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Fen����ol���a -> Do grego phainesthai – significa aquilo que se apresenta ou que se mostra, e logos – significa explicação, estudo. -> Fenômeno: aquilo que se mostra, que aparece a nós. Aparece a nós primeiramente pelos sentidos. -> Logia: Capacidade de refletir, um discurso esclarecedor -> A fenomenologia é uma atitude de reflexão do fenômeno que se mostra para nós, na relação que estabelecemos com os outros, no mundo. -> Fenomenologia: estudo da consciência e dos objetos da consciência ou também chamados de experiências de consciência ou ainda chamados de vivências. Pon�� �� Par���� da Fen����ol���a -> Inspiração dos filósofos gregos pré-socráticos VI a.C. -> Homem, Natureza e Mundo são interdependes, se correlacionam em uma "teia tecida pela vida”. -> A experiência é única para o homem. O mundo o afeta e ele afeta o mundo. -> Pensar não é somente razão, mas um refletir sobre o mundo. -> “Tu não podes descer duas vezes o mesmo rio, porque novas águas correm sobre ti” (Heráclito). A Gra��� Q�es�ão d� Fen����ol���a -> Toda nossa relação com o mundo não teria razão se não começasse pela percepção, ou seja, pelos sentidos. Nós é que buscamos o sentido daquilo que se mostra, cabe nos refletir. -> Como se mostra? -> O que é o ser humano? -> Como conhecê-lo? -> Em nome do que você está vivendo neste mundo? -> Qual é a sua obra? -> Que legado quer deixar? Hus���l (1849-1938) -> Conhecido como fundador da fenomenologia. -> Fenomenologia e existencialismo constituem juntos uma das importantes matrizes filosóficas das psicologias do século XX. -> A influência da fenomenologia no campo das ciências humanas é bastante vasta e heterogênea, incluindo disciplinas como a história, a sociologia, o direito, a antropologia e a psicologia. -> O existencialismo enquanto movimento filosófico e cultural surge no período entre as duas guerras mundiais, de 1918 a 1945, no eixo intelectual entre Alemanha e França. -> O ser do homem consiste em sua própria existência singular, sua subjetividade, que é pura liberdade de escolha. -> Filosofar é afirmar a existência enquanto liberdade e assumir a responsabilidade pelas próprias escolhas. Bin���n��� -> 1920: propôs a aplicação da fenomenologia ao campo psiquiátrico. -> Sob a influência de Heidegger, tornou-se um analista existencial e, em 1941, adotou a expressão Daseinsanalyse para denominar sua abordagem. -> Bisnwanger elaborou diversos estudos de casos clínicos de pacientes esquizofrênicos que se tornaram clássicos da psiquiatria, como os de Ellen West e Lola Voss. -> Suas descrições fenomenológicas dos “modos-de-ser” dos pacientes desdobram o mundo em três regiões: - O mundo enquanto ambiente físico circundante; - O mundo das relações com o outro; - O mundo do pensamento e do corpo. Daseinsanalyse -> Daseinsanalyse, também conhecida como Análise Existencial ou Fenomenológica-Existencial. -> começa com Martin Heidegger, o filósofo mais importante e influente do século XX. -> O modo de ser do homem é a “existência”, o “ser-aí”, o “ser-no-mundo”. Mar��� H�id����r (1889-1976) -> Utiliza o termo "dasein", que significa "ser-aí", para descrever um ser que não é abstrato ou uma mera condição animal, mas um ser em situação, engajado numa historicidade e aberto às relações. -> A própria palavra Da-Sein (Ser-aí) em Daseinsanalyse (Análise do Ser-aí literalmente) é um neologismo. -> A Daseinsanalyse procura o sentido da existência de cada ser humano em sua experiência pessoal. -> A terapia da Daseinsanalyse é baseado na compreensão de como o fenômeno da existência humana se mostra a si em sua aceitação do que é como é. -> A Daseinsanalyse foca no fenômeno como a fundação do sentido da vida humana. Isto é revelado na medida em que o ser-no-mundo do paciente é focado. -> A fundação da terapia está no outro ser humano (Da- sein) em sua própria relação com o terapeuta. -> O analista e o paciente estão envolvidos em um relacionamento humano primordial em que cada um contribui com sua parte. -> O desenvolvimento de seu relacionamento mútuo, levando até a autonomia do paciente e mostrando o seu lugar no mundo. -> A Daseinsanalyse é um novo olhar sobre os motivos pelos quais alguém procura um psicólogo. -> O ser-para-a-morte e o poder-ser em sentido próprio. -> O Dasein jamais alcança sua totalidade, permanecendo em constante inconclusão. -> Podemos falar de totalidade enquanto aquilo que se circunscreve a um limite, a um fim. -> Ao morrer, o Dasein não é mais no mundo, finda-se as suas possibilidades. -> O Dasein é ser-para-a-morte. Desde que nascemos já está implícita em nossa existência, a qualquer momento, esta possibilidade. -> Há uma dificuldade de se fazer