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ENG-2006-047

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AS NOVAS FRONTEIRAS AGRÍCOLAS E A QUESTÃO AGRÁRIA BRASILEIRA1
 
Michele Lindner2 - UFSM - michele_ufsm@yahoo.com.br
Vera Maria Favila Miorin3 - UFSM 
Flamarion Dutra Alves4 - UFSM 
Tânia Cristina Gomes5 - UFSM 
 
Introdução 
Este trabalho tem como objetivo analisar a questão agrária brasileira a partir da 
década de 1960, com a instalação do regime de governo militar no Brasil e das 
alterações ocorridas no campo brasileiro sob a ação do processo conhecido como 
modernização da agricultura – criação dos Complexos Agro-Industriais - e o avanço 
das fronteiras agrícolas sobre novas áreas construindo novos espaços geográficos na 
região Norte do Brasil. A instalação de empresas em imensas propriedades rurais 
ocasionou conseqüências de ordem social, econômico, ambiental e cultural, 
configurando, desta forma, novas territorialidades. Ao se apropriar de uma área antes 
habitada por nativos daquela região ou simplesmente de preservação ambiental, os 
Complexos Agro-Industriais expulsaram a população e mudaram a dinâmica da 
Região. Como resultante desta nova ordem nas relações socioeconômicas aumentou, 
também, os conflitos de luta pela terra e conseqüentemente, outros agentes entram 
em ação neste contexto agrário, dando visibilidade aos excluídos e fortalecendo a 
democratização da posse da terra, juntamente com a luta pela preservação de áreas 
de proteção ambiental. Estes fatos serão discutidos e analisados na pesquisa, a qual 
terá como apoio referências bibliográficas e dados estatísticos. Portanto, as novas 
 
1 Relatório de pesquisa. 
2 Geógrafa - Acadêmica do Programa de Pós-Graduação em Geografia e Geociências – 
Especialização em Geociências /CCNE / UFSM – Mestranda em Extensão Rural / CCR/ UFSM. 
3 Professora Drª. do Departamento de Geociências / CCNE /UFSM. 
4 Geógrafo - Mestrando em Extensão Rural / CCR/ UFSM. 
mailto:michele_ufsm@yahoo.com.br
fronteiras agrícolas surgidas a partir da década de 1960, configuraram em seu interior 
a apropriação concentrada das riquezas naturais e de terras estabelecendo injustiças, 
além de influenciarem na formação do território e nas relações existentes até a 
atualidade. 
 
A Questão Agrária e a Modernização da Agricultura Brasileira no Regime de 
Governo Militar 
No estudo da questão agrária brasileira, hoje, deve ser analisado o processo histórico 
de ocupação e colonização do espaço físico nacional, o qual foi totalmente excludente 
e concentrador de terras, dando origem a formação de uma oligarquia rural, presente e 
influente até nossos dias. Às primeiras disparidades socioeconômicas surgem ai e 
decorrem da presença de uma minoria detentora da grande riqueza e uma maioria 
vivendo à margem desse processo. 
As mudanças no modelo agrário brasileiro ganharam impulso nesta época, pois 
conforme alguns autores, era preciso modificar a estrutura do setor agropecuário 
brasileiro, que se apresentava com baixo nível tecnológico, no qual, era considerado 
atrasado para o desenvolvimento econômico. Desse modo, era necessário, conforme 
a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal) modernizar o setor e elevar o 
padrão de vida das populações rurais, de forma que elas pudessem também se 
constituir em um mercado consumidor para as indústrias emergentes (MEDEIROS, 
2002). 
Assim, para garantir a ampliação desse mercado, o Estado implementou um conjunto 
de políticas agrícolas destinadas a incentivar a aquisição dos produtos desses novos 
ramos da indústria, acelerando o processo de incorporação de modernas tecnologias 
pelos produtores rurais. A industrialização da agricultura brasileira entrava assim numa 
outra etapa (GRAZIANO DA SILVA, 1980). 
 
TP
5 Acadêmica do Curso de Geografia – Bacharelado/ CCNE / UFSM. 
Esse processo de mudança no padrão agropecuário fez com que se criasse um 
complexo que estivesse integrado diretamente com a indústria, para alavancar a 
produção agrícola. Nesse período, viu-se uma mudança de paradigma agropecuário, e 
conforme Graziano Neto: 
 
A modernização da agricultura desmoronou num curto espaço de 
tempo a secular sociedade agrária-tradicional. Após séculos de 
dominância, o sistema oligárquico de produção, assim como seu 
carro chefe, latifúndio, perdeu o comando na dinâmica da agricultura. 
Quem comanda agora é a grande empresa rural, capitalista, 
vinculada ao complexo agro-industrial que determina a forma de 
produção no campo. (GRAZIANO NETO, 1996, p.46-47) 
 
