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Ana Clara Aguilar de Almeida – Atenção Integral à Saúde da Criança e do Adolescente I – Out. 2022 
1 
 
ADOLESCÊNCIA E PUBERDADE 
 
 ADOLESCÊNCIA 
 
- A adolescência é um período da vida que é definido por 
faixa etária. 
Adolescência e puberdade são coisas diferentes. 
Na puberdade há um momento de mudanças físicas, 
adquire caracteres sexuais secundários. 
Já a adolescência é um período que engloba a puberdade 
e mais algumas outras transformações. 
 
- De acordo com o Ministério da Saúde e OMS: 
 Adolescência – 10 a 20 anos de idade 
incompletos (10 a 19 anos). 
Legalmente, pelo instituto da criança e do adolescente a 
adolescência é definida de 12 a 18 anos (há uma 
divergência de alguns anos). 
 
A adolescência é um período de transformações físicas, 
psíquicas e sociais. 
O adolescente vai estar em uma fase de mudar o jeito de 
pensar, adquirir habilidades que vão ser mantidos na vida 
adulta, aspectos religiosos, aspectos de sexualidade. 
 
- ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO ADOLESCENTE: 
 
Desafio – promoção de saúde e prevenção de agravos, 
assistência e reabilitação da saúde e educação 
permanente. 
 
Tenta abordar todas as questões e transformações para 
prevenir alguns agravos, identificar alguns riscos e evitar 
que a criança se envolva com violência, drogas, etc. na 
atenção básica é o momento que tem para abordar essas 
questões. 
Muitas vezes demora de a criança ter confiança no 
médico, mas se conseguir deixar o adolescente a vontade, 
sempre se consultar com o mesmo medico, em algum 
momento ele se sente mais à vontade. 
Na maioria dos casos esses adolescentes vão 
acompanhados dos pais, então tem o momento da 
consulta que ele está acompanhado e tem momentos 
que se pede licença aos pais para conversar com ele 
sozinho e eventualmente precisa chamar esse 
responsável de novo para fazer esclarecimentos e dar 
informações que são necessárias. 
 
 
Linhas de Ação: 
 Acompanhamento do crescimento e do 
desenvolvimento físico e psicossocial 
 Saúde sexual e saúde reprodutiva – geralmente 
nessa idade já se inicia 
 Saúde bucal 
 Saúde mental 
 Prevenção ao uso de álcool e outras drogas 
 Prevenção e controle de agravos em saúde 
 Educação em saúde 
 Direitos humanos, a promoção da cultura de paz 
e a prevenção de violências e assistência às 
vítimas 
 
Preparo insuficiente para atendimento de adolescentes 
na APS – a Estratégia de Integração de Manejo dos 
Adolescentes e suas Necessidades (IMAN) da 
Organização Panamericana de Saúde (2005) foi criado 
para orientar esses pacientes e não deixar passar nada 
despercebido. 
 
Objetivos: 
 
1. PERGUNTAR 
 
Anamnese – adolescente ou acompanhante 
Se o adolescente incapaz de se expressar (ex.: déficit 
cognitivo, síndrome de down), perguntar ao 
acompanhante. 
 Queixas atuais – se tem algo atual que está 
incomodando 
 Doenças pregressas – é importante os pais, pois as 
vezes o paciente não lembra que já foi internado 
quando era menor 
 Antecedentes perinatais 
 Doenças na família 
 
Verificar adaptação sob o ponto de vista biopsicossocial 
(já avalia como ele fala, a postura, se o paciente consegue 
se expressar, se tem linguagem agressiva ou defensiva). 
 
Não deve somente conversar com os pais, deve conversar 
também com o adolescente e nos momentos que 
surgirem dificuldades deve envolver os pais. 
 
 
 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Atenção Integral à Saúde da Criança e do Adolescente I – Out. 2022 
2 
 
2. OBSERVAR 
 
 Realizar o exame físico – estadiamento puberal, 
medidas antropométricas, identificação de 
patologias 
Avalia estatura, peso, IMC, preencher a caderneta. 
 Avaliar crescimento e desenvolvimento 
 Avaliar a relação do adolescente com seus pares, 
com a família e com os adultos de referência 
 Identificar vulnerabilidades para antecipar 
problemas evitáveis – ex.: abuso sexual 
 
3. AVALIAR, DETERMINAR OU DIAGNOSTICAR 
 
Abordar questões psicossociais – se necessário 
referenciar 
 
Diagnosticar – se não houver necessidade de referenciar 
para serviços de maior complexidade 
 
 Explicar o diagnóstico e tirar dúvidas 
 Explicar como é o acompanhamento 
 Explicar as consequências de má adesão 
 Orientar sinais de alerta e retorno se necessário 
 
Determina se o tamanho e crescimento estão adequados 
para idade, como está o desenvolvimento, como está na 
escola, etc. 
 
