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Preparos Protéticos - Prótese Fixa

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Preparos em Prótese Fixa 1
Preparos em Prótese Fixa
Sucesso: longevidade da prótese; saúde pulpar e periodontal; satisfação do paciente.
Para alcançar o sucesso: exame; diagnóstico; planejamento; execução; cimentação.
O que é um preparo dental? Visam a cobertura total do dente por meio de uma coroa.
Princípios fundamentais: mecânicos, biológicos e estéticos.
Princípios mecânicos: retenção, estabilidade, rigidez estrutural, integridade marginal. Intimamente conectados.
Retenção
Resistência de uma prótese a uma força de tração. Ex: balinha de caramelo que puxa o dente, tem a ação de 
querer remover a coroa do dente.
Para reter: preparos ligeiramente expulsivos. Não pode ter paredes retentivas. Quanto mais convergentes são as 
paredes, menor a retenção, mais expulsivo fica o preparo, gerando várias rotas de possível deslocamento da 
coroa. Por outro lado, se o preparo ficar completamente com paredes paralelas, vai ser possível inserir e retirar a 
peça protética, porém terá um único eixo de inserção e terá bastante atrito nas paredes circundantes.
💡 Quanto mais cônico for o preparo, menor a retenção. Precisa de um grau de expulsividade equilibrado, 
pois se também tiver paredes muito retentivas, não se consegue fazer a adaptação da prótese.
Grau de expulsividade ideal: inclinação convergente em torno de 6°. Não precisa medir, já existem as pontas 
diamantadas com essas inclinações.
Falhas na convergência dos preparos: falta de retenção - preparos muito cônicos; excesso de retenção - não 
adapta a coroa.
Se as paredes ficam muito paralelas ou com muitas áreas de retenção, talvez até consiga encaixar a coroa, mas na 
hora de colocar o cimento na etapa de cimentação, esse excesso de atrito nas paredes vai impedir o correto 
escoamento do cimento e consequentemente haverá falhas na cimentação; áreas de desadaptação marginal e a 
coroa vai ficar mais alta do que deveria. Nesse caso, ao testar a coroa o paciente não sente alto, mas depois de 
cimentar sente que está mais alta a coroa e tendo um contato prematuro. Na tentativa de corrigir, o dentista acaba 
desgastando a coroa por fora, o que pode deixar a peça muito fina e acabar deixando suscetível a fratura muito 
facilmente. Além disso, com a desadaptação marginal e o cimento excessivo na margem, esse cimento vai acabar 
se solubilizando com o tempo e gerar uma infiltração marginal.
Já em um preparo expulsivo demais, com ângulo de convergência muito acima de 6°, a adaptação da coroa será 
boa e a cimentação não terá dificuldade, porém haverá a possibilidade de se o paciente tiver um hábito 
parafuncional ou tiver hábitos alimentares com alimentos mais duros, que exigem mais dessa coroa, a coroa vai 
soltar precocemente. O paciente pode acabar engolindo a coroa e quebra a relação de confiança com o paciente.
Estabilidade
Resistência à soltura do coroa quando existem forças de compressão laterais ou oblíquas (basicamente forças 
mastigatórias). Geralmente não há problemas com forças de compressão no longo eixo do dente.
A parede do dente deve ajudar a segurar o cimento e a coroa para manter sem deslocar.
Como fazer para evitar esse tipo de deslocamento: pensar além do grau de convergência, na relação entre a altura 
e a largura do preparo. 
Preparos em Prótese Fixa 2
Parede mais alta e menos convergente: mais favorável.
Hábitos parafuncionais - maior magnitude de força.
Essas forças de compressão oblíquas e laterais geram eixos de rotação em que a parede oposta a esse eixo - a 
parede oposta a região da força - é a responsável por resistir a esse deslocamento. O cimento colocado nessa 
parede vai sofrer menos estresse quanto mais alta for a parede e quanto menos expulsiva ela for.
Anatomicamente, os molares são mais largos e não há como aumentar em altura, nesses casos a opção é gerar 
mais paralelismo e menos convergência, tanto quanto for possível. 
Nos incisivos, esse problema quase não existe, já que a parede é tão alta em relação ao braço de deslocamento 
que a resistência nas paredes é bem elevada. Nesse caso é possível fazer paredes mais convergentes.
