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UNIVERSIDADE FADERGS CENTRO UNIVERSITÁRIO
ESCOLA DE FORMAÇÃO JURÍDICA
CURSO DE SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SEGURANÇA PRIVADA
 ALEX PATRÍCIO GARCIA
PROJETO INTEGRADOR – TEMAS TRANSVERSAIS EM DIREITO
 CIDADANIA
A CIDADANIA CONTEMPORÂNEA EM TEMPO DE PANDEMIA NO BRASIL
VIAMÃO RS
2021
ALEX PATRÍCIO GARCIA
Projeto Integrador - temas transversais em direito – CIDADANIA Linha de pesquisa: CIDADANIA CONTENPORÂNEA EM TEMPO DE PANDEMIA NO BRASIL
Projeto apresentado no curso superior de tecnologia em segurança privada, 
Instituição de ensino superior FADERGS centro universitário RS, como requisito para a realização da disciplina de prática profissional: Projeto
Integrador-temas transversais em direito.
Orientação do Prof. Dr. tutor(a) Otávio Freitas Pereira.
VIAMÃO RS
2021
RESUMO
Em 2019 tivemos o conhecimento de um vírus que começou a impactar o mundo com contágio extremamente rápido, que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), tornou-se uma pandemia, de proporções imagináveis, trazendo conseqüências para os Governos e sociedades de todo o mundo, não diferente para o Brasil.
A pandemia do coronavírus (SARS-CoV-2) ou (COVID-19) gerou uma crise global de saúde pública sem precedentes na história recente. Em resposta, vários países vêm desenvolvendo políticas públicas para conter o contágio e reduzir o número de mortes e amenizar os problemas sociais e econômicos decorrentes desta tragédia de saúde sanitária mundial.
No atual contexto socioeconômico, a pandemia tem acentuado a desigualdade social, revelando velhas mazelas em torno da má distribuição de renda, gerando maior aprofundamento da pobreza, aumento expressivo do desemprego e, principalmente, o agravamento da discriminação racial, cultural, etária, étnica. Conseqüentemente obtivemos um aumento exponencial da criminalidade, da violência domestica do vandalismo.
A atual Constituição Federal (CF), também denominada como constituição cidadã, a cidadania se constitui em um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, estando inserida no art. 1º, inciso II, da nossa Carta Magna. Compreendendo sua conformação como direito fundamental de primeira geração, ligada ao princípio da liberdade em sua dimensão positiva.
CF (1988) “Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de direito e tem como fundamentos:
I -  a soberania;
II -  a cidadania;
III -  a dignidade da pessoa humana;
IV -  os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V -  o pluralismo político.
“Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.”
Diante do exposto, quais ações e mecanismos estão sendo usados para garantir e preservar os direitos dos cidadãos, estes direitos estão sendo respeitado, qual é o nosso entendimento sobre cidadania, quais são os problemas que a questão omite, estas questões ficam mais latentes durante o período que nos encontramos.
De que maneira está sendo aplicada a democracia, direitos fundamentais à vida, à saúde, à liberdade, à propriedade, ao trabalho, à educação e a igualdade perante a lei.
O presente trabalho tem por escopo tentar responder esses questionamentos e chegar ao final em um melhor entendimento sobre cidadania no atual momento vivido diante dos acontecimentos em tempo de pandemia causada pelo coronavirus no Brasil.
Palavras- chave: Cidadania, sociedade, políticas, democracia, educação, direita e deveres, coronavírus (covd 19) Pandemia.
VIAMÃO RS
2021
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO (JUSTIFICATIVA)	8
1.1	Justificativa	8
1.2	Objetivos do trabalho	8
