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AUTOMACAO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE AGUA E GESTAO DE SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITARIO

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS 
 
 
 
BEATRIZ BULGARELLI 
CASSINO GOMES DE SOUZA 
ERIC DA COSTA CRUZ 
JULIA LETICIA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
AUTOMAÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E GESTÃO DE 
SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 
 
 
 
 
 
 
 
PASSOS-MG 
2023 
2 
 
SUMÁRIO 
 
1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA .......................................................................................... 3 
1.1 MANANCIAL ................................................................................................................................... 3 
1.2 CAPTAÇÃO ...................................................................................................................................... 3 
1.3 ADUÇÃO ......................................................................................................................................... 4 
1.4 TRATAMENTO ................................................................................................................................ 4 
1.5 RESERVAÇÃO .................................................................................................................................. 5 
1.6 REDES DE DISTRIBUIÇÃO ................................................................................................................ 6 
1.7 VÁLVULAS E REGISTROS ................................................................................................................. 6 
1.8 ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS ................................................................................................................ 6 
2 AUTOMAÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............................................................ 6 
2.1 TIPO DE ESTAÇÕES E VARIÁVEIS CONTROLADAS/MONITORADAS ................................................ 7 
2.1.1 RESERVATÓRIO............................................................................................................................ 7 
2.1.2 ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA BRUTA OU TRATADA .............................................................. 8 
2.1.3 MACROMEDIDORES DE VAZÃO .................................................................................................. 8 
2.1.4 VÁLVULAS MOTORIZADAS E PROPORCIONAIS ........................................................................... 8 
2.1.5 VÁLVULAS REGULADORAS DE PRESSÃO ..................................................................................... 8 
2.1.6 PONTO DE PRESSÃO MONITORADA ........................................................................................... 8 
3 GESTÃO DE SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO .................................................................... 8 
3.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 8 
3.2 ESTRUTURAS DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO .......................................................... 9 
4 ETAPAS DE UM SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO .............................................................. 13 
4.1 DIAGNÓSTICO, ESTUDO DE VIABILIDADE E ELABORAÇÃO DE PROJETOS ................................... 13 
4.2 MOMENTO DE EXECUÇÃO DAS OBRAS ....................................................................................... 13 
4.3 EXECUÇÃO DIRETA ....................................................................................................................... 13 
4.4 CONVÊNIOS .................................................................................................................................. 14 
5 OPERAÇÃO ...................................................................................................................................... 14 
6 LICENCIAMENTO AMBIENTAL ......................................................................................................... 14 
7 ASPECTOS INSTITUCIONAIS DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO ......................................................... 15 
7.1 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO (PMSB) ............................................................... 15 
7.2 SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕ]ES EM SANEAMENTO BÁSICO – ...................................... 15 
7.3 PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ....................................................... 16 
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 17 
 
3 
 
1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 
O sistema de abastecimento público de água é formado pelo conjunto de obras, 
instalações e serviços, destinados a produzir e distribuir água a uma comunidade, em 
quantidade e qualidade de acordo com as necessidades da população, para o 
consumo doméstico, os serviços públicos, o consumo industrial e entre outros usos 
(ASSIS, 2021). 
Figura 1 – Sistema de abastecimento de água. 
 
Fonte: Assis (2021). 
O sistema de abastecimento de água é composto pelas seguintes partes: 
1.1 MANANCIAL 
É o local de onde se retira a água em condições físicas, químicas e 
bacteriológicas minimamente aceitáveis para ser realizado o tratamento. Deve 
possuir, a capacidade de abastecer a população atendida por ela, considerando os 
períodos de estiagem, por isso é recomendado utilizar mais de um manancial para o 
abastecimento de uma cidade (ASSIS, 2021). 
1.2 CAPTAÇÃO 
Conjunto de equipamentos e instalações utilizados para a retirada de água do 
manancial, com a finalidade de levá-la até o sistema de abastecimento. O tipo de 
4 
 
captação varia de acordo com o manancial e com o equipamento utilizado (ASSIS, 
2021). 
Figura 2 – Tipos de captação de água. 
 
Fonte: Manual do Saneamento (2006). 
1.3 ADUÇÃO 
Conjunto de peças e tubulações que permitem que a seja água deslocada, em 
grande quantidade, da captação até o tratamento e do tratamento para a reservação 
ou do tratamento a redes de distribuição mais distantes (ASSIS, 2021). 
1.4 TRATAMENTO 
A qualidade físico-química e bacteriológica da água obtida no manancial, que 
irá definir o método de tratamento necessário para atender aos padrões de 
potabilidade estabelecidos pela Portaria nº 1.469/2000 do Ministério da Saúde, a fim 
de melhorar tais características e torná-la própria para o consumo humano (ASSIS, 
2021). 
 
