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MODULO 1 (2)

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A Ciência da Macroeconomia
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A Ciência da Macroeconomia • 2/12
Objetivos de Aprendizagem
• Entender a macroeconomia como uma forma de investigação da realidade
econômica que busca construir modelos de interpretação.
A Ciência da Macroeconomia
Conteúdo organizado por Adauto Damasio do livro A Concise Guide to 
Macroeconomics: What Managers, Executives, and Students Need to Know 
by David A. Moss, 2007
https://player.vimeo.com/video/253590466
https://player.vimeo.com/video/253590466
https://player.vimeo.com/video/266119271
A Ciência da Macroeconomia • 3/12
Introdução
Podemos definir economia como o estudo das forças que influenciam a economia 
como um todo. Como qualquer ciência, a economia busca respostas para uma série 
variada de perguntas, tais como:
• Por quais motivos alguns países têm altas taxas de inflação?
• Por quais motivos alguns países apesentaram rápido crescimento econômico
e outros permanecem estagnados na pobreza?
• Por quais motivos todos os países passam por períodos de recessão e
estagnação econômica?
• De quais formas as ações governamentais podem reduzir a frequência e
gravidade desses episódios?
A macroeconomia busca compreender esses acontecimentos, entre tantas outras 
questões, tentando responder os seus fatores causais. Mas de quais maneiras a 
macroeconomia faz isso?
Claro que as políticas econômicas são resultados das posturas dos líderes dos 
países. Porém, buscando explicar o funcionamento da economia em sua totalidade, 
os economistas elaboram modelos de interpretação. A elaboração de modelos 
é uma estratégia comum à todas as ciências, pois objetiva entender alguma 
padronização de comportamento, algum aspecto constante na realidade que está 
sendo investigada.
Muitos economistas elaboram modelos a partir, por exemplo, de análises 
matemáticas. Considerando que a chamada “ciência econômica” é uma ciência 
humana, é preciso pensar que estamos pressupondo certas expectativas em relação 
ao comportamento humano.
Tais modelos explicativos e analíticos da realidade possuem, fundamentalmente, 
duas espécies variáveis: os exógenos e os endógenos.
Variáveis endógenas são aquelas que o modelo tenta explicar.
A Ciência da Macroeconomia • 4/12
Variáveis exógenas são aquelas 
que o modelo pressupõe como 
dados, ou seja, são dados 
pela realidade pesquisada e 
mensurada.
O objetivo central de um 
modelo é demonstrar como as 
variáveis exógenas afetam as 
variáveis endógenas. Em outras 
palavras, as variáveis exógenas 
são oriundas de fora do modelo 
e servem como insumo para 
ele, já as variáveis endógenas 
são determinadas no âmbito de 
aplicação do modelo.
Para exemplificar tais ideias, 
vamos tomar um exemplo: o 
modelo de oferta e demanda. 
Para tal, iremos supor que um 
economista está interessado 
em analisar os fatores que 
determinam os preços da pizza e 
a quantidade de pizzas vendidas.
Tal análise deveria considerar 
vários fatores, tais como 
o comportamento dos 
consumidores de pizza e a 
interação entre eles e o mercado 
de pizza. Poderíamos pressupor 
que a quantidade de pizzas 
vendidas depende do preço da 
pizza e da renda agregada dos 
seus consumidores.
A Ciência da Macroeconomia • 5/12
Renda agregada é a soma das remunerações das diversas atividades de 
produção de um país (salários, lucros, juros, entre outros). Os institutos de 
pesquisa medem a renda agregada de forma periódica. Do ponto de vista 
contábil, renda agregada é igual ao Produto Interno Bruto.
Nesse modelo explicativo, as variáveis exógenas são a renda agregada e o preço da 
matéria-prima e, nessa perspectiva, não se busca explicá-las, mas apenas tomá-las 
como dados da realidade.
As variáveis endógenas são os preços da pizza e a quantidade de pizzas 
comercializadas, que são as variáveis que o modelo busca explicar. Assim, com o uso 
de equações e gráficos, poderíamos criar um modelo explicativo para o mercado de 
pizzas. Nele, poderíamos verificar o preço e a demanda por pizzas.
Dessa forma, o uso desse modelo demonstra que o aumento da renda agregada 
produz um aumento na demanda pelo produto, bem como os seus preços. De 
forma alternativa, se os preços da matéria-prima aumentam, o preço também 
aumenta, e a oferta diminui, bem como a sua demanda.
O que um modelo simples como esse demonstra? Demonstra que as variações da 
renda agregada nos preços das matérias-primas afetam os preços e a quantidade de 
pizzas no mercado.
Notemos que tal modelo simplifica a realidade dinâmica da vida econômica. 
Considere, por exemplo, as práticas de mercado de uma pequena cidade onde 
só existe uma única pizzaria, onde a tendência será a de imposição do preço em 
função da ausência de concorrência. Considere a possibilidade de que o mercado 
de pizzas em uma cidade seja objeto da ação de um cartel. Considere também 
a questão da localização das pizzarias: uma pizzaria localizada em um bairro 
habitado por indivíduos de classe média, com maior segurança e conforto para 
estacionamento dos veículos dos consumidores poderá vender suas pizzas por 
um preço maior, pois ela não concorre com outras pizzarias localizadas em locais 
distintos ao seu.
