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Fisiologia do Sistema Renal

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No sistema renal, os rins são os primeiros a 
sofrer alterações quando acontece queda 
ou aumento da pressão arterial. 
Isso acontece, pois além dos rins terem 
função de produzir a urina, ainda 
conseguem ter funções sobre os órgãos 
vitais. 
Suas principais vias de eliminação são por 
meio do sistema respiratório, glândulas 
sudoríparas, sistema digestório e sistema 
urinário. 
 
 
 
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Uma das funções dos rins mais conhecida é 
a eliminação de coisas que o corpo já não 
precisa mais como a ureia, creatina e ácido 
úrico. 
Controlar o volume de água e eletrólitos. 
E também é responsável por manter um 
equilíbrio corpóreo da água no corpo. 
O rim também atua sofre funções 
homeostáticas do organismo como 
→ Regulação do equilíbrio: 
Esse equilíbrio de água tem que ser 
cuidadosamente com os ganhos que se tem, 
para que a perda não seja maior que os 
ganhos. Esse controle geralmente se dá 
pela quantidade de sólidos que se é ingerido 
na alimentação. 
→ Regulação da osmolaridade 
→ Regulação da pressão arterial: 
A longo prazo controla a pressão por meio 
da excreção de sódio e água, já a curto 
prazo se dá pela secreção de hormônios. 
→ Regulação da produção de hemácias: 
Os rins são os responsáveis por liberar a 
eritropoietina, que será usada para a 
produção de hemácias na célula tronco da 
medula espinhal. 
→ Secreção de hormônios: 
→ Regular o volume e a composição do 
LEC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Fonte: Fisiologia dos animais domésticos. 
Os rins como já dito, são órgãos 
distribuídos em pares, sendo o rim 
esquerdo mais cranial do que o rim direito. 
Estão situados na parede dorsal do abdome 
por uma prega peritoneal. 
Possui uma região de Hilo Renal, de onde 
saem o ureter, os vasos sanguíneos, os 
nervos e os linfonodos, essa parte estão 
localizados na porção medial do rim. 
A nutrição do rim acontece pela Artéria 
renal que se origina da aorta e a drenagem 
do sangue acontece por meio da veia renal 
que é originada da veia cava caudal. 
1- Formato dos rins: 
Os rins são capazes 
de produzir glicose a 
partir de aminoácidos 
quando se tem um 
período muito grande 
de jejum. 
 
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Fonte: Fisiologia dos animais domésticos. 
a-Cavalo 
b- Vaca 
c- Ovelha 
Os carnívoros, pequenos ruminantes e o rim 
esquerdo dos equinos possuem os rins em 
formato Reniforme “feijão” e seu exterior 
é dividido em região cortical mais externa e 
medular mais interna, sendo essas partes 
inteiras. 
O cavalo possui o rim direito com formato 
Cordiforme, “coração” sendo seu interior 
também dividido em região cortical e região 
medular, sendo uma medula única e uma 
região de córtex inteiro. 
Os suínos possuem os rins em formato 
Reniforme achatado, mas seu interior é 
dividido em região cortical inteira e região 
medular dividida em pirâmides. 
Os bovinos tem os rins em formato 
lobulado, sendo a região cortical e a 
medular dividida em pirâmides. 
2- Estruturas: 
Possuem ainda a Alça de Henle que é as 
estrias dos nefrons de alça longa. 
Tem também os túbulos coletores que são 
chamados de ductos coletores. 
O ureter é um túbulo muscular que leva a 
urina dos rins até a vesícula urinaria, aonde 
será armazenada até que precise ser 
excretado para o meio externo com a ajuda 
da uretra. 
A bexiga possui o musculo liso chamado de 
musculo detrusor. 
O aporte sanguíneo que passa pelos rins é 
de 25% do débito cardíaco. 
A nutrição inicial acontece com a Artéria 
Renal, que ao entrar no Hilo Renal se 
subdivide em artérias interlobares → 
artérias arqueadas → artérias 
interlobulares → artérias aferentes → 
capilares glomerulares. 
Nos capilares glomerulares acontece a 
filtração de líquidos exceto de proteínas, 
para iniciar a produção de urina. 
Cada capilar glomerular da origem às 
artérias eferentes que formarão os 
capilares peritubulares. 
Nos capilares glomerulares acontece a 
filtração de líquidos e eletrólitos, já nos 
capilares peritubulares é realizada a 
reabsorção dos líquidos e eletrólitos que 
ainda podem ser utilizados. 
Chegando ao final, os vasos sanguíneos vão 
formar a veia interlobular → veia arqueada 
→ veia interlobar → veia renal, para 
deixar os rins pelo Hilo Renal. 
 
