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UNIVERSIDADE PAULISTA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DANIELA BAPTISTA DE FREITAS INCLUSÃO ESCOLAR: O Desafio da Educação Inclusiva no Brasil SALTO - SP 2022 UNIVERSIDADE PAULISTA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DANIELA BAPTISTA DE FREITAS INCLUSÃO ESCOLAR: O Desafio da Educação Inclusiva no Brasil SALTO/SP 2022 FICHA CATALOGRÁFICA DANIELA BAPTISTA DE FREITAS INCLUSÃO ESCOLAR: O Desafio da Educação Inclusiva no Brasil Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia apresentado à Universidade Paulista - UNIP Aprovado em: BANCA EXAMINADORA / / Prof. Universidade Paulista – UNIP / / Prof. Universidade Paulista – UNIP / / Prof. Universidade Paulista UNIP RESUMO A escola é um ambiente onde promove-se o saber, e prepara o sujeito para viver de forma harmônica com a sociedade, onde deve-se entender que todos podem partilhar do mesmo espaço, independentemente de suas limitações. E isso a torna um local propício à proposta da educação inclusiva. O presente trabalho de curso tem como objeto de estudo a educação inclusiva apresentando este processo na rede pública de ensino, especificamente o que a impedia de existir ou ser eficiente. O principal objetivo deste trabalho é verificar através de um apanhado teórico, quais as principais dificuldades encontradas pela educação inclusiva na rede pública de ensino. O tema não é exclusivo, mas é extremamente relevante, já que o tema é algo contemporâneo e precisa de estudos que busquem a garantia de que esta, não ficará apenas no papel. A palavra 'retardo mental' é encontrada atualmente na maioria dos códigos de classificação de doenças. Tem sido usado desde a Idade Média, e atualmente tem uma conotação negativa. Na década de 1960, um indivíduo era considerado superdotado ou um indivíduo 'indivíduo' Isso porque as pessoas tinham a mesma idade que as pessoas com deficiência mereciam por suas habilidades excepcionais em vez de desprezá-las. O Brasil abriga pelo menos 24 milhões de cidadãos com deficiência – o número mais alto de qualquer país. O impacto da Educação Especial é significativo para a sociedade porque a necessidade de ajudar a busca constante pela democracia é importante. Isso pode ser acesso à educação, pois as pessoas têm informação e ferramentas úteis para a cidadania plena. É garantido o direito de todos os alunos de frequentar o, não podendo haver qualquer tipo de ensino discriminatório regular por deficiência. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (janeiro de 2008) estabelece que a Educação Especial é uma modalidade de ensino que permeia todos os níveis, habilidades físicas ou cultura. E quem opta por não frequentar as aulas porque trabalha ou já desistiu de estudar muitas vezes também é discriminado. Segundo Mills (1999, p. 25), uma educação baseada na ideia de que todos devem aprender juntos sempre que possível. Isso é por causa das necessidades especiais de cada pessoa e diferenças individuais. Palavras-chave: Dificuldades. Educação Inclusiva. Escola Pública. Retardo Mental. ABSTRACT The school is an environment where knowledge is promoted, and it prepares the subject to live in harmony with society, where it must be understood that everyone can share the same space, regardless of their limitations. And that makes it a propitious place for the proposal of inclusive education. The present course work has as its object of study the inclusive education presenting this process in the public education network, specifically what prevented it from existing or being efficient. The main objective of this work is to verify, through a theoretical overview, which are the main difficulties encountered by inclusive education in the public school system. The theme is not exclusive, but it is extremely relevant, since the theme is something contemporary and needs studies that seek to guarantee that it will not just be on paper. The word 'mental retardation' is currently found in most disease classification codes. It has been used since the Middle Ages, and currently has a negative connotation. In the 1960s, an individual was considered gifted or an 'individual' This is because people were the same age as people with disabilities deserved for their exceptional abilities rather than despising them. Brazil is home to at least 24 million citizens with disabilities – the highest number of any country. The impact of Special Education is significant for society because the need to help the constant search for democracy is important. This can be access to education, as people have useful information and tools for full citizenship. The right of all students to attend is guaranteed, and there cannot be any type of regular discriminatory teaching due to disability. The National Policy on Special Education from the Perspective of Inclusive Education (January 2008) establishes that Special Education is a teaching modality that permeates all levels, physical abilities or culture. And those who choose not to attend classes because they work or have given up studying are often also discriminated against. According to Mills (1999, p. 25), an education based on the idea that everyone should learn together whenever possible. This is because of each person's special needs and individual differences. Keywords: Difficulties. Inclusive education. Public school. Mental Retardation. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ----------------------------------------------------------------------------------------------------7 CAPÍTULO I - CONCEITOS - INCLUSÃO EDUCACIONAL ----------------------------------------11 CAPÍTULO II - PRINCIPAIS DIFICULDADES ENCONTRADAS PELA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA REDE PÚBLICA DE ENSINO —------------------------------------------------------- 23 CAPÍTULO III - A INCLUSÃO ESCOLAR E SEUS PARADIGMAS-------------------------------47 CONSIDERAÇÕES FINAIS ---------------------------------------------------------------------------------- 51 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -----------------------------------------------------------------------55 7 INTRODUÇÃO Este trabalho de pesquisa insere-se na área da Educação e apresenta como tema Inclusão Escolar. Tal tema foi eleito haja vista que a inclusão dentro da educação é um dos maiores desafios da sociedade, pois envolve muito mais que a pessoa com deficiência, envolve também a família, a escola e a sociedade. Portanto, este é o foco do presente estudo: a inclusão de alunos com deficiência na classe regular. Isso vem provocando debates e discussões no âmbito educacional. O Brasil possui uma legislação que garante o processo de inclusão de pessoas com necessidades especiais na sociedade de forma igualitária, ou seja, são leis que visam permitir o acesso dessas pessoas na sociedade, nas escolas, universidades e inclusive dentro do mercado de trabalho. Os desafios da educação inclusiva no Brasil ainda são muitos, é preciso conhecê-los para combatê-los. Afinal, já se sabe que os estudantes que necessitam de atendimentos especiais só se desenvolvem por completo quando estão em contato com outros grupos, a diversidade é promotora de um ensino-aprendizagem pleno. O presente trabalho de pesquisa tem como objeto de estudo a educação inclusiva, assim busca-se por meio desta, a verificar através de um estudo teórico como é este processo no ambiente escolar, afinal, é através da educação que se transforma o mundo. No entanto sabemos dos desafios que a educação tem encontrado no Brasil, são professores insatisfeitos com a desvalorização de seu trabalho, escolas com situações precárias e sem recursos para tornar a prática docente eficaz. Com fundamento nessa realidade surgiu a seguinte indagação: visando o cenário da educação atual, como os docentes da rede pública promovem a educação inclusiva de maneira eficaz? Entretanto, as discussões e pontos de vistas apresentados neste trabalho com base em estudos científicos discutidos por muitos autores, não representam uma visão geral e única daeducação inclusiva no país, pois cada região, cada governo, cada instituição tem um modo de trabalhar, e com um pouco de criatividade é possível atender às diversas demandas. Assim, o principal objetivo desta pesquisa é apresentar as principais dificuldades encontradas pela rede pública de ensino para efetivação da educação inclusiva de forma eficiente. A eficiência surge quando de fato este processo integra o aluno, é preciso que estes não sejam depositados nas escolas apenas por existirem determinações legais que obriga a sua aceitação, ou mesmo quando por motivos diversos ele está no grupo, mas não interage, não participa, este não foi incluído. Estas, são questões temas de estudos constantes, será que essa 8 é uma realidade apenas da rede pública? Claro que não, porém nesta a deficiência é maior. Este estudo caracteriza-se como bibliográfico, foram consultados livros, periódicos, artigos científicos, bem como a legislação vigente no país, também é exploratória, pois como já foi mencionado este tema já é bem discutido principalmente no campo educacional e este foi um dos motivos que levou a escolha do tema, ou seja, ser um tema que não esgota a possibilidade de aprendizagem e ideias para a melhoria do cenário atual. É um tema sem dúvida relevante principalmente para educadores, pois cada um sabe de suas dificuldades durante a execução de sua prática pedagógica, muitos não se sentem confiantes para integrar alunos com necessidades especiais e por isso a Educação Inclusiva torna-se um fracasso. São vários os fatores que podem afetar esse processo, por isso é importante conhecer o que o afeta e como o superar. Infelizmente, a ideia de educação inclusiva fica, muitas vezes, presa a uma teoria muito idealizada e sua prática comprometida. Quais os desafios da educação inclusiva no Brasil? A educação