1.3	Objetivo específico (metas)	9
1.4	Os componentes	9
1.5	Metodologia que utilizada	9
1.6	O custo e riscos desse projeto	10
1.7	Cronograma	10
2.	FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	11
1.1	O IBGE APOIANDO O COMBATE	13
1.1.1	AUXÍLIO EMERGENCIAL	13
3.	DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO – EXECUÇÃO	13
4.	PROPOSTA TRABALHO	15
5.	CONCLUSÃO	19
REFERÊNCIAS	22
HENRIQUES, C., PESSANHA, M., & VASCONCELOS, W. (2020). Crises dentro da crise: respostas, incertezas e desencontros no combate à pandemia da Covid-19 no Brasil. Estudos Avançados, 34(99), 25-44.	22
1. INTRODUÇÃO (JUSTIFICATIVA)
Este projeto de pesquisa visa entender os novos cenários de incertezas de temores que se apresentam na atualidade com impacto da pandemia na sociedade contemporânea, a importância da cidadania, da solidariedade, da formação dos valores humanos. Ao mesmo tempo, contextualizar o agravamento das desigualdades sociais, traduzido na falta de condições básicas de moradia, saneamento, no acesso às redes de proteção à saúde pública, na precariedade crescente das relações de trabalho, nas vantagens e desvantagens das políticas culturais, sociais e educacionais.
1.1 Justificativa
Discutir o exercício da cidadania na atualidade não pode parecer menos importante do que discutir sobre questões políticas, econômicas e comerciais, particularmente considerando a circunstância histórica que estamos vivendo. No entanto, a cidadania envolve todas essas dimensões sendo fundamental a sua inferência para que se compreenda a real necessidade de desenvolvê-la e praticá-la. Cidadania pode ser definida como um conjunto de direitos e deveres humanos, políticos e sociais que garantem ao cidadão a participação e a responsabilidade com a vida em sociedade. Assim, precisamos questioná-la e interrogá-la a todo o momento e com mais intensidade em tempo de pandemia onde se aprofundam e evidenciam as desigualdades, e muitos têm seus direitos indeferidos ou negligenciados.
1.2 Objetivos do trabalho
Este projeto tem como objetivo entender as questões referentes à cidadania durante a pandemia, de que maneira estão sendo trabalhados e aplicados os direitos inerentes da cidadania, direitos e deveres elencados a os cidadãos em seus diversos níveis e contextos, durante este período de calamidade.
1.3 Objetivo específico (metas)
· Cidadania na pandemia;
· Política publica para os cidadãos durante a pandemia;
· Programas de enfrentamento e saúde pública a pandemia (covd19);
· Programas de informações de combate a disseminação da pandemia.
1.4 Os componentes
Alex Patrício Garcia
Graduando em Superior de tecnologia em segurança privada.
Otávio Freitas Pereira
Orientação do Prof. Dr. tutor.
1.5 Metodologia que utilizada
Esta pesquisa foi desenvolvida no projeto integrador - temas transversais em direito partindo de uma abordagem e trabalho utilizando a coleta de dados e pesquisas bibliográficas com referenciais a cidadania e a pandemia de covd-19 (Coronavirus).
1.6 O custo e riscos desse projeto
Para está pesquisa o custeio se dará diante da aquisição: de livros, artigos, assinatura de revistas, equipamentos (aquisição de notebook, acesso a internet e outros materiais que forem pertinentes para essa pesquisa), trabalho de campo (hospedagem, alimentação, transporte, etc.
· Um notebook... Aproximadamente... 3.000,00 R$.
· Equipamentos... Aproximadamente... 500,00 R$.
· Estudos de laboratório... Aproximadamente... 100,00 R$.
· Atividades em campo... Devido à pandemia foi cancelado.
· Aquisição de livros e artigos (Internet)... 300,00 R$.
1.7 Cronograma
	
