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ENFERMAGEM SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA-2

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14
FACULDADE PITÁGORAS UNOPAR
ENFERMAGEM
 (
CLAYTON ANTUNES DA SILVA QUADROS
NEUZA LOPES DA SILVA
)
“LEI RESPALDA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA”
BELO HORIZONTE
2022
CLAYTON ANTUNES DA SILVA QUADROS
NEUZA LOPES DA SILVA
 (
“LEIRESPALDA ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA”
)
 (
Trabalho de p
rodução textual apresentado 
à Faculdade
 UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral na disciplina 
do curso de
 Enfermagem.
Orientador
 (a)
: 
Prof.
ª 
Angelita Kindlemann
)
BELO HORIZONTE
2022
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
DESENVOLVIMENTO	4
DESAFIO 1	4
DESAFIO 2	4
DESAFIO 3	10
DESAFIO 4	11
CONSIDERAÇÕES FINAIS	13
REFERÊNCIAS	14
INTRODUÇÃO
	A garantia do direito ao planejamento reprodutivo e a uma assistência integral durante a gravidez, parto e puerpério, envolve a atuação de uma equipe multiprofissional integrada.
	A Lei 7.498/1986, no inciso II do Art. 8º do Decreto 94.406/1987, regulamenta o exercício profissional da Enfermagem na área da saúde sexual e reprodutiva.
	O planejamento familiar é garantido pela Lei 9263/1996, no artigo 1º, que assegura a todo cidadão direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal.
	O direito sexual e reprodutivo é parte integrante dos direitos humanos, uma necessidade humana básica, abrange o exercício da maternidade voluntária e contracepção autodecidida e é fundamental para eficaz implementação das diretrizes governamentais.
	O profissional de saúde, por meio da prática, possui papel fundamental na promoção, proteção e garantia dos direitos humanos sexuais e reprodutivos.
	
2. DESENVOLVIMENTO
DESAFIO 1
	A Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Mulher tem por objetivo promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres por meio da: (i) garantia de direitos; e (ii) ampliação do acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde.
	A promoção dá-se pela melhoria das condições de vida e saúde das mulheres brasileiras, mediante a garantia de direitos legalmente constituídos e ampliação do acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde em todo território brasileiro.
	Deve-se contribuir para a redução da morbidade e mortalidade feminina no Brasil, especialmente por causas evitáveis, em todos os ciclos de vida e nos diversos grupos populacionais, sem discriminação de qualquer espécie. 
	Procura-se ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher no Sistema Único de Saúde.
	O papel da PNAISM no planejamento familiar e reprodutivo busca incorporar, num enfoque de gênero, a integralidade e a promoção da saúde como princípios norteadores e busca consolidar os avanços no campo dos direitos sexuais e reprodutivos, com ênfase na melhoria da atenção obstétrica, no planejamento reprodutivo, na atenção ao abortamento inseguro e aos casos de violência doméstica e sexual.
DESAFIO 2
Os métodos contraceptivos permitem controlar a reprodução e alguns são eficazes para proteger de doenças sexualmente transmissíveis. O método ideal depende da pessoa a que se destina e a fácil adesão, o não esquecimento e a não desistência são fatores interpessoais a considerar. 
Métodos contraceptivos mais comuns
Métodos contraceptivos de barreira: estes métodos contraceptivos formam uma barreira que impede que o espermatozóide e o óvulo se encontrem e haja fecundação.
- Preservativo masculino: Impede que o esperma entre na vagina, ao revestir o pênis. Além de funcionar como barreira, está normalmente coberto por uma substância que tem uma ação espermicida (neutraliza os espermatozóides) e funciona como lubrificante. A eficácia depende dos cuidados na sua utilização. Não pode ser usado em combinação com o preservativo feminino. As vantagens são que ele protege de doenças sexualmente transmissíveis, fácil de comprar e de ter sempre no bolso ou na carteira, existem diversos modelos adequados aos gostos e às necessidades individuais e é indicado em relações esporádicas. A desvantagem é que há o risco, ainda que baixo, de se romper, retira alguma sensibilidade, e pode diminuir a espontaneidade da relação sexual e causar desconforto quando se gera atrito, num coito prolongado.
- Preservativo feminino: é um método contraceptivo pouco utilizado. Consiste numa bolsa afunilada e encerrada numa das extremidades, que se adapta à vagina e recobre o colo do útero impedindo que o esperma contate com estas duas estruturas. A eficácia depende da sua boa colocação e pode ser introduzido 8 horas antes das relações sexuais e persistir mais tempo na vagina do que o preservativo masculino. A vantagem é a proteção de doenças sexualmente transmissíveis, a probabilidade de rotura é inferior à do preservativo masculino e garante proteção vulvar adicional. A desvantagem é a dificuldade de pô-lo corretamente, além de ser mais caro do que o preservativo masculino e mais difícil de encontrá-lo à venda.