inclusiva é de extrema importância e traz benefícios não somente à escola, mas para a sociedade como um todo. Ela é pautada em 5 pilares, são eles: ● Toda pessoa tem o direito de acesso à educação ● Toda pessoa aprende ● O processo de aprendizagem de cada pessoa é singular ● O convívio no ambiente escolar comum beneficia a todos ● A educação inclusiva diz respeito a todos Estes são os pontos de apoio da educação inclusiva. Entretanto, essa educação que busca unir grupos de alunos com diferenças entre si, também possui alguns desafios a serem superados. E um dos principais desafios que a educação inclusiva no Brasil encontra para ser implantada é a despreparação da comunidade escolar para lidar com a inclusão. Isso ocorre pelo fato de não possuirmos uma educação voltada à inclusão. Apesar de a Língua Brasileira de Sinais ser reconhecida como uma segunda língua do país, ela é ensinada apenas aos alunos surdos, não se estendendo aos alunos sem deficiência. Por isso, quando alunos não especiais têm contato com aqueles que precisam de ações especiais, eles encontram dificuldades para se comunicar, o que faz com que a inclusão não 9 seja alcançada. Afinal, é mais comum se comunicar com aqueles que nos entendem plenamente. Um aluno especial que tem a Língua de Sinais como sua língua materna irá naturalmente se comunicar com um grupo de colegas que fale a mesma língua que ele. Além dos próprios estudantes, professores, coordenadores, diretores e funcionários também não possuem capacitação para receber e educar alunos especiais, o que é um empecilho para que a inclusão seja aplicada em sua totalidade. Um outro desafio bastante latente em nosso país, quando o assunto é a aplicação de uma educação inclusiva nas escolas, é a infraestrutura das instituições. Para que a escola possa aceitar e desenvolver o ensino-aprendizagem de alunos especiais, ela precisa estar devidamente estruturada. E isso significa que ela deve estar equipada com todos os meios de acesso possíveis, como rampas, banheiros acessíveis, piso diferenciado e demais medidas de acessibilidade. Acontece que isso nem sempre é cumprido, sobretudo em escolas públicas, que contam muitas vezes com um baixo investimento governamental, dificultando a circulação dos estudantes nas dependências da escola. Os alunos que precisam de medidas especiais querem se sentir aceitos e acolhidos, como quaisquer outros, e isso começa na infraestrutura. Se há medidas que atendam às especificidades, então o primeiro passo já foi dado. Infelizmente, há também o preconceito, como um dos maiores desafios da educação inclusiva no Brasil a ser enfrentado. Vale lembrar que a educação inclusiva engloba os 3 seguintes grupos: ● alunos com deficiência; ● alunos com transtornos globais de desenvolvimento ou transtorno do espectro autista; ● alunos com altas habilidades ou superdotação O preconceito e a segregação acontecem, muitas vezes, por falta de conhecimento e de reconhecimento do outro como um ser humano igual e merecedor de respeito. A pouca visibilidade dada às pessoas especiais no Brasil fomenta este tipo de preconceito. Hoje é incomum ver pessoas deficientes em altos cargos, sendo representadas em mídias consumidas pela grande maioria das pessoas, como jornais, novelas etc., tudo isso faz com que essas pessoas sejam invisíveis à sociedade. E em ambientes escolares, o preconceito e a segregação 10 podem ser motivo de bullying escolar, uma prática séria e que deve ser combatida a todo e qualquer custo. A única maneira de vencer o preconceito é a partir do contato com o outro que é diferente e com o desenvolvimento do respeito, por meio da aplicação das competências socioemocionais no dia a dia escolar. E é por isso que cada vez mais e com mais afinco a educação inclusiva precisa ser implantada nas escolas do país, para que este tipo de comportamento que ainda permeia a sociedade seja extinto. Há um déficit de profissionais especializados em educação inclusiva em nosso país, e os que existem, geralmente, são sobrecarregados com funções que não são suas. E é por isso que este é mais um dos grandes desafios da educação inclusiva no Brasil. Para que a inclusão aconteça plenamente, em muitos casos, é necessário que um profissional especializado esteja lado a lado ao estudante especial diariamente. Essa prática é muito importante, pois esse profissional será a ponte entre professor, colegas e aluno especial. E assim, este profissional e o educador regular traçaram um caminho para desenvolver completamente o aluno. Porém, com o déficit destes profissionais, muitas vezes a inclusão se torna incompleta. Além disso, o que também ocorre é que os profissionais especializados se sentem sobrecarregados, já que precisam desempenhar o papel de tradutores e facilitadores, juntamente com o de professores regulares, quando estes não possuem capacitação para lidar com os alunos especiais. O presente trabalho, além da introdução e conclusão, também apresenta três capítulos. O capítulo um apresenta os conceitos da inclusão educacional, a segregação vista como escola especial e a integração que é o que chamamos de sala especial, principais diferenças entre integração e inclusão e perspectivas histórico cronológicas. Já o capítulo dois discorre sobre as principais dificuldades encontradas pela educação inclusiva na rede pública de ensino e o capítulo três aborda como se obter uma educação inclusiva de qualidade. 11 CAPÍTULO I - CONCEITOS: INCLUSÃO EDUCACIONAL Ao longo da história, os deficientes foram discriminados e isolados. Eles ainda têm cicatrizes nesse processo em muitas circunstâncias. Nos registros da história, esse evento apareceu pela primeira vez nos protocolos de Hamurabi¹. Segundo os filósofos Herófilo, uma deficiência e capacidade mental é uma alteração física do cérebro.As pessoas com deficiências históricas não foram incluídas nos sistemas devido à sua segregação ou integração. Esses sistemas se baseiam em necessidades separadas dos alunos com necessidades especiais do resto da sala de aula ou da escola. Alternativamente, os métodos de integração permitem que os alunos com necessidadesespeciais frequentem as mesmas aulas que todos os outros. No entanto, esses métodos exigiam escolas separadas para esses alunos, chamadas de escolas especiais. Os alunos também tiveram que frequentar salas especiais em salas de aula regulares. As sociedades historicamente excluíram as pessoas com deficiências dos padrões culturais de normalidade. Ao longo de várias décadas, vários termos foram concebidos para identificar pessoas com deficiências e encapsular sua experiência. A palavra "retardo mental" é encontrada atualmente na maioria dos códigos de classificação de doenças. Ela tem sido usada desde a Idade Média, e atualmente tem uma conotação negativa. Por volta de 1960, um indivíduo era considerado superdotado ou um "indivíduo excepcional", isso porque as pessoas tinham a mesma idade que as pessoas com deficiência, mereciam ser tratadas por suas habilidades em vez de serem desprezadas. Com o tempo, novos termos substituíram “deficiência mental”, como “necessidades educacionais especiais”, “pessoas especiais” e “indivíduos especiais”. As diferentes formas de nomear podem apenas representar o esconderijo de velhas arapucas a maquiar valores sociais contraditórios e a encobrir as tensões geradoras de novas formas veladas de exclusão. (PAM, 2008, p. 28). ¹ Um dos mais antigos conjuntos de leis escritas já encontradas, havendo divisão de classes. 13 Em meados do século XIX, nos Estados Unidos, a maioria das pessoas com deficiência não tinha educação formal. No entanto, eles ainda eram vistos como parte da comunidade. estudantes pobres tiveram problemas para obter educação devida à sua deficiência muitos. No final da guerra Americana da Independência, em 1783, grupos e cidadãos ricos estabeleceram várias sociedades filantrópicas cuja principal preocupação era garantir que grupos marginalizados não ameaçassem a República e os valores norte-americanos vigentes na época. Os motivos da assistência social e do controle eram interligados no funcionamento dessas instituições. Alguns líderes da educação especial da época fizeram notáveis esforços para promover a ideia de que todas as crianças, incluindo as deficientes, deveriam ter direito ao ensino. (STAINBACK, 1999, p. 37). Benjamim Rush, era um dos representantes deste movimento. Ele foi um dos primeiros norte-americanos a introduzir o conceito da educação de pessoas com deficiência. As instituições para pessoas com deficiência continuaram a crescer em número e tamanho durante o final do século XIX até a década de 1950, ao mesmo tempo em que surgia uma nova tendência de escola conhecida como “escolas comuns”, nas quais a maioria das crianças eram educadas, embora vários grupos de crianças fossem excluídas das escolas públicas regulares. Entre 1842 e 1918, todos os estados legislaram o ensino obrigatório e as escolas públicas atraíram enorme quantidade de recursos para seu desenvolvimento (RURY, 1985; U. S. BUREAU OF THE CENSUS, 1975; U. S. DEPARTAMENTO EDUCATION, NATIONAL CENTER FOR EDUCATION STATISTICS,(1991) Os alunos com deficiências visíveis são, em sua maioria, segregados das escolas públicas regulares. Existem também sistemas escolares separados para afro-americanos e nativos americanos. Além disso, vários grupos adicionais de crianças foram excluídos da educação pública. Estes incluíam crianças com deficiência auditiva, irmãos cegos e crianças deficientes que não conseguem andar. Escolas especiais e instituições residenciais oferecem uma alternativa adequada para esses alunos. Muitas crianças com atrasos no desenvolvimento foram forçadas a se refugiar nos recessos de instituições financiadas pelo Estado. Sigmon (1983,p.03) afirma que a segregação de crianças com deficiência em instituições ou escolas com currículos específicos é comum. Por exemplo, a maioria das