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LICITAÇÕES-PARCERIAS-PÚBLICO-PRIVADAS-E-CONTRATOS-ADMINISTRATIVOS

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1 
 
 
LICITAÇÕES, PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS E 
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
1 
 
 
SUMÁRIO 
1. LICITAÇÃO ............................................................................................... 3 
1.1 Disposições Preliminares ....................................................................... 4 
1.2 Princípios ............................................................................................... 4 
1.3 Responsáveis pela Licitação .................................................................. 6 
1.4 Modalidades de Licitação ....................................................................... 7 
1.4.1 Concorrência ................................................................................. 8 
1.4.2 Tomada De Preços ........................................................................ 8 
1.4.3 Convite ........................................................................................... 9 
1.4.4 Concurso ..................................................................................... 11 
1.4.5 Leilão ........................................................................................... 11 
1.4.6 Pregão ......................................................................................... 11 
2. PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA ............................................................. 12 
2.1 Disposições Preliminares ..................................................................... 13 
2.2 Celebração de uma PPP ...................................................................... 15 
2.3 Contratação .......................................................................................... 17 
2.4 Garantia Pública ................................................................................... 19 
3. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS ........................................................ 20 
3.1 Disposições Preliminares ..................................................................... 21 
3.2 Cláusulas Necessárias aos Contratos .................................................. 22 
3.3 Formalização dos Contratos ................................................................ 26 
REFERÊNCIAS .................................................................................................. 29 
 
 
2 
 
 
 NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
1. LICITAÇÃO 
 
O Tribunal de Contas da União (2010) define licitação como um procedimento 
administrativo formal em que a Administração Pública convoca, por meio de condições 
estabelecidas em ato próprio (edital ou convite), empresas interessadas na 
apresentação de propostas para o oferecimento de bens e serviços. 
 Licitação não será sigilosa, exceto quanto ao conteúdo das propostas até 
serem conhecidas. São públicos e acessíveis aos cidadãos os atos do respectivo 
processo. 
 Será efetuada sempre no local onde se situar a repartição interessada, salvo 
por motivo de interesse público, devidamente justificado. 
Objetiva garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a 
selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração, de maneira a assegurar 
oportunidade igual a todos os interessados e a possibilitar o comparecimento ao 
certame do maior número possível de concorrentes. 
A Lei nº 8.666 de 1993 estabelece normas gerais sobre licitações e contratos 
administrativos pertinentes a compras, obras, serviços, inclusive de publicidade, 
alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios. 
Em obediência aos princípios da transparência e da publicidade, permite-se a 
interessados o conhecimento das condições licitatórias, em qualquer momento do 
processo licitatório, por ser público, de modo a evitar a prática de irregularidades nos 
respectivos procedimentos e de contratações sigilosas. 
A celebração de contratos com terceiros na Administração Pública deve ser 
necessariamente precedida de licitação, ressalvadas as hipóteses de dispensa e de 
inexigibilidade de licitação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
1.1 Disposições Preliminares 
 
 O que Licitar: Compra de bens, execução de obras, prestação de serviços, 
alienações e locações devem ser contratadas por meio de licitações públicas, exceto 
nos casos previstos na Lei nº 8.666/1993, e alterações posteriores. 
 Por que Licitar: Estabelece a Constituição Federal, art. 37, inciso XXI, a 
obrigatoriedade de licitar para a Administração Pública. Objetiva a licitação permitir 
que a Administração contrate aqueles que reúnam as condições necessárias para 
satisfação do interesse público, levando em consideração especialmente aspectos 
relacionados à capacidade técnica e econômico-financeira da empresa licitante, à 
qualidade do produto e ao valor do objeto. 
 O procedimento licitatório busca assegurar a todos os interessados igualdade 
de condições no fornecimento de bens, execução de obras ou prestação de serviços 
para a Administração Pública. 
 Quem deve Licitar: Estão sujeitos à regra de licitar, além dos órgãos 
integrantes da Administração Direta, as Autarquias, as Fundações Públicas, as 
Empresas Públicas, as Sociedades de Economia Mista, os fundos especiais e demais 
entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios. 
 Como Licitar: Uma vez definido o que se quer contratar, é necessário estimar 
o valor total do objeto, mediante realização de pesquisa de mercado. Deve-se ainda 
verificar se há previsão de recursos orçamentários para o pagamento da despesa e 
se esta se encontra em conformidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Após 
apuração da estimativa, deve ser escolhida a modalidade de licitação adequada. 
 
Licitar é regra. Dispensar ou inexigir procedimento licitatório é exceção. 
 
1.2 Princípios 
 
O artigo 3º da lei nº 8.666 (1993) define que a licitação destina-se a garantir a 
observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais 
vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional 
sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios 
básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da 
5 
 