A Ciência da Macroeconomia • 6/12
Cartel é um acordo implícito ou explícito entre empresas concorrentes para 
fixação de preços ou cotas de produção.
Em realidades diferenciadas, um determinado modelo explicativo não consegue 
explicar as variáveis que compõem a relação entre oferta e demanda e lembremos 
que todas as realidades são diferenciadas, nas várias culturas que permeiam a 
humanidade em todo o globo terrestre.
Como reagir à falta de realismo do modelo? Simplesmente ignorá-lo ou propor seu 
aprimoramento? A resposta depende de nossas perguntas, de nossas intenções, dos 
nossos propósitos ao investigar uma questão econômica. Se o objetivo for comparar 
a variação do preço do trigo e a quantidade de pizza vendida, é provável que a 
diversidade de preços não seja tão importante.
Nas palavras de Mankiw (2015, p. 58):
Os economistas utilizam modelos para abordar todas essas 
questões, mas nenhum modelo, isoladamente, é capaz de 
apresentar res postas para todos esses questionamentos. Assim 
como os carpinteiros utilizam diferentes ferramentas para 
executar diferentes tarefas, os economistas utilizam diferentes 
modelos para explicar diferentes fenômenos econômicos. Os 
estudantes de macroeconomia, por tanto, devem ter em mente 
que não existe um único modelo “correto” que possa sempre 
ser aplicado. Ao contrário, existem muitos modelos, cada um 
dos quais é útil para lançar luz sobre uma diferente faceta da 
economia. O campo da macroeconomia se assemelha a um 
canivete suíço — um conjunto de ferramentas complementares, 
embora distintas, que podem ser aplicadas de diferentes 
maneiras em diferentes circunstâncias.
A Ciência da Macroeconomia • 7/12
Assim, é preciso que conheçamos vários modelos de interpretação da realidade 
econômica para buscar entender a sua realidade.
Um outro conceito importante para os macroeconomistas diz respeito ao “ajuste 
de mercado”, que pode auxiliar na explicação da variação da oferta e demanda 
da pizza. A premissa do “ajuste de mercado” pressupõe que os mercados estão 
normalmente em equilíbrio de tal modo que o preço de um bem ou serviço têm 
um ponto de cruzamento entre oferta e demanda.
A Ciência da Macroeconomia • 8/12
Saiba Mais
Quer saber mais sobre a política macroeconômica? Então 
acesse: <https://www.gov.br/fazenda/pt-br/assuntos/politica-
macroeconomica/atuacao-spe>.
Em Resumo
Os economistas propõem modelos explicativos que buscam entender a realidade 
econômica, em especial no que diz respeito às relações entre preço e demanda. 
Tais modelos podem ser mais ou menos eficientes, porém são sempre reajustados 
em função de novas realidades que se apresentam como dados, as variáveis 
exógenas. A premissa do ajuste de mercado pressupõe que os mercados estão 
normalmente em equilíbriode tal modo que o preço de um bem ou serviço 
possuem um ponto de cruzamento entre oferta e demanda.
https://www.gov.br/fazenda/pt-br/assuntos/politica-macroeconomica/atuacao-spe
A Ciência da Macroeconomia • 9/12
Na ponta da língua
Referências Bibliográficas
MANKIW, N. G. (2015). Macroeconomia. 8ª edição. Rio de Janeiro: LTC.
https://player.vimeo.com/video/253590535
https://player.vimeo.com/video/253590466
https://player.vimeo.com/video/266119346
A Ciência da Macroeconomia • 12/12
Você pode acessar o livro base deste tema 
na Biblioteca Lirn:
 A Concise Guide to Macroeconomics: 
What Managers, Executives, and Students Need to Know 
by David A. Moss, 2007
Dados da Macroeconomia
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Dados da macroeconomia • 2/11
Objetivos de Aprendizagem
• Entender como são construídos os dados do Produto Interno Bruto, bem
como as taxas de inflação e de desemprego.
Dados da macroeconomia
Conteúdo organizado por Adauto Damasio do livro A Concise Guide to 
Macroeconomics: What Managers, Executives, and Students Need to Know 
by David A. Moss, 2007
Dados da macroeconomia • 3/11
Introdução
Qualquer cientista tem o desejo de conhecer 
aquilo que está acontecendo ao seu redor. 
Essa curiosidade é da natureza da ciência. 
Para tal objetivo, os cientistas desenvolvem 
teorias e observações. Qualquer teoria busca 
entender determinado acontecimento. Mas 
a teoria, em qualquer ciência, não se sustenta 
sem a devida comprovação empírica, sem 
a prática. Então, como um economista deve 
buscar os dados necessários para fundamentar 
suas teorias?