Diafragma: existem dois tipos de diafragma, o vaginal e o cervical. Ambos exigem aprendizagem na primeira aplicação. Consistem num dispositivo de borracha de formato circular. O diafragma cervical é menor, com uma forma côncava que se encaixa no colo do útero e impede que o esperma entre. É importante que seja usado em combinação com um espermicida, para reforçar a sua eficácia, no caso de se deslocar durante a penetração. Tem vários tamanhos para se adaptar ao útero. Só é aconselhado a mulheres que já tenham tido relações sexuais e que não tenham infecções urinárias ou da vagina, ou outros problemas no colo do útero. Deve ser colocado antes da penetração e só deve ser retirado entre as 8 e as 24 horas seguintes. Deve ser bem limpo depois de cada utilização. A vantagem é a facilidade de usar, a mulher não o sente e raramente é sentido pelo homem e é reutilizável, podendo durar até dois anos. A desvantagem que não protege contra a maioria das doenças sexualmente transmissíveis, pode provocar irritação vaginal, é desaconselhável a mulheres que têm infecções urinárias, do colo do útero ou da vagina.
Métodos contraceptivos hormonais: funcionam através da utilização de hormonas que inibem a ovulação, impedindo assim que haja fecundação. O efeito de proteção é reforçado pelo aumento da espessura do muco cervical, o que dificulta a progressão dos espermatozóides, além de alterações no revestimento do útero, impedindo que o óvulo se consiga implantar. Ainda que pouco divulgados, estão documentados efeitos na libido da mulher, associados aos métodos hormonais. A contracepção hormonal depende da manipulação de dois princípios biológicos: estrogênio e progesterona. Existem diversas formulações que diferem tanto no tipo de hormona como na dosagem, algumas com indicações terapêuticas. Por este motivo a pílula não deve ser tomada sem supervisão médica. Os métodos hormonais estão contra-indicados na grande maioria dos casos, em doentes com cancro da mama.
- Pílula combinada: tem esta designação por combinar o estrogênio e a progesterona em pequenas quantidades. Geralmente é tomada durante 3 semanas, seguidas de uma semana de intervalo, durante a qual se dá a menstruação. Já existem pílulas cuja embalagem permite uma toma contínua de forma e diminuir os enganos no dia de recomeçar. Recomenda-se que seja tomada sempre à mesma hora, ainda que atrasos até 12 horas não afetem a sua eficácia. Quando os atrasos são maiores, é importante recorrer temporariamente a outro contraceptivo, nomeadamente ao preservativo. Possui vantagem de 99,9% de eficácia se tomada corretamente, regula os ciclos, diminui a intensidade do fluxo menstrual, diminui ou mesmo elimina as dores menstruais. A desvantagem é que é desaconselhável a fumadoras com mais de 35 anos, formalmente contraindicada em doentes hepáticas graves, em mulheres com elevado risco cardiovascular (hipertensas não controladas, diabéticas) e com risco tromboembólico aumentado, perde eficácia quandohá problemas gastrointestinais e pode causar hemorragias entre as menstruações.
- Pílula sem estrogênio: contém apenas uma pequena quantidade de um progestagénio. É recomendada a mulheres em fase de aleitamento ou que sofram de efeitos secundários associados ao estrogênio. É tomada todos os dias, sem interrupções, o que ajuda a evitar esquecimentos. Recomenda-se que seja tomada sempre à mesma hora de forma a garantir a sua eficácia e a minimizar as irregularidades do ciclo. Possui o benefício de 99,5% de eficácia se tomada corretamente e diminui a intensidade do fluxo menstrual. É desaconselhável em mulheres com doenças hepáticas graves, em casos de doença cardíaca isquêmica, acidentes vasculares cerebrais (AVC), e episódio agudo de tromboembolismo, perde eficácia quando existem problemas gastrointestinais, pode causar hemorragias entre as menstruações, retenção hídrica e acne.
