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Linguagem Visual - teorico 5

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Linguagem Visual
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Claudemir Nunes Ferreira
Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco
Técnicas de Composição Visual
• Técnicas de Composição Visual
 · Conhecer as principais características das técnicas de composição 
visual, a compreensão de seus efeitos compositivos e o 
reconhecimento de suas aplicações de maneira pertinente ao 
conteúdo e ao significado da manifestação visual.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Iniciaremos nossos estudos com uma breve introdução sobre as técnicas de 
composição visual, as distintas possibilidades de manipulação dos elementos 
visuais para a expressão de um conteúdo a partir de abordagens antagônicas. 
Em seguida, apresentaremos conceitos, características e efeitos compositivos 
de algumas das mais importantes e recorrentes técnicas visuais, recursos 
exemplificados por obras de diferentes períodos e estilos.
Após ler o material teórico, realize as atividades de sistematização e de 
aprofundamento e não deixe de explorar o material complementar, além de 
reforçar a assimilação dos conceitos apresentados nesta Unidade, tratam-
se de estudos que aprimorarão a sua percepção visual e ampliarão o seu 
repertório artístico.
ORIENTAÇÕES
Técnicas de Composição Visual
UNIDADE Técnicas de Composição Visual
Contextualização
O mundo é constituído por bipolaridades. A natureza e todos os conceitos éticos, 
morais e estéticos configuram-se a partir de contrários. Vida e morte; feminino e 
masculino; dia e noite; ordem e caos; positivo e negativo; passivo e ativo; terreno 
e espiritual; lógica e loucura; realidade e fantasia; razão e emoção; amor e ódio; 
herói e vilão; bom e mau; comédia e tragédia; certo e errado; belo e feio etc.
Toda a percepção visual humana também fundamenta-se nos opostos. 
Reconhecemos o claro em oposição ao escuro, o próximo em relação ao distante 
e o pequeno só existe em comparação ao grande; assim como a nossa primeira 
resposta intuitiva à uma mensagem visual tende a ser bela ou feia, simples ou 
complexa, previsível ou insólita, convencional ou instigante.
Da mesma forma, as técnicas de composição visual são dominadas pelo 
contraste, opções bipolares disponíveis para a escolha seletiva do artista, ou de 
qualquer outra pessoa que trabalhe com manifestações visuais a fim de expressar 
uma ideia ou sentimento.
O significado visual transmitido por uma composição implica na somatória de 
diversos fatores. Como já estudamos, a percepção decorre de forças psicofisiológicas 
que tendem a organizar todas as pistas visuais da forma mais simples possível em 
busca da incontornável necessidade humana de equilíbrio. A compreensão e o 
domínio das técnicas visuais, ou seja, das inúmeras possibilidades de manipulação 
dos elementos básicos em uma composição, são fundamentais para direcionar a 
resposta perceptiva do observador, intensificando o significado da mensagem visual 
de acordo com o efeito pretendido, seja puramente estético, funcional ou emotivo.
“Artisticamente bom é tudo aquilo que articula e apresenta um sentimento a 
nossa percepção” (LANGER).
Não deixe de refletir sobre os conhecimentos que serão assimilados nesta 
Unidade e bons estudos!
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Técnicas de Composição Visual
As técnicas de composição visual oferecem distintas possibilidades para a 
expressão visual de um conteúdo a partir de abordagens antagônicas. Na composição 
de um retrato, por exemplo, pode-se representar o tema de uma maneira realista – 
exatidão – ou, ao contrário, distanciá-lo ao extremo de uma representação realista 
– distorção. A composição do mesmo retrato ainda pode privilegiar apenas o 
essencial e apresentar poucas unidades – economia –, ou inúmeras outras unidades 
ou elementos acrescidos aos essenciais – profusão.
As técnicas de composição visuais baseiam-se em bipolaridades, porém não 
devem ser pensadas apenas como duas opções extremas, já que entre as quais 
encontra-se uma ampla gama de intensidades ou variações. Para efeito de 
exemplificação, podemos comparar cada uma dessas polaridades ao conceito de 
tonalidade estudado anteriormente: nos extremos de claro e escuro, estão o branco 
e o preto e, entre esses, existe inúmeras gradações de cinza.
Embora as técnicas não sejam utilizadas apenas em seus extremos e inúmeros 
graus de intensidade sejam possíveis, é importante que um ou outro caminho esteja 
evidente na composição. Se essa escolha for demasiado sutil, a clareza do resultado 
pode ser comprometida, tornando-se ambígua e ineficiente. Voltando ao exemplo 
da tonalidade, as gradações entre o cinza médio e o branco podem ser consideradas 
claras, assim como entre o cinza médio e o preto, escuras. Já o cinza médio não 
pode ser definido nem como claro, ou escuro.