É importante também que o preparo seja bastante íntegro, independente do grau de destruição ou se o dente foi 
tratado ou não endodonticamente. É essencial raízes saudáveis e periodonto saudável.
Às vezes um dente já tem uma destruição que deixa a parede muito expulsiva (e se for um molar o braço de 
deslocamento já é maior que o de resistência). Às vezes pede-se pra tratar o dente endodonticamente para 
preencher com núcleo. Porém podem ser feitas caneletas paralelas e verticais que servirão como força de 
resistência e aumentem as paredes de resistência do preparo. Essas canaletas não atravessam o dente e têm 
cerca de 1mm de profundidade. Assim se diminui o braço de deslocamento e se aumenta a quantidade de braços 
de resistência para que essa coroa não se solte.
Em outras situações, o preparo se torna um cilindro uniforme (mais circular), nesse caso pode haver um 
deslocamento em torno do seu longo eixo - deslocamento de rotação. Nesse caso, pode ser utilizada novamente a 
canaleta. 
Outra situação para melhorar a estabilidade é a cirurgia de aumento de coroa clínica. Favorece o ganho de altura 
de coroa clínica, que favorece a estabilidade, pois ganha altura na parede de resistência do preparo.
Retenção e estabilidade: no caso de uma prótese única com vários pilares (por exemplo, com 3 elementos - área 
edêntula que vai receber uma ponte): nesse caso, os pilares envolvidos nessa única peça devem ser paralelos 
entre si - o eixo de inserção dessa peça deve ser paralelo para conseguir adaptar a prótese.
Rigidez Estrutural
Diz respeito a quantidade de material que tem espaço pra ter.
Durante o preparo, tem que reduzir o elemento dentário, ou deixar o núcleo reduzido, de tal forma que seja 
possível ter uma boa espessura do material da coroa.
Se deixar pouco espaço, a coroa fica fina e há desgaste precoce ou até mesmo fratura/trinca do elemento 
protético. 
Se for metalocerâmica: tirar 1,2mm no mínimo. Se nao fizer isso, ou a coroa vai ser muito alta, causando contato 
prematuro; ou a coroa vai ficar muito fina, comprometendo as propriedades mecânicas.
Metal free: no mínimo 1mm de espaço.
Integridade Marginal
O preparo deve ter um bom acabamento muito bom em toda a extensão, mas principalmente na margem para que 
não aconteça infiltração, pois é sinônimo de insucesso.
Adaptação - regularidade e lisura superficial. 
A lisura contribui para uma boa modelagem e consequentemente uma boa adaptação da peça.
Preparos em Prótese Fixa 3
Princípios biológicos: preservação do órgão pulpar, preservação da saúde periodontal
Preservação do Órgão Pulpar
No manejo de dentes vitais: manter a vitalidade - qualidade das brocas; qualidade das turbinas de alta rotação; 
quantidade de dentina remanescente; permeabilidade dentinária. Tomar muito cuidado para não causar uma 
exposição pulpar no momento do preparo.
Preservação da Saúde Periodontal
Higiene oral; forma e contorno para que o fio dental possa ser usado; espaço biológico - não pode invadir esse 
espaço. 
A prótese precisa ser bem posicionada, sem sobrecontorno e com boa adaptação marginal para garantir higiene 
adequada.
Localização intra-sulcular: tolerável até 1mm. Em dentes anteriores é comum fazer esse preparo intra-sulcular, por 
motivos estéticos - para esconder a margem.
Cuidados durante o preparo e o afastamento gengival. Evitar traumas por brocas e por grampos por isolamento, 
pode levar o paciente a ter uma recessão gengival tardia.
Princípios estéticos
Extensão intra-sulcular X Linha do sorriso
Recessão marginal e infiltração marginal
Espessura insuficiente de cerâmica
Tipos de Términos Cervicais
Antigamente, para cada tipo de coroa tinha um tipo de término. Hoje em dia se prioriza o chanfro para qualquer tipo 
de coroa, pois é mais fácil de moldar e de fazer.
Ombro ou degrau; chanfro; ombro reto; ombro biselado; lâmina de faca.

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