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1 No sistema renal, os rins são os primeiros a sofrer alterações quando acontece queda ou aumento da pressão arterial. Isso acontece, pois além dos rins terem função de produzir a urina, ainda conseguem ter funções sobre os órgãos vitais. Suas principais vias de eliminação são por meio do sistema respiratório, glândulas sudoríparas, sistema digestório e sistema urinário. 2 Uma das funções dos rins mais conhecida é a eliminação de coisas que o corpo já não precisa mais como a ureia, creatina e ácido úrico. Controlar o volume de água e eletrólitos. E também é responsável por manter um equilíbrio corpóreo da água no corpo. O rim também atua sofre funções homeostáticas do organismo como → Regulação do equilíbrio: Esse equilíbrio de água tem que ser cuidadosamente com os ganhos que se tem, para que a perda não seja maior que os ganhos. Esse controle geralmente se dá pela quantidade de sólidos que se é ingerido na alimentação. → Regulação da osmolaridade → Regulação da pressão arterial: A longo prazo controla a pressão por meio da excreção de sódio e água, já a curto prazo se dá pela secreção de hormônios. → Regulação da produção de hemácias: Os rins são os responsáveis por liberar a eritropoietina, que será usada para a produção de hemácias na célula tronco da medula espinhal. → Secreção de hormônios: → Regular o volume e a composição do LEC. Fonte: Fonte: Fisiologia dos animais domésticos. Os rins como já dito, são órgãos distribuídos em pares, sendo o rim esquerdo mais cranial do que o rim direito. Estão situados na parede dorsal do abdome por uma prega peritoneal. Possui uma região de Hilo Renal, de onde saem o ureter, os vasos sanguíneos, os nervos e os linfonodos, essa parte estão localizados na porção medial do rim. A nutrição do rim acontece pela Artéria renal que se origina da aorta e a drenagem do sangue acontece por meio da veia renal que é originada da veia cava caudal. 1- Formato dos rins: Os rins são capazes de produzir glicose a partir de aminoácidos quando se tem um período muito grande de jejum. 3 Fonte: Fisiologia dos animais domésticos. a-Cavalo b- Vaca c- Ovelha Os carnívoros, pequenos ruminantes e o rim esquerdo dos equinos possuem os rins em formato Reniforme “feijão” e seu exterior é dividido em região cortical mais externa e medular mais interna, sendo essas partes inteiras. O cavalo possui o rim direito com formato Cordiforme, “coração” sendo seu interior também dividido em região cortical e região medular, sendo uma medula única e uma região de córtex inteiro. Os suínos possuem os rins em formato Reniforme achatado, mas seu interior é dividido em região cortical inteira e região medular dividida em pirâmides. Os bovinos tem os rins em formato lobulado, sendo a região cortical e a medular dividida em pirâmides. 2- Estruturas: Possuem ainda a Alça de Henle que é as estrias dos nefrons de alça longa. Tem também os túbulos coletores que são chamados de ductos coletores. O ureter é um túbulo muscular que leva a urina dos rins até a vesícula urinaria, aonde será armazenada até que precise ser excretado para o meio externo com a ajuda da uretra. A bexiga possui o musculo liso chamado de musculo detrusor. O aporte sanguíneo que passa pelos rins é de 25% do débito cardíaco. A nutrição inicial acontece com a Artéria Renal, que ao entrar no Hilo Renal se subdivide em artérias interlobares → artérias arqueadas → artérias interlobulares → artérias aferentes → capilares glomerulares. Nos capilares glomerulares acontece a filtração de líquidos exceto de proteínas, para iniciar a produção de urina. Cada capilar glomerular da origem às artérias eferentes que formarão os capilares peritubulares. Nos capilares glomerulares acontece a filtração de líquidos e eletrólitos, já nos capilares peritubulares é realizada a reabsorção dos líquidos e eletrólitos que ainda podem ser utilizados. Chegando ao final, os vasos sanguíneos vão formar a veia interlobular → veia arqueada → veia interlobar → veia renal, para deixar os rins pelo Hilo Renal. 