 
publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, 
do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. 
O Tribunal de Contas da União (2010)defineos seguintes princípios básicos 
norteadores dos procedimentos licitatórios públicos: 
 Princípio da Legalidade: Nos procedimentos de licitação, esse princípio 
vincula os licitantes e a Administração Pública às regras estabelecidas nas normas e 
princípios em vigor. 
 Princípio da Isonomia: Significa dar tratamento igual a todos os interessados. 
É condição essencial para garantir competição em todos osprocedimentos licitatórios. 
 Princípio da Impessoalidade: Esse princípio obriga a Administração a 
observar nas decisões critérios objetivos previamente estabelecidos, afastando a 
discricionariedade e o subjetivismo na condução dos procedimentos de licitação. 
 Princípio da Moralidade e da Probidade Administrativa: A conduta dos 
licitantes e dos agentes públicos tem de ser, além de lícita, compatível com a moral, 
a ética, os bons costumes e as regras da boa administração. 
 Princípio da Publicidade: Qualquer interessado pode ter acesso às licitações 
públicas e ao respectivo controle, mediante divulgação dos atos praticados pelos 
administradores em todo procedimento de licitação. 
 Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório: Obriga a 
Administração e o licitante a observarem as normas e condições estabelecidas no ato 
convocatório. Nada poderá ser criado ou feito sem que haja previsão no instrumento 
de convocação. 
 Princípio do Julgamento Objetivo: Esse princípio significa que o 
administrador deve observar critérios objetivos definidos no ato convocatório para 
julgamento da documentação e das propostas. Afasta a possibilidade de o julgador 
utilizar-se de fatores subjetivos ou de critérios não previstos no instrumento de 
convocação, ainda que em benefício da própria Administração. 
 Princípio da Celeridade: O princípio da celeridade, consagrado como uma das 
diretrizes a ser observada em licitações na modalidade pregão, busca simplificar 
procedimentos de rigorismos excessivos e de formalidades desnecessárias. As 
decisões, sempre que possível, devem ser tomadas no momento da sessão. 
 Princípio da Competição: Nos certames de licitação, esse princípio conduz o 
gestor a buscar sempre o maior número de competidores interessados no objeto 
licitado. Nesse sentido, a Lei de Licitações veda estabelecer, nos atos convocatórios, 
6 
 
 
exigências que possam, de alguma forma, admitir, prever ou tolerar, condições que 
comprometam, restrinjam ou frustrem o caráter competitivo da licitação. 
Figura 1: Princípios da Licitação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Paseli, 2015 
 
Além desses princípios, a Administração Pública deve obediência ainda, dentre 
outros, aos princípios da finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, 
ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. 
 
1.3 Responsáveis pela Licitação 
 
Consideram-se responsáveis pela licitação os agentes públicos designados 
pela autoridade competente, por ato administrativo próprio (portaria, por exemplo), 
para integrar comissão de licitação, ser pregoeiro ou para realizar licitação na 
modalidade convite. 
Comissão de licitação é criada pela Administração com a função de receber, 
examinar e julgar todos os documentos e procedimentos relativos a licitações públicas 
nas modalidades concorrência, tomada de preços e convite. 
Pode ser permanente ou especial. Será permanente quando a designação 
abranger a realização de licitações por período determinado e especial quando for o 
caso de licitações específicas. 
7 
 
 
É constituída por, no mínimo, três membros, sendo pelo menos dois deles 
servidores qualificados pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos da 
Administração responsáveis pela licitação. 
Não poderá exceder a um ano a investidura dos membros das comissões 
permanentes. No momento da renovação da comissão para o período subsequente, 
é possível a recondução parcial desses membros. A lei apenas não admite reconduzir 
a totalidade dos integrantes. 
 
Licitações realizadas na modalidade pregão serão conduzidas por pregoeiro 
com auxílio de equipe de apoio, designados pela autoridade competente dentre os 
servidores do órgão ou entidade promotora da licitação. 
Designação do pregoeiro poderá ser pelo período de um ano, admitindo-se 
reconduções para períodos seguintes ou para licitação específica. 
Equipe de apoio deve ser integrada, na maioria, por servidores ocupantes de 
cargo efetivo ou emprego da Administração Pública, de preferência do quadro 
permanente do órgão ou entidade que promover a licitação. Deve possuir 
conhecimento técnico sobre o objeto licitado, de modo a prestar assistência 
necessária ao pregoeiro. 
Cabe ao pregoeiro a condução do pregão e à equipe de apoio auxiliá-lo em 
todas as fases do processo licitatório. 
 
1.4 Modalidades de Licitação 
 
Modalidade de licitação é forma específica de conduzir o procedimento 
licitatório, a partir de critérios definidos em lei. 
São modalidades de licitação, definidas no artigo 22 da lei nº 8.666 (1993): 
 Concorrência 
 Tomada de preços 
 FIQUE LIGADO! 
Nas pequenas unidades administrativas e na falta de pessoal disponível, 
em caráter excepcional e só em convite, a comissão pode ser substituída por 
servidor designado para esse fim. 
 
8 
 
 
 Convite 
 Concurso 
 Leilão 
Instituído pela Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002: 
 Pregão 
 
1.4.1 Concorrência 
 
É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial 
de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação 
exigidos no edital para execução de seu objeto. 
Prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do evento: 
 45 dias:Quando o contrato a ser celebrado contemplar o regime de empreitada 
integral ou quando a licitação for do tipo "melhor técnica" ou "técnica e preço"; 
 30 dias: Demais casos. 
Valor estimado da contratação: 
 Para obras e serviços de engenharia:Acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão 
e quinhentos mil reais); 
 Para demais compras e serviços:Acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e 
cinquenta mil reais). 
 
1.4.2 Tomada De Preços 
 
É a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou 
que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia 
anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação 
exigida no edital. 
Prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do evento: 
 30 dias: Quando a licitação for do tipo "melhor técnica" ou "técnica e preço"; 
 15 dias: Demais casos. 
Valor estimado da contratação: 
 Para obras e serviços de engenharia:Até R$ 1.500.000,00 (um milhão e 
quinhentos mil reais); 
9 
 
 
 Para demais compras e serviços:Até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta 
mil reais). 
 
