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1 Dielison Rodrigues | P2 BIOMEDICINA | ASCES-UNITA PRIMEIRA UNIDADE LETIVA MANUAL PRÁTICO DE AULA PARA AVALIAÇÃO DE SINAIS VITAIS Os sinais vitais compostos pelas características de temperatura, pulsação, respiração, pressão arterial e dor, é a maneira eficiente e rápida de avaliar as condições e identificar a presença de problemas no quadro clínico de um paciente, de tal maneira que são indicadores da condição de saúde, fornecendo os dados básicos que podem ser utilizados para as condutas de procedimentos médicos e/ou da equipe de enfermagem. Além de definir o grau de urgência ou emergência do atendimento do paciente, por tais valores representarem a situação fisiológica do paciente. Esse resumo em um pequeno contexto para contexto básico de atendimento e paramentação de uma avaliação de SSVV. TEMPERATURA A temperatura axilar é a medida do grau de calor que o corpo apresenta. É o resultado entre a produção e a eliminação deste calor. AFERIÇÃO DA TEMPERATURA AXILAR: ✓ Secar a axila do paciente, se necessário; ✓ Posicionar o termômetro na região axilar com o bulbo em contato direto na pele do paciente; ✓ Retirar o termômetro após o aviso sonoro e realizar a leitura. CLASSIFICAÇÃO DA TEMPERATURA AXILAR Valor normal: 35,8°C – 37,5ºc Normotermia: Padrão normal Hipotérmica: Abaixo do normal Hipertermia: Acima do normal Em geral a hipertermia acompanha processos infecciosos e inflamatórios e reações a distúrbios emocionais e manifestações de hipersensibilidade. A temperatura corpórea acima de 38ºC implica em um aumento do consumo de oxigênio já que quando o corpo está no estado de febre o metabolismo corpóreo aumenta extraordinariamente, necessitando de uma nutrição adequada. FREQUÊNCIA RESPITATÓRIA A frequência respiratória é determinada pelo número de movimentos respiratórios por minuto. AFERIÇÃO DA FREQUÊNCIA RESPITARÓRIA: ✓ Contar o pulso, depois a frequência respiratória; ✓ Colocar os dedos na artéria radial, como se fosse contar o pulso, a fim de distrair a atenção do paciente, para que não haja mudança do ritmo respiratório; ✓ Observar os movimentos respiratórios por ¼ de minuto, se for rítmico e multiplicar por 4; ✓ Contar por 1 minuto, se a respiração for arrítmica; ✓ Ocorrendo dificuldade respiratória, verificar se há algum objeto obstruindo as vias aéreas e imediatamente tentar desobstruir as mesmas; ✓ Verificar além da frequência a profundidade e ritmo da respiração; VALORES DE REFERÊNCIA, DE ACORDO COM A IDADE: Adolescente: 16-19 mrp Adulto (20 a 40 anos): 12-20 mrp Adulto (+40 anos): 16-25 mrp CLASSIFICAÇÃO DA RESPIRAÇÃO: Normopneia ou eupneia: normal Bradipneia: abaixo do normal Taquicardia: acima do normal Dispneia: aumento do esforço inspiratório e expiratório Apneia: interrupção persistente de movimentos respiratórios Taquisfigmia: pulso fino e taquicardíaco Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico Toda vez que o sangue é lançado do ventrículo esquerdo para aorta, a pressão e o volume ejetado provocam oscilações ritmadas em toda a extensão da parede arterial, evidenciadas quando se comprime moderadamente a artéria contra uma estrutura dura, as paredes arteriais que se distendem criam uma onda de pulsação que progride rapidamente em direção às terminações distais das artérias. 2 Dielison Rodrigues | P2 BIOMEDICINA | ASCES-UNITA FREQUÊNCIA CARDÍACA A frequência cardíaca é determinada pelo número de batimentos cardíacos por minuto (bpm). É verificada por meio da palpação do pulso ou ausculta cardíaca no período de 1 minuto. AFERIÇÃO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA: ✓ Colocar as pontas dos dedos indicador, médio e anular sobre a artéria escolhida, fazendo uma leve pressão, porém esta pressão não deve ser muito forte, pois pode interromper o fluxo sanguíneo interferindo na verificação, principalmente se for um pulso filiforme. Observar ritmo e volume do pulso (PRADO;GELBCKE, 2013); ✓ Palpar a artéria indicada, seguindo a ordem de escolha: Radial, braquial, carótida, poplítea e/ou pediosa, femoral; ✓ Após essa etapa controlar pelo relógio, iniciando a contagem da frequência; ✓ Se o pulso tiver rítmico, conte a frequência por 15 ou 30 segundos e multiplique respectivamente por 4 ou2; ✓ Se o pulso estiver arrítmico, conte a frequência