crianças confinadas a uma cadeira de rodas não consegue controlar suas funções corporais ou aprender de maneira tradicional. O Bispo S. Nicloau Taumaturgo enfrentou uma grande luta no século IV para defender 14 as crianças com deficiência do infanticídio. Isso se deve a algumas referências encontradas na história afirmando que crianças com deficiência foram mortas por infanticídio antes da legalização dessa prática. As instituições religiosas no passado acreditavam que as pessoas com deficiência eram possuídas pelo diabo e mereciam ser punidas por seus pais. Essa noção levou as pessoas com deficiência a serem perseguidas e até mesmo mortas na Idade Média. O Corcunda de Notre Dame mostra como personagens excepcionais são doentes, deficientes físicos e deformados. Eles são incapazes de sobreviver sem ajuda e são para sempre inválidos. Um exemplo claro é Quasímodo, personagem principal interpretado por um ator com limitações físicas que vivia isolado na torre da Catedral de Paris. As discussões de apoio às pessoas com deficiência proliferaram na Idade Contemporânea. Confusos com a segregação, muitas pessoas pressionam por mudanças ineficazes que não ajudam as pessoas com deficiência. Como resultado, essas mudanças causaram danos às escolas, à sociedade como um todo e à educação das pessoas com deficiência. Durante a Guerra do Vietnã, houve um grande aumento de soldados portadores de deficiência física. Muitos deles tiveram problemas com o reajuste social após a guerra, muitas vezes devido a problemas emocionais que os levaram a se isolar. Existe um problema sério de pessoas com deficiência se isolando da sociedade hoje – conhecido como o paradoxo do isolamento da deficiência – que tem sido abordado por meio de movimentos sociais dedicados a defender grupos marginalizados. Essas mobilizações levaram à criação de muitas ideologias importantes, como o conceito de ideologia normalizadora. Braddock discutiu essa filosofia em 1977. Chamada de normalização, ela aborda as necessidades e desejos de indivíduos que não estão em conformidade com as normas sociais. Garantir a acessibilidade para pessoas com deficiência é conhecida como normalização, este termo refere-se ao processo de ajudar as pessoas a viver o mais próximo possível dos padrões e normas sociais típicas. Reconhecer que as pessoas com deficiência devem viver em ambientes adequados às suas necessidades não significa fazê-las parecer normais, trata-se de criar uma atmosfera onde seja possível desenvolver-se como um membro funcional da sociedade. Isso requer fornecer-lhes um nível de independência e auto-suficiência que corresponda às suas condições. As pessoas hoje procuram apagar os efeitos do preconceito e da segregação do passado. Elas acreditam que isso levará a uma maior igualdade e direitos individuais. 15 A educação especial é o termo abrangente para a educação que se desenvolve ao longo do tempo em resposta a diversas circunstâncias políticas, sociais e históricas. As pessoas com deficiência muitas vezes enfrentam um alto grau de isolamento social como resultado de suas necessidades educacionais únicas. Além disso, as escolas regulares muitas vezes não atendem alunos com deficiência devido aos paradigmas educacionais predominantes que priorizam as necessidades educacionais dos alunos privilegiados. A educação especial no Brasil existe há dois períodos distintos: de 1854 a 1956, foi provida por iniciativa privada, iniciativa estatal e isolamento; de 1957 a 1993, foi fornecido por iniciativa privada estatal e oficial. Segundo dados de 1996 de Mazzotta, essa tendência marcou o início dos anos 1900 e teve efeitos consideráveis no desenvolvimento educacional das pessoas com deficiência. No Brasil não se falava muito em cuidar de deficientes até a década de 1950. A educação especial passou por muitas mudanças desde a virada do século 20 até o início do século 21. Incluídos entre esses desenvolvimentos estavam crises, mudanças e um reforço da exclusão – tudo o que levou a uma abordagem de enfermagem à deficiência. Isso ocorre porque diferentes culturas desenvolveram entendimentos únicos da deficiência graças ao seu contexto histórico. As classesespeciais foram criadas na década de 1970 para integrar as pessoas com deficiência à sociedade. Um movimento para integrá-los nas escolas também começou nessa época. As pessoas com deficiência estavam exigindo mais direitos e maior igualdade durante esse período. Como resultado, os profissionais criaram programas que ajudaram a integrar as pessoas com deficiência à sociedade. Esses programas incluíam programas de reabilitação abrangentes, que incluíam a integração profissional de pessoas com deficiência. A partir da década de 80 surgem, em nosso país, principalmente no Rio Grande do Sul, os estudos e aplicações da estimulação precoce, em crianças de zero a três anos de idade que apresentam alguma alteração global em seu desenvolvimento, tanto na área hospitalar e médica, como nas escolas especiais e, posteriormente, nas creches e escolas infantis. A partir desta nova abordagem dinâmica no tratamento de bebês com deficiência mental, inicia-se a intervir mais precocemente nas desordens neuromotoras, cognitivas e afetivas desses sujeitos, modificando o prognóstico de aprendizagem dos mesmos (MOSQUERA; STOBAUS, 2004, p. 19). Apesar de suas deficiências, a trajetória da luta pela educação, especialmente pelos direitos civis, deve-se ao papel decisivo desempenhado pelas instituições privadas e filantrópicas. Esses homens organizaram movimentos maciços pelos direitos das pessoas com deficiência e colocaram no centro da discussão direitos há muito negados, denunciando a 16 discriminação, o preconceito e a falta de programas de educação básica. Desde meados dos anos 80 e princípio dos 90, inicia-se no contexto internacional um movimento materializado por profissionais, pais e as pessoas com deficiência, que lutam contra a ideia de que a educação especial, embora colocada em prática junto com a integração social, estivera enclausurada em um mundo à parte, dedicado à atenção reduzida proporção de alunos qualificados como deficientes. Surge também mais ou menos nesta época o movimento que aparece nos EUA denominado “Regular Education Iniciative” (REI), cujo objetivo era a inclusão na escola comum das crianças com alguma deficiência (INCLUSÃO – REVISTA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL, out. 2005). A educação especial engloba o sistema educacional completo de um país. Proporciona às pessoas com deficiência capacidades adicionais, plena auto-expressão e participação na sociedade, bem como acesso ao emprego e ao mundo da aprendizagem. O Jornal de Educação Especial do Ministério da Educação e Cultura espanhol informou que este recurso educacional é “para estudantes em circunstâncias específicas”. Destina-se a ser usado temporariamente ou continuamente. Esse recurso é chamado de Las extensa, que significa “o extenso” em latim. O impacto da Educação Especial na sociedade é significativo porque ajuda a atender à crescente necessidade de renovação e busca constante pela democracia. Isso só pode ser alcançado quando as pessoas têm acesso à informação, educação e as ferramentas necessárias para a plena cidadania. O Banco Mundial afirma que pelo menos 79 milhões de pessoas com deficiência vivem na América Latina e no Caribe. Isso ocorre porque a ONU estima que pelo menos 600 milhões de pessoas com deficiência vivem na Terra. O Brasil abriga pelo menos 24 milhões de cidadãos com deficiência – o número mais alto de qualquer país. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística informou que existem 3.605.183 jovens com deficiência, 14,7% da população total. No entanto, a REVISTA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL (2010). Segundo Bueno (1993): A Educação Especial tem cumprido na sociedade duplo papel, o de complementaridade da educação regular, atendendo de um lado a democratização do ensino, na medida que responde às necessidades de parcela da população que não consegue usufruir dos processos regulares do ensino; do outro, responde ao processo de segregação legitimando a ação seletiva da escola regular (MOSQUERA; STOBAUS, 2004, p. 23). Os pensamentos inclusivos foram trazidos pela primeira vez para as escolas na diferente de 1980. Essas ideias encorajam as pessoas a entender e aceitar sistemas sociais para 17 que os alunos possam frequentar a regularmente. O termo inclusão representa uma ideia de que todos os alunos devem ter igual acesso a qualquer sistema social. A criação de novos marcos amplia o alcance da Política Nacional de Educação Especial; é uma lei estabelecida pelo seu governo que protege os direitos dos cidadãos. Isso se deve às novas Políticas de Educação Inclusiva que são incentivadas por esse marco. Em destaque: Lei nº 4024/61 Aponta que a educação dos excepcionais deve, no que for possível, enquadrar-se no sistema geral de educação. Nesse período a educação dos deficientes é feita por classes especiais, instituições e oficinas separadas da educação regular, acentuando com isso as diferenças mesmo com a possibilidade de desenvolver habilidades nos indivíduos que a escola regular não conseguia. Ocorria também o encaminhamento de indivíduos com deficiência, a postos de trabalho após um longo período em oficinas. Lei nº 5692/71 Prevê “tratamento especial aos excepcionais”. De acordo com Carvalho, as escolas e as classes especiais passaram a ter um elevado número de alunos com “problemas” e que não necessitam estar ali. A oficialização da educação especial e de classes especiais se deu em consequência dessa lei, com a criação do Centro Nacional de Educação Especial. Parecer nº 848/72 do CFE Sugere a “adoção” de medidas urgentes para que também o campo de ensino e amparo ao excepcional seja dinamizado. A Constituição Federal (1988) Assegura que é objetivo da República Federativa do Brasil “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (Artigo 3º, Inciso IV). Em seu Artigo 5º, a Constituição garante o princípio de igualdade: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 18 brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...). Além de tudo, a Constituição Federal garante em seu Artigo 205 que a educação é direito de todos e dever do Estado e da família. Em seguida, no Artigo 206, estabelece a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. O Atendimento Educacional Especializado, oferecido preferencialmente na rede regular de ensino, também é garantido na Constituição Federal (Artigo 208, Inciso III). Portanto, a Constituição Federal garante a todos os alunos a frequência no ensino regular, com base no princípio de igualdade. Assim, todo aluno tem direito de estar matriculado no ensino regular e a escola tem o dever de matricular todos os alunos, não devendo discriminar qualquer pessoa em razão de uma deficiência ou sob qualquer outro pretexto. Lei nº 7853/89 Prevê a oferta obrigatória e gratuita da Educação Especial em estabelecimentos públicos de ensino, considerando crime a recusa de alunos com deficiência em estabelecimentos de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado. Declaração Mundial de Educação para Todos (1990) Foi aprovada em Jomtien, Tailândia, em 1990. Essa declaração tem como objetivo garantir o atendimento às necessidades básicas da aprendizagem de todas as crianças, jovens e adultos. Em seu Artigo 3º a Declaração trata da universalização do acesso à educação e do princípio de equidade. Especificamente em relação à educação dos alunos com deficiência, o documento diz: As necessidades básicas de aprendizagem das pessoas portadoras de deficiência requerem atenção especial. É preciso tomar medidas que garantam a igualdade de acesso à educação aos portadores de todo e qualquer tipo de deficiência, como parte do sistema educativo (p. 4). Assim, essa Declaração afirma o direito de todas as pessoas à educação, assegurando a igualdade de acesso às pessoas com deficiência. Declaração de Salamanca (julho de1994) 19 Em Paris, França, em junho de 1994, representantes de 25 diferentes e 92 países se reuniram para discutir a inclusão de pessoas com deficiência na educação. A Conferência sobre Educação Mundial ou o direito à “Educação de Todos" rejeitou a proteção de que as pessoas com deficiência eram um inconveniente. Em vez disso, os delegados pensam que as escolas regulares com uma abordagem eram a maneira mais eficaz de atitudes discriminatórias. A conferência também defendeu principalmente as crianças, os jovens e as pessoas deficientes com acesso às regulares. Isso significava ter como princípio orientador que “as escolas se comportam como todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais e físicas” – o que significa que os alunos com deficiência têm acesso às escolas como qualquer outra pessoa. . Este método promove métodos de ensino mais eficazes e a criação de ambientes que se adaptam às necessidades dos alunos. A Declaração de Salamanca alerta as escolas sobre a necessidade de fornecer educação para os alunos de todas as origens. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 9394/96 Aponta que a educação de pessoas com deficiência deve dar-se preferencialmente na rede regular, sendo um dever do Estado e da família promovê-la. O objetivo da escola, segundo a lei, é promover o pleno desenvolvimento do educando, preparando-o para a cidadania e qualificando-o para o trabalho. É importante destacar que a LDBEN garante, em seu Artigo 59, que os sistemas de ensino assegurarão aos alunos com necessidades especiais: - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos para atender às suas necessidades; - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados. Convenção Interamericana para a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência (Convenção da Guatemala, 2001) 20 A Convenção da Guatemala foi promulgada no Brasil pelo Decreto nº 3.956, de 08 de outubro de 2001. Fica claro, nessa Convenção, que todas as pessoas com deficiência têm os mesmos direitos das outras pessoas de não serem discriminadas por terem uma deficiência. Esse documento tem como objetivo “prevenir e eliminar todas as formas de discriminação contra as pessoas portadoras de deficiência e propiciar a sua plena integração à sociedade” (Artigo 2º). No Artigo 1º (nº 2, “a”) a Convenção traz a definição do termo discriminação: O termo “discriminação contra as pessoas portadoras de deficiência” significa toda diferenciação, exclusão ou restrição baseada em deficiência, antecedente de eficiência, consequência de deficiência anterior ou percepção de deficiência presente ou passada, que tenha o efeito ou propósito de impedir ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício por parte das pessoas portadoras de deficiência de seus direitos humanos e suas liberdades fundamentais. Esse documento deixa claro que pessoas com deficiência não podem receber tratamento desigual. A discriminação é compreendida como forma de diferenciação, restrição ou exclusão com base na deficiência. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2006) O Artigo 24 dessa Convenção reconhece o direito à educação sem discriminação e com igualdade de oportunidades das pessoas com deficiência. Neste artigo consta que os Estados Partes deverão assegurar que: - as pessoas com deficiência não sejam excluídas do sistema educacional geral sob alegação de deficiência e que as crianças com deficiência não sejam excluídas do ensino fundamental gratuito e compulsório, sob alegação de deficiência; - as pessoas com deficiência possam ter acesso ao ensino fundamental inclusivo, de qualidade e gratuito, em igualdade de condições com as demais pessoas na comunidade em que vivem; - adaptações razoáveis de acordo com as necessidades individuais sejam providenciadas; - as pessoas com deficiência recebem o apoio necessário, no âmbito do sistema educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva educação; e - efetivas medidas individualizadas de apoio sejam adotadas em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social, compatível com a meta de inclusão plena. É assegurado, a partir dessa Convenção, o direito de todos os alunos frequentarem o 21 ensino regular, não podendo haver qualquer tipo de discriminação por apresentarem uma deficiência. Sendo garantido também o direito ao apoio necessário para facilitar a aprendizagem do aluno com deficiência, apoio esse que pode ser oferecido pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE) levando em consideração as necessidades específicas de cada aluno. A Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (janeiro de 2008) estabelece que a Educação Especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis (Educação Básica e Ensino Superior) e realiza o Atendimento Educacional Especializado sendo este complementar e/ou suplementar no ensino regular, devendo o aluno receber atendimento de acordo com suas necessidades educacionais específicas. Esse documento define ainda quem são os alunos atendidos pela Educação Especial: alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Essa política tem por objetivo: (...) o acesso, a participação e a aprendizagem de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas regulares, orientando os sistemas de ensino para promover respostas às necessidades educacionais especiais, garantindo: - transversalidade da educação especial desde a educação infantil até a educação superior; - atendimento educacional especializado; - continuidade da escolarização nos níveis mais elevados do ensino; - formação dos professores para o Atendimento Educacional Especializado e demais profissionais da educação para a inclusão escolar; - participação da família e da comunidade; - acessibilidade urbanística, arquitetônica, nos mobiliários e equipamentos, nos transportes, na comunicação e informação; e - articulação intersetorial na implementação das políticas públicas (Secretaria de Educação Especial, 2008, p. 14). Com essa nova visão e nova proposta é dado um novo enfoque a Educação Especial, onde é lançado à escola o desafio de questionar e se ampliar no atendimento das diferentes formas de construção de aprendizagem, tendo como meta o aluno. 22 Decreto nº 6.571/2008 Dispõe sobre o atendimento educacional especializado, consolida diretrizes e ações já existentes, voltadas à educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Ele regulamenta o parágrafo único do art. 60 da Lei nº 9394/1996, destinando recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) ao atendimento educacional especializado em alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação matriculados na rede pública de ensino regular. Esse documento define o Atendimento Educacional Especializado como sendo “o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucionalmente, prestado de forma complementar ou suplementar à formação dos alunos no ensino regular” (Artigo 1º, Parágrafo 1º). Consta ainda neste decreto, as ações que serão realizadas pelo Ministério da Educação para o Atendimento Educacional Especializado. Dentre essas ações estão a implantação de Salas de Recursos Multifuncionais, a formação de professores para o AEE, a formação de gestores e professores para a educação inclusiva, as adaptações arquitetônicas das escolas, a produção e distribuição de recursos para a acessibilidade. Decreto nº 6.949, 25 de agosto de 2009 Tem como principal objetivo promover, proteger e assegurar o exercício pleno e equitativo de todos os direitoshumanos e liberdades fundamentais por todas as pessoas com deficiência e promover o respeito por sua dignidade inerente. Esses e demais fatores contribuíram para a efetivação do atendimento às pessoas com deficiência, reafirmando que a Educação é um direito de todos e dever do Estado e da família, assegurado