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[WEB2] Gestão e Cultura Educacional A2023.1

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Gestão e Cultura Educacional
WEBAULA 02
CYNTHIA PORTO
Unidade II - Organização Democrática da Escola Pública: Bases 
Legais e os desafios.
A Gestão Educacional foi institucionalizada no Brasil
a partir da Constituição Federal, depois tivemos ela
garantida também na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional. Visa gerenciar uma escola em
seus aspectos pedagógicos, sendo o foco
administrativo de um gestor, trabalhar os aspectos
pedagógicos de uma escola, com a finalidade de
sempre ofertar uma educação de qualidade para os
que ali frequentam.
Unidade II - Organização Democrática da Escola Pública: Bases 
Legais e os desafios.
Constituição Federal
A Constituição Federal (1988) é um dos
primeiros documentos pós-ditadura militar
em que garante o direito das escolas
trabalharem de forma a garantir a gestão
democrática nas escolas públicas..
Unidade II - Organização Democrática da Escola Pública: Bases 
Legais e os desafios.
LDBEN 3397/96
Após a promulgação da Constituição
Federal, ocorrido em 1988, temos
sancionado no Brasil a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional N.9394/96,
mais conhecida como LDB. É este
documento em que temos artigos que
detalham como será a gestão democrática
nas escolas brasileiras.
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Legais e os desafios.
Princípio da Gestão Democrática
Essa inserção do princípio da Gestão
Democrática, na Constituição Federal de 1988,
foi considerada algo formidável na história da
educação brasileira. Aconteceu após o fim do
regime ditadorial e representou a substituição
do autoritarismo pela democracia que trouxe
para dentro dos muros das escolas diálogo e
críticas. Deste modo, é na década de 1980, que
as discussões acentuaram-se em favor da
descentralização da gestão das escolas públicas
e teve apoio com reformas legislativas. (CURY,
2005).
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Legais e os desafios.
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Legais e os desafios.
Princípio da Gestão Democrática
Na sequência no artigo 206, temos determinado:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de
ensino;
IV -gratuidade do ensino público e estabelecimentos oficiais;
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com
ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas;
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII - garantia de padrão de qualidade;
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei
federal. (Constituição Federal do Brasil, art. 206, 1988)
Unidade II - Organização Democrática da Escola Pública: Bases 
Legais e os desafios.
No artigo 14, temos destacado que é
atribuição dos Sistemas de Ensino, determinar
as normas de gestão democrática do ensino
público, conforme particularidades locais em
que a escola está inserida. Para tanto, é
necessário à participação dos profissionais da
educação e comunidade local na realização e
execução do Projeto Político Pedagógico da
escola. Na construção de um PPP, contamos
com a presença de representantes de todos
os setores da escola, como também dos pais e
alunos.
Unidade II - Organização Democrática da Escola Pública: Bases 
Legais e os desafios.
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Legais e os desafios.
A gestão escolar democrática se estabeleceu
no Brasil, em um período em que essas
discussões chegam ao Brasil, quando já
tinham sido muito debatidas e colocadas em
prática, em um cenário internacional, as
quais foram ser entusiasmadas pelas
políticas neoliberais nas décadas de 1980 a
1990.
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Legais e os desafios.
Por isso, afirma-se que a figura do diretor
ganha novos contornos, e com isso passa a
se preocupar com dimensões da gestão, não
só administrativa e financeira, mas é
incluída também a responsabilidade a figura
do gestor com a dimensão pedagógica e que
inclui também as relações interpessoais.
Esta última dimensão ao que parece ser a
mais simples, também é complexa no
sentido em que reflete diretamente no
trabalho coletivo.
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Legais e os desafios.