1.4.3 Convite 
 
É a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu 
objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 
(três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do 
instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente 
especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e 
quatro) horas da apresentação das propostas. 
Permite-se a participação de possíveis licitantes que não tenham sido 
formalmente convidados, mas que sejam do ramo do objeto licitado, desde que 
cadastrados no órgão ou entidade que licita ou no Sistema de Cadastramento 
Unificado de Fornecedores (Sicaf). Os interessados devem solicitar o convite com 
antecedência de até vinte e quatro horas da apresentação das propostas. 
No Convite, para que a contratação seja possível, são necessárias pelo menos 
três propostas válidas, isto é, que atendam a todas as exigências do ato convocatório. 
Não é suficiente a obtenção de três propostas apenas. É preciso que as três sejam 
válidas. Caso isso não ocorra, a Administração deve repetir o convite e convidar mais 
um interessado, no mínimo, enquanto existirem cadastrados não convidados nas 
últimas licitações, ressalvadas as hipóteses de limitação de mercado ou manifesto 
desinteresse dos convidados, circunstâncias estas que devem ser justificadas no 
processo de licitação. 
Prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do evento: 
 5 diasúteis. 
Valor estimado da contratação: 
 Para obras e serviços de engenharia:Até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta 
mil reais); 
 Para demais compras e serviços:Até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); 
10 
 
 
Figura 2: Comparativo entre concorrência, tomada de preço e convite 
Fonte: Alvarenga, S.D 
 
O § 4ºdo artigo 23 da lei nº 8.666 (1993) define que nos casos em que couber 
convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a 
concorrência. 
 
Figura 3: Hierarquia entre as 3 modalidades modalidades 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Alvarenga, S.D 
 
11 
 
 
1.4.4 Concurso 
 
É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de 
trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou 
remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na 
imprensa oficial. 
Prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do evento: 
 45 dias 
 
1.4.5 Leilão 
 
É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens 
móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou 
penhorados, ou para a alienação de bens imóveis, a quem oferecer o maior lance, 
igual ou superior ao valor da avaliação. 
 
Prazo mínimo até o recebimento das propostas ou da realização do evento: 
 15 dias 
 
1.4.6 Pregão 
 
Modalidade realizada entre interessados do ramo de que trata o objeto da 
licitação que comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no 
edital, em que a disputa pelo fornecimento de bens ou serviços comuns é feita em 
sessão pública. Pode ser presencial ou eletrônico. Pregão destina-se exclusivamente 
à contratação de bens e serviços comuns, independentemente do valor estimado da 
contratação. Nessa modalidade, os licitantes apresentam propostas de preço por 
escrito e por lances, que podem ser verbais ou na forma eletrônica. 
Na Administração Federal, o uso do pregão é obrigatório na contratação de 
bens e serviços comuns. A decisão pela inviabilidade de utilização do pregão deve ser 
justificada pelo dirigente ou autoridade competente, de forma motivada e 
circunstanciada. 
12 
 
 
 
Prazo fixado para a apresentação das propostas, contado a partir da publicação 
do aviso: 
 8 dias úteis 
 
Quadro 1: Resumo dos prazos 
CONCORRÊNCIA 
45 dias (empreitada integral ou licitação 
do tipo "melhor técnica" ou "técnica e 
preço") 
30 dias (demais casos) 
TOMADA DE PREÇOS 
30 dias (licitação do tipo "melhor 
técnica" ou "técnica e preço") 
15 dias (demais casos) 
CONVITE 5 dias úteis 
CONCURSO 45 dias 
LEILÃO 15 dias 
PREGÃO 8 dias úteis 
Fonte: Autora, 2020 
 
2. PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA 
 
Segundo Amorim Filho et al.(2015)registra-se um avanço modesto das 
Parcerias Público-Privadas pelas esferas públicas no Brasil. Considerando a dinâmica 
econômica do país, entende-se que a contratação de projetos de infraestrutura no 
âmbito desse tipo de contratação, com maior participação e responsabilidade do setor 
privado, possibilitaria realizar um número significativo de projetos de impacto positivo 
para o bem-estar da população. 
Como resultado do processo evolutivo iniciado com a promulgação da Lei 
11.079, de 30 de dezembro de 2004, conhecida como Lei das PPPs, registra-se uma 
notória ausência da participação de investidores institucionais nesse mercado. No 
 FIQUE LIGADO! 
Não se aplica a modalidade pregão à contratação de obras de 
engenharia, locações imobiliárias e alienações. Esse é o comando legal. 
13 
 
 
entanto, projetos de PPPs poderiam representar uma classe de ativos interessante 
para tais investidores, sejam nacionais ou estrangeiros, em especial para aqueles que 
buscam investimentos de prazos mais extensos e fluxos de receita constantes e 
previsíveis, caso típico de projetos de infraestrutura em concessões ou PPPs. 
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (2017) a Lei das PPPs (nº 
11.079/2004) que engloba o desempenho como elemento relacionado ao pagamento 
dos investimentos realizados, necessita de alguns requisitos mínimos, como: 
 O valor dos contratos; 
 O período de execução; 
 O objeto do contrato. 
 