No passado, eles buscavam esses dados 
em observações parciais e casuais para dar 
sequência aos seus estudos. Tratavam-se de 
informações fragmentadas que eram obtidas 
de sua relação com o cotidiano de suas vidas.
Atualmente, os economistas e pensadores de 
uma forma geral possuem uma grande massa 
de dados que são pesquisados por órgãos 
governamentais e privados, proporcionando 
condições para a formulação de teorias e 
análises muito mais próximas da realidade.
Tais dados auxiliam na elaboração e aplicação 
de políticas econômicas governamentais, bem 
como nos projetos do setor privado.
Analisaremos, aqui, três elementos básicos nos 
quais os economistas se concentram para a 
formulação dessas análises: o Produto Interno 
Bruto (PIB), o Índice de Preços ao Consumidor 
(IPC) e a taxa de desemprego.
Dados da macroeconomia • 4/11
PIB – Produto Interno Bruto
O Produto Interno Bruto (PIB) costuma ser considerado como o melhor indicador 
de desempenho de uma economia. Nos países em geral, o seu resultado é 
pesquisado por órgãos governamentais. Por exemplo, nos Estados Unidos da 
América, ele é pesquisado e anunciado pelo Departamento de Comércio. No Brasil, 
é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) quem pesquisa e divulga 
esses resultados.
Podem existir duas formas de calcular o PIB de uma nação. Uma delas considera 
a renda total de todos os que participam das relações econômicas. Outra forma 
considera o total de gastos em termos de produção de bens e serviços na 
economia.
De uma forma ou de outra, o índice avalia a vitalidade econômica de um país num 
determinado período de tempo. O intervalo de tempo pode variar de um país para 
outro, mas são comuns as medições trimestrais e anuais do PIB.
Em suma, os índices do PIB buscam captar a quantidade de riqueza que um país 
produz, o que pode ser medido pela renda nacional ou pela produção de bens 
e serviços. Existem várias regras técnicas e matemáticas para o cálculo do PIB em 
um determinado intervalo de tempo. Por exemplo, os pesquisadores tratam de 
forma diferente estoques invendáveis de uma empresa e estoques que podem ser 
vendidos no futuro.
Os economistas, além de se preocuparem com a produção nacional de bens e 
serviços, também se preocupam com a distribuição desses elementos e seus usos. 
Assim, as chamadas contas nacionais se dividem em quatro categorias de despesas:
• Consumo;
• Investimentos;
• Compras do governo;
• Exportações líquidas.
Dados da macroeconomia • 5/11
Assim, o PIB também pode ser definido como a soma do consumo, 
investimentos, compras do governo e exportações líquidas. 
Essa soma também é conhecida como “identidade das contas 
nacionais”.
O consumo é a soma dos bens e serviços adquiridos pelas famílias. 
Investimentos são bens adquiridos para uso futuro. Compras do 
governo são bens e serviços adquiridos pelos governos federal, 
estaduais e municipais. Exportações líquidas são a diferença entre 
bens e serviços vendidos pelo país aos países estrangeiros menos 
os bens e serviços comprados pelo país de outros países.
IPC – Índice de Preços ao Consumidor
Uma preocupação central dos economistas, dos governos, das 
empresas e das famílias é a inflação. A inflação pode ser definida 
de várias maneiras, mas em geral é entendida como o aumento 
dos preços das mercadorias que os cidadãos compram em seu 
cotidiano, tais como alimentos, combustível, aluguéis, entre outros.
Existem vários indicadores para o cálculo da inflação, mas um dos 
mais utilizados é o Índice de Preços ao Consumidor (IPC). De qual 
forma esse índice é calculado? Poderíamos simplesmente somar 
todos os aumentos de preços e extrair uma média aritmética para 
calculá-lo? Certamente não, pois existem produtos que são mais 
consumidos do que outros.
O preço de uma dúzia de ovos certamente é muito mais 
importante para as famílias do que o preço do chocolate suíço. Os 
institutos de pesquisa comparam os preços de uma determinada 
cesta de bens e serviços em determinado mês em relação aos 
meses anteriores.
Os dados coletados para cálculo do IPC são fundamentais numa 
economia nacional, pois impactam decisivamente na política de 
juros do Banco Central. Em tese, quanto maior a inflação, maior 
serão os juros para empréstimos determinados pelo Banco Central.
Dados da macroeconomia • 6/11
Taxa de desemprego
Sem dúvida, a força de trabalho é um dos componentes mais importantes de uma 
economia nacional. Manter uma economia que ofereça oportunidades de trabalho 
para sua população deve ser uma preocupação central de todos os governos.
A taxa de desemprego é o índice percentual das pessoas que desejam trabalhar 
e não conseguem emprego. As pesquisas que medem a taxa de desemprego são 
realizadas por dados amostrais e a metodologia varia em função das especificidades 
de cada país.
Normalmente, ela é feita a partir de perguntas à população com mais de 16 anos e a 
partir das respostas, essa população é dividida em três categorias.
