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Cartilha - Protocolo de Consulta de Enfermagem com enfase na saude sexual e reprodutiva (1) (1)

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Protocolo 
de Consulta 
de Enfermagem 
com ênfase na 
saúde sexual e 
reprodutiva
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Protocolo de consulta de enfermagem com ênfase na saúde sexual e 
Índices para catálogo sistemático:
1. Enfermagem : Assistência : Ciência médicas 610.73
Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129
23-173570 CDD-610.73
reprodutiva / organização
Dannyelly Dayane Alves da Silva Costa,
Eduardo Araújo Pinto, Maria Luiza Bezerra ;
coordenação Dannyelly Dayane Alves Silva Costa.
-- 1. ed. -- Brasília, AL : Ed. dos Autores, 2023.
Vários autores.
Bibliografia.
ISBN 978-65-00-81244-2
1. Enfermagem 2. Enfermagem - Cuidados
3. Reprodução humana 4. Saúde pública 5. Saúde
sexual 6. Sistema Único de Saúde (Brasil) I. Costa,
Dannyelly Dayane Alves da Silva. II. Pinto, Eduardo
Araújo. III. Bezerra, Maria Luiza. IV. Costa,
Dannyelly Dayane Alves Silva.
Edição 1ª - 2023 | 100 exemplares 
Elaboração, distribuição, informações: 
Conselho Federal de Enfermagem 
Comissão Nacional de Saúde da Mulher/Cofen
Endereço do Cofen:
Conselho Federal de Enfermagem 
SCLN QD 304, Lote 09, Bloco E, Asa Norte, Brasília – DF
CEP.: 70736-550 | Tel.: (61)3329-5800 | Fax: (61) 3329-5801
E-mail: cnsaudedamulher@cofen.gov.br | Site: www.cofen.gov.br
Coordenação Geral do Projeto:
Dannyelly Dayane Alves Silva Costa 
Organizadores:
Dannyelly Dayane Alves da Silva Costa 
Eduardo Araújo Pinto
Maria Luiza Bezerra Oliveira
Elaboração/autores
Betânia Maria Pereira dos Santos
Dannyelly Dayane Alves da Silva Costa
Eduardo Araújo Pinto
Elisanete Lourdes Carvalho
Gabrielle Almeida Rodrigues
Manoel Carlos Neri da Silva
Maria Luiza Bezerra Oliveira
Renné Cosmo da Costa
Sintia Nascimento dos Reis
Valdecy Herdy Alves
Vera Cristina Augusta Marques Bonazzi 
Colaboradores:
Antônio Marcos Freire Gomes
Betânia Maria Pereira dos Santos
Claudio Luiz da Silveira
Daniel Menezes de Souza
Dannyelly Dayane Alves da Silva Costa
Emília Maria Rodrigues Miranda Damasceno Reis
Gilney Guerra de Medeiros
Helga Regina Bresciani
Ivone Amazonas Marques Abolnik
Josias Neves Ribeiro
Leocarlos Cartaxo Moreira
Lisandra Caixeta de Aquino
Marcio Raleigue Abreu Lima Verde
Osvaldo Albuquerque Sousa Filho
Silvia Maria Neri Piedade
Tatiana Maria Melo Guimarães
Vencelau Jackson da Conceição Pantoja
Wilton José Patrício
3
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
É com grande satisfação que lançamos o 1˚ Protocolo de Consulta de 
Enfermagem com Ênfase na Saúde Sexual e Reprodutiva. Este produto 
surge como uma resposta aos avanços promovidos pelo Conselho Federal 
de Enfermagem (Cofen), em parceria com os Conselhos Regionais e 
municípios do país, para capacitar, fortalecer e apoiar enfermeiros e 
equipes de Enfermagem na garantia dos Direitos Sexuais e Reprodutivos. O 
protocolo está alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 
(ODS) da Organização Mundial da Saúde (OMS), bem como com todos 
os documentos internacionais e nacionais que implicam na garantia do 
acesso universal aos serviços de saúde sexual e reprodutiva. 
Promover uma atuação de Enfermagem segura e baseada em evidências 
científicas, utilizando práticas avançadas de cuidado com a incorporação 
de tecnologias para ampliar e qualificar o cuidado ofertado, é uma meta do 
Sistema Cofen/Corens para os mais de 2,8 milhões de trabalhadores da 
nossa categoria, responsáveis por alicerçar a Saúde do país. Neste sentido, 
este protocolo direciona esforços para amparar nossos profissionais e 
assegurar atendimento equânime e integral à população brasileira.
Betânia Maria Pereira dos Santos 
Presidenta do Conselho Federal de Enfermagem-Cofen
Fala da Presidenta
4
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Lista de Abreviaturas e Siglas
1. ABS - Atenção Básica de Saúde 
2. ACOG - Colégio Americano De Obstetrícia E Ginecologia 
3. AE - Anticoncepção De Emergência
4. AI - Anticoncepção Injetável 
5. AHOC - Anticoncepção Hormonal Oral Combinada
6. AINE - Antiinflamatório não esteroidal
7. AOC - Anticoncepção Oral Combinada 
8. APS - Atenção Primária a Saúde
9. ARV - Terapia Antirretroviral
10. CIPE - Classificação Internacional Das Práticas De Enfermagem
11. COFEN - Conselho Federal De Enfermagem
12. DIU - Dispositivo Intrauterino
13. GPA - Gestações, Partos E Abortamentos;
14. HIV - Vírus Da Imunodeficiência Humana
15. IST’s – Infecções Sexualmente Transmissíveis 
16. MS - Ministério Da Saúde 
17. ODS - Objetivos De Desenvolvimento Sustentável
18. OMS - Organização Mundial Da Saúde.
19. PNAISM - Política Nacional De Atenção Integral À Saúde Das Mulheres 
20. SAE – Sistematização Da Assistência De Enfermagem 
21. SIU - Sistema intrauterino
22. SUS - Sistema Único De Saúde
23. SOAP - Subjetivo, Objetivo, Avaliação e Plano
24. TARV - Terapia Antirretroviral
25. TCLE - Termo De Consentimento Livre E Esclarecido
26. TPM - Tensão Pré-Menstrual
5
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Sumário
Introdução .............................................................................................................................................. 7 
Consulta de Enfermagem.................................................................................................................. 12 
• Coleta de dados de Enfermagem.......................................................................................................................... 13
• Diagnósticos de Enfermagem.................................................................................................................................. 14
• Planejamento de Enfermagem................................................................................................................................ 15
• Implementação de Enfermagem............................................................................................................................ 15
• Avaliação de Enfermagem.......................................................................................................................................... 16
Planejamento Sexual e Reprodutivo ............................................................................................ 17
• Métodos Contraceptivos disponíveis no SUS ............................................................................................ 19
• Eficácia dos Métodos Anticoncepcionais........................................................................................................ 21
• Categorias da OMS para Critérios de Elegibilidade dos Métodos Contraceptivos......... 23
• Critérios de Elegibilidade da OMS para Contraceptivos por condição clínica.................... 24
• Abordagem da mulher ou do casal que planeja a gravidez – auxílio à concepção............ 27
• Escolha do método anticoncepcional................................................................................................................ 28
• Anticoncepção ORAL COMBINADA (AOC) e MINIPÍLULA ............................................................... 29
• Anticoncepção Injetável (AI) trimestral e mensal...................................................................................... 30
• Anticoncepção de Emergência (AE).................................................................................................................... 31
• Esterilização Masculina e Feminina..................................................................................................................... 32
• Preservativo Masculino e Feminino..................................................................................................................... 33
• Implante Subdérmico..................................................................................................................................................... 34
• Dispositivo intrauterino – DIUTCu-380-A...................................................................................................... 35
• Dispositivo intrauterino Hormonal ( Kyleena®; Mirena®)........................................................................ 36
• Técnica para inserção do DIU Tcu......................................................................................................................... 37
• Materiais necessários para inserção DIU de intervalo.......................................................................... 38
• Procedimentos.................................................................................................................................................................... 40
• DIU fora da posição fúndica...................................................................................................................................... 48
• Seguimento e complicação após inserção do DIU................................................................................... 49
• Fio do DIU não visualizado.......................................................................................................................................... 50
• Remoção difícil do dispositivo intrauterino.................................................................................................... 51
6
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Manejo das Intercorrências ............................................................................................................ 52
• Reação Vagal........................................................................................................................................................................ 52
• Sangramento Genital....................................................................................................................................................... 53
• Perfuração Uterina........................................................................................................................................................... 55
• Doença Inflamatória Pelvica (DIP)........................................................................................................................ 57
• DIU associado a DIP......................................................................................................................................................... 59
• Gravidez com DIU............................................................................................................................................................. 60
• Dor Pélvica............................................................................................................................................................................. 61
Conclusão ............................................................................................................................................... 63
Referências ............................................................................................................................................ 64
Apêndice I ............................................................................................................................................... 69
• Fichas de 1º consulta e retorno para planejamento sexual e reprodutivo ............................. 69
Apêndice II .............................................................................................................................................. 76
• Diagnóstico de Enfermagem / CIPE (Classificação Internacional para a 
 Prática de Enfermagem) ............................................................................................................................................ 76
Apêndice III ............................................................................................................................................ 86
• Termo de consentimento informado para inserção do dispositivo intrauterino .............. 86
Apêndice IV ............................................................................................................................................ 87
• Consentimento informado para cessão de imagem e voz ................................................................ 87
Anexo I ...................................................................................................................................................... 88
• Check List para descartar gestação................................................................................................................. 88
7
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Nas últimas décadas acompanhamos as mudanças na área da Saúde 
Sexual e da Saúde Reprodutiva, e especialmente, nos temas relacionado 
ao Planejamento Reprodutivo. Dentro dessa temática, o Conselho Federal 
de Enfermagem (COFEN), legitimando as conquistas da categoria, com a 
qualificação de enfermeiros para a realização de Consultas de enfermagem 
em Saúde Sexual e reprodutiva, bem como, o manejo clinico nos mais diversos 
métodos contraceptivos, tem ampliado o acesso aos usuários do Sistema 
Único de Saúde (SUS) e garantir resolutividade na assistência ao cuidado na 
saúde das mulheres, homens, família e coletividade.