Se não conseguir resolver o problema na atenção básica, 
deve encaminhar para um serviço especializado. 
Nunca deve diagnosticar ou suspeitar de uma doença e 
deixar de explicar ao paciente. 
Ex.: se precisar encaminhar para o cardiologista, deve 
explicar antes o motivo e as suspeitas, sinais de alerta, se 
é uma doença que tem risco de agudizar. 
 
4. TRATAR 
 
Iniciar o tratamento necessário para estabilizar o 
adolescente antes de referi-lo, caso necessário. 
Quem vai fazer o acompanhamento será o médico da 
família ou o pediatra ou o hebiatra (subespecialidade 
focada na adolescência). 
 
Caso não haja necessidade de referência: 
 Indicar o tratamento 
 Explicar claramente as alternativas terapêuticas 
 Envolver o adolescente nas alternativas mais 
convenientes – deve avaliar se ele vai conseguir 
aderir àquele tipo de tratamento 
 
5. ACOMPANHAR 
 
O acompanhamento deve ser realizado de acordo com o 
diagnóstico de cada paciente. A frequência de 
acompanhamento vai depender de cada patologia. 
 
Se adolescente saudável, acompanhar uma a duas vezes 
ao ano. 
 
6. ACONSELHAR OU ORIENTAR 
 
 Escutar o adolescente e sua família 
 Manejar casos sem preconceitos 
 Discutir soluções para os problemas apresentados 
a fim de prevenir riscos desnecessários 
 
- CADERNETA DE SAUDE DO ADOLESCENTE: 
 
A própria unidade básica de saúde que vai fornecer. Deve 
sempre anotar os pontos principais. 
 
 Instrumento de apoio à consulta, para registro de 
dados relevantes ao acompanhamento 
 Contém informações acerca do crescimento e 
desenvolvimento, alimentação saudável, 
prevenção de violências e promoção da cultura 
de paz, saúde bucal e saúde sexual e reprodutiva 
 Registro das medidas antropométricas, dos 
estágios de maturação sexual e das intervenções 
odontológicas 
 Calendário vacinal – checar imunizações 
 
 
**Ver quadro legível no final do material 
 
Tem algumas vacinas que se não foram feitas na infância 
e não estão completas, devem ser completadas. E tem 
algumas outras vacinas que não fazem mais. 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Atenção Integral à Saúde da Criança e do Adolescente I – Out. 2022 
3 
 
Ex.: hepatite B se o esquema estiver incompleto, deve 
completar. Mas se nunca foi vacinado, deve realizar o 
esquema todo, sendo as doses 0/1/6 meses. 
O tétano e difteria o reforço é a cada 10 anos. 
Febre amarela se o adolescente não tiver vacinado na 
infância, deve receber uma dose só, mas se vacinou com 
9 meses ele vai receber o reforço. 
Sarampo/caxumba/rubéola deve completar ou realizar o 
esquema todo. 
HPV meninos e meninas todos devem receber. Sendo 
meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, 2 
doses pelo SUS (quadrivalente – contra HPV 6/11/16/18, 
os subtipos 6/11 causam verruga e o 16/18 causam 
câncer). No privado são 3 doses. 
A meningocócica ACWY os adolescentes recebem uma 
dose de 11-12 anos. 
 
- A CONSULTA: 
 
 Privacidade – adolescentes podem ser atendidos 
sozinhos, caso desejem 
O início da consulta pode ser com o responsável ou não. 
Se tiver responsável, depois vai solicitar a sua retirada 
para conversar sozinho com o adolescente. 
 Confidencialidade e Sigilo – assegurar que as 
informações obtidas no atendimento não serão 
repassadas a ninguém (incluindo pais ou 
responsáveis) sem consentimento do 
adolescente 
Tem algumas situações que são necessárias a quebra do 
sigilo médico, mas deve avisar antes ao adolescente. 
Pode explicar antes quais são essas situações de quebra 
de sigilo. 
Mas deve deixar claro que a maior parte das informações 
vai permanecer ali na consulta. 
 Quebra de sigilo – informar sobre situações que 
requerem quebrade sigilo 
Sempre que houver risco à vida ou outros riscos 
importantes para o paciente ou para terceiros (violência 
sexual, ideação suicida, informação de homicídios, etc.) 
Informar que a quebra do sigilo não é realizada sem o 
conhecimento do paciente. 
 Por características próprias da adolescência, 
muitas vezes eles têm dificuldade de respeitar 
horários e datas de agendamento - serviço deve 
buscar mecanismos de organização mais flexíveis 
 
