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Cap 1.: Termometria e dilatacao 1. Temperatura 1.1. Conceito de temperatura A temperatura de um objeto indica o quanto esse está mais quente ou não em relacao a um outro objeto tomado como referência. A temperatura está associada à agitação das partículas que compõem os objetos. Também está associada à energia cinética média de translação das partículas de um objeto, uma vez que esta depende da velocidade das partículas. A Energia cinética por sua vez também depende da massa envolvida. Um sistema poderá ter maior ou menor agitação de suas partículas, mas essa agitação sempre existira. 1.3. Escalas termométricas Escala Celsius Baseada na convenção de que sob a pressão de 1atm, a temperatura de fusão do gelo é 0C e a de ebulição da água é 100C. Sendo o espaço entre essas temperaturas possivelmente dividido em100 partes iguais, ficou também conhecida como centígrado. Escala Fahrenheit Utilizada no EUA por exemplo em decorrência da maior possibilidade de utilização de valores positivos para medir a temperatura em um país frio. 32F corresponde a temperatura de fusão do gelo e 212F `a temperatura de ebulição da água. Altera-se o valor atribuído a agitação das partículas. Agitação das partículas a 0C=32F. Enquanto o intervalo na escala Celsius é de 100C, na escala Fahrenheit é de 180F. A variação de 1C corresponde portanto a uma variação de temperatura de 1,8F. Escala Kelvin O valor mínimo para a temperatura de uma matéria seria -273,15C. Lorde Kelvin propôs que -275,15C fosse igual a 0, valor conhecido como zero absoluto ou zero kelvin. 0K corresponde à menor temperatura para uma matéria, em que não haveria energia cinética associada às partículas do objeto. Normalmente utiliza-se -273C. Nessa temperatura os átomos não teriam energia cinética para fornecer . A variação de 1C e corresponde à variação de 1K e 0K corresponde à -273C. Ponto de fusão= 273K e de ebulição=273K. 2. Dilatação nos sólidos Independentemente do estado físico, ao passar por variação da temperatura um objeto sofrera naturalmente dilatação ou contração. Quando a temperatura aumenta, as dimensões também aumentam estando o corpo sofrendo dilatação. Quando a temperatura diminui as dimensões são reduzidas evidenciando contração. Devido à temperatura que apresenta esse conjunto esta em vibração. A distância média entre as partículas aumenta quando há elevação de temperatura e o objeto dilata. Quando a temperatura reduz a vibração das partículas diminui e a distância média entre elas é reduzida e o objeto contrai. 2.1. Dilatação linear Ocorre quando há dilatação predominante em uma dimensão. A dilatação de trilhos por exemplo pode ser evitada colocando-se um espaçamento ideal entre eles. Tal espaço recebe o nome de juntas de dilatação. A dilatação linear depende da variação da temperatura, do comprimento inicial e do coeficiente de dilatação linear. O valor da dilatação linear é diretamente proporcional à variação de temperatura, uma vez que a agitação das partículas determina o espaçamento entre elas. Também é diretamente proporcional ao comprimento do objeto já que, aumentando a temperatura o espaçamento entre as partículas se ampliará e consequentemente o tamanho. *em caso de contração térmica delta L será negativo. TF=1,8Tc+32 TC/5 = TF-32/9 Tk = TC+273 Veja a seguir as comparações entre as escalas Celsius, Fahrenheit e Kelvin A variação da temperatura acarreta uma alteração da distancia média entre as partículas, o que provoca alterações nas dimensões. Lâmina bimetálica O material que apresenta maior coeficiente de dilatação, ao ser aquecido, dilata muito e, ao ser resfriado, contrai muito também. 2.2. Dilatação superficial Ocorre quando um objeto apresenta duas dimensões significativas. A área inicial, a variação da temperatura e o coeficiente de dilatação (β= 2α) interferem. Juntas de dilatação são usadas para que placas possam dilatar sem gerar trincas ou deformações. Os rejuntes que ficam entre os espaçamentos podem sofrer compressões sem afetar a estrutura. Objetos com cavidades Se um objeto com cavidade for aquecido, tanto ele como a cavidade irão aumentar (dilatar). Com o resfriamento as dimensões serão reduzidas e a área da cavidade contrairá. 2.3. Dilatação Volumétrica Os fatores envolvidos são o volume inicial, a variação de temperatura e o coeficiente de dilatação volumétrico (γ=3α). 3. Dilatação nos líquidos Já que as forças de atração entre as moléculas ou átomos nas substancias no estado líquido são mais fracas, a dilatação nesse estado físico é mais evidente. Dilatação aparente dos líquidos É a diferença entre a dilatação real do líquido e a dilatação do recipiente que foi aquecido. Dilatação anômala da água De 0 a 4 a agua contrai-se quando a temperatura aumenta e expande-se quando a temperatura diminui. Ao contrário da maioria das substancias, a água sólida é menos densa que a água líquida. No congelamento a água se expande, por isso o gelo é menos denso que a água líquida a 0C e flutua sobre a superfície do lago. A rede cristalina com estruturas hexagonais assumida no estado sólido gera grandes espaços vazios. ΔVaparente= ΔVlíquido- ΔVrecipiente