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Gestão e Cultura Educacional WEBAULA 02 CYNTHIA PORTO Unidade II - Organização Democrática da Escola Pública: Bases Legais e os desafios. A Gestão Educacional foi institucionalizada no Brasil a partir da Constituição Federal, depois tivemos ela garantida também na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Visa gerenciar uma escola em seus aspectos pedagógicos, sendo o foco administrativo de um gestor, trabalhar os aspectos pedagógicos de uma escola, com a finalidade de sempre ofertar uma educação de qualidade para os que ali frequentam. Unidade II - Organização Democrática da Escola Pública: Bases Legais e os desafios. Constituição Federal A Constituição Federal (1988) é um dos primeiros documentos pós-ditadura militar em que garante o direito das escolas trabalharem de forma a garantir a gestão democrática nas escolas públicas.. Unidade II - Organização Democrática da Escola Pública: Bases Legais e os desafios. LDBEN 3397/96 Após a promulgação da Constituição Federal, ocorrido em 1988, temos sancionado no Brasil a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional N.9394/96, mais conhecida como LDB. É este documento em que temos artigos que detalham como será a gestão democrática nas escolas brasileiras. Unidade II - Organização Democrática da Escola Pública: Bases Legais e os desafios. Princípio da Gestão Democrática Essa inserção do princípio da Gestão Democrática, na Constituição Federal de 1988, foi considerada algo formidável na história da educação brasileira. Aconteceu após o fim do regime ditadorial e representou a substituição do autoritarismo pela democracia que trouxe para dentro dos muros das escolas diálogo e críticas. Deste modo, é na década de 1980, que as discussões acentuaram-se em favor da descentralização da gestão das escolas públicas e teve apoio com reformas legislativas. (CURY, 2005). Unidade II - Organização Democrática da Escola Pública: Bases Legais e os desafios. Unidade II - Organização Democrática da Escola Pública: Bases Legais e os desafios. Princípio da Gestão Democrática Na sequência no artigo 206, temos determinado: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV -gratuidade do ensino público e estabelecimentos oficiais; V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII - garantia de padrão de qualidade; VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal. (Constituição Federal do Brasil, art. 206, 1988) Unidade II - Organização Democrática da Escola Pública: Bases Legais e os desafios. No artigo 14, temos destacado que é atribuição dos Sistemas de Ensino, determinar as normas de gestão democrática do ensino público, conforme particularidades locais em que a escola está inserida. Para tanto, é necessário à participação dos profissionais da educação e comunidade local na realização e execução do Projeto Político Pedagógico da escola. Na construção de um PPP, contamos com a presença de representantes de todos os setores da escola, como também dos pais e alunos. Unidade II - Organização Democrática da Escola Pública: Bases Legais e os desafios. Unidade II - Organização Democrática da Escola Pública: Bases Legais e os desafios. A gestão escolar democrática se estabeleceu no Brasil, em um período em que essas discussões chegam ao Brasil, quando já tinham sido muito debatidas e colocadas em prática, em um cenário internacional, as quais foram ser entusiasmadas pelas políticas neoliberais nas décadas de 1980 a 1990. Unidade II - Organização Democrática da Escola Pública: Bases Legais e os desafios. Por isso, afirma-se que a figura do diretor ganha novos contornos, e com isso passa a se preocupar com dimensões da gestão, não só administrativa e financeira, mas é incluída também a responsabilidade a figura do gestor com a dimensão pedagógica e que inclui também as relações interpessoais. Esta última dimensão ao que parece ser a mais simples, também é complexa no sentido em que reflete diretamente no trabalho coletivo. Unidade II - Organização Democrática da Escola Pública: Bases Legais e os desafios. Em se tratando de Gestão Democrática no ambiente escolar, o gestor deve trilhar no caminho em zelar para que aconteça a participação ativa das pessoas que fazem parte da escola, em prol de resoluções de problemas tanto educativa, como administrativos e financeiros. Por isso é preciso que haja, no interior das escolas, a descentralização de poderes, e que se gaste mais energia nas ações e discussões que busque troca de conhecimentos, a compreensão e a participação na elaboração de normas que contemple o coletivo. (VEIGA, 2001) Unidade II - A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços escolares e não escolares A partir da década de 1990, com a crescente demanda do capitalismo, acontecem no Brasil, diversas transformações nas relações sociais. Com isso, temos instaurado novas configurações organizacionais no mundo do trabalho e que se articula com o processo de descentralização produtiva, com novos métodos de gestão da força de trabalho e trabalho vivo, baseados na qualidade total. Unidade II - A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços escolares e não escolares Com o advento das novas tecnologias e a base técnica da produção do capital, as relações sociais foram sendo alteradas, pois havia posto ali novas formas de exploração das forças de trabalho e, principalmente em relação aos seres humanos, começam a mudar, exigindo