 
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Os néfrons são as unidades funcionais dos 
rins. 
A quantidade de néfron de espécie para 
espécie varia bastante, mas vale lembrar 
que varia de acordo com a espécie e não de 
acordo com o tamanho do animal, pois o 
animal maior possui os néfrons em tamanho 
maior e não em maior quantidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1- Posição do glomérulo: 
 
 
Os néfrons que possuem os glomérulos na 
parte mais externa do córtex são chamados 
de Néfrons Cortimedulares. 
Já os néfrons que tem os glomérulos no 
córtex mais próximo da medula são 
chamados de Néfrons Justamedulares e 
são os que possuem alças longas. Esses são 
os responsáveis por manter o gradiente 
osmótico do liquido intersticial da medula. 
2- Estruturas dos Néfrons: 
→ Glomérulo: 
São os grupos de capilares glomerulares, 
sendo que cada capilar é revestido por 
células epiteliais e o glomérulo em um todo 
é revestido pela Cápsula de Bowman. 
É aqui no glomérulo que acontece a 
filtração de grande quantidade dos líquidos 
sanguíneos, na qual esse liquido filtrado 
será convertido em urina. 
→ Arteríola Aferente: 
São as responsáveis por levar sangue até o 
glomérulo. 
→ Arteríola eferente: 
Responsáveis por retirar o sangue do 
glomérulo e o transportar até os capilares 
peritubulares. 
Após a perfusão dos rins o sangue retorna 
até a veia cava caudal, pelas veias renais. 
→ Túbulos proximais contorcidos: 
Está localizado na alça de Henle, esse 
recebe o filtrado que vem da capsula de 
Bowman. 
→ Alça de Henle: 
É dividida em ramo ascendente e ramo 
descendente. 
Onde o ramo ascendente consegue retornar 
ao seu glomérulo de origem, contendo em 
sua extremidade uma mácula densa, 
conhecida também como ramo ascendente 
espesso. 
Após passar pela mácula densa, o ramo 
ascendente passa a ser chamado de túbulo 
distal, que ao final desemboca no túbulo 
coletor cortical, assim que se afasta do 
córtex passa a ser chamado de ducto 
coleto. 
Quando o liquido chega até os ductos 
coletores, vão ser encaminhados até os 
ureteres para daí sim serem encaminhados 
para a vesícula urinaria e depois para a 
uretra. 
Bovino: 4 milhões 
Suíno: 1,25 milhões 
Humano: 1 milhão 
Cão 500 mil 
Gato: 250 mil 
 
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Os ramos descendentes se estendem até a 
face externa da medula externa de cada 
néfron. 
O segmento delgado é a continuação do 
túbulo proximal. 
E o ramo ascendente espesso provem do 
ramo ascendente delgado. 
3- Aparelho justaglomerular: 
As células lisas das arteríolas aferente que 
entram em contato com a mácula densa são 
chamadas de células granulares 
justaglomerulares. 
O espaço existente entre a mácula densa e 
as arteríolas aferentes é chamado de 
região mesangial, e as células localizadas 
entre este espaço são chamadas de células 
mesangiais extraglomerulares. 
A inervação renal se dá pelo Sistema 
Nervoso Autônomo, na divisão simpática. 
A inervação entra pelo hilo renal, local 
aonde chega sangue pela artéria renal e sai 
pela veia renal. 
Atividade dos nervos simpáticos renais 
eferentes causa alterações na secreção da 
renina. 
A comunicação do sistema nervoso central 
com os rins se dá graças a mistura de 
fibras motoras com fibras sensoriais 
(eferentes e aferentes). 
A regulação do equilíbrio dos rins é feita 
por meio de vias aferentes, com a ajuda de 
receptores sensoriais. 
1- Controle da função renal: 
Os reflexos renorrenais podem acontecer 
por intervenção do no mesmo rim ou pelo 
rim oposto.a- Receptores renais sensoriais: 
Mecanorreceptores renais que é o aumento 
da pressão intrarrenal. 
Quimiorreceptores renais, é a alteração do 
ambiente renal. 
O sistema nervoso simpático está muito 
envolvido pelo fato da alta pressão das 
arteríolas, ele consegue controlar o fluxo 
de sangue quando o animal está em 
momento de fuga. 
Quando o SNS está ativado não tem 
vontade de urinar. 
Em pacientes transplantados essa inervação 
não é possível se levar junto com o órgão 
transplantado. 
1- Do plasma para a urina: 
OS três primeiros processos para a 
formação da urina são a filtração 
glomerular, a reabsorção tubular e a 
secreção tubular. 
O filtrado glomerular que constitui o liquido 
tubular está presente na capsula de 
Bowman como ultrafiltrado do plasma. 
Esse liquido tubular só pode ser chamado 
de urina a partir do momento em que entra 
na pelve renal, sendo assim a reabsorção e 
a secreção acontecem por toda parte dos 
néfrons e ductos coletores. 
2- Distribuição do sangue no Glomérulo: 
a- Fluxo Sanguíneo Renal: (FSR): 
Taxa de fluxo sanguíneo para os rins. 
b- Fluxo Plasmático Renal: (FPR): 
É a porção do Fluxo Sanguíneo Renal que 
ainda possui plasma. 
c- Taxa de Filtração Glomerular: (TFG): 
É a taxa medida de filtrado glomerular a 
partir do plasma, até que tenha fluxo 
sanguíneo renal. 
A medição se dá por mm/min. 
d- Fração de Filtração: (FF): 
É a razão entre Taxa de filtração 
glomerular e fluxo plasmático renal. 
 