Com incentivos financeiros governamentais, o campo ganhava outro formato, 
passando de “atrasado” para “moderno”. Nessa mudança, vislumbrava-se o 
desenvolvimento econômico, através do aumento da produção e dos empregos 
gerados na indústria, pois era preciso ter mão-de-obra no setor industrial1 para a 
produção dos insumos, maquinário, e demais produtos incorporados à modernização 
agrícola, mas esse processo não freou as desigualdades socioeconômicas, pelo 
contrário agravou, concentrando ainda mais o poder e a terra. Bem como se referiu 
Graziano Neto (1996, p. 52) “Essas mudanças na agricultura brasileira foi incapaz de 
trazer benefícios sociais generalizados, restando contingentes populacionais à 
margem do processo de transformação” 
Mas esse desenvolvimento econômico na agricultura e na indústria não se reduziu 
apenas a concentração de terras e as desigualdades socioeconômicas da população 
brasileira. Nesse sentido, há que se buscar alternativas para a diminuição nas 
desigualdades, em síntese, Romeiro (1994, p.123) expressa resumidamente esse 
processo de modernização: 
 
1 A respeito da instalação de indústrias Graziano da Silva (1980, p.27), cita que “No início dos 
anos sessenta são implantadas indústrias de tratores e equipamentos agrícolas (arados, 
grades, etc), fertilizantes químicos, rações e medicamentos veterinários, etc”. 
 
Em resumo, a história mostrou que a estrutura agrária concentrada 
não foi obstáculo para a continuidade do processo de crescimento 
econômico. Foi, sim, obstáculo ao processo de desenvolvimento 
socioeconômico que eleva a qualidade de vida da população em 
geral (ROMEIRO, 1994: 123) 
 
Além de não solucionar os problemas socioeconômicos da população brasileira a 
modernização da agricultura trouxe novos problemas para o centro da questão, como 
Graziano Neto (1996) ressalta: 
 
A modernização tecnológica da agricultura provocou problemas 
ecológicos, como a devastação das florestas, a erosão dos solos e a 
contaminação do homem e dos ecossistemas pelos agrotóxicos. 
Novas preocupações se juntaram a antigas pendências, como o 
êxodo rural e a marginalidade dos pequenos produtores rurais 
(GRAZIANO NETO, 1996, p.50). 
 
Como a produção agropecuária cresceu no fim da década de 60 e inicio dos anos 70, 
os problemas foram esquecidos, o “milagre econômico brasileiro” se sobrepôs ao 
êxodo rural, a favelização dos centros urbanos, concentração fundiária, ou seja, pouco 
se falou da questão agrária “em parte porque a repressão política não deixava falar de 
quase nada. Mas em parte também porque muitos achavam que a questão agrária 
tinha sido resolvida com o aumento da produção agrícola ocorrido no período do 
milagre” (Graziano Silva, 1980, p.8). 
A partir da década de 1980, surgem novas fontes de recursos para o financiamento do 
setor agropecuário, com o papel de suprir a redução da participação do Estado na 
oferta total de crédito rural. O interesse do Governo em estimular a criação de novas 
fontes de recursos em substituição às fontes tradicionais dava-se pela necessidade de 
continuidade do processo de estabilização da economia. Em relação a essas novas 
fontes, destaca-se que a origem dos recursos é de natureza privada, mesmo nos 
casos onde o Governo Federal incentivoua criação dessas fontes. Além de serem 
“fontes indexadas e com taxas de juros mais elevadas do que as fontes tradicionais, 
como o Tesouro e as exigibilidades, para as quais o governo fixa as taxas de juros 
máximas que podem ser cobradas pelo sistema bancário oficial e privado" Gasques & 
Verde (1995, p.10). 
Porém, mesmo com a redução da participação do Estado no financiamento rural, a 
continuidade da conexão agrícola-industrial manteve-se sólida, expandindo suas 
fronteiras. 
 
Territorialização do espaço e as novas configurações sociais na Amazônia 
Para discutir o processo de ocupação e territorialização do espaço amazônico, 
buscou-se primeiro uma abordagem teórica sobre as terminologias espaço e território, 
para posteriormente tratar os processos ocorridos na Amazônia. 
Definição de espaço: 
Primeiramente, adotar-se-á uma conceituação fundamentada em dois pesquisadores, 
Henri Lefèbvre e Milton Santos que trataram o espaço como um ambiente com inter-
relações sociais, relacionando o espaço natural com o espaço ocupado pelo homem. 
A conceituação de espaço por Lefèbvre foi buscada em sua obra Espacio y política 
(1976) e que reflete de forma clara as relações sociais que existem, afirmando que o 
espaço: 
 
Não se pode dizer que seja um produto como qualquer outro, um 
objeto ou uma soma de objetos, uma coisa ou uma coleção de 
coisas, uma mercadoria ou um conjunto de mercadorias. Não se pode 
dizer que seja simplesmente um instrumento, o mais importante de 
todos os instrumentos, o pressuposto de toda produção e de todo o 
intercâmbio. Estaria essencialmente vinculado com a reprodução das 
relações (sociais) de produção (LEFÈBVRE, 1976, p.34). 
 