Sabendo dos desafios para qualificar a consulta de enfermagem com ênfase 
na saúde sexual e reprodutiva, este Conselho devota por empreender esforços 
para regulamentar e fortalecer os enfermeiros na assistência de enfermagem 
sistematizada, constituindo o Grupo Técnico através da Portaria Cofen 
nº920/2021, para construção do protocolo consulta de enfermagem com 
ênfase na Saúde Sexual e Reprodutiva que vem reunindo a base legal, técnica 
e científica para o fortalecimento da prática no Sistema Único de Saúde (SUS). 
A lei n° 9.263 de 12 de janeiro de 1996 regulamenta o § 7º do art. 226 da 
Constituição Federal, que trata do Planejamento Familiar, e determina que, 
para o seu exercício, devem ser oferecidos todos os métodos e técnicas de 
concepção e contracepção cientificamente aceitas, que não coloquem em 
risco a vida e a saúde das pessoas, garantida a liberdade de opção e visando 
assegurar os direitos de homens e mulheres, adultos (as) e adolescentes, em 
relação à saúde sexual e à saúde reprodutiva. (BRASIL, 1996; BRASIL, 1988).
Desde o dia dois de março de 2023 passou a vigorar a lei 14.443 de 2022(BRASIL, 
2022), que altera a Lei do Planejamento Familiar de 1996(BRASIL, 1996), para 
determinar prazo para oferecimento de métodos e técnicas contraceptivas e 
disciplinar condições para esterilização voluntária no âmbito do planejamento 
Introdução
8
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
familiar, assim, pondo fim à obrigatoriedade de autorização do cônjuge para 
procedimentos de laqueadura e vasectomia, também reduzindo de 25 para 
21 anos a idade mínima de homens e mulheres para a esterilização voluntária 
possibilitando a realização da laqueadura já durante o parto (normal ou 
cesariana), desde que a solicitante manifeste seu interesse ao menos 60 dias 
antes, e haja condições médicas adequadas para o procedimento.
Assim, os direitos reprodutivos são vistos como Direitos Humanos já 
reconhecidos em leis nacionais e documentos internacionais, tendo-se o 
“consenso global de que as mulheres têm o direito de tomar suas próprias 
decisões sobre se, quando e com que frequência engravidar”, e que a “conquista 
de direitos e escolhas para todos dependerá de uma parceria contínua entre 
a sociedade civil, os governos, a comunidade acadêmica e as instituições 
internacionais”. Está descrito nos direitos sexuais e reprodutivos o direito ao 
acesso às informações e insumos necessários para uma decisão responsável 
sobre ter, quantos ter, ou não ter filhos, independente do desejo de formar 
família (BRASIL, 1988; ONU, 1994; ONU, 1995; BRASIL, 1996;BRASIL, 2005; 
OMS, 2007; BRASIL, 2011; BRASIL, 2013; BRASIL, 2016; OMS, 2018; FPNU, 2019; 
BRASIL, 2022).
O ato de cuidar exercido pelos trabalhadores em saúde é sempre uma ação 
que envolve valores, mitos, pré-conceitos e, muitas vezes, discriminação. 
Reconhecer essa relação nem sempre amistosa é um pressuposto importante 
para que não ocorra violação de direitos de ambas as partes. O preconceito 
dirigido contra as diversidades sexuais ainda está muito presente na área 
da saúde. Conceitos naturalizadores acerca da sexualidade permitem que 
haja uma normalização do discurso preconceituoso. A experiências de 
trabalhadores em saúde no cuidado das diversidades, ainda são permeadas 
de grande despreparo destes indivíduos em lidar com o diferente. Considera-
se que para mudar o cenário atual na saúde de discriminação e preconceito 
com a população LGBTQIAPN+ é necessária uma análise dos moldes de 
ensino e aprendizagem na universidade, estimulando o contato constante dos 
profissionais de saúde com as diversidades sexuais mostrando-se positivas e 
que geram resultados reflexivos admiráveis. (Zanardo; Andrade, 2013)
9
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
O Ministério da Saúde, em conformidade com os Objetivos de Desenvolvimento 
Sustentável (ODS), definiu um conjunto de ações para cumprimento de metas, 
com as quais visa reduzir a taxa de mortalidade materna para 70 por cada 100 
mil nascidos vivos e garantir que nenhum país tenha uma taxa de mortalidade 
materna que supere o dobro da média mundial e assegurar o acesso universal 
aos serviços de saúde sexual (BRASIL, 2018). Todos os dias, aproximadamente 
830 mulheres morrem por causas evitáveis relacionadas à gestação e ao parto 
no mundo. calcula-se que pelo menos 100 a 120 milhões de casais não usem 
nenhum método de contracepção apesar de desejarem espaçar a gravidez ou 
mesmo limitar a sua fecundidade (OMS, 2011).
A descontinuidade da atenção em saúde sexual e saúde reprodutiva ficou 
evidente durante a pandemia Covid 19 repercutindo diretamente nas ações 
de saúde neste campo. Considerando que em vários países os centros de 
atendimento ao planejamento reprodutivo fecharam refletindo diretamente no 
aumento de gravidezes indesejadas, de ISTs, abortos provocados, mortalidade 
materna, mortalidade infantil e violência doméstica (REIS, GOES, PILECCO, 
ALMEIDA, DIELE - VIEGAS, et al. 2020).
A partir do cenário epidemiológico, o Conselho Federal de Enfermagem propõe 
a elaboração do protocolo de Consulta de Enfermagem com Ênfase na Saúde 
Sexual e Reprodutiva, entendendo-a como um direito social e de saúde da 
mulher e/ou do casal e um dever do Estado. Desta forma as ações de saúde 
no contexto apresentado perpassam pela oferta de tecnologias de saúde que 
visam possibilitar às pessoas experiências prazerosas e seguras no exercício 
de sua sexualidade sem, com isso, violar seus princípios e valores de vida, 
respeitando suas crenças em saúde e enfatizando o planejamento reprodutivo.
10
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Aspectos legais, éticos e análise das inserções 
de DIU de Cobre por Profissionais
No Brasil, a prevalência estimada de uso de DIU é inferior a 4,1% , pois, existem 
barreiras e mitos que contribuem para a disponibilidade de DIUs como: falta de 
acesso; políticas governamentais; custo e burocracia envolvidos na importação 
dos produtos em algumas configurações; recursos escassos alocados para 
métodos de contracepção; questões logísticas; falta de instalações adequadas; 
barreiras impostas pela sociedade ou por profissionais de saúde; mitos como o 
DIU ser um abortivo; e poucos profissionais habilitados para inserção, revisão 
e retirada do DIU.
É notório que por muitos anos, desde o ano de 2000, nas farmácias dos mais 
diversos Estados Brasileiros, existia o insumo Dispositivo Intrauterino de Cobre 
(DIU) disponível como um método contraceptivo no Sistema Único de Saúde 
(SUS), no entanto, as pessoas que apresentavam limitações dos demais métodos 
contraceptivos e precisavam do DIU, continuavam procurando o acesso a este 
insumo nas redes privadas por falta de profissionais que garantissem acesso na 
rede SUS. Privilegiando o uso deste método apenas para uma população bem 
restrita e violando todos os direitos do SUS de universalidade, integralidade, 
acessibilidade e equidade.
É diante deste cenário que o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) no uso 
das atribuições que lhe são conferidas pela Lei no 5.905, de 12 de julho de 1973 
e pelo Regimento da Autarquia, aprovado pela Resolução Cofen no 421, de 15 de 
fevereiro de 2012, e a prerrogativa estabelecida ao Cofen no artigo 8.º, incisos 
IV, V e XIII, da Lei nº 5.905/73, de baixar provimentos e expedir instruções, para 
uniformidade de procedimento e bom funcionamento dos Conselhos Regionais 
que traz em seu arcabouço legislações que garantem a competência do 
profissional enfermeiro na Consulta de Enfermagem Ginecológica com Ênfase 
na saúde sexual e reprodutiva, garantindo autonomia para o fazer do profissional 
neste âmbito, preenchendo a lacuna da garantia do profissional capacitado 
e ofertando acessibilidade as pessoas que necessitavam e desejavam este 
método DIU pelo SUS.
11
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
A lei do exercício profissional da Enfermagem, Lei nº 7498/1986, em seu artigo 
11, inciso II, traz que o profissional enfermeiro pode prescrever medicamentos 
estabelecidos em Programas de saúde pública e protocolos Ministeriais. Sendo 
observado que no protocolo Ministerial, Protocolos da Atenção Básica: Saúde 
das Mulheres em sua página 160, traz que a inserção de DIU de Cobre pode ser 
realizada por enfermeiros e médicos capacitados. Trazendo legalidade para 
atuação do profissional Enfermeiro na Consulta de Enfermagem Ginecológica 
e inserção do DIU de Cobre TCu 380A. 
Essa competência é reconhecida pelo Conselho Federal de Enfermagem 
(COFEN), nos Pareceres 17/2010/COFEN/CTLN, 278/2017/COFEN/CTLN O 
enfermeiro está apto a realizar consulta clínica e a prescrever e inserir DIU, como 
ações intraconsulta. Além da Resolução Cofen n.º 690/2022 que normatiza 
atuação do enfermeiro no planejamento familiar e reprodutivo. Trazendo 
em seu arcabouço critérios que vêm garantir qualificação nos cursos livres 
ofertados, restringindo os processos de capacitação a acontecer em pessoas 
em serviços de saúde e padronizando um número mínimo de 20 inserções 
com sucesso para garantir que o profissional esteja em um excelente nível de 
qualificação profissional. 
Além de o Ministério da Saúde recomendar a inserção do Dispositivo 
Intrauterino (DIU) por médicos (as) e enfermeiros (as), desde que qualificados 
(as) para a inserção de métodos contraceptivos no âmbito do planejamento 
reprodutivo e familiar, e que sua inserção seja realizada após registro de 
um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Conforme Nota Técnica nº 
31/2023-COSMU/CGACI/DGCI/SAPS/MS.
