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ESCABIOSE
• É uma infecção cutânea pelo ácaro Sarcoptes scabiei da variedade hominis. É 
uma doença altamente contagiosa e intensamente pruriginosa. Popularmente 
conhecida como “Sarna”. 
• Não há relação com má higiene, mas naqueles em que ela é adequada o quadro 
é mais discreto. O contágio se dá pelo contato direto pele a pele com pessoas 
infectadas (pelo menos 10 minutos de contato). A transmissão por fômites 
contaminados também é possível (roupas, toalhas e lençóis). 
• A prevalência é bastante alta no mundo, principalmente em regiões rurais, de 
baixa renda, em crianças com imunodeficiências primárias e pacientes HIV 
positivo. 
QUADRO CLÍNICO 
• Em lactentes as lesões possuem aspecto inflamatório e são extensas. As áreas 
mais acometidas são couro cabeludo, face, palmas e plantas. Já no escolar e 
adolescente, as áreas mais acometidas são espaços interdigitais, axilas, punhos, 
regiões glúteas e genital. O túnel é raro na criança. 
• O prurido é constante, mas piora muito à noite, com o aumento da temperatura 
corpórea e da atividade do parasita. Se o prurido estiver presente em outros 
familiares aumenta a chance do diagnóstico. 
 
 
• A escabiose pode ser classificada como Escabiose Norueguesa ou Crostosa que é quando há pápulas eritematosas + 
hiperceratose intensa, palmar e plantar. É a forma mais contagiosa devido ao número de parasitas. Está relacionada com alguma 
doença subjacente de pacientes imunocomprometidos. 
 
• Os nódulos escabióticos são lesões vermelho acastanhadas que são causadas devido a hipersensibilidade do hospedeiro contra 
o agente. Geralmente, aparecem no tronco, axilas e genitália. É mais comum no lactente e possui duração prolongada, podendo 
chegar à meses. 
 
DIAGNÓSTICO 
• O diagnóstico é clínico + dermatoscopia. Confirma-se quando há presença de ovos ou fezes do parasita no exame microscópico 
do raspado das escaras das lesões. Não é necessário outros meios de diagnóstico. O tratamento é empírico. 
• O diagnóstico diferencial é feito com farmacodermias, prurido na pele asteatósica, dermatite atópica e dermatite de contato. 
• (A) → criança de 9 anos com múltiplas pápulas eritematosas disseminadas pelo tronco e membros. 
• (B) → pormenor das pápulas e sulcos acarinos na palma direita. 
• (C) → dermatoscopia: segmento linear esbranquiçado, bem definido, com estrutura triangular acastanhada na extremidade (seta 
preta) = a galeria e ácaro, respectivamente túnel. 
• (D) → escabiose nodular em lactente de 6 meses. 
• (E) → dermatoscopia: sinal do “rasto de avião” seta preta. 
 