por 60 segundos; VALORES DE REFERÊNCIA, DE ACORDO COM A IDADE: 10-20 anos: 70 a 90 bpm 20-60 anos: 60 a 90 bpm +60 anos: -70 bpm PRESSÃO ARTERIAL A pressão arterial é a inter-relação entre o débito cardíaco, a resistência vascular periférica, o volume sanguíneo, a viscosidade do sangue e elasticidade da artéria. AFERIÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL: Preparo do paciente: ✓ Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em repouso de 3 a 5 minutos em ambiente calmo. Deve ser instruído a não conversar durante a medição. Possíveis dúvidas devem ser esclarecidas antes ou depois do procedimento. ✓ Certificar-se de que o paciente NÃO: - Está com a bexiga cheia; - Praticou exercícios físicos há pelo menos 60 minutos; - Ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos; - Fumou nos 30 minutos anteriores. ✓ Posicionamento: Quando possível, o paciente deve estar sentado, com pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado; - O braço deve estar na altura do coração, apoiado, com a palma da mão voltada para cima e as roupas não devem garrotear o membro. Procedimento: ✓ Realizar a desinfecção do estetoscópio com gaze umedecida em desinfetante padronizado pela instituição; ✓ Escolher o manguito adequado ao braço do paciente, no momento da internação, já o deixando na cabeceira do paciente. Conforme a Sociedade Brasileira de Cardiologia deve-se determinar a circunferência do braço no ponto médio entre acrômio e olecrano (FIGURA 1); VALORES DE REFERÊNCIA, DE ACORDO COM A IDADE: CONSULTAR A FIGURA 2 3 Dielison Rodrigues | P2 BIOMEDICINA | ASCES-UNITA ✓ Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital; ✓ Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial; ✓ Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma do estetoscópio sem compressão excessiva; ✓ Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da PAS obtido pela palpação; ✓ Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo); determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff) e, após, aumentar ligeiramente a velocidade de deflação; ✓ Determinar a PAD no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff); ✓ Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa; se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a PAD no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da PAS/PAD/zero; ✓ Anotar os valores exatos sem “arredondamentos” e o braço em que a PA foi medida. OBSERVAÇÕES: ❖ Deverá ser utilizado o esfigmomanômetro e estetoscópio disponíveis na instituição. Não é permitido o uso esfigmomanômetros não aprovados pelo Setor de Engenharia Clínica. ❖ Não aferir a pressão arterial no membro com: Fístula endovenosa; Plegias; Punção venosa; Infusão de líquidos; Membro do lado mastectomizado com esvaziamento ganglionar. Casos específicos devem ser discutidos em equipe. Figura 1: Dimensões do manguito de acordo com a circunferência do membro 4 Dielison Rodrigues | P2 BIOMEDICINA | ASCES-UNITA Figura 2: Valores de referência para pressão arterial DOR Avaliar a dor do paciente aplicando a escala e/ou questionário adequados conforme a idade, nível de consciência e/ou desenvolvimento cognitivo; AFERIÇÃO DA DOR: ✓ Pacientes conscientes e comunicativos: -Escala Numérica de Dor: muito utilizada para o reajuste terapêutico por sua facilidade no uso e ser de fácil compreensão. Deve-se perguntar aopaciente qual é a intensidade de sua dor, sempre explicando que o 0 significa sem dor e o 10, a pior dor possível. (FIGURA 3) -Escala de Faces: utilizada na pediatria e em adultos que não conseguem compreender a escala numérica de dor. Nessa escala, as faces representam estágios de dor e sofrimento, sendo solicitado ao paciente que aponte a face com a qual ele identifica sua dor. (FIGURA 4) Figura 3: Escala de dor quantitativa Figura 3: Escala de dor qualitativa REFERÊNCIAS: PROCEDIMENTO / ROTINA. In: ESBERH, HOSPITAL UNIVERSITÁRIO POLYDORO ERNANI DE SÃO THIAGO. VERIFICAÇÃO DE SINAIS VITAIS NO ADULTO. SANTA CATARINA: [s. n.], 2020. v. 1. Disponível em: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sul/hu- ufsc/acesso-a-informacao/pops/gerencia-de-atencao-a-saude/divisao-de-enfermagem/2020/verificacao-de-sinais-vitais-no-adulto.pdf/view. Acesso em: 29 ago. 2022.
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