- Adesivo: é colado à pele e liberta estrogênio e progestativo, que passam através da pele e são absorvidos pela corrente sanguínea. Funciona de modo semelhante à pílula combinada. O adesivo deve ser posto sobre a pela limpa e seca da barriga, das nádegas ou da parte superior do corpo com exceção das mamas. Todo dia deve-se verificar se as extremidades continuam bem coladas. O adesivo é substituído de 7 em 7 dias, usando-se durante 3 semanas, seguidas de uma semana de intervalo, durante a qual ocorre a menstruação. Possui vantagem de ser 99,9% eficaz, possui todas as vantagens associadas aos contraceptivos orais, não perde eficácia quando há problemas gastrointestinais nem altera a eficácia de outros fármacos como os antiepiléticos, funciona bem em pessoas com síndromes de má absorção intestinal e é vantajoso para pessoas menos disciplinadas. Tem desvantagem ser visível, está desaconselhado em todos os casos acima descritos em que a contracepção hormonal não deve ser utilizada, pode provocar irritações na pele e é menos eficaz em mulheres com mais de 90 kg.
- Anel: trata-se de um anel flexível e macio, de pouco mais de 5 cm de diâmetro, que é introduzido na vagina e liberta hormônios. Os hormônios são absorvidos diretamente através das paredes da vagina, o que permite que as doses hormonais sejam mais baixas que as da pílula ou do adesivo. É introduzido como um tampão e deve ser retirado depois de três semanas. Um novo anel deve ser introduzido exatamente uma semana mais tarde. Na semana de intervalo ocorre a menstruação. Possui vantagem de ser 99,9% eficaz, é fácil de usar, só se põe uma vez por mês, baixa dose de hormônios, as vantagens são em tudo idênticas às do adesivo. As desvantagens é que está desaconselhado em todos os casos acima descritos em que a contracepção hormonal não deve ser utilizada e muito raramente há a sensação da presença de um corpo estranho.
- Injeção: consiste numa dose de progestativo bastante alta que é injetada num músculo, geralmente na nádega. A injeção deve ser repetida de 3 em 3 meses. Possui vantagem de ser 99,7% eficaz, é recomendado a mulheres que não podem tomar estrogênios, pode ser usado durante a amamentação, não perde eficácia quando existem problemas gastrointestinais, especialmente indicado em mulheres com alterações comportamentais ou debilidade mental em que a gravidez não é recomendada ou desejada e em que a Lei não permite realizar uma laqueação tubar. Possui desvantagem de requerer prescrição médica, a recuperação da fertilidade inicial pode demorar um ano e pode haver hemorragias irregulares e com intervalos imprevisíveis.
- Implante: feito de plástico flexível, tem cerca de 4 cm de comprimento e 2 mm de espessura. É colocado pelo médico debaixo da pele, geralmente do braço, usando um anestésico local. Contém progestativo e é eficaz durante três anos. Possui vantagem de ser 99,9% eficaz independentemente do perfil da utilizadora (a sua eficácia é comparável à esterilização cirúrgica), só precisa de ser mudado de 3 em 3 anos, pode ser utilizado nos casos em que os estrogênios estão contra-indicados, não perde eficácia quando existem problemas gastrointestinais e não se nota. A desvantagem é que a menstruação tende a ficar mais irregulares e as contra-indicações são sobreponíveis às das pílulas só de estrogênios.
Métodos contraceptivos mecânicos e mistos: nesta categoria de métodos contraceptivos está incluído o DIU, como dispositivo mecânico, e o SIU, um dispositivo mecânico associado a uma hormona.
- Dispositivo intra-uterino — DIU: é um método mecânico. É um dispositivo intra-uterino, conhecido pela sigla DIU, em forma de T ou de S, que tem uma pequena porção de cobre. É o cobre que desencadeia um efeito inflamatório no útero, impedindo a nidificação. É inserido pelo ginecologista diretamente no útero, utilizando um aplicador específico. Pode usar-se durante 5 a 7 anos, antes de ser retirado também pelo médico. É recomendável em relações monogâmicas — é mais provável haver infecções em caso de múltiplos parceiros. Possui vantagem de 99,2% de eficácia na utilização corrente, garante contracepção durante 5 a 7 anos ou até mais conforme os casos, não é um método hormonal, pode ser usado em qualquer idade, os ciclos menstruais mantêm-se com os intervalos anteriores à colocação, só perde eficácia se deslocar. A desvantagem é que pode haver aumento das dores menstruais e do fluxo sanguíneo durante a menstruação, obriga a exames regulares, para verificar se ele mantém na posição correta, desaconselhável no caso de múltiplos parceiros, não pode ser usado por mulheres com alergia ao cobre e não pode ser usado em caso de anomalia da cavidade uterina ou doença inflamatória pélvica.