ORIENTAÇÕES GERAIS 
• As roupas de uso pessoal, roupas de cama e toalhas devem ser trocadas no 1° dia do tratamento (diária por 3 dias se infestação 
intensa). 
• Lavagem das roupas com água quente (50°) ou lavagem a seco ou selas em um saco fechado e guardar por 1 semana. 
• Tratamento de todos os familiares e contatos próximos (cuidadores), independentemente da presença ou não de sintomatologia, 
sempre todos no mesmo momento. 
• Informação aos familiares da possível continuidade do prurido por 2 a 4 semanas após o tratamento para evitar o excesso de 
medicação e suas consequências. 
• Tratamentos tópicos deve-se orientar a aplicação em todas as regiões do corpo (couro cabeludo, virilha, axila, genitália, dedos 
dos pés, mãos e unhas). 
TRATAMENTO 
• ENXOFRE PRECIPITADO 10% em creme, loção cremosa ou vaselina sólida: é indicado para crianças < 2 meses, gestantes e 
lactantes. Aplicar 1x a noite por 3 noites, lavar pela manhã. Aplicar na região cervical para baixo. Repetir em 7 dias. É um 
tratamento manipulado. 
• DELTAMETRINA LOÇÃO A 20mg/100ml (ESCABIN) aplicar 1x ao dia por 5 dias. 
• PERMETRINA EM LOÇÃO CREMOSA 1 OU 5% (KELTRINA): aplicar a noite 1x, deixar agir por 8 a 12 horas. É a primeira 
linha de tratamento. Na criança deve-se incluir a face e couro cabeludo. Repetir após 7 e 14 dias. Esse tratamento é indicado 
para crianças > 2 meses. Se for a Norueguesa, uso noturno por 7 dias consecutivos e repetir 2x/semana até a cura. 
• IVERMECTINA 6mg/cp: 200mcg/kg em dose única. Repetir após 10 – 15 dias. Só deve ser feito em crianças com > 15kg ou 
5 anos. Causa a morte do parasita por paralisia muscular e inanição. Não atravessa a barreira hematoencefálica. É contraindicado 
em gestantes e lactantes. 
• Quando o paciente apresenta infecção secundária podemos usar antibióticos tópicos ou sistêmicos. 
• O prurido pode permanecer por algumas semanas após o tratamento adequado e para isso podemos usar ANTI-
HISTAMÍNICOS (HIDROXIZINA) para aliviar e fazer a retirada de nódulos escabióticos. 
OBS: Gestantes e recém-nascidos devem ser tratados topicamente com enxofre por 3 noites seguidas, com reaplicação após 7 dias. 
PEDICULOSE 
• Trata-se de uma infestação pruriginosa por ácaro que se divide em 3 variedades (do couro cabeludo, do corpo e pubiana). Mas, 
darei destaque a mais comum. 
• A pediculose do couro cabeludo é causada pelo Pediculus humanus var. capitis, é mais frequente em meninas, é altamente 
contagiosa, gerando epidemias em creches e escolas. A transmissão é pelo contato direto com pessoas, pentes, escovas, toalhas 
e bonés contaminados.O parasita se instala nos pelos e vive da sucção do sangue humano. 
• As lêndeas (ovos do parasita) são ovaladas, amareladas e ficam aderidas á haste do cabelo. Os ovos eclodem em 8 – 9 dias. A 
ninfa compõe os 3 estágios nos próximos 9 – 12 dias antes de chegar ao estágio adulto. O ciclo repete a cada 3 semanas. 
QUADRO CLÍNICO 
• Cursa com intenso prurido e devido a isso escoriações e infecção secundária. Geralmente é um eritema com áreas descamativas 
e escoriações na região occipital. Pode apresentar impetigo e linfadenomegalia. 
• O prurido é gerado pela sensibilização aos componentes da saliva-inoculada quando o parasita se alimenta. Essa reação de 
hipersensibilidade à picada do inseto (2 – 6 semanas após 1ª infestação e 1 – 2 dias nas reinfecções). 
 
DIAGNÓSTICO 
• O diagnóstico é feito com a visualização das lêndeas e/ou dos ácaros(piolhos). Os pacientes normalmente vêm com a queixa de 
prurido, e a maioria já vem com o diagnóstico pronto, solicitando unicamente a indicação do tratamento. 
TRATAMENTO 
• PERMETRINA TÓPICA 1 a 5% (loção, solução ou creme). É um tratamento indicado para > 2 meses. Possui efeito ovicida 
em 70% e parasiticida em 97%. Deve-se aplicar por 10 minutos e enxaguar em seguida. Ressaltar que pente fino não retira as 
lêndeas. Fazer uso de água morna + vinagre. Repetir tratamento em 7 a 10 dias após 1° uso. 
• DELTAMETRINA 0,2mg/ml (xampu ou loção). Aplicar nos cabelos molhados e deixar por 5 minutos. Tratamento deve ser 
feito durante 4 dias seguidos e repetir após 7 dias. 
• DIMETICONA 4% loção. 
• IVERMECTINA 0,5% tópica. 
• IVERMECTINA 6mg/cp, 200mcg/kg em dose única. Repetir após 7 – 14 dias. Só deve ser feito em criança com peso > 15kg. 
É indicado para casos refratários, em comunidades fechadas ou quando há infecção secundária que dificulte o tratamento tópico. 
MITOS E VERDADES 
• Toalhas, pentes e escovas devem ser desinfetados com álcool e limpos com água fervente. Controle dos contatos infestados é 
importante. 
• Remover lêndeas inviáveis com água morna e vinagre ou vinagre e condicionar. Água, vinagre e óleo geram fatores físicos que 
obstruem a respiração dos piolhos adultos. 
• As medicações causam a morte do parasita sem risco para o paciente → é mito, o uso repetido de inseticidas pode provocar 
intoxicações e alterações metabólicas. 
• Não afastar as crianças da escola, pois os piolhos não voam. 
• Os piolhos são resistentes à água quente do banho, ou seja, cabelo limpo pode ter piolho. Cabelo curto facilita a visualização, 
mas não reduz o risco de infestação. 
LARVA MIGRANS 
• Também chamada de “bicho geográfico”, os principais agentes etiológicos são Ancylostoma caninum e Ancylostoma 
brasilienses. Apresenta-se como uma erupção cutânea autolimitada causada pela penetraçãoe migração das larvas contidas nas 
fezes de cães e gatos. A contaminação é feita pelo contato da pele com ovo ou larva presente em terra de parques, jardins e areia 
da praia. 
 
