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CONCURSO TRE-SP, ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS – ADMINISTRAÇÃO PÚLICA QUESTÕES COMENTADAS 1. (2017 FCC TRE-SP Analista Judiciário – Área administrativa) Diferentes teorias foram desenvolvidas para explicar o fenômeno da liderança, algumas mais centradas nas características pessoais do líder e outras com foco na sua interação com o ambiente. Nesse contexto, o modelo proposto nos estudos de Fielder, que isolou determinados critérios situacionais, apresenta, entre outras, a seguinte conclusão: (A) o líder eficaz orienta sua atuação para dois aspectos, simultaneamente: ênfase na produção e ênfase nas pessoas. (B) o líder orientado para a tarefa tende a ter desempenho melhor em situações extremas, incluindo as muito desfavoráveis. (C) o estresse afeta, favoravelmente, a atuação do líder, aguçando a racionalidade e propiciando a motivação da equipe. (D) em situações muito favoráveis, o líder orientado para as pessoas é o mais adequado, porém enseja desmotivação e rotatividade. (E) a maturidade dos subordinados é um elemento fundamental e deve ser cotejada com o estilo de liderança adotada. COMENTÁRIO: De acordo com o modelo proposto por Fielder, o líder orientado para a tarefa é mais adequado em situações extremas e desfavoráveis. Isso se deve ao fato de que o líder com esse estilo de liderança ter como prioridade principal alcançar os objetivos da equipe, focando em sua produção e eficiência. Em situações adversas, esse tipo de líder será capaz de motivar a equipe e garantir a realização da tarefa, mesmo sob pressão. Por outro lado, o líder orientado para as pessoas tende a se preocupar mais com o bem-estar e as necessidades dos subordinados, o que pode ser mais adequado em situações muito favoráveis. Entretanto, em situações muito adversas, esse estilo de liderança pode não ser efetivo, pois pode haver desmotivação e rotatividade da equipe. Dessa forma, podemos concluir que o estilo de liderança a ser adotado depende das circunstâncias situacionais e que o líder orientado para a tarefa é mais eficaz em situações extremas e desfavoráveis. RESPOSTA: b. 2. (2017 FCC TRE-SP Analista Judiciário – Área administrativa) O grau de maturidade na gestão de processos que uma organização pode atingir, depende, em grande medida, do conhecimento das equipes envolvidas e da minimização de riscos e de efeitos indesejados. Na visão da Society for Design and Process Science – SDPS, consideram-se processos encenados aqueles (A) correspondentes ao nível mais precário de gestão de riscos, demandando mapeamento e modelagem para adequação. (B) que servem como paradigma para o desenho dos processos da própria organização, fornecendo premissas para modelagem. (C) que traduzem o grau ótimo de gestão de riscos, obtido a partir do envolvimento da equipe em dinâmicas de grupo. (D) realizados conforme os modelos desenhados, simulados e emulados, correspondente ao Nível 4 de maturidade. (E) correspondentes ao nível 5, otimizado, proposto pela visão do CBOK – Business Process Maturity. COMENTÁRIO: De acordo com a visão da Society for Design and Process Science (SDPS), os processos encenados são aqueles realizados conforme os modelos desenhados, simulados e emulados. Este tipo de processo é considerado equivalente ao Nível 4 de maturidade em termos de gestão de processos. Ao realizar os processos de acordo com os modelos pré-definidos, é possível garantir uma maior eficiência, minimizando os riscos e efeitos indesejados. Além disso, a equipe envolvida no processo estará mais capacitada, tendo conhecimento sobre as atividades e as suas devidas execuções. Portanto, a realização de processos encenados reflete um alto grau de maturidade na gestão de processos, o que pode ser considerado uma vantagem competitiva para a organização. É importante ressaltar que essa maturidade é alcançada a partir do envolvimento da equipe em dinâmicas de grupo, o que contribui para o aprimoramento contínuo da gestão de processos na organização. RESPOSTA: d. 3. (2017 FCC TRE-SP Analista Judiciário – Área administrativa) A literatura aponta um claro discrimen entre as atividades rotineiras de uma organização e aquelas que são caracterizadas como projetos. Esse conceito restou sintetizado em uma das principais publicações do