- Sistema intra-uterino — SIU: é um método mecânico e hormonal. Combina um dispositivo intra-uterino, semelhante ao DIU, com uma hormona, o levonorgestrel, que é libertada ao longo do tempo. É inserido pelo ginecologista no corpo uterino, utilizando um aplicador específico. Pode usar-se durante 5 a 7 anos, antes de ser retirado também pelo médico. Possui 99,9% de eficácia semelhante ao implante subcutâneo e à laqueação tubar, garante contracepção durante 5 a 7 anos, a única contra-indicação é um determinado tipo de cancro da mama, pode ser utilizado por todas as mulheres em qualquer idade e os períodos menstruais tornam-se muito curtos ou mesmo ausentes o que traz qualidade de vida. Há a desvantagem de ser obrigada a fazer exames regulares, para verificar se está na posição correta, desaconselhável no caso de múltiplos parceiros e não pode ser usado em caso de anomalia da cavidade uterina ou doença inflamatória pélvica.
Métodos contraceptivos de emergência: define-se por contracepção de emergência todo o método contraceptivo utilizado após uma relação sexual desprotegida para prevenir uma gravidez não planeada. Os termos “contracepção pós-coital” e “pílula do dia seguinte” são utilizados com a mesma conotação.
Os métodos disponíveis para contraceção de emergência podem reduzir globalmente o risco de gravidez entre 75 a 89% e devem ser utilizados nas primeiras 72 horas após a relação.
- Pílula de levonorgestrel: é um único comprimido que deve ser tomado até 72 horas depois da relação desprotegida. É necessário usar preservativo durante os 7 dias seguintes. Funciona bloqueando ou atrasando a ovulação. A eficácia depende da rapidez da toma. É mais alta se for tomada nas primeiras 24 horas após a relação. Não tem contra-indicações nem desvantagens, não compromete a fertilidade e pode tomar-se mais do que uma vez no mesmo ciclo menstrual.
- DIU de cobre: o mecanismo de ação é mediado pela toxicidade do cobre sobre o óvulo e sobre o espermatozóide, sendo inibidor da fertilização. Para assegurar a eficácia, deve ser introduzido antes de se dar a implantação, ou seja, deve ser colocado até ao 5º dia após a relação sexual não protegida.
	A atuação do enfermeiro no planejamento familiar é prestar assistência em concepção e contracepção, informando os indivíduos sobre as opções para as duas finalidades.
DESAFIO 3
	Um profissional não habilitado e sem competência técnica para realizar um determinado tipo de procedimento,está realizando um ato de imperícia, que é a realização de procedimento técnico sem ter aptidão. Executar uma tarefa na qual não possui qualificação técnica.
	Exemplo: um técnico de enfermagem que realiza a passagem de sonda vesical de demora no paciente, sem possuir habilidades técnicas e qualificação pra isso. (função do enfermeiro). Ou um enfermeiro que realiza a passagem de cateter venoso central no paciente, sem possuir conhecimento técnico pra isso. (função do médico).
	As penalidades que o profissional de enfermagem poderá receber ao desobedecer ou deixar de observar as disposições do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem e demais códigos regionais, são: Advertência Verbal, Multa, Censura, Suspensão do Exercício Profissional e Cassação do direito ao Exercício Profissional.
	Para definir a penalidade a ser aplicada, será considerada a gravidade da infração, os agravantes e atenuantes, os danos e resultados, e os antecedentes do infrator.
DESAFIO 4
	O processo de enfermagem são passos que visam oferecer aos pacientes um atendimento acertado, de acordo com seu histórico clínico e necessidades. Ou seja, essas etapas criam uma linha de raciocínio para que o enfermeiro cuide de cada um dos seus pacientes considerando suas particularidades.
	Etapas: I – Coleta de Dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem); II – Diagnóstico de Enfermagem; III – Planejamento de Enfermagem; IV – Implementação; V – Avaliação de Enfermagem.
	A sistematização da assistência se faz necessária para a avaliação crítica da pertinência e relevância do trabalho de enfermagem frente ao atendimento das necessidades de saúde. A consulta de enfermagem é vista como uma estratégia que possibilita a integralidade de atenção à saúde. Pressupõe as seguintes fases, e etapas básicas para a consulta conduzida pelo enfermeiro: histórico de enfermagem (obtido através da entrevista e do exame físico); diagnóstico de enfermagem (análise e julgamento das informações); prescrição de enfermagem e evolução de enfermagem.
Histórico de enfermagem: é representada por uma entrevista com o paciente, a fim de captar dados além da queixa principal e verificar a história familiar. 
Durante a entrevista, um dos diferenciais do atendimento em enfermagem é a atenção ao contexto social da pessoa e a humanização na assistência.
