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Incorporação dos Tratados de Direitos Humanos no Plano Interno Tipos de Incorporação dos Tratados: 1. SISTEMÁTICA DE “INCORPORAÇÃO AUTOMÁTICA”: “Art. 5º, CRFB/88 (…) § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.” A interpretação desse dispositivo legal enseja o entendimento que os tratados e convenções que versem sobre Direitos Humanos são aplicados imediatamente, sem necessidade de edição de ato com força de lei. Esse entendimento reflete a concepção monista. Direito Internacional e o direito interno compõem a mesma ordem jurídica. 2. SISTEMÁTICA DA “INCORPORAÇÃO LEGISLATIVA”: “Art. 5º, CRFB/88 (…) § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADIN 3392) (Vide Atos decorrentes do disposto no § 3º do art. 5º da Constituição)” Essa sistemática traz a Incorporação de tratados internacionais pelo processo legislativo realizado no Congresso Nacional. Essa Incorporação reflete a concepção dualista. Direito Internacional e o direito interno não compõem a mesma ordem jurídica, logo as normas de direito internacional devem ser incorporadas por meio do processo legislativo ao direito interno. Os tratados que satisfazem o quórum da Emenda Constitucional são incorporados com status de Emenda Constitucional. Atuação do Poder Judiciário: Principalmente na sistemática de “incorporação automática” o judiciário tem um claro protagonismo na aplicação de tratados e convenções internacionais. Visto esse fato o CNJ recomenda aos órgãos do Poder Judiciário por meio da Resolução 123 CNJ: “Art. 1°. Recomendar aos órgãos do Poder Judiciário: I – a observância dos tratados e convenções internacionais de direitos humanos em vigor no Brasil e a utilização da jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH), bem como a necessidade de controle de convencionalidade das leis internas.” a observância dos tratados e convenções internacionais de direitos humanos; o uso da jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos.
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