 
 
Quando não quebrar o sigilo: 
Inicialização sexual não avisa aos pais a não ser que tenha 
suspeita de violência sexual. 
Se o paciente experimentou algum psicoativo, mas não 
tem nenhum sinal de dependência ou de uso cada vez 
mais frequente, não precisa comunicar aos pais. 
Orientação sexual somente se o adolescente quiser 
contar. 
Prescrição de contraceptivos não precisa da presença dos 
pais. Pode prescrever pílula, injeção contraceptivo. Deve 
orientar que deve utilizar contraceptivos de barreiras por 
causa de doenças. Precisa ser um adolescente que 
entenda o uso dessas medicações, com maturidade. 
Quando houver alguma DST não deve informar aos pais 
também se não for HIV. Se for HIV deve quebrar o sigilo. 
Mas se forem outras doenças (ex.: sífilis, clamídia) que o 
paciente entenda que deve aderir ao tratamento, não 
precisa comunicar aos responsáveis. 
 
Quando quebrar o sigilo: 
Nas suspeitas de violência. Alguma situação que gere 
risco para o adolescente ou para terceiros. 
Qualquer tipo de violência – emocional, maus tratos, 
sexual, bullying. 
Quando o adolescente utiliza psicoativos com uma 
frequência cada vez maior ou está em dependência, deve 
quebrar o sigilo. 
Presença de autoagressões, ideação suicida, tentativa de 
fuga de casa ou vontade de fugir de casa, deve quebrar o 
sigilo e comunicar. 
Em casos de gravidez e abortamento deve quebrar o 
sigilo. 
Sorologia positiva para HIV deve comunicar aos 
responsáveis e com os parceiros. 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Atenção Integral à Saúde da Criança e do Adolescente I – Out. 2022 
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Se o adolescente não aderir a tratamentos que foram 
prescritos (ex.: tratamento de sífilis) deve comunicar aos 
responsáveis. 
No caso de diagnóstico de doenças graves tanto físicas 
quanto mentais, como esquizofrenia, quadros 
depressivos ou outros transtorno do campo mental. 
 
- DINÂMICA DA CONSULTA: 
 
 Idealmente, devem existir pelo menos dois 
momentos na consulta: um primeiro momento, 
com o adolescente e o responsável, e um segundo 
momento com o adolescente sozinho 
o Papel do Responsável – auxiliar no 
entendimento da dinâmica familiar, 
fornecimento de dados da história pregressa. 
Momento que observa a interação entre 
responsáveis e adolescente. 
o Adolescente Sozinho – expor percepção sobre 
acontecimentos de sua vida, abordagem de 
assuntos sigilosos 
 
Primeiro Momento – motivo da consulta, histórico 
pregresso e atual, estado vacinal (checar registro, vê se 
está completo ou precisa de adequar), dados da gestação 
e nascimento, hábitos alimentares, condições de 
habitação, se o adolescente trabalha, rendimento 
escolar, exposição a ambientes violentos, uso de 
tecnologia (tempo de tela), hábitos de sono, lazer, 
atividade física, atividades culturais, história familiar 
(doenças na família, configuração e dinâmica familiar, 
situações conflituosas, consanguinidade, etc.). 
 
Segundo Momento – percepção corporal e autoestima; 
relacionamento com a família (pode ser que na frente de 
outras pessoas é uma coisa e quando sai é outra); 
existência de conflitos; utilização das horas de lazer; 
relações sociais e grupo de iguais; desenvolvimento 
afetivo, emocional e sexual; espaços por onde o 
adolescente transita e mantém relacionamentos 
interpessoais – escola, comunidade, grupos de jovens, e 
trabalho; crenças e atividades religiosas; existência de 
situações de risco e vulnerabilidade; contato com drogas 
lícitas (álcool, tabaco, cigarro eletrônico, narguilés) e 
ilícitas; comportamentos sexuais, identidade de gênero e 
orientação; sexual saúde reprodutiva; gestações não 
planejadas; infecções sexualmente transmissíveis (IST’s); 
ocorrência de acidentes; submissão a violências; tempo 
de tela 
 
 Identificada presença de violência familiar ou de 
situações que exijam a quebra do sigilo médico, 
faz-se necessário nova etapa na anamnese em um 
terceiro momento – conversa a sós com os 
responsáveis 
o Orientar sobre hipóteses diagnósticas 
o Orientar condutas terapêuticas 
 
- PROTOCOLO DE HEEADSSS: 
 
Cada letra desse protocolo corresponde a uma pergunta 
que deve ser feita ao adolescente. 
 
