Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PARTE 1 Assistência de enfermagem a pacientes com lesões na pele Cicatrização de feridas A cicatrização é um processo que visa a restauração da função e estruturas normais dos tecidos. Processo de cicatrização: 1. Fase inflamatória 2. Fase proliferativa 3. Maturação FASE INFLAMATÓRIA → Há a resposta vascular imediata à lesão, há vasoconstrição dos vasos próximas, agregação plaquetária, ativação da cascata de coagulação e formação de uma matriz de fibrina → Recrutamento celular - ativação do sistema complemento e cininas - e aumento da permeabilidade vascular - vasodilatação de capilares (rubor e calor) - quimiotaxia de leucócitos fagocíticos (neutrófilos) na área contaminada (edema) - fagocitose efetiva → Exsudato inflamatório - fluxo de fluido contendo proteínas do plasma, anticorpos, eritrócitos, leucócitos e plaquetas para os tecidos lesados. FASE PROLIFERATIVA → O ferimento começa a ser completado com tecido conjuntivo, ou seja, formação da cicatriz. Eventos: neo-angiogênese, epitelização, fibroplasia e tecido de granulação. Na neoangiogênese, há formação de novos vasos sanguíneos. Na epitelização, há a proliferação celular e migração das células epiteliais na ponte de fibrina para o centro da ferida, induzindo a contração, aproximação das bordas e neo epitelização da lesão - os macrófagos secretam fator estimulante e de crescimento para os fibroblastos na ferida. Assim, na fibroplasia, ocorre a produção de colágeno pelos fibroblastos juntamente com a presença de ferro, ácido ascórbico e oxigênio são responsáveis pela sustentação e força tênsil da cicatriz (resistência da cicatriz para não se romper a forças externas). Na formação do tecido de granulação há composição de novos vasos, fibroblastos, macrófagos e possui coloração vermelho brilhante a aparência aveludada e em suas bordas há presença de epitelização com aspecto rosado e translúcido, contendo folículos pilosos, glândulas sebáceas, etc; FASE DE MATURAÇÃO → É caracterizada pela síntese de reorganização de colágeno mais espesso para que esse processo seja mais eficaz. Por volta do 21ª dia após a lesão CARACTERÍSTICAS A SEREM OBSERVADAS NA FERIDA: Cuidados avançados com Lesões por Pressão Há situações que a LP é inevitável como imobilidade física do paciente no leito, incapacidade de manter a alimentação e/ou hidratação Lembrar que: Superfícies de redistribuição de pressão não substituem mudança de decúbito e reposicionamento. Classificação da Lesão por Pressão: Lesão por pressão em membranas mucosas ocorrem, em grande maioria, pelo uso de dispositivos médicos no local do dano, estes sendo, boca, anal e urinária. No, estágio 1 de LP, a hiperemia (vermelhidão) no local da lesão que não embranquece, atinge epiderme e derme No estágio 2 da LP há perda da pele em sua espessura parcial com exposição da derme, apresenta coloração rosa ou vermelha e úmida. No estágio 3 da LP há perda da pele em sua espessura total, na qual o tecido adiposo é visível e a visualização do dano tissular varia conforme o local da lesão. No estágio 4 da LP há perda da pele total e perda tissular com exposição da fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem ou osso. Lesão por Pressão Não Classificável é quando há perda de pele total e perda tissular e a não visualização encoberta por tecido necrótico/escara não confirma qual estágio. Lesão por Pressão em Tecido Profundo, a pele se apresenta intacta ou não com descoloração vermelho escura, marrom ou roxa persistente e que não embranquece; dor e mudança da temperatura são características. Lesão por Pressão por disp. médicos resulta do uso de dispositivos para fins diagnósticos e terapêuticos e apresenta na pele o padrão e forma do dispositivo. ESCALA DE BRADEN avalia o risco de desenvolvimento de lesões por pressão no paciente PREVENÇÃO DE LESÕES POR PRESSÃO - Utilizar dispositivos locais para prevenção em proeminências ósseas. - Inspeção diária da pele (especialmente nas proeminências ósseas) - Áreas de maior risco são a sacral e a trocanteriana A Síndrome do Imobilismo no sistema músculo esquelético é uma