 
 
 
 
OBS: 
As proteínas quase 
não conseguem ser 
filtradas, por esse 
motivo suas 
concentrações 
estão em maior 
número. 
 
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Umas das funções mais importante dos rins 
é filtrar o plasma e fazer com que as 
substancias filtradas retornem ao plasma. 
1- Formação do filtrado: 
Os rins possuem dois leitos capilares 
funcionais, que são representados pelos 
glomérulos e pelos capilares peritubulares. 
Os glomérulos agem sobre alta pressão, ao 
contrário dos capilares peritubulares que 
agem em um sistema de baixa pressão. 
Os glomérulos tem suas extremidades 
parecidas com o sistema arterial, enquanto 
os capilares peritubulares estão associados 
ao sistema venoso. 
A formação da urina se dá a partir do 
momento em que o ultrafiltrado do plasma 
entra para o espaço capsular da cápsula de 
Bowman. 
A energia necessária para que essa 
formação acontece é gerada pelo coração 
em forma de pressão hidrostática (PH), nos 
capilares glomerulares e oposta pela 
pressão coloidosmótica (PCO). 
A filtração de proteínas nesse processo é 
muito rara que aconteça, no entanto o não é 
impossível, mas quando ocorre o filtrado é 
levado para longe da capsula de Bowman. 
2- Natureza do Filtrado: 
O filtrado glomerular é também conhecido 
como ultrafiltrado do plasma, mas nesse 
ultrafiltrado do plasma os maiores 
componentes não são filtrados, fala-se das 
proteínas. 
Como já dito anteriormente, a filtração de 
proteínas é bem difícil, mas não impossível. 
Se caso ocorra, somente as proteínas com 
tamanhos menores irão ser filtradas. 
Um dos exemplos de proteínas a serem 
filtradas é a albumina, que é considerada a 
menor proteína. 
Outro caso que pode aparecer é a 
hemoglobina quando não está ligada a nada, 
sendo que seu tamanho pode ser filtrado, 
já quando está ligada, geralmente à 
haptoglobina plasmática, o seu tamanho é 
maior, sendo impedida de ser filtrada. 
Se a concentração da hemoglobina 
aumentar em excesso, pode causa uma 
obstrução tubular, assim obstruindo os 
túbulos e causar falência renal aguda. 
3- Fatores que influencia a filtração: 
Um dos fatores que podem influenciar na 
filtração é a variação do Taxa de filtração 
glomerular em decorrência de alterações no 
diâmetro das arteríolas, tanto aferentes 
como eferentes. 
 
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Ex: A dilatação da arteríola aferente 
aumenta o fluxo de sangue para o glomérulo 
→ aumentando o PH e o potencial de 
filtração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4- Autorregulação: 
O FSR e a TFG possuem uma faixa bem 
ampla de pressão arterial sistêmica média, 
quer dizer que pequenas atividades do dia a 
dia (atividades normais) mantem a pressão 
arterial com uma certa constância, havendo 
mudanças mínimas e imperceptíveis. Essa 
habilidade de se manter a constância se 
chama autorregulação. 
As células da mácula densa conseguem 
detectar mudanças no volume de aporte 
dos túbulos renais. 
Ex: Diminuição do TFG → redução da 
velocidade de fluxo na alça de Henle → 
aumento da reabsorção de íons sódio e 
cloreto no ramo ascendente da alça de 
Henle. 
Um dos sinais da mácula densa também 
pode ser o aumento de liberação de renina. 
A renina aumenta a formação de 
angiotensina I → que é convertida em 
angiotensina II pela enzima conversora de 
angiotensina (ECA) → angiotensina II → 
contração das arteríolas eferente → 
aumenta o PG glomerular e a filtração 
glomerular → normalizando o TFG. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O transporte tubular se refere a todos os 
processos associados ao líquido tubular, que 
passa por todo o néfron e os ductos 
coletores. 
1- Dinâmica capilar nos capilares 
peritubulares: 
Aqui ao contrário do que acontece na 
filtração nos glomérulos, o que aqui 
prevalece é a reabsorção. 
A proteína que não foi filtrada no 
glomérulo, nessa etapa ganha maior 
engajamento e passa a contribuir para o 
aumento de PCO no capilar peritubular. 
A redução da PH dos capilares 
peritubulares causa diminuição da força que 
se opõe no ganho de PCO. 
2- Reabsorção Peritubular: 
As substancias mais importantes são Na+, 
glicose e aminoácidos que desempenham 
funções corporais, que entram no liquido 
tubular. 
Por essas moléculas serem pequenas 
conseguem atravessar facilmente a 
membrana glomerular tento suas 
concentrações quase iguais tanto no 
filtrado glomerular quanto no plasma. 
Se essas substancias não terem a energia 
necessária para voltar ao sangue, elas serão 
excretadas pela urina. Sendo assim a 
OBS: 
As moléculas 
positivas são mais 
facilmente 
filtradas do que 
as que possuem 
carga negativa. 
Você Sabia? 
A angiotensina II é 
o segundo mais 
potente 
vasoconstritor 
produzido no 
corpo, ficando 
atrás somente da 
vasopressina 
 