4 Os néfrons são as unidades funcionais dos rins. A quantidade de néfron de espécie para espécie varia bastante, mas vale lembrar que varia de acordo com a espécie e não de acordo com o tamanho do animal, pois o animal maior possui os néfrons em tamanho maior e não em maior quantidade. 1- Posição do glomérulo: Os néfrons que possuem os glomérulos na parte mais externa do córtex são chamados de Néfrons Cortimedulares. Já os néfrons que tem os glomérulos no córtex mais próximo da medula são chamados de Néfrons Justamedulares e são os que possuem alças longas. Esses são os responsáveis por manter o gradiente osmótico do liquido intersticial da medula. 2- Estruturas dos Néfrons: → Glomérulo: São os grupos de capilares glomerulares, sendo que cada capilar é revestido por células epiteliais e o glomérulo em um todo é revestido pela Cápsula de Bowman. É aqui no glomérulo que acontece a filtração de grande quantidade dos líquidos sanguíneos, na qual esse liquido filtrado será convertido em urina. → Arteríola Aferente: São as responsáveis por levar sangue até o glomérulo. → Arteríola eferente: Responsáveis por retirar o sangue do glomérulo e o transportar até os capilares peritubulares. Após a perfusão dos rins o sangue retorna até a veia cava caudal, pelas veias renais. → Túbulos proximais contorcidos: Está localizado na alça de Henle, esse recebe o filtrado que vem da capsula de Bowman. → Alça de Henle: É dividida em ramo ascendente e ramo descendente. Onde o ramo ascendente consegue retornar ao seu glomérulo de origem, contendo em sua extremidade uma mácula densa, conhecida também como ramo ascendente espesso. Após passar pela mácula densa, o ramo ascendente passa a ser chamado de túbulo distal, que ao final desemboca no túbulo coletor cortical, assim que se afasta do córtex passa a ser chamado de ducto coleto. Quando o liquido chega até os ductos coletores, vão ser encaminhados até os ureteres para daí sim serem encaminhados para a vesícula urinaria e depois para a uretra. Bovino: 4 milhões Suíno: 1,25 milhões Humano: 1 milhão Cão 500 mil Gato: 250 mil 5 Os ramos descendentes se estendem até a face externa da medula externa de cada néfron. O segmento delgado é a continuação do túbulo proximal. E o ramo ascendente espesso provem do ramo ascendente delgado. 3- Aparelho justaglomerular: As células lisas das arteríolas aferente que entram em contato com a mácula densa são chamadas de células granulares justaglomerulares. O espaço existente entre a mácula densa e as arteríolas aferentes é chamado de região mesangial, e as células localizadas entre este espaço são chamadas de células mesangiais extraglomerulares. A inervação renal se dá pelo Sistema Nervoso Autônomo, na divisão simpática. A inervação entra pelo hilo renal, local aonde chega sangue pela artéria renal e sai pela veia renal. Atividade dos nervos simpáticos renais eferentes causa alterações na secreção da renina. A comunicação do sistema nervoso central com os rins se dá graças a mistura de fibras motoras com fibras sensoriais (eferentes e aferentes). A regulação do equilíbrio dos rins é feita por meio de vias aferentes, com a ajuda de receptores sensoriais. 1- Controle da função renal: Os reflexos renorrenais podem acontecer por intervenção do no mesmo rim ou pelo rim oposto.a- Receptores renais sensoriais: Mecanorreceptores renais que é o aumento da pressão intrarrenal. Quimiorreceptores renais, é a alteração do ambiente renal. O sistema nervoso simpático está muito envolvido pelo fato da alta pressão das arteríolas, ele consegue controlar o fluxo de sangue quando o animal está em momento de fuga. Quando o SNS está ativado não tem vontade de urinar. Em pacientes transplantados essa inervação não é possível se levar junto com o órgão transplantado. 