Conhecer história psicossocial do modo mais completo 
possível, através de questões, para maximizar a 
comunicação e diminuir o estresse durante a consulta. 
 Aplicar questionário uma vez ao ano ou sempre 
que houver indícios de fato estressante (algum 
aspecto que pode gerar alteração nas respostas) 
 Tempo de preenchimento – 20 minutos 
 
A consulta com o adolescente no geral é demorada, pois 
terão pelo menos dois momentos (responsáveis + 
adolescente e depois somente o adolescente), depois 
ainda aplica mais 20min de questionário. Por isso deve ter 
uma flexibilidade na agenda, ter horário vago. 
 
 
 
Com alguns adolescentes deve ser necessária a 
adaptação, como o uso de gírias. Mas nunca deve ser de 
um jeito desrespeitoso ou constrangedor. 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Atenção Integral à Saúde da Criança e do Adolescente I – Out. 2022 
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É muito comum nessa idade ter distúrbios de auto 
imagem que acabam gerando distúrbios alimentares (ex.: 
anorexia, bulimia). 
 
Se perceber que houve alguma alteração, consegue 
perceber qual é o melhor momento de realizar 
novamente o questionário. 
 
- PERIODICIDADE DO ACOMPANHAMENTO: 
 
O acompanhamento vai depender do período que ele 
está da adolescência. 
 
 
Nas meninas o primeiro caractere sexual que aparece é o 
broto mamário e no menino é o aumento do volume 
testicular. Geralmente a menina quando tem a menarca 
(1-2 anos depois do broto mamário) ela já está 
desestabilizando para começar a desacelerar, e vai 
crescer no máximo mais 2 anos após a menarca. 
Quando identifica que a puberdade foi desencadeada, ele 
deve ter uma frequência de 3 em 3 meses entre as 
consultas. 
Quando o paciente está em um período de aceleração do 
estirão (do crescimento), deve acompanhar de 4 em 4 
meses. 
Quando adolescente tiver desacelerando o crescimento, 
deve atende-lo uma vez por ano até o fim do crescimento. 
E se tiver alguma patologia, a frequência será de acordo 
com a doença. 
 
Ex.: Meninas – surgiu o broto mamário, acompanha de 3 
em 3 meses. Depois da menarca acompanha de 4 em 4 
meses e depois acompanha mais uns 2 anos a cada ano. 
 
- EXAME FÍSICO: 
 
 Adolescente pode optar pela presença de um 
familiar, mas ele pode optar por não ter ninguém 
 Explicar como o exame é feito para reduzir a 
ansiedade do paciente 
 Apontar achados normais para tranquilizar o 
adolescente – ex.: após ausculta do pulmão, dizer 
que está tudo bem sem alterações 
 O exame físico é uma oportunidade de abordar 
temas educativos relacionados ao corpo e a 
hábitos de higiene – ex.: orientar que deve limpar 
o umbigo 
 Aferir pressão arterial (PA) de todo adolescente 
pelo menos uma vez ao ano a não ser que tenha 
alguma alteração 
Para colocar o manguito para aferir a pressão, deve 
utilizar a fita métrica, medir a distancia do ombro até o 
cotovelo (do acrômio até o olecrano), acha o ponto médio 
dessa distância. No ponto médio, mede o diâmetro do 
braço (circunferência) e deve pegar um esfigma do 
tamanho ideal para aquele braço. 
O esfigma apertado vai superestimar a PA e se estiver 
largo, vai subestimar a PA. 
 
- CRESCIMENTO: 
 
 Evolução da altura de um indivíduo em função do 
tempo 
Avaliar o tamanho comparando com ele mesmo e com os 
demais adolescentes da mesma idade. 
 Avaliar crescimento: repetidas determinações da 
estatura, em intervalos regulares (em média a 
cada seis meses), inscritas em gráficos 
padronizados Velocidade de crescimento – importante 
indicador de normalidade. Avalia cm/ano, mas 
não precisa esperar um ano para ver o quanto ele 
cresceu. 
Deve pegar um período de 4-6 meses, vê quanto ele 
mede, faz uma regra de 3 e consegue estimar +- quanto 
ele está crescendo por ano. Tem um padrão que 
consegue prever pela curva. 
o Padrão linear previsível – 10 a 30 cm (em 
média 20 cm) durante a puberdade 
o Média de velocidade máxima de 
crescimento – 10 cm/ano para o sexo 
masculino (13 e 14 anos) e 9 cm/ano para 
o sexo feminino (11 e 12 anos) 
O adolescente do sexo masculino vai crescer até +- 18 
anos, mas o pico de crescimento está entre 13-14 anos 
(quando ele cresce esses 10 cm/ano). 
No sexo feminino o pico é entre 11-12 anos. 
o Após a menarca, as meninas crescem no 
máximo 5 a 7 cm 
 