pela Constituição Brasileira no Art. 205, promovendo assim uma sociedade que aceite e valorize as diferenças sem exceção. É imperativo que uma revisão mental completa seja implementada para alcançar a educação para todos. Isso implica mudar a percepção pública das pessoas com deficiência, substituindo preconceitos negativos por traços positivos. Uma verdadeira revolução de ideias precisa ser realizada para fomentar um movimento inclusivo com respeito e dignidade para as pessoas com deficiência. Isso só pode acontecer quando os educadores adotam programas politicamente motivados. Para atingir este objetivo, devemos ensinar as crianças a aceitar e respeitar os direitos humanos desde tenra idade. E devemos encorajar continuamente o sistema educacional a 23 promover essa mentalidade. Isso é necessário para criar adultos que valorizam a igualdade como um direito natural de cada pessoa no país. Adultos que veem a igualdade como uma coisa difícil que precisa ser lutada, em vez de algo que é dado naturalmente. Paulo Freire refere-se a esse conceito como “luta contra nossos preconceitos” em seu texto original. Essa ideia de inclusão como uma realidade possível é aludida quando Freire afirma que não é uma utopia, mas uma oportunidade a ser realizada. As escolas são necessárias para criar e manter um senso de realidade. Eles também são uma parte essencial da vida social e educacional. É imperativo que professores, alunos com capacidades “médias” e o Governo cumpram as suas responsabilidades. Ao fornecer a todos acesso à educação e socialização, as escolas podem maximizar a aceitação e reduzir o atrito entre as pessoas. CAPÍTULO II - PRINCIPAIS DIFICULDADES ENCONTRADAS PELA 24 EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA REDE PÚBLICA DE ENSINO Inclusão e Exclusão Existem muitas diferenças de discriminação e preconceitos de exclusão em todos os níveis da sociedade. As sociedades reconhecem a exclusão social como uma ocorrência natural desde a antiguidade. Alguns grupos que foram eliminados foram mulheres deficientes, estrangeiras e pessoas influentes pelo público. Existem recursos rápidos de economia no mundo, isso incentiva a pobreza generalizada e a exclusão social. Durante este tempo, a inclusão torna-se uma questão prevalente em várias áreas da vida. As práticas e crenças culturais das pessoas fazem com que elas rejeitem os outros. Este é o resultado de diferentes escolas sendo construídas por meio de processos históricos de criação de valores morais e culturais. Historicamente, as escolas davam tratamento privilegiado a grupos minoritários específicos. No entanto, sabemos hoje a importância da escola na formação de valores, e que impacta grandemente na vida de todos. Ao encorajar o respeito pelas diferenças, as escolas encorajam a tolerância entre os alunos e encorajam a consideração das outras considerações. A partir de meados do século XX com a intensificação dos movimentos sociais de luta contra todas as formas de discriminação que impedem o exercício da cidadania das pessoas com deficiência surge a nível mundial o desafio de uma sociedade inclusiva (INCLUSÃO – REVISTA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL, 2010, p. 20). A polêmica envolve a Educação Inclusiva como tema central nas discussões sobre a sociedade moderna e o propósito das escolas. A busca por uma sociedade igualitária, por um mundo em que os homens gozem de liberdade de expressão e de crenças e possam desfrutar da condição de viverem a salvo do temor e da necessidade, por um mundo em que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os seres humanos e da igualdade de seus direitos inalienáveis é o fundamento da autonomia, da justiça e da paz mundial, originou a elaboração da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que representa um movimento internacional do qual o Brasil é signatário (FACION, 2008, p. 55). Em uma época em que as diferenças são possíveis, mas impossíveis de viver, alguém 25 deve lutar pela liberdade de expressão sendo discriminado por suas características físicas, culturais, sociais ou sexuais. Além disso, as pessoas não podem demonstrar suas diferenças de idioma, orientação sexual, classe social, habilidades físicas ou cultura. E quem opta por não frequentar as aulas porque trabalha ou já desistiu de estudar tantas vezes também é discriminado. Essas são apenas algumas das maneiras pelas quais um sistema de educação escolar tradicional discrimina as pessoas. Segundo Mills (1999, p. 25), a educação inclusiva baseia-se na ideia de que todos devem aprender juntos sempre que possível. Isso é por causa das necessidades especiais de cada pessoa e suas diferenças individuais. É fundamental que todos tenham acesso ao Sistema Educacional, que deve ser livre de qualquer forma de discriminação. Isso ocorre porque a discriminação em privado muitas vezes nega ou frustra o direito de acesso que pertence a todas as pessoas. Para estabelecer a inclusão, o apoio a esse movimento é construído em torno da ideia de igualdade de oportunidades para todos os grupos sociais. Isso significa que todos os alunos devem ter igual acesso à escola como um todo, independentemente de suas diferenças. Além disso, qualquer tipo de diversidade deve ser valorizada e acolhida pelos sistemas educacionais. Portanto, todos os alunos devem ter acesso aos mesmos espaços de aprendizagem com igualdade de oportunidades. De acordo com a Lei nº 8.069 de 1990 artigo 55, toda criança e adolescente deve frequentar as aulas regulares. Esta obrigação é obrigatória para todos os pais ou responsáveis, independentemente do tipo de escola ou identidade da criança. Mantoan (2003) acredita que o privilégio de conviver com as diferenças é a inclusão. Isso significa que as pessoas podem viver e trabalhar ao lado de pessoas que são diferentes delas devido às suas diferenças de raça, gênero, habilidade ou outras razões. Todos os alunos das escolas inclusivas são tratados de forma igual e não são exceções a esta regra. Essas escolas trabalham arduamente para acolher crianças que tenham algum tipo de deficiência física ou mental; crianças que são superdotadas; crianças de grupos minoritários; e crianças que são discriminadas. O educador compartilha regularmente esta afirmação com seu público: "Juntar-se aos outros no cinema, no ônibus ou em uma sala de aula pode ser considerado estar junto. Por outro lado, a inclusão exige interagir e estar com o outro". Esta definição de “incluir” é derivada das raízes latinas “includere”. Significa compreender, incluir, estar contido dentro, implicar, intercalar, estar incluído entre, pertencer e fazer parte. Esta palavra nunca se refere a nada que tenha a ver com ser semelhante ou igual aos outros indivíduos que ela agrega. 26 Ao falar de uma sociedade mais inclusiva, normalmente pensamos em uma que enfatiza a importância da diversidade e aumenta a aceitação das diferenças entre as pessoas. Isso leva as pessoas a aprenderem a viver juntas, compartilhar recursos e trabalhar para um mundo onde diferentes oportunidades estejam disponíveis para todos. Nem o conceito nem o nome desse tipo de sociedade são perfeitos, mas seus ideais são certamente importantes. A fim de viver uma vida plena, os membros desta sociedade devem considerar o bem-estar de cada indivíduo. Isso ocorre porque não há duas pessoas iguais. Tanto a inclusão quanto a integração representam o mesmo objetivo: incluir as pessoas com deficiência na sociedade. No entanto, esses dois termos representam ideologias diferentes. Muitas pessoas usam de forma intercambiável porque ambos têm o mesmo significado. Integração e Inclusão As pessoas geralmente confundem integração com inclusão quando encontram o assunto pela primeiravez. Quais são as principais diferenças entre integração e inclusão? Claudia Werneck definiu os termos abaixo por meio do primeiro volume do Manual de Mídia Jurídica. Isso foi tirado da tradução de MELERO de 2002. Inclusão significa que crianças com deficiência podem ingressar em escolas regulares sem precisar “preparar-se”. Nas escolas, as crianças “preparam-se” para a integração de aulas para deficiências ou necessidades especiais. Essa integração parcial e condicional é fornecida pelo sistema escolar. Os sistemas devem ser interrompidos para serem inclusivos. Integrar requer fazer concessões dos sistemas. Todos se beneficiam das mudanças, independentemente de quem ganhou o concurso. Considere que as pessoas com deficiência ganham mais por integração. A transformação completa é necessária para a inclusão. Mudança em um assunto com menos profundidade é integração. A inclusão transforma a sociedade para que ela possa atender às necessidades das pessoas com deficiência. Isso faz com que a sociedade fique mais atenta às necessidades de todos. As pessoas com deficiência podem facilmente ajustar-se às necessidades dos modelos 27 existentes na sociedade. As mudanças são feitas apenas quando necessárias. A inclusão defende os direitos de todos – inclusive aqueles com deficiência – protegidos seus direitos. Sua contraparte, a integração, defende os direitos das pessoas com deficiência. A inclusão traz grupos marginalizados dos sistemas para o redil. Ao alterar esses sistemas para benefícios benéficos também para todos, eles também se tornam de qualidade para todos. A integração comprova que determinados grupos estão “incluídos” graças ao processo de integração, que pode ser questionado como promotor da inclusão. Termos inclusivos como escola inclusiva e lazer buscam a melhor qualidade possível para todos. Referem-se a pessoas com e sem deficiência. Na busca por um produto integrado de alta qualidade, a palavra é usada para descrever uma estrutura que atende pessoas com deficiência. Este adjetivo também é usado quando se refere a escolas de integração, empresas e muito mais. A inclusão acredita que as pessoas com deficiência têm seus próprios valores individuais. Algumas pessoas com deficiência são bons funcionários; outros estão cuidando. O pensamento inclusivo leva à tendência de considerar as pessoas com deficiência como um único grupo. Isso se manifesta através dos surdos unificando melhor, e os cegos sendo ótimos em fazer massagens. A inclusão se disfarça pelo fato de que existem recusas. A inclusão não é apenas ter pessoas com e sem deficiência no mesmo lugar. É sobre mais do que isso. Pessoas sem deficiência podem usar o adjetivo integrador quando estão presentes em um ambiente com pessoas com deficiência. Mudar as pessoas com deficiência de uma pessoa de fora para uma parte do sistema escolar é uma parte importante da inclusão na sociedade. Isso porque abre caminho para uma revolução na educação e solidariedade, comunidade e democracia entre pessoas com muitas perspectivas. Ao cruzar a linha de integração, isso leva a uma sociedade que luta pela igualdade para todos os membros. Um sistema educacional constitucionalmente obrigatório destina-se a proporcionar um processo de reflexão e prática para a criação de um sistema educacional novo e mais inclusivo. Pretende-se com isso levar a mudanças no pensamento político, pedagógico e conceitual. 