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GINEAD
SEGURIDADE SOCIAL 
PREVIDÊNCIA SOCIAL
Unidade 4 - Segurados e benefi ciários 
da previdência social
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos que 
possa:
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SEGURIDADE SOCIAL: PREVIDÊNCIA SOCIAL
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UNIDADE 4
> Identificar os
segurados e os
dependentes.
> Conhecer os
requisitos para
inscrições e as
carências no RGPS.
> Identificar
benefício.
> Analisar como
ocorrem o reajuste
e o pagamento dos
benefícios.
Todos os direitos reservados.
Prezado(a) aluno(a), este material de estudo é para seu uso pessoal, 
sendo vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua 
reprodução, venda, compartilhamento e distribuição.
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SEGURIDADE SOCIAL: PREVIDÊNCIA SOCIAL
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4 SEGURADOS E BENEFICIÁRIOS 
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL.
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Esta unidade abordará as prestações da Previdência Social, os segurados e os 
beneficiários e analisará os trâmites para distribuição dos benefícios da Previ-
dência Social.
Serão objetos de estudo, nesta unidade: a figura do segurado e a mantença 
dessa qualidade junto ao Regime Geral da Previdência Social, quem são os 
dependentes, quais as exigências legais para inscrição do segurado, os perío-
dos de carência, como são calculados os benefícios, a forma como o INSS faz 
os pagamentos e em que prazos.
É importante conhecer em que bases o Regime Geral da Previdência Social 
reconhece a qualidade dos trabalhadores como segurados, bem como as 
prestações e os valores que lhes são assegurados na Lei n. 8.213/1991, que regu-
lamenta os Planos de Benefícios da Previdência Social.
4.1 SEGURADO E MANUTENÇÃO DA QUALIDADE 
DE SEGURADO
Segurado é a condição de quem contrata seguro em seu próprio benefício ou 
de terceiros.
A Previdência Social é uma seguradora pública, que oferece benefícios previ-
denciários a título de pensões, de aposentadorias e de auxílios em períodos de 
inatividade laboral involuntária, contratado por todos os empregados, inclusi-
ve os domésticos, os trabalhadores avulsos, os contribuintes individuais, espe-
ciais e facultativos, os filiados ao INSS por meio de uma inscrição individual e 
de pagamentos mensais.
À exceção dos contribuintes facultativos e individuais, todos os trabalhadores 
contribuem compulsoriamente para o INSS. 
Mesmo aqueles que exercem mais de uma atividade remunerada devem contri-
buir para o Regime Geral da Previdência Social por cada uma delas, respeitado 
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SEGURIDADE SOCIAL: PREVIDÊNCIA SOCIAL
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o teto máximo de contribuição mensal, R$ 5.839,45 em 2019, sendo a prestação 
calculada percentualmente sobre o salário de contribuição em 8%, 9% e 11% para 
o trabalhador empregado, para o empregado doméstico e para o trabalhador 
avulso; e em até 5%, 11% e 20% para o contribuinte individual e o facultativo.
FIGURA 1 - PROFISSIONAIS
Fonte: Plataforma Deduca (2019).
A qualidade de segurado é mantida enquanto os filiados pagam as prestações 
mensais e em períodos denominados legalmente como “de graça”, nos quais 
os trabalhadores seguem segurados da Previdência Social, a contar da data da 
cessão do benefício ou do último pagamento, conforme o caso:
• todo o interregno de tempo no qual o segurado estiver afastado das atividades 
laborais involuntariamente e recebendo benefícios previdenciários (auxílio-
doença, aposentadoria por invalidez, auxílio-acidente e auxílio-suplementar);
• o prazo até 12 (doze) meses após o pagamento da última parcela do benefício 
por incapacidade, é o caso do auxílio-doença, do salário maternidade ou, 
ainda, da última contribuição do trabalhador ao INSS após parar de exercer 
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atividades remuneradas ou estiver suspenso ou licenciado das suas atividades 
e sem remuneração;
• o prazo de até 12 (doze) meses após a suspensão de benefício concedido 
em razão de doenças que importem isolamento do convívio social, período 
denominado de “segregação compulsória”;
• pelo interregno de 12 (doze) meses após a soltura do detido ou do preso pelas 
autoridades policiais ou judiciárias;
• pelo prazo de 03 (três) meses após o licenciamento do segurado incorporado 
às Forças Armadas para a prestação do serviço militar obrigatório; e
• por até 6 (seis) meses do último recolhimento realizado pelos segurados 
facultativos.
