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WBA0284_v1.0 Assistência de enfermagem no atendimento pré- hospitalar Atendimento pré-hospitalar nas emergências clínicas Bloco 1 Danieli J Garbuio Tomedi Algoritmo da AMLS* para atendimento às emergências clínicas (NAEMT, 2018) Exame primário: Nível de consciência e A-B-C Exame secundário Exame complementar Exame físico MOV Encaminha- mento ou transferência Procedimentos iniciais *AMLS - Advanced Medical Life Support (Atendimento Pré-Hospitalar às Emergências Clínicas). Procedimentos iniciais Figura 1 – APH Fonte: Massimo Merlini/iStock.com. Segurança do local EPI Identificação do paciente Queixa e motivo do atendimento Condições de ameaça à vida (NAEMT, 2018) Exame primário: nível de consciência A: Alerta V: Responde aos comandos verbais D: Responde aos estímulos dolorosos I: Inconsciente Orientação em tempo e espaço Pupilas Figura 2 – Avaliação do NC Fonte: Pornpak Khunatorn/iStock.com. (NAEMT, 2018) Exame primário: (A) Abertura de vias aéreas Figura 3 - Jaw Thrust Figura 4 - Cânula orofaríngea Figura 5 - Via aérea definitiva Fontes: Figura 3: KTM_2016/iStock.com. Figura 4: Ariyathailand/iStock.com. Figura 5: Egor Kulinich/iStock.com. Remover corpo estranho Aspirar secreções Exame primário: (B) Respiração Figura 6 - Venturi Figura 7 - Alto fluxo com reservatório Figura 8 - Pressão positiva não invasiva Figura 9 - Pressão positiva invasiva Fontes: figura 6: acervo da autora; figura 7: Halfpoint/iStock.com.; figura 8: BVDC/iStock.com.; figura 9: shironosov/iStock.com. Inspeção: simetria e padrão respiratório Palpação: crepitações e enfisema subcutâneo Percussão: hipersonoridade ou macicez Ausculta: murmúrios vesiculares e ruídos adventícios Exame primário: (C) Circulação Frequência cardíaca e pressão arterial Estase jugular Pulso periférico: simetria, amplitude e frequência Tempo de enchimento capilar e temperatura de extremidades Ausculta cardíaca Controle de sangramento, reposição volêmica e drogas vasoativas (MARTINS; NETO; VELASCO, 2017). Figura 10 – Monitorização hemodinâmica Fonte: Flubydust/iStock.com. Avaliação secundária Investigar os sintomas de forma detalhada (início; fatores de piora e melhora; qualidade; irradiação; intensidade; e duração). • Sinais e sintomas.S • Alergias? Problema atual?A • Medicamento/tratamento em uso.M • Passado médico/problema atual? P • Ingeriu líquidos e alimentos? L • Ambiente do evento? A Monitor VeiaOxigênio (MARTINS; NETO; VELASCO, 2017); (NAEMT, 2018). Exame físico e exames complementares Realizar exame físico abrangente para investigação mais detalhada de alguns sinais e sintomas e reavaliação do paciente. Exames complementares • Eletrocardiograma. • Gasometria arterial. • Hemoglucoteste. • Raio-X. Figura 11 – Exame físico Fonte: azatvaleev/iStock.com. (MARTINS; NETO; VELASCO, 2017). Transferência ou encaminhamento Esta etapa depende de alguns fatores, como: • Estabilização hemodinâmica do paciente. • Contato com a central de regulação. APH fixo: transferência para hospital APH móvel: transferência para UPA ou hospital (NAEMT, 2018) Atendimento pré-hospitalar nas emergências clínicas Bloco 2 Danieli J Garbuio Tomedi Insuficiência respiratória Incapacidade do sistema respiratório de manter as trocas gasosas Hipoxêmica Falha no fornecimento de oxigênio aos tecidos Hipercápnica Eliminação inadequada de gás carbônico Pneumonia, edema, embolia pulmonar. Trauma torácico. Broncoespasmo. SDRA. Doenças neuromusculares. Doença pulmonar obstrutiva crônica. Overdose de sedativos. (TOBASE; TOMAZINI, 2017). Figura 12 – Suporte ventilatório Fonte: Tatiana Pankova/iStock.com. Sinais e Sintomas • Uso de musculatura acessória, palidez, cianose. • Rebaixamento de NC. • Taquidispneia, taquicardia. • Alterações na expansibilidade e ausculta pulmonar. Figura 13 - Dispneia Fonte: AVIcons/iStock.com. (TOBASE; TOMAZINI, 2017). Cuidados de Enfermagem • Manter o paciente sentado ou em decúbito elevado > 45º. • Oxigenoterapia se SatO2 < 94% ou instabilidade hemodinâmica (taquicardia, hipotensão). • Providenciar materiais para entubação endotraqueal e montar ventilador mecânico. • Monitorização de sinais vitais e oximetria. • Instalar acesso venoso periférico calibroso. • Coletar exames laboratoriais. Figura 14 – Cuidados de