a experiência do “ser- para-a-morte”. -> Não temos acesso a perda sofrida por quem morre; no máximo estamos apenas juntos. -> São duas experiências diferentes: - Sofremos no modo da preocupação reverencial pelo outro, o que é possível somente por sermos essencialmente “com-o-outro”. - Experienciamos o nosso próprio “ser-para-a-morte”. -> Morte: fenômeno do qual é preciso desviar-se. -> O ponto de partida da análise é o entendimento do sofrimento humano, e sua existência enquanto ser humano. -> Toda pessoa é um ser-no-mundo, pois está em constante relação com os espaços onde habita, sendo também um ser relacional, que se desenvolve em relação com outros seres. -> O mundo não é algo pronto, onde temos de nos ajustar a ele como está, mas um espaço em constante transformação, onde fazemos parte dessa transformação. -> O tratamento dentro da abordagem existencial é possível de ser feito com todo e qualquer tipo de paciente, desde que o mesmo esteja motivado e queira participar do processo no qual vai avaliar e analisar a sua própria existência. -> Os sofrimentos apresentados, apesar de tirarem inicialmente a liberdade do paciente, lhe mostram quem ele é e quem ele não é, possibilitando com isso a sua transformação a partir da liberdade radical de todo ser. Pro���s� �e��pêut��� -> Uma das formas desse dizer e expressar o que se está sentindo, pensando e se comunicando. -> A tarefa do psicoterapeuta é analisar junto com o outro essas diferentes formas desse dizer, ajudando-o a montar o seu quebra-cabeça que interliga a biografia existencial e o modo como ele realiza suas escolhas no mundo, esta análise revela suas possibilidades e limites no seu modo de se relacionar no mundo com os outros. -> É um processo de reaprender a ver a vida novamente, despindo-se do senso comum e resgatando o seu modo autêntico de ser. Esta atitude de reaprender a ver o mundo, reflete a parceria entre o terapeuta e o paciente, a relação de reciprocidade que impele à troca, ao diálogo com pares idênticos do ponto de vista humano. -> "Reaprender” redimensiona algumas ações: - a de humildade de limitação do próprio saber; - atitude de perplexidade ante a possibilidade de desvendar novos saberes; - atitude de desafio diante do novo; - desafio de redimensionar o passado; - atitude de envolvimento e comprometimento com o projeto que motivou a pessoa a fazer psicoterapia. -> O mundo nem sempre é o que se pensa, mas sim o que se vive e o que se percebe. -> Às vezes nos tornamos reféns dos outros, pois esquecemos de ouvir a voz do nosso coração. -> Para Daseinsanalyse, o “ser-doente” não é algo que possa ser definido a partir de uma essência positiva. Todo modo de “ser- doente” caracteriza-se como uma privação de um modo de “ser-sadio”. Toda doença é uma restrição mais ou menos grave do poder dispor livremente do conjunto de possibilidades de relação em que o homem sempre se encontra. -> O que diferencia o neurótico obsessivo do homem normal não é o fato de que aquele tem algo que lhe dá a possibilidade do comportamento obsessivo e de que os outros não possuiriam; todos têm, enquanto homens, tal possibilidade... -> Neurótico: está restrito a essa possibilidade, fechado ao exercício de inúmeras outras que faz parte do existir saudável. O distúrbio é a ameaça à estabilidade da estrutura de sentido, chamada mundo. -> Espaço terapêutico: se mantém no esforçode sustentar a questão, enquanto questão concernente ao “poder- ser”. -> A relação terapêutica não deve ser pensada como um encontro de sujeitos isolados, interioridades definidas a partir de si mesmas... -> Cada Dasein já é sempre “no-mundo-com-o-outro”... -> Terapia na qual o paciente reflete sobre suas atitudes, sua própria fala, participa ativamente do processo de atendimento, buscando e encontrando maneiras de relacionar-se consigo e com o mundo de forma mais agradável e menos sofrida -> No atendimento o paciente se vê como sendo compreendido por outra pessoa igual e ele, inicia um diálogo que vai além de uma interpretação, testes e observações psicológicas, pois o terapeuta escuta de forma que se sensibiliza com o sofrimento ou queixa do outro, quando isso ocorre o paciente sente-se ouvido por completo, é como se o terapeuta entendesse realmente o tamanho de sua angústia e sofrimento. -> Foco: cuidado com a existência do outro, fazer com que o paciente perceba a importância de sua existência, de sua liberdade, bem como da sua identidade, ser único que tem criatividade e diversas formas e caminhos de enfrentar e viver a vida. -> Compreender-se como homem, um ser do mundo, que tem sua individualidade e coletividade diante de suas relações com os outros.
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