Garantir a formação e educação permanente dos profissionais de saúde 
no sentido de agregar qualidade aos processos de cuidado, fomentando a 
mudança paradigmática da saúde sexual e reprodutiva, visando contribuir 
para a redução das altas taxas de morbimortalidade materno-infantil, gravidez 
na adolescência e abortamento inseguro é urgente. Ampliar acesso é garantir 
direitos, em especial a quem mais precisa. Fazendo cumprir os princípios 
fundamentais do Sistema Único de Saúde como universalidade, integralidade 
e equidade. 
12
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
A Consulta de Enfermagem é um espaço amplo de produção de cuidado integral 
à saúde das mulheres, homens e famílias. Isto implica em assumir a concepção 
de integralidade em saúde considerando as dimensões que constituem os 
seres humanos e as peculiaridades próprias decada pessoa, esforçando-se 
para promoção do cuidado holístico de forma a fortalecer os princípios e 
diretrizes do SUS.
Durante a consulta, é importante valorizar a escuta e a construção do cuidado 
de forma compartilhada com o usuário, sendo uma ferramenta para atuar 
e extrapolar os limites do modelo biologicista, focado nos diagnósticos de 
patologias e ampliando esse paradigma para considerar as necessidades reais, 
agindo com integralidade e resolutividade, atendendo as demandas do usuário, 
respeitando seu contexto de vida.
Compartilhar o cuidado na saúde sexual e reprodutiva pressupõe compreender 
que a complexidade de determinadas situações de saúde demanda intervenções 
conjuntas para alcançar soluções possíveis. Para isto, é importante dividir 
e construir junto diagnósticos e terapêuticas, incluindo equipes de saúde, o 
olhar intersetorial, do usuário e sua família, em sua comunidade (Brasil, 2009).
Tal intervenção é potencialmente importante para o manejo de condições com o 
uso da interconsulta nas equipe de saúde envolvendo a equipe multiprofissional 
na resolutividades das necessidades de cada indivíduo.
Na prática, a participação de equipes de APS, Atenção Especializada e da rede 
de educação e assistência social, na prestação de um cuidado planejado e 
negociado com o usuário é a ferramenta mais efetiva para buscar soluções para 
a saúde sexual e reprodutiva, complementando e reforçando os documentos 
habitualmente trocados entre serviços apartir dos encaminhamentos de 
referência e contra-referência (IFF/FIOCRUZ, 2020).
Consulta de 
Enfermagem
13
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
A consulta de enfermagem utiliza como ferramenta a Sistematização da 
Assistência de Enfermagem (SAE) possibilitando uma avaliação de maneira 
habilidosa e planejada, que identifique os problemas e possibilite as soluções 
(Filgueiras et al., 2019). Conforme a resolução Cofen nº 358/2009 (COFEN, 
2009) a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do 
Processo de Enfermagem deve ocorrer em ambientes públicos ou privados, em 
que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem. O processo de Enfermagem 
organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e 
recorrentes como observados a seguir. 
ETAPA 1 
Coleta de Dados de Enfermagem ou Histórico 
de Enfermagem na Consulta ginecológica
1. Queixas clínicas e/ou motivação da consulta 
2. Identificação: nome, nome social, gênero, orientação sexual, cor, idade, 
data de nascimento, Cartão do SUS/Cartão Nacional de Saúde, endereço 
e contato.
3. Socioeconomicos: escolaridade; ocupação; estado civil; renda individual 
mensal; renda familiar mensal, números de pessoas morando na mesma 
residência
4. Hábitos e comportamentos de saúde: uso de álcool, fumo e outras 
drogas de abuso (lícitas e/ou ilícitas); uso de terapias medicamentosas 
ou complementares; prática de atividade física.
5. História Patológica: Antecedentes familiares: doenças e agravos à 
saúde comuns na família – ênfase no histórico de câncer (especialmente 
mama, útero e ovário); cardiopatias; hipertensão; diabetes mellitus e 
outras. Antecedentes pessoais: malformações, comorbidades genéticas 
conhecidas; alergias e demais doenças.
14
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
6. Antecedentes ginecológicos: Menarca; coitarca; data da última 
menstruação, características do ciclo menstrual (regular ou irregular, 
fluxo normal ou intenso, duração, quantidade de absorventes diários, 
tensão pré-menstrual (TPM e dismenorreia); data da última relação 
sexual; uso de métodos contraceptivos (tipo, frequências, tempo de uso, 
intervalo entre doses, conhecimentos sobre métodos, satisfação do 
método atual); atividade sexual (libido, prazerosa, orgasmo, frequência, 
dispareunia, sangramento recente nas relações sexuais, história de 
infecções transmitidas por via sexual), colpocitologia (frequência, 
resultados, alterações, tratamentos relacionados), alteração no último 
exame de imagem ginecológico (malformações uterinas e outras 
patologias); leucorreia (cor e odor) e dor em baixo ventre.
7. Antecedentes obstétricos: Número de gestações, partos e 
abortamentos (GPA); tipo de partos; data do último parto; se a mulher 
teve alguma intercorrência em gestações anteriores
8. Exame Físico Geral e Ginecológico: Utilizando das técnicas de inspeção, 
percussão, palpação e ausculta são coletados os dados objetivos de cada 
pessoa avaliada. Também são coletadas informações dos sinais vitais 
identificando eventuais anormalidades e subsídios para diagnósticos 
e assistência de enfermagem. O exame ginecológico engloba o exame 
clínico das mamas, da genitália interna e externa, toque bimanual e exame 
especular avaliando colo uterino (tamanho, posição, forma, ectopias, 
leucorreia, dor à mobilização de colo e anexos).
ETAPA 2 
O diagnóstico de enfermagem
É um julgamento clínico sobre respostas humanas reais ou, teóricos 
apresentados pelo indivíduo/casal. Proporciona uma seleção de intervenções 
para atingir resultados pelos quais o enfermeiro é encarregado. Os diagnósticos 
de enfermagem referem-se à maneira que o cliente, a família, e a comunidade 
15
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
reagem a situações ou a determinados eventos que são fenômenos para 
o cuidado de enfermagem para a consulta ginecológica (SANTOS, DIAS, 
GONZAGA, 2017). Neste protocolo optou-se por adotar a taxonomia da 
Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem (CIPE®) (GARCIA, 
NÓBREGA, CUBAS, 2020) esta é composta por sete eixos para se estabelecer 
um Diagnóstico de Enfermagem útil, deve-se utilizar pelo menos dois de seus 
eixos - Foco e Julgamento.
ETAPA 4 
Implementação de enfermagem
Fazem parte do plano assistencial, o qual é traçado visando garantir a 
integralidade do cuidado da saúde sexual e reprodutiva, buscando alcançar a 
meta ou os resultados preestabelecidos. Estas são consideradas estratégias 
utilizadas pelos enfermeiros para promover, manter e restaurar o estado 
de saúde da pessoa, família ou coletividade humana. (Resolução Cofen 
nº 358/2009)
ETAPA 3 
Planejamento de Enfermagem
Determinação dos resultados que se esperam alcançar e das ações ou 
intervenções de enfermagem que serão realizadas, face às respostas da 
pessoa, família ou coletividade humana, em um dado momento do processo de 
saúde ou doença, identificadas na etapa de Diagnóstico de Enfermagem; após o 
agrupamento de informações relacionadas a saúde reprodutiva/ sexualidade/ 
alterações ginecológicas para que a pessoa tenha um plano de cuidado de 
acordo com suas necessidades (Resolução Cofen nº 358/2009).
16
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
ETAPA 5 
Avaliação de Enfermagem
Processo deliberado, sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas 
respostas da pessoa, família ou coletividade humana, em um dado momento 
do processo de saúde doença, para determinar se as ações ou intervenções 
de enfermagem alcançaram o resultado esperado e se há a necessidade de 
mudanças ou adaptações na saúde sexual e reprodutiva. (Resolução Cofen 
nº 358/2009).
É importante ressaltar que muito municípios dispoe hoje de prontuário 
eletrônico, utilizados na ferramenta do e-sus. Os campos de preenchimento 
podem não contemplar as 5 fases do Processo de Enfermagem, sendo 
necessário que o enfermeiro faça adequações dos registros, seguindo o 
Processo de Enfermagem e todas as suas fases.
17
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Com o intuito de ampliar e facilitar o acesso ao planejamento reprodutivo, a 
Consulta de Enfermagem pode ser ofertada nos diversos níveis de assistência 
à saúde. Este atendimento está amparado pela lei do exercício profissional 
(7.498/86). Na Atenção Primária e Especializada,a atuação dos profissionais de 
saúde, no que se refere ao planejamento reprodutivo, envolve, principalmente, 
três tipos de atividades: aconselhamento, atividades educativas, atividades 
clínicas (BRASIL, 2013).
As ações em saúde sexual requer uma abordagem positiva e respeitosa 
da sexualidade, das relações sexuais, tanto quanto a possibilidade de ter 
experiências prazerosas e sexo seguro, livre de coerção, discriminação e 
violência, independente de gênero, raça e etnia. O profissional de saúde deve 
estimular a prática de um sexo saudável e seguro possibilitando respostas para 
questões relacionadas aos estímulos sexuais e suas etapas (desejo, excitação, 
orgasmo e resolução), bem como acerca das disfunções sexuais para que o 
cuidado em saúde sexual seja elaborado conforme as especificidades de cada 
indivíduo (BRASIL, 2013).
Faz-se necessário uma consulta de enfermagem voltada para a pessoa que 
está sendo atendida com foco na sexualidade plena, compreendendo que 
trabalhar a sexualidade é cuidar da saúde, escutando-a, observando as lacunas 
e tentando orientar, utilizando-se de ferramentas de diálogo que amplie o olhar, 
promova empatia e ajude pessoas a viverem sua sexualidade de forma plena, 
satisfatória e segura.
Dentre as competências, na consulta de enfermagem com ênfase na saúde 
sexual e reprodutiva, o profissional deve demonstrar conhecimento da anatomia 
e fisiologia feminina e masculina relacionadas à reprodução e desenvolvimento 
sexual, incluindo as mudanças ocorridas na adolescência, conhecer os métodos 
de planejamento reprodutivo, incluindo método natural, de barreira, hormonal, 
Planejamento Sexual 
e Reprodutivo
18
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
implantável; contracepção de emergência, esterilização e seus possíveis efeitos 
colaterais, risco de gravidez e contra indicações e assim fornecer métodos 
conforme o escopo da prática e protocolos do serviço em que está inserido 
(MACHADO, 2021).
