Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Chrystiane Leão Farmacêutica Esteta Farmacêutica – UFRJ formada em 1997 Esteticista – SENAC –RJ formada em 2010 Pós Graduação em Estética – Universidade Gama Filho em 2011 ENVELHECIMENTO CUTÂNEO Instagran: Chrystiane Leão • O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo, no qual as alterações morfológicas, funcionais e bioquímicas alteram o funcionamento orgânico, aumentando a suscetibilidade às agressões intrínsecas e extrínsecas. Fatores Intrínsecos + Fatores Extrínsecos Introdução Alterações Protéicas Alterações Morfológicas e Funcionais COLÁGENO Estrutura fibrilar em tipla hélice – três cadeias alfa retorcidas e enroladas ligadas por pontes de hidrogênio. Sequencia de aminoácidos Gly – X – Y (35% glicina, 12% prolina, 10% hidroxiprolina/hidroxilisina) COLÁGENO e ELASTINA As fibras elásticas são mais finas que as colágenas, têm grande elasticidade e se enovela de forma de forma aleatória. É formada for aminoácidos hidrófobos (valina, glicina, alanina e prolina) COM a lisina ( que formará a bainha hidrófila) ELASTINA ELASTINA INTRÍNSECO ❖Esperado ❖Previsível ❖Inevitável ❖Progressivo EXTRÍNSECO ➢Fumo ➢Álcool ➢Má Nutrição ➢Exposição Solar Envelhecimento Envelhecimento Intrínseco Alterações do Tecido Cutâneo Cronológico ALTERAÇÃO DA EPIDERME: • Diminuição do número de queratinócitos • Diminuição do número de mitose na camada • basal e espinhosa • Diminuição da síntese de ceramidas – filagrina • Apoptose das células de Langherans • Afinamento da epiderme – aumento do numero de camadas do estrato córneo • Aumento de perda de água transepidérmica • Redução no número de melanócitos - hipopigmentação • Melanócitos mais ativos – manchas Brinster NK et al. Dermatopatologia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 624p. Phillip H McKee, J Eduardo Calonje and Scott R Granter. Pathology of the Skin. Elsevier, 2005. Ed 3. Sobré CT; Azulay DR; Azulay RD. A pele – estrutura, fisiologia e embriologia. In: Azulay RD. Dermatologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. 4 ed. • Takano, D. Anatomia e fisiologia da pele nas diferentes fases da vida. In: Rodrigues MD. Dermatologia: do nascer ao envelhecer. 1 ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2012. P. 3-10. COLÀGENO Ligações cruzadas resistência a Colagenase Rigidez tecidos Dificuldade difusão nutrientes Deterioração da função celular ENVELHECIMENTO Alterações do Tecido Cutâneo Cronológico D E R M E O sistema elástico é o componente responsável pela elasticidade do tecido conectivo, encontrando-se em maior quantidade nos tecidos e órgãos que sofrem maior tração e extensão (pele, parede arterial, pulmões). ➢ ALTERAÇÕES COM O ENVELHECIMENTO: • Aumento da quantidade de fibras elásticas, porém com alteração da composição; • Fragmentação e deposição de cálcio. REDUÇÃO DA ELASTICIDADE TECIDUAL Alterações do Tecido Cutâneo Cronológico RADICAIS LIVRES • Estruturas químicas que possuem um eletron desemparelhado no seu último orbital. – Muito Instáveis – Muito Reativos (Agressão Oxidante) – Vida Média Muito Curta RADICAIS LIVRES Radicais livres endógenos -Uma parte dos radicias livres é produzida pelo organismo para atuar na transferência de elétrons em várias reações bioquímicas. - Em condições normais, contribuem na geração de energia, - Os radiciais livres são produzidos no citoplasma, na mitocôndria ou na membrana, de forma que o sua célula alvo depende do local onde foi formado. - Os dois principais radicais livres reagentes com o oxigênio produzido naturalmente pelo organismo humano são: a hidroxila (OH_) e o superóxido (O2•-). RADICAIS LIVRES Excesso de radicais livres stress oxidativo Lipoperoxidação (peroxidação lipídica) A Peroxidação de Lipídeos de membrana atinge cadeias poliinsaturadas e ocorre em três etapas: Iniciação, Propagação e Terminação. Iniciação: O primeiro processo que ocorre é o ataque de um grupo metileno por um radical livre. Isso dá origem a um radical de carbono a partir