1- Do plasma para a urina: OS três primeiros processos para a formação da urina são a filtração glomerular, a reabsorção tubular e a secreção tubular. O filtrado glomerular que constitui o liquido tubular está presente na capsula de Bowman como ultrafiltrado do plasma. Esse liquido tubular só pode ser chamado de urina a partir do momento em que entra na pelve renal, sendo assim a reabsorção e a secreção acontecem por toda parte dos néfrons e ductos coletores. 2- Distribuição do sangue no Glomérulo: a- Fluxo Sanguíneo Renal: (FSR): Taxa de fluxo sanguíneo para os rins. b- Fluxo Plasmático Renal: (FPR): É a porção do Fluxo Sanguíneo Renal que ainda possui plasma. c- Taxa de Filtração Glomerular: (TFG): É a taxa medida de filtrado glomerular a partir do plasma, até que tenha fluxo sanguíneo renal. A medição se dá por mm/min. d- Fração de Filtração: (FF): É a razão entre Taxa de filtração glomerular e fluxo plasmático renal. OBS: As proteínas quase não conseguem ser filtradas, por esse motivo suas concentrações estão em maior número. 6 Umas das funções mais importante dos rins é filtrar o plasma e fazer com que as substancias filtradas retornem ao plasma. 1- Formação do filtrado: Os rins possuem dois leitos capilares funcionais, que são representados pelos glomérulos e pelos capilares peritubulares. Os glomérulos agem sobre alta pressão, ao contrário dos capilares peritubulares que agem em um sistema de baixa pressão. Os glomérulos tem suas extremidades parecidas com o sistema arterial, enquanto os capilares peritubulares estão associados ao sistema venoso. A formação da urina se dá a partir do momento em que o ultrafiltrado do plasma entra para o espaço capsular da cápsula de Bowman. A energia necessária para que essa formação acontece é gerada pelo coração em forma de pressão hidrostática (PH), nos capilares glomerulares e oposta pela pressão coloidosmótica (PCO). A filtração de proteínas nesse processo é muito rara que aconteça, no entanto o não é impossível, mas quando ocorre o filtrado é levado para longe da capsula de Bowman. 2- Natureza do Filtrado: O filtrado glomerular é também conhecido como ultrafiltrado do plasma, mas nesse ultrafiltrado do plasma os maiores componentes não são filtrados, fala-se das proteínas. Como já dito anteriormente, a filtração de proteínas é bem difícil, mas não impossível. Se caso ocorra, somente as proteínas com tamanhos menores irão ser filtradas. Um dos exemplos de proteínas a serem filtradas é a albumina, que é considerada a menor proteína. Outro caso que pode aparecer é a hemoglobina quando não está ligada a nada, sendo que seu tamanho pode ser filtrado, já quando está ligada, geralmente à haptoglobina plasmática, o seu tamanho é maior, sendo impedida de ser filtrada. Se a concentração da hemoglobina aumentar em excesso, pode causa uma obstrução tubular, assim obstruindo os túbulos e causar falência renal aguda. 3- Fatores que influencia a filtração: Um dos fatores que podem influenciar na filtração é a variação do Taxa de filtração glomerular em decorrência de alterações no diâmetro das arteríolas, tanto aferentes como eferentes. 7 Ex: A dilatação da arteríola aferente aumenta o fluxo de sangue para o glomérulo → aumentando o PH e o potencial de filtração. 4- Autorregulação: O FSR e a TFG possuem uma faixa bem ampla de pressão arterial sistêmica média, quer dizer que pequenas atividades do dia a dia (atividades normais) mantem a pressão arterial com uma certa constância, havendo mudanças mínimas e imperceptíveis. Essa habilidade de se manter a constância se chama autorregulação. As células da mácula densa conseguem detectar mudanças no volume de aporte dos túbulos renais. Ex: Diminuição do TFG → redução da velocidade de fluxo na alça de Henle → aumento da reabsorção de íons sódio e cloreto no ramo ascendente da alça de Henle. Um dos sinais da mácula densa também pode ser o aumento de liberação de renina. A renina aumenta a formação de angiotensina I → que é convertida em angiotensina II pela enzima conversora de angiotensina (ECA) → angiotensina II → contração das arteríolas eferente → aumenta o PG glomerular e a filtração glomerular → normalizando o TFG. O transporte tubular se refere a todos os processos associados ao líquido tubular, que passa por todo o néfron e os ductos coletores. 