 
 
Figura 4: Contexto do surgimento da lei de PPPs 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Ministério do Meio Ambiente, 2017 
 
2.1 Disposições Preliminares 
 
Amorim Filho et al.(2015) comenta que a inserção das Parcerias Público-
Privadas no cenário jurídico nacional teve por objetivo regulamentar um instrumento 
de contratação que permitisse ao Estado utilizar recursos privados para financiamento 
de investimentos em infraestrutura e que contasse com arcabouço legal compatível 
14 
 
 
com o vulto e a complexidade envolvidas em investimentos deste porte. Assim, as 
PPPs teriam por fundamento a diminuição dos gargalos de infraestrutura impeditivos 
do crescimento, sem agravar a situação fiscal do setor público. 
A construção legal das PPPs teve como preocupação permitir que a 
Administração realize o pagamento aos concessionários dos empreendimentos não 
sustentáveis somente com a mera cobrança de tarifas e, ainda, autorizar a utilização 
da estrutura econômica e jurídica do já consolidado regime das concessões de serviço 
público (Lei 8.987/1995) para a contratação de serviços antes submetidos ao regime 
contratual previsto na Lei 8.666, de 21 de junho de 1993. 
O objeto do contrato de PPP é amplo, contemplando desde a exploração de 
serviços públicos (rodovias, por exemplo) até a prestação de serviços administrativos 
ao poder público (como no caso da construção e manutenção de centros 
administrativos). Logo, o elemento central da caracterização do contrato da PPP 
reside na forma de remuneração do particular: a partir de contraprestações totais 
ou parciais do Estado. 
A Lei das PPPs regulamentou a prestação de garantias pelo Estado e vinculou 
expressamente a remuneração do particular ao seu desempenho, de modo a 
privilegiar as contratações com controle de resultados. 
Nessa modalidade de contratação com contrato de desempenho, a 
contrapartida do setor público pode ser considerada como a performance obtida em 
determinada ação de otimização do consumo de energia, seja ela uma obra de 
engenharia ou o gerenciamento do consumo energético em edifícios ou, ainda, a 
manutenção predial (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2017). 
O artigo 2º da lei 11.079 (2004) prevê duas modalidades de PPPs, o contrato 
administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa. A 
diferença essencial entre as modalidades é a forma de remuneração do parceiro 
privado. 
 Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras 
públicas quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários 
contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. 
 O parceiro privado é remunerado pela contraprestação pecuniária do poder 
concedente, em adição à cobrança de tarifas dos usuários. 
15 
 
 
 Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a 
Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução 
de obra ou fornecimento e instalação de bens. 
 O parceiro privado é remunerado exclusivamente pela Administração Pública, 
que será usuária direta ou indireta dos serviços. 
 
2.2 Celebração de uma PPP 
 
Amorim Filho et al.(2015) define que o modelo de remuneração do parceiro 
privado é o elemento central para a caracterização das PPPs, mas não é único fator 
determinante para de fazer uma PPP, uma concessão comum ou mesmo um contrato 
administrativo tradicionalem um determinado projeto. 
Segundo o parágrafo 4º do artigo 2º da lei nº 11.079 (2004), é vedada a 
celebração de contrato de parceria público-privada: 
I - Cujo valor do contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de 
reais); 
II - Cujo período de prestação do serviçoseja inferior a 5 (cinco) anos; ou 
III - Que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento 
e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública. 
A Lei 13.529/2017 altera a redação da Lei 11.079/2004, reduzindo de 20 para 
10 milhões de reais o valor mínimo do contrato para que sejam celebradas Parcerias 
Público-Privadas (PPP).A justifica para alteração do valor mínimo foi pelo alto valor 
antes definido, que dificultava, por exemplo, que municípios de pequeno porte 
desenvolvessem projetos importantes com ajuda da iniciativa privada (FEHOESP, 
2017). 
Segundo Amorim Filho et al.(2015) em todos os quesitos estabelecidos pelo 
citado artigo, tem-se presente a preocupação do legislador em reservar o contrato de 
PPP para empreendimentos complexos. Por envolverem a prestação de garantias de 
compromisso de pagamentos de longo prazo pelo Estado à instituição, os contratos 
de PPP não podem ser utilizados para contratações rotineiras, que poderiam ser 
supridas pelo regime regular de licitação. 
Os incisos I e II instituem condicionantes objetivas para a celebração de PPPs 
pelo poder público: prazo mínimo de cinco anos e limite superior a R$ 10 milhões. O 
requisito constante no inciso III, ou seja, a proibição de que o objeto seja 
16 
 
 
exclusivamente fornecimento de mão de obra, equipamentos ou execução de obra 
pública, demanda uma maior reflexão. 
Para alguns doutrinadores,o real alcance do dispositivo, apresenta motivação 
de natureza econômica, pois um dos problemas dos tradicionais contratos de obras é 
o desinteresse econômico do contratado pela boa execução do contrato. O único risco 
da má execução é o de a Administração recusar o recebimento do objeto. 
Nos contratos de PPP, a boa ou má qualidade das obras ou bens utilizados na 
infraestrutura repercutirá diretamente na determinação do valor a ser recebido pelo 
parceiro privado. Isso deve gerar, para ele, um interesse próprio de bem executar a 
parte relativa à infraestrutura. 
O objetivo da previsão legal foi o de assegurar que o objeto dos contratos de 
PPP fosse resultado da conjugação entre investimentos na infraestrutura, prestação 
do serviço e gestão da atividade. O objeto de um contrato de PPP deve ser de tal 
forma complexo, que as atividades de empreitada e prestação de serviços sejam 
indissociáveis durante a execução da atividade concedida. 
São contratos direcionados a objetos complexos. 
 