Além disso, o enfermeiro também é considerado profissional habilitado para a 
inserção do DIU desde que capacitado seguindo as normatizações da Resolução 
Cofen nº 690/2022. Sendo observado que nos Protocolos da Atenção Básica: 
Saúde das Mulheres (BRASIL, 2016), afirma que a inserção de DIU pode ser 
realizada por enfermeiros e médicos capacitados, conferindo respaldo técnico 
e legal para atuação do profissional Enfermeiro na Consulta de Enfermagem 
para oferta, prescrição e administração dos métodos contraceptivos, incluindo 
a inserção do DIU.
Atualmente, o Ministério da Saúde (MS) oferece métodos contraceptivos 
reversíveis na rede de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), 
descrito no Quadro 1: pílula combinada de baixa dosagem (etinilestradiol 
0,03 mg + levonorgestrel 0,15 mg); minipílula (noretisterona 0,35 mg); 
pílula anticoncepcional de emergência (levonorgestrel 0,75 mg); injetável 
mensal (enantato de norestisterona 50 mg + valerato de estradiol 5 mg); 
injetável trimestral (acetato de medroxiprogesterona 150 mg); preservativo 
vaginal e peniano; diafragma e o dispositivo intrauterino (DIU) Tcu-380 A 
(BRASIL, 2013).
19
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Quadro 1. Métodos contraceptivos disponíveis no SUS
Fonte: RENAME, 2022. Brasil, 2021; Brasil, 2022.
CONTRACEPTIVOS CONCENTRAÇÃO
FORMA 
FARMACÊUTICA/
DESCRIÇÃO
Acetato de 
medroxiprogesterona 
(MDPA)
 150 mg/mL Suspensão injetável
10 mg Comprimido
Enantato de noretisterona 
+ valerato de estradiol
50 mg/mL + 5 mg/mL Solução injetável
Etinilestradiol + 
levonorgestrel
0,03 mg + 0,15 mg
Comprimido
Levonorgestrel 0,75 mg e 1,5 mg
Noretisterona 0,35 mg
Dispositivo intrauterino 
plástico com cobre (DIU 
de cobre)
Modelo T 380 mm2
Diafragma
60; 65; 70; 75; 80 e 
85 mm de diâmetro
Preservativo Vaginal Até 20 cm
Dispositivo Intrauterino 
hormonal
Levonorgestrel 19,5 mg 
(Kyleena®)
Levonorgestrel 52mg 
(Mirena®)
Kyleena
Mirena
Preservativo Peniano
160 mm X 49 mm e 
160 mm X 52 mm
Esterilização feminina - 
laqueadura
Procedimento cirúrgico
Esterilização masculina - 
vasectomia
Procedimento cirúrgico
Implante liberador de 
etonogestrel
68 mg Implante CT BL X 1 APLIC
20
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Dentre os métodos contraceptivos, o Ministério da Saúde em 2021, incorporou 
ao Sistema Único de Saúde (SUS) o implante subdérmico de etonogestrel para 
a prevenção da gravidez não planejada por mulheres entre 18 e 49 anos, apenas 
para mulheres vulneráveis, vivendo com HIV/AIDS em uso de dolutegravir; em 
uso de talidomida; privadas de liberdade; trabalhadoras do sexo; e em tratamento 
de tuberculose em uso de aminoglicosídeos, no âmbito do SUS. Trata-se de um 
método contraceptivo de longa duração e que pode permanecer no corpo da 
mulher por um período de até três anos. (BRASIL, 2021). Ressalta-se que o 
enfermeiro possui competências técnicas, e poderá adquirir habilidades, se 
for capacitado, para a inserção e remoção de implantes subdérmico, dentre 
eles o Implanon® conforme Parecer 277/2017/COFEN/CTLN (COFEN, 2017a).
Como métodos contraceptivos definitivos, há a oferta da esterilização por 
meio da laqueadura e da vasectomia que segue as orientações e critérios 
definidos conforme a alteração da Lei do Planejamento Familiar pela Lei 
nº 14.443 de 2022 (BRASIL, 2022), que modifica as exigências para a realização 
de laqueaduras e vasectomias no âmbito do planejamento familiar. Uma das 
principais alterações é que não será mais necessário a autorização do cônjuge 
para a realização dos procedimentos. Além disso, a idade mínima para a 
realização foi reduzida de 25 para 21 anos. Também garante que independente 
da idade, o procedimento poderá ser realizado caso o homem ou a mulher 
possua, no mínimo, dois filhos vivos. A disponibilização de qualquer método e 
técnica de contracepção deve ocorrer no prazo máximo de 30 (trinta) dias 
da sua procura, sendo preferencialmente orientada, ofertada e garantida 
na primeira consulta com profissional de saúde, a depender dos critérios de 
elegibilidade da pessoa.
21
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Taxas de Gravidez no Primeiro 
Ano (Trussella)
Taxas de Gravi- dez de 12 
meses (Cleland & Alib)
Método de planejamento 
familiar
Uso consistente e 
correto
Tal como usado 
comumente
Tal como usado 
comumente 
Implantes 0.1 0.1 0.6
Vasectomia 0.1 0.15
DIU de Levonorgestrel 0.5 0.5
Laqueadura Tubária 0.5 0.7
DIU com Cobre 0.6 0.8 1.4
LAM (por 6 meses) 0.9e 2e
Injetáveis mensais 0.05e 3e
Injetáveis só de 
progestógeno
0.2 4 1.7
Anticoncepcionais orais 
combinados
0.3 7 5.5
Pílulas orais só de 
progestógeno 
0.3 7
Adesivo combinado 0.3 7
Anel vaginal combinado 0.3 7
Preservativo Peniano 2 13 5.4
Método de Dias Padrão 5 12
Método dos Dois Dias 4 14
Método de ovulação 3 23
Outros métodos baseados 
na percepção da fertilidade
15
Diafragmas com 
espermicida
16 17
Coito interrompido 4 20 13.4
Preservativo Vaginal 5 21
Espermicidas 16 21
Capuz cervical 26g, 9h 32g, 16h
Nenhum método 85 85
0-09 1-9 10-19 20+
Muito Eficaz Eficaz
Moderadamente 
Eficaz
Menos Eficaz
Quadro 2. Eficácia dos Métodos Anticoncepcionais
Taxas de Gravidez Não Desejada por 100 Mulheres, ressaltando que todo método 
contraceptivo tem taxa de falha.
22
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
A Taxas em grande parte dos Estados Unidos. Dados da melhor fonte disponível conforme deter-
minado pelos autores.
B Trussell J and Aiken ARA, Contraceptive efficacy. In: Hatcher RA et al. Contraceptive Technology, 
21st revised edition. New York, Ardent Media, 2018.
C Taxas de países em desenvolvimento. Dados de autorrelatos em pesquisas de base populacional.
D Polis CB et al. Contraceptive failure rates in the developing world: an analysis of Demographicand Health Survey data in 43 countries. New York: Guttmacher Institute, 2016. 
E Fonte: Hatcher R et al. Contraceptive technology. 20th ed. New York, Ardent Media, 2011. 
F Fonte:Trussell J. Contraceptive failure in the United States. Contraception. 2004:70(2): 89–96. 
G Taxa de gravidez para mulheres que deram à luz
H Taxa de gravidez para mulheres que nunca tiveram filhos
Para garantir os direitos reprodutivos da população, é essencial que os 
profissionais de saúde ofereçam orientação sobre os métodos contraceptivos 
disponíveis, considerando diversos aspectos, como a preferência da mulher, 
do homem ou do casal; as características de cada método; a eficácia – sendo 
essencial salientar que nenhum método é 100% eficaz; os efeitos secundários 
– todos os métodos disponíveis podem apresentar efeitos esperados com sua 
utilização e é direito dos usuários serem corretamente orientados sobre as 
diferenças entre eles; a aceitabilidade da usuária ao método e a confiança 
em que nele se tem; a disponibilidade – o acesso gratuito aos métodos 
anticoncepcionais é condição fundamental para que a escolha se realize 
livremente, sem restrições; a facilidade de uso; a reversibilidade do método e 
a proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e infecção pelo 
HIV – é fundamental estimular a prática da dupla proteção, ou seja, a prevenção 
simultânea das IST/HIV e da gravidez indesejada (BRASIL, 2013).
 Para auxiliar no processo de escolha do melhor método contraceptivo durante 
a consulta de enfermagem, deve-se considerar os Critérios de Elegibilidade 
para Uso dos Métodos Anticoncepcionais definidos pela Organização Mundial 
da Saúde (BRASIL, 2015), conforme Quadro 2 e 3. Para facilitar o manejo 
na consulta de enfermagem sugerimos a utilização da roda dos critérios de 
elegibilidade e o uso do aplicativo WHO Contraception tool (WHO, 2018) entre 
outros baseados em evidências científicas. As ferramentas possibilitam aos 
profissionais identificar segurança e eficácia para o início, manutenção ou 
mudança do uso dos métodos contraceptivos. (BRASIL, 2015). 
23
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Quadro 3. Categorias da OMS para os critérios de elegibilidade 
 dos métodos contraceptivos
Fonte: (OMS, 2009, BRASIL, 2016).
CATEGORIA
AVALIAÇÃO 
CLÍNICA
PODE SER 
USADO?
 Categoria 1
Pode ser usado em qualquer 
circunstâncias
Sim
 Categoria 2 Uso permitido, em geral
 Categoria 3
O uso geralmente não é recomendado. 