	Fev
	Março
	Abril
	Maio
	Junho
	Estruturação do projeto
	x
	
	
	
	
	Escolha do tema e montagem do projeto
	x
	x
	
	
	
	Coleta e tratamento de dados
	x
	x
	x
	
	
	Execução e redação do projeto
	
	x
	x
	x
	
	Revisão do projeto e conclusão
	
	
	
	x
	x
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A pandemia COVID-19 espalhada em mais de duzentos países no mundo em 2020, “[...] vem apenas agravar uma situação de crise a que a população mundial tem vindo a ser sujeita” (SOUZA SANTOS, 2020, p.6).
De acordo com Ferraz. Octávio Luiz Motta (2021). Pandemias são eventos que não só tornam as desigualdades existentes em tempos normais muito mais visíveis como também as exacerbam. Segundo esses estudos,os mais pobres sofrem uma desvantagem tripla durante eventos epidêmicos: estão geralmente mais expostos e mais vulneráveis à doença, além de terem maiores dificuldades de acessar tratamento.
A pandemia também traz mazelas no nível comunitário do modelo ecológico, na medida em que enfraquece as instituições sociais e o acesso aos serviços públicos e instituições que compõem a rede social dos indivíduos. “A busca por ajuda, proteção e alternativas está prejudicada devido à interrupção ou diminuição das atividades em igrejas, creches, escolas e serviços de proteção social, bem como pelo deslocamento das prioridades dos serviços de saúde para as ações voltadas à assistência aos pacientes com sintomas respiratórios e casos suspeitos e confirmados de COVID-19. Esses fatores contribuem de modo a favorecer a manutenção e o agravamento das situações de violência já instaladas.” (MARQUES, Emanuele Souza et al. 2020).
Em meio à pandemia do coronavirus no Brasil o índice de feminicídios fica ainda mais graves, “O Brasil é um dos países mais violentos para mulheres. Segundo o Ministério da Saúde, a cada quatro minutos uma mulher é agredida por um homem em ambiente doméstico. E em 2019, foi registrado um crescimento de 7,3% dos casos de feminicídio se comparado ao ano de 2018.” (2020, Ribeiro, Djanila. Folha de São Paulo) 
Segundo a Constituição Federal nossa Carta magna de 1988: Cidadão é aquele indivíduo a quem a mesma confere direitos e garantias – individuais, políticos, sociais, econômicos e culturais –, e lhe dá o poder de seu efetivo exercício, além de meios processuais eficientes contra a violação de seu gozo ou fruição por parte do Poder Público. (cf. MAZZUOLI, 2001, on-line).
"A cidadania é o direito a ter direitos, pois a igualdade a dignidade e direitos dos seres humanos não é um dado. É um construído da convivência coletiva, que requer o acesso ao espaço público. É este acesso ao espaço público que permite a construção de um mundo comum através do processo de asserção dos direitos humanos." (Hannah Arendt)
A fome é um dos problemas que ficam em evidencia, pois a miséria que alcança parcela significativa do povo brasileira, Embora o Estado comemore a queda da população da faixa de extrema pobreza aferidas com pesquisa Nacional por amostra de domicilio Covi-19 (Pnad covid-19) de junho, esses dados referem-se somente ao período de maio para junho de 2020, momento que o auxílio emergencial de R$ 600,00 (seiscentos reais) estavam sendo pagos alcançando milhares de pessoas em vulnerabilidade social. Ocorre que não são políticas públicas de renda permanente. Por conseguinte seus efeitos são transitórios. Segundo Cristina Índio do Brasil (2020, on-line), da agencia Brasil. O IBGE APOIANDO O CCOVID-19
1.1 O IBGE APOIANDO O COMBATE
1.1.1 AUXÍLIO EMERGENCIAL
Domicílios que receberam auxílio emergencial:
41,0 %
Média do rendimento proveniente do auxílio emergencial recebido pelos domicílios:
R$ 558
novembro 2020
· R$ 487 - R$ 511
· R$ 519 - R$ 549
· R$ 551 - R$ 619
· R$ 640 - R$ 740
O número de desocupados chegou a 14 milhões na quarta semana de setembro, ficando estatisticamente estável frente à semana anterior (13,3 milhões), de acordo com a PNAD COVID19, divulgada em (16/10/2020) pelo IBGE. Com isso, a taxa de desocupação ficou em 14,4%, também sem variação significativa frente à terceira semana de setembro (13,7%).
3. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO – EXECUÇÃO
Segundo, Pinsky, C. B., & Pinsky, J. (2007). Ser cidadão é ter direito a vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: é, em resumo, ter direitos civis. É também participar do destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos. Os direitos civis e políticos não iram assegurar a democracia sem os direitos sociais, aqueles que garantem a participação do indivíduo na riqueza coletiva: O direito á educação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde, a uma velhice tranqüila. Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais.
Segundo Dalmo Dallari: 
“A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social”. 