Quadro 2: Comparação com outras modalidades de contratação pública 
Fonte: Ministério do Meio Ambiente, 2017 
 
 
 
17 
 
 
2.3 Contratação 
 
De acordo com o artigo 4º da lei nº 11.079 (2004) na contratação de parceria 
público-privada serão observadas as seguintes diretrizes: 
I – Eficiência no cumprimento das missões de Estado e no emprego dos recursos 
da sociedade; 
II – Respeito aos interesses e direitos dos destinatários dos serviços e dos entes 
privados incumbidos da sua execução; 
III – Indelegabilidade das funções de regulação, jurisdicional, do exercício do poder 
de polícia e de outras atividades exclusivas do Estado; 
IV – Responsabilidade fiscal na celebração e execução das parcerias; 
V – Transparência dos procedimentos e das decisões; 
VI – Repartição objetiva de riscos entre as partes; 
VII – Sustentabilidade financeira e vantagens socioeconômicas dos projetos de 
parceria. 
Além dos requisitos observados no artigo 4º, a Lei das PPPs traçou diversos 
requisitos de cunho fiscal, uma vez que se importa com compromisso de pagamentos 
de longo prazo pelo poder público, que podem impactar significativamente o nível de 
endividamento ou o comprometimento das receitas do Estado. 
Nesse contexto, o artigo 10 da Lei das PPPs previu uma série de obrigações a 
cargo do poder concedente, no sentido de cercar o processo de PPPs com as cautelas 
necessárias. Entre as obrigações postas no artigo 10, destacam-se aquelas relativas 
à higidez fiscal do setor público, como, entre outras previsões, a obrigação de 
elaboração de estimativa do impacto orçamentário-financeiro nos exercícios em que 
deva vigorar o contrato de parceria público-privada e a declaração do ordenador da 
despesa de que as obrigações contraídas pela Administração Pública no decorrer do 
contrato são compatíveis com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e estão previstas na 
Lei Orçamentária Anual. 
Artigo 10: A contratação de parceria público-privada será precedida de licitação 
na modalidade de concorrência, estando a abertura do processo licitatório 
condicionada a: 
I – Autorização da autoridade competente, fundamentada em estudo técnico que 
demonstre: 
18 
 
 
II – Elaboração de estimativa do impacto orçamentário-financeiro nos exercícios 
em que deva vigorar o contrato de parceria público-privada; 
III – Declaração do ordenador da despesa de que as obrigações contraídas pela 
Administração Pública no decorrer do contrato são compatíveis com a lei de diretrizes 
orçamentárias e estão previstas na lei orçamentária anual; 
IV – Estimativa do fluxo de recursos públicos suficientes para o cumprimento, 
durante a vigência do contrato e por exercício financeiro, das obrigações contraídas 
pela Administração Pública; 
V – Seu objeto estar previsto no plano plurianual em vigor no âmbito onde o 
contrato será celebrado; 
VI – Submissão da minuta de edital e de contrato à consulta pública, mediante 
publicação na imprensa oficial, em jornais de grande circulação e por meio eletrônico, 
que deverá informar a justificativa para a contratação, a identificação do objeto, o 
prazo de duração do contrato, seu valor estimado, fixando-se prazo mínimo de 30 
(trinta) dias para recebimento de sugestões, cujo termo dar-se-á pelo menos 7 (sete) 
dias antes da data prevista para a publicação do edital; 
VII – Licença ambiental prévia ou expedição das diretrizes para o licenciamento 
ambiental do empreendimento, na forma do regulamento, sempre que o objeto do 
contrato exigir. 
Segundo o Ministério do Meio Ambiente (2017) é preciso que o poder público 
que pretenda contratar a PPP possua uma estrutura institucional voltada para esta 
finalidade, assim, é relevante que cada ente federativo aprove legislação específica 
versando sobre: 
 Instituição do Programa de PPPs; 
 Criação e funcionamento de um Conselho Gestor de PPPs; 
 Criação de unidade técnica específica, denominada, unidade de PPPs, com a 
finalidade dar apoio técnico, coordenar a modelagem dos projetos; 
 Fixar o procedimento de deliberação e critérios de aprovação da decisão de 
contratar uma PPP. 
 
19 
 
 
Figura 5: Estrutura Jurídico-Institucional para projetos de PPP 
 
 
 
 
Fonte: Ministério do Meio Ambiente, 2017 
 
2.4 Garantia Pública 
 
Para garantir a viabilidade econômica e a sustentabilidade de uma PPP, é 
fundamental que o poder concedente garanta o pagamento de contraprestações 
pecuniárias, por meio de mecanismos previamente definidos e estruturados. 
Para mitigar os riscos de inadimplemento da contraprestação pública e das 
obrigações pecuniárias assumidas com o parceiro privado, a lei nº 11.079 (2004) 
previu diversas modalidades de garantia, em seu artigo 8º. 
As obrigações pecuniárias contraídas pela Administração Pública em contrato 
de parceria público-privada poderão ser garantidas mediante: 
I – Vinculação de receitas, observado o disposto no inciso IV do art. 167 da 
Constituição Federal; 
II – Instituição ou utilização de fundos especiais previstos em lei; 
III – Contratação de seguro-garantia com as companhias seguradoras que não 
sejam controladas pelo Poder Público; 
IV – Garantia prestada por organismos internacionais ou instituições financeiras que 
não sejam controladas pelo Poder Público; 
20 
 
 
V – Garantias prestadas por fundo garantidor ou empresa estatal criada para essa 
finalidade; 
VI – Outros mecanismos admitidos em lei. 
 
 
3. CONTRATOS ADMINISTRATIVOSBarral (2018) conceitua contrato como uma manifestação recíproca de 
vontades entre dois entes, conformando uma relação jurídica bilateral em que os 
respectivos interesses das partes se compõem e instituem uma vontade comum 
nascida do consenso, autônoma e diferenciada das vontades individuais originais, 
que, a ambas subordinando, passará a reger a relação assim formada. 
O artigo 2º, parágrafo único da Lei nº 8.666 (1993), define contrato todo e 
qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, 
em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de 
obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada. 
De acordo com o Tribunal de Contas da União (2010) após concluído o 
processo licitatório ou os procedimentos de dispensa ou inexigibilidade de licitação, a 
Administração adotará as providências necessárias para celebração do contrato 
correspondente. 
No contrato devem estar estabelecidas com clareza e precisão cláusulas que 
definam direitos, obrigações e responsabilidade da Administração e do particular. 
Essas disposições devem estar em harmonia com os termos da proposta vencedora, 
com o ato convocatório da licitação ou com a autorização para contratação direta por 
dispensa ou inexigibilidade de licitação. 
Contratos celebrados entre a Administração e particulares são diferentes 
daqueles firmados no âmbito do direito privado. Isso ocorre porque nos contratos 
celebrados entre particulares vale como regra a disponibilidade da vontade, enquanto 
que naqueles em que a Administração é parte deve existir a constante busca pela 
plena realização do interesse público. 
 