atrofia das fibras musculares e fraqueza muscular, ocorre quando há imobilização em leito de 3 a 5 semanas. No sistema circulatório há diminuição do desempenho cardiovascular, aumento da PA e viscosidade sanguínea. Pode ocorrer trombose venosa profunda. No sistema respiratório há a diminuição do movimento diafragmático, ventilação, redução da tosse e dificuldade para eliminação de secreções. No sistema gastrointestinal há perda de apetite, déficit nutricional, constipação e fecaloma e sistema geniturinário é aumento da excreção de Ca, estagnação urinária, esvaziamento incompleto da bexiga. Assistência de enfermagem ao paciente com pé diabético Diabetes Mellitus e o pé diabético DM é uma doença crônica que o organismo não tem uma produção suficiente de insulina, fazendo com que o nível de glicose no sangue fique elevado. Classificação da DM: diabetes tipo 1, diabetes tipo 2, diabetes gestacional e outros tipos. - DM1: comum em crianças e adolescentes e apresenta uma deficiência grave de insulina devido a destruição das células β que não produz a insulina. 3P´s: polifagia (comer muito e não engorda), polidipsia (bebe muita água) e poliúria (muita urina). - DM 2: + comum e é caracterizada pela resistência à insulina e deficiência parcial de secreção de insulina pelas células pancreáticas. Complicações crônicas: nefropatia diabética (alterações nos vasos sanguíneos dos rins que leva a perda de glicose por meio da urina) A glicose varia durante o dia e aumenta pós- prandial (depois de cada refeição) e retorna ao nível anterior após 2h. Entre 70 a 110 (mg/dL) - parâmetro de normalidade. → PÉ DIABÉTICO E SUAS COMPLICAÇÕES *ferida → amputação - Amputação acima do joelho: amputação transfemoral - supragenicular; - Amputação de perna (até joelho): amputação transtibial - infragenicular; - Amputação próximo a pelve: Desarticulação de pelve; - Amputações podálicos, região transmetatarsiana até o médio pé: amputações menores; TRIAGEM DO PÉ EM RISCO ● Exame do pé diabético: palpação de pulsos (pulso pedial posterior, pulso pedioso), pesquisa de sensibilidade (sensibilidade tátil, utilização de monofilamento, sensibilidade térmica - diapasão, dolorosa) e limiar de proteção; ● Educação e cuidados podiátricos: garantir o uso rotineiro de calçados adequados, procurar por micoses, escoriações ou úlceras, não andar descalço ● Curativos PÉ NEUROPÁTICO Características: pontos de pressão anormal, calos, dedos deformados, pé quente, rosado e veias dilatadas. PÉ COM DOENÇA VASCULAR Características: pé frio, cianose e pele fina, ausência ou diminuição das pulsações nas pernas, unhas que crescem pouco, ausência de pêlos nos dedos, claudicação intermitente (dores intensas nas pernas) O que observar nos pés? Verificar a presença de calor, feridas, deformidades nos pés, tipo de sapato e suas características, como está o corte das unhas, umidade interdigital, a marcha. O que ensinar ao paciente/ família? Olhar seus pés diariamente, se não conseguir usar um espelho, corte das unhas, pedra pome para remover os calos, antes de calçar um sapato e verificar por dentro, usar meias de algodão ou de lã sem elástico e cor clara Pé de Charcot é uma deformidade osteoarticular do pé neuropático causado pela diabetes com pododáctilos curtos e pé plano Escala de Wagner dá valor a parâmetro de úlceras do pé diabético sendo profundidade, o grau de infecção e grau de necrose para verificar os tipos de pé diabéticos; Assistência de enfermagem a pacientes ortopédicos Ortopedia COLUNA E TRAUMA RAQUIMEDULAR → O trauma é uma ação de agentes físicos sobre a coluna vertebral e aos elementos do SN contidos no seu interior. Essas lesões são graves e irreversíveis do ponto de vista funcional. C1 A C8 (medula cervical) → controlam a sensibilidade do movimento cervical e membros superiores T1 A T12 (segmentos torácicos) → controlam o tórax, abdome e parte dos membros superiores L1 A L5 (segmentos lombares)→ movimentos e sensibilidade nos membros inferiores S1 A S5 (segmentos sacrais) → controle dos membros inferiores, sensibilidade da região genital, bexiga e intestino. DOENÇAS: - Escoliose que é quando a