28 A inclusão de alunos com deficiência beneficia a todos na sala de aula: melhorar a educação em sala de aula para todos. Além disso, muitos professores devem acreditar que isso seja verdade. Considerar a inclusão não deve ser um fardo, mas uma forma de pensar. A inclusão de pessoas com deficiência na escola supõe considerações que extrapolam a simples inovação educacional e que implicam no reconhecimento de que o outro é sempre e implacavelmente diferente, embora em alguns momentos, observamos que muitas escolas e/ou professores não estão vivendo a inclusão como sinônimo de entender essas diferenças. Sabe-se que é difícil, muitas vezes devido ao número de alunos que excede nas turmas, mas é importante compreender o outro com sua diferença e tentar oferecer um ensino adequado. Pois entende-se que todo o ser humano, independentemente de sua deficiência é possuidor tanto de capacidades quanto de limitações. Devido a todo um percurso histórico e cultural sabemos que muitos professores ainda não estão preparados para lidar com as limitações e individualidades a fim de que, realmente todos os alunos sejam incluídos e, ao mesmo tempo, analisar o que é “estar” excluído em uma sociedade que se diz “igualitária”. Para implementar a educação inclusiva, as famílias, educadores e alunos com deficiências devem fazer um esforço significativo. O estudo, planejamento e implementação mágica são essenciais para que esse truque aconteça. A estabilidade é algo que buscamos frequentemente, pois ela nos dá segurança. Quanto mais conhecemos determinado fato ou assunto, mais nos sentimos seguros diante dele. O novo gera insegurança e instabilidade, exigindo reorganização, mudança. É comum sermos resistentes ao que nos desestabiliza. Sem dúvida, as ideias inclusivas causam muita desestabilidade e resistência (MINETTO, 2008, p. 17). O sistema educacional brasileiro está lutando para garantir o medo da longa mudança de dados. Como a mudança é vista como legendada, as pessoas são resistentes a novas ideias sobre como educar os alunos. Existem problemas com as escolas tradicionais quanto com os estilos de aprendizagem que estão abertas. Em primeiro lugar, as escolas tradicionais não se destinavam a acomodar a diversidade dos alunos. Apesar das mudanças, eles ainda têm um sistema regulamentado e seletivo para escolher os alunos que não atendem às propostas acadêmicas. Eles enfatizam a instrução e a reprodução do conteúdo da escola. Cuidados com os recursos humanos necessários para a estrutura de sua instituição de ensino. Políticas públicas avançadas, mas a maioria das escolas simplesmente não tem 29 recursos pessoais ou para implementá-las. Como deve fornecer comunicação e educação social de informações sobre deficiências, melhorar a qualidade e incentivar a participação em assuntos de pessoas com deficiências. Com a Inclusão, os alunos de todas as habilidades têm garantido o direito à educação. Esta foi uma nova ideia que tem pessoas polarizadas de maneiras diferentes. No entanto, é constitucional que as escolas foram compostas por alunos com deficiência ou permanentes como aqueles mais graves ou leves. Segundo Mantoan (1988): Inovar não tem necessariamente o sentido do inusitado. As grandes inovações estão, muitas vezes na centralização do óbvio, do simples, do que é possível fazer, mas que precisa ser desvelado, para que possa ser compreendido por todos e aceito sem outras resistências, senão aquelas que dão brilho e vigor ao debate das novidades. O sistema educacional é ilustrado a partir de perspectivas brasileiras ao estudar a Educação Inclusiva Inovadora. Primeiro, dificuldades que esse novo método de ensino foi desenvolvido. Em seguida, vêm os passos para a implementação do IEE, como treinamento de professores e mudanças nas aulas. Por fim, analisa-se a visão deste novo sistema de ensino para o ensino através de sua implementação nas escolas. As instituições de ensino especializado para qualquer aluno, mas não apenas um tipo específico, comprovam a necessidade de educação para todos em uma sociedade democrática. As pessoas com necessidades devem ser integradas em todos os sistemas especializados. Novas atualizações dos métodos de ensino e das escolas enriquecem o ensino e estimulam os alunos que necessitam de tarefas. Isso ocorre porque a maioria das escolas dos alunos não atende às mesmas necessidades. Quando os alunos com deficiência lutam pela inclusão, é porque as escolas públicas e privadas proporcionam uma educação de qualidade. Isso os leva a ser capaz de responderaos alunos da mais exclusiva possível. Também os impede de entrar no sistema de educação especial excludente. Adaptar os métodos pedagógicos às habilidades variadas dos alunos da escola leva a sucesso na incorporação de alunos com deficiência nas classes padrão. Isso porque regular a integração de alunos com deficiências nas escolas permite que eles melhorem sua educação acadêmica. Isso quando as escolas entendem que alguns problemas são importantes para a 30 forma como os alunos são atendidos, abordam o aprendizado e a avaliação do progresso. Transformar a escola significa, portanto, criar as condições para que todos os alunos possam atuar efetivamente nesse espaço educativo, focando as dificuldades do processo de construção para o ambiente escolar e não para as características particulares dos alunos (INCLUSÃO – REVISTA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL, 2010, p. 34). Escolas e serviços separados não são necessários para a aprendizagem. Todas as crianças precisam frequentar a escola. Muitos professores de escolas hoje enfrentam resistência ao considerar a inclusão. Isso porque muitos educadores utilizam um modelo pedagógico-organizacional conservador em seus métodos de ensino. Eles hesitam em considerar o ensino em uma sala de aula onde todos os alunos se sentam em cadeiras e o mesmo livro está aberto na mesa do professor. Eles também evitam implementar testes únicos, um livro aberto é uma tarefa de quadro para os alunos completarem. A educação tradicional desencoraja os alunos a pensar fora da caixa ou reconhecer as muitas ideias e perspectivas diferentes que existem. Em vez disso, os alunos são incentivados a competir uns com os outros e aprender a se conformar com uma única mentalidade. Isso leva a uma falta geral de criatividade e uma obsessão por erros. Além disso, professores e sistemas educacionais se concentram demais em incutir medo de que os erros sejam descobertos e transformados em fracassos. Todos os educadores devem priorizar a qualidade do ensino regular. Este é um compromisso incontornável para as escolas, pois a educação básica é um dos muitos fatores que contribuem para o desenvolvimento econômico e social. É uma tarefa possível de ser executada; no entanto, é impossível realizá-la pelos métodos tradicionais de organização escolar. Uma nova Lei Educacional oferece formas potenciais de melhorar o processo educacional. Isso nem sempre é possível porque muitos projetos são parciais por natureza e não abrangem mudanças básicas nas escolas. Além disso, os alunos com deficiência nem sempre são incluídos nestes projetos. Em vez disso, eles geralmente são segregados em diferentes espaços, como salas de recursos ou aulas aceleradas. Muitos também enfrentam problemas quando as salas de recursos estão associadas a pequenas mudanças nas escolas. Em alguns casos, as escolas com alunos com deficiência que necessitam de educação especial não se justificam. Isso ocorre porque muitos professores sentem que sua formação 31 não está pronta para a tarefa. Alguns acreditam que as crianças não se beneficiarão do novo arranjo porque não conseguem acompanhar seus pares e continuarão sendo marginalizadas e discriminadas. Novas práticas educacionais e programas alternativos de educação são necessários para redefinir o sistema escolar. Isso ocorre porque as escolas precisam melhorar para atender às necessidades de um mundo em mudança. Implementar uma escola inclusiva requer abordar muitas questões. Estes requerem mudanças contínuas para funcionar corretamente. As escolas inclusivas lutam para eliminar as atitudes de discriminação. Eles fornecem educação a todos os alunos, independentemente de raça, religião, sexo ou habilidade. Inclusão e o Sistema Educacional É fundamental entender que a educação não é apenas por decretos ou mandatórios. A educação inclusiva é um sistema supervisionado por todos os atores do projeto educacional, incluindo professores, administradores e alunos. É um processo articulado por meio de uma variedade de perspectivas que devem ser ativamente avaliadas. Forçar mudanças na educação, estruturas sociais, opiniões e crenças é uma