 
 
21 
 
 
3.1 Disposições Preliminares 
 
Segundo o artigo 54 da Lei nº 8.666 (1993), os contratos administrativos 
regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se 
lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de 
direito privado. 
Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão as condições para sua 
execução, expressas em cláusulas que definam os direitos, obrigações e 
responsabilidades das partes, em conformidade com os termos da licitação e da 
proposta a que se vinculam. 
São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam: 
 o objeto e seus elementos característicos; 
 o regime de execução ou a forma de fornecimento; 
 o preço e as condições de pagamento; 
 critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de preços 
 critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das 
obrigações e a do efetivo pagamento; 
 os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de 
observação e de recebimento definitivo, conforme o caso; 
 o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação 
funcional programática e da categoria econômica; 
 as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas; 
 os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os 
valores das multas; 
 os casos de rescisão; 
 o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão 
administrativa; 
 as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando 
for o caso; 
 a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, 
ao convite e à proposta do licitante vencedor; 
 a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos 
omissos; 
22 
 
 
 a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em 
compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de 
habilitação e qualificação exigidas na licitação. 
Todo contrato administrativo deve conter, além das cláusulas essenciais, as seguintes 
informações: 
 nome do órgão ou entidade da Administração e respectivo representante; 
 nome do particular que executará o objeto do contrato e respectivo 
representante; 
 finalidade ou objetivo do contrato; • ato que autorizou a lavratura do contrato; 
 número do processo da licitação, da dispensa ou da inexigibilidade; 
 sujeição dos contratantes às normas da Lei nº 8.666/1993; 
 submissão dos contratantes às cláusulas contratuais. 
Outros dados considerados pela Administração importantes em razão da 
peculiaridade do objeto devem constar do termo contratual, a fim de garantir perfeita 
execução do objeto e de resguardar os direitos e deveres das partes, evitando 
problemas durante a execução do contrato. 
Condições apresentadas na proposta pelo licitante vencedor, se não estiverem 
previstas na licitação, mas forem adequadas, pertinentes e aceitas pela 
Administração, podem ser acrescentadas ao contrato a ser firmado. 
Exemplo: o prazo estipulado na licitação para entrega do objeto é de vinte dias, 
mas o licitante vencedor propõe fazê-la em dez dias. Nesse caso, o prazo de entrega 
a constar do contrato será o da proposta. 
 
3.2 Cláusulas Necessárias aos Contratos 
 
O Tribunal de Contas da União (2010) descreve com detalhesalgumas 
cláusulas necessárias aos contratos, relacionadas no artigo 55 da 8.666 (1993): 
 Objeto: Objeto da licitação é condição essencial do ato convocatório e do 
contrato. Deve conter descrição detalhada do bem, da obra ou do serviço. A partir do 
objeto são definidas as demais condições licitatórias e contratuais. 
 Regime de Execução ou Forma de Fornecimento: Regime de execução é 
forma pela qual o objeto do contrato será executado. No âmbito da Administração, 
execução de obras ou prestação de serviços pode ser realizada de forma direta ou 
indireta: 
23 
 
 
o Direta: Quando a Administração executa o objeto com utilização de meios 
próprios. Exemplo: utiliza-se marceneiro do quadro de pessoal do órgão para fazer 
reparos em móveis; 
o Indireta: Quando a Administração contrata com terceiros. Exemplo: contratação 
de empresa para fazer limpeza do prédio do órgão; é feita sob os seguintes regimes 
de execução: empreitada por preço global, empreitada por preço unitário, empreitada 
integral e tarefa; 
- Empreitada por preço global, quando se contrata a execução da obra ou do 
serviço por preço certo e total; 
- Empreitada por preço unitário, quando se contrata a execução de obra ou de 
serviço por preço certo de unidades determinadas; 
- Empreitada integral, quando o objeto adquirido for entregue na totalidade. 
Exemplo: construção e entrega prontas para uso de edifíciosede de determinado 
órgão ou entidade; 
- Tarefa, quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço 
certo, com ou sem fornecimento de materiais 
 Preço: Preços a serem pagos pelo fornecimento do bem, execução da obra ou 
prestação do serviço devem estar definidos em cláusula própria do contrato. Deve o 
valor ser igual àquele obtido na licitação ou no procedimento de dispensa ou de 
inexigibilidade de licitação. 
Todos os valores utilizados nas contratações serão expressos em Real (R$), 
moeda corrente nacional, ressalvados os casos de contratações internacionais, 
devem ser grafados em algarismo e por extenso, no que couber. Em caso de dúvida, 
prevalece sempre o valor por extenso. 
No contrato, os preços devem estar discriminados de acordo com o exigido no 
ato convocatório da licitação e/ou apresentado na proposta. 
Exemplo: 
• 1 caneta = R$ 2,00; 
• Valor do item = R$ 2,00 (dois reais); ou 
• 10 canetas a R$ 2,00 = R$ 20,00; 
• 10 lápis a R$ 1,00 = R$ 10,00; 
• 10 borrachas a R$ 0,50 = R$ 5,00; 
• Valor total dos itens = R$ 35,00 (trinta e cinco reais); 
 