• Empregados: essa categoria inclui os indivíduos que trabalhavam, na data 
de pesquisa, como funcionários remunerados, em seus próprios negócios 
ou atuavam como trabalhadores não remunerados em negócios da própria 
família, mesmo que sem remuneração.
• Desempregados: essa categoria inclui indivíduos que não estavam 
empregadas, na data de pesquisa, e que tinham buscado um emprego nas 
últimas quatro semanas anteriores à pesquisa.
• Fora da força de trabalho: essa categoria inclui pessoas que não se 
enquadram nas duas primeiras, tais como estudantes, donas de casa e 
aposentados.
Dados da macroeconomia • 7/11
A força de trabalho é a soma da população que está empregada e pessoas 
desempregadas. Em vários países, tais estatísticas incluem cálculos percentuais 
comparativos para homens e mulheres, brancos e negros, trabalhadores 
adolescentes, entre outros.
Portanto, num cálculo simples, exemplifiquemos:
Força de Trabalho: 80 milhões (empregados) + 9 milhões (desempregados) = 89 
milhões
Taxa de desemprego: 9 milhões / 89 milhões = 8,9%
Saiba Mais
Quer saber mais sobre Produto Interno Bruto? Leia a matéria 
disponível no link a seguir: <https://economictimes.indiatimes.com/
definition/gross-domestic-product>
Em Resumo
O Produto Interno Bruto (PIB) mede a renda de todas as pessoas de uma economia 
e, de forma equivalente, os recursos gerados pela produçãode bens e oferta de 
serviços de um país.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) mede a evolução dos preços de bens 
e serviços de uma cesta fixa de bens e serviços em um determinado intervalo de 
tempo.
Os índices de desemprego medem o percentual de pessoas que estão 
desempregados, considerando o total da força de trabalho.
https://economictimes.indiatimes.com/definition/gross-domestic-product
https://economictimes.indiatimes.com/definition/gross-domestic-product
Dados da macroeconomia • 8/11
Na ponta da língua
Referências Bibliográficas
MANKIW, N. G. (2015). Macroeconomia. 8ª edição. Rio de Janeiro: LTC.
https://player.vimeo.com/video/253590573
https://player.vimeo.com/video/266119434
Dados da macroeconomia • 11/11
Você pode acessar o livro base deste tema 
na Biblioteca Lirn:
Hospital and Healthcare Security
by Tony W. York and Don MacAlister
Butterworth-Heinemann © 2015
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Objetivos de Aprendizagem
• Entender a relação entre consumo, investimentos e compras do governo a 
partir das definições de fatores de produção e funções de produção.
Renda Nacional
Conteúdo organizado por Adauto Damasio do livro A Concise Guide to 
Macroeconomics: What Managers, Executives, and Students Need to Know 
by David A. Moss, 2007
Renda Nacional • 3/11
Introdução
A variável econômica mais importante é o Produto Interno Bruto (PIB). O PIB mede 
a produção total de bens e serviços de toda nação, bem como o total da renda 
dessa nação. Para avaliarmos o significado do PIB, basta examinar rapidamente os 
dados internacionais: em comparação com outros países mais pobres, os países 
com PIB per capito mais alto desfrutam de todas as coisas, de uma melhor nutrição 
na infância até um maior número de aparelhos de televisão por família. Um PIB 
elevado não garante que todos os cidadãos de uma nação sejam felizes, mas pode 
representar a melhor receita para felicidade que os macroeconomistas têm a 
oferecer.
Quais são as relações entre a produção das empresas e a renda total de uma 
nação? Quem compra o produto da economia? Quanto as famílias compram para 
consumo? Quanto as famílias e as empresas compram para fins de investimento? 
Quanto o governo compra para propósitos públicos?
A produção de bens e serviços em uma economia (PIB) depende da quantidade 
de seus insumos, conhecidos como fatores de produção, e da sua capacidade 
de transformar insumos em produtos, conforme representado pela função de 
produção. 
Fatores de produção são os recursos utilizados para a produção de bens e 
serviços. Os dois fatores de produção mais importantes são capital e mão de obra. 
Capital é o conjunto de ferramentas que os trabalhadores utilizam como o guindaste 
do operário de construção civil, a calculadora do contador e o computador deste 
autor. Mão de obra é o tempo que as pessoas gastam no trabalho. 
A tecnologia de produção disponível determina o quanto se produz a partir 
de uma determinada quantidade de capital e de mão de obra. Os economistas 
expressam essa relação usando uma função de produção. 
A função de produção reflete a tecnologia disponível para transformar capital 
e mão de obra em produção. Se alguém inventa uma maneira mais eficiente de 
produzir um determinado bem o resultado é um maior volume de produção com a 
mesma quantidade de capital e mão de obra. Portanto, uma mudança tecnológica 
altera a função de produção.
Renda Nacional • 4/11
Os fatores de produção e a função de produção, em conjunto, determinam a 
quantidade ofertada de bens e serviços, que, por sua vez, é igual ao total da 
produção na economia. 