Apenas as técnicas bipolares entre si são mutuamente excludentes, todas as 
demais são combináveis e interatuantes em uma composição, fornecendo uma 
multiplicidade de possibilidades de expressão e compreensão. Seria impossível 
enumerar todas as técnicas disponíveis, dado que ainda existem algumas divergências 
entre certos autores quanto suas nomenclaturas. Assim, apresentaremos algumas 
das mais utilizadas, conforme as nomenclaturas apresentadas por Donis A. Dondis 
(2003), no livro Sintaxe da linguagem visual.
Equilíbrio e Instabilidade
O equilíbrio é a mais importante das técnicas visuais e fundamenta-se no 
funcionamento da percepção humana. A técnica exige um centro de suspensão a 
meio caminho entre dois pesos e ocorre quando as forças visuais compensam-se 
mutuamente. Constância, inalteração, distribuição e harmonia.
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UNIDADE Técnicas de Composição Visual
Figuras 1 e 2 – Pinturas suprematistas (1920, 1928), Kazimir Malevich
Fonte: thecharnelhouse.org e Wikimedia Commons
A instabilidade caracteriza-se pela ausência de equilíbrio. É a técnica aplicada 
em formulações visuais inquietantes e provocadoras. Em uma composição 
instável, as forças visuais não se compensam mutuamente e unidades ou elementos 
podem parecer acidentais ou transitórios, apresentando uma tendência para 
mudar de lugar em busca de equilíbrio. Inconstância, mutabilidade, variabilidade, 
falta de solidez.
Figuras 3 e 4 – Pinturas suprematistas (1915), Kasimir Malevich
Fonte: Wikimedia Commons
Simetria e Assimetria
A simetria corresponde a um equilíbrio axial, formulação em que a unidade 
situada de um lado dos eixos – horizontal, vertical ou diagonal – é rigorosamente 
repetida do outro lado. Técnica caracterizada pela lógica e simplicidade absolutas, 
podendo tornar-se estática e, por vezes, enfadonha.
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Figura 5 – Composition double bleu et rouge (1980), Victor Vasarely
Fonte: www.fondationvasarely
Na assimetria as unidades não se repetem em posições opostas, ou seja, são 
diferentes em cada lado de um eixo.
Figura 5 – Riu-Kiu-C (1960), Victor Vasarely
Fonte: Wikimedia Commons
Com uma certa relatividade, podemos considerar também como um 
equilíbrio simétrico lados opostos que, mesmo sem serem iguais, 
trazem uma forte semelhança ou uma simetria por aproximação.
Figura 7 – The two Fridas (1939), 
Frida Kahlo.
Fonte: Wikimedia Commons
Figura 8 – Tree of hope, keep fi rm 
(1946), Frida Kahlo.
Fonte: Wikimedia Commons
Embora seja muito mais complexo e difícil, é possível obter o equilíbrio 
em uma composição assimétrica por compensação, através de 
elementos e posições variáveis cujos pesos e forças se compensam 
mutuamente.
9
UNIDADE Técnicas de Composição Visual
Regularidade e Irregularidade
A técnica da regularidade favorece a uniformidade dos elementos com o 
desenvolvimento de uma ordem baseada em algum princípio ou método constante 
e invariável. Estado nivelado em termos de equilíbrio visual.
Figura 9 – Untitled #3 (1988), Keith Haring
Fonte: www.haring.com
A irregularidade não se baseia em nenhuma ordem ou plano decifrável, 
enfatizando o inesperado e insólito. Ausência de ordem e de nivelamento, caráter 
do que está fora da normalidade.
Figura 10 – Untitled (1985), Keith Haring
Fonte:www.haring.com
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Simplicidade e Complexidade
A técnica da simplicidade envolve uma imediatez e uniformidade na composição. 
Caracteriza-se por organizações formais fáceis de serem lidas e compreendidas 
sem elaborações ou informações secundárias. Clareza e harmonia
Figura 11 – The Temptation of Adam and Eve (1427), 
Tommaso Masolino da Panicale, afresco na Capela Brancacci
Fonte: Wikimedia Commons
A complexidade é a técnica visual oposta à simplicidade, apresentando inúmeras 
unidades visuais e forças elementares, o que dificulta a leitura e exige um maior 
tempo de observação.
