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EVOLUÇÃO PROFª ANA CRISTINA DE ARAUJO NÍVEIS DE EVOLUÇÃO MICROEVOLUÇÃO É a ocorrência de mudanças evolutivas em pequena escala, ao longo de um “curto espaço de tempo”, num número reduzido de gerações. Ocorre devido à ação de mecanismos evolutivos básicos, como mutação, recombinação, migração, deriva gênica e seleção natural, que afetam as mudanças nas frequências gênicas de uma população. Mecanismos de microevolução Mutação: Alguns “genes verdes” sofrem mutações aleatoriamente de “genes verdes” para “genes marrons” (embora, uma vez que, qualquer mutação em particular é rara, esse processo por si só não pode representar uma grande mudança na frequência de alelos em uma geração). Migração (ou fluxo gênico): Alguns besouros com genes marrons imigraram de outra população ou alguns besouros carregando genes verdes emigraram. Deriva genética: Quando os besouros reproduziram, apenas por acaso mais genes marrons do que verdes acabaram na descendência. No diagrama à direita, genes marrons ocorrem em frequência ligeiramente maior na descendência (29%) do que na geração parental (25%). Seleção natural: Besouros com genes marrons escapam da predação e sobrevivem para reproduzir com mais frequência do que besouros com genes verdes, então mais genes marrons estarão na próxima geração. Exemplos de microevolução Populações de pardais no norte têm o corpo maior do que os das populações do sul. Essa divergência em populações é no mínimo parcialmente um resultado da seleção natural: pássaros com corpos maiores podem geralmente sobreviver a temperaturas mais baixas do que os que têm corpos menores. O clima mais frio do norte pode selecionar os pássaros com o corpo maior. . Já que essas diferenças são provavelmente baseadas na genética, elas quase certamente representam mudanças evolutivas: populações descendentes da mesma população ancestral têm diferentes frequências genéticas. Bactérias Enterococcus resistente a vários antibióticos Resistência a pesticidas, herbicidas e antibióticos são exemplos de microevolução por seleção natural. Aumento do aquecimento global A espécie de mosquito Wyeomyia smithii, apontada aqui em uma planta de lançador, evoluiu em resposta ao aquecimento global. Mosquitos usam a duração do dia (não a temperatura) como uma sinalização para dizer que época do ano é e quando hibernar – essa “sinalização” é geneticamente controlada. Organismos que hibernam durante o inverno, param o crescimento e a reprodução durante esta estação. Eles provavelmente seriam mais “adaptados” se pudessem passar mais tempo crescendo e reunindo recursos para reprodução, mas as baixas temperaturas não permitem isso. Entretanto, o aquecimento global permitiria a eles que fizessem isso: gastar mais tempo crescendo e reproduzindo – mas tirar vantagem dessa oportunidade é provável que requeira mudança evolutiva Esse gráfico ilustra mudanças na temperatura global de 1880 a 2000. Entre 1972 e 1996 populações de mosquitos na latitude de 50N evoluíram para esperar 9 dias a mais para hibernar. https://evosite.ib.usp.br/evo101/IVB1aExamples.shtml https://evosite.ib.usp.br/evo101/IVB1aExamples.shtml MACROEVOLUÇÃO :É a evolução em larga escala, que ocorre em um largo espaço de tempo e que dá origem a novas espécies ou grupos taxonômicos mais elevados. Alguns pesquisadores sugerem que a macroevolução seja produto de várias microevoluções que ocorrem em um longo espaço de tempo e que vão se acumulando nas populações ao longo das gerações. Exemplos de macroevolução Surgimento dos anfíbios: o ator principal desta trama é o Ichthyostega , tido como o primeiro vertebrado a viver em terra firme. Respiração pulmocutânea Segundo Kardong, 2016, Cotylosauria é o termo que designa o grupo básico de amniotas (ovo com membranas extraembrionárias e casca calcária) do qual todos os outros se originaram. Este termo foi usado de forma abrangente e incluía vários grupos. Os reptiliomorfos possuem como características evolutivas básicas: - Membranas extraembrionárias; - Metabolismo uricotélico (tem o ácido úrico como principal excreta nitrogenada, eliminado através de uma urina semissólida; - Pele com escamas cornificadas que evita a dessecação. Todas essas características foram essenciais para a sobrevivência e irradiação adaptativa dos reptiliomorfos em ambiente de terra firme.
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