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Análises em Biologia Molecular

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Análises em Biologia 
Molecular: Técnicas de 
Laboratório 
1 - Reação em Cadeia de Polimerase – PCR 
A reação em cadeia de polimerase (PCR) é uma técnica de Biologia 
Molecular que baseia-se na desnaturação, anelamento e duplicação 
da fita molde de DNA para amplificar a quantidade de fitas. O DNA 
amplificado por PCR pode ser enviado para sequenciamento, 
visualizado por eletroforese em gel, ou clonado em plasmídeo para 
futuros experimentos. 
As aplicações da PCR são inúmeras: análise evolutiva de espécies, 
identificação de transgênicos, medicina forense, teste de paternidade, 
diagnóstico do câncer, identificação de material genético de vírus para 
o diagnóstico de doenças como a COVID-19, por exemplo. 
Para realização da PCR são necessários: sequências de primers, 
enzima Taq polimerase, termociclador. A Taq polimerase consegue 
fabricar DNA somente quando lhe é dado um primer, uma sequência 
curta de nucleotídeos que fornece um ponto de partida para a síntese 
de DNA. Em uma reação de PCR, o pesquisador determina a região 
do DNA que será copiada, ou amplificada, pelos primers que ela ou ele 
escolher. O termociclador é um aparelho que, ao ser programado, 
realiza ciclos de desnaturação com altas temperaturas, anelamento e 
amplificação. Sendo que as etapas da PCR são: 
- Desnaturação: O DNA genômico contendo a sequência a ser 
amplificada é desnaturado por aquecimento a cerca de 96°C por cerca 
de 30 segundos. A dupla fita é aberta (desnaturada) para anelamento 
dos primers. 
- Anelamento: Após a separação das fitas, um par de iniciadores ou 
primers complementam a fita oposta da sequência de DNA a ser 
amplificada. O molde é determinado pela posição dos iniciadores que 
se anelam a fita. Essa etapa ocorre a uma temperatura de 60°C. 
- Amplificação: A enzima taq polimerase adiciona as bases 
complementares, formando uma nova fita e então tem-se novamente 
https://pt.khanacademy.org/science/biology/biotech-dna-technology/dna-sequencing-pcr-electrophoresis/a/dna-sequencing
https://pt.khanacademy.org/science/biology/biotech-dna-technology/dna-sequencing-pcr-electrophoresis/a/gel-electrophoresis
https://pt.khanacademy.org/science/biology/biotech-dna-technology/dna-cloning-tutorial/a/overview-dna-cloning
a duplicação da fita de DNA. Esse processo acontece a uma 
temperatura de 72°C. 
 
2 - Hibridização in situ 
A hibridização in situ é uma técnica de Biologia Molecular baseada na 
detecção de pequenos segmentos de DNA e RNA a partir de sondas 
específicas. As sondas são sequências de nucleotídeos 
complementares desenvolvidas a partir de segmentos conhecidos do 
ácido nucleico que se deseja identificar. 
A hibridização in situ é utilizada para detecção de vírus, como o HPV e 
da Hepatite, além de cromossomos e produtos de síntese celular. 
Pode ser realizada em material fixado em formol e incluído em 
parafina, bem como congelados ou preparados citológicos. Para 
permitir a visualização da reação entre a sonda e o material 
pesquisado (DNA ou RNA), as sondas podem estar associadas a 
moléculas radioativas, fluorescentes ou biotiniladas. 
 
3 - Captura Híbrida 
A captura híbrida é uma técnica de Biologia Molecular muito utilizada 
para identificar a presença de bactérias e do material genético viral 
mesmo antes do aparecimento dos sintomas das patologias que os 
mesmos desencadeiam. Sondas de DNA conhecidas, que se ligam 
aos componentes nucleares ácidos destes agentes formando híbridos, 
posteriormente detectáveis por quimioluminescência. Atualmente 
muito utilizado na confirmação da infecção pelo HPV, Chlamydia e 
Gonococos no trato genital. A coleta do material para captura híbrida 
é feito através de um frasco coletor com conservante UCM® e uma 
escova endocervical (citobrush). 
 