coluna apresenta curva no plano das costas, sendo em “C” ou “S” - Hérnia de disco quando ocorre o deslocamento da parte interna do disco intervertebral através de uma ruptura do anel fibroso à parte externa do disco QUADRIL E CIRURGIAS → Coxartrose e doenças degenerativas articulares que envolvem a utilização de prótese e enxertia óssea Se há lesões no quadril, elas são divididas em: - Lesão idiopáticas (etiologia desconhecida) - Lesão traumática (quando há traumas, luxações e procedimentos cirúrgicos) - Lesão atraumática (condições patológicas como artrite reumatóide, lúpus, etc) Cirurgias: Artroplastia é uma reconstituição da articulação pela substituição por prótese parcial (🔁uma das superfícies articulares, a femoral e acetabular) ou total (remoção de toda a cabeça e parte do colo do fêmur e remodelagem do acetábulo) JOELHO E CIRURGIAS → As cirurgias de artroplastia acometidas por lesões osteoarticulares e cirurgias de ligamentoplastias. Cirurgias: Artroplastia total do joelho é a 🔁 da articulação afetada por um dispositivo metálico (prótese). Artrodese de joelho ocorre em pacientes a perda óssea e falha na artroplastia total por infecção Ligamentoplastia é feita de quatro maneiras, sendo reparação primária, reconstrução extra articular, reconstrução intra-articular. Em maioria é o enxerto com outro tendão do cliente. FÊMUR, TÍBIA E FÍBULA A fratura de fêmur pode ser dividida em: - Fratura do colo do fêmur: na região que se liga ao quadril - Fratura no corpo do fêmur: na região central do osso e podem ser divididas em fraturas proximal, medial ou distal. Fixação externa: são colocados parafusos através da pele até aos locais acima e abaixo da fratura, fixando o alinhamento do osso. Haste intramedular: colocação de uma haste de metal no interior do osso (retirada após a cicatrização concluída). Fixação interna: aplicação de parafusos e placas de metal diretamente sobre o osso para manter estabilização e alinhamento para a cicatrização (devem ser retirados após a cicatrização concluída, entretanto, é necessário uma nova cirurgia). CIRURGIA DE MÃO Artrodese: uma fixação articular Artroplastia: operação destinada a refazer as superfícies articulares e restabelecer o seu uso Capsulectomia: remoção da cápsula Neurólise: liberação de um nervo comprimido por aderências Neurorrafia: sutura de um nervo Neurotomia: retirada total ou parcial de um nervo Osteossíntese: fixação da fratura por meio de placas e parafusos CIRURGIA DE PÉ E TORNOZELO Amputação: retirada total ou de uma extremidade do corpo Osteotomia: secção cirúrgica de um os Assistência de enfermagem a dermatologia ambulatorial PSORÍASE OU PSORIASIS → É uma doença de pele, crônica e não contagiosa → Os sintomas desaparecem e reaparecem periodicamente (doença cíclica) e sua causa é desconhecida, mas relacionada ao sistema imunológico, interações ambientais e suscetibilidade genética Fisiopatologia Linfócitos T liberam substâncias inflamatórias e formadoras de vasos→ Dilatação dos vasos sanguíneos da pele, infiltração da pele com células de defesa (neutrófilos), células da pele são atacadas (↑ neutrófilos) → Células da pele imaturas e não são eliminadas ( nem os neutrófilos são eliminados)→ RESULTADO: Manchas espessas e escamosas na pele Sintomas - Manchas vermelhas com escamas secas e esbranquiçadas - Pequenas manchas brancas ou escuras - Pele ressecada com rachaduras e às vezes com sangramento - Prurido, queimação e dor - Unhas grossas, sulcadas, descoladas e puntiformes - Rigidez e edema nas articulações; Tipos de Psoríase: - Psoríase em placas ou psoríase vulgar - Psoríase ungueal - Psoríase do couro cabeludo - Psoríase gutata - Psoríase invertida - Psoríase pustulosa - Psoríase eritrodérmica e psoríase artropática Tratamento: *Para cada tipo de psoríase, há um tipo de tratamento de forma individualizada. Casos leves: hidratar a pele com cremes e pomadas, aplicar medicamentos tópicos apenas nas lesões, exposição diária ao sol Casos moderados: tratamento em cabines com exposição de luz ultravioleta A ou B e medicamentos (comprimidos ou injeções) que aumentam a sensibilidade da pele a luz, também