1- Dinâmica capilar nos capilares peritubulares: Aqui ao contrário do que acontece na filtração nos glomérulos, o que aqui prevalece é a reabsorção. A proteína que não foi filtrada no glomérulo, nessa etapa ganha maior engajamento e passa a contribuir para o aumento de PCO no capilar peritubular. A redução da PH dos capilares peritubulares causa diminuição da força que se opõe no ganho de PCO. 2- Reabsorção Peritubular: As substancias mais importantes são Na+, glicose e aminoácidos que desempenham funções corporais, que entram no liquido tubular. Por essas moléculas serem pequenas conseguem atravessar facilmente a membrana glomerular tento suas concentrações quase iguais tanto no filtrado glomerular quanto no plasma. Se essas substancias não terem a energia necessária para voltar ao sangue, elas serão excretadas pela urina. Sendo assim a OBS: As moléculas positivas são mais facilmente filtradas do que as que possuem carga negativa. Você Sabia? A angiotensina II é o segundo mais potente vasoconstritor produzido no corpo, ficando atrás somente da vasopressina 8 energia necessária que se fala é a energia suprida pela bomba de sódio e potássio. Esse transporte acontece em simultâneo com o sódio e alguma outra das substancias, chamado de Cotransporte. Ex: Sendo transportado sódio + glicose, na mesma direção. Já se um composto impulsiona outro na direção contraria o transporte é chamado de ContraTransporte. Ex: Sódio glicose. a- Absorção de Sódio: Cerca de 65% de todo o sódio reabsorvido ocorre no túbulo próxima, por meio de 3 principais processos que serão descritos a seguir: I- Túbulo proximal do néfron para os capilares peritubulares: A membrana luminal possui proteínas que são especificas para o transporte de Na+ sempre sendo acoplado com alguma outra substancia, geralmente sendo aminoácido ou glicose. O Na+ tem grande facilidade para se transferir do lúmen tubular para dentro da célula epitelial. Com a entrada do Na+ o espaço peritubular se torna eletropositivo. Com a intenção de manter uma neutralidade elétrica, acontece a chegada dos íons Cl- que estão no lúmen tubular para dentro do espaço peritubular. II- Cotransporte com H+: As células epiteliais dos túbulos proximais são responsáveis por secretar íons H+ que irá resultar na hidratação do CO2, com a produção de H+ e HCO3-. Os íons H+ se difundem para dentro do espaço peritubular para alcançar a neutralidade elétrica, junto com o Na+. III- Transporte de Na+ impulsionado pelo cloreto. Esse processo ocorre nas porções mais distais dos túbulos proximais. Aqui ocorrem mais reabsorções do HCO3- só que agora já no espaço peritubular com o ânionCl- e seu aumento cria um gradiente que faz a sua entrada par o espaço peritubular através das zônulas de oclusão permeáveis. Cerca de 25% de Na+ são reabsorvidos no ramo ascendente da alça de Henle. A reabsorção de Na+ é estimulada pelo hormônio aldosterona quando encontrada no ducto coletor. b- Reabsorção de glicose e de aminoácidos: A reabsorção destas substancias acontece por meio de Cotransporte, geralmente acoplados a Na+ Quando entram para a célula, o Na+ e sua substancia que foi carregada junto são separadas de seu carreador, até que o Na+ seja transportado para o espaço peritubular por meio da bomba sódio e potássio. c- Transporte de água e solutos de reabsorção não ativa: Depois que acontecem os movimentos dos solutos para dentro do espaço peritubular é estabelecido um gradiente osmótico, fazendo com que se tenha uma pressão osmótica. Como a pressão osmótica fica mais alta, a água sofre difusão do lúmen através das zônulas de oclusão e das células tubulares. Cerca de 65% da água é reabsorvida a partir do túbulo proximal. 3- Secreção Tubular: É o transporte de substancias dos capilares peritubulares para o líquido intersticial e logo após são encaminhados para o lúmen tubular. Ex: Cotransporte de H+ que acompanha a reabsorção de Na+. 