Se todas as empresas da economia são competitivas e visam à maximização de seus 
lucros, cada um dos fatores de produção é remunerado com base em sua respectiva 
contribuição marginal para o processo de produção. 
A renda que sobra depois das empresas terem remunerado os fatores de produção 
é o lucro econômico dos proprietários das empresas. 
Já identificamos os quatro componentes do PIB:
• Consumo (C);
• Investimento (I);
• Compras do governo (G);
• Exportações líquidas (NX).
Renda Nacional • 5/11
Para simplificar a análise, vamos partir do 
pressuposto de que nossa economia é uma 
economia fechada: um país que não realiza 
transações comerciais com outros países. 
Consequentemente, as exportações líquidas 
são sempre iguais a zero. 
As famílias consomem uma parcela do total 
da produção da economia: as empresas e as 
famílias utilizam uma parcela da produção 
para fins de investimento e o governo 
compra uma parte da produção para 
finalidades públicas. Queremos ver como o 
PIB é distribuído entre esses três usos.
Consumo
Quando ingerimos um alimento, vestimos 
roupas ou vamos a um cinema, estamos 
consumindo uma parcela da produção total 
da economia. Todas as formas de consumo, 
em conjunto, constituem aproximadamente 
dois terços do PIB. Como o consumo é muito 
grande, os macroeconomistas dedicaram 
muita energia ao estudo das decisões de 
consumo pelas famílias. 
Tanto as empresas quanto as famílias 
adquirem bens de investimento. As empresas 
adquirem bens de investimento com o 
objetivo de fazer aumentar seu estoque de 
capital e de substituir o capital existente, 
à medida que este vai se deteriorando. 
As famílias adquirem novas moradias, que 
também fazem parte do investimento.
Renda Nacional • 6/11
Investimentos
A quantidade demandada de bens de investimento depende da taxa de juros, que 
mede o custo dos recursos utilizados para financiar o investimento. Para que um 
projeto de investimento seja lucrativo, seu retorno (a receita decorrente da maior 
produção futura de bens e serviços) deve superar o custo (os pagamentos pelos 
recursos financeiros tomados a título de empréstimo).
Se a taxa de juros aumenta, uma menor quantidade de projetos de investimento 
passa a ser lucrativa, e a quantidade demandada de bens de investimento diminui.
Compras do governo
As compras do governo são o terceiro componente da demanda por bens 
e serviços. O governo federal compra armamentos, mísseis e os serviços dos 
funcionários públicos. Os governos municipais compram livros para as bibliotecas, 
constroem escolas e contratam professores. 
Os governos, em todas as instâncias, constroem estradas e realizam outras obras 
públicas. Todas essas transações constituem as compras do governo de bens e 
serviços, que, nos Estados Unidos, são responsáveis por aproximadamente 20% do 
PIB.
Essas compras representam somente um tipo de gasto do governo. O outro tipo diz 
respeito a pagamentos de transferências para famílias, como assistência social para 
os pobres e pagamentos de aposentadorias e pensões aos idosos.
A demanda por aquilo que é produzido na economia tem sua origem no consumo, 
no investimento e nas compras do governo. O consumo depende da renda 
disponível, o investimento depende da taxa de juros real e as compras do governo 
e os impostos representam as variáveis exógenas definidas pelos formuladores da 
política econômica.
Renda Nacional • 7/11
Saiba Mais
O arquivo disponível no link a seguir conta sobre a Renda Nacional 
produzido pelo economista Antonio Dias Leite Jr. Disponível 
em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv50478.pdf>
Em Resumo
Os fatores e a tecnologia da produção determinam a produção de bens e 
serviços da economia. O aumento de um dos fatores de produção ou um avanço 
tecnológico aumentam a produção.
As empresas competitivas, que visam à maximização de seus lucros, contratam 
mão de obra até o ponto em que o produto marginal da mão de obra se iguala ao 
salário real. De maneira análoga, essas empresas arrendam capital até que o produto 
marginal do capital seja equivalente ao preço real de seu aluguel.
A produção da economia é utilizada para fins de consumo, investimento e 
compras do governo. O consumo depende positivamente da renda disponível. O 
investimento depende negativamenteda taxa de juros real. As compras do governo 
e os impostos são variáveis exógenas inerentes à política fiscal.
A taxa de juros real se ajusta de modo a equilibrar a oferta e a demanda 
correspondentes ao produto da economia. Um decréscimo na poupança nacional, 
talvez em decorrência do aumento das compras do governo ou da diminuição 
dos impostos, reduz a quantidade de equilíbrio para investimentos e ocasiona a 
elevação da taxa de juros.
O aumento da demanda por investimentos, talvez em decorrência de uma inovação 
tecnológica ou de um incentivo fiscal para o investimento, também ocasiona a 
elevação da taxa de juros. O aumento da demanda por investimentos aumenta 
a quantidade de investimento apenas se taxas de juros mais altas estimularem a 
poupança adicional.