Muitos brasileiros foram influenciados a pensar que só pelo voto e seus representantes por meio deles eleitos que isso seria o suficiente para ser um cidadão engajado, existem diferentes formas e maneiras de participar ativamente da vida política do Estado. Além das tradicionais formas de se participar da política partidária (como candidatar-se a um cargo eletivo, filiar-se ou apoiar um partido político), a outros conjuntos de espaços para a participação social garantidos por lei, ou até mesmo criar novas formas e estratégias para influenciar as políticas e decisões públicas em favor da sociedade. 
A melhor maneira de exercitar a democracia participativa é no âmbito municipal, onde se encontra os conselhos temáticos das cidades: Conselhos da saúde, da educação, do meio ambiente, tutelar e outros, no orçamento participativo (OP) onde são debatidas as necessidades das regiões que possam entrar nos orçamentos públicos dos municípios. Acompanhar as seções legislativas, as audiências públicas que debatem orçamentos, meio ambiente, planejamentos urbanos e outras questões relevantes para as cidades e seus cidadãos. Ficar de olho nos portais de transparências para ver se as informações contidas estão de acordo com a Lei de Acesso a Informação, acompanhar o trabalho dos vereadores e prefeitos. Participar das associações de moradores dos bairros fazendo levantamento das demandas para estas localidades levando as para as audiências e seções no legislativo municipal. 
A muitas formas e estratégias de participação e trabalho social para se exercer à cidadania, elas são infinitas. É de suma importância que estejam sempre ligadas ao coletivo social, no campo democrático, precisa estar associada à ampliação de direitos inerentes a pessoa humana, ao acesso à cidade e à inclusão social.
4. PROPOSTA TRABALHO
Não podemos esperar que todo o assistencialismo deva ser dever do estado, a cidadania é legitimada com a participação de todas as esferas da sociedade, sendo um trabalho em conjunto e continuo, buscando meios de melhorar a vida de todos, em todas as camadas e aspectos necessários para o cidadão. 
Sociedade em geral vem passando por um processo de transformação devido à pandemia causada pelo coronavírus (COVD-19), Contudo, nos mostrou as fragilidades que temos nos sistemas político, econômico, judiciário, de saúde e sociais, deixando evidente que não temos estruturas adequadas que garantam que direitos inerentes ao cidadão, direitos estes que vemos diariamente desrespeitados, negligenciados e tolhidos do cidadão, cidadão estes sendo vilipendiados trazendo conseqüência para toda a sociedade e democracia brasileira.
Segundo, Rodrigues, L. A. R. (2020). É na democracia que temos um elemento que pode contribuir na superação das crises é a livre circulação de informações, desde que os contextos sejam favoráveis a experiências de solidariedade e de cooperação, ou seja, “[...] as epidemias tendem a serem menos letais em países democráticos devido à livre circulação de informação” (SOUZA SANTOS, 2020, p.7). Em contrapartida é também na democracia que as falsas notícias - fake news tendem a ser mais freqüentes, e assim privilegiar interesses individualistas e a competitividade a todo o custo. O fenômeno das falsas notícias em redes sociais tem relação direta com o conceito de “mídias hiper-partidárias” ou hiper-partidarismo entendido como um efeito da polarização da esfera pública. (RIBEIRO & ORTELLADO, 2018).
“Não há nada seguro sob o sol: encontramo-nos diante
de uma nova forma de ver o tempo, o poder, o trabalho,
a comunicação, a relação entre as pessoas, a informação,
as instituições, a velhice, a solidariedade”.
(IMBERNON, 2000, p. 19).
As notícias falsas disseminadas pelas plataformasdigitais relacionadas ao SARS-CoV-2 podem influenciar o comportamento da população e colocar em risco a adesão do cidadão aos cuidados cientificamente comprovados. Os dados quantitativos desta investigação comprovam que a disseminação de falsas notícias sobre cura e prevenção, sem nenhum embasamento científico, são produzidas ou por ignorância ou com a intenção de desinformar e induzir o cidadão a cometer erros nas decisões pessoais e cuidados com sua saúde. Num cenário pandêmico, isso é ainda mais perigoso, pois pesquisas mostram que 110 milhões de brasileiros acreditam em notícias falsas sobre a Covid-19. (Galhardi, C. P. et AL 2020).