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energia necessária que se fala é a energia 
suprida pela bomba de sódio e potássio. 
Esse transporte acontece em simultâneo 
com o sódio e alguma outra das substancias, 
chamado de Cotransporte. 
Ex: Sendo transportado sódio + glicose, na 
mesma direção. 
Já se um composto impulsiona outro na 
direção contraria o transporte é chamado 
de ContraTransporte. 
Ex: Sódio  glicose. 
a- Absorção de Sódio: 
Cerca de 65% de todo o sódio reabsorvido 
ocorre no túbulo próxima, por meio de 3 
principais processos que serão descritos a 
seguir: 
I- Túbulo proximal do néfron para 
os capilares peritubulares: 
A membrana luminal possui proteínas que 
são especificas para o transporte de Na+ 
sempre sendo acoplado com alguma outra 
substancia, geralmente sendo aminoácido 
ou glicose. 
O Na+ tem grande facilidade para se 
transferir do lúmen tubular para dentro da 
célula epitelial. 
Com a entrada do Na+ o espaço peritubular 
se torna eletropositivo. 
Com a intenção de manter uma neutralidade 
elétrica, acontece a chegada dos íons Cl- 
que estão no lúmen tubular para dentro do 
espaço peritubular. 
II- Cotransporte com H+: 
As células epiteliais dos túbulos proximais 
são responsáveis por secretar íons H+ que 
irá resultar na hidratação do CO2, com a 
produção de H+ e HCO3-. 
Os íons H+ se difundem para dentro do 
espaço peritubular para alcançar a 
neutralidade elétrica, junto com o Na+. 
III- Transporte de Na+ impulsionado 
pelo cloreto. 
Esse processo ocorre nas porções mais 
distais dos túbulos proximais. 
Aqui ocorrem mais reabsorções do HCO3- 
só que agora já no espaço peritubular com o 
ânionCl- e seu aumento cria um gradiente 
que faz a sua entrada par o espaço 
peritubular através das zônulas de oclusão 
permeáveis. 
Cerca de 25% de Na+ são reabsorvidos no 
ramo ascendente da alça de Henle. 
A reabsorção de Na+ é estimulada pelo 
hormônio aldosterona quando encontrada no 
ducto coletor. 
b- Reabsorção de glicose e de 
aminoácidos: 
A reabsorção destas substancias acontece 
por meio de Cotransporte, geralmente 
acoplados a Na+ 
Quando entram para a célula, o Na+ e sua 
substancia que foi carregada junto são 
separadas de seu carreador, até que o Na+ 
seja transportado para o espaço 
peritubular por meio da bomba sódio e 
potássio. 
c- Transporte de água e solutos de 
reabsorção não ativa: 
Depois que acontecem os movimentos dos 
solutos para dentro do espaço peritubular é 
estabelecido um gradiente osmótico, 
fazendo com que se tenha uma pressão 
osmótica. 
Como a pressão osmótica fica mais alta, a 
água sofre difusão do lúmen através das 
zônulas de oclusão e das células tubulares. 
Cerca de 65% da água é reabsorvida a 
partir do túbulo proximal. 
3- Secreção Tubular: 
É o transporte de substancias dos capilares 
peritubulares para o líquido intersticial e 
logo após são encaminhados para o lúmen 
tubular. 
Ex: Cotransporte de H+ que acompanha a 
reabsorção de Na+. 
 