FIGURA 2 - PRAZOS
Fonte: Plataforma Deduca (2019).
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Além dos períodos de graça, alguns prazos podem ser prorrogados pelo INSS, 
quais sejam:
• acréscimo de 12 (doze) meses quando o segurado estiver afastado das 
atividades laborais por incapacidade, por auxílio-doença ou por salário 
maternidade e tenha mais de 120 contribuições consecutivas ou intercaladas, 
mas mantendo a qualidade de segurado. Se houver perda da qualidade de 
segurado, para ter direito a esse benefício, o trabalhador deverá pagar ao INSS 
outras 120 contribuições;
• acréscimo de 12 (doze) meses para o trabalhador que, mantendo a qualidade 
de segurado, esteja registrado no Sistema Nacional de Emprego (SINE) ou 
tenha recebido seguro-desemprego; e
• acréscimo de 6 (seis) meses quando o trabalhador for segurado facultativo e tenha 
recebido, por último, salário-maternidade ou benefício por incapacidade do INSS.
O trabalhador que estiver no Período de graça e fizer nova filiação RGPS como 
contribuinte facultativo, deixando depois de contribuir, nessa nova condição, 
pode escolher manter-se como segurado pela condição mais vantajosa, a an-
terior ou a mais recente.
Perdem a qualidade de segurados os trabalhadores que pararem de pagar as 
contribuições e aqueles que, após vencido o período de graça e de prorroga-
ção, não retomarem os pagamentos ao INSS.
FIGURA 3 - INSS
Fonte: Plataforma Deduca (2019).
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A consequência da perda da condição de segurado importa na consequente perda do 
direito do trabalhador a receber benefícios do INSS, inclusive da aposentadoria por 
tempo de contribuição e especial. Exceção é a aposentadoria por idade, pois, se o 
segurado houver quitado todas as prestações no período de carência e contar com o 
número de contribuições exigidas no ano em que é requerida, terá direito a ela.
A data fixada em lei, para a perda da qualidade de segurado, é o 16° dia do se-
gundo mês imediatamente posterior ao término do período de graça ou das 
prorrogações, conforme o caso. Exemplo: Se um trabalhador é demitido, em 
1º de março de 2019, e recebeu regularmente o seguro desemprego, terá um 
período de graça de 12 meses, que será acrescido da prorrogação também de 
12 meses. Esse trabalhador será considerado segurado até 30 de maio de 2021.
FIGURA 4 - DEMISSÃO
Fonte: Plataforma Deduca (2019).
O prazo até o 16° dia do segundo mês leva em conta a data de vencimento 
do pagamento da contribuição para o trabalhador que quiser continuar con-
tribuindo como contribuinte individual ou facultativo, que vence no dia 15 do 
mês seguinte ao do fato gerador. Ou seja, no caso do exemplo ora menciona-
do, o trabalhador terá que pagar a contribuição de junho até o dia 15 de julho 
de 2021. Se não pagar, no dia 16, ele perderá a condição de segurado.
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4.2 DEPENDENTES
Dependente, do ponto de vista jurídico, é toda pessoa que necessita da pro-
teção de outra para ter suas necessidades básicas atendidas e para sobreviver 
com dignidade.
 A Lei n. 8.213, Art. 16, elenca quem pode ser 
dependente do segurado previdenciário:
Art.16. São beneficiários do Regime Geral de 
Previdência Social, na condição de dependentes do 
segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho 
não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência 
intelectual ou mental ou deficiência grave;
II - os pais;
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, 
menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou 
que tenha deficiência intelectual ou mental ou 
deficiência grave; (BRASIL, 1991)
A dependência das pessoas citadas no inciso I do Art.16 é presumida, mas os 
citados no inciso II e III devem comprová-la por qualquer meio legal. A união 
estável e a dependência econômica devem ser comprovadas por prova mate-
rial, retroativa em prazo não superior a 24 meses da data do óbito ou da prisão 
do segurado, inadmitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto nos ca-
sos de força maior ou regulamento. A união estável deve ser de, no mínimo, 24 
meses anteriores ao óbito ou à prisão, para que o companheiro tenha direito a 
receber pensão ou benefício. Sendo inadmitidas as provas administrativamen-
te pelo INSS, o dependente pode propor ação judicial, a fim de comprovar 
a dependência, fazendo prova por meio de sentença judicial. O enteado e o 
menor tutelado são equiparados a filhos por simples declaração do segurado 
e prova material da dependência econômica.