Somos ao mesmo tempo vítimas da doença ou de suas conseqüências, testemunhas, observadores, analistas, torcedores e atores, com responsabilidades relacionadas à prevenção, ao cuidado, ao estudo e à mitigação do sofrimento, agora e dos desdobramentos ainda imprevisíveis, no futuro. Somos também os propagadores, relevantes na medida do acaso e de atitudes imprudentes ou negligentes. Não é demais lembrar que também a indução de atitudes alheias, decisões políticas, interações e omissões pesam e permanecerão sobre nossos ombros. Enquanto muitos se esforçam para obter e entender informações, descrever as infindáveis dimensões do problema, desenhar cenários e apontar caminhos, a paisagem muda a cada instante. O que se tem notado na crise gerada pela pandemia do coronavirus, tem sido que tais situações sistemáticas nem sempre se concretizam, sendo possível afirmar que, na maioria das vezes, entram em conflito, gerando divergências que confundem a sociedade e tencionam as relações entre ciência e Estado. São diversos os exemplos de tais conflitos, no entanto, há dois deles com maior destaque nos debates entre os cientistas e pesquisadores sendo os mais notáveis: as medidas de distanciamento físico (lockdown), e o uso dos tratamentos precoces. Estes conflitos geram para a sociedade uma insegurança, desconfiança e descréditos nas instituições tanto quanto a os tratamentos quanto as pesquisas, gerando com os conflitos políticos e sociais uma insatisfação, um descrédito e desconfiança da sociedade em relação as instituições. 
É nesse contexto que, segundo Sacramento e Paiva (2020 p.82), “circulam informações e práticas discursivas que concorrem com as oficiais, ao se autoproclamarem como portadoras da verdadeira verdade (que não seria necessariamente a oficial)”. Como resultado dessa crise desconfiança nas instituições, as pessoas formam suas opiniões alicerçadas muito mais em suas crenças e emoções do que em fatos objetivos. HENRIQUES, C., PESSANHA, M., & VASCONCELOS, W. (2020). 
Com a necessidade do lockdown para diminuir a transmissão do novo Coronavírus não podemos deixar de discutir a educação brasileira, por ser um direito constitucional de todos. 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Título VIII   Da Ordem Social Capítulo III   Da Educação, da Cultura e do Desporto, Seção I  Da Educação, Constituição Federal de 1988.
 Por conseqüências as instituições educacionais precisaram suspender as aulas presenciais e grande parte das instituições de ensino deu continuidade aos trabalhos educacionais por meio do ensino remoto ou não presencial (EAD). Diante de tantas iniciativas e propostas educacionais diferenciadas, o Conselho Nacional de Educação (CNE) publicou em 28 de abril de 2020 parecer favorável à possibilidade de cômputo de atividades pedagógicas não presenciais para fins de cumprimento da carga horária mínima anual e proposta de parecer sobre a reorganização do Calendário Escolar, em razão da Pandemia da COVID-19, homologado pelo Ministério da Educação (MEC), em despacho de 29 de maio de 2020. Devido à decisão, estados e municípios começaram a trabalhar em projetos de educação a distancia que cumprissem com as diretrizes e realidades encontradas na sociedade escolar brasileira, principalmente nas comunidades mais carentes. No ponto de vista da atual conjuntura não se tem possibilidade, de consideramos que o referido parecer prejudicaria alguns grupos sociais que não dispõem de aparatos tecnológicos e materiais (computadores, impressoras, livros, wi-fi) para dar continuidade aos estudos. Porém, forçados a buscar táticas de inclusão na onda do ensino remoto, professores estão exercendo cidadania, criando dispositivos de ensino por conta própria e estudantes se tornaram autodidatas da noite para o dia e estão como bem explicita a propaganda do Governo sobre o ENEM 2020, “estudando como podem”. O Ministério da Educação divulgou nos primeiros dias de junho que irá fornecer internet e computadores a alunos de baixa renda de instituições federais, como os estudantes das universidades federais e das instituições da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica. O que, infelizmente, só contempla uma pequena parte dos estudantes brasileiros.
O ensino remoto tem deixado suas marcas... Para o bem e para o mal. Para o bem porque, em muitos casos, permite encontros afetuosos e boas dinâmicas curriculares emergem em alguns espaços, rotinas de estudo e encontros com a turma são garantidos no contexto da pandemia. Para o mal porque repetem modelos massivos e subutilizam os potencias do cyber cultura na educação, causando tédio, desânimo e muita exaustão física e mental de professores e alunos. Adoecimentos físicos e mentais já são relatados em rede. Além de causar traumas e reatividade a qualquer educação mediada por tecnologias. Para o nosso campo de estudos e atuação, a reatividade que essa dinâmica vem causando compromete sobremaneira a inovação responsável no campo da educação do cyber cultura (SANTOS, 2020, s.p.).