Project Management Institute – PMI, o PMBOK, que define projeto como um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo. Um dos conceitos apresentados pelo PMBOK, relacionado às áreas de conhecimento para o gerenciamento de projetos, é a Estrutura Analítica do Projeto – EAP, que pode ser entendida como (A) o fluxograma de todos os processos envolvidos na realização do projeto, com identificação da estimativa de tempo para cada tarefa. (B) a alocação do projeto dentro das prioridades da organização e sua consequente hierarquização. (C) o mapeamento dos pontos críticos do projeto, denominados “bottlenecks” (gargalos). (D) a descrição detalhada do projeto e do produto ou serviço resultante, correspondente ao seu escopo. (E) a subdivisão das entregas e do trabalho a ser executado pela equipe envolvida no projeto, até sua menor divisão, denominada “pacotes de trabalho”. COMENTÁRIO: A Estrutura Analítica do Projeto (EAP) é uma técnica utilizada para subdividir as entregas e o trabalho a ser executado pela equipe envolvida em um projeto, até sua menor divisão, denominada "pacotes de trabalho". Esta subdivisão permite uma melhor identificação e gerenciamento das atividades e entregas, bem como uma melhor compreensão da complexidade do projeto e das interdependências entre as diversas atividades. A EAP é uma representação hierárquica do projeto, onde os pacotes de trabalho são apresentados de forma ordenada e lógica, permitindo uma visão geral do projeto e sua estruturação. O uso da EAP também é útil para a definição de responsabilidades e para a alocação de recursos, tornando possível uma melhor gestão do tempo, dos custos e dos riscos associados ao projeto. Portanto, a alternativa E, "a subdivisão das entregas e do trabalho a ser executado pela equipe envolvida no projeto, até sua menor divisão, denominada “pacotes de trabalho”", é a correta, pois descreve a principal função da EAP. RESPOSTA: e. 4. (2017 FCC TRE-SP Analista Judiciário – Área administrativa) A motivação é um tema de suma importância na gestão organizacional e, nesse sentido, diversas teorias buscam explicá-la. Entre as teorias denominadas de conteúdo, uma das mais representativas é a Teoria das Necessidades Adquiridas, desenvolvida por David Mcclelland, segundo a qual (A) a busca de realização, representada pela luta pelo sucesso, é um fator secundário na dinâmica da motivação, denominado expectância. (B) os fatores extrínsecos que geram a motivação não são passíveis de controle, podendo, contudo, ser transformados em recompensas. (C) um dos motivos que orientam a dinâmica do comportamento é o desejo de relacionamentos interpessoais amigáveis, denominado afiliação. (D) o que determina a motivação é a correlação estabelecida entre a tarefa e a recompensa para a sua realização, denominada valência. (E) existem necessidades individuais cuja busca pela satisfação se sucede, hierarquicamente, sendo esse o cerne do processo motivacional. COMENTÁRIO: A Teoria das Necessidades Adquiridas de David Mcclelland aborda que existem três necessidades básicas que motivam as pessoas: a necessidade de realização, a necessidade de poder e a necessidade de afiliação. De acordo com a teoria, o desejo de relacionamentos interpessoais amigáveis é uma dessas necessidades básicas e é denominado de "afiliação". O indivíduo busca aprovação e reconhecimento pelos outros, e isso pode ser motivador para o seu comportamento. Portanto,a alternativa C está correta, pois afirma que um dos motivos que orientam a dinâmica do comportamento é o desejo de relacionamentos interpessoais amigáveis. RESPOSTA: c. 5. (2017 FCC TRE-SP Analista Judiciário – Área administrativa) As organizações podem ser estruturadas de diferentes formas e cada tipo de estrutura se mostra mais adequado para determinada finalidade. Uma dessas modalidades é a denominada estrutura divisional, implantada inicialmente por Alfred Sloan na General Motors. Outra, é conhecida como estrutura matricial, que passou a ser implementada a partir do final do século XX. Uma das principais diferenças entre elas é que (A) a divisional apura lucro ou prejuízo por centros de resultados e a matricial dentro do sistema contábil para o conjunto da empresa. (B) ambas possuem unidades com autonomia, denominadas centros de resultados, porém apenas a matricial