profissionais qualificados de formas diferentes para o mercado de trabalho. Unidade II - A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços escolares e não escolares De acordo com Sá (2000) esse foi um período muito complexo em nossa sociedade, com diversos problemas e conforme já foi dito acima, com o advento da ciência e das tecnologias foram ai proporcionando mudanças, novas formas de produção e reprodução da existência humana. Algo que acarretou na precarização e diminuição das formas e oportunidades de trabalho, pois passou a surgir no mercado de trabalho à informatização e a robotização das empresas. Unidade II - A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços escolares e não escolares A amplitude nos espaços de atuação do pedagogo acontece a partir dos anos de 1990, em que se observa o aumento das funções docentes, a ampliação de suas tarefas e responsabilidades, além das relacionadas diretamente ao processo de ensino e aprendizagem. (VIEIRA, 2008) Unidade II - A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços escolares e não escolares Na classificação de Quintana (1993), existem os seguintes campos de atuação da Pedagogia Social em espaços escolares e não escolares: 1. Atenção à infância com problemas (abandono e ambiente familiar desestruturado); 2. Atenção à adolescência (orientação pessoal e profissional, tempo livre, férias); 3. Atenção à juventude (política de juventude, associacionismo, voluntariado, atividades, emprego); 4. Atenção à família em suas necessidades existenciais (famílias desestruturaradas, adoção, separações). Unidade II - A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços escolares e não escolares 05. Atenção à terceira idade (a educação da pessoa idosa); 06. Atenção aos deficientes físicos, sensoriais e psíquicos; 07. Atenção a pessoas hospitalizadas (pedagogia hospitalar); 08. Prevenção e tratamento das toxicomanias e do alcoolismo; Unidade II - A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços escolares e não escolares 09. Prevenção da delinquência juvenil (reeducação dos dessocializados); 10. Atenção a grupos marginalizados (imigrantes, minorias étnicas, presos eex- presidiários); 11. Promoção da condição social da mulher; 12. Educação de jovens e adultos; 13. Educação no campo. (BRASIL, PNE,2005). Unidade II - A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços escolares e não escolares 09. Prevenção da delinquência juvenil (reeducação dos dessocializados); 10. Atenção a grupos marginalizados (imigrantes, minorias étnicas, presos e ex- presidiários); 11. Promoção da condição social da mulher; 12. Educação de jovens e adultos; 13. Educação no campo. (BRASIL, PNE,2005). Unidade II - A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços escolares e não escolares Deste modo, compreende-se que em meio aos novos campos de atuação do pedagogo, é preciso compreender que temos novos cenários de educação não escolar e que estes se caracterizam de forma diferente a educação formal escolarizada. Unidade II - A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços escolares e não escolares Deste modo, é perceptível o foco da atuação dos pedagogos será na interdisciplinaridade que é considerada a Pedagogia Social que tem como a principal ligação a de transmissão dos saberes (VEIGA, 2008). Por isso, é primordial mantear o diálogo, e acredita-se que este ultrapassa os limites de cada saber, reorganizando assim, o mesmo, com a intenção de produzir mais novos conhecimentos que podem ser cultivados na vida dos sujeitos Unidade II - A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços escolares e não escolares Luck (2011, p.55) esclarece que é preciso que se amplie a compreensão de organização educacional, não substituindo a administração, mas a que superando a abordagem da fragmentação, ou seja, superar a visão de cada um atuando no seu lugar, sem diálogo e perspectiva do trabalho coletivo, por isso enfoca que “[...] abrange uma série de concepções, tendo como foco a interatividade social, não considerada pelo conceito de administração, e, portanto, superando-a”. Unidade II - A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços escolares e não escolares Deste modo, assumir que o gestor vai trabalhar no princípio da Gestão Democrática implica dizer que serão desenvolvidas ações disciplinadas, que respeita o ideal de democracia, com discussões e conflitos que culmine em um consenso. Porém, essa é uma sistemática de gestão que pode acontecer em espaços escolares e não escolares. Unidade II - A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços escolares e não escolares A atuação da gestão em espaços não escolares pode abranger tanto espaços escolares, como não escolares, pois a educação não formal vai além das ONG’s, estão presentes em diversos locais: nas associações de bairro, nos movimentos sociais, igrejas, sindicatos, espaços de culturas, entre outros. Unidade II - A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços escolares e não escolares A gestão escolar é constituída por uma dimensão de atuação dos que dela fazem parte, tais como gestor, supervisores, coordenadores, professores, pais, alunos, comunidade, etc. Ela objetiva identificar e propor soluções em relação às demandas e problemáticos presentes nas escolas, em que vise cada vez mais, melhorar o processo de aprendizagem e que seja de qualidade. Unidade II - A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços escolares e não escolares Santos menciona uma série de métodos que devem estar envolvidos na função da gestão: 1) Criação de um ambiente em que o respeito e efetividade sejam uma constante; 2) Favorecimento do crescimento pessoal e profissional de todos os elementos da escola; 3) Humanização do relacionamento, evitando quaisquer preconceitos, mesmo que velados; 4) Exercício da cidadania pela comunidade; 5) Envolvimento em todas as decisões fundamentais da escola. (Santos,2002, p.40) Unidade II - A Gestão nos Espaços Escolares e Não Escolares: foco na atuação pedagógica O marco legal que estabelece a atuação do pedagogo nos espaços escolares e não escolares está embasado que na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n. 9.394/96, que regulamenta a gestão Escola Democrática para as escolas públicas brasileiras, que já discutimos aqui, em estudos anteriores e as Diretrizes Curriculares Nacionais de Pedagogia - DCNP, Resolução CNE/CP n. 1/2006. Unidade II - A Gestão nos Espaços Escolares e Não Escolares: foco na atuação pedagógica Sobre a atual LDB, sobre a atuação do pedagogo nos espaços escolares, situa o pedagogo é um profissional da educação escolar e que deve ter sólida formação profissional, garantindo assim os estágios, a capacitação em serviço e aproveitamento de estudos, se este for o caso. No Artigo 61, tem-se estabelecido: Art. 61. Consideram-se profissionais da educação escolar básica os que, nela estando em efetivo exercício e tendo sido formados em cursos reconhecidos, são: Unidade II - A Gestão nos Espaços Escolares e Não Escolares: foco na atuação pedagógica I – professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na educação infantil e nos ensinos fundamental e médio; II – trabalhadores em educação portadores de diploma de pedagogia, com habilitação em administração, planejamento, supervisão, inspeção e orientação educacional, bem como com títulos de mestrado ou doutorado nas mesmas áreas; III – trabalhadores em educação, portadores de diploma de curso técnico ou superior em área pedagógica ou afim. Unidade II - A Gestão nos Espaços Escolares e Não Escolares: foco na atuação pedagógica A concepção de gestão, acontece para mudar o uso do termo diretor, que vinha carregado de sentidos autoritários, agora para gestão que deverá acontecer em espaço escolar ou não, mas deve acontecer justamente para garantir na instituição educativa, seja ela escolar ou não, o exercício da democracia, e de uma boa gestão de práticas pedagógicas, a partir do diálogo e trabalho em equipe, seja qual for a instituição em que o pedagogo for trabalhar. Essa instituição deve envolver o trabalho pedagógico. Unidade II - A Gestão nos Espaços Escolares e Não Escolares: foco na atuação pedagógica O Art. 4º, Inciso IV, das DCNP (BRASIL, 2006), o estudante de Pedagogia deverá estar apto também a trabalhar, em espaços escolares e não escolares. Sendo assim, entende-se que os cursos de Pedagogia, no Brasil, teviveram que reformular seus currículos, pois agora se tinha a finalidade de buscar por conhecimentos que exigem os campos de atuação do pedagogo. Essa é uma área do curso pedagogia, que ainda precisa de muitos estudos, é algo novo e consente a ampliação de conhecimentos na formação do pedagogo. ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA 1. Para começar, analise com atenção o texto e, em seguida, elabore sua resposta! Então, para a gestão educacional, as décadas de 1980 e 1990, que temos o uso da nomenclatura “educação básica” e começa a engatinhar uma Política Educacional que contemple os nossos alunos. Agora a luta é pela universalização da educação básica, no Governo do Presidente José Sarney, foi produzido um documento orientador para a política educacional do nosso país, chamado: Educação para todos: caminhos para mudança (BRASIL/MEC, 1995). É com o estabelecimento da LDBEN (9394/96) que se retira o uso das denominações primeiro e segundo grau, para o que ela denomina de educação básica: Educação infantil (creche e pré-escola), Ensino Fundamental e Médio, tendo como finalidade o pleno desenvolvimento do educando, e assegura a formação comum necessária ao exercício da cidadania e o desenvolvimento de meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. (Art.22, LDBEN 9394/96). desenvolvimento do individuo, pois é através dela que o aluno vai buscar adquirir conhecimentos básicos, com a intencionalidade de progredir socialmente e o ideal seria que em estivesse nesta escola, trilha-se para formar um cidadão crítico e atuante em nossa sociedade. A LDBEN N.9.394/96, assegura para os alunos, no Capítulo I, Art. 24 a educação básica será organizada com regras, tais como uma carga horária de 800 horas, para o ensino fundamental e médio, distribuídas em 200 dias de aula, no ano letivo, excluindo daí o tempo reservadoa exames finais, quando houver. Mas, não podemos esquecer o que determina o Art. 21, da LDBEN, N. 9394/96, informa os níveis e modalidades de ensino. ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA 2. Com base na interpretação do texto acima, juntamente com seus conhecimentos adquiridos ao longo da disciplina, elabore o seu texto argumentativo-dissertativo, respondendo aos questionamentos abaixo: Quais são os níveis e modalidades da educação e comente o que cada um desse representa na devida área. 3. Não se esqueça: Sua dissertação deverá conter até 30 (trinta) linhas.
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