24 
 
 
 Condições de Pagamento:Despesas podem ser liquidadas e pagamentos 
efetuados em favor do contratado somente após executado e aceito o objeto, no todo 
ou parte, conforme dispuser a convocação e o contrato. Exemplificando: 
o Executada a obra ou prestado o serviço, que pode ser por etapas, parcelas, 
tarefas, períodos etc; 
o Fornecido o bem,que deve incluir montagem, instalação, funcionamento etc 
Prazos para pagamento terão início a partir da data de apresentação da nota 
fiscal/fatura, observando-se que: 
o Para valores iguais ou inferiores a r$ 8.000,00: os pagamentos deverão ser 
efetuados em até cinco dias úteis; 
o Para valores superiores: os pagamentos deverão ser efetuados em prazo que 
não ultrapasse trinta dias. 
 Empenho: Empenho é ato formal, emanado de autoridade competente, que 
cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de 
condição. É privativo do ordenador de despesa que determina deduzir de dotação 
orçamentária própria o valor de despesa a ser executada. 
o Empenhar significa reservar recursos suficientes para cobrir despesa a se 
realizar. É garantia que se dá ao fornecedor de bem, executor de obra ou prestador 
de serviço, no valor da despesa contratada. É obrigação de pagamento futuro que 
poderá concretizar-se ou não. 
o Liquidação: É o segundo estágio da despesa e consiste na verificação do 
direito adquirido pelo credor ou entidade beneficiária. Tem por base títulos e 
documentos comprobatórios do respectivo crédito ou da habilitação ao benefício. Em 
outras palavras, é a confirmação de que o contratado cumpriu todas as obrigações 
contratuais assumidas. 
o Pagamento: Consiste na entrega de numerário ao credor, com extinção da 
obrigação. É o terceiro e último estágio da despesa. Somente poderá ser efetuado 
após regular liquidação. 
o Deve a ordem de pagamento ser exarada em documento próprio, assinado pelo 
ordenador de despesa e pelo agente responsável pelo setor financeiro. 
o Em regra, somente pode ocorrer o pagamento de despesas após cumpridas 
pelo contratado todas as obrigações contratuais assumidas, ou de parte dessas. 
o Compensação Financeira: É admitida nos casos de eventuais atrasos de 
pagamento pela Administração, desde que o contratado não tenha concorrido de 
25 
 
 
alguma forma para o atraso. É devida desde a data limite fixada no contrato para o 
pagamento até a data correspondente ao efetivo pagamento de etapa ou parcela. 
o Prazos Contratuais: Prazos para entrega de objeto contratado, de início ou 
conclusão de etapas ou parcelas de obra ou serviço devem estar previstos 
expressamente no contrato. São contados consecutivamente quando não estiver 
determinado no contrato que será em dias úteis. 
o Recebimento do Objeto: Consiste na aceitação do produto licitado. Bens e 
serviços aceitos poderão ter uso imediato ou ser incorporados ao patrimônio da 
Administração. Pode ser provisório ou definitivo. 
o Atestação do Recebimento do Objeto: Ao atestar o recebimento do objeto, 
deve o responsável verificar se o bem foi entregue, a obra executada ou o serviço 
prestado em conformidade com o contrato.Concretiza-se a atestação com a 
declaração e assinatura do responsável no verso da nota fiscal/fatura ou documento 
equivalente. Atestação cabe a servidor do órgão ou entidade contratante, a fiscal de 
obra ou de serviços ou a outra pessoa previamente designada pela Administração 
para esse fim. 
o Garantia Contratual: É facultado à Administração exigir prestação de garantia 
nas contratações de bens, obras e serviços, de modo a assegurar plena execução do 
contrato e a evitar prejuízos ao patrimônio público. 
Poderá ser exigida se prevista no ato convocatório e no contrato. Será devolvida 
somente após execução e entrega do objeto contratado. 
Antes de estabelecer no edital exigência de garantia, deve a Administração, diante da 
complexidade do objeto, avaliar se realmente é necessária ou se servirá apenas para 
encarecer o objeto. 
Verificada necessidade de prestação de garantia contratual, o contratado pode optar 
por uma das seguintes modalidades: 
o Caução em dinheiro; 
o Caução em títulos da dívida pública; 
o Seguro-garantia; 
o Fiança bancária. 
 
 
 
26 
 
 
3.3 Formalização dos Contratos 
 
O artigo 60 da Lei nº 8.666 (1993), define que os contratos e seus aditamentos 
serão lavrados nas repartições interessadas, as quais manterão arquivo cronológico 
dos seus autógrafos e registro sistemático do seu extrato, salvo os relativos a direitos 
reais sobre imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado em cartório de notas, 
de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem. 
Segundo o Tribunal de Contas da União (2010), qualquer contrato 
administrativo deve ser formalizado por escrito, de acordo com as exigências da Lei 
nº 8.666/1993. 
Nas hipóteses a seguir, deve a contratação ser formalizada obrigatoriamente 
por meio de termo de contrato: 
 Licitações realizadas nas modalidades concorrência, tomada de preços e 
pregão; 
 Dispensa ou inexigibilidade de licitação, cujo valor esteja compreendido nos 
limites das modalidades concorrência e tomada de preços; 
 Contratações de qualquer valor das quais resultem obrigações futuras. 
Exemplo: entrega futura ou parcelada do objeto e assistência técnica. 
Segundo Barral (2018), chegado ao momento de confecção do instrumento 
contratual, a Administração deve decidir se utilizará um termo contratual ou se esse 
será substituído por algum dos instrumentos equivalentes, conforme autoriza o artigo 
62 da Lei nº 8.666: 
O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de 
tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços 
estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e 
facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros 
instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, 
autorização de compra ou ordem de execução de serviço. 
§ 1o A minuta do futuro contrato integrará sempre o edital ou ato convocatório 
da licitação. 
§ 2o Em "carta contrato", "nota de empenho de despesa", "autorização de 
compra", "ordem de execução de serviço" ou outros instrumentos hábeis (LEI 
8.666, 1993). 
 