há tratamentos biológicos ou imunobiológicos, os TNFs que contém citocinas capazes de provocar apoptose CÂNCER DE PELE → Há dois tipos: Melanoma e não melanoma Não melanoma: é o crescimento anormal das células que compõe a pele, são de baixa letalidade e se divide em: - Carcinoma Basocelular (CBC) : surge na camada mais profunda de epiderme, especificamente nas células basais, frequente nas regiões expostas ao sol como face, olhos, orelha. pescoço, couro cabeludo, ombros e dorso É uma pápula vermelha brilhante com crosta central e sangra com facilidade. - Carcinoma Espinocelular (CEC): surge nas camadas superiores da epiderme, especificamente nas células escamosas e pode ser desenvolvido em todas as partes do corpo. A principal causa é a exposição excessiva ao sol. Coloração avermelhada, formato de feridas espessas descamativas que não cicatrizam e sangram ocasionalmente - aparência de verruga. Melanoma: Surge na epiderme, nos melanócitos e em estágios iniciais se desenvolve nas camadas superficiais, se a lesão se torna mais profunda e espessa aumentam as chances de metástases. → Apresenta-se como uma pinta ou sinal de pele em tons acastanhados que mudam de cor, formato ou tamanho e podem sangrar (Regra do ABCDE) *São mais comuns em pernas (mulheres) e tronco (homens), pescoço e rosto e sua causa são hereditariedade. Assistência de enfermagem no curativo de lesões Características necessárias para uma cobertura - Ser impermeável à água e outros fluidos, permitindo trocas gasosas - Ser de fácil aplicação e remoção, sem causar traumas - Auxiliar na hemostasia - Proteger a lesão contra traumas mecânicas - Aliviar a dor - Servir de barreira protetora conta infecções - Limitar o movimento dos tecidos ao redor da úlcera - Promover ambiente úmido para a cicatrização - Remover secreções e restos celulares - Tratar cavidades existentes - Promover o desbridamento - Proporcionar condições favoráveis às atividades de vida diária - Menor frequência de troca - Melhor relação custo-benefício - Adaptabilidade de acordo com a forma anatômica - Manter a temperatura ideal no leito da ferida Exemplo de coberturas: Películas de cobertura, películas aquosa, alginato de calcio e sódio, carvão, colágeno com alginato, hidrocolóides, hidrogel, hidropolímeros, hidrocelulares, hidrofibras, tela não aderente. Assistência de enfermagem a saúde do idoso Geriatria e gerontologia Considera-se idoso a pessoa com mais de 65 anos, conforme o critério cronológico. PROCESSO DE ENVELHECIMENTO Fatores de risco: história familiar prévia, diabetes, hipertensão, uso de drogas, ingestão de álcool, tabagismo, hiperlipidemia, hipercolesterolemia, uso de medicamentos, estilo de vida, estresse, infecções, doenças imunológicas e câncer. MUDANÇAS FISIOLÓGICAS DO ENVELHECIMENTO - Envelhecimento primário - NORMAL - Envelhecimento secundário - PATOLÓGICO Envelhecimento biológico ● Aparência pessoal, alteração da pele, ossos frágeis, perda força muscular, locomoção e equilíbrio alterado, diminuição da agilidade, mudança no sistema digestivo, nervoso, respiratório, cardiovascular, sexual, endócrino, etc ● Doenças crônicas, febre, neoplasias, desidratação ● Fadiga, perda de peso, sono. ➝ Redução nos órgãos de sentido: ●Alterações na visão: menos capacidade de focalizar em objetos próximos, estenose, diminuição da elasticidade do cristalino, ressecamento da conjuntiva, as células do cristalino tornam-se amareladas, turvas e rígidas e diminuição da capacidade de distinguir a cor azul do verde. ●Alterações na audição: menor capacidade de ouvir sons de alta frequência, diminuição da audição, fornece respostas incorretas, solicitaa repetição das palavras, esforça-se para ouvir. ●Alterações do paladar e olfato: atrofia das mucosas, paladar é alterado e o doce é mais afetado, preferência por alimentos salgados e com muito tempero, diminuição do paladar, anorexia e má nutrição, dificuldade para deglutir, mudança de voz Função Mental: Redução da capacidade de aprendizado e memória Dor: A dor do idoso necessita ser diagnosticada, mensurada, avaliada e tratada. ANALISAR A CAPACIDADE FUNCIONAL DO IDOSO
Compartilhar