Para Lefèbvre o espaço é social, ou seja, é a materialização da existência humana, 
uma dimensão da realidade. A produção desse espaço é realizado por todas relações 
sociais existentes, e na conquista de uma fração desse espaço é que surge o território. 
Milton Santos (1997) diz que o espaço é considerado como um fator da evolução 
social, não apenas como uma condição, considerando o espaço como uma instância 
da sociedade, ao mesmo título que a instância econômica e a instância cultural-
ideológica, ou seja, várias categorias interdependentes, porque o espaço é um fator 
social e não um reflexo social. 
Deste modo, Santos (1997) diz que o espaço deve ser analisado através de quatro 
elementos: 
- forma: é o aspecto visível de alguma coisa; 
- função: indica uma tarefa ou atividade esperada de uma forma, pessoa, 
instituição ou coisa; 
- estrutura: implica a inter-relação de todas as partes de um todo, o modo de 
organização da construção; 
- processo: definido com o uma ação contínua, desenvolvendo-se em direção a 
um resultado qualquer, implicando conceitos de tempo (continuidade) e 
mudança. 
Estes quatro elementos estudados entre si, em inter-relações, são essenciais para se 
discutir os fenômenos espaciais. Resumindo, o espaço é o locus da reprodução das 
relações sociais. 
 
-Definição de território 
O território é uma unidade de análise que difere da unidade espaço, no qual as 
categorias tempo (histórico) e poder são fundamentais para a melhor compreensão 
dessa abordagem epistemológica. 
Raffestin, Souza e Santos abordam de forma esclarecedora o termo território e assim 
contribuem para a discussão da luta pela terra e sua territorialização. De forma 
genérica, territórios são construídos (e desconstruídos) dentro de escalas temporais as 
mais diferentes: séculos, décadas, anos, meses ou dias; territórios podem ter caráter 
permanente, mas também podem ter uma existência periódica, cíclica (SOUZA, 2003). 
Para Raffestin (1993, p.143) o território é uma fração conquistada do espaço, desse 
modo para ele "O espaço é anterior ao território. O território se forma a partir do 
espaço, é o resultado de uma ação conduzida por um ator (que realiza um programa). 
Ao se apropriar de um espaço, concreto ou abstratamente (pela representação, por 
exemplo) o ator ‘territorializa’ o espaço.” 
Este território é composto por uma identidade, que o diferencia de outro, pois tem um 
sentido histórico, temporal e de apropriação distinto. E nesse sentido Santos (2002) 
afirma que, 
 
O território não é apenas o conjunto dos sistemas naturais e de 
sistemas de coisas superpostas. O território tem que ser entendido 
como o território usado, não o território em si. O território usado é o 
chão mais a identidade. A identidade é o sentimento de pertencer 
àquilo que nos pertence. O território é o fundamento do trabalho, o 
lugar da residência, das trocas materiais e espirituais e do exercício 
da vida (SANTOS, 2002, p. 10). 
 
Nesse sentido, a territorialização do espaço amazônico acarretou algumas 
conseqüências positivas e muitas negativas, e são essas questões que serão tratadas 
a seguir. 
 
As Novas Fronteiras Agrícolas e as conseqüências para o território amazônico 
A expansão da fronteira agrícola na Amazônia desempenhou pelo menos três funções 
básicas no modelo agrícola brasileiro, conforme salientou Graziano da Silva (1980), 
sendo que a primeira foi, no plano econômico, pois a fronteira era um “armazém” de 
gêneros alimentícios básicos, especialmente arroz e feijão; A segunda, no plano 
social, por que a fronteira representava uma orientação dos fluxos migratórios; A 
terceira função, no que tange o plano político, é que a fronteira era a “válvula de 
escape” de tensões sociais no campo. Onde a pressão por terras no Centro-Sul era 
maior, com a colonização na Amazônia distanciava-se o foco das pressões dos 
movimentos sociais. 
Outro ponto da expansão da nova fronteira agrícola foi à introdução de novos cultivos 
e a transferência da agricultura por pecuária gerando assim uma expulsão de 
trabalhadores rurais. Desse modo, 
 
O fim dos incentivos e subsídios nos anos 80 arrefeceu mas não 
barrou a expansão da pecuária. Historicamente, a expectativa de 
ganho com a pecuária extensiva não decorreu da produtividade do 
investimento em gado bovino (resultado da taxa liquida de 
reprodução do rebanho e dos preços da carne) mas, principalmente, 
da valorização do patrimônio fundiário (ROMEIRO e REYDON, 1998). 
 