Figura 12 – The Garden of Earthly Delights (1500-1505), Hieronymus Bosch
Fonte: Wikimedia Commons
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UNIDADE Técnicas de Composição Visual
Unidade e Fragmentação
A técnica visual da unidade apresenta um equilíbrio adequado entre os elementos 
que formam o todo. Dito de outra forma, todas as unidades ou elementos 
harmonizam-se de modo tão completo que são percebidos como uma única coisa. 
Figura 13 – Woman, bird and star (1966-1973), Joan Miró
Fonte: www.joan-miro.net
A fragmentação é a decomposição dos elementos em unidades separadas que, 
embora relacionem-se entre si, conservam caracteres individuais
Figura 14 – Painting (1933), Joan Miró
Fonte: Wikimedia Commons
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Economia e Profusão
Economia é a técnica visual caracterizada pela presença de unidades 
mínimas, uma organização visual sensata e econômica que privilegia unidades 
ou elementos essenciais.
Figura 15 – Dorothy (1902), William Merritt Chase
Fonte: Wikimedia Commons
A profusão caracteriza-se por acréscimos infinitamente detalhados, somados 
às unidades ou elementos básicos, é uma técnica de enriquecimento visual através 
da ornamentação.
Figura 16 – Portrait of Marie Leszczynska, queen of France (1748), Carle van Loo
Fonte: Wikimedia Commons
13
UNIDADE Técnicas de Composição Visual
Minimização e Exagero
Minimização e exagero são técnicas visuais similares à economia e à profusão, 
porém, utilizadas em contextos distintos, diferenciam-se pela maior liberdade com 
que manipulam os detalhes visuais. 
A minimização é uma abordagem muito abrandada, que busca obter a máxima 
resposta a partir de elementos mínimos. Clareza e simplicidade.
Figura 17 – Blue nude with hair in the wind (1952), Henri Matisse
Fonte: Wikimedia Commons
O exagero corresponde à abordagem mais extravagante ou amplificada da 
profusão, ampliando sua expressividade para muito além da verdade. Extravagância 
e intensidade.
Figura 18 – Adele Bloch-Bauer I (1907), Gustav Klimt
Fonte: Wikimedia Commons
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Previsibilidade e espontaneidade
A técnica visual da previsibilidade sugere uma ordem ou plano extremamente 
convencional. É possível prever a mensagem visual como um todo com base em 
um mínimo de informação.
Figura 19 – Arithmetic composition (1929), Theo van Doesburg
Fonte: Wikimedia Commons
A espontaneidade é livre e saturada de emoção, caracterizando-se por uma falta 
aparente de planejamento.
Figura 20 – Several circles (1926), Wassily Kandinsky
Fonte: Wikimedia Commons
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UNIDADE Técnicas de Composição Visual
Atividade e Estase
A técnica visual da atividade representa ou sugere o movimento, caracterizando-
se por um efeito enérgico e estimulante. Dinâmico e ativo.
Figura 21 – Shop until you drop, Banksy, London
Fonte: Wikimedia Commons
A estase apresenta um efeito de repouso e tranquilidade através do equilíbrio 
absoluto. Estagnação e impotência.
Figura 21 – ShWaiting in vain... at the door of the club, Banksy, New York
Fonte: Wikimedia Commons
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Sutileza e Ousadia
A sutileza é uma técnica empregada em abordagens visuais delicadas e de 
extremo requinte, que não enfatizam a obviedade ou uma firmeza de propósito. 
Refinamento visual, elegância e bom gosto.
Figura 23 – Study of a female nude (1840), Henri Lehmann
Fonte: Wikimedia Commons
A ousadia é uma técnica óbvia, busca obter o máximo de visibilidade com 
segurança e audácia. Quebra de padrões, diferenciação e atrevimento.
Figura 24 – Refl ective fl esh (2003), Jenny Saville
Fonte: www.cujah.org
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UNIDADE Técnicas de Composição Visual
Neutralidade e Ênfase
A técnica da neutralidade caracteriza-se pela configuração menos perturbadora 
de uma manifestação visual.
Figura 25 – Sem título (2009), Sergio Niculitcheff
Fonte: www.galeriamezanino.com
A técnica visual da ênfase realça apenas uma informação ou elemento em uma 
composição, na qual todos os demais elementos são representados com neutralidade.
Figura 26 – Sem título (2009). Sergio Niculitcheff
Fonte: www.galeriamezanino.com
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Transparência e Opacidade
Transparência é a técnica na qual se pode ver através de elementos sobrepostos, 
ou seja, um elemento colocado sobre outro, mas que não o oculta totalmente.
Figura 27 – Composition A-II (1924), Laszlo Moholy-Nagy
Fonte: Wikimedia Commons
Na técnica da opacidade não se pode ver através de elementos sobrepostos, de 
modo que o elemento do primeiro plano oculta totalmente as partes dos posteriores 
aos quais se sobrepõe.