Ao todo, os adolescentes crescem de 10-30 cm durante 
toda a puberdade. 
 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Atenção Integral à Saúde da Criança e do Adolescente I – Out. 2022 
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- SEQUÊNCIA DO CRESCIMENTO: 
 
 Ordem de crescimento – extremidades (pés) ao 
tronco 
 Meninos – alargamento do diâmetro biacromial 
(medida entre os ombros) 
 Meninas – alargamento do diâmetro biilíaco 
(pelve) 
 Pelos axilares e faciais – surgem 
aproximadamente 2 anos após os pelos 
pubianos, principalmente nos meninos 
 Alterações morfológicas na laringe – cordas 
vocais mais espessas e longas – voz mais grave 
(muda vocal). Ocorre nos dois sexos, mas é mais 
evidente nos meninos 
o Completa-se ao longo de 6 meses esse 
processo de muda vocal 
o Pelos faciais indicam final desse processo de 
muda vocal 
 
 
Anota a data, idade do adolescente, as medidas 
antropométricas, maturação sexual (sinais de 
puberdade), pressão arterial uma vez por ano. 
 
 
 
 
Faz as marcações nos gráficos de estatura por idade e IMC 
por idade. 
Nos adolescentes são utilizados esses dois gráficos 
principalmente. 
 
 
Resumo das perguntas e passos que faz no atendimento 
e o que pode encontrar de alterado com relação às 
medidas antropométricas, estatura, etc. 
 
 Cálculo da Estatura Alvo: 
 
Meninas = altura da mãe (cm) + (altura do pai (cm) – 13)/2 
Meninos = altura da mãe (cm) + (altura do pai (cm) + 13)/2 
 
Sempre no final dos dois cálculos considerar ±5 
 
Baixa estatura – 20% patológico 
 80% restantes se dividem entre baixa 
estatura constitucional e familiar 
 
 Distúrbios de autoimagem são muito comuns 
nessa faixa etária 
 Importante incidência de transtornos 
alimentares nesse grupo, principalmente no sexo 
feminino (críticas e comparações aos colegas) 
o Anorexia nervosa 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Atenção Integral à Saúde da Criança e do Adolescente I – Out. 2022 
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o Bulimia 
 Obesidade e comorbidades devem ser tratadas 
para evitar prejuízo emocional e complicações 
clínicas 
 
 PUBERDADE 
 
 Puberdade – latim pubertate (idade fértil) 
Já está se preparando para ser capaz de gerar um 
descendente. 
 Período de modificações biológicas, físicas, 
morfológicas e funcionais que ocorre na 
adolescência 
 Não é sinônimo de adolescência, mas sim, faz 
parte da adolescência 
Adolescência é uma fase e a puberdade é um período de 
mudança fisiológica 
 Período relativamente curto – 2 a 4 anos de 
duração 
 
- MUDANÇAS DA PUBERDADE: 
 
 Aceleração (estirão de crescimento) e 
desaceleração do crescimento ponderal e 
estatural 
No estirão de crescimento a menina cresce 9 cm/ano e os 
meninos 10 cm/ano. 
Paciente vai ter aumento tanto de estatura quanto de 
peso significativo proporcional. 
 Modificação da composição e proporção corporal 
(crescimento esquelético, muscular e 
redistribuição do tecido adiposo) 
Meninos normalmente terão uma massa muscular maior 
que a menina. 
 Desenvolvimento de todos os sistemas do 
organismo 
 Maturação sexual com o surgimento de 
caracteres sexuais secundários – mamas, pelos 
pubianos, faciais e axilares, aumento dos 
testículos, aumento do pênis 
 Reorganização neuroendócrina, com integração 
de mecanismos genéticos e ambientais 
 
- FISIOLOGIA DA PUBERDADE: 
 
 Ainda não é completamente elucidada 
 Reativação de hormônios hipotalâmicos 
secretam, de maneira pulsátil, o hormônio 
liberador de gonadotrofinas (GnRH) – liberação 
pulsátil do hormônio folículo estimulante (FSH) e 
do hormônio Luteinizante (LH) 
LH e FSH vão estimular a liberação de testosterona, 
estrogênios. 
Inicialmente esse processo ocorre no período 
noturno, depois estabelece-se um ritmo circadiano 
que vai independer dos hábitos de sono. 
 O crescimento e o desenvolvimento são 
determinados por fatores genéticos e 
ambientais 
Sempre vai depender da interação entre genética e 
ambiente. 
O desenvolvimento sexual é mais tardio nas classes 
econômicas desfavorecidas, pelos fatores ambientais. 
 Sexo Masculino – LH estimula a produção de 
testosterona pelas células de Leydig e o FSH 
estimula a espermatogênese (espermatozoides) 
 Sexo Feminino – LH estimula a luteinização dos 
ovários e o FSH o desenvolvimento dos folículos 
 
Hipotálamo libera GnRH, estimula a hipófise liberar LH e 
FSH que estimula a produção testicular de testosterona 
nos meninos para espermatogênese e no sexo feminino 
o LH estimula a luteinização dos ovários e FSH estimula o 
desenvolvimento dos folículos. 
 