 
 
 
5 
 
Figura 3 – Processos de tratamento de água em uma ETA convencional. 
 
Fonte: Manual do Saneamento (2006). 
Principais etapas envolvidas: 
• Mistura rápida: adição de um coagulante para remoção das impurezas; 
• Floculação: onde ocorre a aglutinação das impurezas; 
• Decantação: flocos se sedimentam no fundo de um tanque; 
• Filtração: retenção dos flocos menores em camadas filtrantes; 
• Desinfecção: adição de cloro para eliminação de micro-organismos 
patogênicos; 
• Fluoretação: adição de compostos de flúor para prevenção de cárie dentária 
(ASSIS, 2021). 
1.5 RESERVAÇÃO 
Tem as funções de atender as variações de consumo ao longo do dia, promover 
a continuidade do abastecimento no caso de paralisação da produção de água, 
manter pressões adequadas na rede de distribuição e garantir uma reserva em casos 
de incêndio (ASSIS, 2021). 
 
 
 
 
6 
 
Figura 4 – Organização dos reservatórios no sistema de distribuição. 
 
Fonte: Manual do Saneamento (2006). 
1.6 REDES DE DISTRIBUIÇÃO 
Conjunto de tubulações, conexões, registros e medidores que possibilitam a 
distribuição de água para cada unidade consumidora de forma ininterrupta e com a 
pressão adequada (ASSIS, 2021). 
1.7 VÁLVULAS E REGISTROS 
Permitem que sejam feitas manobras no sistema, tanto na setorização de 
pontos através de seu fechamento e abertura, bem como na redução da pressão em 
alguma parte da rede através da abertura parcial (ASSIS, 2021). 
1.8 ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS 
São responsáveis por enviar água a pontos mais distantes, elevados ou para 
dar a pressão necessária para o consumo.Composta principalmente por válvulas e 
motores-bomba hidráulica (ASSIS, 2021). 
2 AUTOMAÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 
A automação de um sistema de água tem os seguintes objetivos: 
• Tornar o sistema de captação, tratamento e distribuição de água, maleável as 
estratégias de operação, através dos equipamentos de controle e análise de 
dados; 
7 
 
• Possibilitar a operação e acompanhamento à distância, sem a necessidade de 
deslocamento de pessoal ao ponto monitorado; 
• Efetuar curvas de tendência de determinadas grandezas, a partir do banco de 
dados do sistema; 
• Determinar possíveis pontos de rupturas de redes ou ramais, com o 
monitoramento de vazão e pressão dos setores; 
• Antecipar ao usuário, possíveis falhas no abastecimento, fazendo com que a 
empresa saiba da irregularidade, antes mesmo de o usuário perceber, evitando 
com isto o desperdício da água e desgaste da imagem da empresa; 
• Auxiliar na criação de estratégias de abastecimento com pressões mínimas, 
fazendo com que diminua o índice de perdas, o rompimento de adutoras e a 
diminuição na quantidade de insumos utilizado; 
• Acompanhar as grandezas elétricas, questão extremamente importante, pois 
em geral as empresas de saneamento possuem a energia elétrica como maior 
despesa. 
• Acompanhar o monitoramento em tempo real e registrar a variação do nível dos 
mananciais de água, precipitações pluviométricas e temperatura ambiente, 
possibilitando criar estratégias em tempo de estiagem (ASSIS, 2021). 
2.1 TIPO DE ESTAÇÕES E VARIÁVEIS CONTROLADAS/MONITORADAS 
Uma planta de abastecimento de água possui características muito similares, 
principalmente na questão de automação e controle. A forma que o sistema é 
controlado e medido depende da complexidade do sistema hídrico e também da 
sofisticação de equipamentos de acionamento, controle e medição empregados nele 
(ASSIS, 2021). 
Nos próximos tópicos, são descritos o que se costuma controlar em cada 
unidade que compõe o sistema. 
2.1.1 RESERVATÓRIO 
• Medição de Nível através de eletrodos, boias elétricas, sensores de imersão e 
sensores de pressão externo; 
• Medição através de sensores de ultrassom; 
• Indicação de extravasamento; 
8 
 