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv50478.pdf
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Referências Bibliográficas
MANKIW, N. G. (2015). Macroeconomia. 8ª edição. Rio de Janeiro: LTC.
https://player.vimeo.com/video/253590573
https://player.vimeo.com/video/266119514
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Você pode acessar o livro base deste tema 
na Biblioteca Lirn:
Hospital and Healthcare Security
by Tony W. York and Don MacAlister
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Sistema Monetário
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Objetivos de Aprendizagem
• Entender o que é o Sistema Monetário e como funcionam os Bancos 
Centrais nos diversos países.
Sistema Monetário
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Macroeconomics: What Managers, Executives, and Students Need to Know 
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Sistema Monetário • 3/11
Introdução
Os dois braços da política macroeconômica são a política monetária e a política 
fiscal. A Política fiscal engloba as decisões do governo sobre gastos e impostos e 
a Política monetária refere-se às decisões sobre o sistema de moeda e o sistema 
bancário de um país.
A política fiscal normalmente é definida por políticos eleitos, como o Congresso dos 
Estados Unidos ou o Parlamento Inglês. A política monetária é feita pelos bancos 
centrais, que em geral são montados por políticos eleitos, mas têm autonomia para 
atuar de forma independente.
Entre os exemplos estão o Federal Reserve Bank dos EUA e o Bank of England. 
Não há dúvidas de que essas instituições têm grande influência sobre a vida dos 
cidadãos de todos os países do mundo.
Para os economistas, moeda é um estoque de ativos que podem ser utilizados para 
realizar transações comerciais. Entre as funções da moeda, devemos destacar:
• Reserva de valor: a moeda pode servir para transferir o poder de compra 
do presente para o futuro. Isso pode ser feito por meio da poupança de uma 
riqueza gerada no presente para ser gasta no futuro.
• Unidade de conta: a moeda define parâmetros para o registro de preços e 
dívidas. Quando compramos um imóvel, afirmamos que ele vale 200 mil 
dólares e não 5 automóveis, mesmo que os valores sejam equivalentes.
• Meio de troca: a moeda é aquilo que utilizamos para adquirir bens e 
serviços. A moeda é, assim, o ativo de maior liquidez, pois é aceita em 
qualquer estabelecimento comercial.
Moeda fiduciária é aquela que não possui valor intrínseco, mas apenas valor 
simbólico. Ou seja, é a moeda que representa outras riquezas.
Moeda-mercadoria é uma mercadoria que serve como meio de troca. O exemplo 
mais usado é o ouro. O padrão ouro foi usado no mundo todo por séculos.
A quantidade de moeda disponível em uma economia é conhecida como oferta 
monetária. Em um sistema no qual haja moeda-mercadoria, a oferta de moeda é a 
quantidade dessa mercadoria. 
Sistema Monetário • 4/11
Em uma economia que utilize moeda 
fiduciária, como é o caso na maioria 
das economias atuais, o governo 
controla a oferta monetária: restrições 
de natureza legal concedem ao 
governo o monopólio sobre a 
impressão de moeda.
Assim como o nível de tributação 
e o nível de compras do governo 
representam instrumentos de política 
do governo, o mesmo ocorre com a 
oferta monetária. O controle sobre 
a oferta monetária é chamado de 
política monetária.
Nos Estados Unidos, e em muitos 
outros países, a política monetária 
é delegada a tuna instituição 
parcialmente independente 
conhecida como Banco Central. O 
Banco Central dos Estados Unidos é 
o Federal Reserve — muitas vezes 
conhecido apenas como Fed. Se você 
examinar uma nota de dólar norte-
americano, verá que ela tem o nome 
de Federal Reserve Note. 
Qual é a quantidade de moeda que 
deve existir em um país? Se a moeda 
representa o estoque de ativos usados 
para realizar transações, a quantidade 
de moedas é a quantidade desses 
ativos. São os Bancos Centrais os 
responsáveis pela emissão de moeda 
em um determinado país.
Sistema Monetário • 5/11
Porém, para além da ação dos Bancos Centrais, com papel central na emissão da 
moeda e na política de juros. A oferta monetária é determinada também pelo 
comportamento das famílias (que mantém moeda corrente em mãos) e dos bancos 
(nos quais a moeda é mantida).
Consideremos que os bancos recebem depósitos de moeda e concedem 
empréstimos, por exemplo, para famílias que estejam adquirindo imóveis 
residenciais ou para empresas que desejem investir em novas fábricas e 
equipamentos.
A vantagem para os bancos é que eles podem cobrar juros sobre os empréstimos. 
Os bancos precisam manter algumas reservas disponíveis para que elas estejam 
disponíveis sempre que os correntistas desejarem fazer retiradas.
Porém, contanto que o montante de novos depósitos seja aproximadamente igual 
ao montante de retiradas, um banco não precisa manter todos os depósitos sob 
a forma de reserva. Consequentemente, os banqueiros passam a ter um incentivo 
para conceder empréstimos. Quando eles assim procedem temos a reserva 
bancária fracionária, um sistema no qual os bancos mantêm apenas tuna fiação de 
seus depósitos sob a forma de reserva.