- PUBERDADE NORMAL: 
 
 Crescimento esquelético linear (estirão puberal, 
aumento da velocidade de crescimento) 
 
10 a 12 cm/ano no sexo MASCULINO 
8 a 10 cm/ano no sexo FEMININO 
 
 Alteração da forma e composição corporal 
 Desenvolvimento de todos os órgãos e sistemas 
(exceto sistema linfoide, em involução) 
Até os 9-10 anos terá um aumento dos linfonodos. Em 
crianças é comum palpar linfonodo inguinal e alguns 
outros linfonodos. Na adolescência esses linfonodos 
começam a regredir e crescem menos. 
O único sistema que não se desenvolve na adolescência é 
o sistema linfoide que estará em involução. 
 Desenvolvimento gonadal e das características 
sexuais secundárias, com aquisição de 
maturidade reprodutiva 
 
 
 
 
Ana Clara Aguilar de Almeida – Atenção Integral à Saúde da Criança e do Adolescente I – Out. 2022 
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- MATURAÇÃO SEXUAL: 
 
 Sexo MASCULINO – testosterona 
o Entre os 9 e 14 anos – antes de 9 será 
puberdade precoce e depois de 14 anos será 
puberdade tardia 
o Aumento simétrico e simultâneo dos 
testículos – 4cm3 
Primeiro evento da puberdade em meninos será esse 
aumento do volume testicular. 
É avaliado esse tamanho através do Orquidômetro. 
Se tiver algum aumento assimétrico deve pensar se tem 
algum fator local (ex.: tumor). 
O testículo adulto varia entre 12 e 25 cm3. 
 
 
Na imagem acima: Orquidômetro de Prader 
Pega em uma mão o orquidômetro e na outra mão pega 
o testículo e faz a comparação. 
 
o Em sequência: crescimento de pelos 
pubianos, desenvolvimento do pênis em 
comprimento e depois em diâmetro 
(espessura), aparecimento de pelos axilares 
e faciais e estirão puberal (aceleração do 
estirão em G3) 
Estirão nos meninos ocorre nos 13-14 anos e esse 
adolescente estará em G3. 
G1 o menino é pré-púbere, não tem aumento do 
testículo. 
G2 está púbere com 4cm3 de testículo. E o pico de 
crescimento do adolescente menino será em G3. 
o Espermatogênese por volta do 4º estágio 
puberal de Tanner (G4) 
 
 Sexo FEMININO – Estrogênio e Progesterona 
o Entre 8 e 13 anos – puberdade precoce em 
meninas será antes de 8 anos e puberdade 
tardia será após 13 anos. 
o Broto mamário – primeiro evento da 
puberdade em meninas. Palpação da 
glândula mamaria 
o Em sequência: pelos pubianos e estirão 
(inicia-se em M2) 
Começam junto com o broto mamário, por volta de 11-12 
anos (M2) 
o Menarca (em M4): cerca de um ano após o 
pico de velocidade de crescimento; 2 a 2 
anos e meio após telarca (para de crescer) 
Geralmente os primeiros ciclos menstruais são 
anovulatórios, o tempo varia de paciente para paciente. 
 
 
Na imagem acima: Estadiamento puberal de Turner nos 
meninos. 
Se o adolescente estiver confortável pode examinar,mas 
se ele recusar pode mostrar a tabela e pede para ele 
apontar em qual estágio ele está. 
Estágio 1 (G1 e P1) – de genitália e pelificação é pré-
púbere, pelugem ou nenhum pelo 
Estágio 2 (G2 e P2) – terá aumento testicular e começa a 
ter uma hipervascularização da bolsa escrotal, pode ter 
um escurecimento da pele da bolsa escrotal e terá o 
testículo com 4 cm3 
Terá um crescimento dos pelos na região pubiana, mas 
alguns pelos finos e longos, escuros e lisos. 
Estágio 3 (G3 e P3) – aumento da bolsa escrotal, aumento 
do testículo e isso vai ser diferente para cada paciente. 
Terá um aumento do pênis em comprimento. 
Os pelos começam a ficar mais escuros, mais espessos e 
encaracolados 
Estágio 4 (G4 e P4) – aumento da bolsa escrotal, aumento 
do testículo, pênis ainda pode ter um crescimento em 
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comprimento, mas também terá crescimento em 
diâmetro. 
Já em o aspecto do pelo adulto, mas em menor 
quantidade. 
Estágio 5 (G5 e P5) – pênis do adulto, genitália adulta. 
Pelos se estendem até raiz de coxa. 
 