Essa valorização fundiária e a demanda por terras devido às pressões pela reforma 
agrária decorreram em conflitos sociais no campo em prol da reforma agrária. Durante 
o regime de governo militar, a Amazônia testemunhou uma profunda transformação na 
medida em que esta região, com seu imenso estoque de recursos naturais e seus 
vastos “espaços vazios”, foi considerada pelos governos militares um meio para se 
resolver rapidamente problemas de toda a ordem, ou seja, econômicos, sociais e 
geopolíticos. Neste contexto, políticas de desenvolvimento foram formuladas e 
implementadas com o objetivo de maximizar as imediatas vantagens econômicas. 
Estas estratégias de desenvolvimento geraram impactos sociais e ambientais 
adversos nas áreas rurais e urbanas da Amazônia (OLIVEIRA FILHO, 1979) 
Assim, as atividades agrícolas, as políticas de desenvolvimento para a Amazônia 
adotaram um modelo explicitamente voltado a grande propriedade. Este modelo 
favoreceu, com generosos subsídios, os grandes proprietários rurais em detrimento da 
vasta maioria dos pequenos. Neste sentido, Oliveira Filho (1979, p.111-112) ressalta 
que “as políticas tiveram uma série de impactos problemáticos, como, por exemplo, a 
concentração fundiária, os conflitos agrários, a violência rural e a insegurança 
alimentar”. Esse conflitos agrários são mais visíveis na região oeste do Maranhão e o 
leste do Pará. Em segundo lugar está a região que abrange o norte do Mato Grosso e 
o Estado de Rondônia. 
Sobre a desocupação das áreas indígenas, José de Sousa Martins (1986) descreve o 
efeito desastroso do fenômeno de limpeza que se intensificou durante o regime de 
governo militar. Essa política de confinamento tinha como outro lado da moeda a 
liberaçãode terras para a grande lavoura. 
 
“o cerco ou a remoção de povos indígenas são claramente 
interpretados por eles como sinais de morte coletiva... O cerco e a 
remoção, a definição de um território não mais pela tribo e sim 
pelo Estado, introduzem a mediação do mercado e da terra-
mercadoria na relação do homem com a natureza” (MARTINS, 
1986: 35-36). 
 
Desta forma, a ocupação do território da Amazônia, a partir da década de 70, 
alicerçou-se em desmatamentos e queimadas. Assim, conforme Romeiro e Reydon 
(1998): 
A partir dos anos 70, principalmente, a compra de terras tem um 
caráter fortemente especulativo: buscando créditos, subsídios, e a 
própria valorização da terra através dos projetos de pecuária. 
Vários estudos da década de 80 mostraram articulação entre estes 
processos na ocupação da Amazônia (ROMEIRO e REYDON). 
 
Contudo, o desmatamento dessas áreas também tem caráter de exploração de 
madeiras, a qual vem se ampliando de forma assustadora. Em 1996, o desmatamento 
já tinha atingido 517.069 km2 de toda a Amazônia Legal. O mais grave é que cerca de 
80% da madeira é extraída ilegalmente, não contribuindo de forma alguma para o país 
(ROMEIRO e REYDON, 1998). 
Portanto, tanto a extração de madeira quanto a expansão da agricultura e pecuária 
vem destruindo gradativamente a floresta, principalmente quando se associam as 
queimada. Essas mudanças nas formas de ocupação do espaço fazem com que o 
território sofra uma remodelação, transformando um território natural em um território 
agrícola, transformado pela intensa ação antrópica. 
 
Considerações Finais 
Contudo, a ocupação do território da Amazônia esteve ligada a proteção da soberania 
nacional, pois na década de 1970, esta área pouco povoada ameaçava a estabilidade 
política de um país soberano. Assim, a pecuária e o cultivo da soja, são as produções 
que mais aumentaram nas últimas décadas, transformando a realidade da região ao 
avançarem até as florestas que até então estavam intactas. Este avanço teve inicio 
com a abertura da transamazônica, na década de 1960, pois através da construção de 
novos eixos, melhoria das hidrovias, das redes de telecomunicações e a ampliação 
das infra-estruturas, provocaram profundas mudanças no quadro geral da Amazônia, 
transformando seu território economicamente e estrategicamente. 
Portanto, a territorialização do espaço amazônico trouxe, em linhas gerais, uma 
concentração da propriedade da terra que estava sendo ameaçada devido ao 
processo de criação de novas fronteiras agrícolas. As políticas governamentais 
durante o regime militar favoreceram uma minoria, pois o processo de modernização 
do setor agropecuário foi excludente ao meio social e degradante ao ambiente, 
agravando os problemas de ordem econômica, social e ambiental da região. 
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