Exceção feita para quando outros 
métodos indicados não estejam 
disponíveis ou não sejam aceitáveis Não
 Categoria 4 Não deve ser usado (risco inaceitável)
24
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Quadro 4. Critérios de Elegibilidade da OMS para contraceptivos 
 por condição clínica
CONDIÇÃO 
ATUAL
ANTICONCEPCIONAL 
ORAL*
ANTICONCEPCIONAL 
INJETÁVEL
MINIPÍLULA
DIU DE 
COBRE
MÉTODOS DE 
BARREIRA**Combinado
(mensal)
Progestágeno
(trimestral)
Idade < 40 anos 1 1 1 1
1
A: 2
1
Idade > = 40 anos 2 2 2 1 1 1
Gravidez B B C C 4
Não aplicável 
(preservativo deve ser 
utilizado pela dupla 
proteção)
Amamentação: 
menos de 6 sem 
do parto
4 4 3 3
D: 1 
E: 3
1
(diafragma não 
aplicável se <= 6 
semanas pós-parto)
Amamentação: 6 
sem a 6 meses do 
parto
3 3 1 1 1 1
Amamentação: 
mais de 6 meses 
do parto
2 2 1 1 1 1
Obesidade 2 2 1 1 1 1
IST (exceto HIV e 
hepatite)
1 1 1 1
F: 4
G: 2
1
Fumo: <35 anos 2 2 1 1 1 1
Fumo: >= 35 anos; 
<=15 cigarros/dia.
3 3 1 1 1 1
Fumo: >= 35 anos; 
>15 cigarros/dia.
4 4 1 1 1 1
HAS sem 
acompanhamento
3 3 2 2 1
Não aplicável (não 
é necessário para a 
segurança do método 
o acompanhamento da 
HAS)
HAS 
controlada em 
acompanhamento
3 3 2 1 1 1
HAS: PAS 140-
159 e PAD 90-99 
mmHg
3 3 2 1 1 1
25
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
CONDIÇÃO 
ATUAL
ANTICONCEPCIO-
NAL ORAL*
ANTICONCEPCIONAL 
INJETÁVEL
MINIPÍLULA
DIU DE 
COBRE
MÉTODOS DE 
BARREIRA**Combinado
(mensal)
Progestágeno
(trimestral)
HAS com PAS>160 e 
PAD>=100 mmHg
4 4 3 2 1 1
HAS + portadora de 
doença vascular
4 4 3 2 1 1
História atual de 
TEP/ TVP
4 4 3 3 1 1
Histórico TEP/
TVP + uso atual de 
anticoagulante oral
4 4 2 2 1 1
História prévia de 
TEP/TVP
4 4 2 2 1 1
Isquemia cardíaca 
(prévia ou atual)
4 4 3
2 (introdução do 
método)
3 (manutenção do 
método)
1 1
AVC (prévio ou atual) 4 4 3
2 (introdução do 
método)
3 (manutenção do 
método)
1 1
Dislipidemias 2/3 2/3 2 2 1
Diabetes há mais 
de 20 anos OU com 
doença vascular 
(nefro, retino ou 
neuropatias)
3/4 3/4 3 2 1 1
Enxaqueca sem aura 
(<35 anos)
2 (introdução do 
método)
3 (manutenção do 
método)
2 (introdução do 
método)
3 (manutenção do 
método)
2
1 (introdução do 
método)
2 (manutenção do 
método)
1 1
Enxaqueca sem aura 
(>= 35 anos)
3 (introdução do 
método)
4 (manutenção do 
método)
3 (introdução do 
método)
4 (manutenção do 
método)
2 (introdução do 
método)
3 (manutenção do 
método)
2 (introdução do 
método)
3 (manutenção do 
método)
1 1
Enxaqueca com aura
4 (introdução do 
método)
4 (introdução do 
método)
2 (introdução do 
método)
3 (manutenção do 
método)
2 (introdução do 
método)
3 (manutenção do 
método)
1 1
Câncer (CA) de 
mama atual
4 4 4 4 1
Histórico de CA de 
mama – ausência de 
evidência por 5 anos
3 3 3 3 1
Uso atual de 
anticonvulsivantes**
3 2 1 3 1
Continuação do Quadro 3 - Critérios de Elegibilidade da OMS para contraceptivos por condição clínica
Fonte: WHO, 2015; BRASIL 2016.
26
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Legenda: 
A – O DIU de cobre é categoria 2 para mulheres com idade menor ou igual a 20 anos pelo maior 
risco de expulsão (maior índice de nuliparidade) e por ser faixa etária considerada de maior risco 
para contrair IST.
B – Ainda não há riscos demonstrados para o feto, para a mulher ou para a evolução da gestação 
nesses casos quando usados acidentalmente durante a gravidez.
C – Ainda não há riscos demonstrados para o feto, para a mulher ou para a evolução da gestação 
nesses casos quando usados acidentalmente durante a gravidez, MAS ainda não está definida a 
relação entre o uso do acetato de medroxiprogesterona na gravidez e os efeitos sobre o feto.
D – O DIU de cobre é categoria 1 se: a) For introduzido em menos de 48 horas do parto, com ou 
sem aleitamento, desde que não haja infecção puerperal (cat. 4); b) For introduzido após quatro 
semanas do parto.
E – O DIU de cobre é categoria 3 se introduzido entre 48 horas e quatro semanas após o parto.
F – Categoria 4 para colocação de DIU de cobre em casos de DIP atual, cervicite purulenta, clamí-
dia ou gonorreia.
G – Em quaisquer casos, inclusive DIP atual, o DIU de cobre é categoria 2, se o caso for continua-
ção do método (usuária desenvolveu a condição durante sua utilização), ou se forem outras IST que 
não as listadas na letra.
Notas:
* Anticoncepcionais com dose menor ou igual a 35 mcg de etinilestradiol.
** Diafragma, preservativo vaginal, peniano e espermicida.
*** anticonvulsivantes: fenitoína, carbamazepina, topiramato, oxcarbazepina, barbitúricos, 
primidona. Não entra nessa lista o ácido valproico.
27
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Planejamento Sexual e Reprodutivo
Fluxograma 1: Abordagem da mulher ou do casal que planeja 
a gravidez – auxílio à concepção
Acolhimento com escuta 
qualificada, observando 
interesse em preconcepção.
Encaminhar ao serviço 
especializado para 
Reprodução Assistida
Enfermeiro (a)/Medico(a)
Se houver dificuldade 
para acesso ao serviço de 
referência, encaminhar 
usuários para consulta 
médica, para iniciar a 
abordagem do casal 
infértil
Se quiserem orientações 
sobre adoção: 
Informar que qualquer 
pessoa com mais de 
18 anos pode adotar, 
independentemente do 
estado civil. Para quem 
optar pela adoção, orientar 
sobreo Cadastro Nacional 
de adoção a ser feito em 
qualquer Vara da Infância 
e Juventude ou no fórum 
mais próximo.
Consulta de enfermagem 
com orientação e avaliação 
para a preconcepção, 
observando a presença das 
seguintes situações:
Quando não apresentar 
as situações: 
O Enfermeiro deverá:
Suspender quaisquer 
métodos anticoncepcionais 
em uso e avaliar a prática 
sexual do casal (frequência 
das relações sexuais, 
prática de sexo vaginal com 
ejaculação na vagina, uso 
de lubrificantes e de duchas 
após a relação sexual)
Mulher com menos de 30 
anos, mais de dois anos 
de vida sexual ativa, sem 
anticoncepção;
Mulher com 30 a 39 
anos e mais de um ano 
de vida sexual ativa, sem 
anticoncepção
Mulher com 40 a 49 
anos, mais de seis meses 
de vida sexual ativa, sem 
anticoncepção;
Cônjuges em vida 
sexual ativa, sem uso 
de anticonceptivos, 
e que possuem fator 
impeditivo de concepção 
(obstrução tubária 
bilateral, amenorreia 
prolongada, azoospermia 
etc.) independentemente 
do tempo de união;
Ocorrência de duas ou 
mais interrupções
28
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Durante a consulta de enfermagem:
• Anamnese (Histórico de enfermagem e exame físico);
• Diagnóstico de enfermagem; Plano de cuidados; resultados de Enfermagem; Avaliação;
• Orientação nutricional para diminuição do índice de massa corporal para mulheres com sobrepeso e 
obesidade e estímulo a hábitos saudáveis;
• Orientação quanto ao uso de medicamentos que possam ser teratogênicos;
• Avaliação das condições de trabalho, visando os riscos nos casos de exposição a tóxicos ambientais;
• Ensinar a calcular o período ovulatório do ciclo e registro sistemático das menstruações;
• Estimular para que o intervalo entre as gestações seja de no mínimo de dois anos;
• Administração preventiva de ácido fólico (400ug ou 0,4 mg, VO/dia, pelo menos 30 dias antes da concepção); 
Mulheres com história de distúrbio de tubo neural devem usar dose diária de 4mg, iniciadas pelo menos 30 
dias antes da concepção;
• Oferecer a realização do teste anti-HIV para o casal. Para outras IST, ofertar tratamento sindrômico;
• Investigação para toxoplasmose, HIV, sífilis e rubéola, hepatite B e hepatite C (prover a imunização prévia à 
gestação);
• Realização de colpocitologia oncótica, de acordo com o protocolo vigente;
• Bom controle das condições clínicas preexistentes, como o diabetes, hipertensão arterial, epilepsia e HIV/aids 
(acompanhamento para prevenção de transmissão vertical);
• Em pessoas vivendo com HIV esteja recomenda-se que estejam em uso de TARV com boa adesão e apresente 
Carga Viral-HIV indetectável por no mínimo seis meses para, então, indicar relação sexual sem preservativo 
masculino ou feminino como primeira opção para concepção. (encaminhá-las para serviços especializados de 
referência).
Fluxograma 2: Escolha do método anticoncepcional
ACOLHIMENTO COM ESCUTA 
QUALIFICADA 
Situação 2 
A mulher, o homem 
ou o casal manifesta o 
desejo de interromper 
uso da anticoncepção
Orientações e abordagem 
durante a consulta de 
enfermagem construindo 
vínculo para reavaliação do uso 
do método escolhido. “Volte 
quando quiser.” Encoraje a 
mulher, o homem ou o casal que 
se sinta à vontade para retornar 
quando quiser – por exemplo, 
caso tenha problemas, dúvidas 
ou queira usar outro método; 
caso ela tenha alguma alteração 
na saúde; ou se a mulher achar 
que pode estar grávida; 
Explicar que o uso métodos 
contraceptivos não protegem 
contra IST/HIV/AIDS abordando 
a necessidade da proteção 
pelos preservativos;
Situação 3 
A mulher, o homem 
ou o casal manifesta 
o não desejo ou a não 
demanda em iniciar 
uso de anticoncepção.