do qual se formará um dieno (uma cadeia em que há ligação simples entre duas duplas). A partir da reação do dieno conjugado com oxigênio (O2), ocorre a formação de um radical peroxil (ROO -) que irá participar das próximas etapas. Dessa forma se encerra a etapa de iniciação. Propagação: O radical peroxil (aquele formado na etapa de iniciação) reage com cadeias adjacentes retirando hidrogênios e dando origem a peróxido lipídico (ROOH). O peróxido, tanto o lipídico quanto o cíclico, é geralmente estável, no entanto, pode dar origem a alcoxila , hidroxila e peroxila que são radicais lipídicos. A formação desses compostos ocorre a partir de reações em que há participação de íons metálicos Fen+ e Can+ como catalisadores. A seguir estão representadas essas reações: ROOH + Mn+ → RO. + OH- + Mn+1 ROOH + Mn+1 → ROO- + H + + Mn+ Terminação: Essa etapa consiste na formação de produtos estáveis que não são radicais. Essa etapa pode se concretizar devido à ação de antioxidantes ou pela ausência de mais reagentes. Uma reação que comumente ocorre nesta etapa é a formação de aldeídos a partir dos radicais alcoxila e peroxila. Sabe-se que a membrana plasmática é essencial para a sobrevivência da célula, portanto este processo de peroxidação pode causar sérios danos ao metabolismo da célula o que possivelmente levará à sua morte. Fontes Externas – Fumo, álcool, drogas, comida industrializada – Contaminação ambiental – Raios X – Estresse – Radiação UV Como se geram os radicais livres? • Anion superóxido O -2 – mais simples de ser formado, ocorre nos metabolismo de todas as células aeróbicas. • Oxigênio singleto 1 O2 - O oxigênio singleto é uma forma extremamente reativa derivada da molécula de oxigênio por ganho de energia • Peróxido de hidrogénio H2O2 - A adição de um segundo eletron ao O2 − dá origem ao ião peróxido O2 2− .Não é uma forma radicalar, sendo no entanto uma EROS com elevada reatividade e tóxico em concentrações elevadas. Extremamente perigoso no meio extracelular onde se transforma em radical hidroxilo • Radical hidroxila OH - (mais reativo) - O radical hidroxilo é como acabamos de ver, a espécie radicalar mais destrutivo e potencialmente mais citotóxica. Como não existem enzimas capazes de o neutralizar, a célula desenvolve todos os esforços no sentido de evitar a sua produção. EROs (espécies reativas de oxigênio) GLICAÇÃO E AGEs AGEs (produtos finais de glicação avançada) são um grupo de moléculas heterogêneas formadas a partir da glicação não-enzimática de proteínas, lipídios e ácidos nucléicos Há duas fontes principais de AGEs: Exógeno: ingestão de AGEs presentes nos alimentos (queimados, tostados, grelhados, etc) Endógeno: formação via reação de Maillard (in vivo só reconhecido em 1970) Ocorrem de forma acelerada nas seguintes condições: Estados hiperglicêmicos no diabetes mellitus tipos 1 e 2, obesidade, excesso de peso e síndrome metabólica (alteração do metabolismo da glicose); Envelhecimento sistêmico; Estados inflamatórios e oxidativos. AGEs e o Envelhecimento Por aumentar o estresse oxidativo e também por outros mecanismos, podem acelerar o declínio dos múltiplos sistemas que ocorrem com o envelhecimento. Atuam em três níveis. 1- AGEs realizam Crosslinking de proteínas da MEC: colágeno é a principal 2- AGEs ativam processo inflamatório e oxidativo (estresse oxidativo); 3- AGEs ativam apoptose de fibroblastos E ainda: Diversas funções cutâneas são modificadas pela glicação, entre elas, a síntese de macromoléculas (colágeno, elastina e glicosaminoglicanas), as metaloproteinases e a organização da matriz e citocinas. HORMÔNIOS QUE INFLUENCIAM NA GLICAÇÃO 1. Estrogênio 2. Hormônio do crescimento 3. Dehidroepiandrosterona (DHEA) 4. Hormônio do Crescimento(somatotropina) 5. Melatonina 6. Cortisol 7. Insulina TEORIA DO ENVELHECIMENTO DNA Os esforçospara compreender o papel da célula no fenômeno de envelhecimento tiveram início em 1891 Num estudo com uma amostra considerável (600 pares de gêmeos dinamarqueses monozigóticos e