• Indicação de arrombamento ou de acesso não autorizado; 
• Controle/Monitoração das válvulas de entrada e saída do reservatório (ASSIS, 
2021). 
2.1.2 ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA BRUTA OU TRATADA 
• Medição do nível do manancial; 
• Medição das grandezas elétricas; 
• Acionamento dos motores-bombas; 
• Pressão de sucção; 
• Pressão de saída temperatura dos motores-bomba (ASSIS, 2021). 
2.1.3 MACROMEDIDORES DE VAZÃO 
Possibilitam ter um controle de vazão instantânea e acumulada em um 
determinado setor da rede de abastecimento (ASSIS, 2021). 
2.1.4 VÁLVULAS MOTORIZADAS E PROPORCIONAIS 
Permitem sua abertura parcial comandadas remotamente (ASSIS, 2021). 
2.1.5 VÁLVULAS REGULADORAS DE PRESSÃO 
Permitem manter a pressão a jusante dentro de valores ajustados (ASSIS, 
2021). 
2.1.6 PONTO DE PRESSÃO MONITORADA 
Enviam sinais da pressão de pontos referenciais do sistema de abastecimento 
hídrico (ASSIS, 2021). 
3 GESTÃO DE SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 
3.1 INTRODUÇÃO 
 O Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) é um dos componentes do 
Saneamento Básico. Sendo ele o conjunto de obras e instalações destinadas a 
realizar o afastamento, o transporte, o tratamento e a destinação final dos esgotos 
(gerados nas atividades do dia a dia da população), de forma adequada do ponto de 
vista sanitário e ambiental (CODEVASF, 2015). 
9 
 
Além disso, a implantação de um SES contribui para a redução das doenças 
de veiculação hídrica e, consequentemente, para o aumento da expectativa e 
qualidade de vida da população, bem como para a preservação do meio ambiente 
(CODEVASF, 2015). 
Através dos dados obtidos pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística 
(IBGE), em 2010, a população com acesso à rede sanitária ou fossa séptica era cerca 
de 79%, o que revela o grande número de domicílios situados em localidades sem a 
devida destinação dos esgotos. Com a intenção de melhorar a situação do 
saneamento básico no Brasil, o governo federal instituiu o Plansab (Plano Nacional 
de Saneamento Básico), que consiste em um conjunto de metas e objetivos para 
transformar a realidade desse setor no país. Sendo sua principal metas a redução no 
número de habitantes sem acesso a água e saneamento básico (CODEVASF, 2015). 
 O esgoto pode vir de três principais fontes, sendo elas: 
• Doméstico: aquele que é formado pela utilização da água para fins 
domésticos, como lavagem de roupa, de utensílios de cozinha e de pisos; 
banho; descarga de vasos sanitários; entre outros. 
• Pluvial: formado pelas águas das chuvas que escorrem nas ruas. 
• Industrial/Comercial: formado por meio da utilização de água para atividades 
industriais e comerciais, tais como restaurantes, lojas, feiras, bares, hospitais, 
indústrias, matadouros, cervejarias, entre outros. 
E sem o devido tratamento esse esgoto pode gerar impactos ambientais como 
poluir rios e fontes de água, afetar os recursos hídricos e a vida das plantas e dos 
animais e, ainda, causar grandes danos à saúde da população por meio de 
transmissão de doenças. Logo, percebe-se o quão importante é uma boa gestão dos 
sistemas de esgotamento sanitário nas cidades (CODEVASF, 2015). 
3.2 ESTRUTURAS DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 
 O sistema de esgotamento sanitário é composto por diversos componentes e 
estruturas, representados na figura abaixo, sendo que as principais são as ligações 
domiciliares, a rede de coletora, a estação elevatória, a linha de recalque, a estação 
de tratamento de esgoto e o emissário (CODEVASF, 2015). 
10 
 
Figura 5 - Unidades do sistema de esgotamento sanitário. 
 
Fonte: CODEVASF (2015). 
 Em primeiro plano temos as ligações domiciliares, que são estruturas 
responsáveis por retirar os esgotos das residências e transportá-los até a rede 
coletora. A implantação dessa estrutura, na maioria das vezes é de responsabilidade 
do morador, no entanto, pode ser viabilizada pelo poder público (CODEVASF, 2015). 
Já a rede coletora de esgoto sanitário é um sistema fechado que transporta os 
esgotos das ligações domiciliares até as demais unidades do sistema. A operação 
dessa estrutura cabe ao órgão municipal ou à instituição responsável pela operação 
do sistema, assim como as demais estruturas (coletores-tronco, interceptores, 
estação elevatória, linha de recalque, estação de tratamento e emissários), que 
compõem o sistema. A rede coletora é composta por coletores-tronco que são 
tubulações maiores que recebem os esgotos de diversas redes por gravidade e 
interceptores que recebem o que é coletado pelos coletores e levam até a estação de 
tratamento de esgotos (CODEVASF, 2015). 
Posteriormente temos a estação elevatória sendo o conjunto de bombas e 
acessórios instalados com o objetivo de transportar o esgoto, de um nível baixo para 
um mais elevado. Logo após a estação temos a linha de recalque é a tubulação que 
transporta o esgoto bombeado (CODEVASF, 2015). 
11 
 