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4- Transporte Máximo: 
Trata-se de uma taxa máxima de 
reabsorção quando falamos de substancias 
que estão associadas a um carreador para o 
lúmen e para o liquido peritubular. 
Isso significa que quando o transporte 
máximo que uma substancia pode ser 
reabsorvida é ultrapassada, essa 
substancia começa a aparecer na urina. 
Ex: Diabetes. Acontece quando o 
movimento da glicose fica comprometido, 
pois tem falta de insulina no corpo. E 
consequentemente a carga de glicose 
aumenta, não tendo carreadores 
suficientes para que aconteça a reabsorção 
e o excesso de glicose vai para os túbulos 
que vão parar na urina. 
5- Equilíbrio glomerulotubular: 
A quantidade de filtrado é uma 
porcentagem do filtrado e não uma 
quantidade constante para cada unidade de 
tempo. 
Ex: TFG baixa → uma fração de filtrado é 
reabsorvida no túbulo glomerular → fração 
restante segue até o néfron. 
Já se a quantidade de filtrado for alta → o 
filtrado não segue até o néfron. 
A principal função deste mecanismo é a de 
preparar o liquido intersticial (LIS), que é 
da medula renal para que o liquido tubular 
consiga ser modificado antes que acontece 
seu retorno para o túbulo distal. 
Para que aconteça essa modificação é 
preciso que se tenha uma osmolaridade 
significativamente alta no liquido 
intersticial. 
A maior osmolaridade é encontrada a partir 
do córtex, mais especificamente nas 
regiões mais internas da medula, mas este 
valor varia bastante de acordo com as 
espécies. 
Este mecanismo é estabelecido pela alça de 
Henle e mantido pelos vasos retos. 
Vasos retos: suprimento sanguíneo para a 
medula. 
1- Sistema Multiplicador por 
contracorrente: 
Esse sistema é representado pelos 3 ramos 
da Alça de Henle, sendo eles: 
a- Ramo descendente: 
Aqui acontece a difusão da água por 
osmose, sendo levada para a região que 
possui maior pressão osmótica do LIS. 
Aqui é encontrado impermeabilidade sobre 
solutos e permeabilidade sobre a água. 
b- Segmento delgado do ramo 
ascendente: 
Aqui é encontrado uma permeabilidade ao 
NaCl, mas uma impermeabilidade com a 
água. 
Neste caso, quem irá sofrer a difusão é o 
NaCl, e a água permanecerá nos túbulos. 
c- Segmento espesso do ramo 
ascendente: 
Aqui o NaCl é transportado através do 
Cotransporte para dentro do LIS, enquanto 
a água segue retida. 
Nos túbulos distais e nos ductos coletores 
são quem definem se a urina será diluída ou 
concentrada, isso porque acontecem muitas 
variações de osmolaridade nesses locais. 
Já o gradiente osmótico vesical do LIS é 
estabelecido pelos seguintes passos: 
a- Transporte continuo de NaCl para o 
segmento espesso do ramo 
ascendente. 
b- Pela continua concentração do liquido 
tubular no ramo descendente. 
c- Por difusão passiva do NaCl para o 
LIS. 
O papel da Ureia nesse processo é para 
contribuir para que haja concentrações 
elevadas de solutos no LIS. 
 