4 - Teste de Paternidade 
A técnica de Biologia Molecular conhecida como Teste de Paternidade 
é uma variação da PCR, onde busca-se determinar se há ou não 
vínculo de paternidade entre duas pessoas por meio da análise 
comparativa de DNA. Para realização do exame são coletadas 
amostras biológicas como cabelo, sangue e saliva dos envolvidos: 
mãe, filho e suposto pai. 
Inicialmente, são analisadas quinze regiões hipervariáveis do DNA de 
cada indivíduo, utilizando a tecnologia de PCR e sequenciamento 
automático de DNA. Quando necessário, são analisadas mais de 60 
regiões hipervariáveis do DNA, até a obtenção do índice ideal de 
vínculo genético. No caso da inclusão da paternidade ou maternidade, 
os dados são calculados estatisticamente com base nas frequências 
de alelos obtidas experimentalmente pela população. Sendo que, para 
que haja inclusão, o suposto filho deve compartilhar alelos com o pai e 
com a mãe. 
 
5 - Sexagem Fetal 
A sexagem fetal é um exame de Biologia Molecular cujo objetivo é 
determinar o sexo cromossômico do bebê que está sendo gerado, ou 
seja, se é menino, XY, ou, se é menina, XX. Isso porque, a partir da 
sétima semana de vida intrauterina o novo ser em formação, no caso 
da presença do cromossomo Y, começa a ter a diferenciação de sua 
genitália externa. Já na menina, a mesma diferenciação, devido a 
presença do cromossomo X, inicia-se na décima segunda semana de 
vida intrauterina. Por isso, a ultrassonografia para verificação do sexo 
do feto é feita apenas após a décima segunda semana de vida 
intrauterina. 
Porém, a partir da oitava semana de vida intrauterina já se pode 
determinar o sexo cromossômico de um feto a partir do exame de 
sexagem fetal, que consiste na verificação da presença do 
cromossomo Y no sangue da mãe. Se o exame detectar o 
cromossomo Y significa que o bebê é um menino. Já a ausência desse 
cromossomo significa que o bebê é XX, ou seja, a gestação é de uma 
menina. 
Além de satisfazer a curiosidade dos pais de saber o sexo do bebê, o 
exame atende a outras finalidades médicas. A sexagem fetal é 
indicada nos casos em há possibilidade de desenvolver algum 
distúrbio genético ligado ao sexo, como a hemofilia, que afeta o sexo 
masculino com maior frequência. Se um dos pais for portador do gene 
que desencadeie a doença, pode investigar o sexo do bebê já nas 
primeiras semanas. Caso estejam esperando uma menina, podem 
ficar tranquilos e não há necessidade de realizar exames mais 
invasivos. Há casos em que a detecção precoce também permite 
iniciar o tratamento adequado. 
 
6 - Transcriptase Reversa 
A transcriptase reversa, também chamada de DNA polimerase RNA-
dependente. é uma enzima presente em vírus RNA, os chamados 
retrovírus, como o SARS-COV-2, por exemplo. 
Através de uma variação da PCR, conhecida como RT-PCR, a 
transcriptase reversa pode ser usada com objetivo terapêutico, 
levando a um melhor entendimento do processo oncogênico, com a 
obtenção de melhores informações sobre a base genética do câncer e 
contribuindo para uma melhor detecção de células tumorais na 
corrente sanguínea. 
Esta enzima também permitiu compreender a persistência de 
infecções retrovirais, aspectos patogênicos da AIDS e levou a geração 
de cDNA, o DNA complementar. Hoje, a transcriptase reversa está em 
evidência devido ao teste para o SARS-COV-2, que acontece a partir 
da coleta de saliva, cuspe ou amostra nasal. No processo, a 
transcriptase reversa transforma o RNA, que carrega a informação 
genética do coronavírus, em DNA sintético. Depois, duas fitas simples 
de DNA são inseridas na amostra e então o material genético amplia-
se 100 milhões de vezes, identificando a presença do vírus na amostra.

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