9 4- Transporte Máximo: Trata-se de uma taxa máxima de reabsorção quando falamos de substancias que estão associadas a um carreador para o lúmen e para o liquido peritubular. Isso significa que quando o transporte máximo que uma substancia pode ser reabsorvida é ultrapassada, essa substancia começa a aparecer na urina. Ex: Diabetes. Acontece quando o movimento da glicose fica comprometido, pois tem falta de insulina no corpo. E consequentemente a carga de glicose aumenta, não tendo carreadores suficientes para que aconteça a reabsorção e o excesso de glicose vai para os túbulos que vão parar na urina. 5- Equilíbrio glomerulotubular: A quantidade de filtrado é uma porcentagem do filtrado e não uma quantidade constante para cada unidade de tempo. Ex: TFG baixa → uma fração de filtrado é reabsorvida no túbulo glomerular → fração restante segue até o néfron. Já se a quantidade de filtrado for alta → o filtrado não segue até o néfron. A principal função deste mecanismo é a de preparar o liquido intersticial (LIS), que é da medula renal para que o liquido tubular consiga ser modificado antes que acontece seu retorno para o túbulo distal. Para que aconteça essa modificação é preciso que se tenha uma osmolaridade significativamente alta no liquido intersticial. A maior osmolaridade é encontrada a partir do córtex, mais especificamente nas regiões mais internas da medula, mas este valor varia bastante de acordo com as espécies. Este mecanismo é estabelecido pela alça de Henle e mantido pelos vasos retos. Vasos retos: suprimento sanguíneo para a medula. 1- Sistema Multiplicador por contracorrente: Esse sistema é representado pelos 3 ramos da Alça de Henle, sendo eles: a- Ramo descendente: Aqui acontece a difusão da água por osmose, sendo levada para a região que possui maior pressão osmótica do LIS. Aqui é encontrado impermeabilidade sobre solutos e permeabilidade sobre a água. b- Segmento delgado do ramo ascendente: Aqui é encontrado uma permeabilidade ao NaCl, mas uma impermeabilidade com a água. Neste caso, quem irá sofrer a difusão é o NaCl, e a água permanecerá nos túbulos. c- Segmento espesso do ramo ascendente: Aqui o NaCl é transportado através do Cotransporte para dentro do LIS, enquanto a água segue retida. Nos túbulos distais e nos ductos coletores são quem definem se a urina será diluída ou concentrada, isso porque acontecem muitas variações de osmolaridade nesses locais. Já o gradiente osmótico vesical do LIS é estabelecido pelos seguintes passos: a- Transporte continuo de NaCl para o segmento espesso do ramo ascendente. b- Pela continua concentração do liquido tubular no ramo descendente. c- Por difusão passiva do NaCl para o LIS. O papel da Ureia nesse processo é para contribuir para que haja concentrações elevadas de solutos no LIS. 10 A ureia sofre recirculação, pois ela se difunde dos ductos coletores diretamente para o LIS → para dentro do lúmen → segmento delgado do ramo ascendente. Após passar pelo segmento delgado, a ureia fica retida até chegar novamente os ductos coletores, essa retenção acontece graças a impermeabilidade da membrana. 2- Sistema de troca de contracorrente: É um transporte entre influxo e efluxo onde é totalmente passivo. Um dos trocadores de contracorrentes são os vasos retos, pois são os únicos que em toda sua extensão são permeáveis a água. Nos ramos descendentes a água que ainda existe é retirada por osmose e os solutos se difundem nos vasos retos. Já nos ramos ascendentes os soltos são dissolvidos novamente para o LIS e a água é retida para dentro dos vasos retos. a- Lavagem medular: Lavagem medular seria a perda gradual do gradiente medular, diminuindo assim a concentração do liquido tubular. A lavagem medular pode ser causada por diuréticos como furosemida e ácido etacrínico, esses diuréticos fazem com que o cotransporte seja bloqueado e não haja o transporte de NaCl. Sendo assim o não transporte de NaCl para dentro da Alça de Henle causa diminuição da osmolaridade do liquido intersticial medular e assim reduzindo também a reabsorção da água. A lavagem medular também pode acontecer com a ajuda da ureia em momentos de diurese. 