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A ureia sofre recirculação, pois ela se 
difunde dos ductos coletores diretamente 
para o LIS → para dentro do lúmen → 
segmento delgado do ramo ascendente. 
Após passar pelo segmento delgado, a ureia 
fica retida até chegar novamente os ductos 
coletores, essa retenção acontece graças a 
impermeabilidade da membrana. 
2- Sistema de troca de contracorrente: 
É um transporte entre influxo e efluxo 
onde é totalmente passivo. 
Um dos trocadores de contracorrentes são 
os vasos retos, pois são os únicos que em 
toda sua extensão são permeáveis a água. 
Nos ramos descendentes a água que ainda 
existe é retirada por osmose e os solutos 
se difundem nos vasos retos. 
Já nos ramos ascendentes os soltos são 
dissolvidos novamente para o LIS e a água 
é retida para dentro dos vasos retos. 
a- Lavagem medular: 
Lavagem medular seria a perda gradual do 
gradiente medular, diminuindo assim a 
concentração do liquido tubular. 
A lavagem medular pode ser causada por 
diuréticos como furosemida e ácido 
etacrínico, esses diuréticos fazem com que 
o cotransporte seja bloqueado e não haja o 
transporte de NaCl. 
Sendo assim o não transporte de NaCl para 
dentro da Alça de Henle causa diminuição 
da osmolaridade do liquido intersticial 
medular e assim reduzindo também a 
reabsorção da água. 
A lavagem medular também pode acontecer 
com a ajuda da ureia em momentos de 
diurese. 
1- Hormônio Antidiurético e retorno da 
água tubular: 
O hormônio antidiurético também pode ser 
conhecido como outras duas formas, ADH 
ou vasopressina. 
Este é um hormônio no qual é secretado 
pelos núcleos supraópticos e 
paraventricular do hipotálamo e liberado na 
neuro- hipófise. 
Quando acontecem desvios na osmolaridade 
plasmática se tem mudanças significativas 
na taxa de secreção do ADH. 
A quantidade de ADH que é secretada pela 
neuro- hipófise afeta bastante sobre a 
permeabilidade à água que os túbulos e 
ductos coletores tem, pois, a ADH tem a 
capacidade de aumentar a permeabilidade 
sobre a água nessas células. 
Em animais que tem seu estado sadio, 
quando acontece a entrada do liquido 
tubular nos túbulos e ductos coletores, a 
água é reabsorvida em seu caminho até a 
pelve renal. 
A secreção de ADH é muito significativa 
para a necessidade de quanto a água deve 
ser conservada. 
Ex: Nos animais de deserto não existem 
muita disponibilidade de água, então as 
perdas de água são muito reduzidas para 
que consigam sobreviver. 
2- Fatores que afetam a liberação de 
ADH: 
a- Ambientes frios: 
Em ambientes frios a liberação de ADH é 
diminuída, e com isso a produção de urina e 
ingestão de água amenta, por isso que a 
disponibilidade de água em regiões frias é 
muito importante. 
b- Álcool etílico: 
Se não acontecesse a reabsorção da água 
do liquido tubular que entra nos túbulos e 
ductos coletores, está água poderia ser 
excretada. 
 
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Ex: Animais que possuem diabetes insípido, 
quer dizer que esses animais tem pouco ou 
ausência de ADH. Sua urina tem uma 
densidade bem abaixo do que o normal. 
Outra doença que pode ser observada essa 
situação é em animais que tem insuficiência 
renal crônica. 
Cerca de 90% da pressão osmótica efetiva 
do LEC tem influência na capacidade de 
reter água no LEC. 
Osmorregulação: É a osmolaridade do LEC, 
é a regulação entre Na+ e água. 
1- Osmorregulação: 
A quantidade de água no corpo de um 
animal é constante se comparado de um dia 
para o outro. 
É possível se observar um equilíbrio, 
através de que a ingestão de água deve ser 
igual a sua excreção. 
Esses equilíbrios são comandados pelos 
centroslocalizados no hipotálamo, sendo 
que estes influenciam tanto a secreção de 
ADH quanto a sede. 
Quando acontece a hiperosmolalidade, 
significa que a água excedeu sua ingestão. 
a- Hiperosmolalidade: 
É o que estimula mais a secreção do 
hormônio ADH, sendo que a excreção está 
mais baixa, fazendo com que o animal sinta 
mais sede. 
2- Regulação do Volume: 
A regulação do volume plasmático é sempre 
relacionada com a regulação do sódio. 
Ex: Uma carga de Na+ quando em excesso 
pode aumentar o volume do LEC. 
3- Sistema renina angiotensina 
aldosterona: 
A seguir será mostrado como funciona esse 
sistema, a partir da produção de renina 
pelas células granulares justaglomerulares. 
Renina → conversão do angiotensinogênio 
em angiotensina I → a enzina conversora de 
angiotensina (ECA) converte em 
angiotensina II. 
A angiotensina II é capaz de reduzir o 
volume do LEC e a hipotensão. 
A seguir será apresentado um resumo de 
como acontece a resposta do sistema a 
hipovolemia e a hipotensão: 
 
4- Receptores de mudança de volume: 
Os receptores de mudança de volume são 
os receptores de pressão, incluindo os 
barorreceptores arteriais e cardíacos, 
sendo os principais aqueles que são situados 
no átrio esquerdo. 
5- Atividade nervosa simpática 
eferente: ANSRE 
Os efeitos da ANSRE são a intensidade 
crescente, sendo a secreção de renina a 
primeira a aumenta, logo após vem a 
vasoconstrição renal e a diminuição do 
fluxo sanguíneo renal. 
6- Hipovolemia: 
É a diminuição dos estímulos vagais 
aferentes dos receptores no átrio 
esquerdo, que vão aumentar a ANSRE. 
 