Vídeos, conferências on-line, mensagens, lives, áudios, imagens e sons, tudo junto e misturado. Professores, alunos e seus responsáveis, criando em tempo recorde táticas de sobrevivência a uma demanda de ensino, muitas vezes massivo e unidirecional, o chamado ensino remoto. Esse frenesi do ensino remoto que está sendo praticado, no nosso ponto de vista, equivocadamente por muitas escolas hoje em nosso país não é um problema do COVID-19. É problema de como muitos de nós temos entendido e praticado o funcionamento das escolas há bastante tempo. Observamos como demanda primordial nessas propostas remotas o foco no conteúdo a ser transmitido, com a gravação de vídeo-aula e envio de apostilas. Esse fato nos oferece pistas importantes sobre mudanças necessárias na educação brasileira. Martins, V., & Almeida, J. (2020).
Dentre os direitos fundamentais previstos na Constituição Federal de 1988, o direito à saúde figura entre os mais debatidos nos âmbitos acadêmico, doutrinário e judicial. Direito este também definido na constituição federal de 1988.
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Título VIII- Da Ordem Social - Capítulo II - Da Seguridade Social Seção Da Saúde, Constituição Federal de 1988.
No Brasil, foram abertos R$ 38,9 bilhões em créditos extraordinários no âmbito federal para o combate à pandemia, ampliando o orçamento da saúde para 2020 de R$ 134,7 bilhões para R$ 172,3 bilhões. Embora não seja suficiente para resolver o subfinanciamento crônico da saúde, muito menos em tempos pandêmicos, trata-se mesmo assim de aumento impensável sem a existência de uma emergência (17). Isso também se aplica ao chamado auxílio emergencial de R$ 600,00 concedido nos primeiros cinco meses da pandemia e renovados por mais quatro meses no valor reduzido de R$ 300,00, mas ainda assim muito superior ao benefício do programa de transferência condicional de renda, o Bolsa Família, cujo benefício básico é de R$ 89,00, e pode chegar ao máximode R$ 205,00 (na média, os aproximadamente 13 milhões de beneficiários recebem R$ 191,00) (18). Lembre-se, ainda, que o auxílio emergencial tem condições muito menos restritas que a Bolsa Família, alcançando muito mais pessoas (65,2 milhões) e gerando uma despesa significativa para o governo (18) Dr. Octávio Luiz Motta Ferraz (2021), Coleção COVID-19 Volume 5 – Acesso e Cuidados Especializados.
5. CONCLUSÃO
Enquanto se busca controlar a pandemia, é preciso pensar em ações de curto, médio e longo prazo com uma atenção redobrada, com o olhar voltado para o futuro. Ações de ordem prática que envolva o ensino remoto temporário ou permanente, a posterior segurança do contato social nas escolas, a diminuição da produção de resíduos produzidos pela sociedade, a reorganização da economia em todos os setores, um trabalho serio e constante em pró da saúde publica, de saneamento básico e de meio ambiente, dentre outras questões que acabam por se organizar como princípios de sustentabilidade e cidadania. É indiscutível que todos os setores da sociedade se mobilizem e tomem iniciativas em prol de um futuro comum.
Devemos também dentro da cidadania, questionar e controlar os grande invés- timentos nestas áreas dentro o país, com o advento da pandemia gerou-se grandes demandas, e urgências para o combate a disseminação da pandemia, e para o tratamento dos infectados pelo o coronavirus. Com um sistema de saúde já colapsado, com os gestores encobrindo essa mazela por anos, com a pandemia se virão na obrigação de empregarem recursos imediatos a estás áreas, tão negligenciados por décadas, vimos exponenciais crescimentos de estudos e pesquisas em medicamentos e vacinas para o combate e controle das enfermidades causadas pelo coronavirus, tivemos mudanças em legislações para facilitar os trabalhos e melhorar as questões de saúde, economia saneamento e meio ambiente, mas ainda precisamos de muitas mudanças e uma maior participação do cidadão nas políticas publica do Brasil. 
O momento atual deve ser utilizado como subsídio para construção de um amanhã sustentável. Mudanças de comportamentos relacionados à saúde e higiene precisam necessariamente ser incorporadas nas ações de cada um e de todos. Ações para os lares, comércios, escolas, igrejas, parques, cinemas, museus etc. Atitudes que não se resumem a mudanças temporárias, mas sim princípios a serem adotados para a posteridade. Os comportamentos consumistas que levam o ser humano a se tornar aquilo que consome, precisam ser substituídos por uma ótica de aproveitamento, de sustentabilidade, de conexão e de harmonia com o ambiente, que leve a todos ao uso sustentado dos recursos. Os diferentes ERRES deixam claro que é preciso REINVENTAR formas de encarar o mundo, as pessoas e as situações. E que neste viés, seja possível REINTEGRAR o ser humano ao meio ambiente como parte de uma relação mutua lista e não exploratória ou comensal. E assim, será possível RESSIGNIFICAR sua própria existência no planeta, Antiqueira, L. M. O. R., & Sekine, E. S. (2020).
AUTOAVALIAÇÃO
QUESTIONÁRIO DE AUTOA AVALIAÇÃO DO(A) ESTUDANTE
Assinale o seu grau de concordância com as afirmativas abaixo em relação ao estágio que você fez, sendo:
1- Discordo totalmente
2- Discordo
3- Concordo
4- Concordo totalmente
	