Abordagem sobre direitos 
sexuais e reprodutivos
Importante: 
Priorizar a decisão da mulher 
de iniciar ou não o uso do 
método anticoncepcional 
(não apenas no início da vida 
sexual). 
Considerar que, muitas 
vezes, a escolha do método 
por parte da mulher, 
homem ou casal é resultado 
dos processos sociais e 
históricos permeados 
de sensações, emoções, 
recordações e fantasias 
vividas por eles.
Situação 1 
A mulher, o homem 
ou o casal manifesta 
o desejo de iniciar uso 
de anticoncepção
Avaliação clínica pelo 
Enfermeiro(a)
Escolha da mulher, do 
homem ou casal do 
método contraceptivo;
Uso dos critérios 
de elegibilidade dos 
métodos contraceptivos;
Oferta do Método 
Contraceptivo
29
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Fluxograma 3: Anticoncepção ORAL COMBINADA (AOC) e MINIPÍLULA
Acolhimento com escuta qualificada, 
observando interesse em 
anticoncepção
Quando Indicar?
Para toda e qualquer mulher, independentemente se 
adolescente, adulta ou no climatério, que preencha os critérios 
de elegibilidade para anticoncepção com AOC ou minipílula;
A anticoncepção oral pode ser fornecida à mulher em qualquer 
momento.
Não necessita realizar colpocitologia, exame de mamas ou 
pélvico para iniciar o uso;
Aquelas vivendo com o HIV/aids ou estejam em terapia 
antirretroviral (ARV) podem utilizar os AOC com segurança. 
Incentive-as a também utilizarem preservativos (dupla proteção).
Quando Começar?
Se está mudando de método não hormonal: a qualquer 
momento do mês.
Se em uso do DIU: iniciar imediatamente após retirada. Utilizar 
método de apoio por sete dias;
Mudança de método hormonal: imediatamente. Se estiver 
mudando de injetáveis, poderá iniciar quando a injeção de 
repetição já tiver sido dada;
Ausência de menstruação (não relacionada ao parto): se não 
grávida, a qualquer momento. Uso de método de apoio por sete 
dias;
Após uso de ACE (anticoncepção de emergência): tomar ou 
reiniciar uso no dia em que parar de tomar a ACE. Uso de método 
de apoio por 7 dias.
Se após gestação: Amamentando de forma exclusiva ou 
não, com mais de seis semanas do parto: iniciar a minipílula 
a qualquer momento se há certeza razoável de que não está 
grávida. Método de apoio por sete dias. Recomenda-se que os 
AOCs não sejam usados em mulheres nos primeiros seis meses 
do pós-parto que estejam amamentando, avaliar critérios de 
elegibilidade em cada pessoa.
Após aborto (espontâneo ou não): imediatamente. Se iniciar nos 
sete dias depois de aborto, não necessita de método de apoio. 
Se mais que sete dias, iniciar desde que haja certeza razoável de 
que a mulher não está grávida;
Não amamentando: 1) para início de AOC: pode iniciar o uso de 
AOC em qualquer momento após o 21º dia do pós-parto, desde 
que com certeza razoável de que não está grávida; 2) Para início 
de minipílula: se menos de quatro semanas do parto, começar 
a qualquer momento (sem necessidade de método de apoio) 
– não é um método muito eficaz para mulheres que não estão 
amamentando
Como Utilizar?
AOC: iniciar preferencialmente entre o 1º e o 5º dia do ciclo 
menstrual. Manter o intervalo de sete dias entre as cartelas, no 
caso do AOC monofásico.
Minipílula: ingerir 1 comprimido ao dia, sempre no mesmo 
horário, sem intervalo entre as cartelas.
Quais os efeitos colaterais/adversos mais comuns?
Alterações da menstruação, náuseas ou tonturas, 
alterações do peso (AOC), alterações de humor ou no 
desejo sexual, acne (AOC), cefaleia comum (AOC), 
enxaqueca, sensibilidade dos seios, dor aguda na parte 
inferior do abdômen (minipílula) etc.
Consulta de enfermagem com 
orientação e avaliação para uso de 
AOC e minipílula de acordo com os 
critérios de Elegibilidade
O que orientar?
A eficácia do método depende da 
usuária;
Não protege contra Infecções 
sexualmente transmissíveis (IST);
AOC: tomar uma dose diariamente, se 
possível sempre no mesmo horário. 
Iniciar nova cartela no dia certo. Iniciar 
o AOC no meio do ciclo menstrual não 
é contraindicado, mas pode provocar 
alterações menstruais naquele ciclo;
Minipílula: tomar uma dose 
diariamente, sempre no mesmo 
horário, sem interrupções. É um 
método com boa eficácia se associado 
à amamentação.
O que fazer nos casos de esquecer de 
tomar o AOC?
Tomar umapílula assim que se notar o 
esquecimento dela.
Esqueceu uma, ou duas pílulas, ou 
atrasou o início da nova cartela em 
um ou dois dias? Tomar uma pílula de 
imediato e tomar a pílula seguinte no 
horário regular. Nesses casos, o risco 
de gravidez é muito baixo.
Esqueceu de tomar três ou mais 
pílulas? Tomar uma pílula de imediato 
e utilizar outro método contraceptivo 
de apoio por sete dias. Caso a usuária 
tenha feito sexo nos últimos cinco 
dias, avaliar necessidade de uso do 
anticoncepcional de emergência. Se 
o esquecimento tiver ocorrido na 3ª 
semana da cartela, iniciar nova cartela 
após sete dias.
Vômitos ou diarreia? Se vomitar nas 
primeiras duas horas após tomar o 
AOC, pode tomar outra pílula assim 
que possível. Continuar tomando as 
pílulas normalmente.
30
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Como descartar razoavelmente a possibilidade de uma gravidez?
1 – História clínica com uso da ferramenta Check list para descartar gestação (ANEXO 1)
2 – Exame físico com sinais de probabilidade de gravidez (sinal de Goodell, Hegar, Jacquemier ou Chadwick, 
Kluge, entre outros);
3 – Teste de gravidez
Os critérios acima não conseguem descartar totalmente uma gestação, por isso pode ser necessária a 
associação a depender do julgamento clínico profissional.
Fluxograma 4: Anticoncepção Injetável (AI) trimestral e mensal
Acolhimento com escuta 
qualificada, observando 
interesse em anticoncepção
Quando Indicar?
Para toda e qualquer mulher, independentemente se adolescente ou 
adulta, que preencha os critérios de elegibilidade para anticoncepção 
com o AI de escolha. Não necessita realizar colpocitologia, exame de 
mamas ou pélvico para iniciar o uso. Aquelas que vivem com HIV/aids 
ou estejam em terapia antirretroviral (ARV) podem utilizar os AIs com 
segurança. Incentive-as a utilizarem preservativos juntamente com os 
injetáveis.
Quais os efeitos colaterais/adversos mais comuns?
Alterações da menstruação, alterações do peso (AI mensal), 
alterações de humor ou no desejo sexual (AI trimestral), cefaleia 
comum, enxaqueca, sensibilidade dos seios (AI mensal) etc
Se após gestação:
Amamentando de forma exclusiva para AI trimestral: se não houve 
retorno da menstruação, iniciar a qualquer momento se há certeza 
razoável de que não está grávida. Método de apoio por 7 dias.
Amamentando de forma exclusiva para AI mensal: atrase a primeira 
injeção até completar seis semanas depois do parto ou quando o leite 
não for mais o alimento principal do bebê – o que ocorrer primeiro.
Após aborto (espontâneo ou não): imediatamente. Se mais que sete 
dias, iniciar desde que haja certeza razoável de que não está grávida 
(método de apoio por sete dias)
Continua
Consulta de enfermagem com 
orientação e avaliação para 
uso de AI
No caso do AI trimestral: 
independentemente do atraso, ela deve 
retornar para a próxima injeção. Se o 
atraso foi maior do que duas semanas, ela 
deve abster-se de fazer sexo ou utilizar 
método de apoio até que receba uma 
injeção. Poderá tomar pílulas de AHE se o 
atraso foi maior do que duas semanas e ela 
tenha feito sexo desprotegido nos últimos 
cinco dias. Se o atraso for de mais de 
duas semanas, poderá receber a injeção 
seguinte se: houver certeza que não está 
grávida; ou se ela estiver em amamentação 
de forma exclusiva ou quase e deu à luz 
há menos de seis meses. Ela precisará 
de método de apoio nos primeiros sete 
dias após a injeção. Se a usuária estiver 
mais que duas semanas atrasada e não 
atender aos critérios citados, medidas 
adicionais (como o teste rápido para 
gravidez) poderão ser tomadas para que 
se tenha certeza razoável de que ela não 
está grávida.
No caso do AI mensal: se houver menos 
de sete dias em atraso, realizar a próxima 
aplicação sem necessidade de testes, 
avaliação ou método de apoio. Se atrasar 
mais de sete dias, poderá receber a 
injeção seguinte se: houver certeza que 
não está grávida. Ela precisará de método 
de apoio nos primeiros sete dias após a 
injeção. Se a usuária estiver mais que 
sete dias atrasada e não atender aos 
critérios acima, medidas adicionais (como 
o teste rápido para gravidez) poderão 
ser tomadas para que se tenha certeza 
razoável de que ela não está grávida.
O que orientar?
Para maior eficácia, é importante aplicar no intervalo correto.
No caso do AI trimestral, o retorno à fertilidade é gradual, mas pode 
apresentar alguma demora.
Não protege contra infecções
Quando começar?
A qualquer momento, se houver certeza razoável de que não 
está grávida.
Utilizar método de apoio por sete dias
Como utilizar?
Se trimestral, a cada três meses. Se mensal, a cada quatro semanas 
(30 dias);
O AI trimestral pode ser adiantado ou atrasado em até duas 
semanas; o AI mensal pode ser adiantado ou atrasado em até 7 dias.