possui órgãos com duração limitada, ligados a determinados projetos. (C) a divisional é departamentalizada pelo critério funcional no primeiro nível, enquanto a matricial é dividida por produto. (D) ambas são orientadas por projeto, sendo a divisional organizada de forma verticalizada e a matricial em cadeias horizontais. (E) a matricial é mais estável, com órgãos divididos por áreas de especialização, enquanto a divisional é mais flexível e pode ser ajustada de acordo com a produção. COMENTÁRIO: A estrutura divisional, implantada inicialmente por Alfred Sloan na General Motors, é departamentalizada por produto ou geograficamente, cada divisão agindo de forma independente, com seu próprio orçamento, planejamento e gestão. Isso permite uma melhor adequação às diferentes condições de mercado e aos diferentes tipos de produtos, aumentando a eficiência. Já a estrutura matricial, implantada a partir do final do século XX, é caracterizada pela combinação de diferentes tipos de departamentalização, como funcional e por produto, permitindo a utilização de recursos de forma mais eficiente em projetos específicos. Essa estrutura possui unidades com autonomia, denominadas centros de resultados, e também órgãos com duração limitada, ligados a determinados projetos, o que a diferencia da estrutura divisional. Assim, podemos afirmar que a alternativa correta é a letra B, pois afirma que ambas as estruturas possuem unidades com autonomia, denominadas centros de resultados, mas apenas a matricial possui órgãos com duração limitada, ligados a determinados projetos. RESPOSTA: b. 6. (2017 FCC TRE-SP Analista Judiciário – Área administrativa) Uma das atividades próprias do administrador é a que diz respeito ao controle, no bojo da qual se insere: (A) medir e corrigir o desempenho de subordinados para assegurar que os objetivos e metas da organização sejam atingidos. (B) fixação de critérios de avaliação do desempenho individual de cada colaborador em função dos resultados almejados. (C) o denominado ajuste espontâneo, que corresponde ao alinhamento da ação às circunstâncias ambientais. (D) estabelecimento de metas de curto, médio e longo prazo e a verificação do correspondente cumprimento. (E) apenas medidas de natureza estritamente financeira, em especial contenção de gastos e revisão de estratégias voltadas para a busca da eficiência. COMENTÁRIO: O controle é uma das atividades principais do administrador, sendo crucial para garantir o alcance dos objetivos e metas da organização. Ele envolve a verificação dos resultados da organização e a tomada de medidas corretivas se necessário. A alternativa correta é a letra A, que se refere a medir e corrigir o desempenho de subordinados. O controle permite avaliar o desempenho de cada colaborador e compará-lo com as metas e objetivos estabelecidos pela organização. Isso é crucial para garantir que as ações estejam alinhadas ao que se pretende alcançar e para tomar medidas corretivas, caso necessário. A letra B se refere à fixação de critérios de avaliação do desempenho individual de cada colaborador. Esta atividade é importante para o controle, mas não é a principal, uma vez que o controle não se limita à avaliação do desempenho individual, mas sim ao desempenho da organização como um todo. A letra C se refere ao ajuste espontâneo, que não é uma atividade típica do controle, mas sim uma reação às circunstâncias ambientais. A letra D se refere ao estabelecimento de metas e verificação do cumprimento. Esta atividade é importante, mas não se limita ao controle, que é uma atividade mais ampla e abrangente. A letra E se refere apenas às medidas financeiras, o que é insuficiente para caracterizar o controle, que abrange muito mais do que questões financeiras, mas também questões de desempenho, qualidade, entre outros aspectos importantes. RESPOSTA: a. 7. (2017 FCC TRE-SP Analista Judiciário – Área administrativa) Um dos aspectos comumente apontados como diferenciação entre os conceitos de clima e cultura organizacional consiste em que (A) cultura possui apenas elementos intrínsecos, e clima aspectos extrínsecos, denominados artefatos observáveis. (B) cultura é mais profunda, representando os pressupostos básicos do clima organizacional. (C) clima possui natureza descritiva, representando o ser, e cultura prescritiva, representando