• A larva penetra ativamente na pele e migra, gerando uma pápula pruriginosa com trajeto serpinginoso e linear na epiderme. 
Pode apresentar vesículas ou bolhas no trajeto. Pode ser uma única lesão ou múltiplas. Pode acometer qualquer área do corpo, 
sendo mais frequente nas áreas de contato com areia ou solo contaminado. Um dos sintomas é o prurido que pode provocar 
escoriações e infecção secundária. 
TRATAMENTO 
• Se < 5 lesões: CREME DE TIABENDAZOL a 5%, 2x ao dia, por 2 semanas. 
• Se > 5 lesões: 
o ALBENDAZOL (> 2 anos) 400mg em dose única por via oral, repetir após 7 dias. Em casos extensos ou disseminados, 
deve-se realizar 400mg/dia durante 3 dias consecutivos. 
o TIABENDAZOL 25 – 50mg/kg/dia de 8/8 horas por 5 – 10 dias, por via oral. 
o IVERMECTINA 200mcg/kg em dose única, repetir após 7 dias, por via oral. 
MIÍASE 
• É causada pelo desenvolvimento da larva de várias moscas principalmente Dermatobia hominis (mosca varejeira ou berneira). 
• A ocorrência é maior em áreas rurais, áreas tropicais e em localidades periféricas com más condições sanitárias. 
• A fêmea deposita os ovos em roupas e no solo e outros insetos transmitem para o humano. 
 
• A miíase pode ser primária ou secundária: 
o Primária: ovo é depositado sobre a pele e penetra no subcutâneo, gerando a larva. Aparece um nódulo inflamatório com 
orifício central (permite a respiração da larva). O paciente pode sentir ferroadas no local. Os locais mais comuns são áreas 
descobertas, couro cabeludo e face. 
o Secundária: deposição de ovos é feita em feridas abertas. O aspecto da lesão depende da localização e do número de larvas. 
TRATAMENTO 
• Miíase primária: oclusão do orifício central do nódulo, pode-se usar esparadrapo ou vaselina sólida. A larva emerge para respirar 
e é retirada com uma pinça. Caso não funcione, a retirada pode ser através de uma pequena cirurgia. Pode-se optar pelo uso de 
ivermectina 1% tópica, porém o parasita morrerá na pele do paciente, dificultando sua retirada. 
• Miíase secundária: podem ser mortas com éter e retiradas mecanicamente com uma pinça. Podemos realizar ivermectina 
sistêmica e repetir após 24 horas. 
TUNGÍASE 
• Trata-se de uma infecção superficial causada por uma pulga fêmea da Tunga penetrans. Essa doença é conhecida popularmente 
como “bicho de pé”. 
• O mecanismo de contágio é o contato com areia e solo contaminado, onde o inseto vive na forma adulta. A fêmea é capaz de 
penetrar na pele e aprofundar-se até atingir a derme superficial, onde suga vasos sanguíneos. Permanece no hospedeiro por no 
máximo 2 semanas, e nesse período, produz vários ovos que caem no solo, reiniciando o ciclo. 
• A lesão é uma pápula amarelada com ponto escuro central, pode ter de 0,5 a 1cm, com edema, eritema, prurido e dor a 
deambulação devido as lesões plantares. As regiões plantares, interdigitais, subungueais, glútea e genitália são as mais 
acometidas. 
• O tratamento é feito com remoção cirúrgica da fêmea e seus ovos.

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