Em âmbitos de tratamento tem-se a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), 
representada na figura 2 abaixo, como a unidade responsável por realizar o 
tratamento dos esgotos e devolve-los ao meio ambiente em boas condições, sejam 
lançando-os em rios, lagos, mares ou reutilizando-os para fins não potáveis. Para que 
esse esgoto tratado chegue até o corpo receptor ele passa pela última estrutura que 
é o emissário, tubulação encarregada desse transporte (CODEVASF, 2015). 
Figura 6 – Vista aérea do complexo de Tratamento de Esgoto de Passos (MG). 
 
Fonte: Autor (2022). 
 Ainda na esfera de tratamento do esgoto temos quatro etapas, sendo elas as 
seguintes: 
• Pré-tratamento: é onde ocorre a remoção de grandes sólidos e areia para 
proteger as demais unidades de tratamento, relacionadasao transporte e 
recepção. A remoção é feita com o uso de grades (que impedem a passagem 
de materiais graúdos); de caixas de areia (para retenção deste material); e de 
tanques de flutuação (para retirada de óleos e graxas, caso necessário). 
• Tratamento primário: nesta etapa em que o poluente é separado do esgoto 
por sedimentação. 
12 
 
• Tratamento secundário: etapa em que ocorre a remoção da matéria orgânica, 
por meio de reações bioquímicas, ou seja, micro-organismos realizam a 
decomposição dos poluentes, aumentando a qualidade do esgoto que será 
encaminhado para o tratamento terciário ou para o corpo receptor dependendo 
da taxa de sucesso de remoção dos poluentes nesta etapa. 
• Tratamento terciário: etapa que tem como finalidade conseguir remoções 
adicionais de poluentes dos esgotos, antes de sua descarga no corpo receptor. 
Essa operação é também chamada de “polimento”. 
 A seguir temos algumas imagens da estação de tratamento de esgoto de 
Passos – MG, onde realizou-se uma visita com a turma do 8° período de engenharia 
civil e pode ser visto todos os procedimentos supracitados. 
Figura 7 – Estação de Tratamento de Esgoto de Passos (MG). 
Fonte: Autor (2022). 
13 
 
Figura 8 – Estação de Tratamento de Esgoto de Passos (MG). 
 
Fonte: Autor (2022). 
4 ETAPAS DE UM SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 
4.1 DIAGNÓSTICO, ESTUDO DE VIABILIDADE E ELABORAÇÃO DE PROJETOS 
Para implantação de um sistema de tratamento de esgoto em um município, 
inicialmente, se faz necessária a realização de um diagnóstico dessa área com o 
objetivo de identificar e verificar elementos importantes para a elaboração do projeto 
a ser implantado. 
Dessa forma, durante a fase de diagnóstico, estudo de viabilidade e elaboração 
do projeto são observados elementos fundamentais, como: aspectos ambientais, 
regularização fundiária, técnicos, operacionais e institucionais. 
4.2 MOMENTO DE EXECUÇÃO DAS OBRAS 
A implantação das obras pela Codevasf pode se dar de duas formas: execução 
direta ou por convênio. 
4.3 EXECUÇÃO DIRETA 
Quando a Codevasf é responsável por contratar a empresa que implantará as 
obras, bem como realizar a fiscalização e o acompanhamento da implantação da 
14 
 
infraestrutura até sua conclusão, garantir a qualidade final e entregar o sistema em 
pleno funcionamento. 
4.4 CONVÊNIOS 
Quando a Codevasf faz o repasse dos recursos ao órgão conveniado, cabendo 
a este realizar a contratação da empresa que realizará, fiscalizará e acompanhará as 
obras. A Codevasf pode realizar convênios com prefeituras, companhias estaduais de 
saneamento, dentre outras instituições públicas que tenham interesse em 
implementar uma obra de esgotamento sanitário em um município. 
5 OPERAÇÃO 
Finalizada as obras pela Codevasf, a mesma é entregue à prefeitura que 
realizará ou delegará, a uma instituição responsável, a operação da unidade. 
6 LICENCIAMENTO AMBIENTAL 
O licenciamento ambiental é uma exigência legal e uma ferramenta do poder 
público para o controle dos impactos ambientais (alteração no meio ambiente ou em 
algum de seus componentes – água, solo, ar - por determinada ação ou atividade 
humana. 
Os principais tipos de licenças são: 
I. LP – Licença Prévia: aprova a localização e a viabilidade do empreendimento 
de acordo com o projeto proposto; 
II. LI – Licença de Instalação: permite o início das obras do empreendimento; 
III. LO – Licença de Operação: autoriza o início do funcionamento do 
empreendimento. 
15 
 