o dever-ser. (D) clima comporta mensuração, por meio de pesquisas, e cultura alteração, com base em ritos de degradação. (E) clima possui natureza avaliativa, podendo ser classificado como favorável ou não, enquanto a cultura é descritiva, objeto de constatação. COMENTÁRIO: A noção de clima organizacional está relacionada com a percepção dos indivíduos sobre as condições que permeiam o ambiente de trabalho. A ideia de clima organizacional é avaliar a qualidade do ambiente interno da organização, permitindo medir o grau de satisfação dos funcionários, sua motivação, seu comprometimento e outros aspectos relevantes para o desenvolvimento do trabalho. Por outro lado, a cultura organizacional refere-se ao conjunto de valores, crenças, atitudes, normas e comportamentos compartilhados por todos os membros da organização, e é vista como algo mais profundo e de difícil mudança em comparação com o clima organizacional. Em resumo, o clima organizacional é uma medida avaliativa do ambiente interno da organização, enquanto a cultura organizacional é uma descrição mais profunda e ampla do conjunto de valores e comportamentos compartilhados pela organização. RESPOSTA: e. 8. (2017 FCC TRE-SP Analista Judiciário – Área administrativa) A partir de divergências de percepções e ideias, os componentes de uma organização podem se colocar em posições antagônicas, caracterizando uma situação conflitiva. O conflito, conquanto inevitável, deve ser gerenciado, havendo diferentes abordagens para a gestão de conflitos, entre elas a que procura minimizar as diferenças entre os grupos, identificando objetivos comuns, ou, ainda, promovendo o reagrupamento de indivíduos. Trata-se da abordagem (A) interativa. (B) de processo. (C) estrutural. (D) mista. (E) distributiva. COMENTÁRIO: A abordagem de processo em gestão de conflitos se concentra em compreender e resolver o conflito através do desenvolvimento de uma compreensão mútua e da construção de soluções que atendam aos interesses de todas as partes envolvidas. Em contraposição, a abordagem estrutural se concentra em mudar a estrutura da organização para prevenir futuros conflitos, identificando as fontes subjacentes de conflito e realizando mudanças em políticas, estruturas ou processos para eliminar as causas do conflito. Nesta questão, a resposta correta é a letra C, pois se trata da abordagem estrutural na gestão de conflitos. RESPOSTA: c. 9. (2017 FCC TRE-SP Analista Judiciário – Área administrativa) Uma determinada entidadeintegrante da Administração pública pretende aplicar conceitos de gestão por competências, para recrutamento, avaliação, movimentação e remuneração de seus integrantes. Nesse contexto, uma das principais etapas a serem percorridas consiste no denominado mapeamento de competências, que corresponde (A) à identificação das competências técnicas e comportamentais necessárias para o desempenho de cada cargo ou função da organização. (B) à prospecção dos melhores profissionais disponíveis no mercado e ao recrutamento e seleção para atuar na organização. (C) ao desenho de cargos e funções de acordo com os desafios e oportunidades identificadas com base nos cenários apresentados. (D) à identificação da missão e da visão da organização, bem como de suas forças e fraquezas. (E) à identificação dos melhores profissionais disponíveis na organização e à alocação dos mesmos em postos estratégicos. COMENTÁRIO: O mapeamento de competências é uma etapa fundamental na implantação da gestão por competências, pois permite identificar as habilidades, conhecimentos e atitudes que são requeridos para o desempenho eficiente de cada cargo ou função na organização. Isso possibilita uma avaliação mais precisa das competências dos funcionários, permitindo identificar pontos fortes e fracos, bem como definir estratégias de treinamento e desenvolvimento para melhorar o desempenho da equipe. Além disso, o mapeamento de competências também é útil no processo de recrutamento e seleção, uma vez que permite identificar o perfil ideal de candidato para cada cargo ou função na organização. Portanto, a alternativa A representa corretamente o conceito de mapeamento de competências na gestão por competências e é, portanto, a resposta correta para a pergunta. RESPOSTA: a.
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