12 
 
 
7- Hipervolemia: 
Acontece a distensão das células 
miocárdicas do átrio esquerdo. 
Resulta em um aumento na liberação de 
ADH em superação à ANSRE. 
Durante essa distensão, os átrios acabam 
liberando o peptídeo natriurético atrial. 
8- Diuréticos e ajuste de volume: 
Diurético é quem aumenta a taxa de volume 
urinário. 
A diurese, que é o aumento do débito 
urinário é sempre secundária a natriurese, 
que é o aumento do débito de sódio, que é 
produzido quando a reabsorção de NaCl é 
inibida. 
Diuréticos osmóticos inibem a reabsorção 
de água. 
9- Concentração de sódio: 
Quando acontece a ausência de 
aldosterona, pode ocorrer uma perda 
significativa da carga tubular de Na+ na 
ruina. 
Ex: Quando em cães o sistema aldosterona 
é mantido intacto ocorre o bloqueio do 
Sistema ADH- sede, mostrando que para 
haver aumento de Na+ precisa também ter 
aumento de sódio. 
10- Concentração de potássio: 
Se acontecer uma elevação de [K+], por 
mais pequena que seja, pode provocar um 
aumento de até 7x na excreção da urina. 
A regulação de K+ e baseada pela 
aldosterona. 
 
11- Concentração de cálcio: 
Mais ou menos metade do Ca2+ está ligada a 
albumina e não necessariamente no 
glomérulo. 
Ca2+ tem sua maior parte reabsorvida dos 
túbulos proximais e das porções da Alça de 
Henle. 
Ocorre principalmente nos túbulos distais e 
túbulo coletor. 
12- Concentração de magnésio: 
A menor parte do magnésio está ligada à 
proteína. 
A maior parte é reabsorvida na Alça de 
Henle e sua menor parte no túbulo 
proximal. 
13- Concentração de fosfato: 
A maior parte da totalidade de fosfato 
absorvido é feito pelo túbulo proximal. 
O liquido tubular flui através dos túbulos, 
durante a formação da urina. 
 
13 
 
1- Transporte de urina até a bexiga: 
A urina é transportada da pelve renal até a 
bexiga por dois ureteres. 
Depois do momento em que a urina chega 
até a bexiga, a urina não pode mais voltar 
em seu trajeto e fica ali armazenada até 
que fique cheia o bastante para ser 
expulsa. 
a- Bexiga: 
É considerada um órgão oco e muscular, na 
qual seu tamanho varia bastante 
dependendo da quantidade de urina que se 
tem. 
O esvaziamento da bexiga acontece por 
contrações da musculatura vesical. 
A musculatura encurta ou alarga o colo da 
bexiga, fazendo om que diminua a 
resistência uretral. 
A célula epitelial, conhecida como epitélio 
de transição e apropriada para estabelecer 
as mudanças no tamanho da bexiga. 
b- Uretra: 
É a continuação do colo da bexiga, é a 
responsável por levar a urina da bexiga até 
o meio externo. 
O escape da urina em momentos 
inapropriados é evitado pelo esfíncter 
externo. 
2- Reflexos da micção: 
Micção é quando acontece o esvaziamento 
da bexiga. 
Quando a bexiga está super cheia e precisa 
ser esvaziada o córtex cerebral é 
estimulado. 
Até o momento em que haver nem que seja 
uma gota de urina dentro da bexiga, a 
mesma continua contraída, só após o seu 
esvaziamento total é que ela pode relaxar. 
3- Aspectos comportamentais e 
práticos: 
A bexiga te ajuda dos músculos abominais e 
do diafragma quando começa a contração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4- Termos descritivos: 
a- Continência Urinária: 
Condição normal de a bexiga armazenar a 
urina, durante seu enchimento. 
Ex: Um animal incontingente fica a cada 
pouco tendo gotejamentos. 
b- Poliúria: 
Aumento do débito urinário 
c- Oligúria: 
Diminuição do débito urinário 
d- Anúria: 
Ausência do débito urinário. 
e- Disúria: 
Micção dolorosa ou demorada (difícil) 
f- Estrangúria: 
Eliminação lenta da urina, podendo ser em 
forma de gotejamento, podendo ser ainda 
dolorosa. 
Ex: Síndrome urológica felina 
Aqui falaremos de como os exames de urina 
nos animais são muito importantes. 
1- Avaliação laboratorial: 
a- Composição: 
Como a urina é formada com o intuito de 
manter constante o LEC, então a maioria 
das substancias presentes no LEC são 
encontradas também na urina. 
b- Cor: 
Possui cor amarelada graças a bilirrubina 
que é excretada no intestino. 
c- Odor: 
OBS: 
O fluxo é 
mais fraco 
em fêmeas 
do que nos 
machos. 
 