1- Hormônio Antidiurético e retorno da água tubular: O hormônio antidiurético também pode ser conhecido como outras duas formas, ADH ou vasopressina. Este é um hormônio no qual é secretado pelos núcleos supraópticos e paraventricular do hipotálamo e liberado na neuro- hipófise. Quando acontecem desvios na osmolaridade plasmática se tem mudanças significativas na taxa de secreção do ADH. A quantidade de ADH que é secretada pela neuro- hipófise afeta bastante sobre a permeabilidade à água que os túbulos e ductos coletores tem, pois, a ADH tem a capacidade de aumentar a permeabilidade sobre a água nessas células. Em animais que tem seu estado sadio, quando acontece a entrada do liquido tubular nos túbulos e ductos coletores, a água é reabsorvida em seu caminho até a pelve renal. A secreção de ADH é muito significativa para a necessidade de quanto a água deve ser conservada. Ex: Nos animais de deserto não existem muita disponibilidade de água, então as perdas de água são muito reduzidas para que consigam sobreviver. 2- Fatores que afetam a liberação de ADH: a- Ambientes frios: Em ambientes frios a liberação de ADH é diminuída, e com isso a produção de urina e ingestão de água amenta, por isso que a disponibilidade de água em regiões frias é muito importante. b- Álcool etílico: Se não acontecesse a reabsorção da água do liquido tubular que entra nos túbulos e ductos coletores, está água poderia ser excretada. 11 Ex: Animais que possuem diabetes insípido, quer dizer que esses animais tem pouco ou ausência de ADH. Sua urina tem uma densidade bem abaixo do que o normal. Outra doença que pode ser observada essa situação é em animais que tem insuficiência renal crônica. Cerca de 90% da pressão osmótica efetiva do LEC tem influência na capacidade de reter água no LEC. Osmorregulação: É a osmolaridade do LEC, é a regulação entre Na+ e água. 1- Osmorregulação: A quantidade de água no corpo de um animal é constante se comparado de um dia para o outro. É possível se observar um equilíbrio, através de que a ingestão de água deve ser igual a sua excreção. Esses equilíbrios são comandados pelos centroslocalizados no hipotálamo, sendo que estes influenciam tanto a secreção de ADH quanto a sede. Quando acontece a hiperosmolalidade, significa que a água excedeu sua ingestão. a- Hiperosmolalidade: É o que estimula mais a secreção do hormônio ADH, sendo que a excreção está mais baixa, fazendo com que o animal sinta mais sede. 2- Regulação do Volume: A regulação do volume plasmático é sempre relacionada com a regulação do sódio. Ex: Uma carga de Na+ quando em excesso pode aumentar o volume do LEC. 3- Sistema renina angiotensina aldosterona: A seguir será mostrado como funciona esse sistema, a partir da produção de renina pelas células granulares justaglomerulares. Renina → conversão do angiotensinogênio em angiotensina I → a enzina conversora de angiotensina (ECA) converte em angiotensina II. A angiotensina II é capaz de reduzir o volume do LEC e a hipotensão. A seguir será apresentado um resumo de como acontece a resposta do sistema a hipovolemia e a hipotensão: 4- Receptores de mudança de volume: Os receptores de mudança de volume são os receptores de pressão, incluindo os barorreceptores arteriais e cardíacos, sendo os principais aqueles que são situados no átrio esquerdo. 5- Atividade nervosa simpática eferente: ANSRE Os efeitos da ANSRE são a intensidade crescente, sendo a secreção de renina a primeira a aumenta, logo após vem a vasoconstrição renal e a diminuição do fluxo sanguíneo renal. 6- Hipovolemia: É a diminuição dos estímulos vagais aferentes dos receptores no átrio esquerdo, que vão aumentar a ANSRE. 12 7- Hipervolemia: Acontece a distensão das células miocárdicas do átrio esquerdo. Resulta em um aumento na liberação de ADH em superação à ANSRE. Durante essa distensão, os átrios acabam liberando o peptídeo natriurético atrial. 