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PORTUGUÊS QUESTÕES COMENTADAS FGV CONCURSANDO PD 2023 2 MÓDULO 1. (2020 FGV IBGE) Um grande empresário moderno declarou: “O mundo está progredindo e os recursos tornam-se mais abundantes. Prefiro entrar em uma mercearia hoje a ir ao banquete de um rei à cem anos”. A modificação necessária para que esse texto fique correto é: a) “está progredindo” deve ser substituído por “progrediu”; b) “tornam-se” deve ser substituído por “ficaram”; c) “a ir” deve ser substituído por “do que ir”; d) “de um rei” deve ser substituído por “real”; e) “à cem anos” deve ser substituído por “há cem anos”. COMENTÁRIO: a) “está progredindo” deve ser substituído por “progrediu”: Essa alternativa está incorreta, pois o tempo verbal "está progredindo" indica que o progresso está ocorrendo no presente, enquanto "progrediu" indicaria que o progresso já aconteceu no passado. No entanto, o texto original não tem como objetivo indicar que o progresso já aconteceu, mas sim que ele está ocorrendo no presente. b) “tornam-se” deve ser substituído por “ficaram”: Essa alternativa também está incorreta, pois "tornam-se" indica que a mudança está ocorrendo no presente, enquanto "ficaram" indicaria que a mudança já aconteceu no passado. Assim como na alternativa anterior, o texto original não tem como objetivo indicar que a mudança já aconteceu, mas sim que ela está ocorrendo no presente. c) “a ir” deve ser substituído por “do que ir”: Essa alternativa está correta, pois a expressão "a ir" não faz sentido na frase, enquanto "do que ir" é uma forma correta de comparar duas ações. A frase corrigida seria: “O mundo está progredindo e os recursos tornam-se mais abundantes. Prefiro entrar em uma mercearia hoje do que ir ao banquete de um rei há cem anos”. d) “de um rei” deve ser substituído por “real”: Essa alternativa está incorreta, pois "real" não é uma forma correta de substituir "de um rei". "Real" pode ter vários significados, mas não tem relação com "banquete de um rei". O correto é "banquete de um rei", pois está claro que o empresário está comparando uma situação atual com um banquete que teria sido realizado por um rei no passado. e) “à cem anos” deve ser substituído por “há cem anos”: Essa alternativa está correta, pois "há cem anos" é uma forma correta de indicar o tempo decorrido desde algum acontecimento no passado. Já "à cem anos" não faz sentido na frase. A frase corrigida seria: “O mundo está progredindo e os recursos tornam-se mais abundantes. Prefiro entrar em uma mercearia hoje do que ir ao banquete de um rei há cem anos”. RESPOSTA: e. 2. (2020 FGV TJ-RS) O segmento composto pelo verbo ter + substantivo foi substituído de forma semanticamente adequada em: a) A velhinha tem disposição para o trabalho / se dedica ao; b) A jovem tinha vontade de sair / gostava; c) Os imigrantes tinham necessidade dos documentos / exigiam; d) As cortinas não tinham serventia / se deterioravam; e) O assaltante não teve intenção de fugir / pretendeu. COMENTÁRIO: a) A velhinha tem disposição para o trabalho / se dedica ao: Essa alternativa está incorreta porque a frase "se dedica ao" não tem o mesmo sentido que "tem disposição para o trabalho". A frase "tem disposição para o trabalho" indica que a velhinha tem energia e entusiasmo para o trabalho, enquanto "se dedica ao" não transmite essa mesma ideia. b) A jovem tinha vontade de sair / gostava: Essa alternativa está incorreta porque a frase "gostava" não transmite o mesmo sentido que "tinha vontade de sair". A frase "tinha vontade de sair" indica que a jovem tinha um desejo específico de sair, enquanto "gostava" é uma frase mais genérica que não transmite essa mesma ideia de vontade. c) Os imigrantes tinham necessidade dos documentos / exigiam: Essa alternativa está incorreta porque a frase "exigiam" não transmite o mesmo sentido que "tinham necessidade dos documentos". A frase "tinham necessidade dos documentos" indica que os imigrantes precisavam dos documentos para algum propósito, enquanto "exigiam" sugere que eles estavam fazendo uma demanda insistente por esses documentos. d) As cortinas não tinham serventia / se deterioravam: Essa alternativa está incorreta porque a frase "se deterioravam" não transmite o mesmo sentido que "não tinham serventia". A frase "não tinham serventia" indica que as cortinas eram inúteis ou inúteis para o propósito