Enfermagem Fonte: gorodenkoff/iStock.com. (TOBASE; TOMAZINI, 2017). Atendimento pré-hospitalar nas emergências clínicas Bloco 3 Danieli J Garbuio Tomedi Fisiopatologia do choque Diminuição da perfusão tecidual Hipóxia e redução de nutrientes Respiração anaeróbica e liberação de lactato Acúmulo de metabólitos e acidose Liberação de adrenalina Hiperglicemia, taquicardia, vasoconstrição Edema celular e lesão de órgãos (TOBASE; TOMAZINI, 2017). Tipos de choque Hipovolêmico • Volume circulante insuficiente Hemorragias, queimaduras extensas e desidratação. Cardiogênico • Função cardíaca ineficaz IAM, IC e tamponamento cardíaco. Obstrutivo • Fatores mecânicos impedem o fluxo sanguíneo nos órgãos TVP, TE e tamponamento cardíaco. Distributivo • Alteração do tônus vascular Anafilático, Séptico e Neurogênico. (TOBASE; TOMAZINI, 2017). Principais drogas vasoativas Noradrenalina Adrenalina Dobutamina Tridil Vasoconstrição periférica e aumento da PA em pacientes hipotensos, que não responderam à ressuscitação por volume. Aumento da contração ventricular e da frequência cardíaca, vasoconstrição. Musculatura lisa: relaxamento e broncodilatação. Aumenta a contratilidade miocárdica; apresenta poucos efeitos sobre a frequência cardíaca. A droga atua nas veias sistêmicas, nas grandes artérias e na circulação arterial coronária. Fonte: adaptado de Tobase e Tomazini (2017). Quadro 1 – Principais drogas vasoativas Reposição volêmica e tratamentos complementares Cristaloides • Soro Fisiológico 0,9% e Ringer Lactato Coloides • Albumina Hemocomponentes • Concentrado de hemácias e plasma fresco Tratamentos complementares • Suporte ventilatório, sedação, bicarbonato de sódio (TOBASE; TOMAZINI, 2017). Teoria em Prática Bloco 4 Danieli J Garbuio Tomedi Reflita sobre a seguinte situação Você é enfermeiro de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e está admitindo um paciente de 54 anos, sexo masculino. Ele procurou por atendimento médico, pois está com dor torácica há dois dias e hoje evoluiu com piora do estado geral. Ao acomodá-lo em um leito de urgência, você observa que ele se encontra dispneico, com pele fria e palidez. Dessa forma, opta por já implementar o MOV (monitorização, oxigênio e veia) para que ele continue a ser avaliado. • Como você continuaria esse atendimento? Quais etapas deveriam ter sido contempladas anteriormente a essas ações? Qual o momento correto para realizar o MOV? Norte para a resolução... • O atendimento deve continuar seguindo as etapas: exame primário (nível de consciência e A-B-C), exame secundário, exame físico completo e exames complementares, além de transferência para um serviço hospitalar, caso a situação não seja resolvida na UPA. • As etapas a serem contempladas no início do atendimento incluem: segurança do local, uso de EPIs, identificação de todos os dados do paciente, conhecimento a respeito da queixa e motivo do atendimento. • O MOV pode ser realizado em qualquer etapa do atendimento, pois sua realização não prejudica o desenvolvimento das demais etapas. Dica da Professora Bloco 5 Danieli J Garbuio Tomedi Dica da Professora • Indicamos a leitura do artigo Prática avançada de enfermagem: uma possibilidade para a urgência e emergência brasileira, de Fernandes e outros, publicado na Ciências da Saúde e Educação em 2019. • Indicamos a leitura do capítulo Abordagem inicial do paciente grave, do livro Medicina de emergências: abordagem prática, dos autores Martins, Neto e Velasco,publicado em 2017. Fonte: dusanpetkovic/iStock.com. Figura 15 - Autoestudo Referências FERNANDES, C. et al. Prática avançada de enfermagem: uma possibilidade para a urgência e emergência brasileira. Ciências da Saúde e Educação, Formosa, v. 1, n. 1, p. 37-51, jul. 2019. Disponível em: https://bit.ly/3cYbbDq. Acesso em: 28 abr. 2020. MARTINS, H. S.; NETO, R. A. B.; VALESCO, I. T. Medicina de emergências: abordagem prática. 12. ed. Barueri, SP: Manole, 2017. cap. 1. p. 127-141. NAEMT. AMLS: Atendimento Pré-Hospitalar às Emergências Clínicas. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2018. TOBASE, L.; TOMAZINI, E. A. S. Urgências e emergências em enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. https://bit.ly/3cYbbDq Bons estudos!
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