Buscar

RESUMO Teoria e formação do historiador - José DAssunção Barros

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI
FACULDADE INTERDISCIPLINAR DE HUMANIDADES – HISTÓRIA 
HISTORIOGRAFIA CONTEMPORÂNEA - HST573
RESUMO
	Texto: Teoria e formação do historiador
	Autor: José D’Assunção Barros
	Aluna: Jéssica Fernandes Mourão
	Professora: Mônica Liz Miranda
O texto Teoria e formação do historiador de José D’Assunção Barros inicia propondo uma reflexão acerca da teoria da história e o papel da mesma na formação de historiadores portanto, acha adequado trazer uma definição sobre o que é a teoria da história, levando em consideração inclusive a própria história do campo em questão, colocando a seguinte questão “quando surge, na história do pensamento ocidental e na história da historiografia, um campo que já pode ser definido como teoria da história?” (2010, p. 41).
Barros pontua que é preciso que tenhamos em mente a definição de teoria da história está ligada diretamente à pretensão da própria História de se tornar uma ciência ou um conhecimento cientificamente produzido, uma visão que pode variar de autor para autor, mas que mesmo aqueles que não entendem a história desta forma, não escapam de fazer esse exercício de reflexão.
Um pouco mais adiante, Barros cita a importância do livro Como se escreve a história (1971) de Paul Veyne, como uma espécie de marco para a historiografia do século XX em comparação com a do século XVIII, em seguida ele usa a análise epistemológica da história como forma de exemplificar essas mudanças.
A partir destas mudanças do entendimento do que é história e as reflexões propostas a partir dos questionamentos feitos proporcionaram ao campo em questão uma forma de produzir conhecimento de maneira científica, segundo Barros, o texto ainda ressalta a importância de quando os historiadores começam a se entender como uma comunidade e quais tipos de conhecimentos científicos a história teria a capacidade de produzir.
Barros mais à frente conceitua o que é teoria e diz que, não raramente, a teoria e o método são confundidos. Para que a diferença entre eles fique clara ele define a teoria como sendo “uma visão de mundo” (2010, p. 44), mas a definição vai se modificando a partir da forma que esse “conhecimento” é produzido bem como compreendido. Barros ainda segue falando da diferença entre teoria e método e segundo ele além da diferença entre eles e ressalta que “embora as teorias sejam necessariamente visões de mundo, existem outros tipos de visões de mundo que nada tem a ver com teoria.” (2010, p. 46)
Barros diz ainda que no que diz respeito a teoria que estas visões são utilizadas para entender e interpretar uma parcela da realidade e que por isso é uma parte da ciência onde vemos generalizações sendo empregadas, mas ao mesmo tempo, também corresponde a uma do campo estudado. 
Por outro lado, a metodologia, é a forma com que se trabalha algo, e por isso tem variação de acordo com a área do conhecimento estudada. A metodologia científica está muito mais associada ao modo de fazer uma pesquisa, do que propriamente a como se enxerga determinado assunto, mas Barros ressalta que tanto a teoria quanto a metodologia são faces da mesma moeda no que diz respeito à produção do conhecimento científico.
Barros chega então ao ponto crucial do texto que é a definição de teoria da história usando uma citação de a obra Razão histórica, teoria da história: fundamentos da ciência histórica de Jörn Rüsen cuja ideia é de que a teoria da história é o pensamento histórico dotado de uma perspectiva científica. Além disso o texto ressalta os três sentidos em que se usa o termo “teoria da história”.
O primeiro deles é todo o arcabouço teórico disponível para os historiadores, tais como, “conceitos, princípios e perspectivas” (2010, p. 49). O segundo sentido se refere aos paradigmas que começam a surgir quando a história passa a ser vista como uma ciência, Barros cita como exemplo o positivismo, materialismo histórico entre outros. Por último, o termo também pode se relacionar a questões particulares e para exemplificar esta questão Barros utiliza como exemplo o ensaio Uma teoria da história de Agnes Heller publicado em 1981 onde a autora faz uma reflexão sobre a uma historiografia mais ampla que trabalharia a própria historiografia ou mais específica.
Ainda tendo como referência o texto anteriormente citado de Agner Heller, as teorias das história podem competir entre si porque no campo da teoria da história não há que se falar em um paradigma que seja melhor que outro elas retificariam e se ratificariam, essa competição não é novidade segundo o texto.
Barros passa a falar sobre a importância de se transformar o campo da historiografia em um campo da ciência no início do século XIX, nesse sentido surge então a, de acordo com o texto a “emergência da figura do historiador como um profissional especializado que seria o único institucionalmente legitimado a escrever história, estarão aqui acompanhados da inserção da história entre as cadeiras universitárias.” (2010, p 53)
O texto assinala que correntes de pensamento como o materialismo histórico, historicismo quanto o positivismo, cada um a sua forma, tenta fazer com que o entendemos por ciências sociais fosse elencada como uma ciência e suas produções gozassem deste reconhecimento ainda que as correntes divergissem entre si do tipo de historiografia que deveria ser produzida de fato.
Barros então passa a discutir essas noções e problemas acerca delas, quando chega a falar sobre o surgimento do materialismo histórico, cujo surgimento se da principalmente com as obras de Marx e Engels. Ele se debruça sobre este tema e tenta delinear aspectos importantes para este paradigma, citando por exemplo a importância do conceito de mais valia, acumulação primitiva e alienação dentro das obras de Marx.
Mais adiante texto fala sobre os núcleos do materialismo histórico que pode ser definido através do núcleo de fundamentos composto pela dialética, materialismo e historicidade, e o núcleo cujos conceitos são incontornáveis, quais sejam, praxis, luta de classes e modo de produção. Barros ainda diz que existem conceitos recorrentes que aparecem dentro desta acepção tais como revolução, determinismo e ideologia.
Barros encerra assinalando que o papel fundamental da historiografia na formação do historiador, deixando claro que teoria e metodologia são dois pilares fundamentais para qualquer profissional da área. Também ressalta a importância do tratamento de fontes históricas de acordo com a metodologia assim como a teoria é o que “dará um lastro essencial ao historiador em formação, de modo a que ele construa uma história realmente problematizada”. (2010, p. 59)
BIBLIOGRAFIA
BARROS, José D.'Assunção. Teoria e formação do historiador. Editora Vozes Limitada, 2010.
RÜSEN, Jörn. Razão histórica: teoria da história-fundamentos da ciência histórica; tradução de Estevão C. de Rezende Martins. Brasília: Editora da UNB, 2001b.
HELLER, Agnes. Uma teoria da história, edição. 1993.

Continue navegando