Figura 9 – Etapas do Licenciamento Ambiental. 
 
Fonte: CODEVASF (2015). 
7 ASPECTOS INSTITUCIONAIS DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO 
7.1 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO (PMSB) 
De acordo com a Lei Federal nº 11.445/2007 (Política Nacional de 
Saneamento) cabe, exclusivamente ao município, formular a Política Pública e 
elaborar o Plano Municipal de Saneamento Básico. A existência do plano, por sua 
vez, a partir de 2014, é condição de acesso aos recursos do governo federal para 
saneamento básico. 
7.2 SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕ]ES EM SANEAMENTO BÁSICO – 
SINISA 
A Lei Federal nº 11.445/2007 institui, também, o Sistema Nacional de 
Informações em Saneamento Básico - SINISA, com os objetivos de: 
• Coletar dados sobre as condições da prestação dos serviços públicos de 
saneamento básico; 
• Disponibilizar estatísticas, indicadores e outras informações sobre a 
demanda e a oferta de serviços públicos de saneamento básico; 
• Permitir o monitoramento e a avaliação da prestação dos serviços de 
saneamento básico. 
16 
 
 
7.3 PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 
Deve ser assegurado à população: 
• Amplo acesso as informações sobre os serviços prestados; 
• Conhecimento dos seus direitos e deveres; 
• Acesso ao manual de prestação do serviço e de atendimento ao usuário; 
• Acesso aos relatórios sobre a qualidade da prestação dos serviços. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
ASSIS, Geovane Deleski. AUTOMAÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE 
ÁGUA. 2021. 100 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Civil, Departamento de 
Engenharia Elétrica, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 
2012. Disponível em: http://hdl.handle.net/10183/65447. Acesso em: 30 jan. 2023. 
BRASÍLIA. Cintia Philippi Salles. Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São 
Francisco e do Parnaíba. Manual de Comunicação e Organização Social 
Esgotamento Sanitário. Brasília: Consórcio Arcadis Logos – Agrar, 2015. 61 p. 
Disponível em: https://www.codevasf.gov.br/acesso-a-
informacao/institucional/biblioteca-geraldo-rocha/publicacoes/manuais/manual-de-
comunicacao-e-organizacao-social-esgotamento-sanitario.pdf. Acesso em: 30 jan. 
2023. 
	1 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
	1.1 MANANCIAL
	1.2 CAPTAÇÃO
	1.3 ADUÇÃO
	1.4 TRATAMENTO
	1.5 RESERVAÇÃO
	1.6 REDES DE DISTRIBUIÇÃO
	1.7 VÁLVULAS E REGISTROS
	1.8 ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS
	2 AUTOMAÇÃO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
	2.1 TIPO DE ESTAÇÕES E VARIÁVEIS CONTROLADAS/MONITORADAS
	2.1.1 RESERVATÓRIO
	2.1.2 ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA BRUTA OU TRATADA
	2.1.3 MACROMEDIDORES DE VAZÃO
	2.1.4 VÁLVULAS MOTORIZADAS E PROPORCIONAIS
	2.1.5 VÁLVULAS REGULADORAS DE PRESSÃO
	2.1.6 PONTO DE PRESSÃO MONITORADA
	3 GESTÃO DE SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
	3.1 INTRODUÇÃO
	3.2 ESTRUTURAS DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
	4 ETAPAS DE UM SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
	4.1 DIAGNÓSTICO, ESTUDO DE VIABILIDADE E ELABORAÇÃO DE PROJETOS
	4.2 MOMENTO DE EXECUÇÃO DAS OBRAS
	4.3 EXECUÇÃO DIRETA
	4.4 CONVÊNIOS
	5 OPERAÇÃO
	6 LICENCIAMENTO AMBIENTAL
	7 ASPECTOS INSTITUCIONAIS DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO
	7.1 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO (PMSB)
	7.3 PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
	REFERÊNCIAS

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