14 
 
O odor é característico de cada espécie, 
variando de acordo com a alimentação do 
animal. 
d- Consistência: 
Normalmente possui consistência aquosa, 
mas nos cavalos por conta da secreção de 
muco, a urina acaba sendo mais espessa. 
e- Componente nitrogenado: 
O principal componente nitrogenado 
presente na urina é a ureia. 
f- Quantidade e densidade específica: 
A quantidade de urina excretada varia 
muito de acordo com a dieta, o trabalho, 
consumo de água e várias outras coisas. 
Já a densidade específica varia de acordo 
com a proporção de substancias dissolvidas 
e de água. 
É uma medida feita de acordo com a 
capacidade do rim em remover substancias 
do plasma. 
C cloaca; E, epidídimo; IE, veia ilíaca 
externa; P, veia porta renal caudal; R, veia 
renal; T, 
testículo; AT, artéria testicular; U, 
ureteres, V, veia cava posterior; DD, ducto 
deferente; 1, 2 e 3, 
lobos cranial, médio e caudal do rim 
esquerdo, respectivamente.
1- Função renal nas aves: 
A semelhança das aves com os mamíferos 
no que se diz respeito a formação e 
eliminação da urina são a filtração 
glomerular, reabsorção tubular e secreção 
tubular. 
Uma diferença é que as aves podem 
apresentar osmolaridade acima ou abaixo 
da do plasma. 
Uma outra diferença é que as aves possuem 
dois tipos diferentes de néfrons, a 
presença do sistema porta renal e a 
formação de ácido úrico. 
2- Anatomia macroscópica: 
Os rins são estruturas retroperitoneais 
pareadas, sendo que cada rim possui lobos 
craniais, médios e caudais. 
Os ureteres que antes transportavam a 
urina dos rins até a bexiga agora nas aves 
transportam a urina dos rins até a cloaca. 
3- Tipos de Néfron: 
a- Néfron do tipo réptil: 
Estão localizados no córtex e tem ausência 
da Alça de Henle. 
Não sendo capazes de concentrar urina. 
b- Néfron do tipo mamífero: 
Já esses néfron possuem a Alça de Henle 
que são agrupadas em cone medular, ductos 
coletores e vasos retos. 
4- Sistema porta renal: 
É uma característica exclusiva das aves. 
Esse sistema é o responsável por fornecer 
parte do sangue que irrigaos túbulos. 
 
15 
 
O sangue venoso que chega até esse 
sistema vem das veias ilíaca externa e 
isquiática. 
a- Válvula porta renal: 
É a junção das veias renais direita e 
esquerda com as veias ilíacas. 
5- Formação da Urina: 
O fluxo plasmático renal e a taxa de 
filtração glomerular são reguladas pela 
pressão arterial. 
a- Concentração da urina: 
O túbulo proximal é o responsável por 
absorver 70% da água filtrada, mas esse 
valor varia de acordo com a reabsorção do 
sódio. 
6- Formação e excreção de ácido úrico: 
Os principais produtos que são produzidos 
como produtos finais nitrogenados são a 
ureia, o ácido úrico e a amônia. 
a- Amônia: 
A amônia por ser um produto muito toxico, 
quando for produzido precisa ser 
excretado rapidamente do corpo do animal, 
ou convertido em ácido úrico ou ureia. 
Como as aves não fazer a formação de 
ureia, o material convertido da amônia é o 
ácido úrico, pois as aves são reproduzidas 
dentro de ovos, que são impermeáveis a 
água. 
7- Excreção de eletrólitos: 
Existem três hormônios que estão 
envolvidos na produção de cloreto de sódio. 
a- Angiotensina II: 
Na presença de uma grande quantidade de 
sal a angiotensina II cria uma resposta 
natriurética e diurética. 
b- Aldosterona: 
Está associada a reabsorção do sódio e 
excreção do potássio. 
c- Peptídeo natriurético atrial: PNA: 
É secretado pelos átrios cardíacos. 
 
 
8- Modificação da urina ureteral: 
Essa modificação só é possível graças à 
exposição sobre as membranas da cloaca 
A cloaca tem como função principal a de 
armazenamento. 
9- Características da Urina: 
Não se mistura com as fezes e tem 
coloração creme, sendo mais espessa. 
10- Glândula de sal aviária: 
São glândulas nasais, que são visíveis na 
cabeça, onde em aves marinhas são bem 
mais desenvolvidas. 
Podem excretar soluções salinas de até 
duas vezes a concentração de sal da água 
do mar. 
Secretam apenas NaCl. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Referências: 
 
REECE, Willian. O. Fisiologia dos Animais 
Domésticos. 13ª ed. Rio de Janeiro. 
Guanabara Koogan, 2017. 
 
GUYTON. HALL. John, E. Tratado de 
Fisiologia Médica. 13ª ed. Rio de Janeiro. 
Elsevier, 2017. 
 
Fonte de todas as imagens acima: 
 
REECE, Willian. O. Fisiologia dos Animais 
Domésticos. 13ª ed. Rio de Janeiro. 
Guanabara Koogan, 2017.

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