tarefa desafiadora. Essas mudanças são importantes para o sistema escolar, porque os grupos marginalizados não têm problemas com as injustiças cometidas contra eles. Também é difícil desafiar conceitos e ideias há muito solidificados ao implementar novas ideias. A recente triplicação de alunos incluídos na educação inclusiva deve-se em grande parte ao conhecimento das leis que apoiam e beneficiam esses seres. Além disso, o preconceito em relação a essas pessoas ainda deixa muitas delas fora do ensino regular. Mudanças na sociedade, como novos paradigmas, são atualmente um grande dilema filosófico. O sistema educacional não tem respostas claras sobre como fornecer educação de alta qualidade para todos os alunos devido a essa confusão. Isso é algo que os profissionais da educação gostariam de mudar. Como esperamos construir um ambiente inclusivo que mude atitudes e expectativas em relação aos alunos e, ao mesmo tempo, se adapte aos sistemas escolares de cada aluno. O programa de Educação Inclusiva foi iniciado em 2003 pelo Ministério da Educação. Ele foi projetado para designar um sistema escolar público para conhecer os diferentes grupos de alunos por meio da inclusão e isso levou a mudanças significativas no pensamento pedagógico tradicional sobre a aprendizagem. Com disso, os educadores iniciaram um romper 32 com a definição histórica de que todos os sistemas devem resultar das condições. Em nosso país, alguns defensores da escola argumentam que os alunos devem ser incluídos em todos os programas de educação escolar sem quaisquer incluídos. Eles acreditam que esta proposta irá melhorar o sistema educacional como um todo. Mantoan (1998, p. 3) propõe: [...] uma verdadeira transformação da escola, de tal modo que o aluno tenha a oportunidade de aprender, mas na condição de que sejam respeitados as suas peculiaridades, necessidades e interesses, a sua autonomia intelectual, o ritmo e suas condições de assimilação dos conteúdos curriculares. Quando os alunos conseguem atuar efetivamente no espaço, ocorre a verdadeira transformação da escola. Isso requer uma reestruturação completa do currículo da escola para atender às necessidades dos alunos de todas as idades. Este é o trabalho de 2001 de Mittler. O autor afirma que as escolas e o público em geral devem mudar suas filosofias para incluir os alunos com necessidades especiais nas classes regulares. A escola não pode mudar tudo e nem pode mudar a si mesma sozinha. Ela está intimamente ligada à sociedade que a mantém. Ela é, ao mesmo tempo, fator e produto da sociedade. Como instituição social, ela depende da sociedade e, para se transformar, depende também da relação que mantém com outras escolas, com as famílias, aprendendo em rede com elas, estabelecendo alianças com a sociedade, com a população (GADOTTI, 2007, p. 12). Mudanças no sistema escolar são feitas para melhorar as práticas e os princípios. Isso porque os sistemas educacionais precisam ser reformados em relação à pedagogia, à educação e ao cotidiano escolar. Além disso, essas mudanças devem estar relacionadas a outros movimentos que visam garantir direitos na sociedade. Os sistemas exclusivos desenvolvidos por seu desconhecimento dos indicadores, não consideram o status socioeconômico dos alunos. Em vez disso, muitas vezes são implementados programas a cumprir ao longo da carreira educacional de cada aluno, os educadores têm condições históricas para justificar o não aprendizado e as baixas expectativas de realização. Eles também podem avaliar o desempenho dos alunos. E, no entanto, esse 33 sistema não tem conexão entre aprender e ensinar; não inclui apoio educacional para nenhum aluno individual. Ao contrário, todo esse processo é visto como um fracasso devido à falta de conhecimento sobre como a educação afeta a sociedade. Ao criar uma educação inclusiva,os educadores devem seguir os princípios dos direitos humanos, bem como uma sugestão pedagógica de que todos possam aprender. Essa abordagem se opõe à abordagem do sistema educacional tradicional de educar as crianças, que separa os alunos com base na segregação e na integração. Em vez disso, os educadores devem usar uma abordagem clínica com ênfase na educação integrada. Esse método de ensino adequado para integração levou à segregação de espaços onde os alunos acabaram. Esses espaços foram identificados como seus defeitos e resultam em discriminação e exclusão de alunos por alunos. Os professores usam sua compreensão da comunidade para identificar elementos que precisam ser incorporados às estratégias pedagógicas. Isso porque as escolas precisam quando ocorre uma exclusão educacional ou social. Essas ações devem incluir ações aos serviços comunitários, conectar-se como administradores e criar escolas com a família. Eles devem, a criação de uma relação mais positiva entre o futuro planejamento participativo – que vem com uma pedagogia mais a cargo da escola também para o futuro da família. As circunstâncias contemporâneas causam impacto e eficácia na perspectiva do domínio do conteúdo durante o período de transição entre integração e inclusão. Isso faz com que outros conhecimentos sejam ajudados. As escolas devem incorporar seus programas ao desenvolvimento em todos os programas educacionais. Enfatizar a responsabilidade dos professores de ensinar todos os alunos, independentemente das deficiências, ajuda as escolas a fazer a transição para uma pedagogia centrada na criança. Isso porque as escolas eliminam o discurso deficiente que as escolas têm para todos os alunos. As escolas podem, em vez disso, concentrar-se no ensino de alunos ou sem educação de deficiência por meio de novas abordagens. As escolas podem criar políticas que atentem para diversos percursos educativos de forma a melhorar a qualidade do ensino. E esse é um dos desafios fundamentais de uma educação que contribua para quebrar o encanto do desencanto, para nos livrar da resignação, para recuperar ou para construir nossa consciência em critérios de igualdade de justiça, uma sociedade na qual a proclamação da liberdade individual não questiona os direitos e a felicidade de todos. Uma sociedade em que a diferença seja uma possibilidade para a construção de nossa autonomia, não o argumento para legitimar injustas desigualdades econômicas, sociais e políticas (GENTILI, 2003, p. 54). 34 As escolas oferecem um espaço onde diferentes culturas podem se encontrar sem preconceitos. É o que mostra Gomes (1999) que afirma que a escola cria um ambiente sociocultural onde pessoas de diversas origens se reúnem. Figueiredo (2002) aponta ainda que: As diferenças são desejáveis, porque enriquecem, ampliam e permitem a identificação/diferenciação; as desigualdades, ao contrário, produzem inferioridade, porque implicam relações de exploração. Enquanto as diferenças se assentam na cooperação, as desigualdades ocasionam competição. Os professores que trabalham com a “diferença” reconhecem que educaram todos na sala de aula, e não apenas os selecionados. Fazer isso é um ensino desafiador a recursos comuns de que o é limitado apenas aos alunos “privilegiados”, porque os métodos da metodologia são considerados “incluídos”. As escolas regulares devem proporcionar às crianças um lugar de moradia e acesso a seus pares. Eles podem ser capazes de socializar e aprender através de tudo o que podem processar no momento. Isso está previsto na lei² nº 9.394. As escolas devem oferecer oportunidades educativas para crianças com deficiência. As escolas nas escolas recebem a mesma experiência que seus colegas, mesmo que seus colegas os tratem de maneira diferente. As escolas regulares ajudam as crianças com deficiências a entender suas diferenças e construir autoconfiança, estabelecendo normas que levem em suas diferenças. Como as escolas são responsáveis por uma vida mais saudável para as crianças com deficiência, elas ajudam a ser sociais e são mais saudáveis. Como podemos ajudar a desconstruir os alunos de educação escolar, ou podemos mantê-los com apoio e auxilio administrativo? Depois que os alunos com deficiência no ensino entram nas escolas, muitos devem atualizar seus métodos de educação para acomodar a mudança. Eles também precisam se preparar pesquisando técnicas anteriores. Assim como pais e filhos, os professores tiveram a sensibilidade e a indecisão durante as primeiras semanas de aula. ²Como qualquer cidadão, a pessoa com deficiência tem direito à educação pública e gratuita assegurada por lei, preferencialmente na rede regular de ensino e, se for o caso, à educação adaptada às suas características em escolas especiais, conforme estabelecido nos arts. 58 e seguintes da Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, art. 24 do Decreto nº 3.298/99 e art. 2º da Lei nº 7.853/89. Disponível em: <http://www.caade.mg.gov.br/pdf/cartilha.pdf>. http://www.caade.mg.gov.br/pdf/cartilha.pdf 35 Especialistas que muitas vezes não têm formação necessária para lidar com pessoas com diferenças em sala de aula. Além disso, eles têm condições apenas para lidar com uma criança por vez. Isso ocorre porque algumas crianças – às vezes – pedem atenção e atrapalham o ambiente de aula. O professor deve entender que cada caso é avaliado como único. As reações de cada aluno ao caso são variáveis. Muitas apresentam comportamento diferente do seu ambiente familiar, seu comportamento mostra como são tratados, o que se refere à forma como a criança se relaciona. A política da educação inclusiva, no Brasil, fundamentada entre outros documentos internacionais, na Declaração de Salamanca (1994), afirma que as escolas regulares com orientação inclusiva são os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias, porém a educação está longe do ideal. Maria Tereza Eglér Mantoan, coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diversidade da Faculdade de Educação da Unicamp, acredita que a educação escolar regular para qualquer criança