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Resumo Analítica Junguiana

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Analítica Junguiana
UNISAGRADO – PSICOLOGIA QUARTO SEMESTRE
Maria Julia Rodrigues
2
Aula 2 
Conceitos Introdutórios
 Alguns personagens surgem como porta-voz de um saber que se desvinculava da supremacia católica na produção de conhecimento.
 Reprodução de novas formas de olhar o mundo, propostas pelo homem e não por Deus.
- Séc 19 Declínio do cristianismo. Iluminismo francês.
 O iluminismo trazia culto ao racionalismo, valorização da razão (homem através da razão pode chegar a verdades absolutas) Um dos nomes de grande importância é Descartes (penso logo existo).
- Filosóficas positivas – pensamento científico
- A positivas deixavam pouco espaço para o estudo de fenômenos que não fossem possíveis de se repetir e comprovar em laboratórios.
Influência do romantismo alemão
Questionava as ideias do iluminismo
- Questionar o paradigma da época, do empirismo experimental
 Filósofo romântico alemão C. G. Carus (a chave para o conhecimento da essência da vida consciente da alma se encontra na região do inconsciente. 
- Schopenhauer.
 Bae importante para Jung – não se prender no cientificismo da base iluminista.
 
 As críticas de Jung quanto as restrições à visão materialista e positivista na ciência, encontra ressonância na filosofia do romantismo.
 Se pretendermos não ter uma visão unilateral da realidade e não nos tornar ditadores em nossa casa, é necessário tanto o polo objetivo da realidade, comandado pela razão quanto o polo subjetivo pela linguagem dos sonhos e imaginação.
- Psicoterapia junguiana – interação dos opostos, objetividade e subjetividade.
Vida de Jung
1875 na Suíça.
Pai pastor Rural da Igreja e mãe filha de pastor.
Situação familiar pouco acolhedora.
Infância solitária.
Criança introvertida: prestava atenção aos sonhos, pensamentos e ideias.
- Aspectos deste período contribuíram para o movimento mais introspectivo.
- Sua obra tinha muito material empírico de seus pacientes e observações de seus processos interiores, inconscientes, inclusive de sua infância (lembranças dos primeiros sonhos aos três anos).
 Aos 10 anos esculpiu um homem de pedra de uns 6cm e fez um casaco de lã e uma cama dentro de um estojo de lápis. O homem também possuía uma pedra que carregava no bolso.
 Visitava o homem no sótão sempre que as coisas se tornavam difíceis pra ele. Em cada visita, contemplava o homenzinho e o levava um rolinho de papel escrito em uma caligrafia inventada.
- Serviu isso para compensar sua insegurança e sensação de divisão interior.
Adolescência: ampliação do espectro literário e decepção com perspectiva religiosa do pai.
 Formação da base intelectual independente e eclética: Kant, Schopenhauer.
1900 se formou e assumiu posto de assistente de psiquiatria.
 Faculdade de medicina e psiquiatria e doutorado sobre a psicologia e patologia dos fenômenos ocultos.
Como estava a psiquiatria no final do sex 19 início 20
- Vertente organicista (Origem sifilítica em quadros demenciais).
 Doenças mentais – causas orgânicas – seguiam a perspectiva predominante das ciências naturais, baseada na observação e classificação.
- Psiquiatria expoente desta perspectiva: Kraepelin.
 Alguns anos antes, Kraepelin trabalhou no laboratório de pesquisa psicologia, coordenado por Wund.
Aula 3 
Modelo Psíquico
 PSIQUE é a totalidade de todos os processos psíquicos, sejam os conscientes e inconscientes.
 Carrega em si todos os pensamentos, sentimentos e comportamentos que podem ser conscientes e inconscientes. É o TODO.
A psique é dividida em três níveis:
- Consciência. 
- O inconsciente pessoal.
- O inconsciente coletivo.
 No modelo Junguiano, a psique é composta por camadas. CEBOLAS TEM CAMADAS.
Camadas