8- Diuréticos e ajuste de volume: Diurético é quem aumenta a taxa de volume urinário. A diurese, que é o aumento do débito urinário é sempre secundária a natriurese, que é o aumento do débito de sódio, que é produzido quando a reabsorção de NaCl é inibida. Diuréticos osmóticos inibem a reabsorção de água. 9- Concentração de sódio: Quando acontece a ausência de aldosterona, pode ocorrer uma perda significativa da carga tubular de Na+ na ruina. Ex: Quando em cães o sistema aldosterona é mantido intacto ocorre o bloqueio do Sistema ADH- sede, mostrando que para haver aumento de Na+ precisa também ter aumento de sódio. 10- Concentração de potássio: Se acontecer uma elevação de [K+], por mais pequena que seja, pode provocar um aumento de até 7x na excreção da urina. A regulação de K+ e baseada pela aldosterona. 11- Concentração de cálcio: Mais ou menos metade do Ca2+ está ligada a albumina e não necessariamente no glomérulo. Ca2+ tem sua maior parte reabsorvida dos túbulos proximais e das porções da Alça de Henle. Ocorre principalmente nos túbulos distais e túbulo coletor. 12- Concentração de magnésio: A menor parte do magnésio está ligada à proteína. A maior parte é reabsorvida na Alça de Henle e sua menor parte no túbulo proximal. 13- Concentração de fosfato: A maior parte da totalidade de fosfato absorvido é feito pelo túbulo proximal. O liquido tubular flui através dos túbulos, durante a formação da urina. 13 1- Transporte de urina até a bexiga: A urina é transportada da pelve renal até a bexiga por dois ureteres. Depois do momento em que a urina chega até a bexiga, a urina não pode mais voltar em seu trajeto e fica ali armazenada até que fique cheia o bastante para ser expulsa. a- Bexiga: É considerada um órgão oco e muscular, na qual seu tamanho varia bastante dependendo da quantidade de urina que se tem. O esvaziamento da bexiga acontece por contrações da musculatura vesical. A musculatura encurta ou alarga o colo da bexiga, fazendo om que diminua a resistência uretral. A célula epitelial, conhecida como epitélio de transição e apropriada para estabelecer as mudanças no tamanho da bexiga. b- Uretra: É a continuação do colo da bexiga, é a responsável por levar a urina da bexiga até o meio externo. O escape da urina em momentos inapropriados é evitado pelo esfíncter externo. 2- Reflexos da micção: Micção é quando acontece o esvaziamento da bexiga. Quando a bexiga está super cheia e precisa ser esvaziada o córtex cerebral é estimulado. Até o momento em que haver nem que seja uma gota de urina dentro da bexiga, a mesma continua contraída, só após o seu esvaziamento total é que ela pode relaxar. 3- Aspectos comportamentais e práticos: A bexiga te ajuda dos músculos abominais e do diafragma quando começa a contração. 4- Termos descritivos: a- Continência Urinária: Condição normal de a bexiga armazenar a urina, durante seu enchimento. Ex: Um animal incontingente fica a cada pouco tendo gotejamentos. b- Poliúria: Aumento do débito urinário c- Oligúria: Diminuição do débito urinário d- Anúria: Ausência do débito urinário. e- Disúria: Micção dolorosa ou demorada (difícil) f- Estrangúria: Eliminação lenta da urina, podendo ser em forma de gotejamento, podendo ser ainda dolorosa. Ex: Síndrome urológica felina Aqui falaremos de como os exames de urina nos animais são muito importantes. 1- Avaliação laboratorial: a- Composição: Como a urina é formada com o intuito de manter constante o LEC, então a maioria das substancias presentes no LEC são encontradas também na urina. b- Cor: Possui cor amarelada graças a bilirrubina que é excretada no intestino. c- Odor: OBS: O fluxo é mais fraco em fêmeas do que nos machos. 