ou aluno com deficiência é a melhor forma de ajudá-los. Como cada criança é diferente, seu professor deve entender que cada caso é único. Eles também devem saber que o comportamento das crianças pode variar de sua educação familiar. Seu comportamento muitas vezes reflete a forma como são tratados, o que indica o estado emocional da criança e o vínculo com seu cuidador. O sistema educacional é baseado na Declaração de Salamanca, que afirma que as escolas inclusivas são as melhores no combate à discriminação. No entanto, as escolas regulares não são ideais para educar as crianças. Em vez disso, Maria Tereza Eglér Mantoan, da Faculdade de Educação da Unicamp, recomenda a escola como a melhor opção de educação. Como uma opção de escolaridade também podem ser outros na escola com deficiência. A educação especializada não ensina aos alunos o conteúdo regular do curso de seu currículo. Em vez disso, ensina os alunos a usar equipamentos, se comunicar em uma língua estrangeira, recursos e ajuda que ajudam os alunos surdos a enfrentar as barreiras que enfrentam em seus ambientes de aula. Isso inclui ensinar aos alunos português como segunda língua para surdos, bem como ensinar-lhes o código Braille. Uma sala de recursos multifuncionais permite que os alunos usem e ensinem códigos, linguagens e tecnologias para aulas regulares. Essas disciplinas promovem acessibilidade no currículo para os alunos que precisam de ajuda com a escolarização. Isso ajuda a remover barreiras como comunicação, barreiras físicas e pedagógicas nas escolas. 36 Ensinar e aprender em uma escola inclusiva não se limita às aulas em sala de aula e ao prédio da escola. Em vez disso, estende-se para além dos limites da escola. Carvalho (2004, p. 115) explica alguns dos muitos usos de uma instituição de ensino que acomoda um ambiente escolar mais inclusivo em uma sala de aula em seus escritossobre o tema. - desenvolver culturas, políticas e práticas inclusivas, marcadas pela responsabilidade e acolhimento que oferece a todos os que participam do processo educacional escolar; - promover todas as condições que permitam responder às necessidades educacionais especiais para a aprendizagem de todos os alunos de sua comunidade; - criar espaços dialógicos entre os professores para que, semanalmente, possam reunir-se como grupos de estudo e de troca de experiências; - criar vínculos mais estreitos com as famílias, levando-as a participarem dos processos decisórios em relação à instituição e a seus filhos e filhas; - estabelecer parcerias com a comunidade sem intenção de usufruto de beneficiar apenas e sim para conquistar a cumplicidade de seus membros, em relação às finalidades e objetivos educativos; - acolher todos os alunos, oferecendo-lhes as condições de aprender e participar; - operacionalizar os quatro pilares estabelecidos pela UNESCO para a educação deste milênio: aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a viver junto e aprender a ser, tendo em conta que o verbo é aprender; - respeitar as diferenças individuais e o multiculturalismo entendendo que a diversidade é uma riqueza e que o aluno é o melhor recurso de que o professor dispõe em qualquer cenário de aprendizagem; - valorizar o trabalho educacional escolar na diversidade. O autor afirma que os profissionais ajudam a contribuir para os educadores que agirem com ética e como conscientes. Essas palavras servem como recursos educacionais para os alunos, bem como guias morais para os cidadãos. Soodak (2003) menciona a criação de estratégias de apoio para tornar o ambiente da sala de aula mais inclusivo para alunos com deficiência. Isso inclui a criação de um ambiente de sala de aula de apoio, onde os alunos se sentem seguros e apoiados. Os principais objetivos da escola incentivam a cooperação, promovem o senso de comunidade, incentivam a amizade entre os alunos, promovem a inclusão e a cooperação entre pais e professores. Além disso, os alunos que se comportam mal em ambiente positivo em todos os alunos, por vezes, se concentram no que se comportam da mesma forma. Evite expulsões e punições, em vez disso, incentivando o comportamento positivo. As escolas devem ser transformadas para que todos tenham acesso à educação. Em virtude dessa mudança, os alunos entendem que um ambiente escolar inclusivo e positivo é necessário para a educação de todos. Em cooperação e solidariedade, essas escolas têm como ferramentas para que os alunos aprendam da melhor maneira possível. As escolas que aceitam alunos de origens são oficialmente 20 escolas por Mantoan(2000, p. 7 e 8). 37 [...] em que todos os alunos se sentem respeitados e reconhecidos nas suas diferenças, ou melhor, são escolas que não são indiferentes às diferenças. Ao nos referirmos a essas escolas, estamos tratando de ambientes educacionais que se caracterizam por um ensino de qualidade, que não exclui, não categoriza os alunos em grupos arbitrariamente definidos por perfis de aproveitamento escolar e por avaliações padronizadas e que não admitem a dicotomia entre educação regular e especial. As escolas para todos são escolas inclusivas, em que todos os alunos estudam juntos, em salas de aula de ensino regular. Esses ambientes educativos desafiam as possibilidades de aprendizagem de todos os alunos e as estratégias de trabalho pedagógico são adequadas às habilidades e necessidades de todos. O pensamento de Paulo Freire sobre educação tem uma ideia de educação incrível quando considera uma educação inclusiva. Ele acredita que o processo educacional deve partir do mundo real dos alunos e do seu cotidiano. Isso significa que os alunos são capazes de desenvolver o pensamento crítico para combater a pressão, a desigualdade e a desigualdade. Além disso, cria oportunidades para que os alunos construam solidariedade, liberdade e justiça em suas comunidades. Essas questões dizem respeito ao currículo das escolas quando essas são normas e são práticas. É fundamental compreender as dificuldades enfrentadas pelos alunos brasileiros com especiais ao tentar adaptar uma sala de aula regular. Essas escolas devem criar maneiras criativas de superar esses desafios e incluir todos os alunos igualmente. Praticar a inclusão ajuda você a superar seus desafios. Estes incluem pequenos ajustes que você pode fazer. Os alunos devem respeitar os diferentes ritmos de aprendizagem na sala de aula. As preocupações dos professores devem estar centradas nas dificuldades dos alunos, em vez de se concentrarem em habilidades específicas. Aprender a aprender e todos juntos na escola, ajuda os alunos a acessar a educação e assim eles aprendem a trabalhar. Isso porque podem adquirir habilidades como colaboração, empatia e respeito. Como pais e responsáveis, nossas responsabilidades não terminam apenas em entender as dificuldades da educação inclusiva no Brasil. Também é necessário que entendamos os métodos para resolver esses desafios, para se adaptarem aos alunos especiais. Daniela Alonso, redatora do artigo de 22 de fevereiro de 2013, detalhada como vinculada à educação inclusiva nas escolas. https://novaescola.org.br/conteudo/554/os-desafios-da-educacao-inclusiva-foco-nas-re des-de-apoio https://novaescola.org.br/conteudo/554/os-desafios-da-educacao-inclusiva-foco-nas-redes-de-apoio https://novaescola.org.br/conteudo/554/os-desafios-da-educacao-inclusiva-foco-nas-redes-de-apoio 38 Foto: Marcelo Min1. Inclusão no Brasil e Educação especial na escola regular Foto: Maurício Moreira João Guilherme dos Santos, aluno com deficiência física, com seus colegas da Unidade Integrada Alberico Silva, em São Luís. Atualmente, o sistema educacional segrega alunos com necessidades especiais e limita seu desenvolvimento brasileiro. Historicamente, uma opção única para alunos com necessidades especiais no Brasil era frequentar uma das duas escolas: uma escola regular e uma escola especial. Na última, foram criadas novas alternativas que permitiram que os alunos frequentam a escola regular sem nenhum tipo de acomodação. Isso foi exclusivamente educacional através da implementação de um sistema educacional, onde os alunos pudessem aprender juntos em um único tipo de escola. Juntamente com recursos e suportes adequados, este novo sistema também oferece barreiras para qualquer aluno que tenha. A Educação Especial normalmente encontrada dentro de uma escola é combinada com a Educação Inclusiva. Esse processo garante que todos os alunos recebam os devidos cuidados e atenção, independentemente de suas circunstâncias. Também promove uma inclusão, incentivando as escolas a aceitar alunos com necessidades especiais. As escolas devem fornecer aos alunos recursos adicionais para garantir que eles aprendam. Essas muitas vezes as necessidades interferem no processo de aprendizagem e não podem ser tratadas apenas com a adaptação a novas situações. Todos têm direito à educação que os ajudam a crescer e fortalecer sua personalidade. Criar uma atmosfera de respeito pelos direitos humanos e liberdade é o primeiro passo para incutir responsabilidade cívica. Educar todos os alunos no mesmo ambiente escolar, oferece inclusão. Escolher essa abordagem não significa que as famílias ignoram as necessidades acadêmicas de seus filhos, muito pelo contrário é verdade. As diferenças são vistas como positivas quando incluídas em 39 vez de negativas. Isso porque inclusão não é eliminar problemas; trata-se de curtir a diversidade no mundo. Permita que as crianças tenham chances de viver com todos. Ao apresentar uma ampla gama de diversidade social, as escolas oferecem uma oportunidade para atender às necessidades educacionais, habilidades e potencial do aluno. Pessoas com deficiências e estudantes de alto desempenho merecem as mesmas oportunidades que outros estudantes. As pessoas precisam aprender a interagir e viver juntas por meio da inclusão. Para fazer isso, devemos considerar
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