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Ainda que detenha a condição de dependente, excetuando os absolutamente 
incapazes e os inimputáveis, os condenados, por sentença transitada em julga-
do, por tentativa ou por homicídio doloso como autor, como coautor ou como 
partícipe, não têm direito a receber pensão ou benefícios do Regime Geral da 
Previdência Social.
4.3 INSCRIÇÕES
A inscrição é o meio pelo qual um trabalhador ou um contribuinte obtém um 
cadastro junto ao INSS e obtém o Número de Inscrição do Trabalhador (NIT). 
Ou seja, é o meio pelo qual os trabalhadores podem se cadastrar no Regime 
Geral da Previdência Social e obter seu NIT. O número do Programa de Inte-
gração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Pú-
blico (PASEP) ou o Número de Identificação Social (NIS) suprem a necessidade 
da inscrição.
FIGURA 5 - INSCRIÇÕES
 
Fonte: Plataforma Deduca (2019).
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Há duas formas de inscrição:
a. Como Filiado: é o contribuinte da previdência, obrigatório ou facultativo, maior 
de 16 anos; e
b. Como Não Filiado: são os menores de 16 anos e as pessoas que precisam se 
inscrever para auferir benefícios ou representar terceiros: beneficiários, tutores, 
curadores, companheiros etc.
A filiação como segurado facultativo é ato voluntário e que gera efeitos so-
mente após a inscrição e o primeiro recolhimento da contribuição previdenci-
ária. Contribuições anteriores à primeira inscrição não são permitidas e, após 
a inscrição, somente quando o segurado facultativo não perde a qualidade de 
segurado.
É ônus do segurado e dos seus dependentes legais comprovar a inscrição 
ao requerer benefícios. Mas, para facilitar os trâmites administrativos, a Lei n. 
8.213/1991 determina a vinculação do grupo familiar à inscrição do segurado, 
que também deve conter as suas qualificações completas e a identificação da 
propriedade na qual reside e/ou desenvolve suas atividades profissionais, bem 
como se é proprietário, parceiro ou meeiro outorgante, arrendador, comodan-
te ou assemelhado.
É ilegal a inscrição do contribuinte individual e do segurado facultativo após a 
sua morte.
4.4 PERÍODO DE CARÊNCIA
 A definição de carência está no caput do Art. 24 da 
Lei n. 8.213/1991:
Art.24. Período de carência é o número mínimo 
de contribuições mensais indispensáveis para que 
o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a 
partir do transcurso do primeiro dia dos meses de 
suas competências. (BRASIL, 1991)
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Todas as prestações pecuniárias pagas pelo Regime Geral da Previdência So-
cial obedecem a períodos de carência, salvo:
a. a pensão por morte, o salário-família e o auxílio-acidente;
b. o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez decorrentes de acidente 
do trabalho ou doença profissional;
c. a aposentadoria por idade ou por invalidez, o auxílio-doença, o auxílio-re-
clusão, assim como a pensão, no valor de 1 (um) salário mínimo, e o auxílio-
-acidente, para o trabalhador rural e o segurado especial residente em 
imóvel rural, ou em aglomerado urbano ou rural, explorado individualmen-
te ou em regime de economia familiar, ainda que de forma descontínua;
d. o serviço social;
e. a reabilitação profissional; e 
f. o salário-maternidade para as seguradas empregada, a trabalhadora avul-
sa e a empregada doméstica.
Os prazos de carência, para a obtenção de pensão e de benefícios, são:
a. 12 contribuições mensais para o auxílio-doença e para a aposentadoria 
por invalidez;
b. 180 contribuições mensais para a aposentadoria por idade, para a apo-
sentadoria por tempo de serviço e para a aposentadoria especial;
c. 10 contribuições mensais para o salário-maternidade da contribuinte in-
dividual, da segurada especial e do segurado facultativo maior de 14 anos;
d. 24 contribuições mensais para o auxílio-reclusão;
Nos casos de parto prematuro, o período de carência é reduzido. Diminui-se 
das 10 contribuições mensais obrigatórias o número de meses de antecipação 
do parto.
A contagem da carência dos segurados empregados, inclusive domésticos e 
avulsos, é feita a partir da filiação ao Regime Geral da Previdência Social. Para 
os segurados contribuintes individuais, especiais e facultativos, a contagem 
inicia na data do pagamento da primeira contribuição.