- A camada externa é a consciência. No centro está o Ego. O ego é o centro coordenador da consciência.
- As camadas mais internas são os níveis mais profundos do inconsciente. O pessoal e o coletivo.
- Na esfera intermediária do inconsciente, fica o inconsciente pessoa. O inconsciente pessoal é constituído pelos complexos.
- Nas esferas mais interiores e profundas fica o inconsciente coletivo. O inconsciente coletivo é constituído pelos arquétipos.
- Entre essas camadas (também entendida como sistemas dinâmicos) existe uma constante interação e mudança.
 Toda personalidade (consciente e inconsciente) é regulada pelo self ou si mesmo.
Self ou si mesmo: esse exerce o papel como de um maestro em nosso psiquismo, quer dizer organizar a orquestra para que a melodia fique mais integrada e harmônica, isso seria nossa saúde mental.
 Pra analítica a personalidade (o que sabemos de nós é uma parte do que somos) é o nosso todo (é igual a psique – todos nossos conteúdos conscientes e inconscientes).
 A personalidade já existe em germe na criança, mas só se desenvolverá aos poucos por meio da vida e no decurso da vida.
- Não acha que o indivíduo nasce pronto, nasce com um potencial. Já existe como potencial.
 Visão mais essencialista, mas considera o livre arbítrio. Sartre (não importa o que foi dado, mas o que eu faço com aquilo).
O QUE É IMPORTANTE (panorama)
- Definição de ego.
- Funções do ego.
- Desenvolvimento do ego.
- Relação ego e self (eixo ego-self).
- Na prática clínica.
Ego
Ego: termo técnico cuja origem é a palavra latina que significa ‘’eu’’.
 É o centro da consciência ao redor do qual se aglomeram as vivencias que dão a identidade do indivíduo.
- Quando se fala em consciência, se fala em ego.
 Ego é sujeito de todas as ações conscientes. É o centro de percepção consciente, onde todos os conteúdos da consciência se relacionam.
- Tudo aquilo que é já sabido.
 Ele capta, avalia, critica, raciocina, organiza – as inúmeras situações que a vida traz.
Escolhas egóica – escolhas pela minha percepção de vida/mundo/situação.
- Não dizemos moldado e sim influenciado.
 Importante saber a função do ego e sua relação com o meio interno e externo.
- Lembrar que o ego visa a adaptação à vida.
 E assim, para esta adaptação, torna-se necessário o equilíbrio entre o mundo externo e interno.
Funções do ego
Exterior
- Diferenciar o sujeito do meio (ego discrimina desde pequeno, que o outro não é uma extensão minha, a diferença do que é meu e o que não é)
- Organizar e classificar as experiencias (se foram boas ou não pra mim e o que eu faço frente a isso, organização no sentido de que vou sair e o que tenho que fazer para).
- Possibilitar a concentração (atento às minhas vivências, sentimentos).
- Decidir e executar o caminho a ser seguido (escolhas, uma boa estruturação egóica faz com que a gente tenha uma forma de lidar com as situações cotidianas, pode ser influenciada inconscientemente por alguém, mas acredita-se mais na decisão pelo ego da pessoa).
- Retenção de conteúdos (escolha do que vou priorizar e dar mais atenção na minha vida, nos dias, momentos).
No interior
- Dialogar com as instâncias psíquicas inconscientes. (ego permitir conhecer os conteúdos inconscientes, como mediador, deve perceber os dois. Padrões comportamentais e aí perceber essas atitudes, avaliar as emoções).
- Se reaproximar em idade posterior, a aspectos relacionados ao Self.
Ego saudável
- Equilíbrio entre necessidades internas e externas.
- Um ego é forte e estruturado quando mais conseguir movimentar de forma deliberada os conteúdos conscientes e menos sucumbir aos inconscientes e do meio externo.
Fortalecimento de ego
- Contato com as coisas, o brincar.
- Lidar com o não, com as frustrações.
- Lidar com perdas.

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