	1
	2
	3
	4
	1- Fui capaz de pôr em prática os conhecimentos adquiridos na Universidade.
	
	
	xx
	x
	2- Alcancei os objetivos que me foram propostos.
	
	
	xx
	x
	3- Desenvolvi novas habilidades profissionais relacionadas a minha área de formação.
	
	
	
	xx
	4- Adquiri conhecimentos técnicos relacionados a minha área de formação.
	
	
	
	xx
	5- Desenvolvi uma rede de relacionamentos profissionais que provavelmente me serão úteis no futuro.
	
	
	xx
	x
	6- Colaborei na resolução de problemas.
	
	
	xx
	x
	7- Desenvolvi habilidades de comunicação escrita.
	
	
	
	xx
	8- O projeto integrador Diagnóstico organizacional Jurídico me ajudou a definir meus objetivos profissionais.
	
	
	
	xx
Numa escala de 0 a 10, com que nota você avaliaria essa disciplina que fez, considerando aprendizagem e desenvolvimento pessoal? _10__
REFERÊNCIAS
https://scholar.google.com.br/scholar?cluster=2411217617639283775&hl=pt-PT&as_sdt=0,5&scilib=1 Pinsky, C. B., & Pinsky, J. (2007). História da cidadania. Editora Contexto.
MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Direitos humanos, cidadania e educação. Uma nova concepção introduzida pela Constituição Federal de 1988. Jus Navigandi, Teresina, ano 6, n. 51, 1 out. 2001. Disponível em: http://jus.com.br/revista/texto/2074. Acesso em: 11 de maio de 2011.
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