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Espaço Cultural 
Renan do Prado Alves 
 
 
FILME 
 
 
 
Na Estrada (On the Road, 2012, 137 min) 
Produção: Estados Unidos 
Direção: Walter Salles 
 
Elenco: Garrett Hedlund, Sam Riley, Kristen Stewart, Amy Adams, Kirsten Dunst e Viggo Mortensen. 
 
 
 
No final dos anos 50 e no começo da década de 60, grupos de artistas e jovens norte-americanos tinham 
um pensamento em comum: o não-conformismo com a sociedade da época, attitude caracterizada pelo 
American Way of Life. Dessa premissa, nascia a Beat Generation. Ícones da cultura musical como John 
Lennon (que tirou desse movimento o nome para The Beatles) e da literatura como Jack Kerouac são 
marcas dessa época. 
Pois bem, "Na Estrada" (2012) é um filme baseado no 
livro homônimo de Jack Kerouac e conta a história de 
Sal Paradise (Sam Riley) que, após perder seu pai, 
conhece Dean Moriarty (Garret Hedlund) e a ele é 
apresentado um mundo de liberdade, sexo e drogas. 
Juntamente com Marylou (Kristen Stewart) - que é 
apaixonada por Dean - os dois partem pra uma viagem 
pelas estradas do país dispostos a fugir das regras. "Na 
Estrada" foi aguardadíssimo, tanto por trazer à tela grande um clássico literário, quanto pelo time que 
compunha o filme. Dirigido por Walter Salles, com a participação de Amy Adams (indicada ao 
Oscar por seu papel em "Dúvida"), Kristen Dunst (a famosa Mary Jane da trilogia "Homem Aranha"), 
Kristen Stewart (mais conhecida pela apática Bella da saga Crepúsculo) entre outros, o filme se revela 
lindo por fora, mas com pouco conteúdo. 
Falemos primeiro dos pontos positivos. A bela fotografia que, por momentos reforça a vida agitada dos 
personagens principais e em outros trechos revelam a obscuridade e tristeza de suas vidas dos mesmos 
foi sabiamente usada pelo francês Eric Gautier. A ótima trilha sonora também oscila entre o jazz 
frenético da década de 40 e a melancolia do blues. Podemos citar a perfeita recriação da época com seus 
carros e seu figurino característico. 
Como percebido, os méritos do filme de Salles tangenciam aspectos técnicos do mundo 
cinematográfico, sendo que os aspectos artísticos não são tão bons assim. A quantidade de atores e a 
superficialidade deles, ao mesmo tempo em que reforça a dinamicidade do longa , o atrapalha, pois em 
nenhum momento o telespectador consegue sentir a profundidade dos personagens e todos acabam por 
ser meros figurantes. 
As atuações são satisfatórias porém nenhuma merece grande destaque. Amy Adams foi extremamente 
mal aproveitada, assim como Kirsten Dunst e a brasileira Alice Braga. As atuações que são mais 
satisfatórias são a do trio principal. Sam Riley, que interpreta o personagem principal, consegue 
desempenhar bem seu papel nos fazendo acreditar que Sal Paradise realmente anseia conhecer o mundo. 
Kristen Stewart mostra que pode fazer mais do que ter apenas uma expressão e nos mostra uma atuação 
acertada e correta. Garrett Hedlund (saído de filmes razoavelmente conhecidos pelo público) 
concebe a melhor atuação do longa demonstrando toda a loucura e ao mesmo tempo toda a fragilidade 
de seu personagem. Quanto à direção, não podemos 
deixar de observar e elogiar as características do diretor brasileiro, que já dirigiu outros Road-movies 
1como “Central do Brasil” e “Diários de Motocicleta”. Optando por uma filmagem livre com a câmera 
em mãos, o diretor deixa o filme com um tom de mais liberdade, indo de frente com 
a temática do longa. Por fim, a minha impressão ao sair da 
sala de exibição, foi a de assistir um filme bonito porém vazio e sem foco, transformando as pouco mais 
de duas horas de filme um exercício não tão agradável assim. 
 
 
LIVRO 
 
A Guerra dos Tronos – As Crônicas de Gelo e Fogo - Autor: George R. R. Martin - 592 páginas 
 
Editora Leya - Gênero: Épico / Fantasia 
 
 
 
A Guerra dos Tronos é o primeiro volume (dos sete esperados sendo que cinco já foram lançados até o 
momento) que trilha o recente sucesso de “As Crônicas de Gelo e Fogo”. Lançado em 1996, esse livro 
nos leva a uma terra medieval onde os conflitos por poder podem abalar toda a estrutura dos sete re inos 
de Westeros. 
Como dito acima, o local principal onde acontece a grande maioria dos episódios é Westeros. Sua 
constituição político-territorial é formada por sete reinos principais e casas menores subordinadas a 
estes. Estes reinos têm certa independência entre si, porém todos se subordinam diretamente ao Rei. O 
Trono de Ferro é o objetivo de muitos personagens e, para alcançar seu propósito, estes não titubearão 
em armar mortes, traições e guerras. 
Mas afinal, o que essa série tem de tão especial pra criar fãs apaixonados que apreciam acompanham 
página a página o destino dos personagens? Aqui entra a maestria do autor em trilhar um épico bem 
amarrado e com surpresas a cada capítulo. Penso que um dos maiores acertos do autor George R. R. 
Martin é a forma que ele constrói seu romance: cada capítulo é destinado a um personagem, no qual este 
– usando a narração em primeira pessoa – tem algumas páginas para contar a história pela sua visão 
 