31
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Se após gestação:
Não amamentando: 1) para AI trimestral, se menos de quatro semanas, iniciar a qualquer momento (sem necessidade de 
método de apoio); 2) para AI mensal, se menos de quatro semanas do parto, iniciar a qualquer momento a partir do 21º dia do 
parto; 3) para ambos AI, se mais que quatro semanas do parto, iniciar a qualquer momento desde que com certeza razoável de 
que não está grávida. Se a menstruação tiver retornado, começar tal como mulheres que apresentam ciclos menstruais
Como descartar razoavelmente a possibilidade de uma gravidez?
1 – História clínica com uso da ferramenta Check list para descartar gestação (ANEXO 1)
2 – Exame físico com sinais de probabilidade de gravidez (sinal de Goodell, Hegar, Jacquemier ou Chadwick, 
Kluge, entre outros);
3 – Teste de gravidez
Os critérios acima não conseguem descartar totalmente uma gestação, por isso pode ser necessária a 
associação a depender do julgamento clínico profissional.
Fluxograma 5: Anticoncepção de Emergência (AE)
Acolhimento com escuta 
qualificada, observando 
interesse em anticoncepção
Consulta de enfermagem com 
orientação e avaliação para uso 
de AE
O método, também conhecido por “pílula do 
dia seguinte”, ou ainda como “anticoncepção 
pós-coital”, utiliza compostos hormonais 
concentrados e atua por curto período de 
tempo nos dias seguintes da relação sexual. 
Atentar a situações oportunas para uso 
de contracepção de emergência (relação 
desprotegida nos últimos cinco dias e 
ocorrência de violência sexual).
A AE não deve ser usada de forma planejada, 
previamente programada, ou substituir 
método anticonceptivo como rotina.
Não existe qualquer sustentação científica 
para afirmar ou fazer suspeitar que a AE 
seja método que resulte em aborto, nem 
mesmo em percentual pequeno de casos. As 
pesquisas asseguram que os mecanismos de 
ação da AE evitam ou retardam a ovulação, 
ou impedem a migração sustentada dos 
espermatozoides. Não há encontro entre os 
gametas masculino e feminino. Assim sendo, 
não ocorre a fecundação.
AE não oferece qualquer proteção contra as 
Infecções sexualmente transmissíveis (IST) ou 
contra o vírus da imunodeficiência humana 
(HIV).
O Dispositivo Intrauterino segundo a 
Organização Mundial da Saúde (OMS) 
e o Colégio Americano de Obstetrícia e 
Ginecologia (ACOG), pode ser usado como 
método contraceptivo de emergência que 
pode fornecer às mulheres uma maneira 
não arriscada de prevenir uma gravidez não 
planejada até 120 horas (5 dias) da relação 
sexual.
Quando Indicar?
são reservadas para situações especiais e excepcionais. O objetivo da 
AE é prevenir a gravidez inoportuna ou indesejada após relação sexual 
sem uso de método anticonceptivo, por razão de violência sexual, 
falha conhecida ou presumida do método em uso de rotina, ou uso 
inadequado do anticonceptivo. Entre as falhas dos anticonceptivos, 
podem-se citar rompimento do preservativo, algo relativamente 
comum, ou deslocamento do diafragma, esquecimento prolongado do 
anticonceptivo oral, atraso na data do injetável mensal, cálculo incorreto 
do período fértil,erro no período de abstinência e se DIU fora do lugar 
são algumas circunstâncias que levam ao uso inadequado do método e 
expõem ao risco de gravidez
Como Utilizar? 
Há duas formas atuais aceitáveis de oferecer a AE. O primeiro é o Método 
de Yuzpe; consiste na administração de pílulas anticoncepcionais 
combinadas, compostas de um estrogênio e um progestágeno sintéticos, 
administradas até cinco dias após a relação sexual desprotegida. A 
associação mais estudada, recomendada pela Organização Mundial da 
Saúde, é a que contém etinilestradiol e levonorgestrel. Para finalidade 
de AE, é necessária a dose total de 0,2mg de etinilestradiol e 1mg de 
levonorgestrel, divididas em duas doses iguais, com intervalo de 12 horas. 
Existem no mercado, AHOC com 0,05mg de etinilestradiol e 0,25mg de 
levonorgestrel por comprimido. Nesse caso, utilizam-se 2 comprimidos 
a cada 12 horas. Nas apresentações comerciais de AHOC com 0,03mg 
de etinilestradiol e 0,15mg de levonorgestrel por comprimido, devem 
ser administrados 4 comprimidos a cada 12 horas. A segunda forma de 
realizar a AE é com o uso exclusivo de progestágeno, o levonorgestrel, 
na dose total de 1,5mg. Nas apresentações comerciais com 0,75mg de 
levonorgestrel por comprimido, a AE pode ser feita com a administração 
de 1 comprimido de 0,75mg a cada 12 horas ou, preferentemente, com 
2 comprimidos de 0,75mg juntos, em dose única. Algumas preparações 
comerciais disponibilizam o levonorgestrel na dose de 1,5mg por 
comprimido. Nesse caso, utiliza-se 1 comprimido de 1,5mg em dose única. 
Iniciar de preferência nas primeiras 72 horas. Limite de 05 dias. Caso 
haja vômitos até uma hora após a ingestão dos comprimidos, repetir a 
dose após uso de um antiemético e de se alimentar. 
O que orientar?
Recomenda-se utilizar a AE até o 5° dia da relação sexual desprotegida, o 
uso repetitivo ou frequente da AE compromete sua eficácia ao longo do 
tempo, que será sempre menor do que aquela obtida com o uso regular do 
método anticonceptivo de rotina no mesmo período. Não evita ISTs.
Fonte : BRASIL, 2016; OMS, 2018.
32
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Fluxograma 6: Esterilização Masculina e Feminina
Acolhimento com escuta 
qualificada, observando o 
interesse no método definitivo 
Consulta de enfermagem com 
orientação e avaliação para 
Vasectomia e laqueadura tubária 
Efeitos colaterais/adversos: Complicações
Infecção e sangramento no local da incisão; Infecção ou 
sangramento intra-abdominal; Lesão de órgãos pélvicos ou 
abdominais; Reação alérgica ao anestésico; Embolia pulmonar.
Após Cirurgia
Esterilização Feminina: 
Se sinais de infecção (dor, calor e 
vermelhidão) e Febre, procurar a 
unidade de saúde de referência. 
Retornar a unidade de saúde para 
acompanhamento de rotina para 
cuidados de saúde da mulher.
Informar sobre risco de gravidez 
ectópica e orientar a mulher 
procurar imediatamente o serviço 
de saúde, havendo qualquer 
sinal suspeito de gravidez 
Esterilização masculina 
(vasectomia)
Após a cirurgia usar preservativo 
ou outro método anticoncepcional 
eficaz durante as próximas 20 
ejaculações ou por 3 meses após o 
procedimento;
Orientar a realização do 
espermograma após 3 meses ou 
após 20 ejaculações.
Liberar atividade sexual sem outra 
proteção anticoncepcional, somente 
quando espermograma não indicar 
presença de espermatozoides 
conforme protocolos nacionais e 
institucionais. 
Quando Indicar?
Para realizar a esterilização masculina e feminina e 
importante seguir os critérios da Lei Nª 9.623/96 do 
Planejamento Familiar, Alterada pela Lei nº 14.443/22.
Homem ou mulher com capacidade civil plena que tenha: 
Idade maior que 21 (vinte um) anos ou, pelo menos, 02 (dois) 
filhos vivos; 
Não há necessidade do consentimento do cônjuge para 
realização da esterilização;
possibilita a realização da laqueadura já durante o parto (normal 
ou cesariana), desde que a solicitante manifeste seu interesse 
ao menos 60 dias antes, e haja condições médicas adequadas 
para o procedimento, período no qual será propiciado à pessoa 
interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, 
inclusive aconselhamento por equipe multidisciplinar, com 
vistas a desencorajar a esterilização precoce conforme fluxo 
da rede de saúde.
Encaminhar para Cirurgia conforme a rede de saúde do 
município.
Como orientar: 
Orientar e disponibilizar outros métodos contraceptivos 
(incluindo dispositivos de longa duração) antes da opção 
definitiva.
Fornecer informações claras e objetivas para a tomada de 
decisão que procure o serviço de planejamento reprodutivo.
Orientar sobre o procedimento e riscos, fornecer instruções 
pré e pós-operatórios, tipos de anestesia, tempo de 
recuperação, possibilidades de mudança no padrão menstrual, 
efeitos colaterais, dificuldade de reversibilidade do método de 
esterilização.
Solicitar exames pré-cirúrgicos conforme protocolos 
institucionais
Informar que os métodos definitivos não protegem contra IST/
HIV/AIDS abordando a necessidade da dupla proteção;
Fonte : BRASIL, 2016; BRASIL, 2022.
33
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Fluxograma 7: Preservativo Masculino e Feminino
Acolhimento com escuta 
qualificada, observando o interesse 
em anticoncepção
Quando Indicar?
Qualquer homem ou mulher pode fazer uso, com segurança, de 
preservativos, exceto as pessoas com reação alérgica aguda à 
borracha de látex;
A qualquer momento quando o(a) usuário(a) quiser.
Efeitos colaterais/adversos: Complicações
Alergia ou Irritação (coceira, vermelhidão, erupção e/ou 
inchaço) na genitália, virilha ou coxas durante, ou após o uso de 
preservativos. Sugira tentar outras marcas de camisinhas, ou que 
não contenha látex em sua composição. Avaliar necessidade de 
tratamento dos efeitos adversos.
Consulta de enfermagem com 
orientação para o uso do preservativo.
Importante
Os profissionais de saúde devem promover, 
apoiar e ampliar o acesso aos serviços 
de saúde e aos insumos de prevenção, 
especialmente aos preservativos. 
As Unidades de Saúde devem garantir o 
acesso às informações e orientar o uso 
de preservativos por meio de atividades 
educativas em diversos espaços, como 
atendimento individual, atividades em 
grupo, atividades extramuros, sala de 
espera e visita domiciliar. 