 
27 
 
 
O termo de contrato quando facultativo, pode ser substituído pelos instrumentos 
hábeis a seguir: 
 Carta-contrato; 
 Nota de empenho de despesa; 
 Autorização de compra; 
 Ordem de execução de serviço. 
De acordo com Barral (2018), contrato administrativo é a própria relação 
jurídica entretida entre a Administração e o particular, enquanto que o termo de 
contrato ou os instrumentos equivalentes são apenas os instrumentos que formalizam 
esta relação. 
A Lei nº 8.666, de 1993, refuta, de maneira geral, a possiblidade da 
Administração firmar um contrato verbal, sendo esse autorizado apenas para as 
compras de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 
23, inciso II, alínea "a" da Lei(convite - até R$ 80.000,00),ou seja,abaixo de R$ 
4.000,00 (quatro mil reais), conforme dispõe o artigo 60, parágrafo único da Lei 8.666 
(1993), podendo assim serem resumidas as regras acima dispostas: 
 
Quadro 3: Resumo das regras 
Fonte: Barral, 2018 
 
Sendo o objeto contratado a prestação de serviços, ou havendo obrigações 
futuras, o termo de contrato deve ser utilizado de maneira obrigatória, não podendo 
ser substituído pelos instrumentos equivalentes, logo, na hipótese de contrato de 
serviços terceirizados, o instrumento de contrato é obrigatório em todos os casos. 
 
28 
 
 
Quadro 4: Acórdãos do TCU 
Fonte: Barral, 2018 
 
Com referência aos principais contratos celebrados pela Administração Pública 
amparados pela Lei nº 8.666/1993, o Tribunal de Contas da União (2010) cita aqueles 
cujo objeto refere-se a: 
 Contratos de compra:Aquisição remunerada de bens para fornecimento de 
uma só vez ou parceladamente. 
 Exemplo: aquisição de material de expediente, de suprimentos de informática, 
de microcomputadores, de móveis; 
 Contratos de obras:Construção, reforma, fabricação, recuperação ou 
ampliação. 
 Exemplo: construção de hidrelétricas, pontes, estradas, reforma ou ampliação 
de edifícios; 
 Contratosde serviços:Demolição, conserto, instalação, montagem, 
operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de 
bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais. 
 Exemplo: conserto de computadores, manutenção de jardins, locação de 
veículos, instalação de aparelhos de ar condicionado. 
 
 
 
29 
 
 
1. REFERÊNCIAS 
 
ALVARENGA, Carol. Modalidades de licitações: 12 mapas mentais para você 
nunca mais esquecer este assunto. S.D. Disponível em: 
https://esquemaria.com.br/modalidades-de-licitacoes-mapas-mentais/. Acesso em: 
08 de setembro de 2020. 
 
AMORIM FILHO, Manoel Henrique de; LEITE, Ligia Werneck Costa; CHAMBARELLI, 
Maria Amélia Pinheiro Pacheco. Parcerias público-privadas: uma classe de ativos 
para investimentos. Revista do BNDES, Rio de Janeiro, n. 44, p. [251]-309, dez. 
2015. 
 
BARRAL, Daniel de Andrade Oliveira. Gestão e fiscalização de contratos 
administrativos. Brasília: Enap, 2018. 124 p. Disponível em: 
https://repositorio.enap.gov.br/. Acesso em: 04 de setembro de 2020. 
 
BRASIL. Lei nº8.666, de 21 de junho de 1993.Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da 
Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração 
Pública e dá outras providências. Brasília, 1993.Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8666cons.htm#art126. Acesso em: 04 de 
setembro de 2020. 
 
BRASIL. Lei nº10.520, de 17 de julhode 2002.Institui, no âmbito da União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição 
Federal, modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e 
serviços comuns, e dá outras providências. Brasília, 2002.Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10520.htm. Acesso em: 04 de 
setembro de 2020. 
 
BRASIL. Lei nº11.079, de 30 de dezembro de 2004.Institui normas gerais para 
licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito da administração 
pública. Brasília, 2004.Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2004/lei/l11079.htm. Acesso em: 04 de setembro de 2020. 
 
FEHOESP. Diminui valor mínimo para celebrar contrato de PPP.2017. Disponível 
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contrato-de-ppp. Acesso em: 04 de setembro de 2020. 
 
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Eficiência Energética: Guia Prático para 
Projetos de Eficiência Energética em Edifícios Através de Parcerias Público-
Privadas. Brasília, 2017. Volume 1. 1ª Edição. 
 
PASELI. Princípios da Licitação Pública. 2015. Disponível em: 
http://paseliconsulting.com/pt/principios-da-licitacao-publica/. Acesso em: 08 de 
setembro de 2020. 
 
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. Licitações e contratos: orientações e 
jurisprudência do TCU. TCU, SecretariaGeral da Presidência: Senado Federal, 
Secretaria Especial de Editoração e Publicações. Brasília, 2010. 4ª edição. Disponível 
30 
 
 
em: https://portal.tcu.gov.br/biblioteca-digital/licitacoes-e-contratos-4-edicao.htm. 
Acesso em: 04 de setembro de 2020.

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