Tendo ocorrido a perda da qualidade de segurado, a contagem inicia a partir 
da data da nova filiação e a concessão é feita na metade do tempo previsto 
para os benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez (06 contri-
buições mensais), salário-maternidade (05 contribuições mensais) e auxílio-
-reclusão (12 contribuições mensais).
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Perda da qualidade de
segurado (contr. individual, 
especial e facultativo)
Nova Filiação Carência
auxílio-doença:
6 contribuições.
Aposentadoria
por invalidez :
6 contribuiçõe
Salário-maternidade:
5 contribuições
Auxílio-reclusão:
 12 contribuições
4.5 SALÁRIO DE BENEFÍCIO
Nos termos do Art. 28 da Lei n. 8213/1991 o Benefício de Prestação Continuada 
(BPC) é um benefício assistencial, regido pela Lei Especial n. 8.742/1993, no va-
lor de um salário mínimo, concedido para pessoas cuja renda mensal familiar 
seja de ¼ do salário mínimo per capita, com defi ciência física, mental ou sen-
sorial, independentemente da idade; e para idosos com 65 anos ou mais, sem 
meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família.
Outros benefícios de prestaç ão continuada e de acidente de trabalho são cal-
culados com base no salário de benefício, exceto o salário-família e o salário-
-maternidade.
Salário de Benefício (SB)
É a média aritmética simples dos maiores salários de contribuição, 
usada para o cálculo dos benefícios previdenciários que, entretanto, 
não serão inferiores ao salário mínimo nem superiores ao teto do salário 
de contribuição na data da concessão. No caso do segurado especial, o 
valor do salário de benefício é equivalente ao do salário mínimo.
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FIGURA 6 - SALÁRIO DE BENEFÍCIO
 
Fonte: Plataforma Deduca (2019).
Salário de Contribuição (SC)
São os ganhos habituais do segurado empregado, em dinheiro ou 
utilidades, sobre os quais são calculadas as contribuições para o Regime 
Geral da Previdência Social, cujo teto é de R$ 5.839,45, em 2019. Para o 
cálculo do valor do benefício, ele será calculado, mês a mês, de acordo com 
a variação integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). 
As aposentadorias por idade e por tempo de contribuição são calculadas pela 
média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição, corresponden-
tes a 80% de todo o período contributivo, multiplicado pelo fator previdenciário.
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FIGURA 7 - APOSENTADORIA
Fonte: Plataforma Deduca (2019)
A aposentadoria por invalidez, a aposentadoria especial, o auxílio-doença e 
o auxílio-acidente são calculados pela média aritmética simples dos maiores 
salários-de-contribuição, correspondentes a 80% por cento de todo o período 
contributivo.
Período contributivo
Considera-seperíodo contributivo o conjunto de meses nos quais o 
segurado empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso 
exerceu atividade remunerada e recolheu, ou deveria ter recolhido, a 
contribuição obrigatória, e no caso do trabalhador avulso, os meses de 
efetiva contribuição para o Regime Geral da Previdência Social.
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FIGURA 8 - CONTRIBUIÇÃO
Fonte: Plataforma Deduca (2019).
Fator previdenciário
O fator previdenciário, por sua vez, é calculado com base na idade, 
expectativa de vida e tempo de contribuição do segurado ao se 
aposentar, somado-se 5 anos para as mulheres, 05 para professores e 10 
para professoras que comprovem trabalho exclusivamente na educação 
infantil e ensino fundamental. 
O segurado que tiver direito à aposentadoria por tempo de contribuição pode 
optar pela não incidência do fator previdenciário no cálculo da aposentadoria 
quando a soma da idade e do tempo de contribuição, na data do requeri-
mento da aposentadoria, for igual ou superior a 95 pontos: se homem, com 
35 anos de contribuição e 85 pontos; se mulher, com 30 anos de contribuição, 
majorando-se um ponto a cada dois anos, de 2018 a 2016.
O valor mensal pago a título de auxílio-acidente integra o salário de contribui-
ção para o cálculo de todos os tipos de aposentadoria.
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FIGURA 9 - AUXÍLIO ACIDENTE
 
Fonte: Plataforma Deduca (2019).
4.6 RENDA MENSAL DOS BENEFÍCIOS
Os benefícios de prestação continuada que substituem a renda mensal do 
trabalhador ou que substituam o salário de contribuição não poderão ter valor 
inferior ao salário mínimo nem superior ao teto do salário de contribuição, ex-
ceto se segurado aposentado por invalidez necessitar assistência permanente, 
quando terá direito a um acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o 
valor do benefício.