dizigóticos), nascidos no século XIX, foi encontrada uma influência da hereditariedade na longevidade de apenas 30%. Os pesquisadores que apóiam a teoria genética propõem que todo o processo de envelhecimento, quer seja de células, órgãos e mesmo de todo o indivíduo, desde o nascimento até a morte, é programado pelos nossos genes. TEORIA DO ENVELHECIMENTO DNA A telomerase é uma enzima classificada como transcriptase reversa, composta de uma subunidade de uma proteína que possui um componente interno de RNA que é uma região molde para a produção de DNA. O gene de produção da telomerase e o gene conhecido por p 53. Quando a telomerase está atuante, permite a alta capacidade de divisões celulares por mitoses sucessivas, o que seria uma proteção contra a senescência. O enzima telomerase é considerada um relógio biológico, um marcador a indicar que a senescência celular irá se instalar inevitavelmente, causando o envelhecimento. TELOMERASE E ENVELHECIMENTO DNA A enzima telomerase é considerada um relógio biológico, um marcador a indicar que a senescência celular irá se instalar inevitavelmente. Cada vez que a célula se divide os telômeros são encurtados, conforme vão ficando mais curtos, chegam ao ponto de não ser possível realizarem divisão celular, assim não tem mais funcionalidade, elas envelhecem e morrem. A enzima telomerase é o principal mecanismo de manutenção do tamanho do telômero, por meio da extensão de sequências repetitivas pela telomerase e também cataliza a formação de mais DNA telomêrico que é capaz de resolver o encurtamento do telômero. As sirtuínas são um conjunto de enzimas que regulam a atividade dos genes responsáveis por processos metabólicos relacionados à reprodução e defesa das células. Dessa forma, as SIRTs atuam na preservação dos tecidos do corpo, assim atrasando o envelhecimento e prevenindo doenças ligadas à idade. - Stress oxidativo - Radiação UVA e UVB - Aumento das Metaloproteínases - Encurtamento dos Telômeros Luz azul ou Luz visível – determinada em 2018, devido a alta energia e baixa carga lesiva, vai, com a exposição prolongada, diminuindo as SIRTs relacionadas as membranas citoplasmáticas dos queratinócitos. Diminuição de SIRT 1 e SIRT3 TELOMERASE E ENVELHECIMENTO DNA Os americanos Elizabeth H. Blackburn, Carol Greider e Jack W. Szostak ganharam nesta segunda-feira, 5, o Prêmio Nobel de Medicina 2009, por terem descoberto um mecanismo central do funcionamento genético das células que abriu caminho para novas linhas de pesquisa para o tratamento do câncer. Eles encontraram a solução nas extremidades dos cromossomos, em uma estrutura conhecida como telômero Os cientistas descobriram a enzima que constrói os telômeros - a telomerase - e o mecanismo pelo qual ela acrescenta DNA às pontas dos cromossomos para substituir o material genético que havia sido perdido. O processo retarda o envelhecimento e serve como uma fonte de juventude para as células "boas" Descoberta sobre envelhecimento celular leva Prêmio Nobel FOTOENVELHECIMENTO Deve-se a exposição prolongada ao sol, durante longos períodos de tempo Faz-se sentir a partir dos 25 anos FOTOENVELHECIMENTO Elastose solar ASPECTOS CELULARES: Turn-over celular Hiperqueratose Achatamento da JDE A elastose, que foi diagnosticada também ao exame físico, esteve significantemente relacionada à exposição da pele à radiação solar (Figuras 2A e 2B), e, quando presente, teve maior intensidade na pele exposta (Tabela 2). Pele Coberta Pele Exposta http://www.scielo.br/img/revistas/abd/v86n2/html/a04fig02.html http://www.scielo.br/img/revistas/abd/v86n2/html/a04fig02.html http://www.scielo.br/img/revistas/abd/v86n2/a04tab02m.jpg FOTOENVELHECIMENTO Sinais clínicos • Pele espessa • Aspecto amarelado • Rugas profundas • Manchas pigmentares FOTOENVELHECIMENTO http://1.bp.blogspot.com/_gFH2VP8yxQw/SmBcFi2cxQI/AAAAAAAABEQ/42bK3_Inbf0/s1600-h/fotoenvelhecimento.jpg http://3.bp.blogspot.com/_TUS2WFDI8_c/Sn5STs3ItJI/AAAAAAAABOg/BsX5SAe9EDc/s1600-h/gview.png
Compartilhar