pretendido, enquanto "se deterioravam" sugere apenas que elas estavam se danificando ou se degradando com o tempo. e) "O assaltante não teve intenção de fugir / pretendeu", está correta. A frase "não teve intenção de fugir" indica que o assaltante não tinha a intenção de fugir, ou seja, ele não planejava ou não desejava fugir. Já a frase "pretendeu" transmite a ideia de que o assaltante tinha um objetivo ou intenção, o que coincide com a ideia de que ele não tinha a intenção de fugir. RESPOSTA: e. 3. (2020 FGV TJ-RS) Uma outra estratégia para evitar-se a repetição de palavras consiste na substituição da segunda ocorrência da palavra por um pronome pessoal. A frase em que isso foi feito de forma adequada é: a) Os meninos procederam mal, por isso lhes condenaram; b) Comprei o livro ontem, mas vou revendê-lo c) Os chefes deram as ordens, por isso os obedeci; d) João estava na festa, mas não no viram sair; e) As meninas estavam no shopping, mas não encontrei-las. COMENTÁRIO: A) "Os meninos procederam mal, por isso lhes condenaram" Nesta frase, a palavra "meninos" foi substituída por "lhes". No entanto, "lhes" é um pronome pessoal oblíquo, que se refere a "os meninos" como destinatários da ação, e não como o objeto da ação. Por isso, a substituição não foi realizada de forma adequada. B) "Comprei o livro ontem, mas vou revendê-lo" Nesta frase, a palavra "livro" foi substituída por "o" na segunda ocorrência. "O" é um pronome pessoal oblíquo, que se refere a "livro". A substituição de "livro" por "o" evita a repetição da palavra e mantém a clareza na referência ao objeto em questão. Portanto, a substituição foi realizada de forma adequada. C) "Os chefes deram as ordens, por isso os obedeci" Nesta frase, a palavra "chefes" foi substituída por "os" na segunda ocorrência. "Os" é um pronome pessoal oblíquo, que se refere a "chefes". A substituição de "chefes" por "os" evita a repetição da palavra e mantém a clareza na referência ao objeto ou pessoa em questão. No entanto, a forma "obedeci" não é correta, pois "chefes" é um plural e a forma correta seria "obedeceram". D) "João estava na festa, mas não o viram sair" Nesta frase, a palavra "João" foi substituída por "no”, a palavra "no" é inadequada, pois deveria ser "o", que é um pronome oblíquo masculino que substitui "João". E) "As meninas estavam no shopping, mas não encontrei-las" Nesta frase, a palavra "meninas" foi substituída por "as" na segunda ocorrência. "As" é um pronome pessoal oblíquo, que se refere a "meninas". No entanto, a forma "encontrei-las" não é correta, pois "meninas" é um plural e a forma correta seria "encontrei-as". RESPOSTA: b. 4. (Observe uma frase abaixo: “Dada a causa, a natureza produz o efeito do modo mais breve em que pode ser produzido”. Segundo essa frase, a natureza: a) produz tudo o que homem precisa; b) indica homem ou caminho a seguir; c) segue, sem pressa, uma ordem natural das coisas; d) cria leis, mas não como respeita; e) mostra espírito lógico e eficiente. COMENTÁRIO: A) A frase não menciona que a natureza produza tudo o que o homem precisa. Ela apenas afirma que, dada uma causa, a natureza produz o efeito do modo mais breve possível. B) A frase também não indica ao homem ou o caminho a seguir. Ela apenas afirma como a natureza age. C) A frase sugere que a natureza segue uma ordem natural das coisas, produzindo o efeitodo modo mais breve possível, o que sugere eficiência, mas não uma falta de pressa. D) A frase não menciona que a natureza crie leis ou não as respeite. Ela apenas afirma como a natureza age. E) A frase afirma que a natureza produz o efeito do modo mais breve possível, o que sugere espírito lógico e eficiente. Portanto, a alternativa correta é E. RESPOSTA: e. 5. (2020 FGV TJ-RS) Observe a frase a seguir. É importante aprender muitas coisas / É importante o aprendizado de muitas coisas. O mesmo processo de substituição de um verbo por um substantivo correspondente foi feito de forma adequada em: a) É impossível ocultar a desonestidade / É impossível o ocultismo da desonestidade; b) Morrer é o ato final da existência humana / A mortandade é o ato final da existência humana; c) Enfrentar as dificuldades é o caminho da felicidade / O enfrentamento das dificuldades é o caminho da felicidade; d) Oferecer amizade é atitude rara / O ofertório de amizade é atitude rara; e) O mais difícil é viver / O mais difícil é a vivacidade. COMENTÁRIO: A alternativa correta é a letra c, "Enfrentar as dificuldades é o caminho da felicidade / O enfrentamento das dificuldades é o caminho da felicidade". Nessa alternativa, o substantivo "enfrentamento" corresponde ao verbo "enfrentar" e mantém o sentido original da frase. As demais alternativas apresentam problemas na correspondência entre o verbo e o substantivo ou na formação de substantivos a partir de verbos. Por exemplo, em "É impossível ocultar a desonestidade / É impossível o ocultismo da desonestidade", o substantivo "ocultismo" não é uma forma adequada de corresponder ao verbo "ocultar". De forma semelhante, em "Oferecer amizade é atitude rara / O ofertório de amizade é atitude rara", o substantivo "ofertório" não é uma forma adequada de corresponder ao verbo "oferecer". Em "O mais difícil é viver / O mais difícil é a vivacidade", o substantivo "vivacidade" não é uma forma adequada de corresponder ao verbo "viver". RESPOSTA: c. 6. (2020 FGV TJ-RS) Frase inicial: “Hoje se dá grande atenção aos espaços verdes na construção de novos condomínios”. Acima está uma frase inicial, com uma ideia principal. A seguir colocamos cinco opções de frases, que podem ou não estar relacionadas semanticamente com a ideia principal. A única frase que tem relação de sentido com a frase inicial é: a) Nas praças há muitos bancos para que os idosos possam descansar; b) No Jardim Zoológico há preocupação com o bem-estar dos animais selvagens; c) Graças às clareiras urbanas, as crianças podem respirar um ar pouco poluído; d) As árvores frutíferas apresentam a vantagem de produzir alimentos para a população mais pobre; e) A poluição do ar é combatida principalmente pelas águas oceânicas. COMENTÁRIO: A frase inicial "Hoje se dá grande atenção aos espaços verdes na construção de novos condomínios" tem como ideia principal a preocupação com a preservação e a inclusão de espaços verdes em novos condomínios. A opção "c) Graças às clareiras urbanas, as crianças podem respirar um ar pouco poluído" tem relação com a ideia principal, pois destaca a importância dos espaços verdes na preservação da qualidade do ar. As outras opções não estão relacionadas com a ideia principal. "a) Nas praças há muitos bancos para que os idosos possam descansar" trata-se de uma ideia distinta sobre a presença de bancos nas praças para descanso de idosos. "b) No Jardim Zoológico há preocupação com o bem- estar dos animais selvagens" trata-se de uma ideia sobre a preservação dos animais selvagens. "d) As árvores frutíferas apresentam a vantagem de produzir alimentos para a população mais pobre" trata-se de uma ideia sobre a produção de alimentos pelas árvores frutíferas. "e) A poluição do ar é combatida principalmente pelas águas oceânicas" trata-se de uma ideia sobre a luta contra a poluição do ar, mas sem relação direta com a presença de espaços verdes. RESPOSTA: c. 7. (2020 FGV IBGE) Mesmo sendo ricos, não quiseram que seus filhos estudassem nos Estados Unidos”. Mantendo-se o sentido original, a frase sublinhada pode ser adequadamente substituída por: a) Ainda que sejam ricos; b) Porque são ricos; c) Já que são ricos; d) Embora fossem ricos; e) Por serem ricos. COMENTÁRIO: A resposta correta é a letra D, "Embora fossem ricos". Essa é a alternativa que mantém o sentido original da frase, expressando a ideia de que mesmo com sua riqueza, eles não escolheram uma opção que, de acordo com o contexto, poderia ser considerada comum ou esperada, que seria mandar seus filhos estudarem nos Estados Unidos. A alternativa A, "Ainda que sejam ricos", pode ser interpretada como se estivesse colocando em questão a riqueza da família. A alternativa B, "Porque são ricos", pode dar a impressão de que a riqueza foi a causa da escolha de não mandar os filhos estudarem nos Estados Unidos, o que pode não ser verdade. A alternativa C, "Já que são ricos", e a alternativa E, "Por serem ricos", têm o mesmo problema de interpretação da alternativa B. RESPOSTA: d. 8. (2020 FGV TJ-RS) A frase em que a substituição do termo sublinhado foi feita de forma adequada ao sentido original é: a) Remédio sem efeito / Remédio ineficiente; b) Poço sem água / Poço árido; c) Livro sem autor / Livro desautorizado; d) Carro sem direção / Carro indireto; e) Flor sem perfume / Flor fedorenta. COMENTÁRIO: a) A palavra "ineficiente" é sinônimo de "sem efeito", ou seja, significa que o remédio não tem o