Em se tratando de Gestão Democrática no ambiente
escolar, o gestor deve trilhar no caminho em zelar
para que aconteça a participação ativa das pessoas
que fazem parte da escola, em prol de resoluções de
problemas tanto educativa, como administrativos e
financeiros. Por isso é preciso que haja, no interior
das escolas, a descentralização de poderes, e que se
gaste mais energia nas ações e discussões que
busque troca de conhecimentos, a compreensão e a
participação na elaboração de normas que
contemple o coletivo. (VEIGA, 2001)
Unidade II - A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços 
escolares e não escolares
A partir da década de 1990, com a crescente
demanda do capitalismo, acontecem no Brasil,
diversas transformações nas relações sociais. Com
isso, temos instaurado novas configurações
organizacionais no mundo do trabalho e que se
articula com o processo de descentralização
produtiva, com novos métodos de gestão da força de
trabalho e trabalho vivo, baseados na qualidade
total.
Unidade II - A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços 
escolares e não escolares
Com o advento das novas tecnologias e a base
técnica da produção do capital, as relações sociais
foram sendo alteradas, pois havia posto ali novas
formas de exploração das forças de trabalho e,
principalmente em relação aos seres humanos,
começam a mudar, exigindo profissionais
qualificados de formas diferentes para o mercado de
trabalho.
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escolares e não escolares
De acordo com Sá (2000) esse foi um período muito
complexo em nossa sociedade, com diversos
problemas e conforme já foi dito acima, com o
advento da ciência e das tecnologias foram ai
proporcionando mudanças, novas formas de
produção e reprodução da existência humana. Algo
que acarretou na precarização e diminuição das
formas e oportunidades de trabalho, pois passou a
surgir no mercado de trabalho à informatização e a
robotização das empresas.
Unidade II - A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços 
escolares e não escolares
A amplitude nos espaços de atuação do pedagogo
acontece a partir dos anos de 1990, em que se
observa o aumento das funções docentes, a
ampliação de suas tarefas e responsabilidades, além
das relacionadas diretamente ao processo de ensino
e aprendizagem. (VIEIRA, 2008)
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escolares e não escolares
Na classificação de Quintana (1993), existem os
seguintes campos de atuação da Pedagogia Social
em espaços escolares e não escolares:
1. Atenção à infância com problemas (abandono e
ambiente familiar desestruturado);
2. Atenção à adolescência (orientação pessoal e
profissional, tempo livre, férias);
3. Atenção à juventude (política de juventude,
associacionismo, voluntariado, atividades,
emprego);
4. Atenção à família em suas necessidades
existenciais (famílias desestruturaradas, adoção,
separações).
Unidade II - A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços 
escolares e não escolares
05. Atenção à terceira idade (a educação da
pessoa idosa);
06. Atenção aos deficientes físicos, sensoriais e
psíquicos;
07. Atenção a pessoas hospitalizadas
(pedagogia hospitalar);
08. Prevenção e tratamento das toxicomanias e
do alcoolismo;
Unidade II - A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços 
escolares e não escolares
09. Prevenção da delinquência juvenil
(reeducação dos dessocializados);
10. Atenção a grupos marginalizados
(imigrantes, minorias étnicas, presos eex-
presidiários);
11. Promoção da condição social da mulher;
12. Educação de jovens e adultos;
13. Educação no campo. (BRASIL, PNE,2005).
Unidade II - A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços 
escolares e não escolares
09. Prevenção da delinquência juvenil
(reeducação dos dessocializados);
10. Atenção a grupos marginalizados
(imigrantes, minorias étnicas, presos e ex-
presidiários);
11. Promoção da condição social da mulher;
12. Educação de jovens e adultos; 13.
Educação no campo. (BRASIL, PNE,2005).
Unidade II - A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços 
escolares e não escolares
Deste modo, compreende-se que em meio aos
novos campos de atuação do pedagogo, é
preciso compreender que temos novos
cenários de educação não escolar e que estes
se caracterizam de forma diferente a educação
formal escolarizada.