Além disso, é importante incluir o tema 
do uso do preservativo em trabalhos com 
grupos de mulheres, grupos de mães e 
planejamento reprodutivo, reforçando a 
possibilidade de dupla proteção contra a 
gravidez e as IST/HIV.
Como orientar: 
Não têm efeitos colaterais hormonais,
Orientar ao uso correto do preservativo;
Orientar que o preservativo ajuda a proteger tanto da gravidez 
quando as ISTs, inclusive o HIV;
Orientar sobre quando o preservativo romper, escorregar, ou sair 
da genitália o uso do AE para prevenir a gravidez;
Orientar o uso de lubrificante a base de água para diminuir o risco 
de ruptura do preservativo.
Realizar o acompanhamento do(a) usuário(a) sobre a satisfação e 
adaptação ao uso do método.
Como descartar razoavelmente a possibilidade de uma gravidez?
1 – História clínica com uso da ferramenta Check list para descartar gestação (ANEXO 1)
2 – Exame físico com sinais de probabilidade de gravidez (sinal de Goodell, Hegar, Jacquemier ou Chadwick, 
Kluge, entre outros);
3 – Teste de gravidez
Os critérios acima não conseguem descartar totalmente uma gestação, por isso pode ser necessária a 
associação a depender do julgamento clínico profissional.
Fonte : BRASIL, 2016
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PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Fluxograma 8: Implante Subdérmico
Acolhimento com 
escuta qualificada, 
observando interesse em 
anticoncepção
Quando Indicar? 
Para toda e qualquer mulher, se adolescente ou adulta, que preencha os critérios 
de elegibilidade para o Implante Subdérmico de Etonogestrel.
Quais os efeitos colaterais/adversos mais comuns?
Alterações do padrão menstrual,cefaleia, sensibilidade nos seios, dores 
abdominais, mudança de humor e náusea que podem cessar no primeiro ano.
Consulta de enfermagem 
com orientação e avaliação 
para inserção do Implante 
Subdérmico.
O que orientar?
Possui alta eficácia de 99,9%.
Proteção de longo prazo contra gravidez (03 anos de acordo com o fabricante).
A mulher retorna rapidamente à fertilidade quando retirado o implante.
Não protege contra Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Esclarecer sobre os eventos adversos (possível aumento do fluxo menstrual, 
pode haver ausência de menstruação ou menstruação irregular, aumento do 
peso, sensibilidade mamária, cefaleia, acne).
Orientar sobre os sinais de alarme (dor, calor, rubor no local da inserção, 
elevação da pressão arterial persistente). 
Retornar a Unidade de Básica de Saúde onde foi realizado o procedimento em 
caso de sinais de alarme.
Realizar as consultas de retorno conforme seguimento.
Contraindicação - Mulheres Com:
Distúrbio tromboembólico venoso ativo.
Presença ou história de tumor hepático (benigno ou maligno)
Presença ou história de doença hepática grave, enquanto os valores dos testes 
de função hepática não retornarem ao normal.
Presença ou suspeita de malignidades sensíveis a esteroide sexual.
Sangramento vaginal aumentado não diagnosticado.
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer componente do implante.
Quando colocar?
Deve ser inserido entre o 1º e o 5º dia do ciclo menstrual.
Se estiver a mais de 5 dias após o início de sua menstruação, ela pode colocar 
os implantes a qualquer momento caso haja certeza razoável de que ela não 
está grávida. Ela precisará de um método de apoio nos primeiros 7 dias após a 
colocação.
Se ela estiver mudando de um método contraceptivo hormonal, ela poderá 
colocar os implantes imediatamente após o término do uso do método ou após a 
sua pausa. 
Uma mulher pode começar a utilizar implantes a qualquer momento em que 
desejar caso haja razoável certeza de que não está grávida. Para se ter essa 
certeza razoável, utilize a Lista de Verificação de Gravidez.
Pós-Parto: Fazer a inserção após 4 semanas do parto.
Pós- Aborto: inserir o implante a qualquer momento após aborto com uso de 
método de barreira por 7 dias.
Como descartar 
razoavelmente a 
possibilidade de uma 
gravidez?
1 – História clínica com uso 
da ferramenta Check list 
para descartar gestação 
(ANEXO 1)
2 – Exame físico com 
sinais de probabilidade de 
gravidez (sinal de Goodell, 
Hegar, Jacquemier ou 
Chadwick, Kluge, entre 
outros);
3 – Teste de gravidez
Os critérios acima não 
conseguem descartar 
totalmente uma gestação, 
por isso pode ser 
necessária a associação a 
depender do julgamento 
clínico profissional.
Fonte: fonte: Adaptado Brasil 2021; OMS, 2018.
O Enfermeiro possui competências técnicas, e poderá adquirir habilidades, se for capacitado, para a inserção 
e remoção de implantes subdérmico, dentre eles o Implanon conforme parecer do COFEN Nº 277/2017.
35
PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Fluxograma 9: Dispositivo intrauterino – DIU TCu-380-A
Acolhimento com escuta 
qualificada, observando o 
interesse no método
4 - Efeitos colaterais/adversos e complicações:
Alterações da menstruação, dor aguda na parte inferior do abdômen, cólicas e 
dor, possibilidade de anemia, possibilidade de perfuração uterina etc. 
5 – Se após gestação:
Logo após o parto: a qualquer momento até 48 horas depois de dar à luz (exigirá 
um profissional com treinamento específico em inserção pós-parto). Se já se 
passaram mais de 48 horas após o parto, retarde a inserção do DIU por quatro 
semanas ou mais.
Após quatro semanas do parto: ela poderá colocar o DIU a qualquer momento 
desde que haja certeza razoável de que não está grávida.
Após aborto (espontâneo ou não): imediatamente se houver certeza razoável de 
que não está grávida e não houver infecção. Não há necessidade de um método 
de apoio. 
Se houver infecção, trate-a ou encaminhe a usuária e ajude-a a escolher outro 
método. Se ela ainda quiser colocar o DIU, ele poderá ser inserido após a 
infecção ter desaparecido completamente.
Importante: manter método de apoio em todas as situações acima mencionadas 
até a primeira revisão do DIU com 45 dias.
Consulta de enfermagem 
com orientação para o uso 
do DIU de Cobre
1 - Quando indicar?
Para toda e qualquer mulher, adolescente ou adulta, que preencha os critérios 
de elegibilidade para anticoncepção o DIU de cobre.
Mulheres que tenham risco de contrair ou estejam vivendo com o HIV 
assintomáticas ou estágios iniciais da doença (estágio 1 e 2), podem colocar o 
DIU com segurança (BRASIL, 2022). 
2 – O que orientar?
Possui alta eficácia;
Proteção de longo prazo contra gravidez;
A mulher retorna rapidamente à fertilidade quando retirado o dispositivo;
Não protege contra Infecções sexualmente transmissíveis (IST);
Esclarecer sobre os eventos adversos (ocorrência de cólicas, possível aumento 
do fluxo menstrual; sangramentos de Escapes e aumento da secreção vaginal 
após inserção do DIU)
Orientar sobre os sinais de alarme (não sentir o fio, atraso menstrual de duas 
ou mais semanas, dor intensa no baixo ventre, febre superior a 38˚C e aumento 
significativo do fluxo menstrual)
Retornar a Unidade de Saúde em caso de sinais de alarme;
Realizar as consultas de retorno conforme seguimento
3 – Quando colocar? (em qualquer momento do ciclo menstrual)
Se está mudando de outro método: a qualquer momento se estiver usando o 
outro método de forma consistente e correta, (assegurar-se de haver certeza 
razoável de que não está grávida). 
Se a mulher não estiver em uso de algum método contraceptivo: certificar a 
não possibilidade de gravidez, avaliar o adiamento da inserção com o uso de um 
método contraceptivo de apoio de forma correta e consistente. 
Se em abstinência sexual com mais de 15 dias: a qualquer momento desde que 
certifique a não possibilidade de gravidez.
Se a mulher em amenorreia e em aleitamento materno: orientar o uso de um 
método contraceptivo de forma correta e consistente da escolha da pessoa e 
reagendar inserção do DIU.
Importante: manter método de apoio em todas as situações acima mencionadas 
até a primeira revisão do DIU com 45 dias.
Importante
Priorizar a decisão da mulher 
solicitando a autorização para 
inserção do DIU de Cobre 
Tcu 380-A através do termo 
de Consentimento informado 
para inserção do DIU;
Preencher corretamente 
os dados da mulher e do 
procedimento no cartão 
do DIU como documento 
obrigatório nas consultas 
subsequentes; 
Realizar busca ativa 
das mulheres que não 
comparecerem às consultas 
de retornos subsequentes.
As usuárias de DIU devem 
ser reavaliadas sempre 
que surgirem sintomas 
adversos, como dor pélvica ou 
corrimento, na unidade básica 
(monitorização para doença 
inflamatória pélvica). 
Deve-se realizar consultas 
clínica de revisão do DIU com 
45 dias, 3 meses, 6 meses e 
anualmente. 
Exames complementares 
(USG, hemograma, dentre 
outros) podem ser solicitados 
de forma criteriosas a 
depender dos eventos 
adversos (fio ausente, 
fio aumentado) e efeitos 
colaterais do método.
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PROTOCOLO DE CONSULTA DE ENFERMAGEM COM ÊNFASE NA SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
Como descartar razoavelmente a possibilidade de uma gravidez?
1 – História clínica com uso da ferramenta Check list para descartar gestação (ANEXO 1)
2 – Exame físico com sinais de probabilidade de gravidez (sinal de Goodell, Hegar, Jacquemier ou Chadwick, 
Kluge, entre outros);
3 – Teste de gravidez
Os critérios acima não conseguem descartar totalmente uma gestação, por isso pode ser necessária a 
associação a depender do julgamento clínico profissional.
Fonte: Adaptado Brasil, 2016
Fluxograma 10: Dispositivo intrauterino Hormonal ( Kyleena®; Mirena®) 
Acolhimento com escuta 
qualificada, observando o 
interesse no método
Consulta de enfermagem 
com orientação para o uso 
do preservativo
1 - Quando indicar?
Para toda

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