Figura 28 - Lands (1920), Laszlo Moholy-Nagy
Fonte: Wikimedia Commons
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UNIDADE Técnicas de Composição Visual
Estabilidade e Variação
Estabilidade é uma técnica de compatibilidade visual, aplicada em composições 
dominadas por uma abordagem temática uniforme e coerente. Constância e equilíbrio.
Figura 29 – Hot day III, Pedro Campos
Fonte: www.plusonegallery.com
A variação é a técnica aplicada em composições com mudanças e variações. 
Ainda que controladas por um tema dominante, as mutações possibilitam diversidade 
e sortimento. Desigualdade entre as unidades.
Figura 30 – La festa del Paese (2014), Roberto Bernardi
Fonte: www.bernarduccimeisel.com
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Exatidão e Distorção
A exatidão é a técnica visual que busca reproduzir um tema de forma realista, 
simulando a nossa experiência visual natural, através de ilusões óticas como o uso 
da perspectiva e dos contrastes de luz e sombra. Precisão.
Figura 31 – Portrait of Pope Innocent X (1650), Diego Velázquez
Fonte: Wikimedia Commons
A distorção adultera o realismo, desviando o tema representado da forma regular 
ou verdadeira. Dramatização.
Figura 32 – Study after Velázquez’s portrait of Pope Innocent X (1953), Francis Bacon
Fonte: Wikimedia Commons
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UNIDADE Técnicas de Composição Visual
Planura e Profundidade
Planura e profundidade são técnicas visuais regidas basicamente pelo uso ou 
ausência da perspectiva e dos efeitos de luz e sombra característicos do claro-
escuro. A planura elimina a aparência natural de dimensão.
Figura 33 – Red interior: still life on a blue table (1947), Henri Matisse
Fonte: Wikimedia Commons
A profundidade sugere a dimensão.
Figura 34 – A summer’s day (2002), Dmitriy Annenkov
Fonte: www.artcyclopedia.ru
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Singularidade e Justaposição
A singularidade é a técnica utilizada para focalizar um tema isolado e independente 
em uma composição com uma ênfase específica, sem qualquer outro estímulo 
visual concorrente.
Figura 35 – Piedad (1570), Luis de Morales
Fonte: Wikimedia Commons
A justaposição exprime a interação de estímulos visuais, colocando duas unidades 
lado a lado e ativando a relação que se estabelece entre as quais.
Figura 36 – Déploration sur le Christ mort (1540-1545), Agnolo Bronzino
Fonte: Wikimedia Commons
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UNIDADE Técnicas de Composição Visual
Agudeza e Difusão
A agudeza é uma técnica visual ligada à clareza do estado físico e de expressão, 
formas precisas e contornos rígidos facilmente interpretados. Penetrante, falta 
de delicadeza.
Figura 37 – Treno in corsa (1922), Ivo Pannaggi
Fonte: www.guggenheim.org
A difusão é uma técnica menos precisa e mais suave, criando uma atmosfera de 
subjetividade na composição. Sensação de diluição.
Figura 38 – Le train dans la neige. La locomotive (1875), Claude Monet
Fonte: Wikimedia Commons
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Sequencialidade e Acaso
A sequencialidade é uma técnica visual de ordenação sequencial lógica, na qual 
as unidades ou os elementossão organizados de modo contínuo em qualquer tipo 
de disposição – lado a lado, em profundidade, em espiral, sobrepostos etc. –, 
seguindo um padrão rítmico.
Figura 39 – Succession (1935), Wassily Kandinsky
Fonte: Wikimedia Commons
O acaso caracteriza-se pela sugestão de uma falta de planejamento na 
ordenação dos elementos ou das unidades, uma desorganização intencional ou 
uma apresentação acidental da informação visual.
Figura 40 – Various actions (1941), Wassily Kandinsky
Fonte: www.wassilykandinsky.net
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UNIDADE Técnicas de Composição Visual
Repetição e Episodicidade
A técnica visual da repetição corresponde às conexões visuais ininterruptas que 
criam caminhos para os olhos percorrerem, ligando unidades ou elementos, iguais 
ou semelhantes, em uma composição unificada.
Figura 41 – Bandeirinhas (1958), Alfredo Volpi
Fonte: www.mac.usp.br
A episodicidade caracteriza-se pela desconexão ou pela existência de conexões 
muito frágeis entre os elementos, é a técnica visual que reforça a qualidade individual 
das partes do todo.