O sistema de reserva bancária fracionária cria moeda, uma vez que cada unidade de 
moeda a título de reserva gera muitas unidades de moeda a título de depósitos à 
vista.
Para abrir um banco, os proprietários precisam contribuir com parte de seus 
próprios recursos financeiros, que passa a constituir o capital do banco. No entanto, 
como os bancos são fortemente alavancados, um pequeno declínio no valor de seus 
ativos pode exercer um impacto significativo sobre o valor do capital do banco. Os 
reguladores do sistema bancário exigem que os bancos tenham capital suficiente 
para garantir que os depósitos dos correntistas sejam reembolsados.
A oferta monetária depende da base monetária, da proporção entre reserva e 
depósitos e da proporção entre moeda e depósitos. O aumento na base monetária 
leva ao aumento proporcional da oferta monetária. 
A diminuição da proporção entre reserva e depósitos ou da proporção 
entre moeda e depósitos estimula o aumento do multiplicador monetário e, 
consequentemente, a oferta monetária.
Sistema Monetário • 6/11
O banco central modifica a oferta monetária alterando a base monetária ou a 
proporção de reservas e, assim, o multiplicador monetário. Pode modificar a 
base monetária através da compra de títulos no mercado aberto ou realizando 
empréstimos a outros bancos. Pode também influenciar a proporção de reserva 
alterando as necessidades de reserva ou modificando a taxa de juros que passa aos 
outros bancos pelas reservas que eles mantém.
Sistema Monetário • 7/11
Saiba Mais
O link a seguir conta mais sobre “O sistema do dólar e a realidade 
económica dos EUA no pós guerra”. Disponível em: <https://resistir.
info/eua/o_sistema_do_dolar.html> 
Em Resumo
Moeda é o estoque de ativos utilizados para transações. Funciona como uma 
reserva de valor, uma unidade de conta e um meio de troca. Nas economias 
modernas, um banco central, como é o caso do Federal Reserve nos Estados Unidos, 
é responsável por controlar a oferta monetária.
O sistema de reserva bancáriafracionária cria moeda, uma vez que cada unidade de 
moeda a título de reserva gera muitas unidades de moeda a título de depósitos à 
vista.
A oferta monetária depende da base monetária, da proporção entre reserva e 
depósitos e da proporção entre moeda e depósitos. O aumento na base monetária 
leva ao aumento proporcional da oferta monetária. 
O banco central modifica a oferta monetária modificando a base monetária ou a 
proporção de reservas e, assim, o multiplicador monetário.
https://resistir.info/eua/o_sistema_do_dolar.html
https://resistir.info/eua/o_sistema_do_dolar.html
Sistema Monetário • 8/11
Na ponta da língua
Referências Bibliográficas
MANKIW, N. G. (2015). Macroeconomia. 8ª edição. Rio de Janeiro: LTC.
https://player.vimeo.com/video/253590573
https://player.vimeo.com/video/266119573
Sistema Monetário • 11/11
Você pode acessar o livro base deste tema 
na Biblioteca Lirn:
Hospital and Healthcare Security
by Tony W. York and Don MacAlister
Butterworth-Heinemann © 2015
Inflação: Causas, Efeitos 
e Custos Sociais
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Objetivos de Aprendizagem
• Entender as causas da inflação e seus efeitos sobre toda a economia.
Inflação: Causas, Efeitos e Custos Sociais
Conteúdo organizado por Adauto Damasio do livro A Concise Guide to 
Macroeconomics: What Managers, Executives, and Students Need to Know 
by David A. Moss, 2007
Inflação: Causas, Efeitos e Custos Sociais • 3/10
Introdução
A taxa de inflação é o percentual de variação do nível geral de preços. Algumas 
economias se caracterizam pela estabilidade de preços durante um longo período 
de tempo, mas temos exemplos de países que conviveram com um cenário de 
hiperinflação durante anos.
O exemplo extremo de hiperinflação é a Alemanha em 1923, país onde os preços 
aumentavam, em média, 500% ao mês. O Brasil, no final do século XX, também foi 
marcado pela hiperinflação.
Para entender as causas da inflação, é preciso entender as características da moeda: 
o que é, o que afeta sua oferta e demanda e sua influência sobre a economia. 
Já aprendemos que a oferta de moeda é a quantidade disponível de moeda no 
mercado. A oferta de moeda é determinada pelas políticas dos Bancos Centrais 
e pelas práticas dos bancos. Para avançar na análise dos efeitos da política 
macroeconômica, é preciso buscar uma teoria que nos explique quais são as 
relações entre a quantidade de moeda disponível e as outras variáveis econômicas.
Para tal objetivo, usaremos a Teoria Quantitativa da Moeda. Fundamentalmente, 
ela enuncia que o Banco Central, que controla a oferta monetária, exerce o controle 
definitivo sobre a taxa de inflação. Se o Banco Central mantém estável a oferta 
monetária, o nível de preços permanece estável. Se o Banco Central aumenta 
rapidamente a oferta monetária, o nível de preços sobe rapidamente.