Essa premissa parte da máxima de que o acolhimento em saúde é capaz de acelerar o diagnóstico e elevar as chances de sucesso de qualquer tratamento.
Exame físico: triagem antes de um atendimento médico. Nesse momento, o profissional de enfermagem mede a temperatura, pressão, saturação de oxigênio e outros sinais importantes para avaliar a condição clínica. Na consulta, o enfermeiro soma a essa dinâmica a observação de manchas, alergias, problemas para se movimentar, dores, etc.
Diagnóstico de enfermagem: com base nas informações coletadas durante o histórico e exame físico, o enfermeiro levanta e investiga diferentes suspeitas clínicas. Nessa fase, ele avalia exames anteriores, doenças preexistentes e, se for preciso, pede auxílio a colegas para construir um diagnóstico assertivo.
Prescrição e implementação da assistência: considerando o diagnóstico, o enfermeiro faz as primeiras recomendações terapêuticas. Elas serão aperfeiçoadas com o suporte de uma equipe de enfermagem e/ou multidisciplinar. Ao longo da consulta, é possível administrar um medicamento para aliviar dores ou solicitar testes complementares. Se for um encontro para monitoramento, as equipes podem programar outras medidas de combate ou controle da doença. 
Evolução de enfermagem: o registro das informações na ficha do paciente para que possam ser consultadas posteriormente. Essa etapa é fundamental para o controle de qualidade e melhoria contínua do padrão da consulta, a fim de corrigir falhas e aprimorar o processo. O ideal é que os dados sejam armazenados em sistemas como softwares de gestão e prontuário eletrônico do paciente arquivados na nuvem. Desse modo, ficam protegidos de pessoas não autorizadas e acessíveis com facilidade para comparações, recuperação de histórico e cruzamento de dados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Conclui-se que o enfermeiro deve considerar a importância de uma assistência diferenciada para que o programa obtenha resultados positivos, sua figura é importante para ofertar uma serviço de condições favoráveis e de qualidade para a população. 
	Observa-se que atualmente o encaminhamento ao planejamento familiar é feito com maior proporção para mulheres no período pré-natal ou pós-parto, não tendo o mesmo comprometimento com mulheres em idade reprodutiva que não possuem histórico gestacional ou vida sexual ativa.
 	Uma das principais barreiras ao trabalho com a saúde sexual está a falta de implantação plena das políticas propostas, falha em não envolver mais os jovens em qualquer atividade promocional existente. Educadores, pais, fornecedores de serviços sociais e de saúde, estão, muitas vezes, despreparados para lidar com a questão sexual dos adolescentes, devido à falta de qualificação para discutir assuntos relativos à sexualidade, o que dificulta ainda mais o desenvolvimento de trabalhos externos na comunidade.
	As atividades externas podem ser desenvolvidas de várias formas como ações educativas e de promoção da saúde.
REFERÊNCIAS
CASTRO, Ariana Reis Bastos. Participação do enfermeiro no planejamento familiar. Monografia (especialização) – Instituto de Educação à Distância, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, 2018.
Consulta de enfermagem: como é e quais são as indicações. Disponível em: <https://telemedicinamorsch.com.br/blog/consulta-de-enfermagem>.
KOERICH, Magda Santos et al. Sexualidade, doenças sexualmente transmissíveis e contracepção: atuação da enfermagem com jovens de periferia. Rev. enferm. UERJ, p. 265-271, 2010.
LEMOS, A. Direitos sexuais e reprodutivos: percepção dos profissionais da atenção primária em saúde. Saúde em Debate, v. 38, n. 101, 2014.
Métodos contracetivos: as vantagens e as desvantagens - Lusíadas. Disponível em: <https://www.lusiadas.pt/blog/prevencao-estilo-vida/saude-sexual/metodos-contracetivos-vantagens-desvantagens#:~:text=N%C3%A3o%20protege%20contra%20a%20maioria>. Acesso em: 23 out. 2022.
OLIVEIRA, Thays Cristina de; CARVALHO, Liliane Pinto; SILVA, Marysia Alves da. O enfermeiro na atenção à saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 61, p. 306-311, 2008.
QUEIROZ, Ana Beatriz Azevedo et al. Representação social das biotecnologias reprodutivas entre enfermeiros que atuam na saúde sexual e reprodutiva. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 74, 2021.
TELO, Shana Vieira; WITT, Regina Rigatto. Saúde sexual e reprodutiva: competências da equipe na Atenção Primária à Saúde. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, p. 3481-3490, 2018.

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