Em alguns casos tem o estágio P6 que os pelos crescem 
em direção ao abdome (linha alba). 
 
 
Na imagem acima: Estadiamento puberal de Turner nas 
meninas. 
Estágio 1 (M1 e P1) – Não tem mamas e não tem broto 
mamário. Não tem desenvolvimento de genitália. Não 
tem pelos ou pelugem. 
Estágio 2 (M2 e P2) – começa a sentir o broto mamário. 
Na palpação sente um espessamento e surgimento das 
glândulas debaixo das aréolas. 
Pelos mais escuros, finos e lisos. 
Estágio 3 (M3 e P3) – terá um aumento da aréola e 
acumulo das glândulas fora dos limites das aréolas. 
Pelos mais grosso, mais escuro e um pouco encaracolado. 
Estágio 4 (M4 e P4) – aréola projeta para frente e cresce 
mais e se destaca do seio, ficando mais saliente. Terá mais 
acumulo de glândula e mais acumulo de gordura, começa 
a ter o formato da glândula adulta, mas ainda não está 
pendente. 
Pelo com aspecto adulto na região pubiana. 
Estágio 5 (M5 e P5) – mama adulta. A aréola volta para os 
contornos da mama e a mama terá mais glândulas e 
gordura e ficará mais pendente. 
Pelo atinge raiz de coxas. 
 
Em alguns casos pode ter o estágio P6 que os pelos 
atingem linha alba. 
 
 
Na imagem acima: Gráficos com relação ao estirão e 
estadiamento puberal. 
No sexo masculino o pico estará em G4. Meninos 
desaceleram em G5, perto dos 18 anos. 
Na menina o estirão começa em M2 e o pico estará em 
M3. A menina tem a menarca como um sinal biológico 
que ela está desacelerando desse pico. 
 
Meninos crescem mais cm por ano e por um período 
maior que as meninas. 
 
- PUBERDADE PRECOCE: 
 
 Meninas: abaixo de 8 anos / Meninos: abaixo de 
9 anos 
 Em caso de pubarca (desenvolvimento dos pelos) 
ou telarca (desenvolvimento das glândulas 
mamárias) antes dos 8 anos, mas sem aceleração 
da velocidade de crescimento ou avanço da idade 
óssea, deve observar (não preocupa tanto) 
 O intervalo entre 2 estágios puberais (ex.: entre 
G2 e G3) é de cerca de 1 ano 
Intervalos < 6 meses devem ser considerados anormais 
 Riscos da puberdade precoce: baixa estatura e 
distúrbios psicossociais, além do aumento do 
risco de abuso 
 Causas de puberdade precoce: tumores 
hipotalâmicos, anóxia perinatal, quimioterapia 
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ou radioterapia do SNC (pode afetar hipotálamo 
e hipófise), maturação hipotalâmica secundária à 
exposição precoce a esteroides sexuais 
endógenos ou exógenos, tratamento com 
estrogênios conjugados por tempo prolongado 
Se tiver um medicamento que aumenta os níveis de 
hormônios sexuais, isso pode interferir no 
desencadeamento da puberdade. 
 
Investigação da Puberdade Precoce: 
 
 Medir concentrações de LH, FSH, estradiol, 
testosterona, DHEA-S, 17OHP. Devem ser 
realizados conforme o quadro clínico 
apresentado 
 Em alguns casos, é necessário o teste de estímulo 
com GnRH 
Identificar se a puberdade é precoce de origem central. 
 Ultrassonografia pélvica, de região adrenal, 
abdominal e/ou testicular, além de radiografia de 
punho para avaliação da idade óssea, podem 
auxiliar no diagnóstico etiológico e 
acompanhamento da evolução 
Ex.: Radiografia de idade óssea, se o paciente tem 10 
anos, com idade óssea de 12, dentro do contexto de 
puberdade precoce esse paciente tem mais um dado a 
favor que ele desenvolveu a puberdade precoce, antes da 
hora (cresceu a idade cronológica dele). 
 Nos casos de puberdade precoce central 
(hipotálamo/hipófise), a ressonância magnética 
de sela túrcica deve ser realizada em todas as 
meninas com menos de seis anos de idade e em 
todos os meninos que apresentarem puberdade 
precoce (abaixo de 9 anos), bem como em todas 
as crianças com sintomas neurológicos 
 
- ATRASO PUBERAL: 
 
 Ausência de telarca (desenvolvimento das 
mamas) após os 13 anos (MENINAS) 
 Ausência de aumento testicular após os 14 anos 
(MENINOS) 
 
Atenção: pubarca (desenvolvimento dos pelos) precoce 
não é sinônimo de início da puberdade (pode ser um 
estímulo androgênico da suprarrenal). 
A suprarrenal produz os hormônios androgênios por 
outros mecanismos sem ser LH e FSH. 
 
