
-A deposição de tecido conjuntivo ocorre pela 
migração e proliferação dos fibroblastos e 
deposição de proteínas da MEC, com alguns fatores 
envolvidos, como o PDGF, FGF-2 e TGF-ᵦ, com a 
principal fonte sendo os macrófagos M2; 
-O TGF-ᵦ, é a citocina mais importante na síntese e 
deposição de proteínas do tecido conjuntivo, 
promovendo um aumento na migração e 
proliferação de fibroblastos, da síntese de colágeno 
e fibronectina e diminuição da degradação da MEC 
(via inibição das metaloproteinases). Também é uma 
citocina anti-inflamatória, limitando as respostas 
inflamatórias; 
-É necessário um equilíbrio entre a síntese e a 
degradação das proteínas da MEC. As principais 
moléculas que vão degradas são as 
metaloproteinases da matriz, que são enzimas que 
precisam de metais como cofatores, como as 
colagenases intersticiais (MMP1,2,3), gelatinases 
(MMP2 e 9), que degradam colágeno amorfo e 
fibronectinas, as estromelisinas (MMP3, 10, 11), que 
vão degradas vários constituintes, como 
proteoclicanas, laminina, fibronectina e colágeno 
amorfo; 
-Elas são produzidas pelos fibroblastos, macrófagos, 
neutrófilos, sinoviócitos e algumas células epiteliais. 
Possuem sua síntese e secreção reguladas pelos 
fatores de crescimento, citocinas e são ativados 
por proteases, como a plasmina. São reguladas pelos 
inibidores teciduais de metaloproteinases (TIMPs); 
-Alguns fatores podem influenciar no processo de 
reparação tecidual, como infecção, caso haja um 
prolongamento da inflamação, potencializando a 
destruição tecidual, a diabetes melito, pois há 
comprometimento neurovascular, o estado 
nutricional, como a vitamina C (age na formação de 
colágeno), glicocorticoides (inibe TGF-ᵦ, diminuindo a 
fibrose), fatores mecânicos, baixa perfusão 
(aterosclerose ou diabetes melito) e presença de 
corpo estranho; 
-O tipo e a extensão da lesão também vai influenciar 
a reparação do tecido, assim como a localização e o 
tipo de tecido, pois inflamações nas cavidades 
corporais pode ocorrer digestão/reabsorção 
completa do exsudato, promovendo a resolução, ou 
a organização (fibrose); 
-Nesse tipo de cicatrização, vai haver uma resposta 
inflamatória a essa lesão, promovendo o 
recrutamento de neutrófilos e macrófagos, que vão 
digerir o coágulo formado e o tecido morto; 
-Ocorrendo a reabsorção e a formação do tecido de 
granulação, com a camada basal do epitélio se 
dividindo por mitose, promovendo a união do tecido 
que tinha sio lesionado, restaurando a camada basal 
que tinha sido danificada; 
-Vai haver a reconstituição do epitélio superficial. O 
tecido de granulação vai se maturando até formar 
uma pequena cicatriz no local da lesão; 
 Caso haja apêndices dérmicos afetados nesses 
locais de lesão, eles são permanentemente 
destruídos. 
 
 
-Ocorre quando não consegue aproximar as bordas 
da lesão. Vai haver uma resposta inflamatória maior 
e o tecido de granulação formado vai ser mais 
intenso; 
-Os miofibroblastos vão promover a contração da 
ferida, facilitando a cicatrização; 
 
 
-Em uma ferida suturada a resistência é apenas 
70% em relação a pele normal. Logo após a 
remoção da sutura (1semana), corresponde a cerca 
de 10%, e com o passar do tempo (cerca de 3 
meses), chega a 70-80%, nunca voltando a ser 
100%; 
 
-Algumas doenças levam a formação de fibroses em 
órgão parenquimatosos, como cirrose, esclerose 
sistêmica, fibrose pulmonar idiopática e outras 
fibroses pulmonares, fibrose na doença renal 
crônica terminal, pericardite constritiva e infarto do 
miocárdio; 
-Pode haver a formação inadequada de tecido de 
granulação/cicatriz, podendo ser deiscência, quando 
há aumento da pressão abdominal (vômito e tosse), 
ou ulceração, quando há vascularização inadequada; 
-Pode haver também a formação excessiva de 
componentes do processo de reparo, como a 
cicatrização hipertrófica, nos casos de lesões 
térmicas e traumas de derme profunda, ou 
queloides, com crescimento além dos limites da 
ferida; 
-Pode ocorrer uma granulação exuberante (“carne 
esponjosa”), em casos de fibromatoses agressivas e 
desmoides; 
-Pode haver a contração que ocorrer contraturas e 
deformidades, como no caso das queimaduras, 
devido ao excesso da contração dos miofibroblastos;

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