resultado esperado ou não tem efeito terapêutico, o que é coerente com o significado da frase original. Portanto, a substituição foi feita corretamente e a frase mantém o sentido original. b) A expressão "poço árido" não tem o mesmo significado que "poço sem água". "Poço árido" sugere que o poço foi seco devido à falta de chuvas ou a outros fatores naturais, enquanto "poço sem água" indica que o poço está vazio, sem qualquer quantidade de água. Portanto, a substituição "poço árido" não manteve o sentido original da frase. c) Livro sem autor / Livro desautorizado: A palavra "desautorizado" não é um substantivo correspondente ao verbo "autor". Além disso, "desautorizado" sugere que o livro foi negado ou rejeitado por alguém com autoridade, enquanto "sem autor" simplesmente significa que o livro não tem um autor conhecido. d) Carro sem direção / Carro indireto: A palavra "indireto" não tem relação semântica adequada com "sem direção". Além disso, "indireto" pode sugerir que o carro está se desviando ou não é direto em sua trajetória, enquanto "sem direção" significa que o carro não tem um sistema para controlar sua direção. e) Flor sem perfume / Flor fedorenta: A palavra "fedorenta" não é um substantivo correspondente ao verbo "perfume". Além disso, "fedorenta" sugere que a flor tem um cheiro desagradável, enquanto "sem perfume" simplesmente significa que a flor não tem cheiro. RESPOSTA: a. 9. A frase em que o emprego do gerúndio mostra adequação é: a) Entrou na sala, sentando-se na primeira fila; b) Nasceu em Curitiba, sendo filho de imigrantes; c) Repreendeu a torcida, condenando as ofensas; d) Desceu as escadas, chegando rapidamente ao térreo; e) Saiu da festa, pegando um táxi na porta. COMENTÁRIO: A alternativa "c" é correta porque a frase "Repreendeu a torcida, condenando as ofensas" está corretamente usando o gerúndio "condenando" como objeto direto do verbo "repreendeu". O gerúndio é um verbo no formato "-ing" que está funcionando como um substantivo e representa uma ação ou processo que está em andamento. Neste caso, o gerúndio "condenando" mostra que a repreensão da torcida incluiu uma condenação das ofensas, ou seja, uma ação de repreender e uma ação de condenar estão sendo descritasde forma concisa e eficiente. As alternativas "a", "b", "d" e "e" apresentam algum tipo de erro na formação ou uso do gerúndio, tornando-as inadequadas para a frase. Por exemplo, na alternativa "a", o gerúndio "sentando-se" está sendo usado como objeto indireto do verbo "entrou", o que é incorreto. O gerúndio deve estar relacionado diretamente ao verbo da frase e não pode ser usado para descrever uma ação secundária ou indireta. RESPOSTA: c. 10. (2020 FGV IBGE) “Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei no trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu”. Esse segmento dá início ao romance Dom Casmurro, um dos mais famosos da literatura brasileira. A opção em que a afirmativa está correta é: a) em lugar de “destas” deveria estar “dessas”; b) “vindo” deveria ser substituído por “quando vinha”; c) em lugar de “para o” deveria estar “ao”; d) o termo “no trem da Central” poderia estar entre vírgulas; e) o pronome “eu” deveria ser omitido no texto. COMENTÁRIO: a) em lugar de “destas” deveria estar “dessas”: O uso da forma “destas” na frase está correto e se encontra com certa frequência na língua falada. Não há necessidade de substituir por “dessas”. b) “vindo” deveria ser substituído por “quando vinha”: A forma verbal “vindo” já é uma forma adequada para indicar ação futura no tempo. Não há necessidade de usar a forma “quando vinha”. c) em lugar de “para o” deveria estar “ao”: A preposição “para o” está correta e é utilizada para indicar destino ou finalidade. Não há necessidade de substituir por “ao”. d) O uso de vírgulas ao redor do termo “no trem da Central” é uma opção válida, pois isso indica uma pausa na leitura, destacando essa informação e tornando a frase mais clara e objetiva. Além disso, a presença de vírgulas ajuda a identificar as partes da frase e a sua relação semântica, auxiliando na compreensão do texto. e) o pronome “eu” deveria ser omitido no texto: Nessa alternativa, a sugestão é omissão do pronome “eu”, o que prejudicaria a clareza e coesão da frase. O pronome “eu” é importante para indicar quem é o narrador da história. RESPOSTA: d.
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