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 O Art. 34 da Lei n. 8.213/1991 estabelece como deve 
ser feito o cálculo dos benefícios a serem pagos 
mensalmente:
Art. 34. No cálculo do valor da renda mensal do 
benefício, inclusive o decorrente de acidente do 
trabalho, serão computados.
I - para o segurado empregado, inclusive o doméstico, 
e o trabalhador avulso, os salários de contribuição 
referentes aos meses de contribuições devidas, 
ainda que não recolhidas pela empresa ou pelo 
empregador doméstico, sem prejuízo da respectiva 
cobrança e da aplicação das penalidades cabíveis, 
observado o disposto no § 5o do art. 29-A.
II - para o segurado empregado, inclusive o doméstico, 
o trabalhador avulso e o segurado especial, o valor 
mensal do auxílio-acidente, considerado como 
salário de contribuição para fins de concessão de 
qualquer aposentadoria, nos termos do art. 31.
III - para os demais segurados, os salários-de-
contribuição referentes aos meses de contribuições 
efetivamente recolhidas. (BRASIL, 1991)
Acaso o segurado empregado, inclusive o doméstico e o trabalhador avulso, 
tenha cumprido as exigências para a concessão do benefício, mas não tenha 
como comprovar o valor dos salários de contribuição, o cálculo considerará o 
valor do salário mínimo. Se o segurado, posteriormente, provar o valor dos sa-
lários de contribuição, o cálculo é refeito e a renda mensal corrigida retroagirá 
à data do requerimento.
Independente do dever do Segurado em comprovar os seus salários-de-contri-
buição, a Previdência Social deve manter um cadastro atualizado com informes 
que permitam o cálculo da renda mensal dos segurados em geral; e o Minis-
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tério da Economia deve manter um Cadastro Nacional de Informações Sociais 
(CNIS) atualizado, com informações sobre os segurados especiais. Após 05 anos 
do evento cadastrado no CNIS, o segurado especial só poderá computar o tra-
balho rural se comprovar o recolhimento das contribuições nas datas corretas.
FIGURA 10 – SEGURADO ESPECIAL
Fonte: Plataforma Deduca (2019).
A comprovação do tempo de exercício da atividade rural pode ser feita por 
autodeclaração, ratificada por entidades públicas credenciadas, como o Minis-
tério Público.
Benefício para Segurados Especiais
Aos segurados especiais, é assegurada a aposentadoria por idade ou por 
invalidez, o auxílio-doença, o auxílio-reclusão ou a pensão no valor de um 
salário mínimo, sempre que comprovarem a qualidade de segurados, 
o exercício de atividade rural, de forma continuada ou descontinuada, 
com o cumprimento da carência no período imediatamente anterior ao 
requerimento, no valor de um salário mínimo. 
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FIGURA 11 - SEGURADOS ESPECIAIS
 
Fonte: Plataforma Deduca (2019).
Segurada Especial gestante
A segurada especial gestante tem direito ao salário-maternidade no valor 
de um salário-mínimo desde que comprove o trabalho rural, mesmo 
descontinuado, no período de 12 meses anteriores ao início do benefício.
O abono anual, ou 13° previdenciário, é devido aos segurados e aos dependen-
tes que receberem auxílio-doença, auxílio-acidente ou aposentadoria, pensão 
por morte ou auxílio-reclusão, calculado sobre o valor do benéfico no mês de 
dezembro de cada ano. O abono é pago em duas parcelas: até 50% em agos-
to; e a diferença em novembro. 
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FIGURA 12 - 13° PREVIDENCIÁRIO
 
Fonte: Plataforma Deduca (2019).
Têm direito ao salário-família todos os segurados empregados, os trabalhado-
res avulsos e os aposentados, no valor de R$ 46,54, para aqueles com renda 
de até um salário mínimo; e R$ 32,80, para aqueles com têm renda entre R$ 
907,78 a R$ 1.364,43, no ano de 2019, pago mensalmente de acordo com o nú-
mero de filhos com até 14 anos de idade ou deficientes de qualquer idade. Se 
os dois pais forem segurados, ambos têm direito a receber esse benefício; e, se 
o segurado exercer mais de uma atividade, será considerado salário benefício, 
para efeito do salário-família, a remuneração mais alta.