 Grupos causais: 
o Retardo puberal (atraso constitucional da 
puberdade – baixa estatura e idade óssea 
atrasada; doenças crônicas; 
endocrinopatias), 
o Hipogonadismo hipogonadotrófico 
(alterações a nível hipotalâmico ou 
hipofisáfico, com redução do LH e do FSH: 
hipogonadismo hipogonadotrófico 
idiopático – deficiência congênita de GnRH –
, ausência isolada de LH ou de FSH, síndrome 
de Prader-Willi, craniofaringioma, radiação, 
etc), 
o Hipogonadismo hipergonadotrófico 
(alterações gonadais: produção dos 
hormônios sexuais – testosterona e 
estrogênio – pequena ou ausente; ausência 
de feedback negativo eleva os níveis de 
gonadotrofinas; causas: síndrome de 
Klinenfelter, síndrome de Turner, síndrome 
de Noonan, radiação, etc.) 
 
Nestes casos deve avaliar história e exame clínico, a idade 
óssea, dosagem de LH/FSH e dos hormônios sexuais. 
Se tiver baixo LH/FSH deve pensar em um 
Hipogonadismo Hipogonadotrófico. 
Se tiver aumento de LH/FSH vai ser um Hipogonadismo 
Hipergonadotrófico, pois terá aumento da produção de 
LH e FSH. 
 
 
As principais causas genéticas são investigadas pelo 
cariótipo. 
Ex.: se tiver uma menina, com baixa estatura, sem 
desenvolvimento de caracteres sexuais secundários e 
com outros estigmas genéticos. Deve realizar o cariótipo 
e o mais comum é Síndrome de Turner. 
Ex.: Menino alto, sem desenvolvimento de caracteres 
sexuais secundários, pode ter características 
feminilizadas pode ser Síndrome de Klinefelter. 
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Ex.: se for alguma influencia de hormônio sexual 
endógeno ou exógeno terão como principais causas um 
erro na síntese de testosterona, alterações das células de 
Leydig, ausência de testículo, tumor testicular que deixa 
de produzir testosterona, etc. 
 
Desnutrição não terá gordura para produzir androgênio, 
não terá proteína e energia. 
Doenças crônicas, hipotireoidismo também podem afetar 
o desenvolvimento da puberdade. 
 
Hipogonadismo Hipogonadotrófico – DISFUNÇÃO 
CENTRAL 
Hipogonadismo Hipergonadotrófico – DISFUNÇÃO 
GONADAL (Periférico) 
 
 
- SITUAÇÕES CLÍNICAS MAIS COMUNS: 
 
 Ginecomastia – evento pubertário comum, 
geralmente no estágio G3 de Tanner (diferenciar 
de lipomastia; pode ser transitório ou 
permanente, fisiológico ou patológico) 
Ginecomastia é diferente da telarca. 
Ginecomastia tem aumento da gordura somente e não 
tem aumento da glândula. Pode ocorrer em meninos 
durante o desenvolvimento sexual, normalmente no G3 
e deve somente acompanhar. Deve diferenciar se é 
somente ginecomastia ou se é glândula também (pode 
ser fisiológico ou patológico). 
 Hirsutismo – evento isolado? SOP? 
Crescimento de pelos onde não deveria,principalmente 
nas meninas (barba, bigode). 
Deve avaliar se é isolado ou se tem relação com alguma 
doença. 
 Micropênis – pênis normalmente formado, 
anormalmente pequeno, com um comprimento 
inferior a 2,5 desvios-padrão (DP) abaixo da 
média da idade ou do estágio de 
desenvolvimento sexual 
 Acne 
 Febre reumática 
 Escoliose 
 Cifose 
 Doença de Osgood-Schlatter 
 Anemias 
 Infecções do trato urinário 
 Hidrocele 
 Varicocele 
 Dismenorreia 
 
Ex.: se ver um menino no início do desenvolvimento 
sexual com aumento de mama, primeira coisa deve 
avaliar se é gordura ou glândula. Se for gordura deve 
somente acompanhar e se for glândulas deve avaliar caso 
a caso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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