Unidade II - A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços 
escolares e não escolares
Deste modo, é perceptível o foco da atuação
dos pedagogos será na interdisciplinaridade
que é considerada a Pedagogia Social que tem
como a principal ligação a de transmissão dos
saberes (VEIGA, 2008). Por isso, é primordial
mantear o diálogo, e acredita-se que este
ultrapassa os limites de cada saber,
reorganizando assim, o mesmo, com a
intenção de produzir mais novos
conhecimentos que podem ser cultivados na
vida dos sujeitos
Unidade II - A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços 
escolares e não escolares
Luck (2011, p.55) esclarece que é preciso que
se amplie a compreensão de organização
educacional, não substituindo a administração,
mas a que superando a abordagem da
fragmentação, ou seja, superar a visão de cada
um atuando no seu lugar, sem diálogo e
perspectiva do trabalho coletivo, por isso
enfoca que “[...] abrange uma série de
concepções, tendo como foco a interatividade
social, não considerada pelo conceito de
administração, e, portanto, superando-a”.
Unidade II - A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços 
escolares e não escolares
Deste modo, assumir que o gestor vai trabalhar
no princípio da Gestão Democrática implica
dizer que serão desenvolvidas ações
disciplinadas, que respeita o ideal de
democracia, com discussões e conflitos que
culmine em um consenso. Porém, essa é uma
sistemática de gestão que pode acontecer em
espaços escolares e não escolares.
Unidade II - A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços 
escolares e não escolares
A atuação da gestão em espaços não escolares
pode abranger tanto espaços escolares, como
não escolares, pois a educação não formal vai
além das ONG’s, estão presentes em diversos
locais: nas associações de bairro, nos movimentos
sociais, igrejas, sindicatos, espaços de culturas, entre
outros.
Unidade II - A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços 
escolares e não escolares
A gestão escolar é constituída por uma
dimensão de atuação dos que dela fazem
parte, tais como gestor, supervisores,
coordenadores, professores, pais, alunos,
comunidade, etc. Ela objetiva identificar e
propor soluções em relação às demandas e
problemáticos presentes nas escolas, em que
vise cada vez mais, melhorar o processo de
aprendizagem e que seja de qualidade.
Unidade II - A Gestão do Trabalho Pedagógico em espaços 
escolares e não escolares
Santos menciona uma série de métodos que
devem estar envolvidos na função da gestão:
1) Criação de um ambiente em que o respeito
e efetividade sejam uma constante;
2) Favorecimento do crescimento pessoal e
profissional de todos os elementos da escola;
3) Humanização do relacionamento, evitando
quaisquer preconceitos, mesmo que velados;
4) Exercício da cidadania pela comunidade;
5) Envolvimento em todas as decisões fundamentais
da escola. (Santos,2002, p.40)
Unidade II - A Gestão nos Espaços Escolares e Não Escolares: 
foco na atuação pedagógica
O marco legal que estabelece a atuação do
pedagogo nos espaços escolares e não
escolares está embasado que na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n.
9.394/96, que regulamenta a gestão Escola
Democrática para as escolas públicas
brasileiras, que já discutimos aqui, em estudos
anteriores e as Diretrizes Curriculares
Nacionais de Pedagogia - DCNP, Resolução
CNE/CP n. 1/2006.
Unidade II - A Gestão nos Espaços Escolares e Não Escolares: 
foco na atuação pedagógica
Sobre a atual LDB, sobre a atuação do
pedagogo nos espaços escolares, situa o
pedagogo é um profissional da educação
escolar e que deve ter sólida formação
profissional, garantindo assim os estágios, a
capacitação em serviço e aproveitamento de
estudos, se este for o caso.
No Artigo 61, tem-se estabelecido: Art. 61.