 
1 Gênero de filme em que o roteiro se desenvolve em uma viagem. Assim como a própria lóg ica de viagem, os longas 
tendem a ser dinâmicos com diversas situações problemas que chegam e são resolvidas. Como exemplo, podemos citar os 
filmes “Pequena Miss Sunshine” e “Thelma e Louise”. 
e tentar nos seduzir para criarmos empatia por ele, por suas 
idéias e por suas ações. Dessa leitura chegamos a conclusão que o 
campo em que o autor mais logra êxito é exatamente na construção de seus 
personagens: com a exceção de pouquissímos, não há a idéia de 
maniqueísmo, ou seja, não há vilões e mocinhos, mas personagens que agem 
de acordo com seus preceitos, baseados em sentimentos e, em sua 
complexidade, acabam se aproximam mais do leitor do que a idéia 
barroca do bem vs. 
mal. Nesse sentido, o autor não nos entrega ‘‘tudo mastigado’’, mas nos dá 
informações soltas as quais nos permitem criar nossas teorias, fazendo-nos 
compactuar com as idéias dos vilões e julgar as atitudes dos mocinhos ou vice-versa. 
Com duas temporadas finalizadas e magnificamente produzidas pela HBO (a primeira ligeiramente mais 
fiel e melhor que a segunda), a série vem ganhando cada vez mais novos fãs fervorosos e, dessa forma, 
vem ganhando também todo o sucesso que merece. 
Como dito por uma das personagens centrais da trama em certo capítulo do livro: “No Jogo dos Tronos, 
ou se ganha, ou se morre”. Agora é torcer para que seus personagens preferidos consigam ganhar, pois, 
afinal, são tempos de guerra, e “o inverno está chegando”. 
 
 
SITE 
 
Blog: E o Oscar foi para... 
 
Endereço eletrônico: http://eooscarfoipara.blogspot.com.br/ 
 
Os Academy Awards (mais conhecidos e tratados daqui pra frente como Oscar) são umas das maiores 
honrarias que filmes e profissionais da área cinematográfica podem receber. A Academia de Artes 
Cinematográficas de Hollywood foi criada em 11 de janeiro de 1927 pelo presidente da Metro Gold 
Mayer (MGM) , Louis B. Mayer. O intuito inicial da premiação não se modificou através dos tempos, e 
ainda continua sendo o de prestigiar os melhores filmes domundo em diversas categorias, tanto técnicas 
quanto artísticas, embora a premiação seja voltada, majoritariamente, para o cinema norte americano. 
 
 
Tendo sido feita uma breve introdução da história da premiação, vamos a dica dessa edição: o blog “E o 
Oscar foi para...” – clara referência a famosa citação “And the Oscar goes to...” que antecede a 
revelação do ganhador em determinada categoria. 
O blog é recente, tenso sido criado em agosto de 2012, mas tem potencial para se tornar um dos mais 
reconhecidos na blogosfera de cunho cinematográfico. Escrito por Alan Raspante (também escreve no 
blog “Satélite Assassino”), Celo Silva (co-autor do blog “Cinema Detalhado”), Ivanildo Pereira (assina 
o blog “O Blog que não estava lá”), Luís Adriano de Lima (autor do blog “Literatura e Cinema”) e um 
convidado que varia de mês para mês, esse espaço tem como mote principal a análise de determinada 
edição da premiação. 
http://eooscarfoipara.blogspot.com.br/
Em agosto, o ano escolhido foi 1999 (71º edição do Oscar), na qual a principal polêmica se tratava 
do real merecimento de “Shakespeare Apaixonado” - uma das poucas comédias românticas que 
chegaram ao patamar máximo do cinema norte-americano - o grande vencedor da noite, levando 
sete prêmios de treze 
indicações. A segunda edição analisada foi a do ano de 2010 (81º edição do Oscar), no qual temos 
como foco principal a volta da indicação de dez filmes à categoria de Melhor Filme, e a 
disputa clara entre “Avatar”, que causou euforia ao trazer a inovação em quesitos técnicos e 
“Guerra ao Terror ”, sendo que este último saiu como o grande vencedor da noite levando pra casa 
as categorias de Melhor Filme e Melhor Diretor. É 
interessante citar que Kathryn Bigelow, diretora de 
“Guerra ao Terror” foi a única mulher a ganhar 
essa categoria nos 84 anos de história da 
premiação. 
Ainda que se foque na indústria cinematográfica e 
na sua produção, a equipe do blog visa também 
analisar a recepção dos filmes nominados pelo público e pela crítica, ponderando sobre possíveis 
razões que determinaram a vitória de um ou outro filme. Assim, aborda-se também aspectos 
sociológicos e mercadológicos das situações – afinal, sabe-se que um filme não recebe o prêmio 
máximo se, de alguma forma, não estiver assimilado pelos espectadores e não estiver sob forte 
campanha de marketing. 
Não apenas cerimônias serão analisadas no blog, que também promote especiais sobre assuntos 
pertinentes (recepção dos filmes de terror, de obras dirigidas por mulheres, de filmes alternativos 
etc.) e também rankings, que podem ir desde as melhores interpretações de uma década até os 
piores filmes que já venceram um Oscar. A equipe, portanto, se dedicará a esmiuçar o Oscar e 
o que ele significa para a cultura norte-americana e para o universo fílmico.

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