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Patologia Clínica Veterinária II Júlia Marcello AVALIAÇÃO PANCREÁTICA Quando suspeitar de doença pancreática? • Anorexia (91%) • Vômito (90%) • Fraqueza (79%) • Dor Abdominal (58%) • Desidratação (46%) • Diarreia (33%) • Febre (32%) • Icterícia (26%). Pancreatite felina: sinais bastante variáveis. • Inapetência, • Letargia, • Perda de peso, • Desidratação, • Diarreia. OBS: Vômitos e dor abdominal não são achados clínicos comuns em gatos. Pancreatite Cães X gatos Em alguns casos de pancreatite felina, o curso pode ser bem complicado e a doença pode provocar danos a outras áreas do corpo, levando à insuficiência respiratória, esteatite (inflamação dolorosa de tecido adiposo) e outros danos, muitas vezes com consequências graves. 1º Passo: Investigar a existência de lesão pancreática Geral ➢ Avaliação Clínica ➢ Exames laboratoriais ➢ Ultrassonografia ➢ Biópsia Exames específicos: ➢ Amilase ➢ Lipase ➢ Tripsinogênio (TLI)- Precurssor de tripsina (em excesso- pâncreas está trabalhando). ➢ Lipase Específica (SPEC L) ➢ Lipase e amilase: São influenciadas por diversos órgãos. ACHADOS LABORATORIAIS Hemograma • Eritrograma • Elevação Ht (vômito-desidr) • Leucograma Geralmente: • neutrofilia c/s DE (dor-stress ->linfopenia) Necrose severa • Neutropenia c/DE Lipemia plasmática • necrose tecido pancreático • Hiperglicemia -> cortic., epinefrina e glucagon no sangue. Bioquímicos específicos Amilase • aumento 3 a 4 X • 12 horas após lesão • Indicando: lesão células acinares/ obstrução ductos pancreáticos Lipase • Aumento mais lento • meia vida mais longa De onde vem a Amilase? Lesão pancreática ➢ Gatos (↑ 2x maior) ➢ Cães (↑ 3x maior) ➢ Ins.Renal: ↑ até 3x (isostenúria + uremia) ➢ Doença hepática: ↑ até 2x (+ ↑ALT) ➢ Perfuração intestinal: ↑ até 2x ➢ Neoplasia: ↑ até 2x (linfoma, hemangiossarc) ➢ Começou a cair em desuso. De onde vem a Lipase? ➢ Lesão pancreática: ↑ 4 a 10x do normal ➢ Ins.Renal: ↑ 2 a 4x (isostenúria + uremia) ➢ Afecções intestinais: ↑ até 2x ➢ Dexametasona: ↑ até 2x. DOSAGEM DE TRIPSINOGÊNIO (TLI) Método: Radio imuno ensaio. Espécie- específica para cães e gatos. Cuidados: Aumento de TLI-> Pancreatite e insuficiência renal crônica (ppal: felinos). PROVA: CAUSAS DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO DE TRIPSINOGÊNIO. Dosagem de Lipase Pancreática Específica (Spec L) Recentemente desenvolvida para cães e gatos. • Normal: 1,2 a 3,8 mg/L • Não afetada por Insuficiência Renal. Qual dos dois usar? Depende do tutor e do caso. O TLI tem um custo um pouco maior. TIR= só em gato. 2º Passo: Confirmar existência de insuficiência pancreática exócrina I.P. EXÓCRINA (IPE) A insuficiência pancreática exócrina (IPE) ocorre quando há perda de mais de 90% das células acinares pancreáticas -> Diminuição da secreção de enzimas digestivas e sinais de má digestão e má absorção. É como se fosse uma cirrose só que no pâncreas. A lipase vai diminuindo. Pâncreas insuficiente não produz nenhuma enzima, então o que entra no organismo passa sem digerir (síndrome da má digestão). Ela é facilmente diagnosticável com a anamnese e exame físico do períneo. Diagnóstico clínico • Difícil (baseado no histórico + sinais clínicos) • Inespecíficos e não distinguem outras causas de má absorção, como parasitismo crônico, doença da mucosa do intestino delgado e diabete melito Exames: • teste de atividade proteolítica fecal (com filme de raio-x). • determinação da TLI e da Spec L. • exames de imagem. Confirmação e a definição da etiologia da IPE só podem ser obtidos por meio de exame histopatológico. Biópsia pancreática= Teste ouro Parênquima atrofiado com ductos evidentes e células desorganizadas Perda progressiva do parênquima funcional -células acinares (destruição do tecido secretório) -ocasionando insuficiência na produção de enzimas pancreáticas -atrofia acinar pancreática • Aumenta a prevalência Pastor Alemão jovem • Ocorre antes 2 anos de idade • Característica recessiva autossômica Extremamente raro em gatos. Enfoque laboratorial no cão. MÁ DIGESTÃO ≠ MÁ ABSORÇÃO Má digestão -> IPE (insuf. Pancreática Exócrina) Má absorção -> mucosa intestinal Sinais clínicos semelhantes -> síndrome Tratamento e progósticos diferentes • Perda peso • Polifagia (apetite voraz) • Esteatorréia • Coprofagia • Pêlo opaco com perda excessiva • Pêlos oleosos ao redor do períneo IPE: ACHADOS LABORATORIAIS Hemograma- Leucograma com ou sem leucocitose. Bioquímicos- Amilase e lipase-podem estar aumentadas, normais ou reduzidas TLI- Spec Lipase- diminuídas Albumina Diminuída- casos severos/ longa duração. Tempo de protrombina -prolongado/ deficiência de vit. K/ Absorção gorduras. Cálcio baixo Uréia baixa- absorção de proteínas. TESTE COPROLÓGICO FUNCIONAL Fezes: Não pode sair fibra nem gordura e nem amido em um animal saudável. O lugol é capaz de corar essas substâncias, identificando a presença delas nas fezes. A fezes deve conter tripsina. Outras provas para Diagnóstico de IPE Exame microscópico das fezes - Pesquisa de gordura - Pesquisa de amido - Pesquisa de fibras -Pesquisa de tripsina Fecal. Tubo 1: Fezes de animal sadio- com tripsina nas fezes- corrói o filme Tubo 2: Filme só no bicarbonato com solução- não corrói o filme. Tubo 3: Filme com animal doente- corrói o filme. O teste dá negativo, mas a doença é positiva.
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