Consideram-se profissionais da educação
escolar básica os que, nela estando em efetivo
exercício e tendo sido formados em cursos
reconhecidos, são:
Unidade II - A Gestão nos Espaços Escolares e Não Escolares: 
foco na atuação pedagógica
I – professores habilitados em nível médio ou
superior para a docência na educação infantil e nos
ensinos fundamental e médio;
II – trabalhadores em educação portadores de
diploma de pedagogia, com habilitação em
administração, planejamento, supervisão, inspeção
e orientação educacional, bem como com títulos
de mestrado ou doutorado nas mesmas áreas;
III – trabalhadores em educação, portadores de
diploma de curso técnico ou superior em área
pedagógica ou afim.
Unidade II - A Gestão nos Espaços Escolares e Não Escolares: 
foco na atuação pedagógica
A concepção de gestão, acontece para mudar o
uso do termo diretor, que vinha carregado de
sentidos autoritários, agora para gestão que
deverá acontecer em espaço escolar ou não,
mas deve acontecer justamente para garantir
na instituição educativa, seja ela escolar ou
não, o exercício da democracia, e de uma boa
gestão de práticas pedagógicas, a partir do
diálogo e trabalho em equipe, seja qual for a
instituição em que o pedagogo for trabalhar.
Essa instituição deve envolver o trabalho
pedagógico.
Unidade II - A Gestão nos Espaços Escolares e Não Escolares: 
foco na atuação pedagógica
O Art. 4º, Inciso IV, das DCNP (BRASIL, 2006), o
estudante de Pedagogia deverá estar apto
também a trabalhar, em espaços escolares e
não escolares. Sendo assim, entende-se que os
cursos de Pedagogia, no Brasil, teviveram que
reformular seus currículos, pois agora se tinha
a finalidade de buscar por conhecimentos que
exigem os campos de atuação do pedagogo.
Essa é uma área do curso pedagogia, que ainda
precisa de muitos estudos, é algo novo e
consente a ampliação de conhecimentos na
formação do pedagogo.
ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA
1. Para começar, analise com atenção o texto e, em seguida, elabore sua resposta!
Então, para a gestão educacional, as décadas de 1980 e 1990, que temos o uso da nomenclatura “educação básica”
e começa a engatinhar uma Política Educacional que contemple os nossos alunos. Agora a luta é pela
universalização da educação básica, no Governo do Presidente José Sarney, foi produzido um documento
orientador para a política educacional do nosso país, chamado: Educação para todos: caminhos para mudança
(BRASIL/MEC, 1995). É com o estabelecimento da LDBEN (9394/96) que se retira o uso das denominações primeiro
e segundo grau, para o que ela denomina de educação básica: Educação infantil (creche e pré-escola), Ensino
Fundamental e Médio, tendo como finalidade o pleno desenvolvimento do educando, e assegura a formação
comum necessária ao exercício da cidadania e o desenvolvimento de meios para progredir no trabalho e em
estudos posteriores. (Art.22, LDBEN 9394/96). desenvolvimento do individuo, pois é através dela que o aluno vai
buscar adquirir conhecimentos básicos, com a intencionalidade de progredir socialmente e o ideal seria que em
estivesse nesta escola, trilha-se para formar um cidadão crítico e atuante em nossa sociedade. A LDBEN
N.9.394/96, assegura para os alunos, no Capítulo I, Art. 24 a educação básica será organizada com regras, tais
como uma carga horária de 800 horas, para o ensino fundamental e médio, distribuídas em 200 dias de aula, no
ano letivo, excluindo daí o tempo reservadoa exames finais, quando houver. Mas, não podemos esquecer o que
determina o Art. 21, da LDBEN, N. 9394/96, informa os níveis e modalidades de ensino.
ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA
2. Com base na interpretação do texto acima, juntamente com seus conhecimentos adquiridos ao longo da
disciplina, elabore o seu texto argumentativo-dissertativo, respondendo aos questionamentos abaixo:
Quais são os níveis e modalidades da educação e comente o que cada um desse representa na devida área.
3. Não se esqueça: Sua dissertação deverá conter até 30 (trinta) linhas.

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