Figura 42 – Triângulos, Alfredo Volpi
Fonte: www.opapeldaarte.com.br
26
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Padrão rítmico: um padrão rítmico em uma composição visual corresponde a um fl uxo ou 
a uma sensação de movimento resultante da repetição regular de suas unidades visuais e 
das pausas entre as quais.
O ritmo depende tanto da semelhança ou contraste entre as unidades que se repetem, 
quanto dos intervalos entre as quais. Quanto maior a semelhança entre as unidades, mais 
suavemente o ritmo fl ui, enquanto a repetição de uma série de contrastes cria um ritmo 
mais intenso. Intervalos curtos entre as unidades criam um ritmo mais acelerado e intervalos 
longos, mais de calmo.
Conexões visuais: as conexões visuais estão relacionadas à Lei da Gestalt do Fechamento, 
nossa tendência a não perceber as unidades como partes isoladas, e sim a relacioná-
las, preenchendo as lacunas entre as quais e percebendo um todo completo e unifi cado. 
Tanto as semelhanças como a proximidade relacionam as partes individuais em grupos 
e determinadas ordenações visuais entre os elementos ou unidades podem tornar essa 
relação mais coerente ou efi ciente para a construção do todo. 
Quando as unidades estão tão próximas que se tocam fi sicamente, o espaço compartilhado 
torna-se um fator coesivo na composição: linhas de contorno compartilhadas por contato 
ou continuidade, sobreposição, interseção ou transparência das unidades. E mesmo quando 
não há o contato físico e um mesmo espaço compartilhado, as conexões visuais também 
podem ligar unidades distantes por extensão – linhas, contornos ou fi guras sugeridas. 
O simples alinhamento visual entre unidades ou, ainda, unidades posicionadas sobre a 
extensão de uma linha de contorno, ou fi gura sugerida ao longo da composição, podem 
conectar fi guras muito distantes ao relacionar as áreas, estabelecer forças direcionais, criar 
movimento e repetir intervalos entre as unidades. 
Ex
pl
or
27
UNIDADE Técnicas de Composição Visual
Material Complementar
Há vários materiais, como vídeos, filmes, livros e sites, que podem ampliar seu 
conhecimento sobre a composição. Indica-se aqui os seguintes:
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Gestalt do objeto
GOMES FILHO, João. Categorias conceituais; Técnicas visuais aplicadas. São Paulo: 
Escrituras, 2000. p. 75-102.
Para ampliar seus conhecimentos, leia os dois capítulos acima indicados, nos quais 
João Gomes Filho apresenta outras técnicas visuais aplicáveis.
Sintaxe da linguagem visual
DONDIS, D. A. Anatomia da mensagem visual; A síntese do estilo visual; As artes 
visuais: função e mensagem. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003. P. 85-106, 
161-181, 183-225
Como já mencionado, seria impossível enumerar todas as técnicas de composição visual 
existentes, de modo que no material teórico desta Unidade apresentamos algumas das 
mais importantes, de acordo com Donis A. Dondis (2003).
Nesta Unidade abordamos os elementos básicos, os esquemas compositivos, 
os princípios organizacionais e as técnicas de composição visual. Assim, para 
complementar seus conhecimentos sobre linguagem visual, faça a leitura dos três 
capítulos acima indicados do livro Sintaxe da linguagem visual, os quais abordam 
conteúdos distintos, a saber: os três níveis da mensagem visual – representacional, 
abstrato e simbólico –; o caráter e a forma dos estilos visuais extraídos de técnicas 
visuais aplicadas; e uma síntese das principais linguagens visuais.
28
29
Referências
ARNHEIM, R. Arte e percepção visual: uma Psicologia da visão criadora: 
nova versão. 11. ed. São Paulo: Pioneira, 1997.
CAGE, J. A cor na arte autor. São Paulo: Martins Fontes, 2012.
DONDIS, D. A. Sintaxe da linguagem visual. 2. ed. São Paulo: Martins 
Fontes, 2003.
ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural. [20--]. Disponível em: <http:// enciclopedia.
itaucultural.org.br>. Acesso em: 6 out. 2015.
FRASER, T.; BANKS, A. O guia completo da cor. 2. ed. São Paulo: Senac, 2010.
GOMES FILHO, J. Gestalt do objeto. São Paulo: Escrituras, 2000.
OCVIRK, O. et al. Fundamentos da arte – teoria e prática. 12. ed. Porto Alegre, 
RS: AMGH, 2014.
OSTROWER, F. Universos da arte. 24. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
PEDROSA, I. O universo da cor. Rio de Janeiro: Senac, 2004.
WONG, W. Princípios de forma e desenho. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
29

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