14 O odor é característico de cada espécie, variando de acordo com a alimentação do animal. d- Consistência: Normalmente possui consistência aquosa, mas nos cavalos por conta da secreção de muco, a urina acaba sendo mais espessa. e- Componente nitrogenado: O principal componente nitrogenado presente na urina é a ureia. f- Quantidade e densidade específica: A quantidade de urina excretada varia muito de acordo com a dieta, o trabalho, consumo de água e várias outras coisas. Já a densidade específica varia de acordo com a proporção de substancias dissolvidas e de água. É uma medida feita de acordo com a capacidade do rim em remover substancias do plasma. C cloaca; E, epidídimo; IE, veia ilíaca externa; P, veia porta renal caudal; R, veia renal; T, testículo; AT, artéria testicular; U, ureteres, V, veia cava posterior; DD, ducto deferente; 1, 2 e 3, lobos cranial, médio e caudal do rim esquerdo, respectivamente. 1- Função renal nas aves: A semelhança das aves com os mamíferos no que se diz respeito a formação e eliminação da urina são a filtração glomerular, reabsorção tubular e secreção tubular. Uma diferença é que as aves podem apresentar osmolaridade acima ou abaixo da do plasma. Uma outra diferença é que as aves possuem dois tipos diferentes de néfrons, a presença do sistema porta renal e a formação de ácido úrico. 2- Anatomia macroscópica: Os rins são estruturas retroperitoneais pareadas, sendo que cada rim possui lobos craniais, médios e caudais. Os ureteres que antes transportavam a urina dos rins até a bexiga agora nas aves transportam a urina dos rins até a cloaca. 3- Tipos de Néfron: a- Néfron do tipo réptil: Estão localizados no córtex e tem ausência da Alça de Henle. Não sendo capazes de concentrar urina. b- Néfron do tipo mamífero: Já esses néfron possuem a Alça de Henle que são agrupadas em cone medular, ductos coletores e vasos retos. 4- Sistema porta renal: É uma característica exclusiva das aves. Esse sistema é o responsável por fornecer parte do sangue que irrigaos túbulos. 15 O sangue venoso que chega até esse sistema vem das veias ilíaca externa e isquiática. a- Válvula porta renal: É a junção das veias renais direita e esquerda com as veias ilíacas. 5- Formação da Urina: O fluxo plasmático renal e a taxa de filtração glomerular são reguladas pela pressão arterial. a- Concentração da urina: O túbulo proximal é o responsável por absorver 70% da água filtrada, mas esse valor varia de acordo com a reabsorção do sódio. 6- Formação e excreção de ácido úrico: Os principais produtos que são produzidos como produtos finais nitrogenados são a ureia, o ácido úrico e a amônia. a- Amônia: A amônia por ser um produto muito toxico, quando for produzido precisa ser excretado rapidamente do corpo do animal, ou convertido em ácido úrico ou ureia. Como as aves não fazer a formação de ureia, o material convertido da amônia é o ácido úrico, pois as aves são reproduzidas dentro de ovos, que são impermeáveis a água. 7- Excreção de eletrólitos: Existem três hormônios que estão envolvidos na produção de cloreto de sódio. a- Angiotensina II: Na presença de uma grande quantidade de sal a angiotensina II cria uma resposta natriurética e diurética. b- Aldosterona: Está associada a reabsorção do sódio e excreção do potássio. c- Peptídeo natriurético atrial: PNA: É secretado pelos átrios cardíacos. 8- Modificação da urina ureteral: Essa modificação só é possível graças à exposição sobre as membranas da cloaca A cloaca tem como função principal a de armazenamento. 9- Características da Urina: Não se mistura com as fezes e tem coloração creme, sendo mais espessa. 10- Glândula de sal aviária: São glândulas nasais, que são visíveis na cabeça, onde em aves marinhas são bem mais desenvolvidas. Podem excretar soluções salinas de até duas vezes a concentração de sal da água do mar. Secretam apenas NaCl. 16 Referências: REECE, Willian. O. Fisiologia dos Animais Domésticos. 13ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2017. GUYTON. HALL. John, E. Tratado de Fisiologia Médica. 13ª ed. Rio de Janeiro. Elsevier, 2017. Fonte de todas as imagens acima: REECE, Willian. O. Fisiologia dos Animais Domésticos. 13ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2017.
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