Salário maternidade – fato gerador
O salário maternidade é pago aos segurados por 120 dias, mediante 
efetivo afastamento do trabalho, e tem como fato gerador a adoção 
ou a guarda judicial com fins de adoção de criança com até 12 anos, 
independente do sexo do adotante e o parto, independente do feto 
ser viável ou natimorto. No caso de aborto, indiferente de ter sido 
espontâneo ou provocado, a critério médico, nos casos de estupro e/ou 
risco de vida para a mãe, o salário maternidade é pago por 14 dias.
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SEGURIDADE SOCIAL: PREVIDÊNCIA SOCIAL
Critérios e valor do salário maternidade
O número de filhos gêmeos ou adotados não interfere no número de 
prestações, pelo fato gerador ser o ato da adoção ou o evento parto, e 
não o número de crianças. O valor do salário maternidade, nos termos 
do art. 71-B da Lei n. 8.213/1991 é equivalente:
a) à remuneração integral do empregado e do trabalhador avulso;
b) ao último salário de contribuição dos empregados domésticos;
c) de 1/12 (um doze avos) da soma dos 12 últimos salários de 
contribuição, e no máximo 15 meses em caso de descontinuidade 
das contribuições, para o contribuinte individual, o facultativo e o 
desempregado; e
d) de um salário mínimo para o segurado especial. 
4.7 REAJUSTE E PAGAMENTO DOS BENEFÍCIOS.
Todos os benefícios sofrem reajustes anuais pelo INPC, até o limite máximo do 
salário de benefício, na mesma data do reajuste do salário mínimo, integral ou 
pro rata, dependendo da data do início de recebimento do benefício.
Em 2019, por meio da Portaria n. 9 do Ministério da Economia, os benefícios 
superiores ao salário mínimo foram reajustados em 3,34%. O teto máximo su-
biu para R$ 5.839,45 e a alíquota de contribuição de 8% passou a incidir sobre 
R$ 1.751,81 e a de 9% para renda entre R$ 2.919,73 e R$ 5.839,45.
Pagamento de benefícios
Os benefícios, para os beneficiários que recebem renda mensal acima 
de um salário mínimo, são pagos do primeiro ao quinto dia útil do mês 
posterior ao da competência, e aquelesque recebem até um salário 
mínimo são pagos entre o último quinto dia útil do mês e o quinto dia 
útil do mês seguinte.
Prazo – pagamento requerimento
Entregue pelo segurado, no posto do INSS, o requerimento de 
benefício e os documentos exigidos, o pagamento deve ser ter início no 
prazo máximo de 45 dias.
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Todos os valores pagos a título previdenciário são depositados em conta cor-
rente e, se a conta ficar inativa por mais de 60 dias, sem levantamento dos 
valores, são estornados e depositados em conta do Tesouro Nacional, devida-
mente identificados para eventual devolução.
Mandato
Os pagamentos podem ser feitos a terceiros que tenham poderes 
para representar o segurado junto ao INSS, devendo a procuração ser 
renovada a cada 12 meses.
Compromisso administrativo
Além da procuração, o procurador deve 
firmar termo de compromisso perante a Previdência Social, em que se 
comprometerá a noticiar ao INSS qualquer evento que possa vir a causar 
a anulação da procuração (revogação do mandato, óbito do outorgante), 
sob pena de responder penalmente por não informar tais ocorrências). 
(CASTRO; LAZARI, 2016)
Finalmente, é responsabilidade do INSS fornecer ao beneficiário demonstra-
tivo minucioso e discriminado de todas as importâncias pagas, inclusive para 
efeitos de declaração de rendimentos junto à Receita Federal.
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SEGURIDADE SOCIAL: PREVIDÊNCIA SOCIAL
CONCLUSÃO
Esta unidade analisou as regras que regulamentam os segurados e os bene-
ficiários da Previdência Social, assim qualificados e identificados nas normas 
legais, em especial no Regime Geral da Previdência Social.
A partir do conhecimento de quem são os segurados e os beneficiários você 
aprendeu a identificar as exigências legais para a inscrição na Previdência So-
cial, os períodos de carências, a forma como são calculados os benefícios, os 
reajustes e efetivados os pagamentos pelo INSS.
Esse conhecimento é imprescindível para todos aqueles que querem traba-
lhar no ramo previdenciário e para os cidadãos em geral, já que, em algum 
momento da vida, praticamente todos usarão os serviços públicos disponibili-
zados pela Previdência Social.

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