Essa teoria se baseia em três fundamentos centrais:
• Os fatores de produção e a função da produção determinam o patamar da 
produção de bens e serviços;
• A oferta monetária determina o valor nominal da produção e o nível da 
produção;
• O nível de preços é, assim, a proporção entre o valor nominal da produção 
e o nível da produção.
De outra forma, a capacidade produtiva da economia determina o PIB real e a 
quantidade de moeda determina o PIB nominal.
Inflação: Causas, Efeitos e Custos Sociais • 4/10
A receita da emissão da moeda
Vimos então que o Banco Central de qualquer país e as práticas do sistema bancário 
determinam a oferta da moeda e, portanto, a inflação. Mas quais são os fatores que 
poderiam levar o Banco Central a produzir e ofertar mais moeda para o mercado?
Os governos de todos os países do mundo gastam dinheiro com compra de bens, 
oferta de serviços, pagam funcionários públicos, entre outros. De qual forma os 
governos conseguem dinheiro?
A. Cobrança de impostos;
B. Venda de títulos emitidos pelo governo;
C. Emissão de moeda pelo Banco Central.
Quando o governo emite moeda, aumentando sua oferta, ele causa inflação. Essa 
inflação pode ser considerada um imposto: o imposto inflacionário que é pago por 
todos que possuem moeda. Senhoriagem é a receita que o governo arrecada com a 
emissão de moeda.
Inflação: Causas, Efeitos e Custos Sociais • 5/10
Taxa de juros e inflação
Quando um cidadão deposita suas economias em 
um banco que lhe paga juros pelo depósito por um 
determinado tempo, ele recebe, após esse tempo, um 
valor adicional em função dos juros acordados.
De fato, parte desse valor adicional pode ser 
considerado uma adição de valor na conta corrente do 
cidadão, mas uma outra parte nada mais foi do que a 
reposição do índice de inflação no mesmo período.
A taxa de juros que o banco remunera é chamada de 
taxa de juros nominal, enquanto o aumento de seu 
poder de compra (aumento de valor) é conhecido como 
taxa de juros real.
Os custos sociais da inflação
Inúmeros são os custos da inflação nas economias. Altas 
taxas de inflação desorganizam as empresas, fazendo 
com que seus custos aumentem e que seus preços sejam 
realinhados periodicamente.
Além disso, processos inflacionários desorganizam as 
contas públicas, pois dificultam a exata avaliação do setor 
público no realinhamento dos recursos necessários para 
a gestão do Estado.
Outro custo é o de viver num mundo onde os preços 
variam constantemente, desorganizando a vida das 
famílias.
Porém, o mais alto tributo que um sistema econômico 
pode cobrar da sociedade é a hiperinflação, pois ela 
desorganiza toda a cadeia produtiva, o consumo e as 
finanças públicas de uma economia.
Inflação: Causas, Efeitos e Custos Sociais • 6/10
Em Resumo
A teoria quantitativa da moeda pressupõe que a velocidade da moeda é estável 
e conclui que o PIB nominal é proporcional ao estoque monetário. A taxa de 
crescimento da quantidade de moeda determina a taxa de inflação.
Senhoriagem é a receita que o governo arrecada com a emissão de moeda. Trata-
se de um imposto sobre a retenção de moeda. Embora seja quantitativamente 
pequena na maioria das economias, a senhoriagem é, com frequência, uma 
importante fonte de receita para o governo em economias que passam por 
períodos de hiperinflação. 
A taxa de juros nominal é a taxa de juros real (a taxa de juros conforme reportada 
normalmente) corrigida pela inflação. 
Os custos da inflação esperada incluem todos os custos de desorganização da 
economia e dos esforços dos cidadãos e empresas para se adequarem à realidade 
inflacionária. Além disso, a inflação não esperada causa redistribuições arbitrárias da 
riqueza entre devedores e credores. 
Durante períodos de hiperinflação, a maior parte dos custos da inflação torna-
se bastante grave. As hiperinflações geralmente começam quando os governos 
financiam grandes déficits orçamentários, por meio da emissão de moeda. Elas 
terminam quando as reformas fiscais fazem com que cesse a necessidade de 
senhoriagem.
Saiba Mais
No link a seguir, você conhecerá um pouco mais sobre a história da 
inflação no Brasil. Disponível em: <https://br.advfn.com/economia/
inflacao/brasil/historia>
https://br.advfn.com/economia/inflacao/brasil/historia
https://br.advfn.com/economia/inflacao/brasil/historia
Inflação: Causas, Efeitos e Custos Sociais • 7/10
Na ponta da língua
Referências Bibliográficas
MANKIW, N. G. (2015). Macroeconomia. 8ª edição. Rio de Janeiro: LTC.
https://player.vimeo.com/video/253590573
https://player.vimeo.com/video/266119681
Inflação: Causas, Efeitos e Custos Sociais • 10/10
Você pode acessar o livro base deste tema 
na Biblioteca Lirn:
Hospital and Healthcare Security
by Tony W. York and Don MacAlister
Butterworth-Heinemann © 2015

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